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JAN2026
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7/06. atualização do tablón
1/08. estamos de volta
13/08. atualização dos ranks gerais do fórum
00mes
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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Ipupiara
TLC » Administradores
Ipupiara
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ADM
Qui 25 Jun 2020 - 21:32
[Festival das Caiporas 2020] Festa de encerramento
The Last Castle RPG

Às exatas 12 horas (meio-dia) do domingo do Festival, as provas se encerraram. Quem havia saído do casebre, seguia de volta ao centro da aldeia sem nenhum dano extra, já aqueles que não haviam conseguido se safar da luz, acabaram abraçados por seus reflexos e saíram do casebre mais abalados que outros.

À partir do momento em que chegaram ao centro da aldeia, entretanto, uma música começou a ser tocada pelos nativos de Tekoa, e a magia das caiporas se acalmou, trazendo um pouco de calma àqueles que a ouviam. Enquanto a música tocava, uma fonte que outrora estava seca, começou a jorrar água, e quem dela se banhasse ou bebesse, conseguiria curar a maioria de seus ferimentos, se limpar e se livrar de todos os azares, sentindo-se renovado e fortalecido.

No centro do pátio de pedra, 7 círculos de pedras estavam enfileirados, e ao lado de cada um deles encontrava-se um baú da cor de cada grupo, todos trancados, e abririam-se mais tarde, quando todos já estivessem devidamente vestidos e em ritmo de festa para celebrar e agradecer às caiporas.

A comida começou a ser servida desde que as provas se encerraram, e em uma enorme mesa de madeira que pegava quase de um lado à outro do pátio central, iam se renovando cada vez que as bandejas iam se esvaziando. Comidas, bebidas e guloseimas de todos os tipos e gostos iam surgindo, de acordo com preferências e desejos de quem estava em volta. A decoração colorida que sexta-feira adornava a tenda de madeira da entrada, agora se espalhava por toda a aldeia, com bandeirolas e fitas coloridas, balõezinhos que flutuavam magicamente para lá e para cá, e arcos de fumo e flores enfeitados para as caiporas.

O clima estava quente, tudo indicava que não choveria naquele dia, e isso era ótimo para não estragas as barraquinhas que foram montadas por comerciantes voluntários do festival. Instrumentos encantados tocavam músicas de acordo com os pedidos dos que ali estavam, vez ou outra parando para tocar músicas típicas de festas juninas não-maj e festas ciganas bruxas, também disponível para aqueles que quisessem mostrar seus dons artísticos no pequeno palco do festival. Cabanas de pano com se espalhavam pelo local, com almofadas coloridas e espaço suficiente para acomodar cerca de 4 bruxos de forma confortável.

Diferente do restante do festival, a festa de encerramento estaria aberta para quem quisesse participar apenas dela e ir embora em seguida. Os trens chegavam na Estação Florestal Amazônica às 14h em ponto, e também com suas vestes ciganas, em memória aos primeiros bruxos que contaram a história do festival e a passou adiante, os visitantes iam se juntando aos demais participantes, aproveitando a festa enquanto o resultado dos ganhadores não era anunciado.

Ambientação (clica aqui!)

Curiosidade 1: Os espantalhos foram incorporados nas festas e cultura não-maj, como algo que lhes ajuda a mantes as plantações seguras. Nós, bruxos, sabemos que o espantalho, nada mais é, que a retratação de uma caipora (ou curupira, em suas versões mais macabras).

Curiosidade 2: Se uma balãozinho flutuante paira em cima de você, é melhor não ignorar.

JOGO DOS BALÕES: Todo participante deve rolar um dado IM-0 e interagir com o resultado mostrado na lista abaixo:
Resultados - Jogo dos balões:

Barraquinha Dragão de Jade por Joshua Pereira Dunham:

Barraquinha Túnicas Esmeralda por Amélia Marques Brandão:

Barraquinha Melão Violeta por Manuela Rodrigues Freixo:

GRUPOS:

Postagens na festa:

OFF: Interações livres até dia 03/07 antes de sair do resultado dos ganhadores.
TLC.RPG
XIII


Última edição por Ipupiara em Sex 3 Jul 2020 - 0:59, editado 2 vez(es)
Lorena Bedoya Fialho
COMASUL » Auror
Lorena Bedoya Fialho
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COMASUL: Auror Estagiário
Sex 26 Jun 2020 - 3:06
Festival das caiporas - cura
Estava se sentindo fraca e a dor ou a perda de sangue a estavam deixando tonta e mais lenta que o comum, mas não se deixaria vencer pelo ferimento da mesma forma que não fora derrotada pelo seu reflexo. A determinação era grande, assim como a sensação de que não aguentaria muito mais. Beirando o desespero por não ver ninguém de seu grupo ou de qualquer outro, embora sentisse que havia olhares sobre cada um de seus passos – provavelmente vindo das próprias caiporas, e isso de certa forma era reconfortante. O roteiro que geralmente levaria vinte minutos se estendeu um pouco mais pois os passos eram curtos e as pernas moles, como se novamente estivesse aprendendo a andar. Em sua mente ecoava uma das músicas da mãe, quase um mantra, e que embora não tivesse sido lançada oficialmente, era cantada desde que Lorena conseguia se lembrar. We had nothing to lose, nothing to gain, nothing we desired anymore - except to make our lives into a work of art. Estava quase chegando no centro da aldeia e uma música começava a se fazer audível, mas a voz de Roberta ainda era mais alta. Live fast. Die young. Be wild, and have fun. Encerrou a voz pois a música ia ficando mais forte. Quando viu todas aquelas pessoas da tribo e dos outros grupos, sentiu os olhos encherem de lágrimas. Um choro de felicidade, de gratidão por ter chegado até ali. Água jorrava de uma fonte, mas Lorena apenas caminhou em direção a uma pessoa que ela reconhecia de longe e que sabia que saberia ajudar. Era instintivo, no fim das contas. Bianca era a pessoa que mais havia lhe ajudado até então, alguém que sabia do seu maior segredo e que se manteve leal a um laço que elas ainda nem tinham, mas que agora parecia forte. — Bianca, eu… eu preciso de ajuda. — Atraiu a atenção da mesma sem perceber na mulher loira muito parecida com a professora e chefe que também ferida. Aos olhos atentos da Torres conhecida, soltou a mão do machucado, sentindo o sangue escorrer ao mesmo tempo em que água jorrava e a molhava. Talvez fosse a música, talvez a água, mas parecia mais forte agora que estava ali. Matteo apareceu com um copo cheio de água e a pediu em tom de ordem, na realidade, para beber tudo com a promessa de que iria ajudar. Ela esperava que sim, mas de qualquer forma a professora já estava com a varinha na mão, pronta para devolver um pedaço de músculo para a garota.
time verde manhã festival das caiporas





she remembered who she was and the game changed.


Olivia Villa-Lobos
COMASUL » Funcionário da seção 1
Olivia Villa-Lobos
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COMASUL: Membro da Suprema Corte
Sex 26 Jun 2020 - 11:41
My love, My Life

Ela estava exausta. Seu dedo quebrado latejava e a ruiva caminhava com os braços cruzados a frente de seu corpo, os soluços saíam de sua garganta, fazendo seu peito subir subitamente vez ou outra. As lágrimas escorriam de seus olhos, as lembranças dolorosas da morte de Álvaro passavam como um filme de terror em sua mente, um filme que ela não conseguia pausar ou desligar. Tudo o que ela podia fazer era caminhar, voltando pelo caminho pelo qual havia passado para chegar naquele casebre.

Ao chegar, no entanto, uma música começou a tocar. A princípio baixa e constante, depois tornando-se mais alta, fechou os olhos, as imagens de seu noivo morto se esvaindo aos poucos, sendo substituídas por imagens mais felizes, imagens dos últimos cinco meses, os quais passara com Xavier e seu filho, Aquiles.

Olivia respirou fundo, os soluços parando de irromper por sua garganta aos poucos, invertendo-se proporcionalmente à música, que tocava mais alto. Ela fechou os olhos, ainda sentindo lágrimas escorrerem, mas por motivos completamente diferentes.

O auror fora quem esteve com ela em todos os seus piores momentos, depois da morte de Álvaro, fora ele quem a acalentou quando teve seu pesadelo mais corriqueiro desde que começou a tê-los. Ele quem cuidou dela, quando teve suas piores crises, e, claro, tinha seu extremo carinho por seu filho. Aquiles era o amor da vida da ruiva, nunca poderia ter feito nada de mal a ele.

Ainda se sentia culpada pelo que tinha acontecido com Álvaro e, pior, um novo sentimento de culpa começava a surgir no fundo de seu subconsciente: Olivia estava começando a sentir alguma coisa por Xavier.

Lágrimas silenciosas escorreram de seus olhos castanhos, enquanto se aproximava da fonte — que começara a jorrar água. Sentiu-se praticamente impelida pela água, o mínimo que podia fazer, naquela situação, era lavar-se. Olivia pegou um pouco de água fresca com as mãos em formato de concha, primeiro lavando o rosto, sujo de terra e lágrimas, e, só então lavando as mãos e os braços, sentando-se nas pedras.

Respirou fundo, fechando os olhos e jogando a cabeça um pouco para trás. Não sabia se era a música, ou se a fonte era mágica, mas alguma coisa a fez se acalmar o suficiente para parar de chorar, e — confirmando suas suspeitas sobre as águas que jorravam daquelas pedras — seu dedo indicador da mão esquerda não latejava mais, sequer doía.

Olivia desatou o nó apertado que havia dado na atadura que fizera para estabilizar o indicador quebrado, e o articulou algumas vezes, movendo-o livremente, percebendo que estava colado em seu devido lugar. Sorriu brevemente, procurando pelos outros componentes de seu grupo, que começavam a chegar, cada vez mais debilitados.

Paula já vinha, mancando, as lágrimas escorriam pelos olhos claros, mas havia algo de errado em sua expressão. Não era a expressão doce de sempre, muito pelo contrário. Ela parecia retorcida pela raiva, por um ódio que nunca havia visto na mulher, em todos os anos em que a viu na escola. Uma expressão vazia, fora de sintonia, como se não percebesse aquilo que estava a sua volta.

Seja o que fosse que tivesse visto, a tinha atingido tão fundo, que a mulher parecia um fantoche, guiado por cordas.

E Olivia entendeu, e resolveu não se meter em assuntos alheios. Ao em vez disso, procurou pelos seus outros companheiros: Matteo ajudava Lorena com seus machucados — a menina parecia realmente abalada, mas já estava sendo assistida por Bianca — Kachen... Não o havia visto ainda, mas deveria estar relativamente bem, dado as circunstâncias em que todos os participantes se encontravam.

Bom, estavam todos sendo auxiliados ou conseguiam se virar o suficiente sozinhos — no caso de Paula, a jovem preferiu manter a privacidade da bibliotecária.

Ela estava devaneando sobre os outros participantes, quando ouviu seu nome ser gritado pela pessoa que ela mais queria ver, vendo-o aparecer de mãos dadas com seu pai. Ele já estava pronto, uma blusa estampada em tons de marrom e bege e um colete de couro, com uma calça jeans preta, botas de couro marrom e um lenço branco amarrado na cintura, com o nó na lateral de sua cintura, fazendo o excesso de pano cair por sua perninha direita. Olivia sorriu para Aquiles e esticou os braços para recebe-lo, enquanto este corria para abraça-la.

— Oi meu amor. — disse, em um tom saudosista, apertando-o em um abraço, passando a mão em seus cabelos lisos e castanhos. — Está tudo bem com você? — perguntou após alguns instantes, afastando-os e apertando ambas as bochechas com as mãos.

E, assim que Aquiles a respondeu, Olivia finalmente notou o homem atrás do garoto, observando-os com um discreto sorriso em seus lábios.  A ruiva sentiu seu coração pular no peito. As lembranças que a acolheram quando ela chegou no Centro da Aldeia voltaram a sua cabeça, e suas bochechas coraram brevemente, fazendo seus pensamentos deslizarem pelos momentos de acolhida que Xavier havia lhe dado.

Like an image passing by, my love, my life
In the mirror of your eyes, my love, my life
I can see it all so clearly
All our love so dearly
Emme




Música que inspirou o post:


Olivia Villa-LobosAnd I don't know how I can do without, I just need you now.
EMME
Kachen Yabak
TLC » Adulto
Kachen Yabak
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Sex 26 Jun 2020 - 14:09
Seu corpo pedia por descanso depois de ter saído da cabana, sua mente queria a mais pura paz e seu coração batia forte quando disseram que um pequeno banho na cachoeira iria melhorar suas dores. Não demorou muito para que ele adentrasse a cachoeira mesmo vestido já que não tinha muito tempo, seu corpo se sentia melhor e sua mente concordava enquanto seus pés corriam para trocar de roupa.

No encerramento da festa decidiu que iria dar um pequeno show para as pessoas presente e sendo assim algumas pessoas chegavam de trem, dançarinos, DJ’s, algumas maquiadoras e também um figurinista. Com algumas horas de atraso as moças adentraram a pequena barraca do zelador o ajudando com o cabelo, a maquiagem e também a roupa para que o pequeno show saísse como planejado.

Saia da barraca com certa pressa e seu coração estava batendo cada vez mais forte, ele iria se declarar para Paula de um jeito que ela se sentisse confortável e esperava que seu irmão entendesse. - Muito bem pessoa, se posicionem e já sabem o que fazer! - Dizia aos bailarinos com um sorriso no roto em quanto subia no palco disposto ali esperando ela estrela que subiu logo em seguida.

- Boa tarde pessoal, espero que estejam gostando da festa, primeiramente queria que todos agradecessem as caiporas, espero que gostem da música. - Sua voz era calma até que a música começava a tocar.

Baby, you are just
Just right

Geoura geoura jebal jom malhaejuryeomuna
Jeoura neodo malhaejuryeomuna
Amugeosdo bakkul piryo eopsi yeppeudago
Jigeum geu moseup geudaero wanbyeokhadago

As primeiras frases saiam com uma harmonia, a dança sendo feita seria como se ele estivesse no espelho demonstrando para Paula que como se o espelho estivesse falando que a mesma era perfeita do jeito dela.

Manyang haengbokhamyeon dwae geokjeong eopsi
Bujokhan jeomi mwonji chatgi eopsgi
Geoul daesin geunyang nae nun bicheul barabwa
Jeoul daesin nae deung wie ollatabwa bwa


Mais um pouco da música demonstrava que ela tinha que apenas feliz e que não precisava se preocupar com que o espelho diz, Kachen descia do palco em quanto se aproximava dela em quanto dançava e abria um sorriso que a felicidade estava ali.

Amuri neol tteudeobwado
Bogo tto bogo tto bwado
Niga malhaneun an yeppeun bubuni eodinji
Geuge eodinji chajeul suga eopseo nan

Jigeumcheoreom manmanmanmanman man
Isseojumyeon nannannannannan
Baralge eopseuni neon amugeosdo bakkuji mamamama
Amu geokjeongmamamamamama
Neoui modeunge dadadada da joheunikka
Neoneun amugeosdo bakkuji mamamamama

Aquela canção demonstrava o que Kachen sentia por Paula desde o dia em que a conheceu na biblioteca, seu ritmo com a dança era composto em uma alegria imensa e ele falava com a mesma do fundo de seu coração. A música seguia por mais alguns minutos quando ele finalmente abriu um sorriso e se ajoelhou diante da mesma, não havia um anel formal ainda e mesmo ele dava uma leve risada. - Senhorita Paula, não precisa mudar, eu gosto de ti como você é, então quer namorar comigo? - A sua voz era visivelmente mais tímida e ao mesmo tempo firme, ele não esperava nada e mesmo com ou sem a resposta voltava a fazer seu show.

Play list do pequeno show:
Tradução da primeia música:
Dança - Just Right:
100 Ways
cactus
Ian Ruzzo
COMASUL » Chefe de Sessão 7
Ian Ruzzo
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Ocupação :
Chefe da Suprema Corte - COMASUL
Sex 26 Jun 2020 - 15:19

-Você possui talento para isso, rapaz. - Dizia Ruzzo surpreso com a eficiência de Julio ao tratar os ferimentos de Camélia.

Colocando uma mão sobre o ombro de Julio, Ian demonstrava um alívio com toda aquela situação, por mais que a senhorita Torres ainda se encontrasse desacordada, seus ferimentos estavam curados e assim que ela retomasse a consciência estaria apta a realizar suas atividades normalmente. O nervosismo de Julio era patente, não deveria ser fácil ver sua irmã ferida desmaiando em sua frente, mas fora louvável a atitude e a coragem com qual ele enfrentou toda aquela situação. Tudo estava encaminhado para que os cinco pudessem sair daquele casebre, mas um fato não esperado voltou a tornar a situação crítica. Ao olhar para trás, deparou-se com Maria Fernanda lhe apontando a varinha, assustado deixou sua varinha no chão e se levantou olhando fixamente para Maria.

-Ei Maria, se acalme! O que está acontecendo? - Questionava Ruzzo enquanto se aproximava lentamente da garota.

Em prantos a jovem deixava cair sua varinha, seu emocional fragilizado era traduzido por cada uma das lágrimas que escorriam pelo seu rosto. Aquele festival estava sendo uma provação para Mafe, as dificuldades iam se acumulando, e mesmo que ela tivesse totais condições de superar todos os desafios, sua instabilidade emocional resultava em uma série de tentativas falhas. Ao se aproximar, Ian abaixou-se para conseguir olhar diretamente nos olhos vermelhos e inchados de Maria Fernanda.

-Respire fundo, isso vai passar!
- Dizia Ian enquanto colocava suas mãos sobre o ombro da menina. - Mas agora, tente se acalmar, vamos todos juntos para o acampamento, lá você conseguirá ter mais sossego. - Finaliza Ian, ao mesmo tempo que buscava Liandra em seu campo de visão.

Definitivamente Liandra não estava naquele casebre, deveria ter saído dali enquanto Ruzzo estava focado em ajudar Camélia. Bem, precisavam sair dali o mais rápido possível ou não conseguiriam participar do restante das festividades, se bem que uma festa não seria a prioridade de nenhum deles após tudo aquilo.

-Julio, vou precisar da sua ajuda.
- Disse Ian, enquanto virava o pescoço para conseguir enxergá-lo, ao vê-lo o chamou com a mão.

-Bem, precisamos ir embora desse lugar, você consegue acompanhar a Maria Fernanda enquanto eu levo sua irmã para o acampamento? - Perguntava enquanto acenava com a cabeça.

Ian se aproximava de Camélia, com cuidado a pegava nos braços, não era difícil carregá-la, ela era extremamente leve, mas por estar inconsciente seu corpo não conseguia se manter fixo, toda hora escorregava o que fazia com que Ruzzo tivesse que ajustar sua postura a todo o momento.
Quando os quatro saiam daquele casebre, se depararam com Liandra postada em frente a porta, estava com a cara levemente inchada, de certo havia chorado, mas por hora se encontra nos encarando.

-Ah que bom, você está aí Liandra. Vamos indo nessa? - Chamava Ruzzo, que continuava a andar em direção ao acampamento.

[...]

O caminho de volta foi muito exaustante se comparado com a ida. O cansaço havia chegado, Camélia já estava pesando mais de uma tonelada nos braços de Ian, mas o trajeto estava perto do seu fim, era possível ouvir uma música calma tocando ao fundo, uma fonte exuberante jorrava água, pelo que aparentava aquele era o local de chegada.

-Bem, Julio você cuida de sua irmã enquanto eu levo Liandra e Maria para seus responsáveis? Vejo vocês dois mais tarde. - Questionava enquanto colocava Camélia com cuidado ao lado da fonte.

Chamando as duas garotas, Ian continuava sua caminhada em busca dos adultos responsáveis por cada uma delas. Haviam muitas pessoas naquele festival, não seria algo fácil, mas elas certamente se lembravam de onde estavam instaladas .


Observação:

Narradora
TLC » Administradores
Narradora
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2520
Ocupação :
Contar Histórias
Sex 26 Jun 2020 - 15:19
O membro 'Ian Ruzzo' realizou a seguinte ação: Lançamento de Dados


'IM-0' : 3
Mavis Orn. Bedoya
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Estagiária
Mavis Orn. Bedoya
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Ocupação :
Estudante de Saúde Bruxa
Sex 26 Jun 2020 - 15:24
Festival das Caiporas
Uma vez de volta ao centro da aldeia, depois de ter passado sabe-se lá quantos minutos tentando se recuperar de um maldito feitiço e mesmo assim ainda se sentir sequelada, Mavis fez uma careta ao dar de cara com aquele monte de gente e o batidão das músicas que tocavam por todo o local. O corpo inteiro estava dolorido, a cabeça latejava e o cérebro ainda parecia incapaz de processar qualquer coisa direito. Resumindo: ela estava grogue, com machucados decorrentes da queda que havia sofrido e magoada. Magoada, sim. Porque aquela maldita duplicata tinha conseguido afetá-la de tal forma que quando a garota se lembrou das palavras da imagem, sentiu vontade de sentar e chorar. Coisa que não era nenhum pouco a vibe dela. Ouviu uma voz chamá-la e demorou cerca de alguns segundos para focar o rosto da pessoa. — Oi, Malv. Eu preciso ir… ali. — Fez um sinal indicando a fonte de água, que se ela havia ouvido bem, era capaz de curar seus ferimentos. Por um momento se perguntou se aquela água seria tão milagrosa a ponto de curar os ferimentos que haviam sido deixados na alma dela também. — Quer ir comigo? — Perguntou a amiga. Malvina tinha o poder de deixar qualquer um mais leve somente com a presença. Mas além disso, desde que tinha se permitido conhecer a de cabelos róseos, Mavis sentia cada vez mais necessidade de tê-la por perto. Não entendia muito bem o que estava acontecendo, só que nunca fora muito boa em refrear as próprias vontades também.

Junto de Mogli, que havia aceitado acompanhá-la, seguiu para a fonte. Não se importando com as roupas, apenas deixou o corpo afundar na água e prendeu a respiração para que submergisse completamente sem maiores problemas. Não demorou muito para que sentisse as dores aliviarem, os machucados e até mesmo a sensação de estar dopada. A única coisa que não mudou fora seu psicológico. — Não é que funciona? — Sorriu, voltando a atenção para Malvina. Em um ato quase brincalhão, usando as mãos jogou um pouco de água no rosto da amiga.  — Melhor? — Não sabia se a outra tinha sofrido tanto assim, pois aparentemente ela parecia melhor do que qualquer outra pessoa que Mavis havia encontrado. Se bem que no estado em que estava, não seria capaz de distinguir uma pessoa plenamente saudável de uma que precisava de ajuda. — Acho que agora só nos resta aproveitar esse festival, hm? Enquanto esperamos os resultados. — Saiu da fonte rapidamente e levou as mãos até os cabelos, torcendo-os para retirar um pouco da água.

Vem, Mogli! — Segurou uma das mãos da menina e puxou por entre as pessoas, estava caindo em si novamente ao ponto de querer se deixar levar pelas emoções. Era óbvio que em algum momento acabaria tendo que lidar com os fantasmas. Guiando Malvina para uma das barraquinhas, se sentou entre as almofadas e continuou puxando a garota para ir junto com ela. Só se tocando naquele momento que nem sabia se era o que ela queria. — Desculpa, Malv. Só saí te puxando por aí sem nem perguntar se você queria me acompanhar. Eu não sei o que está acontecendo comigo hoje. — Sorriu meio sem graça.
✵ com malvina ✵
larvita




NOT A MARTYR — i'm a problem; i am not a legend, i'm a fraud so keep your heart, 'cause i already got one.
Camélia Torres
TLC » Fantasma
Camélia Torres
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Ocupação :
TLC: Fantasma
Sex 26 Jun 2020 - 16:34
Festa de encerramento
grupo laranja
26.07
Tekoa Kuahary
 
Socorrida por Ian e Julio, Camélia permaneceu desmaiada. Aquela fora a melhor coisa que poderia ter ocorrido nessa situação, pois uma vez acordada e com o grande misto de dor e pânico pelo ferimento significativo que havia adquirido, provavelmente perderia o controle sobre a leitura de sentimentos alheios e acabaria surtando por isso. No pior dos casos poderia ter atingido todos ao seu redor com seu desequilíbrio, gerando emoções que certamente as duas garotas não precisam e nem podiam sentir naquele momento. A loira só voltou a abrir os olhos quando sentiu água – grandes quantidades atingindo sua coxa cuja área ferida parecia anestesiada graças ao suporte de Ian, e se ela tivesse conseguido olhar para o ferimento veria o excelente trabalho do irmão em recuperar seu músculo. No entanto, só conseguia ouvir a música e sentir gotas refrescantes pelo resto do corpo. Os sons foram ficando mais próximos, assim como as sensações pareciam mais reais. Em função da perna ainda anestesiada, teve de ficar um bom tempo sentada. Aproveitou para apreciar o momento de música e calmaria, uma sensação de paz pairando em sua alma com o passar dos minutos. Trouxeram-lhe água e comida, assim como recebeu atenção dos preocupados, liberando-os para aproveitarem também. Mais tarde agradeceria os seus socorristas, mas por hora tudo o que podia e queria fazer era ficar sentada assistindo os moradores de Tekoa tocarem suas músicas, e mesmo encharcada, não se preocupou. Ao seu lado sentou uma garota de cabelo rosa que parecia tão animada e apaixonada pelos residentes do lugar quanto Camélia, e elas trocam um breve sorriso antes de voltarem ao momento de contemplação.

Ficaram assim por um bom tempo, mesmo quando uma terceira pessoa se uniu a elas e ficou abraçada na criatura de cabelos rosados. Só saiu dali quando a perna voltou a dar sinal de vida e sentia leves fisgadas na coxa, o que a fez caminhar com o resto de dignidade que tinha até o poço, fazendo das mãos uma concha para pegar água pura e deixar cair sobre o local que fora arrancado antes. Repetiu o gesto até não sentir mais fisgadas, mas ainda assim sabia que precisava se cuidar para não acabar causando novas dores. Era magia, não milagre, mas já estava tão melhor que depois de um bom banho, quem sabe até se unisse aos demais para comemorar a data. Ela nunca participava das festas, ficava trancafiada na cabana ou quarto até a hora de pegarem o trem, mas dessa vez queria estar lá. Talvez pudesse ficar um pouco mais com os irmãos, talvez com Lira. Aliás, não a viu em lugar nenhum, então imaginou que ela já havia ido embora. A essa altura, concluiu que também era o momento de ir. Já havia aproveitado o suficiente a música e a água com poder regenerativo, o irmão estava bem e Bianca estava lidando com seus alunos. Se levantou e tentou proteger as pernas expostas pela ruptura no tecido da saia e caminhou rapidamente para a estalagem do Lobo-Guará, onde tomou um banho relaxante e demorado antes de começar a se arrumar.

Para o festival, a irmã havia ajudado a separar um visual que tinha uma saia chamativa e bastante joias. Camélia vestiu o que ela declarou ser a sua versão de árvore de natal, deixou os cabelos caírem em ondas após ficarem secos e escovados. Passou uma maquiagem suave, realçando somente os olhos e os lábios com uma cor de sangue seco que parecia até um ato de deboche considerando o que acontecera naquela manhã. Procurou pela amiga ruiva, mas ela não estava na estalagem, pelo menos não no quarto reservado a elas. Riu sozinha, seguindo para a festa onde, com alguma sorte, encontraria Ian para poder lhe agradecer pela ajuda, assim como Julinho que a cuidara como um excelente medibruxo.

+ VESTINDO +

INFORMAÇÕES:



 
 


Última edição por Camélia Torres em Sex 26 Jun 2020 - 16:39, editado 1 vez(es)
Narradora
TLC » Administradores
Narradora
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2520
Ocupação :
Contar Histórias
Sex 26 Jun 2020 - 16:34
O membro 'Camélia Torres' realizou a seguinte ação: Lançamento de Dados


'IM-0' : 9
Marina Santini Dalavia
JAGUAR » Goleira
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281
Ocupação :
CB - Goleira Jaguar
Sex 26 Jun 2020 - 18:20
Oh, wow! Festa de encerramento!
Aurora era uma amiga que eu tinha me aproximado pouco tempo antes do início das férias depois de ficar sabendo que ela havia chorado na aula de quadribol. Paola dividia o alojamento conosco e havia comentado inúmeras vezes sobre a forma como a ruivinha havia a tratado, sendo pior ainda quando ela foi a enfermaria e o malvado enfermeiro a tratou ainda pior. Era difícil ver Lola demonstrando tamanha tristeza pois todas nós estávamos muito acostumadas com uma loira cheia de autoconfiança e que dificilmente abaixava a guarda. Eu quis ouvir o outro lado e acabei descobrindo em Rora uma pessoa cheia de luz, uma que parecia muito com a minha já que ela também era elétrica, divertida e o que alguns caracterizariam como maluquinha. Vê-la ferida havia sido bastante doloroso, ainda mais da forma como ela parecia ainda mais delicada assim, ferida. Eu não sabia exatamente o que fazer e não era nenhuma fênix para que minhas lágrimas a curassem nesse caso, e então Caetano resolveu tomar a frente da situação, pegando Aurora em seu colo e a levando em direção ao centro da aldeia. Fui atrás deles, assim como o restante do grupo, e quando chegamos lá, os moradores da tribo começaram a tocar uma música tão linda que uma fonte seca começou a jorrar água. Alguém disso algo sobre efeitos curativos, mas na dúvida eu caminhei até ela, jogando-a para cima e pulando como se fosse chuva. Vi algumas pessoas que estavam com a aura pesadinha e joguei água nelas também. Foi quando vi Mavis e senti meu coração se rachar em tantos fragmentos que eu quase chorei. Ela parecia arrasada, física e mentalmente, e eu não sabia o que havia acontecido com ela, mas o que quer que fosse eu queria ter podido passar no lugar dela e evitar de vê-la daquela forma. Me aproximei dela sem nem perceber, a encarando com preocupação. Eu choraria quanto fosse necessário para que ela se curasse. Faria tudo que estivesse ao meu alcance e um pouco mais. — Mav? — Não ousei perguntar se ela estava bem, era nítido que não estava. Ela me encarou por um tempo que pareceu demorado demais, me deixando ainda mais preocupada, e então me disse que precisava ir até a fonte. Concordei em ir com ela, pensando se deveria segurar em sua mão para ser seu ponto de apoio, mas não era somente por isso que eu queria ter aquela dose de contato físico. Na verdade, esse era um dos momentos em que eu não sabia exatamente o que estava sentindo, e acontecia com frequência nos últimos tempos quando ficava na companhia dela.

Mavis caminhou até a fonte e entrou nela. Eu arregalei os olhos, pensando na loucura que era aquelas pessoas bebendo da mesma água que os outros se banhavam, mas a água não ficava suja nunca, então o que quer que garantisse a cura, também a mantinha limpa e potável. Vi a morena afundar o corpo na água e mergulhar, parecendo a sereiana mais linda que eu já vi em toda a minha existência. Assim como as criaturas aquáticas, algo na cena me atraía a entrar na água junto, mas eu estava bem e já tinha me curado totalmente quando brinquei de chuvinha, então deixei que ela tivesse o seu próprio momento. Quando voltou a superfície, tinha um belo sorriso na face e parecia recuperada, embora algo dentro dela ainda estivesse brilhando em cores de aura de quem não estava assim tão bem. Quando fui perguntar o que era, recebi uma concha de água na cara que me fez gargalhar. Essa era a energia que eu esperava da garota, que logo saiu da fonte e foi retirando o excesso de água do cabelo e das vestes. Até assim ela conseguia transmitir tanta fofura e beleza que eu parecia uma boboca sorrindo sem motivo. Mas eu tinha, e ele estava bem na sua frente. Amigas são assim, não é? Se emocionam com as coisas simples feitas pela outra. — Vamos aproveitar o festival enquanto as caiporas contabilizam ou sei lá. Talvez todo mundo tenha ganhado, sabe, pois o intuito aqui é louvar as criaturas e não ver quem é o melhor bruxo, ou os melhores. Faz sentido? — Provavelmente não, mas ela não estava preocupada com isso. Mavis pegou em minha mão e me guiou para o local onde o festival ocorria. Só tive tempo de pegar um sanduíche de cima da grande mesa e fui comendo enquanto ela abria caminho para nós.

Fomos caminhando pela festa e eu não podia estar mais feliz, mesmo que uma parte de mim ainda estivesse preocupada com ela. Estava quente e o sol se fazia majestoso em nossas cabeças, e as pessoas estavam vestidas parecidas com as ciganas que andavam por aí com seus sorrisos divertidos e sua aura de quem possuía a benção da mãe natureza. Haviam cabanas por todos os cantos com um ambiente mais fresco e com almofadas para parecer confortável. Mavis achou uma disponível e me puxou para dentro dela, parecendo tão instável, como se estivesse fugindo dos sentimentos de forma automática que parecia até um pouco sem sentido. Sentei ao seu lado, ficando de frente para ela e tocando a sua mão para chamar a sua atenção. — Eu também não sei o que está acontecendo, Mav, mas eu não estaria melhor em qualquer outro lugar e em qualquer outra companhia. Onde você quiser ir, bom, eu vou junto bem feliz. — Disse com a mesma naturalidade de sempre, sentindo o coração aquecer e vibrar em boas energias que eu tentava mandar para ela. — O que posso fazer para você se sentir melhor? — Perguntei, jogando meu cabelo meio molhado e ao mesmo tempo meio seco para trás.


~ VESTINDO ~

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MMarina Dalavia
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Sex 26 Jun 2020 - 18:20
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Bianca Torres
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Bianca Torres
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Sex 26 Jun 2020 - 18:29
Início da Festa
Assim que a parede se estilhaçou, a porta ressurgiu no cômodo e voltou a ser aberta. A quarta a última tarefa do festival havia sido finalizada, enfim. Todos no grupo da loira estavam bem, pelo menos era o que parecia. O grupo caminhou sem muito conversar até o centro da aldeia onde toda a decoração havia mudado e a festa estava para começar a qualquer momento. Havia fontes espalhadas por ali, cuja água era curativa como em todos os anos em que o festival acontece, mas a decoração era diferente e aconchegante.

A escritora andava a caminho de sua barraca para se trocar e descansar um pouco antes de voltar para a festa quando deu de cara com sua estagiária extremamente debilitada. Ao tirar a pressão do ombro, foi possível ver a ferida se reabrir e o sangue escorrer até a ponta dos dedos. A docente sentia vontade de amaldiçoar as caiporas por sempre aceitarem testes tão macabros, mas não podia o fazer. — Lorena, tenta ficar calma, eu vou te ajudar. — Disse, se aproximando da garota debilitada. — Estanque Sangria. — Conjurou com a varinha apontada para o deltoide exposto e em seguida guardou a varinha na cintura de sua saia. — Vem comigo. — Disse, por fim, quando apoiou o braço esquerdo na cintura da garota a fim de ajuda-la andar até uma das fontes.

Sentadas a beira da fonte, a docente aproximou a ponta de sua varinha do ferimento no braço da mais nova para conjurar um segundo feitiço curativo. — Musculum Remendo. — Sussurrou. No segundo seguinte, Matteo, um de seus alunos — admirado pela coragem — e primo da estagiária ferida se aproximou com um copo cheio com a água da fonte curativa. — Obrigada, Matteo. Isso vai te ajudar. — Concluiu. Assim que a Bedoya virou o copo em sua boca, a mudança foi visível. Sua pele brilhava mais, as bochechas se coraram, e os ferimentos desapareceram por completo, deixando apenas a marca de sangue como lembrança.

(...)

A loira trajava um vestido folgado, tipicamente cigano, com algumas jóias espalhadas pelo corpo. Pronta para a festa, e depois de um belo descanso, saiu de sua barraca as exatas 14 horas esperando poder encontrar algum de seus acompanhantes o mais breve possível. Miguel e Paulla provavelmente estariam em alguma barraquinha de doces, Camélia vagando com a amiga ruiva, Julio com era melhor nem imaginar, e ela? Provavelmente ficaria sozinha até ter bebido o suficiente — em honra às caiporas, claro — para sair fazendo amizade com desconhecidos.

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do you know all the power that you hold
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Sex 26 Jun 2020 - 18:29
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Sex 26 Jun 2020 - 19:03
☾26/07 – 14:00☽ - ☾Sol forte e vento fresco☽ - ☾Festival das Caiporas☽ - ☾VESTINDO☽
Festival das Caiporas

   No meio do caminho entre o casebre e a volta para a vila eu acordei, o sol ainda rajava forte, mas as árvores ao redor proporcionavam uma brisa fresca e úmida. Caetano tinha sido um anjo, pois nas duas vezes que me dei mal nessa aventura toda foi ele quem me ajudou. Então assim que ele me colocou de volta no chão eu o abracei – Muito obrigada mesmo, Senhor Caetano! – Certamente minha tia já estaria na vila para o encerramento e se ela me visse desmaiada iria surtar. Por isso o melhor foi eu ir andando, talvez um pouco mais devagar, com os meus companheiros de aventura.

 Ao nos aproximarmos da vila já era possível ouvir o falatório daqueles que voltara, ou nunca saíram, misturado com a música alegre. Os nativos haviam montado um banquete magnífico e os instrumentos tocavam sozinhos a bela música ao fundo. Inclusive o cheiro inegável da comida fez minha barriga roncar e isso me fez rir. Quando nos aproximamos pude ver algumas barraquinhas de comerciantes montadas e os voluntários os ajudando nas vendas. Algumas pessoas ao nosso redor se mostravam extremamente entusiasmadas, o que me fez acreditar que as comidas e bebidas eram bem típicas de sua cultura. Não se passou um minuto antes de ouvir a voz de Rafaela me chamando ao longe, pude ver ela puxando Alice para longe de uma barraca de doces antes de vir correndo na minha direção.

- Ai! – Falei quando elas me abraçaram com força, pois ainda sentia as dores do tombo. – Eu me machuquei um pouco nesse último desafio... – Murmurei esfregando minha cabeça.

- Ai Aurora... Não deixe sua mãe saber disso – Ela me olhou nervosa – Mas vem cá, já sei como resolver. – Meu grupo me acompanhou junto com Rafa para uma fonte no centro da aldeia. Tinha quase certeza que nunca tinha avisto, pelo menos não jorrando água. Ela pediu Alice buscar uma toalha e uma muda de roupas na minha tenda e se sentou comigo na beirada da fonte. – Ok, querida. Você vai entrar a aí, deitar-se e relaxar. Se deixa boiar e ouvir a música... Pode até fechar os olhos para se deixar vagar mais rápido. – Não me parecia algo muito místico o fato de haver águas mágicas por aqui, o que eu achava estranho era isso só ter aparecido agora. Só que eu não tinha mais nada para fazer, vi que outras pessoas faziam o mesmo ou até bebiam da água, mas mergulhar parecia melhor. Fechei os olhos e respirei fundo... Pude sentir o tremular de luzes na água e quanto mais eu deixava meu corpo relaxar menos dores eu sentia. A dor na parte de trás da minha cabeça sumiu quase que ao mesmo tempo do meu pé; eu já tinha meio que perdido as contas de quantas coisas machuque quando voei contra aquela parede.

 Abri meus olho vagarosamente deixando a luz entrar de vagar e as imagens borradas se tornarem formas. Estava me sentindo bem melhor, animada para ver se tinha dado certo e o que ela estaria sentindo ao sair da água. – E ai? – Perguntou Alice me estendendo a toalha. Na mesma hora abri um grande sorriso e pulei para fora da fonte. Eu estava realmente muito melhor e louca para aproveitar cada detalhe daquele lugar.

- Estou muuuuuuuuuuuuuuito melhor! – Ri e pulei enquanto me recava antes de colocar a roupa seca. Era um vestido verde musgo, não muito acima do joelho, com algumas franjas. – Será que devemos comer primeiro? Aquele milho está tão cheiroso! Ou ou ou! Balões! Temos que jogar nos balões! – Eu corria de um lado para o outro apreciando cada detalhe de tudo, acho que minhas tias quase não conseguiram me acompanhar, mas o que me fez parar foram realmente os balões. Via cada um sair com um desafio e acho que aquilo era uma boa forma de fazer as pessoas saírem de seus cantos.

Spoiler:

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Sex 26 Jun 2020 - 19:03
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Lorena Bedoya Fialho
COMASUL » Auror
Lorena Bedoya Fialho
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COMASUL: Auror Estagiário
Sex 26 Jun 2020 - 20:41
Vamos a bailar
Os trouxas chamariam Bianca de fada madrinha de Lorena, mas ela não ousaria vê-la dessa forma. As fadas não são assim tão úteis e ela havia tido encrenca com as campestres um dia antes, quando tropeçara e dava a carne de presente para ser fatiada pelas criaturinhas. Claro que os cortes sequer se comparavam ao estrago feito por ela mesmo com o intermédio da sua versão diabólica do segundo sol, mas ainda assim era preferiu evitar a comparação ao se jogar na fonte após a professora lhe curar a ferida e o primo observar sua melhora. Lorena não sabia se poderia entrar até ver outras pessoas fazendo, e então mergulhou, sentindo o ombro aliviar e a água purificar o corpo, regenerando as suas forças. Estava em paz de espírito absoluta após ter conseguido enfrentar a sua pior versão e prosperar, então referente a si mesma, não poderia estar mais orgulhosa. Quando se sentou na borda da fonte e se viu toda molhada e sem nenhum resquício de sangue, em si ou na água, notou que não somente o ombro estava regenarado como também os pequenos cortes das fadas haviam sumido. As marcas de quando caíra de joelhos também já não estavam ali e parecia que sua pele tinha sido hidratada com a mais potente das poções de autocuidado. Essa era a graça de todo ano participar dessas tarefas tão complicadas: o aprendizado ficava encrustado na alma, não no corpo. Levantou e sentindo a roupa pesar muito mais do que antes, mas ainda quase nada comparado ao fato de não sentir dor alguma. Caminhou para sua barraca sem ver Cecília, Mavis ou Matteo.

A água do banho não era tão saborosa quanto a da fonte, mas o fato de ser quente a deixava perfeita. Secou o cabelo o prendendo em um rabo de cavalo e começou todo o processo de maquiagem, que não precisou de muito reboco pelo efeito maravilhoso que a fonte a havia dado. Nenhum iluminador conseguiria deixar a pele tão iluminada nos pontos certos quando a água deixara. Depois da maquiagem e do cabelo, se vestir e encher o corpo de joias foi fácil e bastante rápido. Pela primeira vez desde que chegara não usaria coturnos nos pés, mesmo sendo um ambiente propício para tal. Se havia algo que haviam aprendido com a mãe era a saber caminhar sobre bons saltos altos, e um truque para garantir quando se sabe que vai se estar um pouco menos sã do que o normal é aderir a saltos grossos como o que ela escolheu para aquela noite. Munida de dinheiro o suficiente para ter uma noite divertida, saiu da barraca e caminhou para a festa.

E foi ali que percebera que estava total e completamente sozinha. Mavis e Mogli estavam juntas e ela resolveu não atrapalhar pois somente as duas não haviam percebido o que estava acontecendo entra elas, ao mesmo tempo em que achar uma agulha em um palheiro parecia mais fácil do que achar Matteo. Se Cecília estava na festa, estava muito afastada das barraquinhas que vendiam as bebidas e comidas. Aliás, comprar algo para beber parecia uma ótima forma de começar a noite. Nada alcoolico, pois era menor de idade e as caiporas estavam de olho, mas na barraca da loja dragão de jade havia uma bebida chamada de café de saci, a qual ela já tinha certa afinidade e que inclusive descobrira por meio de sua mãe, que dizia ficar mais solta para cantar nos shows quando tomava o café em boa quantidade. Depois do ocorrido na clareira, ela devia isso as criaturas, certo? — Olá. Uma xícara de café do saci, por favor. — Pediu sem muita emoção para não parecer a adolescente animada para aproveitar algo inédito pela primeira vez. Assim que fez o pagamento e recebeu a xícara, se afastou da barraquinha para beber o líquido quase todo em um gole só. A tarde estava quente assim como o café, mas ela queria mais emoção. Não poderia terminar um festival maluco como aquele sozinha e triste. Assim que terminou a bebida retornou a lojinha e pediu uma segunda dose. Depois dessas duas, ela sentia mais do que só calor: parecia mais leve, como se flutuasse. Deixou o copo que servira como xícara naquela ocasião sobre a bancada da tenda e foi para o meio do festival onde algumas outras pessoas dançavam. Lorena pulava num ritmo próprio, dançando como se não houvesse amanhã. Na cabeça dela só havia o agora, e ele era muito divertido e engraçado. Ela e um grupo de pessoas aleatórias se uniram naquela dança maluca e ela ficou exatamente assim, saltitante e pulando como um sapo – a mera ideia a fez rir alto.

VESTINDO

GASTOS::

time verde tarde festival das caiporas





she remembered who she was and the game changed.


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Sex 26 Jun 2020 - 20:41
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Liandra Pereira Dunham
CASTELOBRUXO » Aluna
Liandra Pereira Dunham
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Aluna
Sex 26 Jun 2020 - 22:00


Like I’m Gonna Lose You
So I'm gonna love you like I'm gonna lose you
And I'm gonna hold you like I'm saying goodbye
Liandra se abraçava vendo Ian caminhar desajeitadamente com Camélia no colo, as lágrimas escorriam de seus olhos em um choro silencioso. Mal se parecia com aquela garota do dia anterior, que parecia ter tomado seis xícaras de café pela manhã.

Coisas aleatórias ainda chamavam sua atenção — como as pequenas flores que apareciam aqui e ali — mas a voz da Liandra da parede (a creepy girl como a apelidara) vivia voltando a sua cabeça, tornando difícil a tarefa de parar de chorar. Silenciosamente, a loira seguia o único adulto responsável que estava consciente — levando o outro adulto responsável, que a havia ajudado por algum tempo, naquele dia e no anterior — soluçando e abraçando-se, deixando as lágrimas caírem de seus olhos.

Lentamente, eles chegaram ao Centro da Aldeia novamente — o caminho de volta parecia mais longo, talvez por causa do cansaço — e dera tempo à quartanista para parar de chorar. Uma música começara a tocar assim que chegaram, ao mesmo tempo que a fonte começava a jorrar, a água escorrendo pelas pedras multicoloridas.

Lia acompanhou o grupo até a ponte, e, aos poucos sua mente se acalmava. Ela conseguia se concentrar no que estava fazendo, ao menos, colocando pé ante pé, enquanto os seguia. Ian colocou Camélia, que começava a acordar, na ponte e pediu para que Júlio cuidasse da Torres até então desacordada. A loira olhou para o homem mais velho, piscou algumas vezes, e assentiu.

— Eu preciso encontrar... Encontrar o meu irmão. — murmurou a jovem, um pouco desorientada, mesmo que sua mente começasse a clarear. As palavras da Liandra da parede ainda ecoavam na mente da loira da vida real. — Ele tem uma barraca por aqui... Eu acho que eu posso...

Não, Liandra não tinha condições de ir até seu irmão sozinha. E sua prima deveria estar em algum lugar por ali, também, cuidando de sua vida com os amigos.

Ela levou Ian e Maria Fernanda à barraca em que seu irmão estava vendendo seus doces e bebidas mágicos e tradicionais da China e, a primeira coisa que fez quando o encontrou, foi abraça-lo, sentindo mais lágrimas escorrerem por seus olhos azuis, molhando o casaco vermelho vinho que o irmão usava, aberto. Ele disse alguma coisa a Ian e abraçou a irmã de volta.

A pesar da música que tocava a acalmar consideravelmente, Liandra ainda era uma adolescente de quatorze anos. As inseguranças ainda estavam lá, e se tornavam piores graças a sua TDAH.

— Está tudo bem... — dizia Josh, passando a mão nas costas da irmã. Então a afastou, secando suas lágrimas. — Por que você não vai tomar banho? Eu te dou um chocolate de Kamadhenu. O que acha?

Liandra assentiu, seguindo em direção à sua cabana que dividia com o irmão.

[...]


Não muito mais tarde, vestida com sua roupa típica de cigana, Liandra voltou à barraca de seu irmão, para ajuda-lo com as vendas. Ela viu Kachen Yabak cantar e se declarer para a bibliotecária enquanto tomava seu Chocolate de Kamadhenu, sentindo-se imediatamente em casa. Sorriu para seu irmão e ele sorriu de volta. Ele com certeza sabia com animar a irmã mais nova.

Quando ele disse para ela se divertir, seu sorriso foi ainda maior.

— Eu não ia te ajudar? — perguntou. E ele simplesmente respondeu com um aceno de cabeça.

Liandra pulou de felicidade, abraçando o irmão. Terminou de tomar o chocolate com um único gole, queimando a boca no processo. O show de Kachen estava acabando, e a menina sorriu de lado. É, era hora de mostrar um pouco de si para o mundo.

Subiu no pequeno palco, pegando um violão e sentando-se no banquinho alto, fronte ao microfone. Ajustou-o para ficar a sua altura e deu algumas batidas para testar, tal como testando alguns acordes no violão para ver se estava afinado. Sorriu para seu público e mordeu o lábio, nervosamente. Suas mãos tremiam brevemente, mas olhou para seu irmão mais velho, que a encorajou com um simples aceno com a cabeça. Fechou os olhos.

— Olha, é a primeira vez que canto para tanta gente. — disse, com a voz levemente trêmula no microfone. — Meu nome é Liandra Dunham. Eu vou cantar uma música que fez algum sucesso por aí. Espero que gostem.

Olhou para o violão que estava na sua mão e respirou fundo, começando com os primeiros acordes da música Like I'm Gonna Lose You, da Meghan Trainor. Mordeu o lábio e, com os olhos fechados, começou a cantar no microfone:

I found myself dreaming. In silver and gold. Like a scene from a movie. That every broken heart knows…

Quando a música acabou, e uma multidão a aplaudiu, Liandra se levantou, fazendo uma reverência ao público e sorriu, voltando ao microfone.

— Obrigada. Me sigam no Witchgram! — disse, fazendo o sinal de “paz e amor” com a mão esquerda, então correu para descer do palco, deixando o violão em seu suporte antes de descer.

Gastos:




música que Liandra cantou:


liandra dunham
Don't want to stop, give up, I want it all 'cause I just ain't had it enough
Sage C. Torres
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Sage C. Torres
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Sex 26 Jun 2020 - 22:07
THE BOY WHO CHANGED

17 anos, 25 de Julho de 2013


Já havia se perdido dos primos, afinal, eram muitas atividades apresentadas no Festival das Caiporas. O menino procurou Bianca de um lado para o outro, assim como, seu irmão Tiago. Damon já não dava notícias há tanto tempo, Sage sentia falta dele. Percebendo-se sozinho em meio ao tanto de pessoas no festival, o menino tentou achar algo para fazer. Suas roupas mal cabiam nele, estava sempre aumentando de tamanho. Já tinha tentado de tudo: dietas, ficar sem comer, mas nada parecia ajudar ele. Conforme aumentava, as piadas dos outros pareciam ficar piores. Dentuço, baleia, rolha de poço, esses eram um dos muitos apelidos que usavam para definir o jovem. Percebeu algumas meninas passando perto a ele, dizendo: - Gente, como será que ele vive? Deve ser triste ser tão gordo assim. - As três serviram juntos. Por já estar acostumado com comentários como aquele, Sage apenas tentou ignorar.

Seus passos o levaram até uma pequena tenda armada na parte central do evento. "Descubra seu futuro", assim dizia os escritos numa placa de madeira, devia ter sido pintada a mão. O garoto entrou na pequena tenda vermelha. Lá, sentada e trajando vestes extravagantes, estava uma cigana: - Gostaria de saber seu futuro, filho? Venha, sente-se! - Sua voz era doce, mas foi quase uma ordem. Sage sentou na cadeira minúscula, sentiu-se apertado pelas laterais. Ele era grande demais para o objeto. A cigana pareceu não ligar para aquilo, ela era uma das poucas que não ligava. O menino ficou olhando da mulher para a mesa, existia um baralho colorido lá. - Vamos, corte o baralho. - O menino pegou as cartas, usou todo cuidado que poderia ter. Ele embaralhou as cartas, posteriormente as devolvendo a mesa. - Agora corte em três montes. - A cigana bateu as duas mãos. Sage a obedeceu, dividiu as cartas em três pilhas.

A mulher puxou as três cartas em destaque, ainda viradas para baixo. As virou lentamente, revelando as paisagens desenhadas nas cartas. Sage não sabia o que aquilo significava, questionando a cigana: - Eu não entendo, senhora. O que significa? - A mulher permaneceu em silêncio por algum tempo, até que começou a falar: - Sua mãe já se foi, não é? - O menino assentiu com a cabeça. Não lembrava dela, era bastante novo quando Carmem partira daquele mundo. No entanto, imã parte dele se sentia incompleta sem ela. Havia a Tia Anastácia, e ela era boa, muito boa. Todavia, Sage sentia a ausência de Carmem. - Se sente sozinho, mesmo estando rodeado de pessoas. Acredite, há muitos que passam por isso, filho. Todos nós, em nossos próprios mundos, lidamos com uma dor que só nós somos capazes de entender e sentir. Está no último ano da escola, se sente perdido. Mas eu vejo algo aqui, uma grande mudança. Você vai atravessar o oceano, vai para bem longe. Eu não sei como, mas vai. Eu vejo que seu maior defeito, é também sua maior qualidade. Se doar demais, tentar ajudar a todos. Você tem a síndrome do Atlas, acredita ser capaz de carregar o mundo e suas dores nas costas. Acho que é isso que vai te levar ao seu destino: A vontade de mudar o mundo.

Sage permaneceu calado, ela havia acertado tudo quanto ao seu lado emotivo. Estava no sétimo ano, logo estaria deixando Ilvermorny, e sabia que não queria viver para sempre na casa dos tios. Queria sua independência, gostaria de ser bem sucedido em algo. Mas, acima de tudo, queria trabalhar com pessoas, ajudando-as a mudar suas realidades. Ainda no silêncio, Sage acompanhou as palavras dela: - Você se sente subestimado demais, tem uma extrema necessidade de provar o seu valor. E você vai. - Subitamente, eis que a mulher calou-se. O menino ajeitou os óculos de lentes extremamente grandes. Queria fazer uma pergunta, mas estava com vergonha, mas, mesmo assim, fez: - Moça, eu vou namorar alguém? Vou achar alguma pessoa que goste de mim? - Um sorriso brando surgiu nos lábios da outra figura.

- Ainda há muito para ser vivido, minha criança. Por que não vai e vive? De todas as perguntas, essa eu não posso responder. O futuro, em certas questões, também é nublado para mim. - Ele assentiu com a cabeça, aceitou de bom grado a pergunta dela. Retirou dinheiro do bolso e colocou em cima da mesa: - Obrigado, foi uma boa conversa, senhora. - A cigana olhou para o menino desajeitado, continuou com sua expressão leve: - Apenas viva. Quem sabe, algum dia, você não volta aqui? - Sage concordou. Deixando a tenda da mulher, eis que encontrou Bianca. A Menina puxou ele pela mão: - Vem, quero te apresentar uns amigos. - Ele tentou rir, mas ainda tinha medo das pessoas. E como tinha.


Festa das Caiporas, Julho de 2020


O rapaz olhava fixamente para a tenda da cigana, a mesma que havia visitado há sete anos atrás. A mesma placa de madeira estava pendurada na entrada. Sage viu uma garota de longos cabelos pretos sair de lá. Lembrou-se da conversa que teve com a cigana, ela tinha acertado exatamente tudo. Ali estava ele, formado em relações internacionais bruxas, havia cruzado o oceano, levou anos trabalhando humanitariamente, na África. E, mesmo que o tempo tivesse passada, ainda nutria o mesmo defeito e a mesma qualidade. Sage vestia roupas leves de cigano, uma calça verde folgada, bem como, um longo manto azul, este deixando parte do seu tórax a mostra. Apesar de ter mudado o corpo, ainda tinha questões sobre ele. Alguns braceletes de ouro, e uma leve camada de lápis escuros ao redor dos olhos.

Decidiu ir até a tenda, guiou seus passos para lá. Ao entrar no lugar, a fumaça de um incenso percorreu por suas narinas. Era um cheiro doce e agradável. Ao mirar os olhos da mulher, logo a conheceu. Ainda era a mesma cigana do passado: - Olá! - Disse com a voz grave e mais séria. Os olhos da mulher se estreitaram para ele: - Eu conheço você. Esteve aqui há uns sete anos, estou certa, querido? - Sage acenou positivamente com a cabeça. A cigana apontou a cadeira para que ele se sentasse. O rapaz foi até a cadeira e se acomodou. Olhando para ela, Torres questionou: - Como ainda lembra de mim? - Ela deu uma alta gargalhada: - Eu lembro de cada pessoa que já atendi. Seu corpo e aparência podem ter mudado, mas o seu coração ainda é o mesmo. Eu vejo. Eu disse que você voltaria.

- É, a senhora disse. Na verdade, a senhora acertou em tudo que me disse. Eu cruzei o oceano, estudei relações internacionais bruxas, trabalhei humanitariamente no Malawi, África. - Enquanto falava, a voz de Sage, apesar de grave e séria, tinha um pouco de nostalgia. - Conheci a dificuldade do ser humano, uma que é bem maior que todo ou qualquer problema que já tive. Foi o que me fez atrair mais responsabilidades para mim do que eu deveria. - Na expressão da mulher, por sua vez, havia ternura e uma pitada de orgulho. A mão dela se colocou por cima da de Sage, em cima da mesa: - O Atlas… Não importa onde vá, ele sempre será uma parte de você. Você cresceu, se tornou um bom homem. Eu sabia que isso iria acontecer. - Torres olhou com afeto para a senhora a sua frente. Ele não disse nada, apenas ficou a ouvir. - Provavelmente vai me perguntar a mesma coisa que me perguntou quando esteve aqui há sete anos…

Em negativa com a cabeça, Sage apenas disse: - Na verdade, não. Eu não sei se acredito muito nesse amor que eu acreditava há sete anos atrás. Eu acredito no amor fraternal, aquele que nos move em empatia e vontade de ajudar os que mais precisam. Acredito no amor que eu tinha pela tribo em que vivi na África, no amor que senti pelas pessoas que ficaram no caminho. Guardo todos eles com carinho, pois me inspiraram a ser alguém melhor. - Os olhos da cigana marejaram um pouco, ela estava realmente comovida pelas palavras do rapaz: - São palavras bonitas, eu não esperaria menos de alguém com tanta luz. Mas, ainda que não me pergunte, eu vou dizer. Há alguém no seu caminho, eu não posso dizer quem ou quando virá. Mas posso dizer que vai te fazer viver todas as sensações que você esperava viver no passado. Será como um lindo sonho adolescente. - O peito de Sage palpitou por um instante, seu velho eu, aquele garotinho deslocado e assustado, adoraria ouvir aquelas palavras. No entanto, ele agora era mais duro, ao menos em sua expressão. - Quem sabe você não descobre hoje?

Sage apertou a mão da mulher com certa delicadeza no toque: - Antes eu me incomodava por ser o garotinho que jamais seria beijado, agora, depois de tanto tempo, esqueci-me de como é se importar com algo assim, quando se tem a fome, e a desigualdade em tantos cantos desse mundo vasto. Como diria o saudoso Chico Xavier: A cada pouquinho do paz que eu levo para uma pessoa, me vale a paz que nunca foi minha. Eu agradeço por vossas palavras, vou guardá-las. - O rapaz depositou um beijo nas costas da mão da cigana e se levantou da mesa. Ao dar as costas para a mulher, ela o chamou: - Ei, eu tenho uma coisa para você. - Ela levantou de sua mesinha, foi até o rapaz bem mais alto. - É uma medalhinha que eu tenho desde minha mocidade. - A cigana entregou um pingente que aparentava ser de ouro. Depositou o objeto na mão de Sage, fechando-a. - É Oxum, a orixá da beleza e do amor, também das riquezas. - Ela deu uma breve risada. - Desde que você veio aqui pela primeira vez, branda e mansa como só ela, escutei ela cantar ao meu pé do ouvido. E era uma cantiga linda. Às vezes, por mais feio que as pessoas digam que somos, a beleza que vale, a que realmente importa, é a daqui. - A cigana tocou no coração do maior. - Oxum tem um plano para sua existência, bem maior do que qualquer um que você possa ter.

Ele pensou em não aceitar aquele presente, no entanto, seria de tamanha grosseria para com a senhora. Sage guardou a medalhinha no bolso da calça, já ia retirando algum dinheiro da carteira. A mão da cigana o parou: - Isso não foi uma consulta, foi uma conversa de duas almas amigas. Volte quando precisar. Você vai voltar, eu sei que vai. - Ela sorriu para o rapaz, ele apenas disse: - Obrigado pelo presente, guardarei com carinho.

Sage deixou a tenda e olhou ao redor, passou a procurar por alguém conhecido, preferencialmente a prima, Bianca, que segundo Tia Anastácia, estava por ali em algum lugar. Enquanto caminhava pelo festival, três mulheres passaram e o olharam por completo. Deu para ouvir quando elas disseram: - Nossa, que gato! Esse é o meu sonho de consumo. - Sage respirou profundamente, foi como se visse o contraste entre as garotas que riam dele no passado, com aquelas moças que o elogiaram no presente. Parada próxima de uma barraquinha de comida, lá estava Bianca, sua prima. O primo se aproximou dela, foi lentamente até Bianca: - Olá prima, como vai? - Disse ao emparelhar-se ao seu lado. Sage cruzou os braços fortes em frente ao corpo. - Espero que esteja bem. Trouxe isso para você. - Da bolsinha lateral que usava, Torres tirou uma bela rosa amarela. Entregou na direção de Bianca.


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Sage
You show me the meaning of life...
Arthur Torres
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Arthur Torres
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Sex 26 Jun 2020 - 22:52

festival das caiporas

festa de encerramento
Interação com Lorena
Embora não fosse seu tipo de roupa favorita, pois tendia a gostar de cores neutras, Arthur trajava roupas coloridas, no estilo cigano, como mandava o roteiro do festival que estava indo. Às 14h em ponto desceu do trem que parou na Estação Florestal. Tinha se arrependido de não ter acompanhado a família até o Festival das Caiporas, sendo um evento que gostava bastante. E então, no dia da festa de encerramento, partiu em busca de aproveitar os últimos momentos. — Foi um prazer conhecê-los, nos vemos por aí. — Se despediu dos amigos que tinha feito durante a viagem até ali e seguiu até o centro da aldeia Tekoa. Um sorriso ligeiro se formou nos lábios do rapaz assim que a música que tocava chegou aos seus ouvidos. O ambiente trazia a ele a sensação de paz e familiaridade que tanto gostava. Procurou por uma de suas irmãs ou até mesmo seu irmão e por sorte, os olhos claros logo capturaram a cabeleira loira de Bianca. — Olá, maninha. — Entrou no campo de visão da mulher e logo a puxou para um abraço, depositando um beijo em sua bochecha. Como de costume, sempre fora muito receptivo às pessoas mais próximas a ele. — Onde é que estão os outros? — Perguntou, pois era estranho que ela estivesse sozinha por ali. Principalmente sem seu novo… namorado? Não saberia dizer. Ouviu as palavras da irmã sobre não saber por onde os outros andavam e assentiu. — Vou ter que achá-los sozinho, então. A gente se vê depois, aproveita a festa! — Se despediu da loira para logo depois continuar seguindo seu caminho.

O sol escaldante fazia com que Arthur quisesse se jogar na fonte que outrora tinha visto em uma das suas voltas pelo local da festa. Aquela altura já tinha tomado alguns copos de suco, visto alguns balões andando pela festa e nada de seus outros dois irmãos. E até continuaria procurando por Júlio ou Camélia se outra coisa não tivesse lhe chamado a atenção. No centro do festival tinha um grupo de pessoas dançando, mas os olhos de Arthur se apegaram a uma garota em especial. A reconhecia não só por ser filha de uma cantora famosa, mas porque ela era muito amiga de seu irmão mais velho. Um sorriso sacana tomou a boca do garoto que cruzou os braços, continuando a assistir o show que a menina dava com os outros. O corpo se movia em passos totalmente aleatórios. Parecia ser uma daquelas danças em que a pessoa só se deixa levar pela música. Cogitou se aproximar também dançando, mas julgou que essa não seria a melhor forma de abordagem. Então esperou até que a morena se acalmasse, depois da coreografia improvisada, para depois seguir até ela. — Não sabia que dançava tão bem, Lorena. Tá de parabéns. — Elogiou a performance assim que se aproximou o bastante para que ela fosse capaz de ouvi-lo.

considerações:


Narradora
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Narradora
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Sex 26 Jun 2020 - 22:52
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Lira Pisinoe Cotta
COMASUL » Vice-Presidente
Lira Pisinoe Cotta
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COMASUL: Vice-Presidente da Confederação
Sex 26 Jun 2020 - 23:52
Festa de encerramento
Interação com Camélia Torres
Lira não esperava que depois de ter se dado tão bem nas provas iniciais, acabaria sendo derrotada logo na última. O cada-de-pombo que a atacou na noite do dia sete estava dentro do casebre — mais tarde ela descobriu ser parte do teste — e por um momento, a sirena hesitou em enfrentá-lao, e acabou ficando presa dentro do casebre por tempo demais. Estava péssima, exausta mental e fisicamente, beirava a loucura quando a porta finalmente reapareceu e se abriu, permitindo a entrada a luz solar. Somente neste momento a ruiva entender que tudo era apenas a quarta prova e ela havia falhado miseravelmente. Francamente, quem inventou isso? Ninguém pensou no trauma que poderia causar nas pessoas? Ela correu para fora dali, aos tropeços, como se fosse a última coisa que faria em sua vida.

O coração da Pisinoe pulsava forte enquanto ela corria, ofegante, em direção a aldeia. Estava desesperada, quem a visse não conseguiria encontrar a mulher controlada e comedida que sempre é, mas isso mudou assim que seus pés descalços pisaram no território de Tekoa. A música de flautas, acordeões e alguns outros instrumentos não identificados pela sirena invadiu seus ouvidos e levaram a calmaria a seu espírito. Os passos desaceleraram, o coração já estava ritmado e o sorriso morno em seu rosto indicava tranquilidade. Com o que estava preocupada mesmo? Um jogo? Tudo bem, seu suposto sequestrador ainda estava a solta, mas ele não teria a mínima capacidade de ataca-la ali, em uma aldeia protegida por dezenas de aurores e durante um dos maiores feriados bruxos do ano. "O que que eu tinha na cabeça?", ria sozinha enquanto caminhava em direção a uma das fontes no centro.

Sua vontade era mergulhar ali, assumir sua cauda e permanecer submersa até o fim do festival, mas a fonte não tinha profundidade para isso, uma pena. Com um suave movimento de mãos, a água da fonte se elevou e flutuou até a sirena, repousando em seu pescoço como um cachecol que logo foi absorvido pelo tecido de sua blusa branca. Ela não estava ferida, só queria sentir o encanto da água em suas guelras escondidas sob a pele do pescoço antes de ir tomar um banho.

(...)

Com um vestido curto, vermelho, coberto de flores brancas, e algumas jóias douradas — dentre elas o amuleto Kuarahy comprado em seu passeio com Ares na sexta feira —, ela seguiu do Lobo Guará para o centro da aldeia novamente. A música, agora, era mais animada e já havia algumas barraquinhas de comidas e bebidas funcionando, sem contar o fato de que a maioria das pessoas ali já estavam com suas roupas típicas ciganas para celebrar a cultura do povo da aldeia e as caiporas. O reflexo do sol em uma cabeleira loira inconfundível mais a frente chamou a atenção da ruiva que caminhou até a amiga. — Até que enfim te encontrei, eu preciso beber algo. — Disse ao se aproximar pelas costas de Camélia. — Você tá linda nessa roupa. — Continuou, encarando a mais nova por alguns segundos antes de desviar sua atenção para as barracas ao redor das duas em busca de algo interessante.





LIRA
Ian Ruzzo
COMASUL » Chefe de Sessão 7
Ian Ruzzo
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Chefe da Suprema Corte - COMASUL
Sáb 27 Jun 2020 - 0:00
Ian Ruzzo escreveu:

Aquele dia estava sendo repleto de surpresas e fortes emoções, somente o período da manhã foi uma verdadeira epopéia, digna de estampar páginas de um bom livro de aventura. O que de fato aqueles reflexos significavam? Seriam eles apenas uma versão antinômica das pessoas? Bem, cabe a cada um levar consigo o que de fato eles representavam e extrair as mais belas lições que eles poderiam transmitir.
Achar os responsáveis daquelas garotas não foi uma missão simples, Joshua Dunham estava em sua barraca, mas o Sr. Rayleigh não estava em lugar algum, demorou um bom tempo até que o mesmo aparecesse para que Ruzzo pudesse deixar Maria Fernanda com ele. Em poucas palavras deixou as garotas e pode ir para sua barraca descansar um pouco antes das festividades que estavam por vir.
Após tomar seu banho, Ruzzo vestiu-se de modo que não destoasse das pessoas, ele não tinha consigo roupas que julgasse adequadas para aquele festival, vestiu uma camisa branca e dobrou suas mangas até a altura do cotovelo, com uma calça social preta, aquele era o conjunto para aquela ocasião. Colocando um óculos escuro em seu rosto, Ruzzo saia de sua barraca, o sol estava a pino, ainda não era 14:00 PM, mas já estava bem próximo.

-Acho que a maioria do povo já está por lá.
-Dizia Ian colocando a mão em sua testa para evitar o sol.

Durante sua caminhada pode observar muitos adolescentes andando de um lado para o outro, estavam todos em alvoroço, era até inspirador ver o ânimo que aquela juventude exalava. Não que o Ian estivesse desanimado, mas no momento queria apenas se servir de uma bebida estupidamente gelada e uma boa conversa, para que assim pudesse se distrair. A festividade estava acontecendo a todo o vapor no centro do vilarejo, muitas pessoas, música tocando, mesas repletas de comidas. Ruzzo não estava acostumado a ir em festas tão movimentadas, nunca se sentiu bem em ambientes com muitas pessoas, mas ele estava se sentindo tão bem naquele festival, que julgou como uma boa oportunidade para conhecer novas pessoas, e quem sabe conhecer ainda mais aqueles que já conhecia.
Com as mesas fartas de tanta comida, era difícil escolher alguma coisa já que tudo era convidativo aos olhos. Ian buscava algo muito específico, Gin Tônica com muito hortelã e bem gelado não demorou muito até encontrar em sua frente alguns copos de tal bebida. Ao pegar sua bebida voltou-se para aquele conglomerado de pessoas, eram tantas pessoas que mal dava para focar em apenas uma. De relance Ian pode ver um rosto conhecido, era justamente a quem ele buscava, Camélia, o mesmo não havia mais a visto desde que tinha a deixado com Julio ao lado da fonte. Ian dava um gole em sua bebida e começava a ir ao encontro de Camélia.

-Senhorita Torres. Como está?
- Dizia Ruzzo enquanto se postava em frente a mesma.

Ian estava tão interessado em saber como Camélia estava após todo aquele episódio que acabou por não reparar na mulher que estava acompanhando a Senhorita Torres, uma mulher ruiva, imponente no seu modo de postar, o rosto não lhe era estranho, em algum momento ele havia a visto. O ato de não a cumprimentar em um primeiro momento poderia soar como falta de educação ou arrogância, logo era preciso reparar seu erro.

-Muito prazer senhorita, Ian Ruzzo. - Se apresentava enquanto estendia sua mão para um comprimento formal.



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Mavis Orn. Bedoya
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Estagiária
Mavis Orn. Bedoya
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Estudante de Saúde Bruxa
Sáb 27 Jun 2020 - 0:02
Festival das Caiporas
Duvidava que todo mundo tivesse ganhado a competição. Se não que sentido teria tantos testes? Ainda mais aquele último? Que aos olhos dela tinha sido o mais cruel. Por outro lado, estava sem forças até mesmo para debater com Mogli. E ela tinha demonstrado um ponto de vista tão fofo que só fez com que Mavis sorrisse um pouco. Sinceramente, não sabia como é que tinha vivido tanto tempo até ali sem o efeito Malvina pairando sobre ela. — Faz sim, você tem razão. Seria bom se todos ganhassem, depois do que passamos. — Acabou concordando enquanto andava pela festa junto da menina, logo após a mesma pegar um lanche qualquer. Mavis não sentia muita fome, mas acabou pegando uma fruta, de qualquer forma. E assim, de mãos dadas, acabaram parando dentro de uma das cabanas com a Bedoya desatando a se desculpar por ter arrastado a menina até ali sem nem pedir permissão. Os olhos de Mavis se voltaram para a de cabelos rosados e ela esquadrinhou cada detalhe do rosto da outra menina, até parar em seus olhos. Pois bem, Malvina tinha conseguido a total atenção dela. O que Mavis não esperava é que a garota fosse se sentir do mesmo jeito que ela.

Para uma pessoa que dificilmente sentia vergonha, a brasileira sentiu as bochechas esquentarem diante das palavras de Malv. O estômago pareceu afundar e ela suspirou. Era um sentimento tão estranho, tão novo que a deixava desconcertada. Nunca tinha sentido nada como aquilo antes e não sabia exatamente como lidar. “Onde você quiser ir, bom, eu vou junto bem feliz”, as palavras ecoaram pela mente de Mavis e ela sorriu. Se sentia extremamente pateta naquele momento, por se sentir tão feliz com uma sentença que talvez parecesse boba aos olhos de outras pessoas. — Descobri durante essas férias que sua presença é importante para mim, Malv. Você me traz uma sensação de paz que outra pessoa nunca conseguiu antes. Me sinto plena e feliz ao seu lado. — Abriu o coração de uma vez e diante da pergunta da menina, apenas se moveu para que ficasse ainda mais perto. — Não vou pedir muito, só fica um pouquinho aqui comigo. — Circundou os braços na cintura de Malvina e encostou a cabeça em seu ombro, naquele momento tudo o que desejava era ter um pouquinho do calor corporal alheio. Bastou alguns segundos para que os sentimentos conflituosos dentro de Mavis, consequência do ocorrido no casebre, se aliviassem. — Obrigada, minha linda. — Agradeceu baixinho, levantando o rosto do ombro da menina. Os olhos voltaram a se fixar nos dela, sem nem se dar conta da proximidade que estavam tendo, tanta ao ponto de que ela conseguisse sentir a respiração de Mogli.

adendos:
✵ com malvina ✵
larvita




NOT A MARTYR — i'm a problem; i am not a legend, i'm a fraud so keep your heart, 'cause i already got one.
Narradora
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Narradora
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Sáb 27 Jun 2020 - 0:02
O membro 'Mavis Orn. Bedoya' realizou a seguinte ação: Lançamento de Dados


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