Bem, hoje vou ser meio sucinto pois esse episódio tem uma nota triste — alguém toca um dó no cavaquinho ai plis —, mas bem esse dia foi mais outro qual eu tive minhas leves discussões e provocações com a Ahri, e não, não tô falando da personagem de LoL, essa só durante as madrugadas, naquele dia foi com um das minhas coleguinhas metidas a patricinha — “tinha que ser Brachmann mesmo viu” — que veio me encher o saco (que é a função dela, pois completamente inaguantable) e de alguma forma terminamos conversando de igual para igual? Não tenho certeza, eu acho que nesse dia eu cheirei pó de guaraná-cego por que viu.

Minha mente estava levemente pesada enquanto eu andarilhava pelos terrenos da escola, hoje mais cedo eu tinha recebido uma mensagem da minha priminha dizendo que a situação lá em casa — bem, lá na casa dela, por que aquela merda de lugar nunca irei chamar de casa, é meramente um albergue onde eu durmo e só — e isso me deixava levemente mexido como nenhuma outra informação poderia. Veja bem, minha priminha, a pequena Valentina (sim, eu sei, mas não fui eu que escolhi) era a única parte da minha família bosta que eu gostava, na real, era a única parte que importava — e que sobreviveria até os 70 —, se considerados os estúpidos e fudidos com quem ela compartilhava o sangue (eu incluso).

Mas bem, ela ainda era nova e como não tinha magia, ficava presa naquela casa enquanto eu estava na escola (e eu quase larguei CB por isso, mas se eu queria ajuda-la eu precisava ser alguém). Dessa forma a única coisa que eu podia fazer era me preocupar e andar sem rumo por ai, afinal, o que mais eu tinha pra fazer? “E também não é como se eu pudesse falar disso com alguém, nem mesmo com o Alê ou o Virgulino.” Suspirei e cruzei os braços, levantando os olhos do chão e finalmente percebendo que eu me encontrava no riacho dos botos. — Por que será que eu nunca achei um maledicto boto nessas águas? — Me sentei, sabendo que se eu já não achava nenhuma das criaturas antes, agora com aquele futum que eu estava — qual consegui exatamente nesse lugar, adoro as coincidências — eles nunca ousariam pôr o focinho pra fora d'água.