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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Ana Luíza Hoel
Ana Luíza Hoel
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Seg 27 Jul 2020 - 20:08
@ana luíza p. gonçalves

Ana Luíza estava de castigo.

Isso não era novidade para a menina de nove anos. Não. O que a surpreendeu foi o fato de o seu potinho — onde costumava guardar suas economias, roubadas da gaveta-cofre de Betty Sueli — estava vazio — exceto, talvez, por algumas moedas de vinte e cinco centavos que haviam sobrado em seu fundo. Sem aquele dinheiro, Analu não teria como ir na hamburgueria no final da rua, onde vendia os melhores e mais gordurosos hamburgueres do bairro, para compensar seu estômago vazio — nem reclamava mais, o coitado.

A criança olhou para o fundo do pote e suspirou. Hoje vai ser um dia daqueles. Pensou consigo mesma, guardando o vidro no lugar onde sempre o guardava — na estante de livros, atrás de um livro antigo e velho.

Aproximou-se da janela mágica — uma claraboia redonda, que, vista de fora, parecia pequena e quase indetectável, por dentro, era uma janela saliente, com almofadas confortáveis e vermelhas, que ocupavam boa parte do banco de madeira — olhando para o jardim, que o jardineiro Jorge cuidava com tanto cuidado — inclusive alimentando os patos, Tica e Teco. Jorge era um dos poucos adultos que a tratava bem naquele lugar. Ele e Heloísa conseguiam fazer sua vida quase suportável.

Ouviu o som dos saltos na escada de madeira antes de ouvir o som das batidas frenéticas na porta. Soltou um gemido sôfrego, sentindo seu estômago se contorcer por causa do vazio, e se voltou para a porta. Betty Sueli bateu violentamente, sua voz rouca e estridente soando através da madeira grossa, apressando a menina para que descesse as escadas: era hora de se aprontar para ir à escola.

Ana rolou os olhos e caminhou, arrastando os pés pelo piso de madeira corrida, descendo as escadas lentamente — só pra irritar mais a mulher — desviando-se das teias de aranha que estavam sempre ali. Abriu a porta e olhou para a mulher, com os olhos azuis gelo e um sorriso irônico contorcendo os lábios. Betty ergueu uma sobrancelha e, sem muito enrolar, mandou-a para o banheiro.

Seus cabelos estavam fáceis de desembaraçar nesse dia, lisos e castanhos — a menina estava conseguindo, pouco a pouco, controlar mais a transformação deles, suas mudanças de cores constantes e o formato e a cor de seus olhos — porém cheios de teias de aranha, e poeira — como era de se esperar de uma menina que dormira em um sótão empoeirado. Se a menina ficava agoniada com isso? Não mais. Ao menos conseguira fazer um quarto confortável só para si no sótão, onde podia guardar suas economias e ler sem ser incomodada.

Vestiu-se rapidamente, traçando os cabelos em duas tranças, que caíam em seus ombros, compridos como costumavam ser. Calçou os tênis brancos encardidos que usava para ir a escola, e abriu a porta.

Sorrateiramente, esgueirou-se pelos corredores do casarão, entrando na sala da diretora, no segundo andar, e arrombou a gaveta-cofre — coisa que aprendera a fazer com certa facilidade depois de algumas tentativas — tirando algumas notas de vinte da caixa. Com alguma economia, conseguiria fazer aquele dinheiro durar a semana inteira.

Foi com algum desespero, no entanto, que ouviu o salto fino da Diretora do Abrigo batendo na madeira. Com os olhos arregalados e o coração acelerado, Ana Luíza fechou e trancou a gaveta, o mais rápido que conseguia, entrando sob a mesa. Encolheu-se, abraçando as pernas, com os ouvidos atentos ao que a mulher fazia, dentro da sala.

— ... Claro que eu quero entrar na justiça! — disse a voz anasalada e rouca de Betty Sueli, batendo forte a porta. — Ela é minha filha! Eu tenho a guarda dela. Não vou dá-la…— Analu ouviu a mulher respirar fundo e franziu o cenho, atentando-se ao que a mulher falava. Quem era sua filha? — Eu sei. Eu sei que... Então eu estou coberta? Ana Luíza não pode ser adotada, certo? Eu sei que ela é uma aberração, mas... Claro que não! — a menina arregalou os olhos, que se tornaram um azul cinzento. O quê? — Ela é minha! — exclamou, com a voz estridente e... Aquilo era desespero? Lágrimas surgiram nos olhos da pequena, enquanto sentia seu corpo começar a tremer.

Ouviu a mulher se aproximar, o barulho dos saltos se tornou mais alto, os olhos de Ana se tornaram castanho mel — as pupilas se tornando fendas — e seu cabelo tomou uma cor azulada na raiz — anil. Betty se sentou na mesa e a menina conseguiu ver os saltos da mulher sob o curto vão entre o chão e a madeira da mesa. Ela colocou as mãos na boca, controlando o soluço que quis sair por sua garganta.

— Ana Luíza está sob minha tutela. Ela é minha filha. — disse a mulher, ao telefone, para quem quer que fosse a pessoa do outro lado da linha. — Uma filha tem que ficar com sua mãe.

O estômago de Ana Luíza se contorceu, a bílis começando a abrir caminho até sua garganta.

Betty levou mais um tempo para desligar o telefone e sair da sala, e Ana levou um tempo para conseguir se mexer, sair de sua posição encolhida e trêmula embaixo da mesa, com os olhos cheios de lágrimas e o rosto manchado e vermelho. Ela saiu, desorientada, da sala da mulher que praticamente a torturava, com uma expressão pasma em seu rosto. Em uma quase corrida até o banheiro, sentindo a ânsia de vômito e a bílis em sua garganta, esbarrou em Heloísa.

— Ana o que... — mas sequer houve tempo para a mulher terminar de falar. A menina estava com os cabelos negros, lisos, os olhos quase brancos de pânico. A pesar da força de vontade, a pequena bruxinha não conseguiu segurar por mais tempo, acabou colocando para fora aquilo que se revirava em seu estômago. — Ana!

Ela é minha filha. A voz de Betty ecoava em sua mente. Ela é minha filha. Mais lágrimas escorreram por seus olhos, quando ela olhou para a enfermeira, em pânico. Fios curtos de sua franja começando a ficar cacheados.


— Ana Luíza Zodiac Hoel —
Mironguinha
TLC » Moderadores
Mironguinha
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127
Ter 28 Jul 2020 - 16:08
rp fechada!
seu desejo é uma ordem!

Malfeito, feito!
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