The Last Castle - RPG :: Tópicos de Personagem e RPs Arquivadas :: Arquivo de RPs Finalizadas :: RPs do Mundo Mágico
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JAN2026
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1/08. estamos de volta
13/08. atualização dos ranks gerais do fórum
00mes
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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Bianca Torres
TLC » Fantasma
Bianca Torres
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TLC: Fantasma
Qui 2 Jul 2020 - 0:42
Baile Beneficente

Esta é uma RP ATEMPORAL que ocorre no dia 31 de julho, na sexta feira. Ficará aberta por exatos dez dias OFF a partir de hoje. A chegada no Baile Beneficente começa as 18, para as fotografias no RED CARPET, mas o evento em si começa as 20 horas.

A ideia da criação da Fundação Voando Alto (FVA) surgiu quando foi notado que os times de Castelobruxo não recebem apoio financeiro o suficiente e os equipamentos dos alunos acabam sendo de segunda, terceira mão.

O Primeiro Baile Beneficente organizado pela fundação tem como objetivo a arrecadação de bens para a divisão igualitária entre os três times da escola bruxa sul-americana. A depender do sucesso, poderão existir outros em breve.

As doações também gerarão pontos de fama para todos os personagens que quiserem ajudar esta causa. Quanto maior o valor, maior a evidência de seu nome, claro. Vide a lista abaixo.


  • 1.000R$ > 2 de fama
  • 2.000R$ > 5 de fama
  • 5.000R$ > 15 de fama
  • 10.000R$ > 40 de fama
  • 15.000R$ > 50 de fama

Buffet foi provido pelo Melão Violeta contém, além de todos os itens do cardápio do estabelecimento, qualquer bebida que desejar beber. Os copos e taças do evento são encantados para preencher-se com o líquido que o bruxo quiser, basta dizer "encha-se com" seguido com o nome da bebida. O encantamento, no entanto, não rejeita o álcool a menores de idade, mas lembrem-se: este é um evento beneficente para os alunos, qualquer deslize pode não acabar muito bem pra vocês.

A decoração é baseada em flores coloridas e o ambiente é amplo. Existe uma pista de dança no lado oposto ao palco, onde acontecerão anúncios e pequenos show dos convidados. Além disso, existe uma área isolada acusticamente, composta com a mesma decoração floral e alguns sofás macios espalhados para aqueles que querem uma conversa mais sigilosa, por assim dizer.



Fundadoras da FDA

Torres
Bianca

Bedoya
Roberta

Makeni
Aalyah


by emme




Última edição por Bianca Torres em Sex 3 Jul 2020 - 1:31, editado 1 vez(es)


do you know all the power that you hold
Bianca Torres
TLC » Fantasma
Bianca Torres
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TLC: Fantasma
Sex 3 Jul 2020 - 1:31
Baile Beneficente
"Uma ONG em apoio ao esporte, por que não?" Esse foi o pensamento que surgiu na cabeça da loira quando ouviu seu irmão reclamando da má qualidade das vassouras providas pela confederação à escola. Poderia presenteá-lo com uma, mas e quanto os outros alunos? Tinha que fazer algo por eles e não podia doar, sozinha, vassouras novas para todos os vinte e um alunos titulares dos três times, mais os reservas. Tudo tem limite, principalmente sua conta bancária que já havia visto dias melhores.

Com essa ideia, foi atras de Aalyah, a modelo que sempre deixou claro em suas redes sociais e pronunciamentos o quão fã ela é do esporte e ambas tiveram uma longa conversa sobre a possível criação da Fundação Voando Alto. Roberta, cantora famosa que sempre abraça essas causas, e mãe de uma das integrantes dos times, foi convidada para ser uma das fundadoras e colaboradoras. Não demorou muito mais que um mês e tudo estava pronto, inclusive o primeiro baile beneficente que seria — também — a festa que introduziria a nova ONG ao mundo bruxo.

O carro parou em frente a entrada do edifício principal da Fazenda Abundance e Bianca hesitou antes de sair. Havia algumas pessoas, principalmente a imprensa, ali, com suas máquinas fotográficas e microfones preparados para arrebatar quem quer que chegasse na festa. — Como é que eu tô? — Perguntou, nervosa, ao namorado sentado ao seu lado; já era quase um ritual fazer essa pergunta sempre que ia aparecer em público. Por que seu coração estava pulsando tão acelerado? Ela já devia estar acostumada a situações como essas. Miguel conseguiu a acalmar com um simples afago em sua mão e um sorriso carinhoso, é o poder do gado sobre a cadela.

Com cuidado pra não estragar os cristais do vestido no banco do carro, Bianca desceu, apoiando-se na mão de do linguista que a esperava à porta junto a Camélia e Julio. Após respirar fundo, seguiram alguns passos até a entrada do edifício, onde estavam fotógrafos de diferente veículos de mídia prontos para registrar as presenças que chegavam ao evento. Era estranho ver o contraste entre os quatro. Bianca — forçando calma e confiança —, posava para as câmeras, sempre carente de atenção; Miguel pedia socorro; e Camélia, sempre tão introvertida, parecia querer sumir. Não passaram mais que cindo minutos ali e entraram no saguão principal após passar por uma breve revista na porta. A Torres não gostou muito da ideia, mas se uma das organizadoras do evento estava sendo revistada antes de entrar, era sinal de que o dinheiro investido com a segurança havia sido bem pago.

Mal haviam entrado no saguão coberto por rosas e uma garçonete de traços asiáticos foi até o grupo carregando uma bandeja com taças vazias e os ofereceu. — Encha-se com vinho. — Ordenou a loira para sua taça e assim foi feito. O líquido preencheu a taça a uma altura segura, mas ela não deu muita importância ao encantamento. Antes de beber, Bianca parou um momento para observar o ambiente e um largo sorriso de satisfação tomou conta de seu rosto. Tudo estava perfeito, exatamente como ela planejou, não poderia estar mais feliz. — Tá tudo tão lindo... — Disse, emotiva, quando seus dedos da mão esquerda se entrelaçaram aos do homem ao seu lado. Ver tudo pronto depois de tanto planejamento, estar ali com a família e Miguel de forma oficial — finalmente —, lhe preenchia com tantas emoções que ela mal conseguia explicar.


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Amélia Marques Brandão
COMÉRCIO » Proprietária de loja
Amélia Marques Brandão
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Proprietária da loja Túnicas Esmeralda
Sex 3 Jul 2020 - 13:24



A chegada

Bela Taça
Após se despedir de Aphrodite, sua funcionária que cuidaria da loja pelo resto do dia, Amélia aparatou da sua loja, Túnicas Esmeralda e desaparatou em casa, onde passou um bom tempo no banheiro, realizando tanto sua higiene pessoal, quanto se produzindo para aquele baile. Ela pensou que seria um belo jeito de promover sua loja e seus produtos. Era óbvio que ela usaria uma de suas criações, optou por um vestido que havia feito com Aphrodite, a mesma havia dito que seria interessante duas cores fortes, uma escura e uma vibrante para dar contraste e se destacar perante a multidão.

Ela teve ajuda de seu noivo, Petrus, para colocar o vestido, depois de sofrer por mais ou menos 5 minutos para conseguir colocar a sua cinta modeladora e o vestido. Ela se olhou no espelho e seus olhos se encheram d'água, que foram logo secos por Petrus, prevenindo assim que as lagrimas borrassem a maquiagem da loira, ela então sorriu e abraçou ele, que logo a elogiou.

Infelizmente ele não poderia acompanha-la no baile de hoje, pois estaria ocupado com o trabalho. Mas pelo menos ele poderia levar ela no baile, o que daria confiança para que Amélia não ficasse nervosa a ponto de fazer algum desastre e se envergonhar, pelo menos na entrada, onde haveriam câmeras e muita gente da imprensa.

Juntos, eles seguiram até o Country Club Abundance, Petrus estava dirigindo, o que facilitaria para depois de deixa-la lá, já ir ao seu trabalho. Chegando no local, eles foram recepcionados por muitos flashes de câmeras, ele pediu para Amélia respirar fundo e ficar calma, ela o fez e abriu a porta do carro, saindo do mesmo e sendo quase cegada por tantos fotógrafos a recepcionando.

Ela não parava de sorrir para as câmeras, a seguinte foto foi a que ela mais gostou.

[RP] Primeiro Baile Beneficente Rebel-wilson-1203642491

Após a sessão de fotos, ela seguiu para o saguão, onde logo lhe foi oferecido uma taça vazia, ela pegou a mesma com estranheza, logo lhe foi instruído que ao proferir as palavras mágicas, a taça se encheria com o conteúdo desejado.

-"Oh, ok, muito obrigada e... Encha-se com..."- Ela pensou por alguns segundos -"Champagne"- Quando terminou o encantamento, Champagne começou a surgir do fundo da taça e logo foi subindo, deixando-a meio cheia.

-"Acho que eu poderia me acostumar com isso! Preciso de uma dessas na loja, eu teria milkshake para sempre"- Disse ela para si mesma, andando pelo saguão, serelepe, procurando algum rosto conhecido.


Olívia Maia Dalavia
TLC » Artista
Olívia Maia Dalavia
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ARTISTA: Apresentador suporte e Ator Coadjuvante
Sáb 4 Jul 2020 - 0:51


Baile beneficente da FVA
com a família. x noite
Foram tantos encontros na casa de Aalyah que eu não somente fiz novas melhores amigas como meu marido tinha agora a grande desconfiança de que eu tinha um amante e encontrar com a modelo e a professora era, na verdade, uma grande e esfarrapada desculpa para me encontrar com o outro. Pensei em leva-lo a alguma das tantas reuniões onde planejávamos o baile e os próximos passos para levar o projeto cada vez mais a frente e angariar mais dinheiro para os alunos do quadribol de Castelobruxo, mas a verdade é que eu jamais precisei provar algo a ninguém, especialmente a um homem, então eu não fazia ideia de como ele dormia a noite, mas eu o fazia muito bem, muito obrigada. Talvez eu só tenha ficado atraída pelo projeto por Lorena, que contrariando todas as expectativas e todos os meus apelos, decidiu entrar no time novo da escola. O esporte mágico precisava de recursos para continuar existindo, sendo incentivado como qualquer outra área da magia pois não podíamos mais, não como comunidade e muito menos como pais, deixar que a vida trouxa substituísse todos os nossos valores. Isso só me veio a mente quando eu lembrei dessa modalidade por minha filha e sobrinho, mas uma vez feita, ainda bem que me abriram os olhos e eu pude me unir a outras duas fantásticas mulheres para tentarmos ajudar nesse sentido.

Confesso que nunca me vi como professora, achava careta demais, então eu tinha sérias preocupações quanto a forma que essa união com Bianca se daria. Se ela fosse quadrada, não funcionaríamos. Diferente de todas as minhas expectativas e honrando todos os vários elogios que Lorena fazia a sua chefe de estágio e que Cecília fazia para a docente, descobri nela uma grande amiga, tão maluquinha quanto qualquer artista. Aalyah até estava falando um português menos engraçado com o passar dos encontros, assim como eu, e seu jeito descontraído e suas ideias me faziam entender o crush que minha filha tinha nela. Eu teria me apaixonado pelas duas mulheres se eu não tivesse me apaixonado por nossa amizade antes disso. Como era divertido resolver todas as situações que surgiam quando estávamos juntas! E essa era a minha motivação diária e tinha me ajudado a ter várias ideias para as próximas canções.

Quando o dia do evento chegou, tudo organizado para ser antes das aulas retornarem e assim podermos exibir os alunos atletas que precisavam de novos aparatos esportivos, minha mente estava tão exausta quando meu corpo. Por isso me presenteei com um dia no spa, deixando para minhas filhas, sobrinhos e meu marido as roupas que eu havia buscado especialmente a pedido deles – não existiam mais crianças para que eu pudesse mandar se vestirem como eu queria. Inclusive fora após várias massagens e banhos com poções relaxantes que eu recebi a maquiadora contratada, que começaria em mim e depois iríamos juntas para minha casa onde ela maquiaria o resto das pessoas que assim o que quisessem. Eu estava deslumbrante com aquele vestido, e a mulher fez magia com as mãos, deixando minha face ainda mais jovem e bela do que o usual. Bartolomeu me teceu os mesmos elogios de sempre, mas seus olhos brilhavam com desejo, talvez, algo que não era algo exatamente comum. Dei-lhe um selinho rápido com a justificativa de não borrar o batom e conferi pelo celular se tudo estava em perfeito estado como deveria estar, até que toda a família estava pronta. — Serão dois carros, ok? Bartô, Cecília e Lorena vão comigo, Matteo e Mavis vão no próximo carro que vai pegar Paola e Malvina no endereço que elas me passaram. — Dito isso, descemos até o térreo onde o carro nos esperava.

O veículo era grande, de forma que a família inteira teria cabido nele, mas eu preferi seguir o conselho de meu marido e irmos com a nossa família antes de a minha chegar. O trajeto foi silencioso, as meninas pareciam estar com as mentes distantes demais, mas sequer tive tempo de perguntar, pois lá estava o senhor Fialho, palestrando sobre bom comportamento e sobre como a imagem era muito importante como família e como indivíduo. Ah, que bobagem. Ambas sabiam se comportar muito bem, e eu era a deusa da música! Quis dizer isso a ele, mas deveríamos parecer uma família típica de propaganda de margarina, não a família Addams. Assim me permiti voar em pensamento para bem longe dali, até o carro parar e eu notar todas aquelas câmeras e pessoas do lado de fora. — ¡Chicas, hora de brillar! — Anunciei, aguardando o motorista abrir a porta. Bartolomeu desceu primeiro, me oferecendo o braço como apoio para que eu fizesse o mesmo. Quando coloquei o primeiro pé no chão, lá estavam todos os flashes e pessoas chamando meu nome. Eu estava tão acostumada que meus olhos nem reclamavam mais de toda a luz vinda das câmeras. Caminhei de braços dados com o meu marido até perto dos jornalistas, dando uma leve olhada para trás para conferir se minhas Marías vinham da mesma forma. Elas estavam de mãos dadas, lindas como dois diamantes. Dei uma entrevista rápida e então passamos pela revista, adentrando o salão em seguida.
— Está tudo tão lindo! Venham, vamos falar com Bianca. — Disse em tom autoritário, deixando claro que nos separarmos logo de início estava fora de cogitação. Caminhamos juntos em direção a família Torres, ou ao menos parte dela, e eu sorri animada para minha amiga. — Está tudo tão lindo, querida! Fizemos um ótimo trabalho! Parabéns pela excelente ideia, você merece todo o brilho que emana. — Disse para Bia, aproveitando para dar oi para as pessoas que estavam com ela.

VESTINDO



art.
Aalyah Kantayeni Makeni
TLC » Artista
Aalyah Kantayeni Makeni
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49
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Modelo
Sáb 4 Jul 2020 - 5:02

The First Charity Event
Let's Make It Happen


N
unca escondi minha paixão pelo Quadribol. Quando eu morava no Benin, na África, era sagrado assistir as partidas com toda a minha família. Somos torcedores fanáticos do Encantadores de Tchamba, os mestres do Passe invertido. O time é proveniente de Togo, fronteira da minha cidade natal. Os dias de torneio em que haviam os Tchamba era feriado bruxo na capital de Porto Novo. Nunca pude jogar o esporte de fato por minha carreira ter começado tão cedo mas posso dizer que vivi os momentos mais emocionantes da minha que o Quadribol pudesse me patrocinar, afinal, torcer pra o nosso verde, amarelo e vermelho não era para qualquer um: Aguentamos o segundo lugar da Liga Africana até hoje.

A primeira mensagem que recebi via direct de Torres foi em uma terça- feira à noite. Eu a conhecia por ser redatora da revista Bruxaria Hoje que eu costumava ler para me por em dia com mundo mágico brasileiro e treinar a minha leitura em português, esse idioma que eu tenho certeza que foram os "putos" que inventaram para sacanear a vida dos estrangeiros. Ora, eu cresci falando Francês e Fom, um dialeto do meu povo. Aprendi inglês por necessidade e é uma lingua fácil, mas juro, nunca vi tantos acentos e variações desnecessárias como no Brasil. Esses dias perguntei ao meu professor se eu não poderia apenas colocar "o"no final de cada frase e ele disse que não. Seria mais fácil. Imagina: "Oi, o senhoro sabe que horos eu posso comprar o ingresso para o peço de teatro para o sessão dos nove horos?" Aí eu tenho que explicar sempre tudo bem bonitinho para geralmente ninguém me entender. Voltando para parte da Torres e deixando os meus problemas com o português de lado, quando olhei o conteúdo do texto, pensei ser alguma entrevista. Agendamos em minha casa dois dias depois. Bianca me explicou sobre as necessidades das vassouras para os times de Quadribol para o Castelobruxo. Conversamos muito sobre a possível criação da Fundação Voando Alto e dos projetos para tal. Foi quando Roberta entrou jogada. Torres e eu tivemos o insight de contatado-na via WG por direct visto que sua filha também estava em um dos times de Quadribol da escola, assim como o sobrinho de Bianca, o pivô que deu inicio a todos os acontecimentos. No outro dia a Bedoya estava em minha casa. Pestanejou no começo mas nos acertamos no fim. Passamos de meras desconhecidas a melhores amigas. Nos reuníamos todos os dias para planejarmos tudo mas sempre regado a vinho e diversão. Não tínhamos hora para acabar e a melhor coisa era quando elas passavam a noite lá em casa.

(...)

Dias e evento são sempre um pouco estressante. A maior parte do tempo quero fazer tudo só e a minha maneira mas eu sempre tenho que seguir ordens do meu assessor. Entendo que Lelis quer apenas o meu bem e cuida da minha imagem e acabo por ceder. Deixo que contrate maquiadora, cabeleireira, manicure, podóloga e o que mais tenho direito. É um ritual. Preciso de alguém até para vesti meu traje, vejam bem! Depois, um fotografo particular tira algumas fotos em casa, antes que eu saia. Corrigimos os defeitos e estou pronta. Sem antes, claro, borrifar um bom Armani Code em mim. -Perfeita, como sempre, perfeita!- . Meu assessor arruma meu cabelo mais uma vez e saímos. Chego no evento de limusine, como de costume, acompanhada por Brian Lelis. -Pronta?- Respondo com um sonoro "uhum"e assentindo com a cabeça. Lelis abre a porta e logo os as câmeras são acionadas. Dou o meu melhor sorriso e pose. Vestia um Henrique Gonçalves feito exclusivamente para o evento. Passo pelo Red Carpet cumprimentando fãs que não puderam entrar, dando autógrafos e tirando selfies e paro para falar com alguns jornalistas rapidamente. Lelis me encaminha para a entrada do baile, onde permaneci sobre a luz dos flashs por uns dez minutos. Eu já estava acostumada com tudo aquilo. Lelis então nos encaminhou para dentro do lugar. O tempo sempre é cronometrado em todas as entradas de eventos e seu assessor sempre estará de olho para que tudo saia perfeito. Fatos sobre a vida de um artista. Fui revistada na entrada como qualquer pessoa normal.

Entrei contemplando a decoração em cada detalhe ali presente: Havíamos feito um bom trabalho até ali e cruzava os dedos para que tudo saísse como o planejado. Passei o olho rapidamente pelo salão e encontrei Beta e Bianca conversando não muito longe. -Lelis, vai aproveitar a festa. Vou falar com as minhas amigas.- Apontei com cajado que segurava sem antes me servir com vinho de maneira mágica e brindar com meu assessor. -Muita merda!-. Me dirigi até as meninas e seus familiares bebericando a especiaria. -Oi, com licença. Eu poderia dar um abraço nos minhas melhores amigas e dizer que está tudo linda?- O primeiro abraço foi em Bianca. Ela era a responsável por tudo aquilo estar acontecendo. -Parabéns, minha loira linda. Nada disso seria possível sem o seu coração do tamanho do mundo. Obrigada por chamar eu!- Após, foi a vez de Beta. Afinal, o que seria o FVA sem ela? -Amor glamuroso, obrigada por aceitar entrar nisso tudo com nós dois. Está lindo! - Não pude deixar de notar duas presenças. A primeira estava ansiosa e mesmo tentando disfarçar, não conseguiu. -Lorena, my darling, está maravilhosa.- Abracei a menor. -Como está? Me diz?- Olhei para o lado e lá estava outra Lorena ao lado de um senhor. -Vocês são duas? -Entendi que se tratavam de gêmeas e fui introduzida a Cecília. Me acalmei por não ter cumprimentado a gêmea errada. -Isso vai me dá um pouco de trabalho mas eu vou acostumar. -Ri e Roberta acabou por me apresentar toda a sua família. Era grande, perdia apenas para a minha que as contas já perdi de quantos membros. Cumprimentei um a um. Foi a vez de Bianca me apresentar seu pessoal. Eram mais contidos em número. Os cumprimentei e em especial, a segunda pessoa que notei ali, ela estava lindíssima. -Oi Camélia!- Lhe beijei a face rapidamente. -Você está radiante! -Disse perto de seu ouvido. Lhe lancei uma piscadela e um sorriso malicioso surgiu em meus lábios. Terminei o meu vinho e me servi com outro.  







# Am I a weirdo in the nest?

NO MORE, BABY! NO MORE!


Aalyah Dulane Kantayeni Makeni
I'M BRINGIN' SEXY BACK!
Liandra Pereira Dunham
CASTELOBRUXO » Aluna
Liandra Pereira Dunham
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68
Ocupação :
Aluna
Sáb 4 Jul 2020 - 13:26


Eyes Wide Open
I keep my eyes wide open
Bless this ground, unbroken
Liandra suspirou, com os olhos fechados, enquanto a amiga passava um brilho suave em seus olhos, que combinava muito bem com a roupa que havia escolhido para a loira.

— Adorei que a professora Bianca te chamou pra cantar no show. Será que ela viu seu vídeo? — perguntava Manu, enquanto fazia sua maquiagem como um furacão. Indicou que deveria olhar para cima, para que passasse o rímel e a loira fez o que foi pedido, inclinando a cabeça um pouco para cima com o feito. — Fica quietinha.

Liandra gemeu, mexendo a perna incansavelmente. Ela não estava exatamente se arrumando porque queria, mas era um baile, e a Dunham mais jovem iria cantar, então fazia sentido que Manu a arrumasse, pelo menos daquela vez. No entanto, saber que iria cantar como convidada em um Baile beneficente para os times de quadribol do colégio, e, pior, com inúmeros representantes da imprensa — e famosos! — fazia com que sua ansiedade se tornasse quase insuportável e isso fazia com que sua inquietude — já acima do normal — ficasse ainda pior.

— Isso é realmente necessário? — perguntou, pela milionésima vez, encarando os olhos castanhos da amiga. — Porque, assim, eu posso ir lá e só cantar com uma calça jeans e...

— Liandra, cala a boca e fecha os olhos. — Manu falou, ajeitando a postura da menina para passar o delineador em seus olhos.

Maquiar a jovem Dunham se mostrava uma tarefa quase impossível para a colega, que estava quase infringindo as leis da escola e lançando-lhe um Petrificus Totalus para que a loira ficasse quieta, finalmente, e a deixasse terminar de maquia-la.

Claro que Manu sabia da condição da amiga, que fazia seu charme de não conseguir ficar quieta e não conseguir se concentrar por mais de alguns minutos em uma única coisa, mas aquilo se tornava quase insuportável quando a menina ficava ansiosa, e a Aguiar começava a perder a paciência.

Durante os ensaios, Liandra era uma das mais animadas, e os Aguiar fizeram um ótimo trabalho em mantê-la focada — a pesar de não ter sido um trabalho tão difícil quanto mantê-la parada para ser maquiada — mas era diferente, quando a menina estava fazendo algo que gostava, ela conseguia se concentrar por mais tempo do que quando fazia algo que não gostava.

— Nós podemos comer alguma coisa? Eu to com fome. — perguntou Liandra, de olhos fechados, enquanto a morena passava um pincel maior em suas bochechas, espalhando o blush para que o local se tornasse rosado.

— Não. — respondeu Manu, categórica, concentrada em sua tarefa — Estou quase terminando aqui, depois vamos arrumar o cabelo e você vai se trocar. Nós já estamos atrasadas demais.

— Mas eu to com fome! — choramingou a loira, batendo o pé na barra de metal do banquinho mais alto onde estava sentada.

Manuela simplesmente ignorou, enquanto começava a passar o iluminador nas maçãs e no nariz da jovem Dunham.

[...]


— Estão prontas? — perguntou Thiago, por trás da porta fechada do quarto de Manu.

O irmão gêmeo de Liandra era jogador do Jaguar, então, claramente, iria para o baile beneficente dado por Bianca, para arrecadar dinheiro para os times de Castelobruxo. Manu — a loira desconfiava seriamente que a menina tinha uma tremenda queda por ele — quisera ajuda-lo a escolher sua roupa para o baile, e o gêmeo Dunham deixou, para o deleite da morena.

O menino estava com um terno preto, simples, com a gravata na cor do time desamarrada em volta do colarinho da blusa branca, quando entrou no quarto da Aguiar mais nova. Liandra estava calçando os sapatos de salto, amarrando as tiras douradas em sua perna, e Manu estava terminando de colocar os brincos na frente do espelho.

A loira olhou para a amiga, com um meio sorriso nos lábios, vendo-a se desajeitar com os brincos, quase os deixando cair.

— Estamos quase, Thi. — disse, em um tom risonho, levantando-se do colchão fofo e dando uma volta, equilibrando-se precariamente nos saltos que usava. — Como estou?

Ela esperou a resposta do irmão com um breve sorriso nos lábios e caminhou em direção a ele, tropeçando alguma vez e olhando feio para as sandálias douradas, mostrando-lhe a língua de forma infantil.

— Estou pronta. — disse uma Manu com brincos de argola prateados nas orelhas, interrompendo o discurso melodramático de Liandra antes mesmo de começar. Lançou um olhar de censura para a loira, lembrando-a da conversa que tivera poucos minutos antes. — Vamos? — a menina disse, ainda olhando para a amiga com um sorriso que dizia, com todas as letras: ”Se você tirar esse salto antes do show eu vou te matar.”

Liandra choramingou um pouco, fazendo um beicinho enquanto Manu pegava seu braço, entrelaçando-o ao dela.

[...]


Lá estava a jovem Dunham, novamente em Monte Nevado, depois de passar uma hora e vinte e cinco minutos dentro de um trem, com aqueles saltos e aquele vestido, reclamando a cada cinco minutos que estava com fome e que não conseguia ficar parada — até Manu ter a brilhante ideia de coloca-la para ouvir as músicas que cantaria no baile. Com os fones de ouvido e a música em um volume mais alto possível para que a distraísse o suficiente, a loira finalmente se acalmou o suficiente para ficar sentada na cabine, até dormir.

A menina só acordou quando estava, novamente, em Monte Nevado.

Paulo Aguiar os recebeu na Estação — o adulto havia ido mais cedo para preparar tudo para o show de Liandra — e os levou direto para a Fazenda Abundance, onde seria o baile beneficente.

A loira agradeceu muito por seu irmão gêmeo tê-la acompanhado, porque, assim, podia segurar sua mão, enquanto entravam no evento, pisando no tapete vermelho da entrada completamente insegura sobre os saltos dourados que havia pegado emprestado da amiga. Segurou o braço do irmão, como se fossem um casal, posando para as fotos que os repórteres tiravam, sorrindo com nervosismo para as câmeras.

— Obrigada por ter vindo comigo. — sussurrou para Thiago, em dado momento, enquanto entravam na festa.

O ambiente amplo e cheio de flores coloridas chamou a atenção da loira, que teve que ser segurada pelo irmão para não sair de seu percurso.

Como combinado, eles foram para a mesa do buffet — Liandra implorara por isso assim que chegaram — pegar alguma coisa para a quartanista comer. Uma jovem de cabelos lisos e castanhos se aproximou da família, oferecendo umas taças vazias. Paulo pegou uma e fez com que se enchesse de água, entregando-a a jovem, que parecia ainda mais ansiosa — o homem a havia informado que ela seria uma das primeiras a se apresentar no palco no outro extremo do salão amplo.

A jovem Dunham comeu um cupcake de chocolate e foi para trás do palco, preparando-se e deixando que Manu retocasse seu batom. Enviou uma mensagem para Benício, perguntando-o se estaria ali, enquanto uma mulher, com um vestido longo e brilhante, com os cabelos presos em um coque elegante na altura de sua nuca, anunciava as apresentações e o pequeno itinerário que aconteceria naquele palco.  E, depois disso, subiu os pequenos degraus até o pequeno palanque, posicionando-se atrás do microfone, enquanto Paulo pegava o violão — disposto ao lado do suporte da guitarra — e Manu se colocava no microfone logo atrás, como backing vocal.

A loira sorriu, nervosamente para o público, que a observava, procurando um certo alguém na multidão.

— Oi. — disse, ainda tímida, sentando-se no banco que haviam posto ali — Eu sou Lia Dunham, vocês podem me encontrar no WG. — mordeu o lábio e suspirou, olhando para o seu próprio colo — Eu sou nova nisso, então... Desculpem meu nervosismo. — sua voz estava trêmula, até sentir uma estranha calma, bem no fundo de sua mente, o que a fez procurar pela multidão. O argentino estava lá, com os olhos azuis a encarando, com curiosidade. Liandra sorriu. — Eu escrevi essa música tem um tempo, acho que foi uma das minhas primeiras músicas. Espero que gostem.

Liandra olhou para Paulo, sorrindo brevemente para ele e o homem sorriu de volta, sentado em seu banquinho com o violão no colo.

Os primeiros compassos da música calma soaram altos no ponto em seus ouvidos, fazendo a loira começar a balançar seu corpo, de olhos fechados, tirando o microfone do suporte onde este estava. Um sorriso se abriu em seus lábios, enquanto ela esperava o momento certo para começar a cantar.

La di da da da na começou, mais macio do que esperava, dado suas mãos trêmulas segurando o microfone.

Aos poucos, elas pararam de tremer, enquanto continuava a cantar, com os olhos fechados.

VESTINDO






liandra dunham
Don't want to stop, give up, I want it all 'cause I just ain't had it enough
Lorena Bedoya Fialho
COMASUL » Auror
Lorena Bedoya Fialho
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COMASUL: Auror Estagiário
Sáb 4 Jul 2020 - 14:13
Baile beneficente
Roberta sempre foi sol, brilhante, forte, quente. Ela é capaz de queimar, de deixar feridas bastante dolorosas, capaz de cegar. Ao mesmo tempo, aquece, mantém a vida iluminada, gera felicidade. Tudo depende de quão perto você chega, do quão feliz você a faz. E nunca se sabe o que ela é capaz de aprontar, seja para bem ou não. Ela costumava fazer ações solidárias, sempre voltadas a artistas que precisavam de incentivo ou de “um bater de asas que impulsionem as deles”, ou para crianças com fome em algum canto do mundo, e Lorena apreciava as atitudes da mãe como a boa fã da mulher que ela sempre fora, não só pela mãe excepcional e diferente, mas pela mulher incrível que havia trilhado sozinha o seu caminho pela fama, contrariando todos que não acreditam em seu potencial e se mostrando muito mais forte do que qualquer expectativa. A alegria foi tamanha quando ela descobriu que para além das boas ações de sempre, agora a mãe também estava tentando movimentar a sociedade bruxa ao qual estavam inseridos para colaborarem com as vassouras e itens de proteção para os jogos de quadribol da escola que é claro que ela se prontificou a ajudar em tudo que precisasse, mas a mulher não precisava de ajuda – pois já tinha uma dupla, Bianca e Aalyah, sendo a última a grande e suprema crush, dona do coração e dos sonhos juvenis de Lora. A movimentação para realizar o que quer que estivessem planejando foi um dos motivos que a impediu de ir para Noronha com o restante da família, além do álbum novo que ela estava gravando e de querer ficar acompanhando pai das gêmeas que estava atarefado no hospital.

Bartolomeu estava tão distante que elas só o viam poucas vezes e sempre tão quieto que nem parecia o mesmo homem sério e severo de sempre. Havia permitido que viajassem sozinhas, passassem mais da metade das férias longe de casa, não havia feito nenhuma pergunta sobre como fora a viagem ou se haviam meditado e seguido as regras normais. O homem sequer teceu algum comentário sobre Lorena ser agora uma jogadora de quadribol. Ele estava tão distante que ela começou a ficar preocupada. Cuidava os horários em que o pai saía, o momento que retornava,  o humor que expressava quando estava na mesa para jantar ou almoçar, e ele parecia mesmo incomodado com a esposa saindo o tempo todo para ir de encontro com as amigas, mas ele também não falava nada sobre isso. Teve uma noite, no entanto, que a morena foi buscar um copo de suco na cozinha e ouviu uma conversa dos pais em que Barto deixava claro sua desconfiança sobre uma possível traição. O coração de Lora quis se romper em vários pedaços, mas fingiu que nada estava acontecendo e interrompeu a conversa, indo até a geladeira e deixando que um elefante imaginário ocupasse a cozinha junto dos três. Depois daquela noite, queria logo voltar a Castelobruxo e não precisar mais encarar aqueles olhares que ela não sabia ler, mas que sabia que não eram bons.

A ideia de irem ao baile pareceu uma boa forma de agirem como a família feliz que eles eram em raras ocasiões, então quando o dia chegou, a única coisa que se passava pela cabeça da garota era que seria divertido e todos estariam bem, mesmo que fosse só uma farsa para parecerem a família perfeita dos comerciais de margarina, como Bebeta sempre brincava quando os mandava sorrir para fotos. O que estragou o momento foi a entrada do pai no seu quarto, algumas horas antes da maquiadora e a mãe chegarem. Ele queria falar sobre como ela deveria parecer educada, fina e muito culta para todos que a vissem. Que deveria lembrar que ela estava vendendo sua imagem no evento, que as pessoas não iriam doar dinheiro para jovens que não parecessem dignos ou que não tivessem o mínimo de requinte para uma ocasião como aquelas. — O senhor está querendo dizer que eu devo me vender? Como se eu fosse uma... — Ele havia interrompido, dizendo que ela sabia muito bem o que ele queria dizer. Depois que ele saiu do quarto, deixando para trás uma Lorena furiosa, ela se questionou se Cecília havia ouvido o mesmo “aviso” ou se era restrito a ela, a que fazia parte do time. Depois daquilo, passou a ver o lindo vestido como uma embalagem, a maquiagem que realçava a perfeição de seu rosto como uma máscara e o fato de estar acompanhada da gêmea idêntica uma verdadeira farsa, como se fosse a propaganda das irmãs perfeitas que podem ser compradas e merecem o dinheiro de pessoas ricas por serem tão belas e educadas. Quando se despediu dos primos e foi para o carro com os pais e a gêmea, deixou a mente viajar para longe e esqueceu de completamente qualquer problema que pudesse surgir em sua mente. E para piorar, quando resolveu olhar o seu witchgram, deu de cara com um comentário de Arón. Ela quase deixou o aparelho cair, encarando a tela como se aquilo fosse um engano, um erro.  Cutucou a irmã, que pegou o seu celular de sua mão e leu o que estava escrito. — Pelo menos ele está vivo. — Disse baixinho a irmã, não precisando falar mais nada pois haviam chegado ao local do evento. Um olhar cúmplice surgiu entre elas antes de descerem com o apoio do motorista. Ceci segurou a mão de Lorena que fez pose para as fotos e fotógrafos, desfilando para dentro do evento junto da família perfeita que poderia vender vários jornais.


O lugar estava tão lindo! As pessoas estavam bem vestidas e a música era ótima! Não era seu primeiro evento de gala, mas ainda assim causava arrepios em seu estômago. A mãe parecia igualmente encantada, arrastando a todos para perto de Bianca e sua família. Isso de sua mãe e sua professora e chefe de estágio era tão estranho quanto a ideia das coisas de Lora que a mãe contava para Aalyah. Deu um oi ao professor Miguel, a irmã mais velha que ela conheceu no festival quando estava doida de café do saci, e parou ao lado de Julinho, sorrindo para ele. — Conto com você pra me salvar desse inferno. Ou o Arthur, se é que ele vem. — Disse baixinho, tentando não chamar a atenção dos adultos que conversavam do lado. Os olhos da loira estavam encarando ambas as gêmeas como se decidisse qual das duas era a responsável pela vergonha naquele festival, mas se falaria alguma coisa, aquele não foi o momento.

+ VESTINDO

date da Ceci noite baile beneficente





she remembered who she was and the game changed.


Bartolomeu Fialho
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Bartolomeu Fialho
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Sáb 4 Jul 2020 - 14:46
blue heartBut I can't fix him, can't make him better and I can't do nothing about his stranger weather
Festas, confraternizações, bailes, reuniões familiares, jantares cheios de rostos desconhecidos, todas àquelas situações eram rotineiras na vida de Bartolomeu, mas isso não significava necessariamente que o bruxo gostava delas. Desde que casou-se com Roberta, ele viu-se enfiado num mundo cheio de glamour e flashes que ele, particularmente, detestava. A cada evento ele tinha que fingir um sorriso amistoso, sorriso este que ele sequer se esforçava para esboçar nos dias atuais. Seu olhar de desagrado estava nítido, ele não queria participar de tudo aquilo. Para o Fialho, a situação atual do mundo bruxo não era motivo de comemoração, mas parecia que só ele conseguia enxergar esse ponto. Dentro do carro, ele observava suas filhas e sua esposa interagindo meio que discretamente, pareciam caladas demais e com a mente voando longe. Bartolomeu só conseguia imaginar, enquanto fumava, qual mundo ele estaria deixando para elas? Quais perspectivas elas poderiam ter? O mundo estava apodrecendo em ruínas e elas só pensavam em curtir, celebrar e comemorar a cada desgraça, principalmente Roberta. ❝— Eu não preciso nem repetir que eu quero modos nessa festa. E peço a colaboração de todos dentro desse veículo neste quesito. Sem escândalos, sem exageros e sem chamar atenção desnecessariamente. Eu não quero ter que me estressar mais do que o necessário. —❞ A fumaça do cigarro saiu pelas suas narinas e ele olhou para fora da janela com tédio, enquanto jogava o cigarro janela a fora. Aquele tipo de palestra já era comum para as meninas e enquanto sua esposa tentava aliviar o clima, elas continuavam quietas, apenas sentindo o olhar pesado do pai sobre elas. O Fialho era terrivelmente rígido, mas em partes, não era sua culpa. Aquele foi o tipo de criação que teve, e aquele era o único tipo de criação que ele sabia reproduzir. Elas poderiam ter enganado-se durante os dias recentes sobre as ações do Fialho em deixá-las mais livres, leves e soltas, no entanto, não passava de fachada. Aquilo era um teste, para saber até onde as meninas iriam se ele desse corda. Teste esse, que em sua concepção, elas falharam miseravelmente, principalmente juntando-se com os primos que ele carinhosamente chamava de "corja".   Estavam ficando cada vez mais próximos do local do evento e, agora, mais do que ninguém ele teria que ter paciência para aguentar cada cenas dos momentos que rolariam a seguir.

Bartolomeu estava muito bem vestido, como sempre. Desde pequeno ele era enfiado nas melhores roupas e ensinado a portar-se da melhor maneira possível, mas em suas exaustivas aulas de etiquetas ninguém nunca o ensinou a ser simpático. Sua irmã reclamava disso, sua esposa reclamava, suas filhas chiavam sobre, mas ele não fazia o mínimo esforço. Não que ele fosse do tipo que te rechaçaria numa conversa a troco de nada, mas não espere muito do Fialho em quesito de socialização, pois ele entrou e saiu do Hospital Maria da Conceição sem fazer uma amizade sequer. Bartolomeu saiu do carro assim que o mesmo estacionou, e, automaticamente ele estendeu seu braço para que sua esposa apoiasse nele. Roberta estava vislumbrante. Ela havia passado praticamente o dia todo cuidando de sua aparência para este evento e seus toques estavam leves como plumas. O bruxo não pôde deixar de sorrir e beijar as costas da mão da esposa. ❝— Você está magnífica, querida. —❞ O selinho dado pelo casal havia sido pego pelo flash de um dos fotógrafos. Bartolomeu arqueou uma sobrancelha enquanto as filhas saíam do carro em seus belíssimos vestidos e ele apenas suspirou pesadamente. O dia seria difícil. Alcançando sua esposa, o bruxo a escoltou até a entrada do local, franzindo o cenho a cada brilho e flash. Para melhorar ainda mais a situação, Roberta decidiu fazer o que sabia fazer de melhor, brilhar mais do que os flashes das câmeras. Bartolomeu não sabia sequer para onde olhar, então ele apenas fitou a esposa que esbanjava o carisma que nele tanto faltava.

A família mal havia entrado no local e Roberta já tratou de ir socializar-se deixando bem claro, pelo seu tom de voz, que todos deveriam acompanhá-la. Contudo, Bartolomeu precisava de um pouco de bebida alcoólica antes que falar com qualquer pessoa, por isso ele as acompanhou até meio caminho e logo após desviou, indo em direção ao bar. Ele parou diante do bar, pegou uma taça, brincou com ela por entre seus dedos finos e ponderou um instante, pensando no que beber. ❝— Encha-se com a bebida mais forte do local. —❞ Apesar de não saber se funcionaria, aquilo acabou funcionando e a taça encheu-se magicamente com uma bebida alcoólica de procedência duvidosa. Bartolomeu não era do tipo que acabava embriagado, até porque sua personalidade era tão amarga que o álcool sequer surtia efeito em seu organismo mais. Portanto ele gostava das bebidas mais fortes, no momento ele precisava afogar sua vontade de sair pela mesma porta que entrou e procurar algo melhor para fazer da sua noite.


pure magic
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Mia Bedoya Villa-Lobos
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Sáb 4 Jul 2020 - 21:19


Dando com alegria


| Monte Nevado | Abundance | Fim de tarde |Vestindo


A tentativa de Ursula em se aproximar de Theodoro no show de Aurora não havia sido muito bem sucedida. O magizoologista não lhe falou nada que ela já não soubesse, mas ninguém poderia o culpar, quem vai em um show para se divertir não espera encontrar-se com uma estranha para bater papo sobre trabalho. Depois desse desastre a Gonçalves precisava encontrar outra forma de conhecer conhecer os procedimentos da COMASUL devido a sua vontade de trabalhar na confederação, mas quem daria emprego a uma dona de bordel? Bordel não, clube noturno, como diz sua irmã mais nova.

Dois meses depois, finalmente, encontrou a chance que queria de reconstruir sua imagem aos olhos de todos: um baile beneficente. O evento estava sendo promovido por três das mulheres mais famosas da sociedade bruxa brasileira — talvez do mundo —, certamente estaria cheio de gente. Era o momento perfeito para construir sua imagem como a de uma boa moça, é disso que o povo gosta, né? Gente que passa a o dia pregando que são os perfeitos exemplos de família tradicional, mas que à noite deixam essa família em casa para frequentar bordéis como o da sensitiva.

— Ta, ta, eu sei que é tudo voltado aos alunos e que provavelmente alguns podem me reconhecer por causa daquele deslize no começo do ano... — Respondeu ao espírito da irmã que encontrava-se deitado em sua cama. — Mas vou garantir que nenhum deles se lembre. E se lembrarem não tem problema, quer dizer, só vou precisar esperar até que ninguém esteja vendo. — Deu de ombros quando tocou o topo da própria cabeça com a varinha. No mesmo instante seus cabeços começaram a crescer, parando apenas quando estavam longos, no meio das costas. — Viu? Uma nova mulher. — Camila, a irmã, desapareceu no ar com a clara expressão de descrença no rosto como quem dissesse "te lasca então, otária". Ursula não se importou com a descrença da irmã em sua habilidade de atuação e continuou a se arrumar para o evento que aconteceria na Fazenda Abundance, próximo de sua casa.

Depois de pouco mais de uma hora, estava pronta: os cabelos presos em um penteado, algumas jóias, salto e o corpo coberto por um vestido vinho de veludo o qual ela não fazia ideia de quando o havia comprado. Desceu do carro próximo ao edifício principal da Fazenda onde tudo acontecia e caminhou até a entrada. Não foi abordada por nenhum repórter quanto a entrevistas, mas parou por alguns instantes diante dos fotógrafos insistentes com seus flashes.

Ursula parou por um momento, assim que entrou no saguão e viu todas aquelas rosas de decoração e caminhou até o bar, cumprimentando com sorrisos simpáticos cada um que passava por si, conhecidos ou não. Tanto famoso junto, estava no lugar certo. — Encha-se com whisky. — Disse para o copo que o garço a entregou e o líquido preencheu-o, não por muito tempo. — Encha-se com whisky. — Repetiu a mulher depois de ter virado o primeiro inteiro e se sentou. — Se controla, você não veio aqui pra ficar bêbada. — Disse Margá, o espírito, depois de tentar lhe dar um beliscão no braço. "Sei muito bem o que vim fazer aqui.", pensou, voltando-se com um sorriso para o homem que estava ao bar. Não podia responder em voz alta para não atrair olhares.


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Bartolomeu Fialho
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Bartolomeu Fialho
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Sáb 4 Jul 2020 - 22:30
blue heartBut I can't fix him, can't make him better and I can't do nothing about his stranger weather
Como se os deuses estivesse ouvindo suas preces, uma mulher de procedência tão duvidosa quanto sua bebida surgiu ao seu lado. Ela segurava uma taça cheia de whisky - que aliás, ela encheu duas vezes - e lhe cumprimentou com um sorriso amistoso que, para o Fialho, não era de fato amistoso. Qual é? Ele conhece esse tipo de pessoa. O tipo de pessoa que finge ser algo que não é, que finge ser amigável, carismática e que mais pra frente te dá um bote não da boa maneira de ser, mas sim da pior maneira de todas. Ele era uma dessas pessoas. Fingia, fingia e fingia só para ter aqueles com quem se importava ainda por perto, mas simpatia? Isso ele não conseguia fingir de jeito algum, mas com uma bruxa como aquela ele sequer precisava dissimular qualquer coisa, não é mesmo? Bartolomeu brincou com a taça que tinha em mãos e deu um gole em sua bebida, devolvendo o sorriso amigável com um aceno de cabeça. ❝— Que bela noite, não acha? —❞ O bruxo questionou referindo-se obviamente não a noite, que para ele estava um porre, mas sim a bruxa que estava diante dele. A mulher usava um vestido camurça na cor vermelho escuro, como se fosse cor de sangue, e ele tinha uma fenda na coxa que o Fialho evitou acompanhar com os olhos. Ele não estava flertando com a mulher, longe dele fazer isso, estavam num evento público, sua esposa estava ali, suas filhas e, assim como ele mesmo havia dito no carro, todos deveriam evitar grandes cenas. Mas ele quis puxar assunto com a bruxa, pois ela parecia um pouco como ele. Ela tinha um ar de mistério, sedução e sobretudo de perigo, uma combinação bastante adversa que com certeza atraía a atenção do bruxo mais do que ele gostaria. ❝— Devo confessar que não sou muito fã de festas, mas não poderia deixar de prestigiar um evento como esse. —❞ Mentira, se tivesse a opção ele não compareceria, mas sua esposa o mataria caso ele o fizesse. Quadribol seria a última coisa a qual o Fialho investiria. Haviam tantas outras áreas importantes para se fazer um investimento real e todas aquelas pessoas estavam se mobilizando para colocar boas vassouras nas mãos de pirralhos que logo, logo a quebrariam em alguma partida. Para Bartolomeu chegava a ser piada, contudo esses eventos tinham seus lados bons como algumas conversas com pessoas como mulher que assim como ele mal chegou no local e já foi procurar um bar. O bruxo aprendeu a confiar nessas pessoas mais do que em quaisquer outras. ❝— Desculpe, mas qual é o seu nome? O meu é Bartolomeu, Bartolomeu Fialho, muito prazer. —❞ Ele a cumprimentou erguendo a taça e ela fez o mesmo. Ali seria onde Bartolomeu passaria mais da metade sua noite e ele tinha certeza disso.


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Cecília Bedoya Fialho
COMASUL » Funcionário da seção 2
Cecília Bedoya Fialho
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Sáb 4 Jul 2020 - 22:39
Baile Beneficente
Acostumada com a liberdade que quase nunca tivera na vida, Cecília sentia como se estivesse andando sob ovos dentro de sua própria casa. Não era burra, óbvio. Então não precisou de muito para notar o quanto seu pai estava estranho, tão calado e distante. Em um primeiro momento cogitou ser culpa dela, mas o pai não parecia ter se importado com nada do que Cecília viesse a ter feito. Nem mesmo havia recebido um sermão sobre o comportamento que havia tido em suas férias longe dos olhares do adultos — algo que ela achava, porque bem lá no fundo sabia que estavam sendo vigiados de qualquer forma. Bartolomeu, com toda sua mania de controle, nunca deixaria ambas as filhas a própria mercê daquele jeito. Mesmo que sentisse um ar mais pesado, não abriu a boca nenhum momento sequer para questionar os pais sobre nada. Talvez fosse um pouco covarde, escolhendo continuar nas sombras de uma falsa família feliz, do que acabar causando o caos só de trazer a tona algo que ninguém poderia querer lidar. Buscou manter a pose séria, se contentando em se divertir com os raros momentos de descontração na presença dos primos enquanto esperava ansiosamente para voltar a Castelobruxo, onde poderia mais uma vez tentar ser parecida mais com ela mesmo e menos com o progenitor.

Roberta estava organizando um baile beneficente para arrecadar dinheiro que ajudasse a financiar os jogadores de quadribol da escola, incluso três integrantes da família Bedoya, exceto por Cecília. Embora gostasse de assistir aos jogos, nunca tivera vontade de participar de forma plenamente competitiva. Mas é claro que não seria deixada de fora do baile, então chegado o fatídico dia do evento, ela se preocupou apenas em parecer a filha perfeita que sempre aparentava ser. E ainda recebera como incentivo uma visita do pai junto com um aviso para que se portasse como uma Fialho. Óbvio que ele se desfaria da outra parte da família, que era tão liberta. Assim que a porta se fechou e ela se viu sozinha em seu quarto novamente. — You could touch the sky but you ain't got shit on me 'cause i'm on top of the world, i'm on top of the world. — Cantarolou baixinho enquanto ia de um lado para o outro no ambiente. Desde que tinha aprendido a se maquiar e arrumar devidamente, fazia tudo sozinha, sem contratar nenhuma outra pessoa como sua irmã ou sua mãe. E poucas horas depois estava impecável, devidamente vestida, calçada, maquiada e perfumada. — Até mais tarde, Mavis e Matteo. — Se despediu dos primos, entrando no carro com seus pais e sua gêmea.

Passou parte do trajeto olhando pela janela, até ter a atenção chamada pelo pai. É claro que ele não poderia deixar de dar mais um pequeno aviso antes que chegassem ao local do evento. — Nós iremos nos comportar, pai. — Assegurou, com um meio sorriso tomando os lábios. Faria o que pudesse para aliviar a tensão que reinava naquele carro. E para a sorte dela, Lora logo chamou a atenção dela para outra coisa. Ouviu o que a irmã falava lendo alguma coisa em seu celular e esticou o pescoço para dar uma olhada. — Meio cara de pau, não? Aparecer dessa forma. — Deu de ombros. Não sabia como Lora estava em relação aos seus sentimentos por Arón, que havia escolhido fugir deixando qualquer resquício da família Bedoya para trás para fazer sabe-se lá o quê. Tudo o que importava para Cecília é que sua irmã estivesse bem e agora que estavam tão próximas quanto antes, não hesitaria em chutar a bunda dele caso voltasse apenas para fazê-la chorar. Trocou um olhar cúmplice com a gêmea assim que chegaram ao local da festa. Como de praxe, os pais saíram primeiro do carro para que então as gêmeas pudessem tomar seu espaço. Usou o braço do motorista de apoio para que abandonasse o veículo e uma vez que sua irmã estava de pé ao seu lado, segurou a mão dela para que andassem pelo tapete vermelho. Sorriu ligeiramente para as fotos. Não fazia o tipo que gostava de chamar a atenção, mas aquela altura já estava acostumada inclusive com os flashes. E ao final acabou acenando para os fotógrafos quando finalmente entrou dentro do recinto que abrigaria o evento.

Soltou a mão da irmã assim que chegaram perto da família Torres, por intermédio de sua mãe. Pelo que ela sabia, Bianca também tinha um dedo naquele evento beneficente. Teve a certeza quando Roberta parabenizou a mesma pela ideia central. — Oi, professora Bianca. A decoração está maravilhosa, parabéns. — Cumprimentou a loira, sem deixar de sorrir e estendeu o cumprimento o professor Miguel que estava ao lado dela. Passou pelos outros Torres, dando um oi a cada um que se encontrava ali. Foi então que chegou outra mulher, que ela reconheceu ser a ídola de sua irmã, Aalyah. — Sim, viemos duplicadas. — Respondeu a morena em tom de brincadeira e então cuidou para cumprimentá-la também. Só então parou ao lado da irmã que falava com Júlio algo que ela não deu tanta atenção assim. Se perguntava se um certo alguém também apareceria naquele evento. Não sabia se conseguiria manter as aparências caso isso acontecesse. Mordiscou o lábio, ficando apreensiva, agora tudo o que desejava era que Malvina chegasse logo junto de Mavis para que pudesse pelo menos se juntar às duas e deixar o que a incomodava de lado.

VESTINDO
i keep on runnin' from my own life because I'd rather not fight


Cecí

her lips are like the galaxy's edge.
Camélia Torres
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Camélia Torres
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Sáb 4 Jul 2020 - 22:54
BAILE BENEFICENTE

Havia essa frase que vez ou outra passeava pelos pensamentos de Camélia. Embora ela não soubesse o autor ou de onde havia tirado tais palavras, a mensagem era que "você chega em casa, faz um café, senta na sua poltrona favorita e não tem ninguém. Você que decide se isso é solidão ou liberdade." Para ela era exatamente a segunda opção. Chegar do trabalho, retirar os saltos e deixar os pés descalços sentirem os fiapos do tapete que ela mantinha impecavelmente limpos no centro da sala, o cheiro de café passado invadindo o espaço conforme ela se deliciava da bebida. Naquela sexta, no entanto, não somente estaria começando o último fim de semana com a casa cheia como também teria de ir a um evento beneficente. Came jamais sonhou com a fama, ao menos a que não fosse eu seu ambiente de trabalho, então a ideia de cobertura da mídia, pessoas sorridentes e conversas sem graça não pareceu atraente. Não até saber que a arrecadação ajudaria o time de Julio, sem dúvidas o seu irmão mais paparicado.

Ao chegar em casa esbarrou em Miguel, o cunhado agora oficial. Um sorriso gentil foi exibido ao homem. Não gostava muito da ideia de seus irmãos arrumarem parceiros, mas Bianca não estava ficando mais nova, precisaria ter alguém para procriar e ficar de guardiã dos Torres no lugar de Came. Além de ser uma possível causa de livramento para a mais velha, era adorável vê-la assim, feliz e apaixonada, então trataria Miguel da forma mais amigável e simpática que conseguia. Subiu depressa para a suíte onde se arrumou o mais rápido que pode. O vestido era rosa, o batom vermelho escuro, e no cabelo fez um penteado rápido, mas que valorizou o formato de seu rosto. Estava tão linda quanto desanimada para se juntar aos familiares e ir para a fazenda onde o evento ocorreria. Monte Nevado não era assim tão longe, então não poderia aproveitar o tempo até lá para ler algo pertinente ao trabalho, então aproveitou para ir preparando a mente para estar em um ambiente tão cheio pelo segundo final de semana seguida.

Bianca brilhava com os flashes que começaram no instante em que desceram do carro, o casal e seu par provisório – até que ele achasse seus amigos ou qualquer outra pessoa que fosse mais agradável do que acompanhar a irmã mais velha. Parou no tapete vermelho para algumas fotos, sentindo-se nua diante de tantas câmeras. Teria de sorrir para estranhos, mas se recusou a tirar fotos fazendo isso. Eram fotógrafos, não dentistas, então não precisavam ver seus dentes. Quando a irmã terminou a entrevista, Came se despediu dos flashes e passou por uma revista que a deixou mais despreocupada. Ao menos estaria segura enquanto fingia ser a miss simpatia do lugar. — Hora de ativar o sorriso simpático que eu não sei se tenho. — Disse baixinho para o irmão, dando uma piscadela para ele enquanto adentravam o local. Se fosse uma mulher expressiva teria deixado a boca mostrar o espanto. Ela sabia que o local estaria lindo devido ao enorme trabalho que gerou para a organização, mas não imaginou que seria tanto! Virou-se para o casal, observando os olhos da mais nova brilharem em pura emoção e a teria abraçado se não estivessem rodeada de outras pessoas, mesmo que ainda não fossem muitas. — Vocês arrasaram, irmã. Está tudo perfeito! — Elogiou com um sorriso sincero e gigante como seu amor pela outra. Pegou uma das taças e a encarou com dúvida se seria uma boa ideia o que estava prestes a fazer. Não costumava beber em locais onde poderia ser vista por tantas pessoas, mas aquela ocasião merecia uma bebida mais relevante do que água com gás. — Encha-se de vinho branco, por obséquio. — Observou a taça ser preenchida pelo líquido e fez um gesto de brinde antes de tomar o primeiro gole.

O momento em família ia muito bem, muito obrigada, até um casal se aproximar ao lado de duas gêmeas que seguravam a mão uma da outra como se fossem duas garotas meigas, mas ela conheci uma delas – sem saber da segunda, e elas estavam mais pra anjos caídos. Roberta Bedoya estava toda animada parabenizando Bianca, então restou as jovens cumprimentarem tanto Camélia quanto Miguel e Julinho, ambas parando entre o pai e o mais jovem na roda. Os olhos de águia da primogênita Torres se fizeram firme atentos enquanto passeavam pelo rosto das garotas, tentando identificar qual delas seria a tal Lora. Ficou feliz de Arthur não ter vindo, um a menos para cair nos encantos delas. Foi a voz adorável da cantora que despertou a atenção de Camélia, que gentilmente lançou um sorriso ensaiado para o homem. — Camélia Torres, é um prazer. — Mentira. A primeira de muitas que ela acreditava que diria naquela noite. Até gostava das músicas da mulher, mas não era do tipo groupie e sequer almejava amizade com pessoas animadas que a faziam parecer ainda mais séria do que o normal.

A conversa entre o grupo foi basicamente apresentações e elogios ao trabalho feito, até a última das integrantes do trio organizador se unir ao grupo que a essa altura já não era mais pequeno. Após a dança inusitada no festival, Camélia descobriu que o rosto dela não era conhecido atoa: a mulher era uma modelo famosa que era o rosto e o corpo de muitas marcas famosas, e mesmo sem nenhum herdeiro na escola, estava tão participativa quanto as outras para angariar fundos para os atletas. Aalyah lhe cumprimentou de uma forma que a loira quase viu malícia no ato, mas deveria ser coisa de sua mente maldosa. — Roberta, Aalyah, eu já parabenizei Bianca e gostaria de estender os parabéns a vocês. O evento está incrível! — Seu tom era amigável, sincero. Bebeu mais um pouco de vinho e deu uma leve espiada para a modelo que sorriu para ela de uma forma diferente e depois voltou a encarar as gêmeas.
+ Vestindo: aqui!
☾ FG RAVEN ☽


Última edição por Camélia Torres em Sáb 4 Jul 2020 - 23:56, editado 2 vez(es)
Pilar Torres
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Pilar Torres
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Sáb 4 Jul 2020 - 23:00


Party
SALAGADOOLA MECHEGABULA BIBIDI-BOBIDI-BU
- Você vai a este evento, quer queira, quer não.

Foi assim, sem mais nem menos, sem choro nem vela, que meu pai selou meu destino para esta noite. Ele não pediu minha opinião. Não quis saber como eu me sentia em respeito disso. Em ser exibida como uma mercadoria qualquer. Ele simplesmente disse que eu iria e ponto final. Depois se retirou, sem dizer uma palavra a mais, me deixando estupefata.

Agora, lá estava eu, no meu quarto, encarando minha imagem no espelho. A Pilar de dois anos atrás me encarava com seus olhos delineados e sua boca pintada. Seu cabelo estava encaracolado e preso num penteado elegante. Ela usava o jeans Diesel mais lindo do mundo, uma camiseta vintage e um All Star surrado. A garotinha do papai Torres estava com um colar fino com um pingente simples no colo. E ainda assim ela estava deslumbrante, mais do que costumava estar.

Mas ainda havia algo errado. O olhar dela era triste e meio feroz, eu diria. Enquanto eu olhava espantada para a palidez incomum na antiga Pilar, ela suspirou e enterrou o rosto nas mãos, derrotada. Meu corpo e o dela tremiam enquanto soluçávamos e nos controlávamos para não chorar e mancharmos a maquiagem. Nos levantamos e eu finalmente olhei para mim mesma, tentando controlar o grito de raiva, frustração e desespero que quase escapou da minha garganta ao ver que a Pilar do Espelho não estava só no espelho. Ela e eu éramos a mesma pessoa; e lá estava eu, vestida como uma boneca e prestes a ir ao baile beneficente organizado por minha prima, Bianca.

- Pilar! – A voz de meu pai soou de novo, deixando clara sua impaciência - sim, eu estava levando-o ao seu limite - e eu peguei minha bolsa e estola, batendo a porta do quarto atrás de mim com uma força exagerada, tentando reter as lágrimas.

Antes de descer as escadas que levariam à sala, respirei o mais fundo que consegui, retoquei a maquiagem e pus uma expressão de indiferença. Quando desci os lances de escada e cheguei a sala, tive o estranho ímpeto de mirar meus sapatos mas permaneci com a cabeça erguida, encarando o mais ferozmente que podia – insira uma nota de desprezo infinita aqui – meu pai. Será que as coisas seriam assim se mamãe ainda estivesse aqui? Será que ela permitiria que essa sandice de "pense que pode herdar o legado da família" e blá blá blá?

***

Quer saber de uma coisa que é irônica, além de eu estar vestida de uma forma que esperava nunca mais me vestir? Estar num baile em prol de investimentos em quadribol. Eu não jogava - apesar de ter um primo que era um ex-jogador -, eu sequer voava! Só eu achava isso uma das maiores ironias do universo? Ah, esqueça. O mais irônico mesmo é eu ter chegado àquela festa acompanhada do meu adorável e obcecado por poder pai.

- Vamos tirar essa cara de paisagem, Pilar! Sorria, não vai querer que alguém pense que está aqui forçada não é? - foram as palavras sibiladas por ele tão logo descemos do carro e diante de mais de uma dezena de fotógrafos; obedeci.  

Então segui meu pai até onde Bianca estava com o boy e os irmãos, vulgo, meus primos: Júlio e Camélia. Ah e... Lora e Ceci também. Respirei fundo, buscando na memória como era me comportar normalmente num evento como este - Olá,família e todo mundo! - cumprimentei geral com uma animação que estava longe de sentir e após os cumprimentos entre papai e Bianca, sorri amável como a antiga Pilar faria para ela, pois ao contrário de meu pai não tinha ABSOLUTAMENTE nada contra ela, nem contra Camélia nem cobiçava o posto que eu esperava ser de uma delas na família - Sempre tendo as melhores ideias, Bia!  - senti meu pai enrijecer ao meu lado, ao mesmo tempo que eu procurava por algum rosto conhecido que, de preferência, não me detestasse e pudesse me livrar de meu pai por algum tempo. Honestamente, eu só queria respirar.

OFF: Falei com Bianca, citei papis dominador, Miguel, família, Lore e mamis morta. SUPER ABERTA PARA INTERAÇÕES, SEMPRE!
Veste ISSO.

JUNTE ISSO TUDO E TEREMOS ENTÃO, BI-BI-DI BO-BI-DI BU!



RAIN ON ME
I only ask you to show me a real good time
Lua Bedoya Villa-Lobos
Lua Bedoya Villa-Lobos
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Dom 5 Jul 2020 - 1:00
BAILE BENEFICENTE
"Hello world, I'm your wild girl. I'm your ch ch ch ch ch cherry bomb"
O baile beneficente seria o primeiro grande evento do qual Bárbara participaria após voltar ao Brasil. Ela fora convidada pela cunhada, Roberta, assim como Juliana. É claro que Bartolomeu não havia dito as irmãs sobre uma noite de gala pois ele jamais iria querer que a sociedade influente o visse lado a lado com as duas mulheres que dividiam o mesmo sangue, mas que ele não acreditava dividirem a boa e tradicional educação dos Fialho. Além disso, mesmo que nunca tenha dito em voz alta, o irmão mais velho era um tremendo machista que queria ter tido dois irmãos, ou então duas tolas que obedecessem às regras sem sentido e completamente infundadas que ele tinha. Logo que retornou ficou sabendo que o quarto branco ainda era usado e que o homem nada havia mudado, o que de forma alguma a afastaria das sobrinhas. Juls também adorava Cecília e Lorena e com Barbie ao seu lado estava ainda mais determinada a mostrar que nem só de sequestradores de filhos se vive a família. Talvez fosse algo na criação dos três, mas uma coisa eles tinham em comum: em algum ponto eram levemente malucos, e não do tipo bom ou do estilo que a morena estava acostumada a atender.

Havia algo dentro dela que nunca deixou de existir, mas que com a mudança para o exterior se perdera em sua alma. Estudar sobre medibruxaria com foco em problemas de saúde mental ocupava tanto do seu tempo que ela tivera poucos e rápidos relacionamentos, de forma que a parte demoníaca não tinha se manifestado de forma evidente. Como especialista na área ela bem sabia que algo não estava certo, mas para que cutucar um dragão adormecido? Foi ao pisar em solo brasileiro novamente que as chamas do bichano surgiram, e agora sabendo que trabalharia no mesmo hospital que o seu ex do tempo de escola, o garoto que havia sido mais infernal do que Bartô, o dragão estava com fome de encrenca. Ainda assim era uma mulher normal, de bom convívio com outras pessoas, de aparência charmosa e de boas conversas. Ela havia sido uma vítima de um garoto tóxico, sabia disso, mas algo dentro de si apitava que talvez ele não tenha sido o único maluco do romance. Talvez, somente talvez, eles fossem Cherno e Byl, mas é claro que ela não diria aquilo em voz alta. Sequer gostava de pensar na possibilidade.

Na noite do evento, uma sexta feira cujo clima estava bastante agradável, Barbie e Juls se produziram como duas modelos prestes a invadirem uma passarela. Seria seu último final de semana sem se preocupar com plantões e pacientes no Maria da Conceição, o que por si só merecia uma noite regada a diversão. — Você está linda, Juliana. Parece uma Fialho. — Provocou, gargalhando em seguida. Já estava animada para ser reapresentada a sociedade bruxa, com o bônus de causar desconforto no irmão só ficava mais empolgada. Passou a mão pelos fios de cabelo que haviam sido cortados pouco antes de seu retorno e retocou o batom, garantindo que estava tão perfeita quanto o rotineiro. — Algo me diz que teremos uma noite legendária, irmã. — Disse ao ver o carro enviado pela cunhada, cujo motorista já as esperava com a porta do veículo aberta. — Obrigada, querido. — Educada, adentrou o veículo trouxa adaptado para as necessidades bruxas e viu a irmã fazer o mesmo. Qual a surpresa ao verem que além de motorista, o carro contava com bebidas? Bárbara encarou a irmã em cumplicidade antes de fazerem o primeiro brinde comemorativo a sua volta.

Quando chegaram ao local do evento, notou que nunca havia estado ali antes, nem quando aluna, nem em suas visitas breves ao país. Ainda bem que a bebida não havia sido ingerida em excesso e que o organismo da psiquiatra não pareceu sentir o impacto do álcool, pois não saberia caminhar bêbada com todos aqueles flashes na direção delas. Tiraram fotos juntas e depois separadas no tapete vermelho. Havia acabado de voltar ao país de origem e talvez já estaria em alguma revista. Nice. Poses feitas e fotos tiradas, as irmãs caminharam juntas para a inspeção de segurança e em seguida para dentro do evento. A música era agradável e combinava com a decoração que parecia ter sido escolhida a dedo. Estava tudo tão sofisticado e elegante! Encarou a irmã com um sorriso satisfeito. — Devemos procurar Bebeta para parabenizar pelo belíssimo evento. — Avisou como se a outra já não soubesse. Foi então que seus olhos que buscavam pela cantora encontraram Bartolomeu, e diferente do imaginado, ele não estava com a esposa ou com algum outro homem velho e chato. A mulher ao lado dele era tão jovem quanto ela, e mesmo que talvez não houvesse malícia na conversa, a ideia de atrapalhar o momento pareceu brilhante. — Ou... — Chamou a atenção de Juliana, maneando a cabeça discretamente para mostrar o irmão — poderíamos dar um oizinho para o nosso Fialho favorito. O que acha?

Com um caminhar calmo e elegante como pedia o evento, as duas caminharam em direção ao irmão mais velho e sua acompanhante. Barbie fez questão de colocar uma mão sobre o ombro do irmão, sorrindo toda satisfeita ao ver sua careta de reprovação. — Oi, maninho. Desculpe o atraso, nosso motorista se perdeu no caminho. — Rolou os olhos como se de fato tivesse acontecido, como se a presença delas não fosse uma grande surpresa para Bartô. — Onde estão minhas adoráveis sobrinhas? E Roberta? — Perguntou somente para provocar, pois até um míope sem as lentes conseguiria ver o brilho da cantora atraindo os olhares para si. Talvez fosse esse o ponto, todos olhavam muito para ela e esqueciam do pobre e nada inocente marido. — Oh, perdão. Que deselegante da minha parte! Sou Bárbara e essa é Juliana, somos irmãs do Bartô. E você, quem é? — Disse para a mulher que o acompanhava. De perto ela era ainda mais bonita, do tipo que a morena flertaria com toda a certeza.

VESTINDO!


Filippo di Risio
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Filippo di Risio
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COMASUL: Auror
Dom 5 Jul 2020 - 13:26
Baile Beneficente

Convencido por Marieta, Francisco arrumou-se todo, catou um dos mil ternos emprestados do Caetano e foi para o Baile Beneficente, o primeiro evento que ele iria depois do Festival das Caiporas. Apesar de seu humor e sua cabeça não estarem muito boas para festas, o poçologista sabia que precisava de um tempo para absorver todas as informações de sua vida dupla. Primeiro ele tinha as obrigações relacionadas ao mundo mágico, com sua mudança de trabalho, seus amigos e agora sua dedicação a feitiços e poções. Por outro lado, o bruxo também tinha suas obrigações com o mundo não mágico. Sua família de médicos queria arranjar-lhe outro casamento, o que Francisco evitava a todo e qualquer custo, contudo, sua família achava que ele devia isso a eles, só pelo fato de ter dado as costas para eles e ter ido viver num mundo de bruxaria. Sulzbach amava seus pais, mas conviver com eles estava cada vez mais difícil. A cada dia que passava, ele sabia que obliviar os pais e seguir sua vida sem a intromissão deles parecia a alternativa mais correta. – Marieta, eu já estou aqui, tá bom? Irei entrar e qualquer coisa eu te encontro lá dentro. – O Theodoro enviou um áudio para a amiga e seguiu adiante, passando despercebido pelos flashes das câmeras, uma vez que não era uma figura tão importante quanto as que irromperiam naquela porta.

Entrou no local e ficou vislumbrado com tamanho glamour, talvez ele fizesse alguma doação, pois apesar de não ser muito fã de esportes, ele gostaria de contribuir de alguma forma, mas dependendo dos valores que pudessem ser doados, Sulzbach ficaria quieto na dele, pois diferente das pessoas dali, ele não tinha tanto dinheiro assim. Um garçom passou com uma bandeja cheia de taças vazias e o poçologista pegou uma, seguindo a instrução do mesmo sobre como obter bebidas. Ele agradeceu com um aceno de cabeça e encarou o objeto vazio. – Encha-se com vinho de Porto Belo. – Magicamente a taça estava cheia até o topo e ele agradeceu mentalmente aos deuses por isso, não precisaria ficar indo de um lado para o outro para conseguir bebida e só de saber isso já valeu ter ido à confraternização. Francisco caminhou pelo local, ele pretendia encontrar rostos conhecidos, principalmente de CasteloBruxo, já que não conhecia quase ninguém do hospital ainda. Ele caminhou com o celular em uma mão e com a taça na outra. Enquanto andava pelo local, acabou esbarrando em alguém. O poçologista ergueu a cabeça pronto para desculpar-se, mas ao ver a família com a qual havia topado, preferia ter fingido demência e ter saído sem falar absolutamente nada. Francisco topou com ninguém mais, ninguém menos do que Bárbara Fialho, uma figura que assim como era linda, tinha um papel extremamente perturbador em sua vida. O rapaz ficou sem palavras ao ver a mulher parada com sua família diante de si, e após ouvir um comentário vindo do homem que as acompanhava, ele balançou a cabeça de um lado para o outro. – Me desculpe. – Ele disse extremamente desconcertado e saiu andando o mais rápido que pôde. Naquele momento, Sulzbach já cogitava a possibilidade de abandonar aquele evento, tamanho o descômodo que a aparição de Bárbara após tanto tempo causava nele.





E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.
Anthony D. Rayleigh
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Anthony D. Rayleigh
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Dom 5 Jul 2020 - 17:54
Caprichos Crônicos
- E o que foi que o senhor fez? – Indagou o jovem rapaz entre soluços em seu fatídico esforço para manter-se posturado ante nosso duelo amistoso no salão apropriado na residência Rayleigh. Amplo e um tanto vazio, espaçoso como deve ser. Porém é escuro, como concordamos que seria apropriado para apurar a percepção dos duelistas em combate. Por tL aspecto, eu e o jovem Lucas passamos os últimos vinte minutos concentrados na silhueta alheia com certa distância entre nós dois, tomávamos rápidas decisões com a varinha toda vez que um novo lampejo era expurgado das sombras do salão.

- Naquele dia, bem, eu apenas o assisti... – Devolvo após retrucar outro ataque magico na direção do rapaz. – Haytham colocou os três capangas de joelho, tão depressa que não parecia exigir algum esforço físico dele.
Aqueles caras tinham o dobro da nossa estatura e provavelmente o triplo da nossa idade na época –


Um outro lampejo explodiu na minha defesa, logo um segundo tiro estoura no domo espectral já prejudicado pelo primeiro deles. O flash branco força-me a cobrir os olhos depois do arrebentar do meu alicerce mágico. Por precaução eu também recuo dois passos. No seguinte instante, esse único passo me salvou de um ataque de destreza de Lucas. Ele angariou dois golpes com um bastão de batalha que certamente foi conjurado por meio de transfiguração, vertente que é um dom nas mãos do rapaz que acabara de se formar em Hogwarts.

Ao contestar a falha, Lucas aponta a varinha em prelúdio de um ataque a curta distância. Na outra mão ele ainda sustenta o longo bastão de madeira, agora não mais que uma âncora para estacá-lo naquela posição. Seria minha vantagem.
A velocidade se faz minha companheira no último ato que pôs o jovem no chão e desarmado.
Nossas mãos firmam o aperto que o colocou em pé e recomposto, porém um bocado transtornado pelo ataque quase a queima-roupa, mas consciente e sem ferimentos.
- Rápido, mas não tanto quanto Haytham – Lamentou ele, mas sem pesar algum, ainda posso ver o brilho da adrenalina em seus olhos.

- Não, não mesmo, mas foi uma estratégia interessante. Deveria explorar mais isso – Respondo enquanto recolho os pedaços de madeira do bastão destruído.
Seguimos até a saída de cômodo, pois apesar deste bom exercício eu ainda possuo um compromisso pra mais tarde.
- E o que Haytham usou naquela vez, senhor Silvers? –
Paramos em nosso caminho, a última pergunta me trouxe boas memórias da desenvoltura inigualável do dono deste nome, um que creio ter partido da vida há muito tempo.

- Ele usou... – Sua imagem permanece fresca n minha memória, e se estivesse vivo, sem duvidas teria uma aparência diabolicamente atraente.
- A varinha e a força dos braços –

Mais tarde, com a despedida do jovem Lucas e o cair da noite escura, usufrui de um demorado banho quente enquanto disponho somente da companhia de uma boa dose de whisky e gelo. Em goles moderados, o copo só esvazia quando já estou devidamente vestido para a ocasião que pede elegância. Par tal, uma camisa e um colete portam-se debaixo do terno italiano. Depois, dois anéis vestiram dedos da mão direita, um deles é a assinatura do mais alto posto do classe jurídica, grande e consideravelmente pesado. O outro – e apesar da aparência mais humilde é tão significativo quanto o primeiro – é meu titulo mais memorável do currículo de faculdades.

Algo que somente os mais próximos de mim conhecem é meu fascínio por carros, de esportivos à SUV’s. Nos dias de hoje o trabalho permite algumas regalias e caprichos pessoais, sendo o mais exuberante dos caprichos uma garagem repleta de veículos automotores. É uma coleção realmente grande, e apesar de ser insuficiente aos olhos do proprietário, possuo dois veículos diferentes para cada situação crônica.
Para essa noite julgo que o mais apropriado em ceder conforto no trajeto para mim e minha companhia é o suv escuro de patente alemã, seu motor é silencioso e potente como ditam as modernidades não mágicas.

Me encontrei com Lira na porta de sua casa como era combinado, mas me desculpo pelos sete minutos de atraso pois ela sabe que não é do meu feitio.
No caminho ouvimos música baixa enquanto conversamos sobre coisas mais frívola de nossos dias, mas é curioso ver como nós aprendemos a lidar da melhor forma com a presença um do outro ao passo que a intimidade entre nós desflora.
É claro que teci elogios formosos a ela em razão do seu já conhecido capricho para se vestir, também sustentei seus lindos olhos quando estes se cruzavam com os meus – sem perder o foco na direção -. Rayleigh e Pisinoe já são quase capazes de se comunicar com os olhos e as feições no rosto.
Mesmo com a aproximação mais íntima, ainda não pusemos essa mesma intimidade em cheque, e pelo rumo do repertório sinto que em breve nossa música deve ser tocada.

Desliguei o motor quando nosso veículo estacou diante de um corredor de pessoas e luz branca piscante.
Nosso caminho é calçado pelo tapete extenso até a entrada, o tipo de pompa qual estou familiarizado mas não me integro com facilidade, afinal no final de tudo somos servos do ofício público e não artistas. A imprensa é no meu conceito um veículo para expor as consequências boas ou ruins do meu trabalho na sociedade, e é muito mais isso do que ego, o aspecto universal da humanidade.

Sem tanto demorar, Lira e eu nos pusemos par dentro do evento em si onde além da decoração o ambiente está repleto de rostos familiares. Me dou a um ou outro quando param pra me cumprimentar, e graças a presença da ruiva tão próxima de mim nenhum deles demorou demais a me liberar, estava muito claro que a minha noite seria mais devota à companheira sirena, e também é claro o bar, que foi nosso primeiro paradeiro na festa.

- E... veja só este velhinho aqui – Apontei no cardápio a garrafa de whisky com vinte e um anos de maturação.
- Uma dose com três pedras de gelo, por favor –
Não precisei esperar tanto, pois tão depressa eu já estava com o copo em mãos.
- Na última vez em que eu estive com você não haviam bebidas entre nós. Talvez hoje você conheça um Ares que não se alonga tanto em suas falas, que está bem mais interessado em manter os olhos em você e quem sabe até puxá-la pra uma dança –
Disse com um sorriso travesso enquanto nos entreolhamos sentados nas cadeiras dispostas próximas do bar.
- Está usando aquele colar de Tekoa? –

*Com Lira Pisinoe Cotta/Aberto à interações*



Ares Silvers Rayleigh, chefe da suprema casa jurídica da América do Sul



Anthony Deimos Rayleigh
Lavar os copos
Contar os corpos
E sorrir a essa morna rebeldia.
Arthur Torres
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Arthur Torres
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Dom 5 Jul 2020 - 22:00
BAILE BENEFICENTE

Bastou uma olhada no relógio em meu pulso para que eu me apressasse em sair do quarto. Talvez não tivesse tão boa ideia assim deixar de ir passar o dia na casa dos meus irmãos. — Está pronta, mãe? — Chamei pela mais velha. Sabia que acabaríamos nos atrasando para o evento organizado pela Bianca. E parecia estar sendo inevitável para mim que chegasse atrasado em qualquer festa que fosse. Dessa vez estava livre das roupas extremamente coloridas do Festival das Caiporas, dando lugar a toda formalidade que um black-tie poderia me trazer. Sorri assim que a mulher que me deu a luz entrou em meu campo de visão. — Quem é essa deusa? Tá linda, mãe. — Estendi meu braço para que ela pudesse se apoiar e então saímos da casa. O carro alugado nos esperava na porta e eu fiz questão de abrir a porta para minha mãe antes de também tomar espaço no veículo. O trajeto fora mais rápido do que eu imaginava sendo que poucos minutos depois e em meio a tantas conversas com a minha mãe, logo chegamos ao local do evento. Ao lado dela, segui pelo tapete vermelho sorrindo para as câmeras que não paravam de fotografar cada um que passasse por ali. E suspirei de alívio assim que me vi longe deles. Não me importava muito com a atenção, mas não estava acostumado com tanta luz cegando minha visão.

É claro que não foi muito difícil encontrar a própria família que estava aglomerada em um grupo consideravelmente grande. Assim que alcancei a primeira Torres, Bianca, me soltei do braço da mãe para cumprimentá-la. — Mana! Mandou bem nesse evento, uh? — Deixei um beijo na bochecha dela e me virei para apertar a mão de Miguel, que estava ao seu lado. — E aí, cara. — Logo depois me direcionei para Camélia, minha irmã mais velha e a mais rabugenta também. Esperava que até aquele momento ela já tivesse esquecido do episódio vergonhoso do festival. — Ei, maninha. Você tá uma gata! — Sorri para a minha irmã com a maior cara de pau do mundo e passei a cumprimentar as próximas pessoas antes que ela pudesse falar algo. Roberta e Aahlyah, que pelo o que eu sabia, estavam ajudando Bianca no evento. Até que finalmente me juntei a Lorena, Júlio e Cecília. Estendi a mão para trocar um toque com o meu irmão primeiramente. — Parece que faz séculos que não te vejo, mano. — Nem sequer lembrava de ter posto os olhos nele no festival, Júlio parecia uma fumaça que sumia facilmente no ar para fazer sabe-se lá o que — na verdade era bem fácil de saber, mas aquela altura já tinha aprendido a fingir demência.

Haviam certas coisas que me faziam saber diferenciar as gêmeas, como o modo de se vestir, já que Lorena sempre adotava roupas um pouco mais ousadas. Talvez o fato de que ela estivesse mais próxima de Júlio do que a outra garota, também ajudasse um pouco. — Lora! Você vai me conceder uma dança hoje também? — O tom era de brincadeira, embora eu esperasse que ela levasse a sério como da última vez. — Você está… maravilhosa. — Como sempre estava, mas eu não podia deixar de elogiá-la também. Me aproximei para beijá-la na bochecha e voltei a me afastar. — Boa noite, Cecília. Não sei se já fomos apresentados formalmente, mas eu sou o Arthur. — Sorri para a última integrante daquele trio. — E seus primos? — Perguntei, achando estranho que nem Matteo ou Mavis estivessem por ali visto que eles sempre estavam juntos uns dos outros.
Mavis Orn. Bedoya
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Estagiária
Mavis Orn. Bedoya
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Estudante de Saúde Bruxa
Dom 5 Jul 2020 - 23:20
Baile Beneficente

Haviam coisas que nem a mais lerda da pessoas conseguiam deixar passar, então é claro que Mavis conseguia sentir todo o desgosto do tio Bartô em ter que cuidar de mais dois adolescentes. Ainda mais sendo eles aqueles que haviam sido criados de uma forma considerada totalmente errada para ele. E apesar da garota não se importar nenhum pouco, acabava sendo chato ter que lidar com todo aquele clima pesado que reinava na casa dos Bedoya-Fialho. Esse fato só aumentava ainda mais a falta que ela sentia da própria casa, de sua mãe ou de Castelobruxo que havia se tornado um dos únicos lugares possíveis o qual conseguia continuar sendo ela mesma sem receber os olhares de reprovação do tio extremamente sério e chato. É claro que a tia Roberta deixava tudo mais leve, mas ocupada do jeito que estava, os quatro gêmeos acabavam ficando a própria mercê. — Não vejo a hora de voltar pra escola. — Bateu na própria testa e os olhos se voltaram para o relógio que ornamentava a parede acima da porta do quarto que ela tinha ganhado só para ela. Uma das ocupações da tia estava sendo para com um evento beneficente que dizia respeito à Mavis também, já que dizia respeito ao quadribol de Castelobruxo. Fazia pouco tempo desde que tinha decidido praticar o esporte de forma profissional, mas já tinha visto o suficiente para saber que as condições da escola eram meio precárias. E ela não tinha conseguido nem mesmo entrar em contato com a mãe ou o pai para que ambos pudessem ajudar ela e o irmão a comprarem uma vassoura decente. — Ok, hora de me arrumar. — A morena se levantou da cama, deixando os pensamentos de lado, pois tinha certeza que se botasse o cérebro pra trabalhar demais naquele assunto acabaria extremamente irritada com a família. Coisa que ela não queria, era uma noite para ser festejada.

Nossa senhora, meu gêmeo tá muito gato! — Abraçou Matteo assim que se aproximou dele. Estava finalmente pronta e não atrasada, o que era uma vitória para ela. Bom, não receber um sermão do tio Bartô havia sido um belo incentivo para que ela estivesse ao lado da família no horário estipulado. Só que para a surpresa dela, acabaram sendo divididos em dois carros. Em um iria a família de comercial de margarina e no outro os gêmeos que estavam praticamente órfãos junto de Paola e Malvina. — Juro que só não chuto as canelas desse homem pra não arranjar mais problemas, que babaca. Tenho certeza que foi ele que mandou nos dividir, aquele carro é enorme! Caberia todos nós. — Fofocou com o gêmeo, falando a respeito do tio. Mas não se demorou muito para adentrar o veículo que havia sido designado para ela e o irmão. E eles demoraram um pouco mais que o esperado para chegar ao local do evento, pois haviam mais duas para pegar no meio do caminho. E todos os problemas de Mavis pareceram desaparecer no momento em que pôs os olhos em Malvina. Era um fato que não conseguia esquecer o que tinha passado com ela no Festival das Caiporas. E junto com a sensação tão boa de estar ao lado da garota, também havia aquele medo desgarrado na alma dela de que as coisas acabassem dando errado. Para a sorte dela, nem mesmo esse medo havia sido o suficiente para fazê-la afastar Malvina. — Você tá perfeita, Malv. — Elogiou a outra, não sendo capaz de fazer mais que isso já que Matteo estava sentado bem ao lado dela, mas tendo a certeza de que um sorriso bobo sustentava os lábios pintados de vermelho. Paola também entrou no carro, ostentando toda a sua beleza e classe sulista. — Ora, ora. Acho que tô vendo uma gatinha. — Brincou com a loira. E assim seguiu o resto da pequena viagem, cheia de brincadeiras e conversas.

Anda, bocó. Vamos juntos. — Assim que saiu do carro e se pôs de pé, segurou no braço do irmão para que pudessem passar pelo tapete vermelho. Sendo parente de gente famosa, estava até mesmo acostumada com a carga de flashes que veio em sua direção. Malvina e Paola não estavam muito atrás dos gêmeos. Passaram pela revista e segundos depois Mavis estava com os olhos brilhando ao ver toda a beleza que o lugar carregava. — Olha, tia Roberta e Bianca estão de parabéns. — Soltou o braço do irmão para que caminhassem até os Torres, a tia, as primas, Miguel e uma modelo que Mavis reconheceu ser Aaylah. — Boa noite, galera. — Acenou para os adultos, dando um oi especial a professora Bianca junto com um parabéns pela organização do evento. Depois de cumprimentá-los é que se juntou às primas e aos Torres menores. — Olá, Júlio. Arthur. — Beijou a bochecha de ambos os rapazes e passou reto pelas primas, já tinha falado com elas mesmo. — Vamos ficar parados aqui do lado dos adultos onde não podemos nem mesmo conversar direito mesmo? — Independente da resposta, sabia que provavelmente acabaria era na pista de dança junto de Malvina.


VESTINDO
✵ I'll live forever ✵
larvita




NOT A MARTYR — i'm a problem; i am not a legend, i'm a fraud so keep your heart, 'cause i already got one.
Lira Pisinoe Cotta
COMASUL » Vice-Presidente
Lira Pisinoe Cotta
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COMASUL: Vice-Presidente da Confederação
Seg 6 Jul 2020 - 0:09
Baile Beneficente
Interagindo com Ares S. Rayleigh | Vestindo
O festival das caiporas em Tekoa havia sido a menos de uma semana e Lira já estava pronta para ir em outra festividade promovida pelos bruxos. Desta vez, um baile beneficente cujo intuito era ajudar os times de quadribol de Castelobruxo com o dinheiro arrecadado. Uma causa nobre, sim, ainda mais levando em consideração que a confederação não tem um cargo sequer relacionado a manutenção do esporte. Essa foi uma das críticas do repórter na última edição da Bruxaria Hoje — Matteo, o nome, quase certeza —, edição esta a qual a magistrada da confederação estava estampada na capa.

A presença de toda a comunidade bruxa foi convocada àquele evento e, levando em consideração os nomes das organizadoras, provavelmente seria algo grande. Lira conhecia o trabalho das três — e quem não? —, mas pessoalmente apenas Bianca devido a entrevista na segunda feira daquela semana. Essa era a oportunidade perfeita para conhecer pessoas novas e fazer uma boa ação, não que ela fosse uma grande amante do esporte, apenas uma mulher bem paga e apoiadora de ações nobre à sua visão.

Trajando um perfeito modelo Henrique Gonçalves, feito sob medida apenas para aquele evento, o colar comprado em Tekoa e grandes brincos cujas pedras verdes refletiam a cor de seus olhos, Lira esperou pela chegada de Ares. Sim, ambos iriam juntos ao evento, mas como amigos. Estavam se conhecendo melhor depois do passeio doutro dia, onde deixaram claro um para o outro que ambos tinham intenções que ultrapassavam os limites profissionais. Sempre pontual nas reuniões de trabalho, para o encontro acabou se atrasando. "Sete minutos.", a sirena não comentaria a respeito, mas ele sentiu a necessidade de se desculpar por aquela insignificante falha.

O ambiente no carro era aconchegante, a música baixa e a conversa fluida garantiram isso durante todo o percurso até a fazenda onde estava sendo sediado o evento beneficente. Assim que o carro parou, ambos desceram e se puseram dentro do saguão sem muito demorar, passando rápido pela chuva de flashes direcionados a eles em seu percurso até a porta. — Boa noite, querida, como vai? — Cumprimentou a segurança que lhe avaliou a varinha na porta e em seguida caminhou alguns passos com seu acompanhante até o bar. — Uma taça de champanhe, por favor. — Pediu ao garçom. A bebida de ambos chegou ao mesmo tempo, quase imediatamente. — Acho que vou gostar desse Ares. — Levou a taça em maõs de encontro ao copo do homem para fazê-los tintilar. Os olhos da sirena se estreitaram mais uma vez quando ela sorriu com o comentário do Rayleigh. — Sim, achei que combinaria com a ocasião, o que acha? — Perguntou, com uma das mãos sobre a corrente dourada ao redor de seu pescoço.


LIRA
Cassandra Abbott Medeiros
COMASUL » Comandante Auror
Cassandra Abbott Medeiros
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COMASUL: Comandante Auror
Seg 6 Jul 2020 - 1:32
Baile
Vestindo > Aberta a Interações
Ta, eu admito, demorei um pouquinho pra me arrumar. Arthur devia estar arrependido de não ter ido com as irmãos para o evento, elas e Julio já deviam ter chegado àquela hora e eu ainda terminava os últimos retoques. Queria estar impecável para o evento organizado por minha filha. Na verdade, tenho tentado ser impecável com todos eles desde que me separei daquele traste no início do mês, mas digamos que minhas crianças puxaram a mim: todas tem o gênio extremamente forte e sabendo bem quem são, era esperar demais que me perdoassem assim tão rápido por minhas ações de janeiro.

Artie era o caçula e, não surpreendentemente, o mais amoroso de todos os quatro. Sei que minhas atitudes foram erradas e não devem ser apoiadas, mas pelo que pude perceber ele foi o único que tentou me entender, dentre todos meus filhos. Não digo isso pra parecer menos culpada, sei que errei, mas seria bom se eles ao menos tentassem entender o que aconteceu. O que acontecia.

— Ah, muito obrigada, meu amorzinho. — Agradeci ao elogio do mais novo fazendo a mesma vozinha que usava pra brincar com ele quando bebê. Sim, ele não gosta, mas eu não consigo me segurar. — Você também está lindo! Desse jeito vai... Arrasar corações na festa. — Me contive em fazer brincadeiras a respeito de namoradinhas, e se ele não quisesse ter uma? E se fosse como Julio? Se fosse como Bianca? Deus, muito obrigado por enfiar aquele cabrito na vida dela, andava tão desvirtuada. A frase soou meio estranha, até eu percebi, mas era Arthur, uma risada no fim resolveria tudo.

Assim que chegamos alguns fotógrafos nos abordaram enquanto caminhávamos pelo tapete vermelho que levava à entrada do edifício principal. Não demos muita importância a nada daquilo, pelo menos eu não. Estava ali para prestigiar minha filha, mas também a trabalho como a mais nova colunista do Globo. Entrei na vaga desocupada por Beatriz — vá-se pra lá, ta repreendida e que Deus a tenha — e até o momento estava tudo indo muito bem.

Todos meus filhos, ou devo usar todes? Não sei, Julio anda sem paciência pra me explicar como funciona isso. Voltando: todos estavam bem próximos à entrada conversando em um grande grupo. — Olá a todos! Parabéns pelo evento, meninas, está tudo muito lindo. — Me direcionei às organizadoras e fundadoras da ONG que conversavam entre si. — Sou Anastácia, a mãe da Bia. — Sorri para a modelo e a cantora como se já fossemos amigas, ainda que não me conhecessem. Pensei em elogiar o trabalho pessoal de cada uma, mas mantive a abordagem o mais clean possível para não passar uma má impressão sobre a família praticamente inteira ali. — Rodrigo, você veio. — Cumprimentei meu irmão com um aceno de cabeça e sorri para minhas sobrinhas que o acompanhavam.

Durante a conversa, me mantive atenta aos acontecimentos no saguão em busca de um possível furo de fofoca, mas até o momento nada. Observava também, Julio e sua estranha proximidade às filhas de Roberta; não sei se era a Maria ou a Maria, ambas tinham o mesmo nome e a mesma aparência, mas aparentemente ambos meus filhos eram mais próximos da ousada de vestido transparente. O perigo ali estava em Arthur, não em Julio, precisava me lembrar.




Liandra Pereira Dunham
CASTELOBRUXO » Aluna
Liandra Pereira Dunham
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Aluna
Seg 6 Jul 2020 - 13:38


Exhale
Can I exhale for a minute?
Can I get this out in the open?
Wides… Liandra sorria quando Paulo dava os últimos acordes no violão, abrindo os olhos e vendo o público, as poucas pessoas que a assistiam aplaudiram, e o sorriso nos lábios da loira se tornou maior. …Open. terminou, sorrindo para as pessoas que a assistiam e, particularmente, para o garoto de olhos azuis e cabelos curtos que estava ali na frente do palco.

Mordeu o lábio e olhou para Paulo, suspirando por alguns instantes antes de voltar-se para o público novamente, o sorriso se tornando levemente entristecido, enquanto o Aguiar colocava o violão no suporte e pegava a guitarra, ligando a pedaleira com um pé. Ela olhou novamente para Benício, e, então, olhou para baixo, umedecendo os lábios.

Ela se sentia mais tranquila, mesmo que ainda ansiosa, com as mãos e os lábios trêmulos, conseguia sentir aquela calma que a mantinha focada naquilo que estava fazendo. E, a pesar de achar estranha essa calmaria que vinha do fundo de seu cérebro, era a primeira vez que a jovem Dunham se sentia realmente em paz, sem nada que atrapalhasse seu raciocínio ou sua concentração.

— Bom, a próxima música eu escrevi logo depois do Festival das Caiporas em Tekoa, alguns dias atrás. — suspirou, olhando para Benício, com um sorriso triste nos lábios. — Quem participou das atividades que aconteceram no Festival sabe quão intensa foi a experiência, principalmente a última... — respirou fundo, sentindo seus olhos marejarem. — Eu estava sentindo muitas coisas naqueles dias. Eu senti muitas coisas naquele fim de semana... Então... Essa música é para todos que têm muito em que pensar. Essa é para aqueles que carregam o mundo nas costas, e não em suas mãos.

Sua voz saiu completamente embargada nas últimas palavras e a menina fechou os olhos, enquanto Paulo começava a tocar os primeiros acordes da música que havia escrito alguns dias antes.

Who put, the baby in charge? It’s already hard to buy all the parts and learn to use them. Who put... começou, com a voz suave e no tom certo. the world on my back and not in my hands. Just give me a chance.

Liandra suspirou, abrindo os olhos e direcionando os olhos para seu irmão, no meio do público, e umedeceu os lábios. Algumas câmeras a filmavam, mas ela não se importou, fechou novamente os olhos, sentindo uma lágrima escorrer de seus olhos.

Listen to my mama, listen to my dad. Listen to my sisters, everyone relax. sua voz estava rouca e levemente trêmula, enquanto cantava, balançando um pouco o corpo junto com o ritmo da música. Everybody answers shit I didn't ask. Think I'm reaching my limit. deu uma curta pausa, com uma respiração levemente trêmula. Can I exhale for a minute? Can I get this out in the open? Can I sit down for a second? Can I breathe? Liandra abriu os olhos e encarou Thiago, como se fosse música aquilo que a menina queria dizer todo aquele tempo, mas que não conseguia. Can I exhale for a minute? Can we talk it out? I don't get it. Can I calm down for a moment? Can I breathe for just one second?

I put too much weight on words and glances
I, I put too much weight on situations
I, I put too much on myself
Thinking "I don't deserve what I've earned", but yeah

I listen to the labels, listen to the man
Try to keep a sense of knowing who I am
I try to be an angel but I don't think I can
Think I'm reaching my limits, yeah

Can I exhale for a minute?
Can I get this out in the open?
Can I sit down for a second?
Can I breathe?
Can I exhale for a minute?
Can we talk it out? I don't get it
Can I calm down for a moment?
Can I breathe for just one second, baby?


Liandra cantava, deixando mais lágrimas escorrerem silenciosamente pelas suas bochechas maquiadas. Com os olhos fechados, ela deixava escorrer, através da letra, cantada em inglês — a língua do país onde nascera — sua frustração de tudo o que sentira durante alguns dias, e durante boa parte de sua vida. Deixando extravasar todos os sentimentos que a consumiam havia algum tempo.

Com a voz um pouco embargada, deixou que os sentimentos que estavam presos em sua garganta saíssem como uma súplica.

Can I breathe?
Can I breathe?
Can I breathe?
Can I breathe?
Can I breathe?
Please, can I breathe?


Na na na, na na na, nay. Na na na, na na na, nay. Na na na, na na na, nay. terminou, ouvindo os últimos compassos da música e os pratos, que davam o último toque, gravados no estúdio dos Aguiar.

Liandra abriu os olhos, limpando as lágrimas que escorreram com uma delicadeza pouco característica, olhando para cima e rindo um pouco para o microfone.

— Desculpem-me. — disse, voltando-se ao público, com um sorriso um pouco trêmulo nos lábios. — Todas as músicas que eu cantei aqui, vão estar em alguns dias no meu Witchgram, gravadas e postadas em vídeos. É só pesquisarem Lia Dunham e vão encontra-las. — engoliu o seco, ainda sorrindo, um tanto forçado, sentindo o coração apertado. — Espero que tenham gostado do show, mas agora eu vou dar palco para a anfitriã. Boa noite.

Levantou-se e fez uma reverência, abaixando a cabeça e deixou o microfone no suporte que haviam colocado para ela, saindo do palco em um passo rápido, sentindo mais lágrimas escorrendo de seus olhos enquanto as lembranças que a atormentavam desde o Festival inundavam sua mente.

VESTINDO






liandra dunham
Don't want to stop, give up, I want it all 'cause I just ain't had it enough
Julio Torres
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Julio Torres
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Seg 6 Jul 2020 - 13:43
Julinho


Minha reclamação virou um baile beneficente, é isso mesmo? Ela esperava flores, recebeu o jardim botânico. Eu, sinceramente, não esperava que Bianca fosse capaz de surgir com essa ideia depois que me tornei capitão do Anaconda, mas eu não podia reclamar, né? De certo que a ação não ajudaria só o meu time, mas os outros também precisavam de algum auxílio financeiro porque francamente... As vassouras completamente destroçadas e apenas um estojo de manutenção para todos os participantes do time.

O evento era na Fazenda Abundance, nunca havia ido ao lugar, mas devia ser interessante, chique até. Do contrário não seria escolhido para sediar o baile. Faltavam poucos dias para o retorno das aulas, aquela provavelmente seria a última festa a qual eu iria antes de voltar para a famosa tortura que é estar em uma sala de aula com professores loucos, ou pior: no céu com um professor mais louco ainda. Então aproveitar ao máximo era o principal foco da noite.

Bianca não margava a mão de Miguel, aparentemente nervosa com tudo aquilo. Conheço minha irmã, pra ela estar assim só podia ser um evento de grandes proporções. Vontade de segurar uma mão, né minha filha? "Será que eles vão?", divagava sobre outros dois alunos em especial enquanto o carro se deslocava até o local esperado.

O percurso até a entrada estava coberto por um longo tapete vermelho e rodeado de fotógrafos e jornalistas, me perguntava se minha mãe estava entre eles, mas não consegui encontrar nem ela nem Arthur por ali. Pousamos pra algumas fotos, eu me segurando pra não rir de Camélia que parecia travada na frente de tantas câmeras, mas não demoramos muito para entrar. Assim que pisamos dentro do saguão eu entendi o nervosismo de minha irmã. Decoração, garçons, mesas com buffet, música ao vivo, tanta coisa que eu teria enlouquecido se tivesse que organizar. Não sairia metade daquilo.

Mal chegamos e fomos abordados — quer dizer, Bianca foi abordada — por outras pessoas. Aalyah, a modelo perfeita que eu não fazia a mínima ideia ser amiga de minha irmã; e Roberta, a cantora, mãe de Lorena e Cecília. Aliás, os Bedoya em peso estavam naquela festa, Matteo entre eles. Não estou dizendo que isso é algo ruim... Não depois do festival semana passada. Desde aquela aula do Damon no primeiro semestre, nosso relacionamento — será que posso usar essa palavra aqui? — começou a se desenvolver e acabou tomando proporções as quais eu não esperava. Por falar em inesperado, cadê Emília? A goleira dos carcarás entrou em sua vida da mesma forma que o Bedoya.

— Ele vem, só não sei quando. — Respondi Lorena e mal havia fechado a boca quando Artie apareceu junto a minha mãe. Pode já ter sido homofóbica, mas a bicha fecha. Belíssima. — Muito prazer conhecer todos, — Sorri ao interromper a conversa dos adultos. Seria horrível ficar ali sob supervisão até o fim do evento, Mavis tinha razão. — mas nós vamos dar uma voltinha. Mais tarde nos encontramos, pode ser? — Perguntei, retórico, não precisava de permissão para sair dali, apenas queria mostrar educação. Rodrigo, meu tio, parecia me fuzilar com o olhar, mas quem liga?

Pensei em puxar Lorena dali, mas deixei este trabalho pra Arthur, qualquer um teria notado o clima entre os dois desde antes das férias. Eu só não queria comentar nada ainda. Caminhamos os juntos pelo saguão, em direção ao pequeno palco onde Liandra se apresentava.

Baile Beneficente | Interagindo com Lorena e metade da festa | Vestindo




Última edição por Julio Torres em Seg 6 Jul 2020 - 20:34, editado 2 vez(es)
Anthony D. Rayleigh
TLC » Adulto
Anthony D. Rayleigh
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Seg 6 Jul 2020 - 13:58
Caprichos Crônicos
Meu como vibrou ao soar o toque com a taça na mão feminina de dedos afinados.
Sua jóia se revela meio a fios das madeixas rubras cujo perfume sobrepõe o cheiro de álcool no recinto.
- Apropriado. Ele não poderia estar num busto mais justo... – Tomei outro gole gélido do whisky amadeirado ao mesmo passo que agradeço mentalmente o responsável que o colocou no menu do evento.
- Mas você já me ouviu falar dele. Eu poderia dizer o mesmo do seu belo vestido, mas para não cair em repetição, em suma, confesso que eu não poderia estar em melhor companhia nesta noite, Lira. E espero ter o prazer de tê-la comigo em ocasiões no futuro –
Repostei o copo sobre a mesinha que separa a dupla antes de uma analise ligeira pelo salão e seus convidados componentes.

- É uma causa elogiado, não acha? – Indaguei com clara referência a identidade do baile beneficente.
- Bem mais quando os idealizadores não são integrantes da casta política. Dá uma certa sensação de legitimidade e crença na própria causa... bem –
Fiz uma breve pausa ao findar minha analise do entorno, devolvendo de imediato os olhos no mais lindo ponto em toda a festa.

- Talvez o comasul pudesse ajudar a angariar essa causa e tantas outras daqui em diante. Mas antes disso, devemos reconhecer a nobreza das pessoas que primeiro a fizeram acontecer . Eu gostaria de conhecer essas pessoas.
São de uma organização, correto? –


Peguei o copo com a mão feito uma pinça e fiz movimentos delicados pra dissolver as pedras de gelo submersas no líquido caramelo e espaço que ainda restou no recipiente.
- Pois bem, é hora de cumprimentar nossas anfitriãs. Você me acompanha durante meu ato de humanidade, minha encantadora senhorita Pisinoe?
Também conto com seu auxílio para encontrar as pessoas certas aqui –

Após terminar o drink eu me recomponho diante da ruiva com a mão direita estendida num evidente gesto de cortesia e respeito à acompanhante.

*Com Lira Pisinoe Cotta/Aberto a interações *



Ares Silvers Rayleigh, chefe da suprema casa jurídica da América do Sul



Última edição por Ares S. Rayleigh em Ter 7 Jul 2020 - 6:50, editado 1 vez(es)


Anthony Deimos Rayleigh
Lavar os copos
Contar os corpos
E sorrir a essa morna rebeldia.
Kala Kabir Reitz
CASTELOBRUXO » Docente - Magizoologia
Kala Kabir Reitz
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CB: Docente de Magizoologia
Seg 6 Jul 2020 - 15:14
❝ Segurança do Baile
Já havia se passado algum tempo desde que o auror fora contratado para a equipe de segurança infiltrado em um evento. Esteve no festival das caiporas há poucos dias, mas apenas como guarda dos limites do castelo, e passou a maior parte de suas horas fazendo rondas frente à parede verde construída magicamente para impedir que qualquer morador ou visitante da aldeia a ultrapassasse. O evento beneficente foi promovido para arrecadar fundos para os times de quadribol juvenil, e o auror, como bom fanático e ex-jogador da grifinória em seu tempo de aluno, não poderia se sentir mais honrado com a proposta oferecida pela organização do evento.

Chegou no local ainda muito cedo, por volta das dezoito horas, assim como a maioria dos outros convidados. Parte de seu trabalho era fingir ser um deles e levar as pessoas a entenderem que os únicos seguranças na festa eram os da revista na entrada, assim seria mais fácil deter um possível atentado, dados os últimos acontecimentos no mundo bruxo. Juan cumprimentou o homem na entrada com apenas um aceno de cabeça e se permitiu ser revistado antes de dar alguns passos em direção ao centro do saguão.

Podia ver as organizadoras responsáveis por sua contratação conversando com um grupo de pessoas, alguns garçons e garçonetes caminhando por entre os convidados e lhes oferecendo taças vazias e a pouca chance de gente suspeita. Se bem que muitos ali jamais haviam sido visto por Antônio sequer uma vez em sua vida e ele nunca foi muito bom em julgar caráter, isso ficou claro em sua adolescência, quando foi traído pelo próprio pai. — Boa noite, me dê sua bebida mais forte. — Pediu ao garçom que se aproximou do balcão do bar e lhe entregou um copo com líquido âmbar e algumas pedras de gelo dentro. Estava ali a trabalho e parte disto era ficar disfarçado, por isso a bebida. Enquanto bebericava ao seu copo, girou os calcanhares para a festa de modo a ter uma visão mais ampla de tudo o que acontecia no saguão.


APARÊNCIA


Thiago P. Dunham
CASTELOBRUXO » Docente - Voo
Thiago P. Dunham
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CB: Professor de Voo (Estagiário)
Seg 6 Jul 2020 - 15:24
Primeiro Baile Beneficente
I see the shadows low beneath the mountain top. I'm not afraid when the rain won't stop 'Cause you light the way, you light the way

Então realmente haverá um baile beneficente em prol dos times de quadribol de Castelobruxo, a Fundação Voando Alto estava organizando o evento, e enfim o grande dia chegou. Essa é uma boa oportunidade de conhecer melhor meus companheiros de time, já que não tive tempo de me enturmar, quando ingressei já estávamos ao fim do semestre. De qualquer forma eu ainda tinha de me organizar para ir, e para variar deixei tudo para a última hora e estava atrasado com os preparativos.
O tempo passava e eu precisava me apressar para me arrumar para o evento. Nem ao menos me levantei da cama, passei todo o meu dia olhando para o celular vendo bobagens nas redes sociais. Em um ímpeto de vontade, criei coragem para me levantar da cama e ir tomar um banho, já não era sem tempo, a tarde já estava pela metade. Durante o banho minha cabeça se tornou uma bagunça total, na mistura da ansiedade com o nervosismo, não sabia dizer se de fato queria ir ou estava indo por uma “obrigação”, cheguei a conclusão que eu desejava ir, precisava conhecer meu time, fazer novos amigos, no geral, precisava conhecer pessoas. Então determinado saí do banho e coloquei uma roupa qualquer até que eu arrumasse a roupa que iria para o festival, embora eu não fizesse a mínima ideia do que deveria usar naquela ocasião. Fui surpreendido por Liandra que me intimou a ir com ela para a casa de sua amiga Manu, após tentar enrolar ela algumas vezes, não consegui, tive de acompanhá-la. No final das contas era uma boa ir até a residência dos Aguiar, lá eu poderia arrumar um traje apropriado para o baile, além de que eu não suportaria a aporrinhação que Liandra faria caso eu não fosse.

                                                                  [...]

Liandra estava enfurnada naquele quarto com Manuela faziam umas boas horas, eu não saberia dizer ao certo o motivo de tanta demora para se aprontar, porém não fazia questão de saber, sei que mesmo se elas explicassem milhões de vezes eu ainda ficaria perdido, ou pior, não veria necessidade para tudo aquilo e acabaria desdenhando ou tirando sarro. Com o passar do tempo fui ficando inquieto e apreensivo, fui até a porta questionar se elas estavam prontas, pois já estava quase na hora de irmos pegar o trem. Quando abriram a porta, ambas puderam ver que eu trajava as roupas indicadas por Manu. Vestido com um terno preto básico, minha gravata estava desamarrada em volta do pescoço, era  da cor dos Jaguars. Tanto Manu como Liandra estavam impecáveis, agora me fazia sentido toda aquela demora, aquilo ali devia ter dado muito trabalho.

-Você está lindíssima, Lili!
- Disse em tom animado ao ver minha irmã toda alegre com seu look. - Ela deve ter te dado muito trabalho, Manu. -Brinquei em tom alto enquanto ria de Liandra me mostrando a língua.

                                                                [...]

A viagem de trem é sempre um momento de paz, quase ninguém fala nada, o tempo passa voando que acabo por nem ver. Achei que Liandra iria ficar toda alvoroçada, mas pelo contrário, ela acabou dormindo. Ao chegar  em Monte Nevado fomos recepcionados por Paulo Aguiar, o mesmo fez questão de nos levar para a Fazenda Abundance, era lá que ocorreria o baile beneficente.
O tradicional tapete vermelho era a principal atração do hall de entrada do evento, espalhados por todo o percurso, diversos fotógrafos e repórteres cobriam aquele baile. Foi difícil para mim, permanecer neutro em meio aos flashes e conversas naquele ambiente. Passei por tudo aquilo acompanhando por Liandra, era fácil observar que nós estávamos inseguros com aquela situação. Por mais que eu já soubesse que Lili não estava confortável ali, gostei de ouvir que pude ajudá-la.

-Sabe que não é nada, estamos juntos nessa.
- Respondi Liandra com a voz trêmula, ainda nervoso com toda aquela situação.

Quando passamos por todo aquela cerimônia de entrada, nos deparamos com um evento muito bem decorado e aconchegante na medida do possível. Liandra estava ansiosa por sua apresentação que já estava prestes a começar, não pude lhe desejar boa sorte, quando me dei conta ela já estava no palco, arrumei um lugar para poder apreciar a apresentação dela. Fui surpreendido em meio aquele show, quando ela iniciou sua segunda música pude sentir que ela não estava tão bem quanto antes, algo havia mudado. Confirmei o que sentia quando o olhar de Liandra se chocou com o meu, uma encarada que me fez questionar se eu deveria ou não interromper aquele show, pensei duas vezes e aguardei até o fim para que pudesse falar com ela.

-Ei Lili, está tudo bem? O que aconteceu ali?
-Questionei-a enquanto a abraçava

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