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JAN2026
JANEIRO DE 2026 - VERÃO
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1/08. estamos de volta
13/08. atualização dos ranks gerais do fórum
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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Álvaro F. N. Brandão
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Ter 30 Jun 2020 - 16:09

Álvaro estava passando alguns dias na residência de seu pai, no entanto, após uma grossa repreensão por parte do avô, acerca de suas vestes e modo de se comportar, o menino pega um ônibus para conhecer a Escadaria Selarón, na Cidade do Rio de Janeiro. Ao saber do ocorrido, Fernando corre ao encontro do filho. Os dois têm uma conversa sobre como seria o futuro. Mas o final disso consiste em Álvaro descobrindo um dos piores lados de ser LGBTQ+ no Brasil. A RP é fechada, passando-se no dia 25/07/2020, às 17, quase 18 horas. Ela é fechada entre Álvaro F. N. Brandão e Fernando Ruiz Brandão.

AVISO: A seguinte RP pode contar conteúdo sensível para algumas pessoas, como Violência e agressão. Assim como o título, Indestrutível, de Pabllo Vittar, é a música tema desta RP.
∆ LYL - FG



ÁLVARO NUCCI


「R」
Álvaro F. N. Brandão
TLC » Adulto
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46
Ter 30 Jun 2020 - 16:22
Capítulo 9 | Indestrutível

Sabe aquela famosa abertura de Senhora do Destino, a mesma na qual várias pessoas aparecem em sequência? Pois bem, o menino estava trabalhando numa pequena maquete com todas as figuras que já haviam passado pela sua vida. Vultos coloridos simbolizavam pessoas que ainda estavam ali, de alguma forma presentes. Já as figuras em cinza, por sua vez, apresentavam aqueles que já tinham partido, fosse levado pela morte, fosse por terem saído de sua vida. Havia levado uma noite e um dia no trabalho daquela maquete, as meninas até haviam ajudado o baiano nisso. Ele não sabia o motivo para construir aquilo, no entanto, foi uma boa atividade. As figuras traziam Polyana, Paulinha, Emília, Ana Clara, Hyan em cores lindas, também havia Lorenzo. Em outra posição, Mabel, sua mãe biológica, Carlos e Thalyah, seus pais adotivos. Num cantinho bem especial, bem próximo do centro, estava a imagem de Dona Aninha, sua tão amada e falecida avó. Para estes últimos, a cor cinzenta era predominante. A noite foi bastante produtiva. Dormiu após colocar seu próprio bonequinho ao centro da paisagem.

(...)

Álvaro havia acordado um pouco tarde naquele dia, estava no colchão de ar do quarto de Polyana. Todas as descobertas e esclarecimentos haviam sido feitos. Ele sabia que não ia morar ali, preferia mil vezes a sua casa no Pelourinho. Havia decidido ficar uns dias por conta de Paulinha e Polyana. Agora tinha descoberto que a promessa feita para a menina, mesmo que por coincidência do destino, possuía um fundo de verdade. O mesmo sangue corria em suas veias. Elas já tinham saído para o evento das caiporas, o menino achou melhor não ir. A constatação veio sem demora, Fernando Brandão enchia a todos de presentes, mas afeto e atenção passavam longe de sua personalidade. Já eram mais de duas da tarde, por volta das quase três, quando o menino desceu e se sentou na mesa da sala de jantar. E lá, sentado e com olhar julgador, estava o avô, o Sr. Brandão.

O menino vestia uma camiseta cropped que a tia Amélia havia feito para ele, uma cheia de pequenos unicórnios coloridos, esta acompanhada por short jeans curto e com pequenos rasgos nas laterais. Educadamente, o baiano disse:

- Boa tarde, Sr. Brandão.

- Boa tarde, menino. - Ele não disse nada além de um seco "Boa tarde", o que não era novidade para Álvaro. Seus olhares e gestos deixavam claro que ele não se agradava da estadia dele ali.

O menino resolveu ignorar a presença do avô, pegou uma maçã verde de um cesto, logo dando uma bela mordida. Estava aproveitando seu momento com a maçã, no entanto, a voz do avô interrompeu tudo:

- Você acha isso bonito menino? Andar por aí de roupas de mulher e maquiagem.

- O quê? - O baiano parou de comer a maçã e olhou para o mais velho. Estava incrédulo com a pergunta que havia escutado.

- É isso mesmo. Anda por aí com essas roupas de mulher e esses olhos pintados. Depois apanha na rua e não sabe porquê. - Sua voz foi extremamente carregada de maldade no comentário.

Uma parte de Álvaro se sentiu com raiva, a outra se entristeceu com a fala do avô. Havia crescido bem aceito em sua família adotiva, tanto que para ele era normal e comum andar daquela forma. Um palavrão veio a sua mente, mas, segundo sua religião, os mais velhos deviam ser respeitados. O menino deixou a maçã em cima da mesa, e saiu da sala de jantar. Furioso e magoado como estava, Álvaro seguiu para o quarto de Polyana, pegando sua mochila de costas e jogando nas costas. Queria sair dali, ir para qualquer outra lugar. Qualquer lugar menos ali. Escreveu um bilhete num post-it rosa. "Você me falou muito sobre a Escadaria Selarón, estou indo lá conhecê-la. Desculpa sair sem avisar. Assinado: Álvaro.".

Assim que colou a mensagem na porta do quarto de Fernando, o menino desceu pela escadaria e foi até a porta. O velho ainda estava sentado na mesa de jantar. Ao vê-lo com a bolsa nas costas, eis que o homem continuou encarando. Pelo movimentos de seus lábios, Álvaro entendeu ele dizer algo como "Vai embora? Melhor nem voltar." - Tendo atingido a parte de fora da residência, uma rajada forte de vento passou por seu corpo. Ele sentiu como se os ventos o empurrassem de volta para a casa. No entanto, de tão magoado e ofendido que estava, o jovem apenas continuou andando para longe. Pesquisou no celular a localização do terminal rodoviário de Petrópolis, não havendo muita dificuldade em achar. Ainda tinha algum dinheiro, e Fernando tinha dado mais algumas notas para o caso dele precisar.

Sozinho, Álvaro apanhou um itinerário que o levaria até o centro do Rio de Janeiro. O menino se sentou numa poltrona afastada de onde a maioria das pessoas estavam, mas ainda foi capaz de ver dois adolescentes rindo de sua roupa e da maquiagem. Para ele, que pouco se importava com as opiniões alheias, aquilo não era nada. Ficou quieto e abraçando a mochila. Nunca sentiu tantas saudades dos pais como naquele momento, saudades da sua avó. Sentia saudades das pessoas que sempre o encorajaram a ser quem ele era. De todas as dores, a saudade era a que prevalecia. O jovem encostou a cabeça no vidro da janela, alguns filetes de lágrimas escorreram por seu rosto. Daria tudo para ter sua velha família de novo, uma família na qual pudesse inserir Polyana, Paulinha, Amélia, enfim, todos que se sensibilizaram com ele.

Seguindo o GPS do celular, ele foi tomando cuidado para não perder a parada do ônibus. Passou algumas horas dentro do ônibus, seu olhar percorrendo as paisagens do trajeto até a grande cidade do Rio de Janeiro. Já no Rio, Álvaro vislumbrou a estátua do Cristo Redentor, ela dominava a imagem da cidade maravilhosa. Recordou-se do sonho com Mabel, o sonho no qual estavam aos pés do Cristo. De alguma maneira, aquela lembrança o confortou. Podia não se lembrar de Mabel em sua vida, mas confiava no amor que fez ela desistir dele, o amor que precisou se separar de um filho para dar-lhe a oportunidade de ser feliz. Bem próximo do seu destino, o celular avisou que sua parada era a próxima. Álvaro colocou a mochila nas costas e se dirigiu para sair do ônibus. Tendo descido, o baiano olhou a tela do celular. Mais dez minutos de caminhada e estaria em seu destino.

Foi ao descer do coletivo, quando tocou a lateral dos shorts, que Álvaro percebeu que tinha esquecido sua varinha no quarto de Polyana. Mas tanto fazia, não ia precisar dela mesmo. O garoto foi caminhando, e caminhando, e caminhando, até que se viu aos pés de uma grande escadaria colorida. Ela estava adornada por diversas figuras geométricas de formas e colorações diferentes. O menino tirou algumas fotos, bem como, uma selfie no lugar. Depois, sem muito a fazer, se sentou no cantinho da escadaria. Álvaro abraçou as próprias pernas e ficou a pensar. - "Vou te contar o que os olhos já não podem ver, coisas que só o coração pode entender. Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho…" - Lembrou-se de "Wave", a música de Tom Jobim, que cantou com Mabel em seu sonho. Era impossível ser feliz sozinho e, depois de todas aquelas perdas, Álvaro percebeu que por mais felicidade que ele demonstrasse, ele estava sozinho. E como dizia a canção de Tom, é impossível ser feliz sozinho. E ele estava sozinho.




━ ℵ


Tema Musical:



ÁLVARO NUCCI


「R」
Fernando Ruiz Brandão
TLC » Adulto
Fernando Ruiz Brandão
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25
Ter 30 Jun 2020 - 16:46

Indestrutível
unity is diversity


Não havia muitas pessoas para obliviar, não atualmente. Por essa razão, Fernando Brandão passava a maior parte do tempo ajudando aurores ou organizando as muitas planilhas existentes em sua sala, na Comasul. Depois da descoberta de Álvaro, depois de ouvir sua história de perdas, o obliviador percebeu o quanto havia errado com seus outros três filhos. Apesar de uma família adotiva, Álvaro tinha recebido todo amor e aceitação que uma família podia ter dado para ele. Era bem verdade que Fernando não entendia a forma de se vestir e as maquiagens, levaria um certo tempo para se acostumar com aquilo. No entanto, pelos dias de convivência com o menino, percebeu muito dele quando era jovem. A audácia, o fato dele ser destemido ao extremo. Nada parecia assustar o menino Álvaro que, rebelde como era, sempre tinha a resposta certa na ponta da língua. Tivera algumas conversar com o menino, principalmente nos horários livres dos trabalhos da Comasul, o que eram bem poucos. Passou o dia com o filho no pensamento, não sabendo a razão para tal coisa. Assim que deixou o escritório, Fernando desaparatou de sua instituição de trabalho, surgindo na sala de sua residência.

Seu pai, como sempre, ouvia uma partida de quadribol no rádio. Eram bem parecidos, palavras entre eles eram bem escassas. Deu um boa tarde rápido, subindo para seu quarto. Ao chegar na porta, Fernando notou algo colado nela. Uma mensagem de Álvaro estava no papel. Estava indo para a Escadaria Selarón, no Rio de Janeiro. Brandão arrancou o papel da porta, resolveu descer e questionar seu progenitor.

- O menino saiu, acho que ele não gostou das verdades que eu disse para ele. - O Sr. Brandão soltou o verbo, curto e grosso.

- O que o senhor disse para ele, papai? - A voz fria de Fernando foi carregada de preocupação.

- Eu só falei a verdade, perguntei se ele achava bonito se vestir daquela forma, de andar parecendo uma mulher por aí. Do nada, o menino pegou a mochila e saiu pela porta. - O Sr. Brandão continuou ouvindo seu rádio, parecia não se importar.

- O senhor pode ser o chefe dessa família, e eu posso não ser o melhor pai do mundo, mas vamos conversar sobre isso. Pode aguardar. - Fernando deu as costas para o homem, a raiva tomando conta dos seus olhos.

- Esse menino não é meu neto, eu me recuso a aceitar uma coisa assim. - Acrescentou o homem.

- Ele é seu neto, assim como os outros três. E o senhor pode não aceitar, no entanto, ele ainda é meu filho. Passe muito bem! - Brandão desaparatou dali.

Um beco deserto, esse foi o lugar no qual Fernando Brandão surgiu. Estava bem próximo da Escadaria Selarón, um lugar que muito lhe recordava de Mabel. A escadaria foi inaugurada em 2013, mas antes, antes das obras de Jorge Selarón, era uma escadaria normal. Sempre ia ali, mesmo que em segredo, para refletir e lembrar daquela que foi sua paixão mais forte e avassaladora. Mabel residia depois das subidas das escadas. O obliviador caminhou pela rua, guiou seus passos até a parte de baixo do monumento. O menino estava lá, sentando e abraçado com sua mochila.

- Eu posso ter chegado na sua vida agora, mas eu não permito que você faça isso de novo. Está me entendendo? - Com sua voz fria, no entanto, preocupada, Fernando repreendeu o garoto. - Onde estava com a cabeça? Deixar Petrópolis e vir sozinho para cá?

Fernando cruzou os braços à frente do corpo, sua cabeça estava estourando em dor.

- Olha, eu não fui um bom pai para os meus filhos, eu deixei passar muitos momentos em que eu deveria estar presente, mas, mais do que isso, eu não fui um pai bom para os quatro. Se acontecesse alguma coisa com você, já pensou em como eu iria me sentir? - Sentir, eis ali uma palavra que todos julgavam fora do vocabulário de Fernando Brandão.

O homem sentou ao lado do garoto, reproduziu o mesmo gesto de abraçar as próprias pernas. Contemplou a paisagem ao lado dele, sua lembranças o levando para bem longe daquele momento, porém, no mesmo lugar.




Rio de Janeiro, 30 de Janeiro de 2003




Fernando estava sentado ao pé da escadaria, tomava uma garrafa de Whiskey. Enquanto o fazia, escutou passos provenientes de alguém que descia a escadaria de cimento. Quando virou para trás, sua visão ficou totalmente impactar a pela visão de um anjo. Ela parecia ter a mesma idade que ele, seus longos cabelos da cor do mel estavam esvoaçantes. A moça trajava um vestido lilás, e ela não vinha só. Junto a ela, uma garotinha segurava sua mão. A moça da sua idade, trazia consigo uma cesta de coisa, bem como, um violão numa capa em suas costas. O rapaz se levantou:

- Isso parece pesado, gostaria de ajuda? - Questionou o jovem Fernando. Ele sorria amigavelmente.

- E não é que se fazem cavalheiros nos dias de hoje. Eu aceito, carregar tanta coisa é difícil. Eu sou Mabel, prazer! - Ela estendeu a mão livre para o rapaz.

- Fernando. - Fernando apertou a mão de Mabel, estava encantado por ela. Num gesto rápido, Brandão pegou a cesta com as mãos. Não conseguia parar de olhar para ela.

- Oi, eu sou a Penélope. Ela é minha irmãzinha. - A garotinha ergueu sua mão para cumprimentar o outro. Mais parecia uma adulta. Fernando apertou a mão da pequena.

- Não vai precisar carregar por muito tempo. Estamos levando mantimentos para uma creche que ajudamos, fica ali em baixo, bem no centro da Lapa. - Comentou Mabel.

Caminhando lado a lado, Fernando até esqueceu a garrafa da bebida para trás. Quase chegando ao destino, Fernando viu a irmã de Mabel chamá-la com a mão. Mabel abaixou, pois parecia que ela queria lhe contar um segredo só delas.

- Será que você achou seu príncipe encantado? - Ele ouviu o cochicho da menina perspicaz.

- Será, Penny? - Mabel deu uma risadinha para a irmã. Por um momento, seu olhar cruzou o de Fernando, ele também estava olhando para ela.

Foi com aquela troca de sorrisos que Fernando tornou ao presente. Estava na escadaria, escutando tudo que Álvaro tinha para dizer. Ele tinha muito guardado consigo, tanto que o pai decidiu ouvir. Acompanhou todas as palavras do garoto, até que seu celular começou a tocar. Era uma Auror da Comasul. A última coisa que ouviu Álvaro dizer, foi que estava com fome.

- Só me dê um minuto, deve ser algo sério. Preciso atender, é da Comasul. - Fernando foi breve e enfático.

O homem se levantou da escadaria e foi se afastando para a direita. Ainda deu uma última olhada no filho, antes que se afastasse o suficiente para não ver sua imagem.





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