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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Kiara Ocean Cheshire
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Qui 30 Abr 2020 - 13:53
Esta é uma RP FECHADA que se passa em 1992, poucas horas após o nascimento de Kiara. Helena, com a filha no colo, chama os sirenos que prometeram ajuda. Ali, a mulher começa o ritual que tornará a pequena uma criança verdadeiramente da água. A RP acontece no Rio de Janeiro, em algum ponto do oceano. Ela tem por finalidade cumprir os preceitos do sistema de criação, sob um item já aprovado por Anhangá.
Kiara Ocean Cheshire
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Qui 30 Abr 2020 - 15:07
A Filha do Mar
Helena exibia um misto de determinação e receio no olhar, observando Jordan na beira da praia. O namorado sabia bem que sua criança seria uma hibrida, que seria o melhor e o pior de ambos os mundos dos quais viera. Ele aceitava. Ele era gentil. Mas como explicar que ela não era assim tão sereia? Como dizer que sua pequena criatura tinha apenas guelras no canto do pescoço, sem sinais de caudas, dentes afiados e membranas? Parte de si considerava essas características como algo que podiam salvá-la quando o rapaz levasse a criança embora, como tinham combinado. A outra parte pedia em desespero que a coisa que carregou no ventre fosse mais parecida consigo. Era sufocante segurar uma quase humana nos braços, com seus mesmos olhos azuis e os cabelos ralos da cor do fogo mais ardente.

Hell entendia que não eram tão diferentes, claro. Sua pequena Kiara não tinha chorado em água, tinha no embalo do oceano mais conforto do que os instantes em que saiu dele. Ainda assim, não lhe parecia exatamente justo com os nove meses que permanecera de resguardo. Queria mais. Queria uma miniatura de si, uma filha do mar, um motivo para dizer a todos que a menina não poderia nunca mais ir embora. Fechou os olhos em um receio sufocado. Sabia o que precisava fazer para tornar aquela poeira de gente uma sereia de verdade. Conhecia os passos e os rituais de seu povo, cada lenda e cada livro antigo: estudara tudo para que pudesse se preparar para conceber a primeira linhagem vinda de si. Sabia o que era necessário... Apenas não sabia se era certo. Condenar a menina meio-humana para uma vida de sereia parecia cruel por demais.

Fechou os olhos, indo para a costa enquanto tomava uma decisão. Entregou a filha para o pai e alegou que precisava ir ao mar para a cura do próprio corpo e alma. Inocente e tão bondoso, o homem segurou a criança que gritava aos ventos e chorava em desespero, sem nunca pedir para que a mulher ficasse. Sentou-se na beira da água e deixou que as ondas reconfortassem a menina ainda muito vermelha e um pouco pipocada pelo contato com o oxigênio, tão diferente da placenta em que passara toda sua existência até então. Jordan a ninava e cantava sobre contos antigos, sobre mulheres com rabo de peixe que se olhavam em espelhos e penteavam os cabelos durante todas as noites. Cantou sobre o céu e sobre o fundo do mar, sobre peixes, bruxos, vilas, humanos, princesas e animais. Cantou até que não tivesse mais canto, com sua voz rouca e cansada. E só muito depois Helena finalmente retornou, encontrando-o ainda a sua espera, parecendo nunca duvidar de sua volta.

Exibiu um sorriso agridoce para o corajoso rapaz, tocando-lhe a face com a ponta dos dedos pontiagudos. O amava quase tanto como amava sua criatura gerada. Confiava que com ele a filha nunca sofreria ou teria dor, que seria feliz, amada e mimada. Esperava em segredo que o rapaz fugisse do acordo e navegasse pelos mares em sua busca apenas para mostrar-lhe a criança da terra e do mar. Acima de tudo, esperava que ele entendesse que o que faria era uma necessidade que a dominava de corpo e alma. Mordiscou o próprio lábio, pensando em como teria o que queria. Gentilmente, ofereceu-se para pegar a menina novamente para si. Por um longo instante, com ela no colo e o namorado do lado, duvidou da própria capacidade de prosseguir com seu plano louco. Se falhasse em qualquer mínimo detalhe, o que seria sua benção poderia se tornar a maldição que a aprisionaria no mar.

— Preciso levá-la para que receba a benção das ondas... — Segredou em um meio sussurro, quase duvidando que o outro permitiria. Não o fitava no processo, evitando o olhar intenso do moreno para que não desmanchasse em sua face a realidade de que não eram as ondas que dariam para a filha o que ela desejava dar. — Só assim ela não será impedida de sair da terra e conhecer os seus. — Complementou com o que estava mais perto da realidade do que gostaria de assumir para si mesma. Kiara nunca seria aceita por nenhum sereiano se o mais próximo que podia chegar de representar a espécie era a capacidade de se enfiar embaixo d'água por muito tempo. Sob o olhar alheio, ela ainda seria uma menina da costa, sem chances de se aproximar daqueles que residem submersos.

— Sei que vai protege-la. — O tom confiante e amolecido do rapaz sempre durão a derreteu de uma forma que foi incapaz de pronunciar. Finalmente foi capaz de olhá-lo diretamente, sentindo todo o ar escapar dos pulmões em uma lufada só. Tinha vontade de contar a verdade do que faria. Tinha vontade de dizer que não precisava concordar se não quisesse, que levasse a pequena para a casa à beira mar e não a deixasse sair nunca mais... Mas não o fez. Nem mesmo insinuou que o faria: apenas depositou um beijo nos lábios macios e tranquilos, fechando os olhos com força para tomar daquilo alguma confiança. Se Jordan acreditava em si, porque ela própria não acreditava? — Se qualquer coisa acontecer, se não voltar, não me importo com o que seu pai faça, eu vou atrás de vocês nem que seja em um bote salva-vidas.

Um nó se formou na garganta da ruiva, relembrando o dia em que o progenitor arrastou seu querido marinheiro para o mar coma  ajuda de algumas de suas irmãs, tentando devora-lo antes que Helena intervisse. Um dos dias mais aterrorizantes de sua vida... Mas também o dia que percebeu que o amava verdadeiramente. Depois daquilo passou a encontra-lo sempre que as pernas permitiam-lhe o prazer de pisar na superfície. Sorriu-lhe fraco, um pouco nostálgica. — Três noites e dois dias, é tudo o que eu peço. — Informou apenas para que ele ficasse ciente. Percebeu que o rapaz não tinha gostado... Mas nenhum dos dois discutiu sobre o assunto. Antes que o fizessem, Helena já se afastava com velocidade em direção ao mar.

Em menos de uma hora já estava na companhia de seus prometidos. Oito sirenos, homens e mulheres, que formavam um circulo ao redor de si e da criança, todos mantendo apenas apenas o dorso para fora da água, com as caudas longas metidas no mar. Estavam de mãos dadas, iluminados pelos raios prateados que a lua jorrava no pico de sua altura, escolhendo o ponto exato em que seu brilho era mais intenso. Ali cantaram em prece para o oceano e para o satélite natural. Exercendo sua influência sobre o elemento, Helena direcionava o máximo de luz que conseguia para sua criança. Era ela que comandava as cantigas, que ora mergulhava com a pequena Kiara para que sentissem o mar, ora a amamentava sob os raios de prata.

Assim passaram a noite... E então o dia que veio a seguir. Sob o sol, rogavam para que a lua voltasse, para que estivesse ali e brilhasse em suas vidas. Deixavam que as ondas viessem e que os pequenos peixes mordiscassem suas caudas e a pequena bebê. Mergulhavam-na de tempos em tempos e orbitavam a seu redor. Helena, em especial, pedia ainda mais alto, dedicava-se ainda mais às ondas as quais vez ou outra embalava sua criança no vai e vem interminável... E assim que a luz da lua se fez presente, novamente rezaram por seus favores, prometendo as vidas e um pouco mais em recompensa. Um ritual que se alongou entre manhãs, tarde e noites incansáveis, deixando a pele da pequena ardente feito brasa e enrugada feito velha.

A mãe sabia que alguns ali já duvidavam de sua sanidade e do sucesso do ritual, vendo a criatura hibrida definhar aos poucos, apesar de sua metade sereia a manter viva e respirando, amamentada com bastante frequência e regada com a água do mar. E foi apenas na terceira lua que o brilho intenso e prateado finalmente cedeu. A criança chorou como nunca quando seus ossos quebravam e realocavam, formando pela primeira vez a cauda azul claro com pontas douradas e prateadas. Estalos apavorantes que gelavam mesmo a espinha de Hell. Os dentes afiados e triangulares combinavam com suas unhas estendidas, ainda que não fossem nem de longe tão longas quanto as de um sireno real. Em suas costas uma pequena barbatana, muito simplória e curta, apenas um palmo abaixo da linha dos ombros. Estava completo.

Agradeceu aos que estiveram a seu lado e naquela mesma noite voltou para Jordan. Assistiu enquanto, retirada do mar, a criança ganhou suas pernas de volta em um processo infinitamente mais simples. A dor não a parecia ter acometido como na primeira transformação, ainda que a bebê ainda parecesse bastante sensível. Em seu calcanhar uma marca inchada e proeminente garantia a permanência de uma vida dupla: uma pequena onda, do vale à crista, formada em tracejado prateado e brilhante, como se os próprios raios de lua se alojassem ali. Infelizmente, pelo esforço acometido, a criança precisou passar por quase uma semana de internação no Hospital Maria da Conceição.

Para a surpresa da ruiva, entretanto, tal qual Jordan prometera, voltaram para lá depois da recuperação. Helena a amamentava de hora em hora na água, vendo a cada vez que as ondas aninhavam sua pequena a cauda surgir com menos esforço. Aos poucos já parecia tão natural e indolor que a criança sequer parecia notar a diferença: assim que voltava de sua transformação durante a parte do dia, sua marca se mantinha praticamente sem brilho. Quando a deixavam sobre o luar, a marca se preenchia como a lua, parecendo 'recarregar' as transformações. Em breve descobriram que a lua cobrava seu preço.

Demorou muito para que Kiara aprendesse a controlar. Mesmo com a marca cheia não significava, necessariamente, que a menina devia a transformação. A benção lunar significava apenas a capacidade de o fazê-lo livremente, o que se tornava automático enquanto a menina não mantinha consciência de sua capacidade de não transformação. Mesmo após a morte da mãe, mesmo depois de ser deixada no orfanato ou até então, dois anos depois, quando sua irmão por parte de pai também foi largada ali, Kiara se transformou banho após banho, dia após dia, até passar a evitar o luar e se trancafiar dentro de casa para evitar acidentes. Em castelobruxo, quando começou a ter aulas, parecia-lhe mais uma maldição do que qualquer coisa!

Quando a marca brilhava em seu calcanhar, se às vezes teimava em descobrir o luar, pessoas jogavam-lhe coisas ou faziam torrentes de água brotarem da varinha apenas para vê-la cair com seu rabo de peixe no meio dos corredores. Apenas depois de começar os estudos sobre elementos e então após, quando passou a admirar a si mesma como uma sereia e um ser quase mágico, foi que finalmente passou a testar os próprios limites e descobrir suas capacidades e limitações: o tempo que ficava sob a lua era a mesma quantidade de tempo que podia fazer uma transformação quando esta não estivesse presente. Podia passar a noite como sereia e mesmo assim seu pequeno presente era preenchido com o luar para que o usasse nas manhãs.

Quando a lua nova vinha, seus poderes era cortados e se tornava inábil a usar de qualquer transformação além do que seu próprio hibridismo permitia. O ritual feito pela mãe, ainda que não soubesse exatamente disso, parecia ter tornado Kiara um próprio 'objeto' de canalização lunar, capacitando-a, através de sua marca, de forma inversa a que a luz a da lua capacitava as sereias no geral, dando para elas pernas enquanto dava para a Cheshire uma cauda. Um presente que demorou muito tempo para agradecer... Mas que, na vida adulta, a fez orar todos os dias para a lua pedindo que sua mãe tivesse paz e proteção para o mundo ao qual sua alma pudesse ter sido levada.
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Iemanjá
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Ter 5 maio 2020 - 20:07
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