Ao contrário do que é aparente do lado de fora, a mansão Dieter Teodorico é bem maior em seu interior graças é claro à boa e velha magia. O exterior é comum bem como a estrutura de mansões de séculos anteriores. Por dentro Eu diria que Dieter é como um grande palácio de 1400, com cômodos e corredores extensos e exagerados o mesmo vale para a altura em que fica o teto em relação ao chão. É uma bela morada, típica de um imperador oi um governante poderoso, mas aqui neste pesadelo o anfitrião é um bruxo terrível, um que ensina por meio de torturas físicas e psicológicas. Um rei que exala frieza em seus olhos assassinos É naquela manhã os servidores do algoz me tiraram do dormitório masculino bem mais cedo que o de comum e obrigatório todos os dias. Tomaram meus braços e me puseram a m e achar sem mais além de alguns tapinhas no rosto e empurrões pelos corredores quando o sono inevitavelmente diminuía o título da minha caminhada, cambaleando para frente sempre que o ato me é aplicado para corrigir a velocidade.
Nesse ritmo não demorou nada para alcançar o objetivo é quando estava prestes a deixar me escapar o sétimo bocejo fui empurrado com ainda mais força para dentro de um como do sem porta, também o segundo maior da mansão: “A sala do trono" como nós residentes apelidados, dada sua arquitetura especial, a grande janela lateral que mostra o belo “jardim real", o tamanho, as colunas, a pompa digna da realeza medieval.
Minha queda só é aparada pelo piso de mármore branco, amaciar o pelo grande tapete de pele de alguma criatura gigante e peluda. A dor do impacto repentino me faz curvar pela dor em uma posição submissa em me que sustento com as mãos e as pernas no chão.

– Teu exército está a postos em uma grande fileira no campo de batalha... – Começou a voz grave e rouca no outro extremo da sala, a primeira que ouço neste dia, firme e incisiva – São mais de dois mil homens diante do objetivo: Constantinopla, a joia do império romano, murada por três rígidas camadas de pedra. As muralhas da capital que já deteve outros vinte e três exércitos. Inviolável e soberana. Você, Sultão, no poder e exercício da liderança: conte-nos a tua estratégia para penetrar essas defesas e tomar a “capital do mundo" para sim. Que ordem você da a esses homens que não têm esperanças de vencer o que outros já haviam morrido tentando fazer. Qual a ordem, Sultão? – Indagou o Diretor, mas em teimosia eu não o respondo, apenas continuo encarando os fios do pelo da fera assassinada que decora o chão. Ele se aproxima, posso ouvir. Dr. Krause puxou meu rosto para perto do seu inclinando para baixo e me forçando encarar teus olhos sombrios bem de perto, tão perto que vejo inclusive a fumaça do fumo ser expelida da boca. Aquilo tem um cheiro horrível, Krause nunca está desacompanhado do seu cachimbo fedorento. Os olhos se encaram e me contive para não demonstrar um único traço de medo.
Meu silêncio o incomoda a tal ponto que posso ver a raiva subir-lhe o olhar seu semblante muda para uma ameaça ainda maior, e quando dou por mim um estalo ecoa no quarto e faz meu rosto arder em dor. Tão rápido fora o golpe de mão que antes me segurava o maxilar. Levi a mão até o local dolorido no rosto para massagear as bochechas enquanto vejo-o se afastar e se acomodar em uma cadeira luxuosa ao lado de uma grande vidraça que ilumina o “rei" com a benevolência da luz solar. Ele coçou as sobrancelhas e avisou a barba Branca que lhe cobre todo peito do homem de trajes longos e túnica extravagante com tons de cores forte como a firmeza das rugas na face peculiar do doutor meio-duende.

– Sua impertinência nos últimos meses tem causado uma certa comoção negativa nos “tratadores” do orfanato, confesso que essa mudança de comportamento tem incomodado a mim também. Nos estamos te observando de perto como sempre fizemos desde que o trouxemos para a mansão, desde que vi o líder que você tem potencial para ser. Eu te forneço o desprezo necessário pra que isso se conclua do jeito certo e inteligente um um líder deve ser moldado. Te dou livros, lições de postura, combate. Veja, que outro garoto de doze anos tem quatro línguas no repertório? Você tem privilégios que nenhuma outra criança algum dia já possuiu dentro dessas paredes, mas se é assim que você quer agir: com essa clara petulância que desrespeita minha autoridade eu lhe darei o que quer! Afaste-se dos ratos ou pereça sem importância alguma, como eles... Deixe-me dizer uma coisa que você não sabe sobre mim, mas na sua idade eu já havia assassinado todos os outros pupilos do meu mentor apenas para provar meu comprometimento com as lições do neste só par a provar que eu era digno de ser chamado de “Seu aluno". Ares, não importa o quão grande você se torne, frio que de fato irá, mas isso não muda o fato de que serei para sempre o seu mestre superior. Conheci até os hábitos mais secretos m que você tem sei como fala, sei o que pensa... Seu o que está acontecendo com você, aliás-
Ele sorri ao me olhar de cima, enquanto ainda estou secado no tapete com a mão nas maçãs do rosto avermelhado.
– Tragam-no – Bateu duas palmas para aplicar a ordem nos lacaios à entrada da sala.
- O motivo para que tenhas alterado o comportamento, você ainda pensa ser capaz de esconder algo da pessoa que viu desenvolver cada um dos seus costumes, medos e aspirações? Não seja ingênuo, você é mais que isso, garoto –
Ouço o bater de solas no mármore atrás de onde estou ajoelhado. Dois homens carregam uma terceira pessoa pelos braços contra sua vontade. É Haytham, jogado violentamente no chão diante de mim. Ele encara os dois homens que o trouxeram com fúria no olhar, até que as duas esmeraldas se encontram com o azul de meus olhos sua feição alivia da carranca ao quase sorriso.

Ele me olha com preocupação certamente notar a o hematoma do golpe que levei pouco antes.
– Vai ficar tudo bem, Ares – Sussurrou o amigo dois anos mais velho na tentativa interrompida de tentar me tranquilizar. Haytham tinha esse hábito de por como um filtro do mal que eu me expunha. Foi ele quem me libertou das amarras do Krause antes de nós conhecermos eu achava que esse seria o único propósito da minha vida, pois acatar ordens tornou-se tão comum e frequente quanto é respirar para os humanos. Sim o diferente razão: Haytham é o problema essencial sem o qual eu não saberia se ainda teria algum amor ou apego à minha vida. Ele me deu razões que fazem meu ser clamar por liberdade desse cativeiro.

- Basta! – Berrou o mestre – Essa insolência é escusada, um grande problema na sua formação e como já muito sabe: um líder diante de um problema, com o quando o Sultão viu os altos muros da capital Constantinopla, ele toma uma decisão... – Krause jogou minha varinha para perto de nós sem se importar com a possibilidade de Haytham pegá-la e devolver a ele uma ofensiva inspirado pela revolta acumulada durante os anos de cárcere, talvez também porque soubesse que mesmo juntos nos não teríamos chance alguma de causar-lhe transtorno em combate, é mais sensato pensar dessa forma.
– Destrua-o. Mate o que te faz fraco. Destrua os muros dessa amizade, ela é a debilidade deste líder- Continuou o doutor indicando a mim com o dedo
De qualquer modo meu amigo não se manifestou até eu pegá-la depois de velar por mais alguns instantes. Claramente sob forte estado de nervo.

– Ei, bobão, por que está tão tenso? É só mais uma dança – Concluiu Haytham subtenente tomando toda minha atenção, tanto que por um momento eu me esqueci do nervosismo imposto pelo mais velho que nos vigia feito um predador em seu trono – Você ainda se lembra dos passos, não é? –
Ainda posso ver Krause sobre o ombro esquerdo do meu amigo, ele me pede o que desde o início eu soube do que se tratava. Desde que puseram Haytham diante de mim. Não, eu sabia muito antes disso, nos havíamos nos preparado para essa ocasião e nas últimas semanas nos deparamos uma atenção mais presente às nossas conversas nos intervalos entre as aulas do dia. Sim, nos sabíamos.
O garoto se por em pé e estende sua mão para me incentivar ao mesmo feito, o que fiz logo em seguida, forçando as pernas que reclamam o tempo em que permaneceram tensionadas em uma posição desconfortável . De pé com o apoio eu e Haytham nós encaramos de perto mais uma vez com seus olhos verdes, quando alguns tapinhas nos olhos para me confortar.
– Hum? O duende comeu sua língua? – Perguntou o loiro com um sorriso de traquinagem bordado em seus lábios – Os passos, você se lembra? –

- S-sim – Respondo com a visão da presença opressora às costas do meu amigo. A pressão me faz apertar a varinha entre meus dedos com ainda mais força.
– Excelente! Pois então prepare-se, reizinho... - Disse em seguida pondo em guarda para o combate em posição adequada de luta. Ele abriu levemente as pernas e firmou os pés.
– Já te pedi para não me chamar assim – Me afasto para uma posição adequada e sustento a pose que antecede o lançar de um feitiço no duelo.
Haytham sorri com isso.
– Aqui vou eu! –