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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Ulisses H. Bragança
CASTELOBRUXO » Aluno
Ulisses H. Bragança
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Seg 30 Mar 2020 - 16:31

Herança de família

Ah, sim  a fazenda dos avós de Ulisses, a herança deixada aos Bragança pelos membros mais velhos da família, herança qual o jovem bruxo se apegou bem mais que qualquer valor monetário em posse da família: um pedaço do paraíso entornado por campos extensos de verde vivo, cadeias de montanhas tocadas pelo céu azul anil e cachoeiras espalhadas ao longo do horizonte. Aqui em uma área muito privilegiada está o presente dos Bragança, e além da presença de outros animais comumente vistos em fazendas dessa região, o destaque pertence ao celeiro de madeira sendo ele a maior construção local depois ds casa. O celeiro é a parte preferida de Ulisses já que aqui ele trata pessoalmente de seus cavalos, todos em ótima forma, resultado de todo o esmo que o menino reserva ao quinteto equino: três fêmeas e dois belos alazões. Além das guarnições os os protagonistas do celeiro descansam e são alimentados, por todos os lados vê-se muita palha, selas e cordas. Apesar de bastante completa a fazends dos Bragança é de aparência semples e rústica, o que contribui com a harmonia de toda a paisagem plácida.

Para este dia espera-se a visita de Alma, um membro da família e uma amiga do Castelobruxo, Emília. Este é um post atemporal e se passa durante as ferias da escola, é uma tarde de quinta feira e o sol colaborou mantendo a temperatura agradável sem se dispersar. É um ótimo dia para cavalgar pelas planícies mineiras. São  16:35 de um sábado.


Houston, temos um problema...
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Emília Martinez
COMASUL » Funcionário da seção 1
Emília Martinez
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COMASUL: Pesquisadora Responsável por Tierra Viva (Estagiária)
Sáb 4 Abr 2020 - 2:44
Cavalos selvagens, não poderiam me arrastar para longe
Férias e tals - Dia ameno  - Minas Gerais
Emília acordara naquela quinta-feira com a batida ininterrupta de Justina na porta de seu quarto. A mais velha queria que a menina acordasse para tomar café e além -  fato que fez a jovem sobressaltar-se - informara que a Martinez recebera uma carta. Ela nunca recebia cartas.
"De quem?" - pensou, ainda um tanto desorientadora por acordar de maneira tão repentina. Mas, a curiosidade venceu a vontade de ficar na cama. Aliás, a recém confirmada goleira dos Carcará soltou da cama como se houvesse despertado a muito tempo e abriu a porta dando passagem a sua avó.
- ¿De quién es la carta, abuela? - indagara cheia de curiosidade. Na verdade, a menina não se aguentava. Era quase um evento aquele momento. As poucas cartas que recebera até hoje eram as cartas oficiais da escola que informavam sobre a lista de materiais e essas coisas. Em um mundo onde todos estão conectados pelo WG cartas como meio de correspondência entre pessoas tornou-se raros. Em resumo, muitas corujas perderam seus empregos.
Logo que Justina entregara o envelope a menina agilmente tratara romper o sê-lo e rever seu conteúdo. Era um convite.
Um convite de um amigo. "Ulisses". O nome evocou-se em sua mente de forma instantânea. Emília o conhecera a algum tempo atrás de forma inesperada, mas, a dias, não tivera contato.
"Um convite para um passeio em uma fazenda...", pensava enquanto seguia a leitura. Ao fim dissera, mirando a avó.
- ¿puedo ir? Ulisses es un amigo y sus familiares estarán allí... - Disse com a velha cara de cachorro que caíra da mudança - essa tática funciona em 99% dos casos - e Emília, genuinamente queria muito ir.  

Mais tarde, naquele menos dia Emília se arrumara e partira, com auxílio da chave de um portal, para a casa do amigo, em Minas Gerais.
Era um lugar imenso. A vista de Emília não conseguia nem enxergar onde findava. Ela apenas respirou fundo, nunca esteve em um lugar tão grande.

Bateu na porta, tentando disfarçar o nervosismo  com o seu melhor sorriso.  Um elfo atendeu, a expressão em seu rosto revelara que não era bem isso que esperava, afinal, ela e Justina não tinham elfos pela casa, mas continuara sorrindo.
- Bom tarde. Meu nome é Emília... Eu vim... Bem, Ulisses me convidou. - Gaguejara. Não sabia se apresentar a um elfo. Cogitou ter ido parar na casa errada, Considerando o jeito atrapalhado de Emília não seria tão absurdo...
- Ele está nos fundo... Lá no estabulo, srta. Emília. - Dissera o elfo, desfazendo todos os pensamentos negativos que começavam a se formar em sua mente. - Só seguir por esse caminho... - Disse o elfo apontando a direção.

Realmente não foi difícil e logo o barulho dos cavalos chamara à atenção. Ela sorriu. Um sorriso largo e encantado. Havia vários ali. Emília gostava de cavalos, mas nunca teve um próprio, então, dera alguns passos a frente adentrado o local e chamara pelo amigo.
- Ulie? Ulie...



 
Emília + Alma + Ulisses
by emme
Ulisses H. Bragança
CASTELOBRUXO » Aluno
Ulisses H. Bragança
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Ter 7 Abr 2020 - 17:43
A Sibipiruna Milenar
Passaram-se alguns dias desde que enviei uma carta a minha convidada pra essa data, nela especifiquei um final de tarde para nosso encontro na fazenda da minha família, em Minas. O clima nessa altura do dia dificilmente me desagrada, portanto estou confiante o bastante de que ela virá e nossa tarde renderá ótimas lembranças mesmo ao final disso tudo.

– Aqui dentro, venha – Respondi animado ao ouvir a voz que saiu das minhas memórias pra me encontrar na presente realidade, neste momento já me concentro num esforço mental pra não parecer um bobo quando estiver diante do seu sorriso, o que acontece sempre.
– Aí está você, eu estava te esperando, Emi – Um sorriso automático fez meus lábios se curvarem, em resposta tive que valer meu preparo pra não ficar como o estranho durante a recepção que nos uniu num abraço. Emília agrada-me em todos seus aspectos, desde o tom de voz – suas palavras pra mim são encaradas com ternura, como se não fossem capazes de alcançar somente meus ouvidos – até o cheiro dos seus cabelos que amolece minhas pernas. “Estou perdendo as estribeiros. Preciso me controlar".

– É sempre muito legal ver você. Eu deveria começar afirmando que você está linda hoje, mas... – Me virei para seguir adiante com a apresentação dos aninais que estavam se alimentando dentro das guarnições do estábulo, entretanto o real motivo para evitar encará-la se deve ao meu nervosismo e o peso das seguintes palavras complementando a frase. – Inacreditavelmente você é capaz de se superar todas as vezes em que nos encontramos, isso está me deixando sem criatividades para tecer novos elogios a altura, Emi... – Permito um pequeno sorriso envergonhado por cima do ombro – Mas eu te admiro –

– Aqui, este será o seu parceiro – Apontei o cavalo negro de crinas longas e brilhantes, o mais belo dos animais da fazenda, inclusive o maia resistente dentre eles também. – Edward Tatch, o Barba Negra – Seu nome é uma clara homenagem à lenda do famoso pirata das histórias que leio desde muito jovem. Thatch é o equino mais confiável se você quiser ter um passeio tranquilo, pois este é o mais velho, sendo assim muitos já subiram em suas costas, nenhum deles se machucou ao longo dos anos. É um verdadeiro cavalo de elegância e parcimônia. Apesar de que duvido que Emília teria algum problema sobre um outro cavalo que fosse, afinal não se trata de uma simples garota, ela é a goleira do melhor time de quadribol da escola, em suma o equilíbrio é um aspecto no qual ela se destaca antes tantos outros bruxos que conheço. Eu não preciso me preocupar mesmo que sua montaria no caso fosse... a problemática Rotunda Trovão Doido, a mais agitada e de humor imprevisível em comparação aos demais do grupo. Rotunda faz jus ao nome, é quem tenho me dedicado a treinar no tempo livre e isso já me custou muitos machucados.

– Tenho certeza de que Thatch será uma ótima montaria, enquanto que Ducan vai me acompanhar hoje – Apontei o alazão ao lado do belo Thatch e assim como o primeiro este também já está selado.

Emília e eu seguimos até a saída da fazenda, cada um devidamente montado sobre o par de equinos já apresentados. Nosso passeio dispensa a pressa, portanto nos mantivemos lado a lado enquanto deixamos a residência para trás. – Emi... – Chamei ao quebrar o silêncio que nos separava – Quando foi que você descobriu seu talento no quadribol? – Haviam muitas perguntas que eu gostaria de fazer a ela, pois apesar de que já nos conhecemos há cerca de um ano, eu nunca estivesse sozinho com a goleira pra uma conversa tranquila.

– Veja, não é lindo? – Indaguei ao indicar o sol laranja entre as montanhas íngremes do horizonte. – Mais uma vez ei agradeço por ter vindo, Emi. Eu passo a maior parte do tempo sozinho cuidando dos cavalos, tê-la aqui me deixa realmente muito feliz – Encerro expondo meu sorriso mais largo e legítimo, cheio de dentes e olhos comprimidos entre as maçãs do rosto.

– Hmm. Como forma de demonstrar essa gratidão eu vou te levar a um lugar onde nunca apresentei a mais ninguém, é meu ponto preferido no meio desse verde todo. Acredito que este lugar é tão velho quanto Castelobruxo, por isso é tão único e especial. Vamos! – Dei dois toques nos flancos da montaria usando meus calcanhares. Ducan acelerou o galope durante o trajeto entre os campos esverdeados da zona rural. Não estamos seguindo a estrada de terra, rumamos outra direção, seguindo o pôr do sol bem mais distante da civilização e da fazenda.

Admirado // Emília Martinez //Roupas comuns e boné // local: rumo à Sibipiruna Milenar


Houston, temos um problema...
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Emília Martinez
COMASUL » Funcionário da seção 1
Emília Martinez
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COMASUL: Pesquisadora Responsável por Tierra Viva (Estagiária)
Seg 13 Abr 2020 - 19:26
Cavalos selvagens, não poderiam me arrastar para longe
Férias e tals - Dia ameno  - Minas Gerais
Emilia Martinez estava encantada com aquele lugar. Seus olhos brilhando intensamente a denunciava! Seu encantamento era tamanho que, ligeiramente, fantasiou sobre como a vida ali deveria ser calma, mas muito agradável e ao mesmo tempo muito livre. Na verdade, Emília, não sabia muito o que pensar, nunca estivera em um lugar como aquele... Talvez, se tivesse um lugar assim para chamar de seu nem retornaria a CasteloBruxo…
— Oyé… — Disse para si mesma, enquanto balançava a cabeça tentando afastar o pensamento repentino. O pensamento de fincar raízes pegara a Martinez totalmente desprevenida.

A menina estava acostumada a ser nômade, ao menos convencera-se disso. Desde que se se entende por gente e, na verdade, muito antes disso, era assim. Ela e sua família nunca ficam muito tempo em um lugar. As Martinez são um círculo ininterrupto de ois e tchaus. Não raro, sua vó anunciava repentinamente “és tiempo de cambio, mi amor”. E, dessa forma, instantes mais tarde estavam cheias de malotes em algum lugar do globo, obviamente, evitando — na época, Emms não fazia ideia do porquê — os países europeus.

Quando criança dificilmente reclamava, sua cuidadora era uma boa ilusionista e na tenra idade era muito fácil para uma criança embarcar nas aventuras mais impensáveis. Ademais, desde muito jovem, Emília invocava um espírito aventureiro e inquieto, logo, gostava de conhecer a variada cultura das Américas. Mas, agora estava passando pela adolescência e só conseguia sentir falta dos amigos que perdera durante as muitas mudanças de endereço.

Emms dera-se conta que algo muito errado se passava entre as mudanças quando a tia Ametista apareceu de repente. Ametista é o outro braço daquilo que a goleira do Carcará conhece como família. Quando era criança Justina e a tia Ame eram amigas inseparáveis, mas com o decorrer do tempo toda vez que ela tentava se aproximar deixava a mais velha muito sobressaltada.

Todo esse rodeio — que parece sem sentido — nos leva a esse encontro, em uma fazenda no Sul de Minas Gerais. Como? Bem, depois que o sr. Bartolomeo Bedoya Agueiro Martinez, vulgo marido da avó de Emí, faleceu, a mulher vivia mudando de lar, pelo menos foi a conclusão que a goleira obteve. Desde então, os momentos mais livre de Emília são em CB, mas há um ano atrás, nas férias escolares, um fato novo chamou a atenção da menina. Justina a despachara para um passeio. O fato foi apressado e deixou a menina com a cabeça cheia de ideias, mas, Emília não reclamou. Quem reclamaria? Tinha muitas coisas que ela queria conhecer em Ushuaia. Para muitos uma cidade portuária feiosa, mas para Emília um encanto que ainda não havia sido devidamente explorados por seus ávidos olhos.

No porto marítimo, nesse dia, além de ver os pinguins conheceu seu único amigo atual, que não frequentava sua escola, fato que Emília encarou com bastante surpresa. Todavia, assim, iniciaram uma amizade. Entre pinguins e uma exploração turística, uma amizade.

Após esse encontrão ao acaso,  Emília se encontrara outras vezes com Ulisses naquelas férias. E, graças aos deuses da floresta vovó Tina estava mais liberal com essas saídas, tão liberal que a menina preferiu não questionar a mais velha e, apenas, aproveitar o bom momento.  

Quando a hora de retornar a CasteloBruxo chegou ambos buscavam se comunicar pelas redes sociais bruxas, porém o contato não era tão constante quanto o que tiveram nas férias. Isso porque, em partes, Emília estava dedicada a entrar para o melhor time da escola, o Carcará, e também pelo recém namoro com João, o menino mais amável e amigo de CasteloBruxo...

Essa história durou algum tempo, mas depois de um comum acordo chegou ao fim, dando espaço para uma amizade real, leal e fraternal.

No outro extremo do coração de Emí cartas e aventuras pareciam querer que velhos conhecidos se reaproximassem.  


***************


Uma voz conhecida respondera a menina enquanto a mesma adentrava ao estábulo. Ao ouvir a voz animada do outro sentiu uma palpitação e uma pressa por aquele encontro, não sabia exatamente de onde aquela sensação vinha ou o que era, mas inocentemente julgou ser saudade do velho amigo, o que não deixava de ser verdade.

Passou pelas cabines admirando cada animalzinho ali dentro. Emília realmente não saberia escolher um caso tivesse que fazê-lo.
— Espero que não tenha esperado muito… — Disse após o abraço meio sem jeito que a fizera ficar com as mãos um tanto suadas e um pouco quentes.
Esse tipo de coisa acontecia com frequência sempre que encontrava-se a um metro de distância do menino. Antes pensara que era algo de momento, mas agora não sabia mais… Na verdade, Emília no auge dos seus quatorze anos sabia muito pouco sobre os próprios sentimentos. E, pra falar mais verdades ainda deu graças ao boto cor-de-rosa quando Ulisses virou-se para frente e continuou andando, pois suas palavras deixaram suas bochechas tão vermelhas quanto o pimentão mais vermelho da estação dos pimentões.
— O-Obrigada — Gaguejou, sem saber ao certo o que dizer. — E saiba que você sempre consegue me surpreender, moço Bragança. — Disse com verdade. Emília nunca sabia o quê esperar quando se juntava com o menino e por isso gostava tanto dele.

Logo, ambos param em frente a um cavalo negro de crinas longas e brilhantes e os olhos da Martinez simplesmente brilharam, ela queria montá-los de uma vez. Assim sendo, Emília é apresentada ao seu parceiro  — um dos — naquela tarde de montaria, o Barba Negra. “Só Ulisses para pensar um nome assim… Como é que ele consegue?”, pensou, com admiração, enquanto olhava-o comentando sobre alguma coisa, ainda sobre os cavalos.

— Barba Negra?! Definitivamente combina com esse mocinho. — Disse com um sorriso alargando-se no rosto. A menina olhou de Ulie para o Barba Negra, como alguém que pede permissão para se aproximar. Afastou a meia portinha e entrou dentro da guarnição, acariciando, com a mão esquerda, a frente do Barba Negra. — Olá, menino… você é muito bonito sr. Thatch. Só espero que não seja tão malvado quanto o seu chará. — Brincou. Emília tinha quase certeza que o cavalo não precedia de uma reputação ruim e a sua confirmação veio após as palavras tranquilizadoras de Ulisses sobre termos uma montaria calma.  

Instantes depois de apreciar o cavalo que montaria a goleira conheceu outro, Duncan que seria o companheiro de Ulisses.

Apresentações devidamente realizadas, Emília montou o animal devidamente selado, segurando bem as rédeas, posicionando o pé esquerdo no estribo e transpassando a perna livre para o outro lado. Para a menina, não podia negar, era como andar de bicicleta, ou melhor, de vassoura.

O casal, então, começou o passeio. Vez ou outra a Martinez olhava pelo canto do olho para o amigo ao seu lado, ele parecia estar muito contente e o seu sorriso descompassado fazia o coração da menina de cabelos longos bater descompassado.

— Bem… Eu não sei, Lisses… Só sei que aconteceu, sabe? Parece natural… Na verdade não me imagino fazendo outra coisa. No ar, me sinto livre e, literalmente, voando… Eu nem sabia que podia ser boa nisso — revelou — na verdade, eu nem sei se sou realmente boa, mas vou procurar dar o meu melhor. — Diz com um sorriso  tímido no rosto. — Eu acho que eu gosto muito da sensação do vento batendo no rosto e bagunçando meus cabelos… — falou por fim, sentindo o rosto aquecer-se ao notar que estava tagarelando — Bem, não sei se respondi, mas é isto.

Então cavalgaram mais um pouco, Emília esforçava-se para ficar em silêncio — coisa que era muito difícil para ela — mas, ao mesmo tempo tinha tantas coisas para perguntar que não sabia exatamente por onde começar, ou que caminho seguir.

Graças a santa Caipora, na verdade, nem tão santa assim, mas… O importante é que Ulisses quebrou o silêncio que começava a imperar naquele passeio, onde só ouvia-se o barulho dos cascos dos cavalos batendo no chão.
— É lindo! Eu adoro o pôr do Sol.. Ele deixa tudo misturado.. Você já reparou como as cores ficam bonitas? — Disse admirada, com um suspiro. — Eu também te agradeço, Ulie. Por algum motivo, Dona Justina deixa, acho que ela vai com a sua cara, meu caro. — Diz enquanto estava parada observando o pôr do sol.

Daí, o menino surpreendeu Emília pela segunda vez no dia ao convidá-la para um lugar diferente naquela propriedade. A goleira arqueou uma sobrancelha, mas o escutou. E no fim, seu convite foi muito convidativo. Fez um carinho em seu cavalo e perguntou:
— O que acha do convite convite do Ulie, sr. Barba Negra? — Um relincho e um barulho dos cascos, para sorte de Ulisses, foi entendido por Emília como um sim.
— Então vamos, garotos! — Disse, inclinando o corpo um pouco para frente e afrouxando as rédeas. O cavalo de pelugem negra respondeu instantaneamente, com o pôr do sol a nossa frente o cavalo corria como se fosse possível alcançá-lo.  


 
Emília + Alma + Ulisses
by emme
Ulisses H. Bragança
CASTELOBRUXO » Aluno
Ulisses H. Bragança
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Seg 20 Abr 2020 - 11:20
O sorriso de Emília Martinez
O sol se punha quando Emília e eu nos afastamos da fazenda ao ponto em que nenhum de nós fôssemos capazes de enxergá-la uma vez que desapareceu meio a paisagem que se misturou atrás do galopar incessante da dupla equina. O grande Barba Negra é veloz como nenhum outro em meu celeiro, desde... a última década, imagino. Tal desempenho o coloca facilmente à frente do pequeno adolescente Ducan.
“Thatch será superado por Ducan que é mais jovem e promissor", bem e pra minha surpresa eu estava cometendo um equivoco ao crer em tal ideia, pois mesmo há anos atrás, no tempo em que Tatch tinha a mesma idade do Ducan atualmente, o alazão negro já ostentava o título de mais veloz. Não importa a idade, este animal possui espírito e uma anatomia que colabora com seu anseio. Eu chamo isso de “sina", digo, esse espírito de “ser mais, superar”. Acredito que essa é a sina de Tatch que o coloca à frente do adversário, pois ele é diferente... tem espírito e isso se trata da determinação. Pra simplificar: sina é o que eu chamaria de “motor” e pelo bem da metáfora peço que te atente nisso pois não é diferente de um, porém é algo espiritual e particularmente seu, ela te move e você a alimenta nutrindo a sua sina com teus anseios à conquistar.

Em meu caso vivo de uma paixão antiga por exploração da natureza: cavernas, montanhas, florestas, é a minha sina explorar e pesquisar sobre um cenário “inclemente" e descobrir sua história. Afinal existem belezas ocultas num mundo onde habita a magia, quase sempre nos deparamos com grandes histórias que cercam o ambiente em questão, e no meu caso elas sempre me fascinam. O universo mágico é mesmo extraordinário – como diria um velho juiz da COMASUL - , e essa história é tão extraordinária e misteriosa quanto a própria magia no mundo.

O passado narra que aos pés da serpente descansa uma comunidade de bruxos nativos da região, sob a sombra da montanha fizeram do olho atento da serpente rainha vosso vigilante, e às exatas onze e meia da manhã, ao se erguer, o Sol banha a dona de todo o horizonte observável abaixo das colinas mineiras O nome dessa virtuosidade magica é Iamadosvida, a grande Sibipiruna que instalou-se num ponto de extremo destaque, “aos pés da serpente" refere-se ao campo abaixo das montanhas rochosas, essas por sua vez recebem o nome do réptil sem patas, é claro por um único defeito geológico que culminou num buraco meio as rochas. A luz do sol passa por trás da montanha e graças ao “buraco” também chamado de “olho da serpente", e ilumina um ponto em específico no terreno. Na lenda é dito como “virtuosidade da magia”, essa não mais é que uma árvore milenar de tamanho incomum, pois é grande e robusta como nenhuma outra no país, inclusive e é claro, bem maior que uma sibipiruna comum.

Tal anomalia acontece devida a presença da magia antiga, o que conserva o aspecto das folhas que se enchem de luz durante a noite de lua cheia. Suas raízes estão por todo o terreno “observável” e suas lendas tiveram um alcance surpreendentemente maior, os registros datam desde muito antes à Era Medieval. Essa é a Sibipiruna Milenar.

– Chegamos e lá está, Emi... Aquela é a árvore de que falei – A grande árvore é mais notável neste ponto, mas seu vislumbre tem alcance de poucos quilômetros de distância.
– A tal Sibipiruna –

Abaixo da extensão dos galhos fartos faz sombra, é um lugar fresco onde prendemos os cavalos diante do tronco arredondado. Na face da madeira é visível marcas da fúria de um povo com machados que atentaram à árvore, e por algum motivo ao analisar essas marcas logo notamos que tais cicatrizes carregam o primeiro dos mistérios.

Emi e eu nos acomodamos na grama macia debaixo da sombra conveniente. O tronco servira de encosto. A goleira fica em distância mediana, um metro e meio talvez, e neste ângulo tenho ao lado esquerdo o horizonte tenho algo ainda mais interessante para observar, mesmo quando ambos compomos um cenário tão rico em natureza, ele enche os olhos e acaricia os pulmões com a leveza do oxigênio soprado até nós. Mas para ser franco, à esquerda está a face mais bela de Castelobruxo pontilhada por bolinhas de luz que penetram entre as filhas até tocar o semblante que independe da luz solar pra fazer meu coração bater mais forte com a luz natural do seu sorriso. É lindo, tão lindo como... Não, ele é tão lindo que dispensa qualquer possibilidade de comparação adequada. Mas é lindo.

Escapo da sua mira com um sorriso fraco e sem graça após ser pego à queima roupa por sua atenção uma vez que já a encarava bem mais do que considero fazê-lo a alguém. Não fiz por mal, Merlin sabe das minhas intenções e de meu respeito, mas não posso evitar ser “punido” no peito ao mirar as duas pedrinhas de topázio em sua linda face. Elas me atraem pra esse castigo.

– Emilia, não quero parecer invasivo, sei lá, um inconveniente, só de pensar nisso me da nó no juízo e perco o rumo das palavras... – O sorriso sem graça perdurou durante a fala e só se desfez ao encarar a testa franzida que me esperou concluir o discurso.
– Você tem o sorriso mais bonito da América- Resumi com notável urgência. Nos calçados agitam-se os dedos dos pés devido meu nervosismo. – Eu diria que não há outro no mundo, mas nunca saí do continente, então eu não estaria sendo sincero em ir mais longe. Mas saiba que me contento profundamente ao olhar tão de perto o sorriso da goleira mais “casca grossa" que conheci – Findei ao transferir a visão à minha frente onde se estende uma paisagem verde, onde erguem-se as montanhas de rochas abaixo do céu rosado na pintura do sol poente.

– Mas pra continuar a conversa sobre esses campos: tente imaginar dezenas de casinhas construídas em pedra cinza, um pequeno vilarejo onde bruxos de outro milênio se instalaram e viveram sob o pé das montanhas por duas gerações. Imagine a horta mais à leste, homens trabalhando nas cavernas, mulheres cuidando dos afazeres de casa ou brincando com os filhos do lado de fora. Se tua imaginação for mais além, a gente pode fechar os olhos e enxergar detalhes como até mesmo a fumaça expulsa pelas chaminés de alguns barracos, até mesmo o riacho que por aqui passava, abaixo da ponte que ligava essa colina ao vilarejo, e nesse ponto em que estamos o povo compartilhava respeito já que todos conheciam a importância dessa árvore em relação ao lugar onde criaram seus filhos – Meu dedo indicador percorre o cenário de um lado a outro. Guiando as explicações para Emília, a única que eu desejava ali.
– Mas como pode ver, ou melhor, como não somos capazes de ver nada, os antigos moradores se foram sem deixar nada pra trás, nem um rastro, nem mesmo há um rio cortando esse trecho. Existe uma canção anciã que conta como os bruxos daqui se esqueceram do respeito a quem provia prosperidade à comunidade, esqueceram-se das raízes submersas que controlavam tudo aqui. O resultado disso foram as cicatrizes que podemos ver na Sibipiruna até hoje, mas os bruxos foram severamente punidos por essa insolência.
“A mão que dá é a mesma que tira" –


Com a face marcada por um sorriso renovado me ponho em pé, bato a poeira das calças e encho o peito de ar. Um alívio se espalha em meu corpo ao soltar a respiração e destencionar os ombros.

– Saber da história torna o lugar ainda mais interessante, não acha? É aqui que me livro dos pensamentos ruins quando eles vem até mim, onde mergulho em mim mesmo quando tomado pela prosa do vento uivando na montanha – Estendo a mão direita pra garota.
– Eu já falei bem mais do que o necessário, não é mesmo? Venha, vou te mostrar uma última coisa incrível desse lugar, prometo que vai ser bem melhor que ficar me ouvindo falar –

O sol se despede atrás de mim e logo as folhas terão ganho um brilho incomum ao brotar a Lua no céu escuro, esse evento é quase tão lindo e mágico quanto o sorriso de Emília Martinez.
Admirado // Emília Martinez //Roupas comuns e boné // local: rumo à Sibipiruna Milenar


Houston, temos um problema...
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Cambito
TLC » Moderadores
Cambito
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Ter 26 maio 2020 - 21:05
encerrada
seu desejo é uma ordem!

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