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Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
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![Ana Luíza Hoel](https://pile.randimg.net/3/17/191949/Laura%20Rauseo.png)
![Maria Eduarda Marinho](https://i.imgur.com/YbGQ03Y.jpg)
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DOIS DIAS ANTES...
-Você entendeu o que eu disse? Tem alguma pergunta? -Questionou o homem barbudo sentado ao lado da pequena.
-Não! -Maria olhou para o chão e negou com a cabeça.
-Entenda, se você contar para qualquer pessoa que é uma bruxa, todos podem estar em perigo! -Reforçou o homem.
-Perigo como o que a mamãe estava? Eu matei a mamãe por ser bruxa? - Uma lágrima desceu do pequeno rosto infantil.
-NÃO!- Respondeu firme o senhor que aparentava não mais que quarenta anos.- Pequena, você não matou sua mãe! -Tomou fôlego. -As pessoas que não são bruxas só não podem saber que somos bruxos. -Afagou os seus cabelos.
-Eu tenho que ir agora? -Limpou as lágrimas com as costas das mãos.
-Sim! A DiretoraAmorim já está arrumando as suas coisas. Eu lhe entreguei a documentação para que ela me concedesse a sua guarda. Você sairá do Rio de Janeiro e virá para Sào Paulo.
-Posso?...-Uma voz feminina bateu na porta e entrou após permissão. -Bem, a bolsa da Dudinha já esta pronta. -Disse com voz embargada, maneando com a cabeça. -Deixa eu perguntar mais uma vez: Eu entendo as leis do Estado e que a Maria Eduarda tem apenas três anos e que nosso abrigo é para crianças a partir de seis, mas ela se adaptou tão bem e esta aqui há mais de um ano...Longe de mim questionar qualquer coisas mas é impossível: Por que ela tem que ir tão repentinamente e para tão longe Inspetor....Ramos? -Deu de ombros.
-Como eu já expliquei, Diretora Amorim, leis, burocracia e superlotação! - Respondeu o homem friamente a mulher e virou-se para a menor. -Vamos, Maria Eduarda. Há um carro nos esperando lá fora.-O Auror Carlos Ramos não gosta de agir daquela maneira, mas ela necessário.
-NÃO! -A criança agarrou as pernas da diretora, que logo a pegou nos braços. -Não deixa ele me levar, tia Catarina, por favor???- A Diretora apertou a menina contra o seu corpo mas Maria foi retirada a força das mãos da mesma e levada para o carro preto estacionado na frente do orfanato. A menina gritava pelo nome da mulher e dos coleguinhas que choravam copiosamente. -Tia Catarina, Lola, Patricia, Felipe...-Com as mãos para trás, tentava alcançar alguém, em vão. -Não, Não! Tia Catarinaaaa!!!- Foi posta dentro do carro. Colocou as mãos nos ouvidos e soltou em grito agudo.-NÃOOOO!!!- Estilhaçou o vidro traseiro do carro já em movimento. Por algum motivo, acabou dormindo.
DIA ATUAL...
Começou a chorar baixinho, com medo de que a nova diretora a escutasse. -Billy...-. Apertava o urso com força enquanto as lágrimas desciam sobre sua face. -Eu quero a mamãe. Trás ela de volta para mim, por favor, amiguinho?-
- Cheirava a pelúcia em busca de alguma recordação da mãe. Se encolheu rapidamente em um canto quando percebeu alguém entrado no quarto.
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![Ana Luíza Hoel](https://pile.randimg.net/3/17/191949/Laura%20Rauseo.png)
Ana estava no sótão quando viu o homem chegar com a menininha de cabelos loiros e fartos, carregando-a no colo enquanto ela abraçava com força um bichinho de pelúcia. Ela parecia bem triste, mas bem fofa com seus olhos azuis e...
O homem a colocou no chão e pegou em sua mão livre, enquanto com a outra a pequena apertava seu ursinho de pelúcia encardido, levando-o para mais perto de si. Ana tombou a cabeça, abrindo a janela e ajoelhando-se no acolchoado vermelho sobre a madeira, onde ela podia sentar-se.
A pequena de nove anos e a enfermeira — Heloísa — haviam feito um belo trabalho desde quando a jovem mulher havia chegado.
Escondidas de Betty Sueli — a diretora do abrigo — elas fizeram um quartinho para Ana Luíza, no sótão. Havia uma cama, sempre com lençóis limpos — quase que magicamente — uma cama de madeira marrom, envernizada, com um colchão confortável onde a pequena poderia se sentar; a pequena janela redonda, de madeira — parecida com uma claraboia — tornara-se mais ampla e, por algum motivo, não parecia maior quando olhada de fora; o chão de madeira, agora sem buracos de cupim cheio de uma pequena areia criada pelos insetos, estava sempre limpo e, nos livros nas estantes, não havia poeira.
Juntas, com um trabalho considerado de formiga por muitos, a enfermeira legal e Aninha haviam criado um quarto completamente privativo, no qual Betty Sueli não tinha acesso — porque não suportava a poeira que havia lá em cima — e só a menina de longos cabelos castanhos tinham acesso, porque era a única que, continuamente, era mandada para lá como forma de castigo, sem comida ou água pelo resto do dia, ou da noite.
Então, naquele momento, Ana estava em seu castigo — em um lugar confortável, olhando pela janela — vendo aquela linda criança, de longos cabelos loiros e olhos azuis, cheios de lágrimas ser deixada naquele abrigo, onde a própria Luíza havia sido maltratada por muitos de seus colegas de quarto, e pelos próprios funcionários.
Sentiu a brisa fresca soprar algumas mechas de seu cabelo para longe de seu rosto, ainda observando atentamente a criança. Havia algo nela que... Era diferente. Parecida com ela, de alguma forma. Talvez fosse a forma como ela estava encolhida, tímida, olhando para todos, quase que com uma suspeita de todos, ou talvez fosse o homem todo vestido de preto — a única parte de sua roupa que era branca, era sua camisa, por baixo do paletó e da gravata — com os óculos escuros cobrindo parte de seu rosto, deixando somente seu nariz aquilino e barba por fazer aparecendo.
Havia algo em seu comportamento suspeito... No comportamento extremamente contido...
Seus devaneios foram cortados por uma batida da porta, uma súbita e violenta batida na porta, que veio junto com um grito estridente, em um tom autoritário desacreditado, porém rouco pelos inúmeros maços de cigarro que fumava por dia. Betty Sueli estava tirando-a do castigo, para tomar banho — ou talvez nem isso — e colocar o uniforme para ir a escola — sem café da manhã ou almoço — não que Ana Luíza se importasse àquele ponto, sempre guardava consigo o troco de seus sanduíches comprados às escondidas na lanchonete de Gil Costa, para comprar algum lanche na escola — às escondidas.
Ana suspirou, aproximou-se da estante onde livros antigos e grossos estavam postos e prontos para serem lidos e relidos, e abaixou-se, tirando de lá um pote de maionese, cheio de notas e moedas, tirou algumas notas de pequeno valor e algumas moedas, para completar o preço do lanche, e colocou no bolso da frente da jardineira jeans que usava.
Betty Sueli bateu novamente na porta, chamando-a, já sem paciência, e Ana gritou um Estou indo! para que a mulher se acalmasse. Fazendo algum barulho com seus tênis branco encardido ao correr pelo piso de madeira, a menina desceu as escadas do sótão e encontrou com a mulher de cabelos escorridos castanhos e olhos tão negros que pareciam dois buracos negros em seu crânio.
Ela batia, impaciente, a parte da frente de seu sapato de ponta fina e salto agulha, com as mãos cruzadas sob o busto pequeno, coberto por uma blusa de seda verde bandeira, esperando que a menina descesse, olhando em seu relógio enquanto via-a terminar de descer a precária escada de madeira.
— Tem uma garota nova na casa. Você está encarregada de cuidar dela, apresenta-la à casa e às regras e tudo o mais. — disse a mulher, com uma voz rouca e quase anasalada, ainda soando um pouco estridente aos ouvidos da pequena.
— Por que eu? — perguntou a menina, erguendo uma sobrancelha.
— Porque você é uma das mais antigas aqui, e porque eu quero. Você tem vinte minutos para tomar um banho decente e apresentar a casa a essa menina, ou então... — Betty Sueli disse, indiferente, indicando a escada novamente, com o queijo.
Ana Luíza suspirou. Não queria passar outra noite com fome — seu estômago já estava roncando — e não iria para a escola, como achou que iria. Mordeu o lábio, levemente hesitante, mas logo assentiu, fazendo a mulher deixar com que um pequeno sorriso tomasse conta de seus lábios finos, preenchidos com um batom vermelho, quase como se sua boca fosse maior do que realmente era.
Pegou a menina pelo braço, sua mão — ou seria uma de suas garras de urubu? — formou um torniquete próximo ao ombro da criança, machucando seu fino bracinho, e a empurrou para dentro do banheiro. Ana tropeçou e caiu no tapete, resmungando enquanto deixava que a mulher batesse a porta em sua cara. A criança semicerrou os olhos e mostrou a língua para a porta de pintura descascada.
A menina prendeu o cabelo em um coque malfeito — como a enfermeira Heloísa havia a ensinado, para não molhar seus cabelos e tomar banho mais rápido — e tomou um banho rápido, tirando o cheiro de bolor que insistira em continuar em seu quartinho no sótão.
Enxugou-se o mais rápido que pode, colocando uma muda de roupas que havia em um pequeno armário estreito com as roupas e uniformes dos órfãos que moravam no abrigo — haviam colocado uma porção de roupas ali, e no outro banheiro, em um armário parecido com aquele, para que a hora do banho fosse mais rápida e prática — e saiu do banheiro, andando, descalça, com os sapatos pendurados na mão que não segurava a toalha em seu ombro.
Abriu a porta do quarto, o qual dividia com outras meninas do orfanato, e viu a menininha sentada em uma das camas. Abraçando o ursinho encardido, esfregando-o contra seu nariz, sussurrando para o mesmo, enquanto lágrimas escorriam sutilmente por suas bochechas.
Ana se aproximou com cuidado, tomando cuidado para não se aproximar demais, e sentou-se sobre o colchão, fazendo-o se afundar com seu peso. Tombou a cabeça para o lado e apoiou a mão sobre sua perna, que colocou sobre a cama.
— Tudo bem? — perguntou, levemente hesitante.
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