The Last Castle - RPG :: Poções
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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Caipora
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Caipora
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Ter 11 Jun 2013 - 18:30
2ª Aula de Poções Usarcapaaulas
Poções

Aula II
Jerôme Villeneuve
Jerôme Villeneuve
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Dom 7 Jul 2013 - 18:09
Potions

Acordei-me cedo e mantive-me lendo alguns livros. Sem delongas, aprontei-me e marchei até o salão principal, onde, acomodado à mesa dos docentes, usufrui de um amargo café e das torradas. Cumprimentei meus colegas de trabalho e  me retirei, avançando com passadas longas até o local onde todas as aulas de Poções acontecem. O mesmo aspecto sombrio e cálido jazia no aposento, deixando-me extasiado. Caminhei até o armário ao fundo, abrindo-o e o fitando por breves instantes. Todos os ingredientes necessários estavam ali, porém em total desordem. Como havia chegado cedo e os alunos ainda tomavam café, postei-me ereto e organizei-os, deixando a praticidade reinar naquele rústico interior.

Quando os alunos terminaram com suas comilanças, surgiram no vão da porta, cumprimentando-me e logo tratando de sentar em alguma cadeira exposta no sombrio local. — Uma boa tarde, segundo ano. Venenos e antídotos fazem parte do conteúdo de hoje. Aprontem seus pergaminhos para vindouras anotações — observei alguns retirando pergaminhos da mochila, outros não o fazendo. — Bom, algum de vocês sabe o que é um antídoto? — questionei os pequenos, esperando algum sinal de inteligência vinda de tais. — Exato. Um antídoto é uma substância ou mistura de ingredientes que acaba ou minimiza os efeitos de um veneno, como nosso colega contou-nos. Vinte pontos por sua esplêndida resposta, senhor(ita). Continuando... Um antídoto é formado por ingredientes que combinam com o veneno, anulando efeitos vindouros no organismo, cessando com a ação negativa e anulando-a. Mas todos os antídotos são para combater venenos ou substâncias tóxicas? Pergunto eu, meus senhores.

Não ouço resposta alguma, prosseguindo com o conceito. — Não, senhores. Nem todos os antídotos são para combater substâncias tóxicas ou venenos. Cito o caso do antídoto para a poção de arrepiar os cabelos, usado para acabar com o efeito de tal poção. Prestem atenção, deve-se tomar extremo cuidado com os antídotos, pois se usados de uma forma irregular ou tomados indevidamente podem atuar como substâncias tóxicas. — conjuro uma xícara de café, usufruindo do líquido da mesma na esperança de que acabe com o seco de minha boca. — Algum de vocês sabe o que é veneno? — respostas óbvias foram dadas, porém, entre tais, uma aceitável fora abafada. — Entre tantas respostas fracas, uma deixou-me surpreso. Venenos são substâncias que causam malefícios ao organismo. Dependendo da dose, pode, também, ser utilizado para o controle ou cura de doenças, no caso, pequenas doses. Hoje, segundo ano, iremos preparar um simples antídoto.

Um pequeno tumulto fora formado. Aproveitando de uma abertura na porta, sacolejei minha varinha, fazendo com que tal abertura não exista mais, liberando um extremo som desagradável. — Silêncio. Agora! — e o tumulto acabou. — Bom, como eu ia dizendo, hoje iremos preparar um simples antídoto. As instruções... — movimentei bruscamente minha varinha, fazendo com que as instruções para o aceitável preparo do antídoto apareça sobre a superfície lisa do quadro. — ... estão no quadro. Os ingredientes... — utilizo da mesma movimentação anterior, dirigindo a rajada para o rústico armário. — ... estão ao fundo, no interior daquele armário. Sejam responsáveis. Caso eu encontre alguma sujeira, o aluno que a fez será punido. Estamos entendidos? Caso não saibam como manusear algumas ferramentas, me chamem e os ajudarei. Não façam tumulto no caminho até o armário. Podem começar.

Instruções no Quadro:

Minutos após.

Uma fumaça ocre estava sendo liberada do caldeirão de um(a) aluno(a), deixando-me satisfeito. — Já temos um antídoto pronto, senhores. Capture um frasco lá no armário, por favor, e transfira a substância para seu interior, deixando-o em minha mesa. Irei avaliá-los de devido modo. Como o tempo está prestes a acabar, quem finalizar o preparo e entregar-me o frasco, está liberado. Não se esqueçam dos respingos. Sem  sujeira em minha sala.

Marchei até minha mesa de carvalho, acomodando-me no confortável assento atrás de tal. Assim que o preparo era finalizado, alunos iam até o armário e de lá retiravam o frasco. Como já haviam aprendido o manuseio das ferramentas necessárias para um aceitável transporte e preparo das poções, não tardaram a entregarem-me os fracos já preenchidos com o antídoto. Um(a) último(a) aluno(a) restou. — Bom, apenas limpe esta sujeira e traga-me o seu frasco. Quando o fizer, poderás sair — transportei todos os frascos até o rústico armário, organizando-os ao fundo. Iria avaliá-los em momentos vindouros, não agora. O(a) último(a) aluno(a) já havia entregado seu frasco.

Observações:
Evelyn M. V. Hotchner
Evelyn M. V. Hotchner
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Estudante.
Dom 7 Jul 2013 - 21:01


Desastrada até em Poções, sim ou claro?

Eu estava comendo calmamente minha sobremesa enquanto lia minhas anotações de Poções e escutava Megan brincar com alguns amigos do meu lado. "Não entendo, por que ela senta ao meu lado se eu praticamente não falo e ela acaba por ficar conversando com os amigos?" pensei apaticamente. Então, com um suspiro, após acabar o meu pedaço de pudim, me despedi de Megan e então comecei a caminhar para a sala onde seria a aula de poções. No caminho, eu lia e murmurava coisas sobre poções, seus preparos e funções, tentando me lembrar de tudo que estudara para a aula.

Quando eu cheguei, como sempre, antes de todos os demais alunos, porém depois do professor, o mesmo se encontrava muito sério, encarando algo, como se esperasse sem paciência os demais alunos. O ambiente da sala, por si, já era bem sombrio, com o professor tão sério, ficava mais ainda. Me acomodei numa carteira próxima ao professor com cuidado, espalhando meus materiais essenciais sobre a mesa para que pudesse ter um melhor desempenho nas anotações e demais. Os alunos começaram a chegar minutos depois, enquanto eu escrevia apaticamente no meu pergaminho o nome do professor e a aula que estava tendo. "Por que tão demorados?" pensei criticamente "Os alunos deveriam estudar mais e comer menos, mas né.". O professor nos cumprimentou apaticamente, como era de se esperar. Logo de começo, nos fez uma pergunta e eu logo ergui minha mão. Ele me deixou falar e então eu respirei fundo.

 - Antídotos são poções criadas para agir dentro do nosso organismo e amenizar ou acabar por completo com o efeito de poções venenosas ou até venenos de animais. - falei com calma - Um exemplo de poção que funciona como antídoto é a Antídoto a venenos comuns e o ingrediente mais usado para combater venenos é o bezoar.

O professor então continuou sua aula, dando uma explicação mais exata. Eu tratei de anotar as coisas mais importantes enquanto ouvia com atenção. "Não posso perder os conceitos, ou vou acabar me perdendo no meio da aula e ficarei sem entender nada" pensei enquanto tentava me concentrar e ignorar os murmúrios de pequenas conversas paralelas ao meu redor. Quase virei para pedir silêncio, mas continuei a anotar, travando os dentes com cuidado para não virar e gritar para calarem a boca. "Acho que se eu for professora vou acabar matando um aluno" pensei "Não sei como o professor Joseph consegue". O professor então, interrompendo meus devaneios, fez uma pergunta. Dessa vez, várias pessoas falaram ao mesmo tempo e então não entendi o barulho. Acrescentei minha própria voz ao tumulto, tentando me fazer entender.

 - Veneno, legalmente falando, seria qualquer substância mineral, vegetal ou animal que quando é introduzida no nosso organismo possa trazer algum dano considerável à saúde em geral do corpo, específica da mente e morte através da ação bioquímica, química ou mecânica.

O professor então começou a falar novamente e o tumulto diminuiu até não existir som algum, porém quando o professor nos informou que iríamos fazer uma poção naquela aula o tumulto recomeçou e dessa vez estava pior ainda. "Bem, eu só espero não derrubar o caldeirão dessa vez." pensei. O professor me fez pular da cadeira ao nos dar um grande susto batendo a porta da sala e então dando uma ordem de silêncio com uma voz ameaçadora. Eu continuei quieta no meu lugar enquanto observava o professor começar a dar as instruções. Ele fez as mesma aparecerem no quadro com um aceno de sua varinha, nos informou onde estavam os ingredientes.

 - Caso eu encontre alguma sujeira, o aluno que a fez será punido. - disse o professor.

"Ah, perfeito" pensei desanimada "Eu não sei fazer nada sem fazer sujeira, como vou fazer agora?". Murmurei algo sobre odiar ser desastrada e então guardei tudo que estava sobre a mesa na minha mochila e segui desanimada alguns alunos que se amontoavam ao redor do armário, como se não tivessem escutado a instrução clara de "nada de bagunça" vinda do professor. Eu esperei pacientemente a minha vez e transferi as coisas para a minha mesa em duas viagens. Com cuidado, peguei as ferramentas e então segui devagar para a minha mesa. Minha experiência com culinária se resumia em picar chocolate e misturar na água com outras coisas para fazer chocolate quente. Esperava que fosse o suficiente.

Comecei então com a pele de ararambóia, a picando cuidadosamente sobre uma espécie de tábua de madeira que eu desconhecia o nome usado entre os bruxos para definir a mesma. Com cuidado, após acabar com a pele, após uma rápida olhada para o quadro, passei a picar o acônito lapelo. Esperava que os pedaços não ficassem nem muito grandes nem muito pequenos, pois assim seria mais fácil de manuseá-los. "E espero não arrancar meu dedo fora." pensei bobamente. Após acabar com o lapelo, o empurrei para o canto oposto da tábua onde estava a pele e continuei, puxando o acônito licoctono para perto de mim para que eu pudesse picá-lo com exatidão. Após acabar, puxei a losna e virei a tábua, para picar a mesma num lugar livre e não misturar os ingredientes.

Após tudo picado, peguei um recipiente e meu pilar para poder fazer o pó da pedra de bezoar que havia me sido dada. Foi difícil, considerando que a pedra era sólida e não se desfazia com facilidade, mas por fim eu consegui fazer um pó de qualidade. Então passei para a água, medindo-a num recipiente com os tracinhos indicadores de volume e derramando-a com cuidado no caldeirão. "Cuidado agora para não derramá-la" me disse uma voz no fundo da minha mente, como se eu precisasse de lembretes. Após derramar a água, me ocupei em pesar cuidadosamente os ingredientes que eu havia pilado anteriormente, colocá-los em recipientes separados e adicionar ao caldeirão a pele de ararambóia, a losna, o acônito licoctono e o acônito lapelo com cuidado, como se a cada movimento meu algo pudesse explodir. Após adicionar tudo, ascendi o fogo com cuidado e então puxei para perto a ampulheta de dez minutos, virando-a para que contasse o tempo.

Quando a ampulheta estava com toda a areia na sua parte de baixo, apaguei o fogo e tratei de mexer com cuidado o caldeirão. Isso era fácil para mim, eu conseguia cozinhar chocolate quente sem embolar, então tinha uma ótima experiência nisso, fora que minha paciência com qualquer coisa que não fossem pessoas era exemplar. Devagar, a poção foi mudando de cor, acabando por virar um marrom sienna. Com cuidado, pesei o pó do bezoar, o coloquei num recipiente e então derramei com cuidado o mesmo no caldeirão. Ascendi o fogo novamente e fiquei por perto, esperando que a fumaça ocre subisse do caldeirão. "Acho que não vai explodir, pelo menos" pensei.

Algum tempo depois, o meu caldeirão começou a soltar uma fumaça. Feliz, apaguei o fogo, peguei um frasco, o enchi com cuidado e então o tampei. Peguei então o tinteiro, pergaminho e pena para colocar meu nome no frasco. Estava bom demais para ser verdade, eu deveria saber disso. Quando estava passando com o tinteiro na mão por cima do caldeirão, o mesmo escorregou, caindo destampado dentro da mesma. "Você só pode estar brincando" pensei enquanto pegava meu frasco tampado e o retirava da mesa, observando a poção borbulhar e então começar a transbordar pela mesa, sujando o chão. Suspirei, levando o frasco para o professor com o meu nome, guardando minhas coisas e então indo pegar um pano para limpar a grande meleira que eu havia feito.

"Isso só acontece comigo, parabéns" pensei tristemente enquanto limpava desanimada minha mesa. O professor nos liberou, mas eu ainda tinha que limpar o chão, então fiquei ali, limpando. Após um pequeno aviso, o professor saiu, me deixando com a sujeira ali. Depois que consegui limpar tudo não tinha nem mais graça e eu estava faminta. Por fim, guardei tudo, derramei o resto da poção do caldeirão numa pia, o limpei e então saí da sala, a fechando. "Bem, não foi tão ruim" pensei enquanto saía da sala, a mochila nos ombros, indo para o salão principal "Pelo menos dessa vez eu não derramei o caldeirão todo, ele só transbordou. Mas ainda vou ter que comprar outro tinteiro."


Evelyn Marie Villeneuve Hotchner

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Sonserina | Filha da Jennifer | Amante de livros e gatos | Artilheira


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Megan B. Lancaster
Megan B. Lancaster
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Qua 10 Jul 2013 - 13:46
Segunda Aula de Poções

Após sair da aula de feitiços, sai andando tranquilamente para a biblioteca. Andei distraidamente por entre as enormes estantes e me permiti vagar por horas dentre alguns títulos. O movimento pela biblioteca era grande, muitos alunos, principalmente os corvinos, andavam por lá assim como eu. Encontrei-me diante de uma sessão muito interessante, a de Quadribol e encontrei um exemplar que muito me interessava pelo seu titulo “Quadribol Através dos Séculos” e assim que alcancei o livro, o retirei da prateleira, cuidando ao Maximo para que o livro não viesse parar no chão.

Por lá peguei emprestado alguns exemplares de outros livros além daqueles que já utilizávamos durante as aulas, na verdade eram sobre Poções e Transfiguração. Sabia que não havia obtido grande êxito nas ultimas aulas e não queria desapontar meus pais. Até porque sendo uma Villeneuve e uma monitora, tinha de dar o exemplo aos outros alunos. Chequei o horário no relógio que pendia sob a parede da biblioteca e resolvi ir embora dali.

Descia as escadas rumo à sala comunal a fim de guardar meu material e os exemplares que não utilizaria nas próximas aulas, mas antes chequei o estado do animal que carregava comigo. Suricato, meu pufoso, continuava dormente em meu bolso e eu estava feliz, por momento. Abri minha mochila e chequei o horário da próxima aula, Poções. Depositei o material excedente sobre minha cama e subi até o salão principal.

Sentei-me juntamente aos colegas de casa, mais precisamente, Rufo, Evelyn e Stefan. Empenhei-me em acompanhar uma conversa sobre um assunto aleatório e não vi quando o almoço estava quase por terminar.  Virei-me em direção a mesa onde os docentes almoçavam e verifiquei se minha mãe não estava por ali. Lhe dei um pequeno aceno e sorri animadamente para ela. Ouvi então alguém me chamar: – Vamos Megan, a próxima aula começará em instantes! – Assenti para o companheiro de casa e olhei novamente para minha mãe, lhe dando um breve tchau. Peguei a mochila e Suricato e me debandei para a aula de poções nas masmorras.

Adentrei a sala e cumprimentei rapidamente o professor, enquanto esperava o restante dos alunos que vinham em minha companhia se acomodarem. Repercuti o mesmo comportamento e me acomodei confortavelmente mais ao fundo da sala. Como de rotina coloquei delicadamente Suricato sobre o meu colo e retirei da mochila o pergaminho, uma pena qualquer e o tinteiro. E juntamente aos materiais didáticos acomodei minha varinha. E tal como dito, feito. O professor nos orientou sobre possíveis anotações que teríamos que fazer.

E nos questionou em seguida sobre o que poderia ser um antídoto. Busquei no fundo de minha memória e ao me lembrar da resposta, ergui minha mão esperando que ele pudesse me ver e ouvir. Assim que seus olhos me avistaram e ele assentiu, lhe respondi: – Bom, professor Joseph, antídoto é uma substancia que tem por finalidade amenizar ou extinguir os efeitos causados por veneno. – Apesar de ser meio curta, tinha plena certeza de que minha resposta era bastante objetiva e clara.

Logo após as respostas o professor complementou as mesmas e lançou-nos outro questionamento. Mas desta vez ninguém se manifestou em responder tal pergunta e o professor prosseguiu com sua explicação. Resolvi por anotar no pergaminho os principais conceitos que estavam sendo lecionados e fazendo pequenos e breves tópicos no pergaminho, mantive toda a minha concentração nos dizeres do docente que estava ministrando a aula. Tentando, em vão, caprichar em minha caligrafia deixei escapar um murmúrio baixo ao forçar demais a pena e manchar o pergaminho.

Parabéns garota esperta, nem ao menos consegue escrever corretamente!”. Senti ainda mais raiva e frustração ao perceber que não ouvira a outra questão que o professor nos propusera. Ouvi algumas respostas e por tais, pude deduzir qual era a questão. Veneno. O professor parabenizou a pessoa que o respondeu de forma correta e fez a turma entrar em total estado de excitação ao dizer que iríamos preparar uma poção usada como antídoto. Mesmo que o docente deixasse claro que ela era simples, ainda assim se tratava de uma poção. Sorri e acabei por participar da breve farra que se iniciara na aula.

Mas o silencio sepulcral que veio logo em seguida, devido ao professor bater a porta, e fiquei extremamente envergonhada por minha atitude. Corei violentamente e me calei de imediato, afundando na carteira. “Você tem que dar o exemplo e não fazer isso!”. Ótimo, agora minha consciência estava querendo me dar lições de moral, era só o que faltava. Voltei minha atenção ao professor e suas anotações no quadro. Rapidamente voltei a escrever o que estava no quadro, que era o modo correto para o preparo da poção. Apenas acompanhei com o olhar o modo como o professor manuseava sua varinha e nos indicava o local correto dos ingredientes.

O professor então nos autorizou para que déssemos inicio a atividade. Assim que terminadas as minhas anotações no pergaminho me encaminhei junto a ele até o fundo da sala de aula. Parei de frente para com o antigo e velho armário analisando os frascos e os seus conteúdos. Peguei uma quantidade aproximada do que julgava ser a correta de cada ingrediente e as levei até minha mesa. Coloquei delicadamente sobre a mesa tomando o devido cuidado para não perder os ingredientes.

– Me ajuda a encher corretamente, tenho medo de colocar água demais! – Pedi para um colega para que me ajudasse na medida correta da água no caldeirão e logo voltei a me posicionar diante da mesa. Enquanto ele buscava para mim o caldeirão com a água aproveitei para guardar meu material, deixando sobre a mesa apenas o pergaminho com as instruções e os ingredientes.

Afastei minha cadeira e coloquei sobre ela a minha mochila, e sobre a mochila, Suricato. Respirei fundo e tentei arrumar meu cabelo em um coque e o prendi com a varinha, apesar de desajeitado, era melhor do que solto naquele momento. Não me importei muito sobre o que iriam pensar a respeito disso, respirei fundo e me virei ao colega que já trazia o caldeirão com a água. – Muito obrigada, te devo uma! – Agradeci sorrindo e acendi o caldeirão em uma temperatura que julgava não ser tão alta, mas sim média.

Enquanto esperava que a água esquentasse, para continuar a poção, resolvi cuidar dos demais ingredientes. Utilizando de uma balança simples que tinha por perto, medi exatamente a quantidade exata dos ingredientes. – Vamos lá! – Respirei fundo e percebi que a água já estava quente o suficiente. Coloquei uma quantidade demasiada de pele de ararambóia sobre o prato da balança e fui retirando o ingrediente aos poucos, e quando restaram as exatas duzentas e cinqüenta gramas, a tratei de colocar no caldeirão. Fiz o mesmo com os outros ingredientes conforme estava no quadro. Primeiramente a pele de ararambóia, logo depois a losna e os dois tipos de acônitos, e os coloquei para cozinhar. Aos poucos ia mexendo o conteúdo do caldeirão e cuidando os minutos, não poderiam ficar cozidos por mais do que 10 minutos.

Olhei para a poção e aos poucos fui diminuindo o fogo até apagá-lo completamente. Mexi mais algumas vezes a substância e fiquei a olhando por um tempo, ela estava tomando cor. Aos poucos ela foi pegando uma tonalidade marrom, ficando escura em seu final. Conferi no pergaminho quais seriam os próximos passos e liguei novamente o fogo, voltando acender o caldeirão. Voltei para a balança e separei as duzentas e cinqüenta gramas de bezoar, nada mais nada menos 250. E cuidando para que nada desse errado deixei ela no fogo por mais algum tempo. Aproveitei rapidamente para devolver o restante dos objetos e ingredientes aos seus lugares iniciais. Quando me postei diante da mesa outra vez, vi que saia de meu caldeirão uma fumaça, que em minha concepção era mais laranja que o cabelo dos Weasley, e desliguei o fogo. Pois de acordo com as instruções que o professor havia nos dado, era sinal de que estava pronta a poção.

Enquanto esperara os outros colegas terminarem, mirei Suricato sobre a minha mochila. Ele parecia um tanto quanto entediado e inconfortável ali. Ri do pequeno e peludo animal, mas voltei a concentrar minha atenção no que se passava na sala de aula. Um tempo depois o professor deu-se por encerradas as atividades para a tentativa do feitio da poção. Pediu para que as colocássemos em frascos e os entregasse a ele. Andei lentamente até o armário novamente e capturei de seu interior um frasco vazio. Ajudei alguns colegas fazendo o mesmo gesto e os alcançando os frascos. Voltei a minha mesa e cuidadosamente preenchi o frasco. Logo após isso coloquei meu nome na etiqueta que estava em volta do mesmo e o depositei sobre a mesa do professor.

Terminei de organizar os materiais que havia utilizado e deixei tudo como estava antes, limpo e em ordem. Ajeitei a cadeira de volta em seu lugar e segurei Suricato em uma das minhas mãos. Com a outra ajeitei a mochila nas costas e esperei a liberação do professor para ir embora. Assim que permitida, sai da sala indo em direção a comunal ou qualquer outro lugar.


I know if I'm haunting you,
you must be haunting me
Christine L. Villeneuve
Christine L. Villeneuve
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Sex 12 Jul 2013 - 12:03


2ª Aula de Poções

Um equilibrado e suculento almoço havia-me deliciado nos passados momentos. Todos aqueles sabores maravilhosos e únicos que dançavam harmoniosamente no meu paladar eram uma irónica e excelente alternativa aos futuros gostos que possivelmente seria obrigada a provar ou produzir na aula de Poções. Tinha de ser sincera, esta não era nem estava perto de ser a minha disciplina favorita, embora não pudesse negar uma certa curiosidade em aprender determinados tópicos da mesma. Apenas tentava encarar o lado positivo de tudo, mesmo que isso implicasse mentir a mim própria. Terminei o almoço e peguei na mochila já preparada para a aula, dirigindo-me ao ponto frio e sombrio onde as aulas sempre decorriam. No caminho, não pude evitar olhar para os pequenos grupos ou pares que se juntavam a conversar, cochichar ou brincar, e que faziam com que eu me tornasse um feio contraste. Como eu desejava também ter uma companhia para me rir nos corredores, receber um carta de um familiar de manhã, ou até mesmo uma prendinha, e ter um ou uma companheira de estudo… Sonhos que se reduziam a isso. Meros e impossíveis sonhos, que eu avistava muito longe no horizonte…
 
Cheguei à sala. O professor já se encontrava lá. Cumprimentei-o e sentei-me num dos muitos lugares escuros. Entretanto o docente já iniciava a aula, adiantando-nos para retirar os pergaminhos e penas, que escreveriam longos apontamentos sobre venenos e antídotos. Ele questionou a turma acerca deste dois últimos assuntos, e claro que não fui eu a responder. Os meus conhecimentos destes dois temas eram muito rudimentares, reduzindo-se a “os venenos são maus e podem matar ou fazer-nos muito doentes” e “antídotos curam os efeitos dos venenos”… Permaneci caladinha e limitei-me a ouvir as respostas de outros alunos e a reprodução aprofundada das mesmas pelo docente. Escrevi tudo no pergaminho. Já que eu mesma não deduzia rapidamente definições imaculadas, então que as decorasse e me fossem úteis para outras ocasiões…
 
Como não podia faltar numa aula de Poções, haveria a temida parte prática. Entre veneno e antídoto, felizmente produziríamos este último, pois caso contrário já me imaginava a engolir salpicos indesejados e venenosos…  Um burburinho encheu a sala, mas claro que eu não fiz parte dele… Apenas olhei para a esbelta e desgastada pena. – Só eu e tu, não é?- Comentei para o objeto, completamente só. Ouvi a porta a bater e dei um pulo na cadeira, assustada. Vi pessoas a rir da minha reação e outras igualmente assustadas do barulho repentino e ameaçador. Uma imensidão de instruções surgiu no quadro. “Por Merlin, aquilo é para passar para o pergaminho, ou basta obedecer enquanto fazemos o antídoto?”, matutei para mim própria, pois a timidez era demais para questionar ao pedagogo. Como mais ninguém teve a ideia de copiar o testamento, dirigi-me ao fundo da sala e retirei por último os ingredientes e materiais necessários ao fabrico do antídoto, tendo cuidado para que nada caísse descuidadamente ao chão.
 
Por fim, tinha tudo na mesa, longe de esquinas ameaçadoras. Olhei para o quadro e para cada um dos ingredientes e certifiquei-me que tinha tudo em ordem -Água, pele de ararambóia picada, acônito lapelo picado, acônito licoctono picado, suco de folhas secas de erva-de-cobra, bezoar em pó, losna picada…- Dizia enquanto apontava do quadro para os materiais e vice-versa. –Está tudo. Mãos à obra!- Afirmei com um sorriso e sacudindo as mãos.
 
Em primeiro lugar, centrei bem o caldeirão na mesa. Enchi-o com precisos 500 ml de água, confirmando repetidas vezes se a água estava na quantidade correta, e acrescentando e tirando água até ficar a quantidade de 500,0 ml certinhos. De seguida coloquei o caldeirão com água no fogo. Como eu era muito sensata- não mesmo- coloquei o dedo indicador para ter uma noção de como estava a temperatura. Completamente fervente! Retirei o dedo aos pulinhos e a abaná-lo e atraí muitas atenções. Parei quieta, fiz um sorriso, e fui em bicos de pés até ao caldeirão, que esfumaçava tal era o calor no seu interior. Peguei na pele de ararambóia, na losna, no acônito licoctono e no acônito lapelo e, um a um, deitei-os para dentro do caldeirão e da água. Tal como as instruções indicavam, aguardei dez minutos. Sentei-me na cadeira e olhei para a mesa. Alguma água estava espalhada de forma sinuosa pelo tampo. “Isto é considerado sujeira? É que eu não quero ser punida!”, pensei, um pouco preocupada. Peguei num pano que trouxera do armário por prevenção e passei pela mesa. Olhei para o relógio de seguida. Já haviam passado dez minutos. Não querendo transgredir nem mais um minutinho, retirei com extremo cuidado o caldeirão do fogo. Misturei os ingredientes muito suavemente, aproveitando a sensação relaxante de ver a água a circular e a cor a mudar lenta e agradavelmente. Aos poucos, a cor irregular e mesmo suja foi-se tornando numa só, com um aspeto homogêneo, e o mais próximo possível do marrom. Ainda não era esse marrom puro e evidente, mas estava melhor do que eu pensava que alguma vez ficaria. A achar que já não podia melhorar mais, levei o caldeirão novamente ao fogo, com alguns salpicos no caminho. “Pelas barbas!… É melhor limpar isto o mais cedo possível!”. Coloquei rapidamente o bezoar na poção e peguei no pano. O professor estava ao fundo da sala, a auxiliar um colega, por isso aproveitei esse tempo para esfregar a ténue sujeira do chão. Era teimosa, parecia não querer sair de lá, mas por fim consegui. Quando me levantei, o cabelo estava meio desordenado, com alguns fios a flutuar no ar. Esperançosa, vi uma fumaça ocre no ar, mas infelizmente não era do meu caldeirão. Ele ali continuava, sem nenhum sinal de vida, igual a si próprio. Aos poucos, todos foram conseguindo, armazenando o líquido e saindo da sala. Já só restava eu e mais uns quantos desajeitados, quando finalmente a fumaça marcou presença. –Yes! Finalmente!- Falei, com um sorrisinho fofo. Dirigi-me ao armário do fundo da sala, tirei um dos últimos fracos restantes e enchi-o com a minha poção. Dei um selinho discreto no vidro do frasco e pousei o mesmo na mesa do docente. Por boa educação, limpei o meu caldeirão, a minha mesa, e o reduzido perímetro que a mim fora destinado. Posteriormente sorri para o professor e despedi-me. Saí da sala, com o uniforme estranhamente limpo e o cabelo elétrico, rebelde e no ar. Ainda pior do que já costumava ser!




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Stefan C. Cavendish
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Sáb 13 Jul 2013 - 14:07
2ª Aula de Poções


As aulas de feitiços estavam ficando cada vez mais legais ao passar dos dias. E quando a aula acaba a maioria dos alunos começam á comentar como conseguiram fazer os feitiços ou potencia com que os mesmos são conjurados. Eu e Lara estávamos andando o mais rápido que conseguíamos, pois precisávamos comer alguma coisa antes da aula de Poções que seria logo depois do almoço. Quando chegamos a porta do salão principal, Lara empurrou a porta com tanta força que esta acabou batendo com estrondo a porta na parede. Olhei incrédulo pra cara de Lara e falei: - Em nome de Merlin, o que foi isso Lara? Eu sei que está com fome, mas isso já é desespero! – Ela deu uma risadinha e foi para a mesa da Grifinória, e eu, á passos rápidos, fui para a da Sonserina. Servi-me de todos os pratos, purê de batatas com ovos, bacon assado, coxas de galinhas e peru. Quando terminei de comer, me levantei correndo e puxei Lara pelo braço e saímos do salão principal. – Porque você me tirou de lá assim? Eu ainda estou com uma coxa de galinha na mão, Stef. – Olhei para a mão de minha irmã e dei uma risada, falando: - Come no caminho, ué. E, aliás, estamos quase atrasados! – Mostrei o meu relógio para Lara e ela arregalou os olhos e deu uma grande dentada na coxa de galinha enquanto começávamos á correr escada á baixo para as masmorras onde eram ministradas as aulas de poções.

Ao chegarmos á porta da sala de aula, Lara limpou as mãos nas vestes e com a manga da roupa, limpou a boca. – Isso, porquinha. Se suje inteira. – Falei pra ela enquanto passávamos pela soleira da porta da sala, que estava obscura e silenciosa como sempre foi. Sentamo-nos em um banquinho que ficava próximo das bancadas e esperamos a aula começar. O professor Joseph deu início á aula explicando que venenos e antídotos eram os assuntos do dia. Eu retirei meus materiais de dentro da mochila e Lara fez o mesmo. O professor perguntou a turma o que era um antídoto e logo Evelyn respondeu a pergunta. Virei-me para ela fiz sinal positivo pra ela, mesmo não nos conhecendo, tenho certeza de que iria se sentir bem melhor com seus colegas de casa apoiando-a. Eu anotei o que ela havia falado e mais o que o professor estava acrescentando ao que ela havia falado. O professor fez mais uma pergunta, mas esta não havia sido respondida. Ele mesmo respondeu á pergunta, e ainda citou o antídoto da poção de arrepiar os cabelos que é usado para acabar com o efeito da mesma. O professor Joseph pergunta o que é um veneno e várias pessoas responderam, como eu e Lara não gostávamos da matéria, não sabíamos nada sobre o assunto, á não ser quando alguém falava e éramos obrigados á aprender. O Sr. Lancaster anunciou que hoje iríamos preparar um antídoto simples. Vários alunos ficaram ansiosos e começou á fazer barulho, mas eu e Lara só ficamos olhando para o professor, que fez um sacolejo com a varinha e trancou a porta da sala com um estrondo e pediu silêncio. O silêncio prevaleceu mais uma vez na sala enquanto o professor fazia vários acenos de varinha, um para o quadro, onde apareceram as instruções de como fazer o antídoto, outro movimento de varinha em direção ao armário no fundo da sala onde estavam os ingredientes. O professor pediu para sermos responsáveis e não fazermos sujeiras. Quando pediu para começarmos, o tumulto se formou na ida para pegar os ingredientes. Lara foi à frente e pegou os seus e logo voltou para a bancada e começou o preparo. Eu, quando finalmente consegui passar pelo amontoado de alunos, peguei os ingredientes necessários para o antídoto. Quando voltei á mesa, Lara já estava quase que no meio do preparo, me sentei ao lado dela e falei: - Será que pode fazer isso devagar? Você pode errar! - Ela revirou os olhos e continuou, bufei com raiva de voltei-me para o meu caldeirão.

Comecei enchendo o caldeirão com 500 mL de água, como estava nas instruções, e levei ao fogo. Esperei a água esquentar e coloquei a pele de ararambóia e observei-a afundar para pode colocar a losna, seguida do acônito licoctono e do acônito lapelo. Marquei em meu relógio 10 minutos e aguardei, olhando ao redor como estava o preparo dos meus colegas, os 10 minutos de Lara já estavam no fim e ela já se preparava para retirar o caldeirão do fogo. Quando os meus 10 minutos se passaram, eu tirei o caldeirão do fogo e peguei uma colher grande de metal e comecei á misturar tudo até que a coloração começou á ficar da cor de chocolate. “Será que eu fiz certo? Era pra ficar marrom!” – pensei enquanto olhava as instruções e fui lembrando a ordem em que eu coloquei os ingredientes. “Está correto, e cor de chocolate tecnicamente é marrom!” – pensei, continuando com o preparo. Coloquei o caldeirão de volta ao fogo e esperei 10 segundos e coloquei o bezoar dentro e esperei. 40 segundos depois a poção começou á soltar uma fumaça de coloração estranha, tirei o caldeirão do fogo e deixei-a de lado, para observar a poção de Lara. Estava do mesmo jeito que a minha então se errássemos erraríamos juntos.

O professor avisou para quem tivesse terminado fosse pegar um frasco no armário e colocasse a poção no frasco e a etiquetasse. Eu me levantei da cadeira e fui até o armário, capturando dois frascos, e voltei para a bancada e entreguei um frasco á Lara. Coloquei o conteúdo do antídoto dentro do frasco e o tampei, escrevei meu nome na etiqueta que havia colada no frasco e levei para o professor. Voltei para a minha carteira e reparei que havia alguns respingos no tampo da carteira, eu peguei um pedaço de pergaminho e passei-o sobre o tampo da carteira e limpei-a, peguei o pergaminho sujo e joguei-o na lixeira. Quando Lara entregou o seu frasco, ela arrumou sua mochila e eu a minha e juntos deixamos a sala de aula.


Stefan Antonny Killer Chevalier Cavendish
MEDIBRUXO PRINCE CHARMING STEFANÁS DOMINADOR DO SUBMUNDO
Rufo Villeneuve Lancaster
Rufo Villeneuve Lancaster
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Monitor-chefe e capitão do time sonserino.
Dom 21 Jul 2013 - 1:03
Poções

Minhas lentas pernas moviam-se em sincronia, fazendo-me avançar pelos sombrios corredores das masmorras.  Prossegui com exatidão já que, cá entre nós, qualquer sonserino conhece tais ambientes. Os archotes irrompiam em chamas fracas, propiciando um clima cálido e desagradável. Bom, não desagradável para mim. O fato de estar próximo do horário para ir à aula de Poções deixou-me extasiado. É sabido, então, que sou apaixonado pelo preparo de tais líquidos. Instantes após, deparo-me com os filetes de luz do térreo. Muitos alunos conversam, cortando o silêncio. As meninas, em suas vezes, usufruíam de gritinhos, também cortantes, fazendo-me pender à irritação.

Levei minha mão direta até um pedaço de carne, o maior dos visíveis, capturando-o e o abocanhando. Senti-me sendo renovado em cada mordiscada. Repeti tais movimentos por muitas vezes, derrotando a fome que, em momentos anteriores, tomava-me. Tomei, por fim, uma quantidade razoável de suco de abóbora, habitual entre todos os alunos. Inclinei-me, abrindo minha mochila e checando o material disposto em seu interior. Minha pena, tão amada pena, estava em meio de muitos pergaminhos e livros. O livro de Poções destacava-se em um lado separado, seguido por poucos pergaminhos, os quais seriam usados em momentos vindouros. Levantei-me calmamente, seguindo pelo caminho entre as mesas da Corvinal e Sonserina, voltando ao barulhento saguão. Saber que as aulas de Poções ocorriam no tão aconchegante subsolo causa-me conforto.

E estou eu de volta às masmorras. O distintivo de monitor pendia em meu peito, próximo da esverdeada gravata, a qual possuía, também, listras prateadas. Meus passos eram rápidos e eu pude sentir o peso de livros em demasia em minhas costas, causando uma leve inclinação. Por fim, acomodei-me em um local próximo para com a mesa do professor, retirando um pergaminho e minha pena obediente (também conhecida como de repetição rápida), os deixando lado-a-lado, prontos para uso.

O professor Lancaster iniciou sua aula nos falando qual seria o conteúdo, seguindo por um questionamento que, por sinal, Evelyn quem respondera. Minha prima sempre (ênfase no sempre) responde, é inevitável. Minha pena possuía ar rústico e tons de marrom, sempre disposta, claro, já que é uma pena mágica. Eu não sei o que seria de minha pessoa sem tal pena, minhas mãos não seriam tão eficientes como tal. Os conceitos foram passados e as palavras eram formadas na superfície de meu pergaminho. A caligrafia, por sua vez, estava legível, muito diferente da minha. Os conceitos eram interessantíssimos. Venenos era, sem sombras de dúvidas, um assunto convidativo.

Meu semblante fora alterado para surpresa quando muitos responderam ao questionamento do professor. Confesso que não entendi o que eles diziam, o que acabou se tornando uma mistura de palavras sem nexo. O professor, então, falou altivamente e as respostas cessaram. Senti o impacto que a palavra "veneno" causa quando, assim que mais um conceito fora transmitido, um pequeno tumulto se iniciou. Hesitei em virar-me e observar qual era a origem, porém o fiz. Assim que meu corpo executou tal movimentação, o professor causou um barulho tão desagradável quando os gritinhos das meninas, fazendo-me voltar para a posição anterior, ereto e apático. As instruções para o preparo do antídoto estaria no quadro de superfície negra e os ingredientes estariam no rústico armário. Não poderíamos causar respingos ou sujeiras de teor mais elevado.

Levantei-me, marchando até o armário ao fundo, extremo lado oposto de onde eu situava-me. Muitos também o faziam, causando uma desorganização leve. Parei, esperando o "trânsito" esvair e o espaço ser liberado. Demoraram, basicamente, de um para dois minutos. Não parecia complicado encontrar os ingredientes corretos quando os mesmos estão organizados para maior praticidade nossa, certo? Errado. Assim que me postei defronte com o armário, o extenso número de etiquetas deixou-me atordoado. Eram muitos, realmente muitos ingredientes. Não contando com as ferramentas de vidro, muitas das vezes prata. Movi meus olhares do armário para o quadro, lendo a lista de ingredientes e os pegando do interior do objeto. "Pele de araramboia... Está aqui!", capturei uma espécie de frasco, razoavelmente mais largo, onde continha a tal pele. Repeti as mesmas movimentações até, com bastante dificuldade, mover todos os ingredientes para próximo de meu caldeirão.

Agora é só iniciar o tão importante preparo.

Muitas ferramentas, também trazidas do armário, eram dispostas sobre a madeira de minha mesa. Tais seriam utilizadas para o tratamento dos ingredientes. Como já havia introduzido água no interior do caldeirão, inclinei-me e me mantive picando os três ingredientes que iriam ao encontro do líquido incolor. Uma ferramenta, também de madeira e com o perímetro em um marrom escuro, estava exposta no centro de minha mesa, pronta para receber a pele. E assim o fiz. Capturei, com minha mão direita e cuidado, a pele do frasco largo de vidro, posicionado-a no centro da madeira deixada por lá em momentos anteriores. Uma faca "especial", que não causaria a morte de algum aluno, no caso, fora usada para picar o ingrediente. Chequei, em curtos intervalos de tempo, a fervência da água. Utilizei da tal faca para picar os dois outros materiais orgânicos, os jogando, assim como a pele, no caldeirão. Deveria deixar cozinhar por dez minutos. Deixei o tempo fluir em uma ampulheta, observando o desempenho à frente. Os minutos passavam lentamente, assim como minha respiração. Analisar deixa-me calmo, conclui.

Eu poderia jurar que haviam passado horas... Porém foram apenas dez minutos. Apaguei o fogo, cauteloso. Uma espécie de colher, com o único diferencial de que possuía tamanho duas vezes maior, fora utilizada para misturar o que continha no caldeirão. Desejei que o tão esperado tom de marrom surgisse rapidamente, mas não queria arriscar-me em dissolver com rapidez. Movimentei a colher com lentidão, cuidando "com carinho" da mistura. O tom, por fim, chegou. O fogo fora aceso por mais uma vez e preparei-me para tratar do bezoar. E essa estava sendo o meu primeiro preparo. Senti-me extasiado, entretanto, minhas mãos estavam trêmulas. Deveria eu, conclui, causar boa impressão no professor, então é necessária um perfeito antídoto. Tratei do bezoar com cautela, mesmo que, também, rapidamente. Procurei evitar deixar o líquido por muito tempo no fogo, aquilo, na minha mente, poderia causar algum dano ao efeito ou algo do tipo. Acrescentei o bezoar e relaxei.

Apenas a fumaça ocre para deixar-me um pouco mais relaxado. Preparei o frasco, um fino, para depositar a poção sem respingos. Respingar pode ser inevitável, porém irei tentar. Minhas costas estavam eretas, o que menos quero são dores desagradáveis nas mesmas. E a fumaça chegou. Um largo sorriso fora exposto e desliguei o fogo. Mamãe não iria me querer perto de fogo, mas ela não estava mais entre nós. Evitei chorar, o que somente causaria maior constrangimento para mim. Utilizei de uma ferramenta parecida com uma colher, somente não tão rasa. Capturei o líquido de tom marrom, depositando-o no frasco, com extremo cuidado, mas minhas mãos estavam trêmulas. Desejei praguejar, mas nenhuma fala fora liberada. A poção estava, além do caldeirão e frasco, sobre minha mesa, sobre o pergaminho. O frasco chegou a sua lotação e retirei minha varinha das vestes. Eu sabia que iria derramar, entretanto, é necessário acreditar que não. — Evanesco — as impurezas foram sugadas e a ordem reinou.

Marchei até o professor com o frasco em mãos. — Eu terminei... É... Aqui está — deixei-o sobre a mesa de carvalho do tutor. Esperei um elogio, mas nada. O professor apenas entreolhou-me e assentiu. Me afastei, arrumando minha pena e pergaminho na mochila, não tardando para estar ao lado de Stefan, meu companheiro de dormitório e vice-capitão.

Ei, há tempos que quero mostrar-lhe algo, cara! — postei-me à frente do mesmo, observando seu semblante confuso e ansioso. Concentrei-me, afinal, concentração é crucial para uma razoável transfiguração. Imaginei-me em um local escuro, apenas minha pessoa e um espelho defronte. O espelho era capaz de refletir o meu corpo por inteiro: um magricela de cabelos alinhados e olhos extremamente azulados. Eu não desejaria alterar a coloração de meus olhos, então passei para os cabelos, o que causaria maior impacto. Imaginei-os se tornando esverdeados, assim como os tons dos aposentos comunais. Já havia feito aquilo muitas vezes, dezenas delas, a maioria em Durmstrang, onde troquei a cor por amarelo: cor de Khipogrifa. Abri meus olhos. Olhei diretamente para Stefan e, decifrando seu olhar, algo havia acontecido. — Viu? — um esboço de um largo sorriso fora exposto.



Rufo Villeneuve Lancaster
Durmstrang boy
Jerôme Villeneuve
Jerôme Villeneuve
Mensagens :
68
Dom 21 Jul 2013 - 3:18
Potions

Evelyn M. V. Hotchner: 10. Você me surpreendeu, tanto com as impecáveis descrições quanto com os pensamentos em demasia. Meus parabéns! +10 pontos.

Megan Villeneuve Hugh: 10. Eu sinto algo diferenciado em suas postagens, querida. É um fator desconhecido que faz-me gostar do que estou lendo. Sua postagem é bem estruturada, assim como abarrotada de detalhes. Meus parabéns! +5 pontos.

Stefan C. Cavendish: 8,5. Bom, repito para tomar cuidado com as repetições. Encontrei muitos "professor Joseph" ao longo de sua postagem. Alguns erros ortográficos, nada relevante. As descrições que pesaram. Eu, como professor, desejo que o preparo seja bem detalhado. +4 pontos.

Rufo Villeneuve Lancaster: 10. Bom, o senhor, claramente, consegue manusear, controlar as palavras. Como assim? O senhor consegue fazer com que as palavras digam exatamente aqui que queres transmitir. Suas descrições são boas, quase impecáveis. Meus parabéns! +5 pontos.

Christine E. Villeneuve: 9 Christine, mudanças são perceptíveis em suas postagens! Li com muito gosto, sabe? Percebi os detalhes, como trabalha sua personagem. Realmente gostei. Meus parabéns! +5 pontos.

Vinte pontos para Megan Villeneuve Hugh por ser a aluna com melhor postagem;
Vinte pontos para Evelyn M. V. Hotchner por ser a aluna com melhor descrição do preparo do antídoto.

Corvinal: --
Sonserina: 59
Lufa-Lufa: 5
Grifinória: --

Agradeço a Lilith Villeneuve Hugh por ajudar-me com as avaliações.
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