The Last Castle - RPG :: Herbologia
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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Caipora
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Caipora
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Ter 11 Jun 2013 - 18:22
2ª Aula de Herbolobia Usarcapaaulas
Herbologia

Aula II
Kenton Willians Lancaster
Kenton Willians Lancaster
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Diretor de Hogwarts
Sex 28 Jun 2013 - 9:12
Segunda de Herbologia

Sufocava-me numa leitura intensa de um dos livros que Nicolette deixara antes de sua morte. O livro se tratava de um romance escrita em primeira pessoa e que relatava a imensidão de um amor perdido devido a morte de um dos personagens. Além disso ele trazia consigo pequenas partes marcadas com uma caneta vermelha e que finalizava com um pequeno verso que Nicolette escrevera na última página do livro e seguido de um pequeno coração e dentro do mesmo constava o nome dela, de Rufo, dos dois filhos e o meu. Lendo a frase e observando o coração algumas gotas de lágrimas caiam do meu rosto e fornecendo mais ao conjunto aquoso que se tornavam o pequeno lençol da cama. Enfureci-me, lancei o livro contra a parede e com um breve aceno da varinha o livro tornou-se a queimar e logo mais se transformando em cinzas negras e rudes, e as mesmas deslizavam pelo chão até um dos armários do local. Minha boca secava, minha mente não parava de pensar em Nicolette morta, jazida no chão ao lado das enormes manchas tenebrosas de sangue. Minha tristeza não parecia se tornar precária, e logo mais eu deveria lecionar aos segundanistas e me encontrar com Rufo outra vez, ver seu rosto dormente e avermelhado. Despedi-me do dormitório torcendo a maçaneta que ficava no polo direito da porta, e assim seguindo um pequeno trajeto até a escadaria.

As janelas adornadas que ficava fixa nas paredes mofadas do corredor transmitia em meu rosto as pequenas faíscas solares que despejavam em meu olhos um curto incômodo. Meus passos foram ficando forte cada vez que eu aumentava a minha própria velocidade. Ao fim do corredor não deixei de notar o movimento rápido das escadas que ia ficando cada vez mais perto da minha visão, e assim eu terminara meu trajeto bem sucedido. Encontrei logo nas escadarias uma porção enorme de alunos que subia e descias os curtos degraus de cada escada móvel, desci lentamente uma delas e parei no hall de entrada do castelo, o que me fez virar o próximo corredor e minutos depois sentir a grama recém cortada dos jardins de Hogwarts. Caminhava lentamente observando as belas imagens que Hogwarts apresentava, desde seus campos planos, suas águas belas, suas vidraças elegantes e adornadas, suas torres pontiagudas de cortar o céu, suas árvores lindas e esbeltas que transmitia aquele ar natural para tudo e todos. Continuei minha caminhada ao ver que a estufa ia se aproximando. Cheguei finalmente exatos cinco minutos adiantado e logo dei partida para entrar dentro da casinha cheia de vidros aos arredores, trepadeiras no teto e uma enorme variedade de plantas que ficavam perto dos vidros ou então nas pequeninas hortas. - Boa tarde. - Dei meu cumprimento inicial aos alunos que cochichavam num canto da estufa. Empinei meu olhar para um dos vidros que refletiam o lado e fora e logo em seguida pequenas cabeças cabeludas aparecerão, me alertando que os demais alunos estavam a chegar. Fui de imediato ao quadro escrevendo "Quarta-feira | Segunda Aula | Bubotúberas e Mimbletônias" - Minhas mãos pálidas eram retiradas da lousa e em seguida enfiadas dentro de um dos bolsos do meu jaleco branco. Ao retornar meu olhar para os alunos de anteriormente pude avistar Rufo se encaixando em uma das localidades da extensa mesa e logo em seguida estavam todos me observando. - Muito bem. Esta já é nossa segunda aula, que coisa boa não é mesmo ? - Com um severo esforço pude destrancar um sorriso que estava preso na minha boca. Os alunos acenavam positivamente enquanto tentavam saber o que seria bubotúbera e mimbletônias, justo que eles nunca haviam aprendido essas duas plantas comigo, em Herbologia. Com um feitiço não verbal e com minha varinha apontada para a mesa conjuro uma bubotúbera e uma mimbulus mimbletonia dispostas nos dois polos da mesa. Fito os olhares apreensivos da turma e em seguida retomo minha posição. - Essas duas plantas magníficas serão nosso estudo de hoje. Alguém arrisca em dizer como se chama essas duas plantas ? - Os desafiei para assim saber se alguma vez tocaram ao menos, ou então ficaram sabendo do que se trata a Mimbulus Mimbletônia ou então a Bubotúbera. Um aluno que se encostava na barreira da mesa do lado direito ergueu sua mão, aprovei o garoto logo em seguida respondia minha pergunta corretamente. - Ótimo, vejo que tem alunos interessados pela disciplina. Vamos começar falando da bubotúbera. - Alcancei os olhares grandes dos alunos, seus cabelos voavam levemente devido a um pequena vento gélido que entrava na estufa. Conjurei dois frascos de vidros e em seguida uma pinça idealizada, onde nas suas pontas tinham pequenas bolotas de algodão tapadas com uma fita preta. Coloquei os utensílios na mesa extensa e em seguida continuei a falar. - A Bubotúbera, como eu havia dito anteriormente, é uma planta muito conhecida e tem um grande feito numa poção que previne acnes e espinhas. Sendo uma planta fixa e sem sentido ela era até antigamente considerada trouxa, porém com os tempos um pus que sai de suas pústulas é o principal ingrediente para a poção embelezadora. - Termino de falar e respiro fundo e em seguida aproximando-me da escrofulária que estava na outra ponta da mesa. - Podem perceber que a Bubotúbera e a Escrofulária, ou então Mimbulus Mimbletônia, são bem parecidas, afinal, eles se assemelham à um cacto, e para quem não sabe elas podem ser primas de segundo grau. A Mimbulus Mimbletonia também pode ser usada em uma poção à partir de seu pus, a poção Veritasserum. Outra coisa que diferencia da Bubotúbera é a questão de seu mecanismo de defesa que, quando toca ou ao menos trisca,  de suas pústulas são lançadas um pus no bruxo. - Apanhei a escrofulária pelo vaso sem tocar em sua "pele" verde escura. Coloquei a planta dentro de uma caixa de vidro e em seguida trisquei minha varinha e uma de suas pústulas, um líquido muito mal cheiroso fora jorrado na parede envidraçada da caixa. As meninas sentiram um certo nojo de planta. - Viram ? Ah, mas como iremos retirar o pus dessa planta ? - Imitei uma voz super engraçada. - Simples, muitos bruxos usam o feitiço paralisante, Petrificus Totalus, e é o meio que VOCÊS usaram para nossa aula de hoje. - Aguardei as expressões de nojo dos alunos - principalmente as meninas - e logo mais conjurei mais cinco bubotúbera e mais cinco mimbulus mimbletonia.  - Façam duplas por favor. - Ordenei enquanto eles já iam convidando um ao outro para ser seus parceiros. - O objetivo para hoje é retirar o pus da bubotúbera e da mimbulus mimbletonia, creio que já aprenderam o feitiço em Defesa Contra as Artes das Trevas, então não terão dificuldades. Aliás, depois que petrificar as Mimbulus quero que reverta a ação usando o Reflectus Petrify. Farei uma demonstração antes de vocês continuarem. - Balancei a varinha de videira e uma das escrofulárias veio até minha frente. - PETRIFICUS TOTALUS ! - Gritei vendo a planta ficar paralisada e cessando seu movimento repentino. Peguei o pinça que eu havia conjurada anteriormente e rapidamente comecei a espremer uma das pústulas da pele ressecada. Um pus fora derramando dentro do pote de vidro e assim escorregando até o fundo do mesmo. - NUNCA tire mais que duas pústulas de pus, lembre-se que é como se fosse o sangue dela, se retirar tudo ela parará de produzir o líquido e assim morrerá. - Anunciei enquanto tapava o vidro para que o ar fétido não exalasse pela estufa. - RFLECTUS PETRIFY ! - Grito vendo a movimentação da planta voltar ao normal. - É isso, tem alguns panos dentro do armário de madeira para o caso dela expor seu líquido em vocês. Na Bubotúbera não é necessário petrificá-la, haja normal, e pode retirar a quantidade de pus que querer pois ela só morre com o passar dos anos. - Finalizei vendo os alunos começarem a agir.

A aula fora acabando, o tempo se encurtou bastante e a primeira sineta havia tocado. - Pessoal, peguem estes pergaminhos aqui na mesa e respondam as dez perguntas, é avaliativo e me mandem até domingo à noite antes das oito horas. - Liberei-os e depois fiz as plantas sumirem e em seguida guardei os pus dentro de um só pote para mais tarde entregar ao professor Joseph.

Duplas:

Questões do Pergaminho:

Informações para as Postagens:

Pontos para as Casas:



Última edição por Kenton V. Lancaster em Dom 30 Jun 2013 - 15:29, editado 1 vez(es)
Christine L. Villeneuve
Christine L. Villeneuve
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Estudante e monitora da Lufa-Lufa :3
Dom 30 Jun 2013 - 13:12


2ª Aula de Herbologia

Ultimamente, eu esforçava-me o mais possível para me integrar, fazer amigos e divertir-me, mas ainda assim cumprindo as minhas responsabilidades como monitora. Todo o choque de perder Hannie, ter sido adotada e prever o futuro continuava ainda bem presente na minha memória e coração, porém eu aprendera a controlar as minhas emoções e a mim própria. Para qualquer outra pessoa, eu camuflava-me entre os felizes. O truque era sorrir e fingir que estava tudo bem. Porque, na verdade, os outros pouco se interessavam da verdadeira natureza dos nossos sentimentos. Era apenas a mensagem exterior que eu transmitia que contava verdadeiramente. E essa era de uma menina baixinha, trabalhadora, feliz e responsável. E escondia-me nesse aconchegante homizio até que alguém me retirasse a máscara invisível que me toldava permanentemente o rosto.
Acompanhada de mais alguns lufanos, dirigi-me às estufas, com um passo regular para as outras pessoas e de corrida para mim. De facto, tudo corria bem quando assim o aparentávamos: eu aprendera a relacionar-me mais com as bondosas pessoas que me circulavam, em especial com os meus muitos primos. Lucas sobressaía, e se eu alguma vez contasse algo profundo que nunca revelara a ninguém, seria com certeza a ele.
Depois de atravessar os extensos, verdejantes e vastos campos, alcançámos a estufa. Tão bela para mim e mais poucos, tão agonizante para outros. As plantas que enfeitavam o local eram de variedades que continuavam uma incógnita para mim, assim como o assunto que trataríamos nessa mesma aula. Fui envolvida numa grande multidão que entrava ao mesmo tempo na estufa e resolvi começar a conversa com alguém, já que era o que todos pareciam estar a fazer. - Então, Thierry é o teu nome?- Perguntei, com um sorriso, a um belo menino de cabelos castanhos escuros.- Sim. Presumo que sejas a monitora Christine?- Ele pareceu um pouco envergonhado e coçou a sua cabeça. Eu dei um risinho fofo. - Só faltava mesmo Excelentíssima Senhorita Monitora, não é?- Ele também riu- Trata-me por Chris, Thie.- Disse eu. Ele anuiu e o professor entrou. Encaminhei-o a um local próximo do docente, onde poderíamos ver e ouvir bem o seu discurso.
O professor Kenton escreveu o assunto da aula no quadro. Tentei escrever no pergaminho os enigmáticos nomes que aí apareceram, porém fui frustrada, visto que à quarta tentativa ainda redigia “Mimbletônicas” em vez de “Mimbletônias “.
O docente conjurou na mesa duas plantas curiosas. Cada uma delas era bastante característica, embora fossem parecidas entre si, e eu decerto nunca vira nada parecido. O professor perguntou o que era cada uma delas. Eu fiquei a olhar algum tempo para a planta e de seguida compenetrei-me nos nomes do quadro. Provavelmente aqueles nomes bizarros seriam a resposta ao ponto de interrogação, mas eu não me arriscaria a tentar ler todas aquelas sílabas estranhamente conjugadas. Previsivelmente, alguém o fez por mim. Um vento frio, mesmo gélido, circulava pela estufa, fazendo o meu cabelo e de outros alunos esvoaçar suavemente. Enquanto isso, o professor conjurou uns frascos de vidro e umas pinças com algo preto, ou que assim aparentava, na ponta. Ele explicou os benefícios da primeira das plantas, e pelos vistos esta prevenia contra os maiores problemas dos adolescentes comuns: acne e espinhas. Felizmente, essa era uma das poucas chatices com os quais eu não me tinha de preocupar, o que era raro. Por norma, tudo o que era negativo era associado a mim. A expressão “pus é a poção embelezadora” fez-me sentir um calafrio. Esfregar pus no rosto? Tremi novamente, enojada. Essa palavra repugnante de três letras estava a ser mencionada demais, para o meu gosto. A meu lado, Thierry ria com as minhas expressões deveras expressivas. Sorri também, mas depressa voltei a exibir um semblante enfastiado, quando soube que o pus era um dos principais componentes da poção Veritasserum. Tomei uma nota mental para falar sempre a verdade. Preferia um castigo severo e cruel, mas ter dito a verdade, do que mentir e ser obrigada a engolir pus de planta… Outro calafrio trespassou os meus sentidos. Nem me pude recompor, já o professor fazia as chamadas “pústulas” rebentarem e libertarem uma substância que me fez soltar uma interjeição alta de asco. Pior foi saber que iríamos ter de fazer a mesma coisa. Todos se organizaram em duplas, e o meu primeiro instinto foi cutucar Thierry.–Hey, ficas comigo?- Perguntei, com alguma timidez. –Claro!-Respondeu ele. - Felizmente tenho um parceiro desta vez!- Concentrámo-nos na voz do professor, que disponibilizava as instruções da atividade prática. Congelar, espremer e regularizar, era o resumo das complicações demonstradas. Porém, eu desejava que a explicação fosse infinita, para que não chegasse o aterrorizador momento de ser eu a fazer a atividade. Mas claro, esta ocasião chegou. Engoli em seco e olhei para Thierry, que sorria descontraído. –Quer que eu vá primeiro?- Indagou ele, numa tentativa falhada de me relaxar.-Sim, se fosse possível. -Respondi, enquanto anuía a uma velocidade desnecessariamente rápida. Thierry tinha aptidão para o assunto: imobilizou a planta, espremeu as pústulas da planta, tapou o vidro, e fez com que a planta voltasse à sua movimentação natural. Tudo isto em escassos minutos, com apenas pontuais e escassas atrapalhações. Admirada, fixei o rapaz. –A Lufa-Lufa orgulha-se de ter alunos como tu!- Observei, com um grande sorriso. Para além de um elogio, era um esforço de ganhar tempo, mas que depressa foi descoberto. Ele inclinou a cabeça para o lado, referindo-se a onde se localizava, sem piedade, a Mimbulus Mimbletonia. – Está bem…-Resmunguei, entre o nervosismo, o receio e a repugnância. Retirei a varinha da mochila cheia de livros e materiais de escrita, erguendo-a em frente a uma Mimbulus particularmente agitada. – Você consegue-Ouvi Thierry de trás. Suspirei e semicerrei os olhos, de modo a que o feitiço incidisse no seu alvo diretamente. –Petrificus Totalus!- Disse, decidida, fazendo a Mimbulus Mimbletonia petrificar completamente. Fiquei entusiasmada, aprendi a ficar indiferente ao pus, e aproximei-me da planta. De perto, era ainda mais sugestiva do que ao longe. Ainda assim, peguei numa pinça que estava ali perto e espremi duas das suas pústulas. O pus escorregou até ao fim do frasco, o qual eu fechei com cuidado. Pousei a pinça de novo no local onde ela estivera e coloquei as mãos na anca. – Consegui! Trabalho feito!-  O meu sorriso foi decaindo com a expressão de Thierry. –Chris… Tem pus a escorrer pelo seu braço… -Abri muito os olhos e desviei o olhar para o local onde uma sensação de cócegas me havia perturbado nos últimos segundos. Pensara que seria algum tipo de alergia a uma das plantas da estufa, mas afinal era pus. Por sorte, eu escutara as instruções do professor. Aos pulinhos, dirigi-me ao armário onde se encontravam os panos para este tipo de incidentes. Peguei no que estava mais à mão e limpei todo o braço, que ficara um pouco vermelho e com comichão. Acalmei-me, pois como monitora tinha de passar o exemplo, e não seria a saltar e gritar “Que nojo”, que isso aconteceria. Entretanto, Thierry praticava sozinho mais umas quantas vezes, desta vez com a Bubotúbera. Depois de limpa, dirigi-me a ele. –Estás-te a safar muito bem!-Encorajei. Ele sorriu e deu-me licença para praticar também. Matutei um pouco e depois sugeri algo de novo. –Vamos tentar juntos? Eu petrifico, tu retiras o pus e depois eu faço com que a planta volte a andar, ok?- Ele riu alto e, na altura, não percebi porquê. Depois cheguei à conclusão de que lhe dera a pior tarefa e corei ligeiramente. –Alternaremos então, pode ser?- Ele anuiu e começámos a atividade. Tudo fluiu sem problemas e naturalmente. Os feitiços não eram difíceis de executar e, passado um pouco, retirar pus parecia ser a coisa mais fácil do mundo. A partir de uma certa altura, o tempo parecia verdadeiramente voar. A sineta não tardou a soar, o que até pareceu mentira. Dirigi-me ao ponto onde deixara a minha mochila, arrumei a varinha no seu interior, e saí da estufa, pegando no pergaminho com o dever de casa antes. Senti uma mão no ombro. - Onde vais tão apressada?- Questionou Thierry. Encolhi os ombros e continuei com as minhas pequenas pernas a quase correr. - Sinceramente não sei. Habituei-me a ter este passo, para vos tentar acompanhar.- Ele riu e caminhou descontraidamente a meu lado. Apenas a passear pelos campos, não tínhamos rumo. A única diferença deste para os outros intervalos era que estava acompanhada. E sabia tão bem…


Última edição por Christine E. Villeneuve em Seg 1 Jul 2013 - 6:28, editado 1 vez(es)
Evelyn M. V. Hotchner
Evelyn M. V. Hotchner
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178
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Estudante.
Dom 30 Jun 2013 - 18:43


Segunda Aula de Herbologia

Mastiguei calmamente o meu almoço enquanto lia algumas anotações. Quase podia sentir o olhar da minha mãe me fuzilando. "Evelyn, nada de dever de casa na mesa, assim você não se concentra na comida!" ainda me lembrava dela falando sempre que eu levava um livro para a mesa. Porém, essas eram anotações especiais. Eram anotações que eu fizera do livro de Herbologia, mais cedo. Minha última nota não estava tão boa e eu estava determinada a melhorar a mesma. Não podia entregar um boletim medíocre para a minha mãe, de jeito nenhum. Não que ela ligasse, mas eu ligava. Por fim, tomei meu suco de abóbora e então guardei as minhas anotações na mochila. Colocando a mesma nas minhas costas, saí do Salão Principal para os corredores, indo em direção à estufa onde normalmente tínhamos aula de Herbologia.

A grama estava verdinha e o sol não muito forte. Realmente, um dia muito bom. O clima agradável me fez lembrar o quadribol e, consequentemente, que eu tinha que conversar com Rufo sobre alguns treinos. Após alguns minutos, eu cheguei na estufa, mas a mesma estava aberta, porém vazia. Quer dizer, vazia de seres humanos, mas não de seres vivos. Era preciso ter cuidado ao andar pela estufa. Muitas plantas e algumas delas extremamente perigosas. Resolvi aproveitar a ausência do professor para falar com um acônito, se achasse algum aqui. Era meio inútil, afinal, eles não respondiam, mas eram estranhamente fascinantes, para mim. Estava procurando quando vi algo extremamente incomum: uma planta, caída.

 - Mas o que houve aqui? - perguntei surpresa.

 - Você! Me ajude! Um aluno me derrubou! - disse a planta, parecendo extremamente mal-humorada.

 - Você é uma hubre, certo? - perguntei me lembrando da mesma ano passado.

 - Sim. Não consegue ver? Flor, pétalas brancas, caule verde, folhas que se movem... - ela começou a ditar várias características.

 - Então eu lhe ajudo, se você calar a boca. Ou seja lá de que jeito você fala. - eu disse, franzindo a testa.

 - Ande logo! - reclamou a planta.

 - Fica calada! - retruquei.

Abri minha mochila, pegando minhas luvas protetoras. Pelo que sabia, as hubres não eram muito perigosas, mas vai saber. Então procurei pela estufa uma pá e um vaso vazio. Acabei achando perto de uma mesa de flores. As peguei e então voltei para a planta caída. Ajoelhando no chão, comecei a juntar a terra com as mãos mesmo, colocando no vaso achado com cuidado.

 - Como o professor Kenton não a viu aí? - perguntei.

 - Ele já havia saído. O aluno esqueceu algo. - disse a hubre.

 - Explicado. Você não gritou por ajuda para as outras plantas? - perguntei.

 - Elas? Inúteis, não tem mãos para me ajudar. Eu precisava de um humano, caso você não entenda isso. - a mesma disse.

"Agora eu me lembro porque não gosto de hubres." pensei simplesmente enquanto afofava a terra já no vaso. Com a pá, fiz um buraco para a mesma e então modelei com as mãos. Segurei a planta com cuidado "Se eu cair, você irá se arrepender!" e a pus no buraco. Não fora tão difícil. Afofei a terra ao seu redor e então segurei o vaso com cuidado.

 - Onde você estava? - perguntei simplesmente.

A planta me guiou até um espaço com suas folhas. A coloquei ali e então me pus a catar os pedaços quebrados do vaso e também colocar a pá no seu devido lugar. Resolvi manter as luvas. Nunca se podia escrever na aula de Herbologia, mesmo. Falta de mesas e cadeiras me deixavam nervosa. Eu gostava de fazer anotações em papéis. Estava tentando tirar a terra das minhas vestes quando o professor chegou. Eu nem tinha notado como aquilo ali enchera aos poucos. Ele então nos cumprimentou, parecendo um pouco mais abatido que o normal, porém me lembrei do enterro da tia Nicollete, então senti que estava tudo explicado.

O professor então fez um pequeno comentário antes de conjurar com a varinha duas plantas, perguntando os nomes das mesmas. Uma delas era gorda de aspecto lamaceiro, de cor preta e grande, já a outra era parecida com um cacto meio cinza, mas tinha pústulas no lugar de espinhos. Minha mão se ergueu imediatamente. Por sorte, eram duas plantas que estavam nas minhas anotações e eu sabia muitas coisas sobre as mesmas. O professor deixou que eu falasse.

 - Mimbulus Mimbletônia e  Bubotúbera. Respectivamente, a Mimbulus é uma planta com sentido, eu poderia chutar, afinal ela espirra um pus de cor verde-escuro espesso e malcheiroso que envenena o bruxo quando a mesma se sente ameaçada. Ela também pode fincar os espinhos quando solta o pus. - tremi involuntariamente - É uma planta para não se provocar, e a Bubotúbera não é diferente. Ela é meio estranha, mas muito preciosa, por causa do seu pus que fica nas bolhas amareladas da mesma. - eu apontei a planta - O pús de bubotúbera é atual e comumente usado para fazer poções anti-acne e poções embelezadoras para a pele, mas não deve de jeito nenhum entrar em contato com a pele puro, pois causa forte queimação e irritações na mesma, precisando de um antídoto imediatamente.

Eu respirei fundo depois de falar tanto e sorri para o professor, me desculpando. Eu não tinha a intenção de falar tanto, mas uma vez que minha boca se abriu, não consegui segurar as informações que eu havia coletado dentro dela. Realmente tinha estudado muito para obter essas informações e queria tirar uma ótima nota. O professor então me elogiou e pareceu um pouco mais feliz ao ver meu interesse na matéria. O professor então começou a dar uma explicação bem mais elaborada do que a minha simples resposta. Eu prestei atenção, esperando uma próxima pergunta, mas a mesma não veio. Ao invés disso, uma interessante demonstração do mecanismo de defesa da Bubotúbera.

"Interessante", pensei enquanto as garotas ao meu redor pareciam enjoadas. Dei de ombros. Eu sempre fora estranha mesmo. O professor então fez uma pergunta e eu ergui a minha mão. A resposta de como tirar o pus estava nas anotações do meu pai, do seu tempo de auror. O professor prosseguiu com a explicação, porém, ignorando minha mão erguida. Eu a abaixei e então tratei de prestar atenção nas suas instruções. Às vezes, assentia comigo mesma para poder guardar a informação. O professor então pediu que nós fizéssemos duplas. Reunindo toda a minha coragem, me virei para a garota do lado.

 - Quer fazer dupla comigo? - perguntei baixo demais.

 - Claro. - ela disse, simpaticamente.

 - Essa foi fácil. - falei, surpresa - Meu nome é Evelyn.

 - Lara. - ela disse e nós apertamos nossas mãos.

O professor deu mais algumas instruções e então eu e Lara fomos para a Bubotúbera mais próxima. Eu a olhei criticamente e então peguei uns vasinhos enquanto Lara colocava suas luvas.

 - Olha, vamos fazer um trato? Você faz os feitiços e eu tiro o pus. - falei.

 - Parece bom. - ela pareceu agradecida.

Então, depois de Lara petrificar a planta, eu peguei uma pinça com o professor e, colocando o vaso com cuidado perto de uma das bolhas, apertei a mesma devagar. O pus tinha um cheiro forte, que me fez franzir tanto o nariz que eu podia apostar que estava com a aparência de um rato. Lara me olhou parecendo agradecida por ser eu a estar fazendo aquilo. Eu realmente não me importava. Após recolher todo o pus de uma bolha, eu então dei o frasco para o professor e peguei outro, partindo para a próxima bolha. Repeti o processo. A estufa fedia tanto que estava ficando difícil respirar, mas eu não podia franzir tanto o nariz. Quase deixei cair pus em cima de mim, mas Lara me inclinou para que o mesmo pingasse na mesa.

 - Essa foi perto. - murmurei - Obrigada.

 - Quites. - ela disse.

Entreguei o frasco para o professor e então partimos para a Mimbulus Mimbletônia. Nessa, eu e Lara trabalhamos juntas e ao mesmo tempo, tirando pus e enchendo frasquinhos. Quando o professor nos liberou, tínhamos conseguido uma boa quantidade de frascos.

 - Acho que trabalhar em dupla não é tão mal. - murmurei e então tirei as luvas para trocar um aperto de mão com Lara - Agradeço por ter formado dupla comigo.

 - Eu também. - disse a mesma.

Então fomos juntas pegar os pergaminhos que o professor nos entregara e também saímos da estufa juntas, mas ao chegar no castelo, tomamos direções opostas. "Talvez as pessoas não sejam tão más ou estranhas" pensei. "Não, bobagem minha. Lara deve ser só uma exceção, como a Megan." então dei de ombros e segui para a minha comunal.
Rufo Villeneuve Lancaster
Rufo Villeneuve Lancaster
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582
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Monitor-chefe e capitão do time sonserino.
Qui 11 Jul 2013 - 21:34
Herbologia

Você ronca, cara!, uma voz procura acordar-me. Abri meu olho esquerdo, fitando, incrédulo, um de meus companheiros do dormitório se preparar para arremessar um travesseiro em meu rosto. — Você não é louco. Deixe-me dormir! — minha voz soou rouca e arrastada. O cansaço dominou-me e tudo o que desejei fora despencar em um intenso sono. Estás atrasado!, meu amigo não desistiu facilmente. — É... M-m... Atrasado? — de súbito, sentei-me. O lençol esverdeado sobre minhas duas pernas, delineando-as. — Droga! Droga!— corri ao banheiro, ignorando o praguejar dos sonserinos.

Enquanto aprontava-me, pensei que o longo caminho até o salão principal só iria me atrasar, pensando, também, em tomar café com elfos domésticos. As peças de roupas do uniforme possuíam cores verdes misturadas com um cinza. Todos os sonserinos utilizam tal. Os alunos das outras casas, em suas vezes, utilizam outras cores, azuis, amarelos ou vermelhos. "E só falta o distintivo, vá, coloque-o!", mentalmente, disse.

O aspecto sombrio dos corredores das masmorras persistia por tais. Aqueles caminhos estavam sendo decorados por mim, passava pelos mesmos por muitas vezes ao dia. Minhas passadas medianas cessaram quando me deparei defronte com um enorme quadro; também conhecido como entrada para a cozinha. Lembrei-me das vezes em que penetrei naquele aposento. Fui rodeado pelas criaturinhas e elas me ofereceram muitos bolinhos e suco de abóbora. — Estou com fome. Acordei atrasado e ir até o salão só iria me atrasar. Vocês... M-m... Podem me trazer um café? — sustentei meu corpo em um modesto balcão. Eles estavam trabalhando apressadamente, acho que deve ser por conta de eu ter mencionado a palavra "atrasado", mas não me senti desconfortável. Sempre soube que elfos domésticos faziam tudo o que era necessário para agradar seu "dono", o que era bom. Meu quarto nunca fora bagunçado com Löke em serviço. Gargalhei, não tardando para chamar atenção das criaturas mágicas, que pararam o que estavam fazendo e passaram a fitar-me com semblante confuso. — Não, não... Nada, continuem — observei-os girarem os calcanhares e continuarem com o preparo de diversos pratos. Um em especial prepara café, outros deveriam estar o fazendo, também. Dois cafés seriam legais. Meu estômago agradece.

Tomar café sempre fora um hábito, assim como papai com suas plantas. E borboletas surgiram em meu estômago, bom, papai deve estar arrasado com o que aconteceu com mamãe. Eu estou, também. Beberiquei um último gole do líquido negro e quente antes de atirar-me às masmorras. Um fantasma jazia à frente, assustando-me. — Ei, cara. Cuidado por onde andas, não? — os trajes da névoa flutuante eram de aspecto nobre e tons esverdeados eram encontrados em poucas partes, além de uma barba magnífica. — Você é o fantasma da Sonserina. Eu sou um dos dois monitores sonserinos! Prazer, Rufo — estiquei, sorrindo, minha mão direita para cumprimentá-lo. É, não percebi de imediato que nossas mãos nunca colidiriam. — Me desculpe, senhor. Eu não quis parecer indelicado, sabe. Preciso ir, desculpe-me, de verdade — pigmentos rosados apareceram em ambas as minhas bochechas e percebi o quão envergonhado eu estava.

...

As estufas nunca foram convidativas, retirando o fato de que são os locais mais aconchegantes para papai. Assim que adentrei em uma delas, acomodei-me perto de alguns sonserinos, pois caso eu precisasse me enturmar, juntar-me à sonserinos seria o mais prático, afinal eu os representava, assim como Megan. O diretor da Lufa-Lufa logo procurou escrever algo no quadro, fazendo-me pensar por qual motivo ele não teria utilizado o objeto de madeira com que carregamos para todos os lugares; popularmente conhecida por varinha. Colocar a mão por dentro das vestes, percebo eu, era um hábito de papai, além de meu. — Boa tarde, senhor Kenton... Pai — iniciei minhas falas com o tom de voz demasiado alto, finalizando com o som quase inaudível.

Kenton sorriu. Aí um sinal de que estava superando... Ou não. Mamãe fora extremamente forte para ser esquecida, ou pior: superada. Abaixei o olhar para o local onde estava acomodado, recusando-me levantá-lo por um bom tempo. "Não chore, Rufo. Não chore. Que feio. Um menino feito chorando!", as falas foram formadas em minha cabeça, porém eram pronunciadas com a voz de minha mãe. Eu sabia que era apenas minha memória agindo para que não fosse esquecidas com facilidade as imagens de Nicolette ao chão, sem vida. Quando decidi olhar ao meu envolto para procurar o assunto que seria tratado, avisto duas plantas bastante conhecidas à frente. Sim, conhecidas. Papai falara muito delas. O sistema de defesa. Eram especiais para ele. Sorri, procurando demonstrar conforto para o elegante homem que transmitia para nós curiosidades das plantas.

Uma brisa gélida adentrou ao interior da estufa, fazendo com que meus fios capilares entrassem em desalinho. Ignorei-os e passei a fitar as plantas. Eram, realmente, muito lindas. Magníficas, como papai dizia.  Enquanto uma descrição expressa das mesmas era dita, procurei confirmar com olhares que analisavam-nas. Eram parecidas com cactos, mesmo. Eu não trouxe minha pena de repetição rápida, o que seria útil para anotações. Porém, como eu disse, não a havia trazido e as anotações poderiam ser copiadas de algum outro aluno. Megan, quem sabe?

Assim que um líquido mal cheiroso fora deixado em notória posição após o toque da varinha de meu pai, sorri. Senhor Kenton fazia muito aquilo. Não senti nojo algum, era normal para mim. Aprendi, por fim, a gostar das plantas assim como o meu professor. Tínhamos que fazer duplas. Procurei algum sonserino, os meus companheiros de dormitório, para ser exato. Porém eles já estavam juntos uns com os outros e uma garota estava lá, ao lado do garoto que iria arremessar um travesseiro em meu rosto. Evelyn, minha prima, já estava com sua dupla, uma grifina que fazia parte do time de quadribol de sua casa, futura adversária, então. Stefan, o meu vice-capitão, estava com um garoto engraçado e desengonçado. Senti que ninguém iria estar disponível para ser minha dupla e foi aí que encontrei Megan desnorteada, assim como eu. — Megan, oi — eu não poderia iniciar uma conversa como "oi, quer ser minha dupla?", então apenas chamei sua atenção. Ouvi o seu cumprimento, percebendo que poderia continuar. — Nossos amigos já estão ocupados, não? — o silêncio tomou conta do interior da estufa. Constrangimento poderia ser usada para descrever como estávamos nos sentindo naquele momento. Alguns alunos já estavam em seus devidos lugares, acompanhados de suas respectivas duplas. — Quer ser minha dupla, Megan? — convidei-a. Meus olhos brilharam enquanto procurei alguma esperança para que aquilo acontecesse. Ela afirmou e nos sentamos um ao lado do outro, por fim.

Com o nosso objetivo dado, procuramos iniciar a remoção do líquido com pressa. — Se acalme, Rufo. A pressa é a inimiga da perfeição, como sabe —  finalizou Megan, fazendo-me perder toda a pouca animação que estava depositada em meu corpo. Tínhamos, então, que petrificar uma das plantas para retirar o líquido. Na outra, entretanto, apenas deveríamos agir normalmente e, deste modo, conseguiríamos obter o quanto quiséssemos do pus. — Eu começo, então? — perguntei para a outra monitora sonserina. Há bastante tempo nós conversávamos com fluência, agora estou dominado pelo meu jeito tímido de ser. Megan queria começar. Achei ótimo ela iniciar, já que caso houvessem dúvidas em relação para com minhas futuras ações, iria eu acabá-las com os movimentos da garota. — Vou pegar dois panos lá no armário. Volto já! — aproveitei-me da ocasião para olhar para os outros alunos do segundo ano. Estavam, na maioria deles, ansiosos e enojados com ter de retirar o pus. Avancei, rindo, até o armário. O mesmo se parecia com o armário de Poções, rústico por si só. Os panos possuíam diversas colorações. Verdes, amarelos, vermelhos, rosados e até arroxeados. Perguntei-me qual seria a cor favorita de Megan. Seria esta rosa? Ou o roxo se encaixava melhor? Capturei, então, o verde para fazê-lo de minha posse. Capturei o rosa para minha companheira.

Gosta de rosa? — questionei-a, não tardando para jogar o pano defronte para com suas mãos. Notei o laço rosa em seu cabelo, percebendo que rosa lhe caíra bem. Enquanto Megan iniciava seus movimentos para retirar o líquido, perguntei-lhe: — Não tens nojo? É comum menininhas que usam rosa estarem com nojo neste momento, sabe. Olhe lá, aquela ali — indiquei uma garotinha com muitos acessórios cor-de-rosa pelo uniforme e pelos fios capilares, além das orelhas. Aquilo fazia-me querer rir, porém mantive-me sério. — Ela hesita em tocar na planta, mesmo que com sua varinha. É repugnante, sabe? O que a plantinha poderia fazer? — e me arrependi de ter dito tais palavras. Megan não havia parado de avançar contra a planta, o fazendo com delicadeza e sutileza. Eu nem percebi as ações de suas mãos. Quando a mesma adquiriu sucesso, o líquido marchou até o meu rosto. Meus olhos foram protegidos pelos óculos que, com toda a certeza, estavam sujos por um espesso pus esverdeado. — ARGH! ARGHH! Pelo menos é verde de Sonserina — procurei rir. O cheiro estava tão ruim que não o fiz por muito tempo. Megan pegou o pano e o passou por meu rosto. Senti o tecido deslizar pela minha pele não tão pálida como anteriormente. — Obrigado, obrigado. Você não precisa se desculpar. Está tudo bem. Sim, está, se acalme! — levantei meu tom de voz. — Minha vez, então? — observei as duas plantas à frente.

Repassei o que deveria fazer mentalmente. Minha visão estava turva, havia esquecido dos sujos óculos. — Poderia limpar? M-m... Os óculos, aqui. Eu acho — Megan pegou o tecido rosa e o passou pelos lados dos óculos. A parte escura não parecia danificada, porém o cheiro estava impregnado. Não comentei sobre o meu desagrado para não deixá-la constrangida. — PETRIFICUS TOTALUS! — proferi. Tal fórmula mágica fora extremamente útil contra gnomos em Durmstrang. Assim que o efeito fora concluído, senti-me seguro para retirar o pus. Com o auxílio de um extremo objeto trouxa retirei o viscoso líquido verde. O cheio parecera-me forte em demasia, mesmo estando maior distância longe de minhas narinas. O que não era o caso dos óculos fétidos. O pus respingou para fora do recipiente em que eu deveria depositá-lo, porém não faria diferença. — Poderia desfazer o feitiço, Meg? Posso chamá-la assim, certo? — observo Megan dar movimentos para a planta e afirmar para minha pergunta.

Aproximar-me de uma planta que poderia me sujar com aquele cheiro horrível não era algo convidativo. Tentei o máximo que pude ser "delicado" para com minhas ações. Meu desajeito poderia causar-me algum malefício, porém esperançoso avancei. Não precisava usufruir do feitiço para paralisar a planta, o que não me confortara. Lembrei-me das instruções de meu pai. Poderíamos retirar o quanto quiséssemos. "Retirarei pouco, podes deixar. O cheiro não ficará bom com isto em excesso, não, mesmo", pensei enquanto cutucava a mesma, retirando, assim, o pus. Algumas gotas caíram sobre minha mão direita, deixando-me revoltado. — Ótimo! Estou cheiroso, agora — não gritei, porém o sentimento de revolta estava expresso em minhas falas. — Terminamos. Humpf. Avaliação? — estávamos atrasados, percebi. Os outros alunos já haviam terminado e estavam pegando um pergaminho com o auxílio de meu pai. Deveria ter sido o acidente anterior que causara o atraso.

Sabe aquela brisa gélida que adentrou na estufa minutos antes daquilo tudo ser dado como objetivo? É, desejei ela. Pelo menos ela poderia retirar o cheiro do ar ou tentar, pelo menos. Lembrei, então, do cabelo desalinhado. Despedi-me de Megan e marchei até o local onde os pergaminhos estavam situados. Capturei um daqueles e retirei-me acenando para meu pai.
Stefan C. Cavendish
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Stefan C. Cavendish
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Sex 12 Jul 2013 - 15:12
2ª Aula de Herbologia


Por Merlin, será que eu algum dia vou poder almoçar com tempo de sobra?” – pensei enquanto caminhava apressado para o salão principal, tropeçando nos meus próprios pés e esbarrando em algumas pessoas que iam em direção as suas salas de aula. – Argh! Porque eu simplesmente não vou para a aula? Eu posso comer alguma coisa á tarde. – Falei pra mim mesmo, enquanto mudava o meu rumo para as estufas. No caminho para lá, eu encontrei Lara com um garoto um pouco mais velho que ela e era Lufano, arqueei uma sobrancelha e me aproximei falando: - E ai, gêmea. O que ta rolando aqui? – Perguntei á Lara e ela logo ficou vermelha. O garoto olhou pra mim e eu para ele e então eu falei: - Algum problema? – Ele abriu a boca para responder, mas eu não dei brecha, voltei-me para a Lara e falei: - Vamos, nós temos aula agora. Fique longe dela, lábios de peixe. – Dei um olhar repreensor á ele e arrastei Lara comigo, indo para as estufas onde teríamos nossa segunda aula de Herbologia.

Quando finalmente chegamos, o professor já estava na sala e então apressamos o passo e nos sentamos em lugares diferentes, Eu ao lado de um garoto da Lufa-Lufa e ela perto de uma garota da Sonserina. Após alguns minutinhos de espera, o professor iniciou a aula escrevendo no quadro. Comecei á tirar o pergaminho de mochila, e junto com este, tirei a pena e o tinteiro. Quando parei de escrever, voltei minha atenção para o professor, assim como todos os outros estavam fazendo. O Sr. Kenton parecia um pouco pra baixo esta aula, até o sorriso dele estava um pouco mais estranho, mas eu isso eu deixei passar, já que o professor fez um aceno de varinha e fez voar dois vasos com duas plantas que estavam em uma mesa até perto dele e fez uma pergunta, esta foi respondida por um garoto que estava sentado na barreira da mesa do lado direito. Revirei os olhos e apoiei os ombros na mesa e coloquei o queixo em cima de minhas mãos, fixando meu olhar nas plantas que o professor mostrava. Ele pegou alguns objetos e começou á apontar na Bubotúbera enquanto falava que a mesma é um dos ingredientes da poção embelezadora, e que nessa planta havia umas pústulas da qual saía um pus e este era usado na poção. “Quer dizer então, que se eu colocar essa pus na cara da Lara ela fica bonita?” – pensei olhando na direção dela. O professor Kenton foi para a outra ponta da mesa onde estava a outra escrofulária, ou o que quer que seja e continuou a explicação, falando o nome da outra planta, Mimbulus Mimbletonia, que o seu pus também era usado em uma poção chamada Veritasserum, ele explicou que a diferença entre essas duas era o mecanismo de defesa da Bubotúbera, que ao menor toque de suas pústulas ela lança pus em quem a tocou. Dei uma risada alta e algumas pessoas olharam pra mim, inclusive o professor, com um olhar de repreensão. – Desculpe professor. - Falei baixando a cabeça, envergonhado. O professor continuou a aula, colocou a Bubotúbera dentro de uma caixa de vidro e cutucou a planta com a varinha e esta lançou um líquido fedorento em direção a parede de vidro da caixa. Vi uma garota da Corvinal, a que Jhessy ajudou no início do ano e percebi uma garota ao seu lado. Imediatamente fiquei envergonhado, era Caterine, uma garota que ele conheceu no castelo na época em que seu tio era vivo e casado com a irmã de Caterine. Um sorrisinho se formou no canto de meus lábios e então eu senti um olhar em mim. Era Lara, ela estava com um grande sorriso no rosto e moveu os lábios falando ‘Tá interessado na Caterine?’, fiquei mais uma vez envergonhado e movi os lábios em direção á ela: - Não é da sua conta! – Retruquei voltando-me para a aula.

O professor estava falando que iríamos tirar o pus das duas plantas e que para não nos machucarmos iríamos utilizar o feitiço Petrificus Totalus, o que faria com que a planta paralisasse. Tirei minha varinha de dentro do bolso, enquanto alguns alunos reclamavam com nojo. O professor pediu para fazermos duplas e logo todo mundo arrumou suas duplas, o garoto ao meu lado foi mais rápido que eu, ele se virou para mim e falou: - Nós dois, então? – Eu dei de ombros e falei: - Por mim tudo bem. – Ele concordou e se voltou para o professor que estava dando instruções, e eu fiquei olhando na direção de Caterine rezando para que ela não notasse as minhas olhadas na direção dela. O garoto me deu um cutucão nas costelas e falou: - Hey se liga. Vai lá pegar dois panos para o caso de nos sujarmos. Enquanto isso eu tiro o pus da mais fácil. – Eu acenei positivamente com a cabeça e fui até o fundo da sala onde estava o armário com os panos, peguei um branco e outro preto e voltei para a bancada. Ele já havia retirado quase que dois dedos de pus, um odor forte veio em direção em minhas narinas e assim que o cheiro começou á tomar conta da estufa e abanei a mão á frente do meu rosto e sem querer rocei o braço em uma Bubotúbera e esta espirrou uma grande quantidade de pus nas minhas vestes e nas vestes do meu parceiro. Joguei um dos panos para ele e falei: - Nossa isso sim é que mira! Desculpe-me, pensei que isso não aconteceria comigo. – Esfreguei um pouco com o pano em minha roupa e consegui tirar um pouco do pus de minhas vestes. Quando ele terminou de se limpar também, eu girei os pulsos para aquecer e falei: - Qual é o feitiço que eu tenho que usar mesmo? – Perguntei passando a varinha de uma mão para a outra. Ele me respondeu e eu prontamente me preparei e quando ele deu o sinal com a cabeça, eu fiz um movimento rápido de varinha e apontei para a escrofulária, falando: - Petrificus Totalus! – A planta parou de se mover e o garoto rapidamente começou á retirada do pus da planta. Eu estava completamente atordoado, não sabia se prestava atenção ao que o garoto estava fazendo ou ao que a Caterine poderia estar fazendo naquele momento. “Preste atenção ao que você deve aprender em aula, Stefan!” – me repreendi em pensamento, voltando-me para o meu colega e falei: - Posso tentar uma vez? – Ele acenou que sim e me passou as ferramentas, eu segurei a pinça e procurei uma pústula ressecada e quando encontrei uma eu comecei á espremê-la. O garoto me passou o pote de vidro onde ele havia espremido a outra e eu rapidamente o peguei e comecei á enchê-lo com o pus. Afastei-me da planta e o garoto usou o feitiço reverso do Petrificus, Reflectus Tetrify, e a escrofulária voltou á se movimentar novamente. Abri um sorriso para o meu colega e falei: - Bom trabalho. Aliás, sou Stefan. – Apresentei-me para ele e ele se apresentou para mim, apertamos as mãos.

O sinal anunciou o fim da aula e o professor chamou nossa atenção, pedindo para que quando saíssemos, pegássemos um pergaminho que estava em cima de sua mesa, era um questionário para entregar até o domingo. “Ótimo, mais trabalho até pro fim de semana!” – pensei fechando a cara. Arrumei meus pertences e coloquei-os de qualquer forma na mochila, me despedi de Ryan e corri até a mesa do professor e peguei duas folhas, uma para mim e outra para Lara, que já estava do lado de fora da sala, ao me aproximar dela, Lara ia começar á falar sobre Caterine e eu logo á cortei, falando: - Nem comece Lara. Eu não estou afim das suas brincadeiras idiotas. – Joguei o pergaminho com as questões dela na mochila aberta dela e marchei de volta para o castelo sozinho.
Lugus Pax Laurentium
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Lugus Pax Laurentium
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Sáb 13 Jul 2013 - 12:27


Aula de Herbologia: Curiosidade

Ryan não estava tão bem assim. Ele acabara de voltar do hospital trouxa que tivera que ir por causa do seu problema. Os papéis dos exames o davam uma notícia ruim: ele estava com um tal princípio de coagulação em falta no seu corpo. Ele repôs a carência, mas sabia que dali a uma semana teria de repor outro princípio em falta. O que o preocupava era o jogo de quadribol, que seria antes da reposição. Tinha medo de se ferir e mostrar para todos da escola que era um doente.

- Por que não dava para repor os dois? Era só colocar o soro do outro. - falou para si mesmo.

Ele guardou os papéis dentro da mala em um local escondido e pegou o livro de Herbologia. Estava na hora da aula. Saiu da comunal, pegou um bolinho da cozinha e saiu do castelo, indo em direção as estufas. Ryan chegou ao local um tanto cansado, mas logo se animou quando passou a mão delicadamente em algumas plantas inofensivas.

- Vocês são tão normais. Queria ser assim. Queria não ter medo de me ferir, principalmente na época de reposição. - falou baixinho para as plantas.

"E queria que minha mãe não estivesse morta. Ela saberia o que me dizer."

Ficou em um local qualquer da bancada. Logo a sala foi enchendo e as pessoas foram fazendo barulho com suas conversas paralelas. Ryan viu que o sonserino ao seu lado ficava olhando para duas garotas e, enquanto anotava as características da bubotúbera, tentava descobrir para onde o garoto tanto olhava. Ryan sempre foi muito curioso, principalmente com coisas que não lhe diziam respeito.

"Ele está paquerando duas garotas? Ou uma delas é parente dele? Ou as duas são parentes dele? Ai, ai... Essa coisa está complicando hein!"

Quando o professor disse para formarem duplas, Ryan estremeceu. As pessoas que conhecia estavam perto de outras pessoas e provavelmente fariam dupla com elas. Ele virou-se para o garoto ao seu lado e, vendo uma oportunidade de avaliar secretamente o que ele fazia na hora da explicação, falou:

- Nós dois, então?

Recebeu uma resposta rápida:

- Por mim, tudo bem.

Ryan estava pegando as luvas quando viu a virada de olhar do sonserino para uma das garotas.

"Ele tá paquerando a corvina? Coisa complicada, não?"

Mas, inconscientemente, ele entendia o porquê desses olhares para a corvina. Ela era muito bonita, talvez uma das garotas mais bonitas que o lufano tinha visto na vida. Deu de ombros e cutucou o garoto sonserino, dizendo:

- Hey! Se liga. Vai lá pegar dois panos para o caso de nos sujarmos. Enquanto isso eu tiro o pus da mais fácil.

Enquanto o sonserino fora pegar os panos, Ryan começou a espremer as pústulas da bubotúbera e a encher os copinhos. Quando tinha mais ou menos dois dedos de um copinho cheios de pus, foi surpreendido com um jato de pus no seu avental e roupas. Virou-se para ver o que tinha acontecido e viu a Mimbulus Mimbletônia muito perto do parceiro.

"Ele roçou o braço na planta..."

Pegou a toalha enquanto o ouviu falar suas desculpas:

- Nossa! Isso sim é que mira! Desculpe-me, pensei que isso não aconteceria comigo.

- Tudo bem, você só me surpreendeu com o jato de pus. - Disse, ainda se limpando.

Depois de se limpar, Ryan passou para a Mimbulus Mimbletônia. Ouviu o parceiro perguntar qual era o feitiço para ser usado e, desviando os olhos para qualquer lugar, ele pensou e pensou até que se lembrou:

- Petrificus Totalus. É esse o feitiço.

Viu o sonserino se preparar e pegou a pinça. Com um aceno de cabeça, autorizou o uso do feitiço e viu a planta se petrificar toda. Bem... Pelo menos ela não iria jogar mais pus no seu uniforme. Retirou um pouco de pus com a pinça e, ao ouvir que o garoto queria também tentar, passou as ferramentas para ele, esperando que ele acabasse o trabalho.

Olhou para os lados enquanto esperava seu parceiro acabar e viu algumas duplas conversando animadamente. Sentia-se um pouco mais feliz por aquela atmosfera feliz. Coisa de lufano, sabe? Pois é. Ao ver que o sonserino tinha acabado, ele apontou a varinha para a planta e disse:

- Reflectus Petrify!

Com o trabalho concluído, encheu o peito e depois soltou o ar que lá estava, satisfeito. Apertou as mãos do parceiro e saiu, levando o questionário junto.


Última edição por Ryan L. Gagerdoor em Sáb 13 Jul 2013 - 16:03, editado 2 vez(es)
Megan B. Lancaster
Megan B. Lancaster
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Sáb 13 Jul 2013 - 14:48
Segunda Aula de Herbologia

O tempo corria contra mim, parecia querer me enfrentar, me desafiar e até mesmo zombar de minhas passadas lentas. Quanto mais esforço eu fazia para chegar ligeiramente às estufas, mais lentamente meus pés pareciam se mover. Eu não sabia o que se passava, mas a velocidade em que pretendia andar parecia muito distante. “Da próxima vez, não demore tanto no almoço e nem para se arrumar para a aula”. Brigava comigo mesma em pensamentos, seria isso sinal de insanidade. Só o que faltava, estar à beira da loucura com apenas doze anos. Mas ignorando tais pensamentos e levando comigo a pesada mochila, seguia rumo às estufas, onde sempre ocorriam as aulas de Herbologia. Somente neste momento de dei conta de onde estava indo e quem eu encontraria. Tio Kenton. Eu não fazia a menor idéia de como encará-lo, apesar de não ser muito próxima dele e de tia Nicolette, sua perda afetara a todos da família e na escola. Suspirei ao pensar nela, sempre tão linda .. e sorridente. Mas eu não poderia demonstrar pena ou sentimentalismo demais. Deveria ser forte e tentar passar toda a força possível para seus entes que continuavam entre nós, tio Kenton e Rufo.

Agora o antigo cargo de tia Nicolette era ocupado por outra tia, Meredith e percebi que logo a visitaria, pois ao pisar em falso, fui diretamente para o chão. Minha mochila fez um barulho estranho ao ir de encontro ao solo. “Por Merlin, que não seja o tinteiro, que não seja o tinteiro!”, desesperada sentei-me ao chão no lugar onde havia levado o tombo e ali mesmo abri a mochila. Não me importava mais em chegar atrasada, diante da situação que me encontrava, totalmente suja e com a roupa um tanto quanto suja de grama, tinha certeza que o professor não se importaria tanto com o meu atraso. Mas estava tarde demais para voltar ao castelo e decidi por continuar assim. “Ótimo, agora estou camuflada, ninguém me perceberá entre as plantas!”.

Vasculhava cuidadosamente a mochila em busca do material, que percebi se encontrava em bom estado e intacto. Respirei fundo, fechei a mochila e tentei espanar a roupa, retirando significativas quantidades de grama.. Tentando ser silenciosa, discreta e admirando a beleza natural das plantas na estufa, adentrei o local rapidamente e me postei diante da mesa gigantesca. Tudo bem, não foi uma entrada demasiada discreta, mas alguns nem perceberam meu estado. A não ser um colega que me chamou discretamente e retirou umas folhas de grama do meu cabelo, ajeitando meu laço. Fiquei extremamente vermelha com tal acontecimento e lhe sorrindo, agradeci. Logo depois me voltei para o professor. Retirei os materiais de dentro da mochila e anotei tudo o que estava escrito no quadro.

E logo o professor deu inicio a sua explicação. As duas plantas que estudaríamos naquela aula tinham nomes um tanto quanto ‘esquisitos’, mas mesmo assim, pareciam estranhas. Eu acenava em concordância com suas palavras e apenas seguia mantendo minha atenção em seus dizeres. Ele então fez aparecer duas plantas nos lados opostos da enorme mesa. Por um instante pensei em questioná-lo a respeito das mesmas, eram praticamente idênticas. Mas se não fossem por pequeníssimos detalhes que as disseminavam, eu cometeria um erro ao questioná-lo. A que estava mais perto de mim e do professor, em um dos cantos extremos da mesa, tinha uma aparência diferente, era grande e de cor preta e tinha umas espécies de ‘bolhas’ sobre o seu ‘corpo’. Era no mínimo interessante, em todos os aspectos. O professor lançou uma pergunta à turma e logo obteve sua resposta, a qual, segundo ele, estava correta.

Eu continuava com meu olhar atento aos movimentos do professor. Dois frascos e mais alguns instrumentos foram conjurados por ele e apareceram diante de si. Em sua breve explicação sobre uma das plantas, a Bubotúbera, ele nos orientou a respeito de seus principais usos. Ela poderia ser usada em poções para a pele, principalmente na poção embelezadora. Fazia anotações no pergaminho a respeito das principais utilidades de tal planta. Acompanhei com o olhar o professor andar até o outro extremo da mesa, parando diante da planta, que apesar de parecida com a primeira, era totalmente diferente da mesma, em vários aspectos. Tal planta, muito parecida com a primeira e com aspecto bem parecido com cactos, tinha um nome tão estranho quanto à primeira, Mimbulus Mimbletônia.

Sua semelhança se devia ao fato de as plantas serem primas de segundo grau. Lembrei na hora de meus primos, alguns até presentes ali na estufa e ri baixo. Assim como sua parente, ela também era bastante utilizada em poções, um dos principais exemplos era a Veritasserum. O professor retirou a planta de seu vaso inicial e a colocou em outro recipiente, e fazendo uso de sua varinha, a tocou. No mesmo instante um cheiro extremamente forte tomou conta da estufa e de imediato tapei minha respiração, mas continuei a observar o professor Kenton. Os sussurros baixos e protestantes de algumas colegas logo foram abafados pelo som de pequenas risadas, e me permiti rir também. Olhei indignada para o professor, estava incrédula diante de sua atividade proposta, teríamos que utilizar o mesmo feitiço que ele e retirar pus de tais plantas.

Tal atividade seria executada em duplas e na hora gelei, afinal, quem iria fazer dupla com uma pessoa no estado em que eu estava? Em sua grande maioria, os alunos fizeram dupla com quem já estava posto ao seu lado diante da mesa. Respirei fundo e percebi que uma grande quantidade de grama ainda estava presa em minhas vestes. Tratei de retirá-las e assim que finalizei tal ação, ouvi alguém me chamar. Mas especificamente, Rufo. O garoto dos cabelos desalinhados e olhos azuis que eu tanto adorava. — Nossos amigos já estão ocupados, não? — Ouvi sua pequena queixa e respirei fundo. — Infelizmente sim — Lamentei e observei os colegas em volta. O convite para fazermos dupla partiu do garoto e resolvi aceitar. Dei de ombros e me situei ao seu lado.

A ansiedade por parte do garoto era tanta que ele mal esperou sentar-me ao seu lado para iniciar. Revirei os olhos diante de seu comportamento e tentei acalmá-lo, somente tentei. — Se acalme, Rufo. A pressa é a inimiga da perfeição, como sabe — E isso era algo que eu vivia a repetir para mim mesma, como um mantra ou algo assim. Olhei a planta que estava a minha frente e resolvi por iniciar, não parecia algo tão difícil afinal. Rufo pediu licença e se retirou indo até o armário buscar panos, ou algo assim. Não mantive muita atenção em sua fala, a planta exigia mais do que ele. Apenas voltei minha atenção para o mesmo quando ele perguntou se eu acaso gostava de rosa. — Sim, é uma cor bonita. — Sorri para meu companheiro de monitoria e voltei meus movimentos e atenção para a planta. Rufo tagarelava em meu ouvido e eu fazia o máximo de esforço para não parecer desinteressada em suas falas.

Mesmo utilizando dos equipamentos certos e tendo todo o cuidado que poderia, minha ação para com a planta foi em vão. Na verdade, fora um desastre completo. Apesar de conseguir retirar uma quantidade boa de pus, tal secreção fora parar no rosto do meu companheiro. Entrei em total desespero e mais do que afobada, levei o pano de tonalidade rosa a seu rosto. Murmurava mil e umas desculpas para o garoto. “Burra! Burra! Burra!” Tentei tirar o maximo que podia de pus de sua face.  — Está tudo bem? Me perdoe, sinceramente. Não foi minha intenção! — As palavras saiam sem nexo algum de minha boca. Ele continuava meio sujo e agora estava com o “perfume” da planta impregnado em si. Desisti de tentar me desculpar e por fim, coloquei uma quantidade do tal pus dentro de um dos frascos.

Logo Rufo deu inicio a sua parte da atividade. O problema era que ele ainda estava com os óculos embaçados devido ao acidente que eu causara. Passei novamente o pano, tentando limpar corretamente e murmurando outro pedido de desculpas. Com o auxilio da varinha, meu colega conseguiu por obter êxito na atividade proposta e retirou uma boa quantidade do liquido da planta e pôs no frasco também. Ele pediu para que eu desfizesse o encantamento lançado na planta e apenas assenti. — Claro que pode Rufo. — Retirei a varinha de minhas vestes e lembrando-me da maneira com a qual o professor proferiu o feitiço, o repeti.

— Reflectus Petrify — E a planta voltara a seu estado inicial, parecendo mais vivida que antes. Rufo resolveu por cuidar da outra planta e suas ações fora exitosas e positivas. Ao final da atividade estávamos com os dois frascos com o conteúdo correto e de boa quantidade. Coloquei a etiqueta nos dois frascos e assim que terminamos, as entreguei ao professor Kenton. Em troca ele me estendeu um pergaminho com questões acerca da aula ministrada. Agradeci a guardei na mochila, Rufo despediu-se de mim e aproveitei para retirar-me da estufa também, saindo em direção ao castelo.
Kenton Willians Lancaster
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Diretor de Hogwarts
Qua 17 Jul 2013 - 9:59
Notas - Segunda Aula

Christine E. Villeneuve - 9: Impressionante como se aperfeiçoou. Narração melhorou muito, interação está perfeita. A atividade de vocês fora realmente excelente, muito bem planejada e narrada. No trabalho você errou duas questões e teve 4 pontos do trabalho e 5 da aula.

Evelyn M. V. Hotchner - 9: Também uma grande evolução na postagem, visto que sua última aula de Herbologia não fora tão boa. Post interessante, interação exemplar e tudo de bom. Teve 4 pontos do trabalho e 5 da aula.

Rufo Villeneuve Lancaster - 10: Nada a comentar, visto que seus posts são excelentes. Acertou 5 do trabalho e 5 da aula. Parabéns.

Stefan C. Cavendish - 8,5: Aula excelente, só teve essa nota devido o trabalho. Teve 3,5 do trabalho e 5 da aula.

Ryan L. Gagerdoor - 10: Aula excelente. Teve 5 pontos do trabalho e 5 pontos da aula.

Megan Villeneuve Hugh - 10: Que bom que não copiou minhas falas querida. Teve 5 pontos do trabalho e 5 pontos da aula. Parabéns.

+ 20 pontos à Sonserina devido a aula de Rufo Villeneuve Lancaster e Megan Villeneuve Hugh. (10 para casa)
+ 20 pontos à Lufa Lufa devido a aula de Ryan L. Gagerdoor e Christine E. Villeneuve

~ Os alunos ainda podem postar na aula até às 19:00. ~
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