Negócios, não é?

O homem estava cada dia que passava mais atarefado, o Globo de Cristal estava pisando em cima do COMASUL, como se ele não estivesse tomando devidas providencias para achar aquela mulher, para proteger o mundo que as pessoas tanto presam.

Havia se passado quinze dias que o homem havia mandado Rafael tentar contato com a mulher e até mesmo se passar como amigo, médico, aliado, qualquer coisa, desde que o rapaz tivesse algum retorno e conseguisse marcar o encontro dos dois, estava valendo. Roberto forneceu tudo que era necessário, tudo que o auror precisara.

Óbvio que ele não subestimou a mulher jamais, ele conhecia o irmão, os parentes, tudo dela, mas bancaria de esperto, pois um jogo emocionante era isso e era aquele ditado: cada um usa as armas que tem para não enlouquecer.

E lá estava ele, arrumado, preparado e apenas esperando o aval do auror, e assim foi feito – Desmarque todas as minhas reuniões, tenho um trabalho em campo hoje – Disse o mesmo para a secretária. Voltou para dentro da sala e usou sua rede para aparatar para o motel, um lugar nojento aos seus olhos, mas era um bom lugar para uma mulher daquela ficar.

- É, estou procurando por uma mulher chamada Hellen – Disse com firmeza para o homem que estava atrás do grande balcão e assim o mesmo escreveu o número no papel e apontou para a direção em que o homem devia ir. Se sentia mal com toda aquela situação, em estar onde estava, a vontade era entrar lá e acabar com ela igual fizera com seu irmão, quando o mesmo o traiu.

Balançou a varinha em direção do trinco e entrou no quarto – Acho melhor ficar paradinha ai – Exclamou com a varinha apontada agora em direção a mulher, que estava deitada sobre a cama – Creio que já sabia que eu viria, não vim para jogar conversa fora, vamos direto ao assunto... Que aliás, Rafael disse que temos muito para resolver – Suspirou guardando a varinha novamente e então se sentou na poltrona que tinha ali – O que tem para me dizer? Pelo o que sei são propostas irrecusáveis – Disse cruzando a perna e aguardando alguma reação da mesma.

- Sabe Srta. LeBlanc, você tem me dado muita dor de cabeça e uma cambada de desocupados nos meus pés me enchendo o saco, então de verdade, espero que isso valha muito a pena. – Com certeza o homem estava sem paciência alguma, não perdia tempo algum, era firme e gostava sempre de ir direto ao ponto, muitas pessoas colocavam isso como um erro, porém ele pouco se importava.