The Last Castle - RPG :: Tópicos de Personagem e RPs Arquivadas :: Arquivo de RPs Finalizadas :: RPs do Castelobruxo
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00mes
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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Paula C. de Assis
O GLOBO DE CRISTAL » Colunista
Paula C. de Assis
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Ocupação :
Colunista de Moda e Fofoca do OGDC
Seg 24 Fev 2020 - 15:53
A Librarian Day
20 de fevereiro de 2020 - na Biblioteca - Castelobruxo
Paula se encontra na biblioteca, em um dia de trabalho, quando Rodrigo vai procurar um livro na biblioteca. Ambos acabam topando um com o outro entre duas prateleiras da vasta biblioteca.

Essa é uma RP fechada entre RODRIGO KAEFER DUTRA, PAULA C. DE ASSIS e MIGUEL BARNI DE ASSIS, intromissões não serão aceitas.


Rodrigo K. Dutra
25 anos
Professor
Historiador
André Ziehe



Paula C. de Assis
20 anos
Aprendiz
Bibliotecária
Gemma Styles



Miguel B. de Assis
25 anos
Professor
Magizoologista
Harry Styles


by emme




Última edição por Paula C. de Assis em Qua 8 Abr 2020 - 19:13, editado 1 vez(es)
Paula C. de Assis
O GLOBO DE CRISTAL » Colunista
Paula C. de Assis
Mensagens :
91
Ocupação :
Colunista de Moda e Fofoca do OGDC
Ter 3 Mar 2020 - 18:17
A Librarian Day
20 de fevereiro – Biblioteca – Working

Com um simples feitiço de levitação, Paula levava uma pilha de livros atrás de si para a bancada do bibliotecário, onde, empoleirado, estava Uirá: um falcão peregrino com olhos dourados que lhe fazia companhia naquela imensidão de livros.

Sorriu para o veterano que lhe acompanharia em sua jornada, e deixou os livros caírem sobre o tampo de granito de uma das bancadas com um baque surdo. A bancada se abriu e a moça passou, tirando o livro do topo da pilha que fizera e abrindo-o ao lado, na contracapa, anotando as informações sobre esse livro em um caderno e colocando-o no outro lado e, antes que se formasse uma pilha, esse livro flutuava e seguia em direção ao seu lugar no labirinto intricado de estantes da biblioteca da escola.

Os alunos caminhavam, seguindo aves, micos e outros animais nativos da flora local com olhos dourados e inteligentes, entrando no labirinto e perdendo-se de vista entre as estantes altas formando caminhos misteriosos e intricados. Enquanto isso, Uirá permanecia ao lado da jovem Paula, preguiçosamente mexendo nas penas de suas asas, porém sempre muito atento ao que se passava, soltando alguns guinchos solitários, que assustavam a bibliotecária.

— Uirá! — dizia Paula, chamando atenção pela décima vez de sua companhia — Estou tentando trabalhar aqui, moça. — falou, passando a mão suavemente nas penas da cabeça da ave de rapina, que fechou os olhos dourados e esticou o pescoço, apreciando o contato. — Era isso que você queria?

Paula sorriu e rolou os olhos, voltando a trabalhar, pegando mais um livro do topo da pilha e anotando suas informações em um dos muitos cadernos de capa dourada. Sabia que, magicamente, o caderno seria preenchido com tais informações, mas preferira anota-las em uma nova organização, para que fosse mais fácil para ela achar os livros catalogados.

— Com licença. — uma jovem menina falou, esticando-se para colocar os braços sobre a bancada de granito. Paula ergueu uma sobrancelha e olhou para a menina. Ela não deveria ter mais de 11 anos, com os cabelos castanhos presos em longas tranças que caíam sobre seus ombros. — Você trabalha aqui?

— Sim…? — disse a jovem de 19 anos, dentro de seu nicho.

— Você sabe onde eu posso encontrar os livros de Transfiguração? — a criança tinha uma voz baixa e uma postura encolhida, bem parecia com a sua.

Por isso a bibliotecária sorriu, com ternura e reconhecimento e suspirou, deixando seus ombros abaixarem junto com sua respiração, relaxando seus músculos.

— Aqui você pode encontrar quaisquer livros que quiser, pequena. — disse e, então, olhou para Uirá, indicando com a cabeça um caminho. O falcão peregrino abriu as asas e levantou voo, indo buscar um veterano que pudesse ajudar a pequena menina que pedira informação. Isso chamou a atenção da menina, que entreabriu os lábios com um olhar chocado. — Linda, não é? — Paula chamou a atenção da garota. — Uirá é uma veterana. Dizem os mitos que é a veterana dos veteranos. Ela foi chamar alguém para te ajudar.

— Como você sabe? Como você sabe que ela entende a gente?

— Ela é minha acompanhante, oras. — disse Paula, apoiando-se no balcão para ficar cara a cara com a primeiranista — Reza a lenda que uma jovem indiazinha, chamada Uirá, foi salva do desalento e da fome pelo bibliotecário de Castelobruxo. Um dia, com fome, ela foi procurer a cozinha e se perdeu. — contava a jovem, em um tom baixo, quase como se estivesse confidenciando um segredo a pequena garota. — Ela foi encontrada pelo zelador, que ficou completamente enojado com a indiazinha, porque ela não tinha magia correndo em seu sangue, por isso quis joga-la na grande queda d’água que tem ali fora. — sorriu ao ver os olhos azuis da menina se arregalarem — Porém, antes que o malvado zelador pudesse fazer qualquer coisa com a menina, o coração da biblioteca brilhou intensamente, e Uirá se transformou em um falcão peregrino com os olhos dourados, que acompanha todos os bibliotecários, além de ajuda-los a proteger a biblioteca.

Um guincho alto foi ouvido e ambas se viraram para observar.

A falcão peregrino vinha voando em sua direção, acompanhada por um pequeno gato-do-mato, que vinha andando majestosamente abaixo da ave. O pequeno animal, como Uirá, tinha olhos dourados e inteligentes, e pulou com facilidade na bancada de granito, aproximando-se de Paula e esfregando-se em sua mão.

A capixaba alisou suavemente o pelo levemente áspero do gato e sorriu para a primeiranista que pedira sua ajuda.

— Esse aqui é um dos veteranos da biblioteca. — disse e sorriu ao sentir o ronronar do gato sob sua destra. — Um dos mais carinhosos, também. Ele está aqui desde a primeira vez que pisei na biblioteca, vai te ajudar a encontrar os livros que você quer. E, da próxima vez, você pode pedir a quaisquer animaizinhos com olhos dourados, que eles vão te ajudar. Vai ver que eles são muito prestativos, quando querem.

A menina olhou ainda um pouco desconfiada para o animal de olhos dourados, e, então, para a jovem bibliotecária, que sorriu terna e soltou o gato, que caminhou em direção a menina por cima do balcão.

— É só dizer o que você está procurando. — disse Paula à menina, em tom de segredo e observou enquanto a primeiranista dizia, com uma educação contida e tímida, que estava procurando um livro de transfiguração. O gato começou a andar em uma direção, para uma das entradas do labirinto intricado de estantes. — Agora você tem que segui-lo.

Paula sorriu, encorajando a jovem aluna e indicando a direção do gato com a cabeça. Então mordeu o lábio e olhou para Uirá. A ave de rapina estava novamente com o bico entre as penas da asa, mas quando percebeu o olhar da jovem bibliotecária sobre si a encarou, com os olhos dourados vidrados para si.

— Obrigada. — disse Paula, sorrindo para a falcão peregrino, que soltou um guincho e abaixou a cabeça em um breve cumprimento antes de voltar a fazer o que estava fazendo.

Então, a capixaba voltou a fazer o seu trabalho, continuando a anotar o que estava anotando e, por um breve momento, parou, sorrindo brevemente para o caderno de páginas pautadas.

É, trabalhar ali fora uma boa ideia afinal.

Mesmo que tivessem sido anos difíceis em sua convivência com seus colegas, por causa de suas manias infantis, quando ainda era uma adolescente, voltar a trabalhar na biblioteca, era quase como voltar para sua própria casa.

Mordeu o lábio e pegou o cobertor, escondido abaixo da superfície de granito, e o abraçou, com certa nostalgia. Era a mesma mantinha cor de rosa que levava consigo na mochila, quando ainda era aluna, para todos os lados, e, quando estava muito triste, perdia-se dentro do labirinto intricado de estantes da biblioteca, sentava-se no chão e abraçava-a, deixando que suas lágrimas molhassem o tecido, levando-a até seu nariz, pois seu cheiro sempre a ajudava a se acalmar.

Levantou-a até seu nariz — cheirando o suave aroma de lavanda — e passou em sua bochecha, sentindo a maciez do tecido suave e cor de rosa. Sim, agora ela estava bem. Trabalhando em um lugar que gostava e achava aconchegante, junto com seu irmão mais velho, e, agora que haviam feito as pazes, a convivência era bem mais fácil e tranquila. Não tinha que se esconder mais.
by emme


Rodrigo Kaefer Dutra
TLC » Fantasma
Rodrigo Kaefer Dutra
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Seg 16 Mar 2020 - 12:49
Vou me encontrar longe do meu lugar
Nada a temer senão o correr da luta; Nada a fazer senão esquecer o medo; Abrir o peito a força, numa procura; Fugir às armadilhas da mata escura
O murmúrio constante de alunos discutindo foi sendo empurrado cada vez mais a distância até que desapareceu por completo quando o professor enfiou-se entre as prateleiras da biblioteca. Demorou um pouco para achar, mas com a marcação escrita grosseiramente na mão esquerda com tinta preta, o bruxo encontrou uma forma de se guiar naquele labirinto de livros até encontrar o único que importava naquele momento.

O volume não era muito grosso e poderia passar despercebido entre tantos iguais. Um livro pouco maior que sua palma, com a capa cor de azul prussiano, texturizada. Assim que Rodrigo tomou-o em mãos, sentiu o orgulho preenchê-lo por dentro, correndo por seu corpo inteiro. Aquilo era dele. Pegou dois, três mais. Uma dúzia inteira fora encomendada pela biblioteca quando o Dutra insinuou que o utilizaria em suas aulas.

As folhas ainda cheiravam a recém-impressas e, em cada capítulo, havia um pedaço de madeira tão fino quanto uma unha, uma amostra, para exemplificar como as varinhas se pareciam. Era tudo de excelente qualidade e, na primeira amostragem do livro, Rodrigo tivera de tirar do próprio bolso os fundos necessários para tal, visto que um mês de bolsa não fora o suficiente. Seus bolsos, obviamente, tinham nome: Mama Kaefer.

É isso. — Concluiu para si. Os livros estavam ali ocupando um lugar importante em Castelo Bruxo, ele próprio era professor daquela instituição. Era como se a vida inteira estivesse se encaminhado para aquela situação e… agora? Soava quase como uma trapaça reescrever a história daquele jeito, colocar o seu nome em cima dos mestres que ensinavam seu avô, seu bisavô e o pai deste, mas estava seguro que seu conhecimento era o mais atualizado sobre o assunto. O definitivo? Claro que não, mas que até o momento, era o melhor, isso não tinha dúvidas.

Saciada a egocêntrica curiosidade de sentir os volumes recém comprados pela administração, contrastando com as velhas edições ainda de europeus assinando sobre as madeiras sulamericanas na estante, Rodrigo devolveu os livros para a posição adequada na prateleira e tomou rumo da saída. Estava se aproximando do balcão, mas ainda a alguns bons passos de distância, quando reconheceu Paula. O prazer explícito em sua fisionomia provocou algo no historiador que ele não conseguiu nomear de pronto, algo que beirava o fascínio, mas não sabia precisar até que ponto era positivo o sentimento. — O que tu tá fazendo, guria? — Questionou, a voz provocativa, ainda que bem humorada, soava quase como uma acusação dita por aquele homem, com o enjoado sotaque porto alegrense escorrendo pelas palavras.


Paula C. de Assis
O GLOBO DE CRISTAL » Colunista
Paula C. de Assis
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Colunista de Moda e Fofoca do OGDC
Dom 29 Mar 2020 - 21:11
A Librarian Day
20 de fevereiro – Biblioteca – Working

A voz a assustou antes que o guincho do falcão peregrino o fizesse.

Espantada com a aparição do professor de História da Magia ali, Paula arregalou os olhos e guardou o cobertor que levava ao nariz, inalando o suave odor de lavanda. O prazer e o sentimento de segurança foram levados embora, com a chegada do porto alegrense, e um forte rubor tomou conta de seu rosto, fazendo-a abaixar o olhar para o caderno no qual anotava os nomes dos livros que estava ao seu lado direito em uma pilha ordenada.

Uirá, ao perceber o desconforto da jovem, colocou-se levemente a frente da bibliotecária, em uma posição defensora, dando um guincho de aviso ao professor. Paula engoliu o seco e acariciou a cabeça do falcão peregrino, acalmando o animal.

— P... Profe… — fechou os olhos e respirou fundo. Tinha dito a si mesma que daria uma segunda chance ao professor, depois daquele dia no rio dos botos, e assim o faria. Soltou um pigarreio e o olhou, trocando o peso de uma perna para outra e erguendo um pouco o queixo, enfrentando a vergonha, que deixava seu rosto vermelho e quente. — O que você acha que eu estava fazendo?

Seu tom de voz se mostrou um pouco mais corajosa do que se sentia, mas ela estava em seu território — a biblioteca de Castelobruxo fora seu esconderijo e casulo durante anos de sua adolescência, tivera os veteranos como sua família, que a protegia e a guiavam para os lugares mais desertos e aconchegantes do andar, para poder se esconder e chorar, abraçada ao seu cobertor, ou ler um livro, sem que ninguém a importunasse — atrás de seu balcão, e Uirá estava ali para protege-la.

Paula confiava sua vida à ave e sabia que o homem não faria nada se o animal estivesse ali. Então permitiu que tombasse a cabeça um pouco para o lado, sentindo a confiança tomar um pouco do lugar da vergonha, suas bochechas se tornando menos rosadas e mais frias.

— Estava procurando um livro, professor? — perguntou, sem exatamente esperar a resposta o homem. — Talvez os veteranos possam ajuda-lo com sua procura. Eles sempre foram muito prestativos.
by emme


Rodrigo Kaefer Dutra
TLC » Fantasma
Rodrigo Kaefer Dutra
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243
Seg 30 Mar 2020 - 14:33
Vou me encontrar longe do meu lugar
Nada a temer senão o correr da luta; Nada a fazer senão esquecer o medo; Abrir o peito a força, numa procura; Fugir às armadilhas da mata escura
A sensação de ver Paula encolher-se em si mesma, escondendo-se atrás de um rubor vermelho, surpresa, dava ao professor de Historia da Mágia um prazer quase perverso. Umedeceu os lábios, ignorando veementemente a presença do falcão e apoiou os antebraços no balcão. — Tem certeza que quer saber? — Perguntou com a malícia brincando nos olhos, o corpo se projetando poucos centímetros mais para frente, o máximo que o balcão permitia. Estendia a tensão entre ambos como uma brincadeira, sem sequer reparar de verdade o quanto sua presença atormentava a menor.

SE eu precisasse de um livro, poderia encontrar muito bem sozinho. — Gabou-se, inconscientemente, até. Ao mesmo tempo que dava meio passo para trás, afastando o corpo. — Mas agora eu estou verdadeiramente curioso… — Adicionou, tombando a cabeça sutilmente para a esquerda enquanto sorria para a bibliotecária. A mão esquerda também caíra “acidentalmente” do balcão, até envolver sua varinha pendurada na cintura. — Porque eu até poderia deixar a cena passar, mas aí não seria eu, não é? — Provocou, antes de surgir com a varinha e, em um movimento único, convocar o pano aconchegante para as suas próprias mãos.

Os dedos logo envolveram o tecido suave e o bruxo de um pulo para trás, afastando-se do balcão (e do falcão). — O que tem demais aqui? — Perguntou, alterando o olhar do pano para os olhos da Assis. Levou-o ao nariz, aspirando a essência de lavanda. Inebriante, provocava uma sensação de esquisita intimidade que eriçou os pelos da sua nuca, mas nada explicava a faceta de prazer genuíno na face de Paula minutos antes.



Paula C. de Assis
O GLOBO DE CRISTAL » Colunista
Paula C. de Assis
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91
Ocupação :
Colunista de Moda e Fofoca do OGDC
Seg 6 Abr 2020 - 19:50
A Librarian Day
20 de fevereiro – Biblioteca – Working

Rodrigo estava se aproximando de um perigoso limite para a jovem Paula.

Com a manta nas mãos, o historiador aproximou-a do nariz, imitando o movimento que a bibliotecária havia feito poucos minutos antes, e o coração da jovem batia forte em seu peito, fazendo suas mãos tremerem. Ubirá ficou entre o homem e a protegida, empoleirada sobre o balcão, guinchando vez ou outra. A Assis sabia que ela teria atacado o homem se não a tivesse segurado quando, com um movimento discreto, mas súbito, conjurou sua mantinha de seu esconderijo.

Ela engoliu o seco e lágrimas surgiram em seus olhos. Limpou-as rapidamente com as costas da mão livre — a que não estava acariciando a penugem suave da veterana da biblioteca — e o olhou, erguendo o queixo e travando o maxilar.

— Então além de ser grosso, você é enxerido? — perguntou, após algum tempo, precipitando-se e pegando sua manta das mãos de Rodrigo, acariciando o tecido e colocando-o em seu esconderijo, sob o tampo do balcão. Sem tirar as mãos do tecido sob a bancada, apertando-o entre os dedos, ela o encarou. — Sua mãe não te ensinou a respeitar o que é dos outros, não?

Soltou a mantinha e cruzou os braços, abraçando seu próprio corpo, e encarou o homem. Fechou os olhos e respirou fundo. Prometera ao seu irmão que daria uma segunda chance ao professor de História, não precisava se mostrar tão defensiva — mesmo que ele tenha chegado perto de um limite que a própria Paula talvez não quisesse transpor.

— É uma manta. De quando eu era uma criança. — disse a jovem e tomou uma respiração — Ela... — meneou a cabeça e suspirou — É pra dar sorte. É meu amuleto da sorte.

Sua voz era calma, mas ainda podia sentir seu coração bater forte em seu peito, era quase visível que a jovem lutava contra lágrimas e, felizmente, o homem não podia ouvir ou ver o que se passava em sua mente.

Paula sabia que estava em seu limite, os pensamentos se voltavam, quase sempre, para seu quarto, onde poderia ficar embaixo de seu edredom. Poderia abraçar seus bichinhos de pelúcia, conversar com eles, brincar e, quem sabe, tomar um chá com seus convidados. Tomaria seu leite quente, em uma mamadeira, e, quem sabe, tirar uma soneca encolhida em sua cama, até que tudo aquilo passasse.

— Você não tinha o direito de invadir minha privacidade desse jeito, inclusive. — disse em um tom cansado, ansioso e era quase perceptível o tremor suave. — Eu sei que você é um cara arrogante, provavelmente por causa da sua família, ou por causa do dinheiro que a sua família tem. E eu sei que você é amigo do meu irmão mais velho, inclusive, eu tenho minhas suspeitas em relação ao seu relacionamento com ele, talvez um interesse mútuo? Não sei, mas eu tenho minhas suspeitas. — falou, trocando o peso de uma perna pra outra — E eu sei que você é um professor e eu sou uma estudante em bibliotecomagia, trabalhando na biblioteca da escola, eu sei que não tem o mesmo prestígio que um professor de História da Magia, com Mestrado e o caramba, mas isso não te deixa com o direito de entrar no meu ambiente de trabalho, pegar algo que é só meu e... Isso é invasão de privacidade, e eu tenho direito a minha privacidade. E só porque eu sou infantil, não quer dizer que isso te dê o direito de me humilhar, e pegar algo que é meu, e que não tem nada a ver com ninguém além de mim.

Encarou-o por poucos instantes, antes de se encolher e limpar a lágrima que escorreu por sua bochecha. O limite estava perto, Paula quase conseguia vê-lo se aproximando, esticou um braço e buscou o pano, puxando-o para perto e abraçando-o, inalando o aroma calmante da lavanda. As lágrimas inundaram seus olhos quando lembranças surgiram em sua mente.

— Eu… Eu sei que... — Paula soluçou, engolindo o seco. Agora já era tarde para tentar controlar essa parte de sua personalidade. — Eu sei que deve... Deve ser tentador... Para uma pessoa me aporrinhar, porque eu... Eu pareço frágil e… E eu sei que... Pessoas como você apreciam essa arte... — a bibliotecária encarou o professor por trás do balcão, erguendo o rosto, molhado pelas lágrimas, mas sem soltar o paninho — Essa arte de humilhar e torturar psicologicamente pessoas que se... Que se intimidam fácil e parecem fracas, mas isso não te dá o direito de fazê-lo. Não quando eu estou fazendo o... O meu trabalho.

A jovem enxugou as lágrimas que escorreram de seus olhos e olhou para cima por alguns instantes, segurando as gotas que sobraram. Então voltou seu olhar para o homem novamente.

— Bom, — ela respirou fundo, controlando os soluços com certa dificuldade — se foi pra isso que veio... Você pode ir embora.
by emme


Miguel Barni de Assis
COMASUL » Funcionário da seção 4
Miguel Barni de Assis
Mensagens :
318
Ocupação :
COMASUL: Supervisor das Reservas Naturais
Seg 11 maio 2020 - 15:54

my lil sis is growing up

biblioteca

Paula e Rodrigo

tome, trouxa

Miguel estava em um dia bom. Feliz com o bom retorno de suas aulas, fossem as individuais ou em conjunto com ADC – o que inclusive estava se tornando frequente (e não que ele não gostasse disso) –, e também contente com o desempenho dos alunos depois da temporada estendida de férias que haviam tido desde o último mês de setembro, o docente nem sonhava em imaginar os possíveis futuros desastres que pudessem acontecer naquela escola.

Caminhou pelo castelo rumo à biblioteca, afinal, seria bom compartilhar de sua alegria com sua irmã e ainda poder ver como sua caçula estava se saindo como Bibliotecária de Castelobruxo, um título que parece algo bem simples aos olhos de muitos, mas que enchia o peito do irmão coruja de orgulho. Infelizmente, como comentado anteriormente, Miguel estava em um dia bom, mas aquele sentimento feliz se desfez em pedacinhos assim que adentrou no cômodo gigante que tomava quase todo o segundo andar do castelo, dando de cara com sua irmã chorando e agarrando-se ao seu precioso pano ao ser abordada por ninguém mais e ninguém menos que Rodrigo, o historiador com quem a própria havia tido suas desavenças já no início do ano. Merda!

Seus instintos protetores já se agitavam para que ele interrompesse a cena, metendo-se entre o Kaefer e a Assis para dizer ao homem que não perturbasse sua irmã ou teria que se resolver com o próprio Barni, mas conteve-se em seu lugar, congelado com um misto de surpresa e orgulho, ao ver a menor responder o grandalhão que lhe atazanava a vida. Deixou um suspiro quase aliviado lhe escapar, e aquilo denunciou sua presença, o fazendo se aproximar calmamente da bancada, tentando ignorar a presença irritante do colega de profissão (que na verdade ia além do irritante por questões passadas, mas algo que ele tentava ignorar a todo tempo) e focando em sua meio-irmã, um sorriso tênue e encorajador no rosto. — Não precisa chorar, meu bem. 'Tá tudo certo. Lembra que conversamos sobre isso? Hora ou outra as pessoas vão querer se intrometer, vão fazer perguntas, mas não precisa ter vergonha nem medo, okay? — falou suave, estendendo a mão direita por cima da bancada para que Paula a segurasse.

— Já sabíamos que era apenas questão de tempo para que alguns outros funcionários percebessem, mas isso não é motivo para que você fique mal. Eles tem que te respeitar, independente de qualquer coisa. — falava ainda focado na menina, sem ter certeza se ela entendia completamente sua condição, mas certo de que tinha consciência sobre suas ações e que sabia que outras pessoas percebiam aquilo que ela tentava esconder. Caminhou então para o outro lado e adentrou gentilmente no espaço pessoal de Paula, puxando-a carinhosamente para um meio abraço, ficando ambos lado a lado. — Ninguém vai te fazer mal aqui dentro. — desviou então o olhar para o homem que encarava a cena sem entender nada e balançou a cabeça suavemente em negação, como quem pedia por favor para que ele não fizesse mais perguntas que piorassem a situação, enquanto seu olhar furioso entregava sua real sensação: atormente minha irmã mais um pouquinho e você vai se ver comigo.
Cambito
TLC » Moderadores
Cambito
Mensagens :
146
Sáb 11 Jul 2020 - 14:17
rp fechada
seu desejo é uma ordem!

HAHAH
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