The Last Castle - RPG :: Tópicos de Personagem e RPs Arquivadas :: Arquivo de RPs Finalizadas :: RPs do Castelobruxo
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JAN2026
JANEIRO DE 2026 - VERÃO
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ADMAGO
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7/06. atualização do tablón
1/08. estamos de volta
13/08. atualização dos ranks gerais do fórum
00mes
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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Lorena Bedoya Fialho
COMASUL » Auror
Lorena Bedoya Fialho
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COMASUL: Auror Estagiário
Qua 27 maio 2020 - 7:41
Esta é uma RP FECHADA entre Lorena Bedoya Fialho e Mavis Orn. Bedoya no dia 06/06, algumas horas após Lorena sair do observatório.
Local: alojamento da Lorena e das meninas
Turno: noite.
I would make you stay, so I don't have to say you were the one that got away
Emme




she remembered who she was and the game changed.


Lorena Bedoya Fialho
COMASUL » Auror
Lorena Bedoya Fialho
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COMASUL: Auror Estagiário
Qua 27 maio 2020 - 8:18

Number one, tell me who you think you are?

Enquanto caminhava para Ybirá percebeu que o fluxo de alunos indo e vindo do castelo ainda era grande, o que talvez, somente talvez, garantisse que ela pudesse ter uma boa conversa com Mavis antes de ter uma conversa generalizada com o bando todo contando as novidades. O caminho todo do quinto andar até o alojamento fora silêncioso agora que Bianca tinha tirado dela o fantasma da moça da clareira. Só que ao invés da voz da defunta, agora era a dela ecoando partes daquela carta. Nossa relação fora assim, como uma bebê estrela: junto do sentimento de amizade iniciou um sentimento diferente, que agora sei que muito bem o que é. havia dito na carta, e infelizmente ela realmente sabia o sentimento diferente. Na verdade estava prestes a sair da sala de Bianca e correr para os braços de Arón, dizendo que queria ser sua namorada. Ela já havia ensaiado tudo em sua cabeça nos poucos segundos entre dizer a Bianca que estava bem e sair por aquela porta. Diria tudo a ele, não por medo de perder a chance, mas porque ela o amava tanto que sentia isso em cada uma das suas células. Nas moléculas e poeiras estelares que descobrira através das aulas de astronomia. Nas estrelas todas que presenciaram vários dos beijos que se deram. Teria dito que o amava como ama as estrelas,  como ama a lua que ajudara nas noites românticas escondidos e sem poder acender luzes. Queria contar que o amava desde que ofereceu que perdessem o bv juntos e quando viram ficantes esporádicos em eventos da escola. Olharia para aqueles olhos tão expressivos e diria que o amava, não somente por quem ele era, mas quem eles eram quando estavam juntos. Que ele era o amor da vida dela. Mas a chance se esvaíra como poeira.

A essa altura já estava chegando em Ybirá. Olhou para o céu estrelado enquanto caminhava pelo já tão conhecido caminho, e com as cartas firme em suas mãos, fora quase impossível não lembrar de mais um trecho. Acho que acumulamos muita massa, neném, porque nossa estrela brilhou, queimou, ardeu e agora se despede, morrendo devido a um núcleo que não mais produz energia. Aqui começamos a morte da nossa estrela, Arón. Muitas coisas haviam começado a morrer naquela noite, mas sua alegria não seria uma delas. Tiraria um momento para sofrer por Arón, por Bea, e depois se reergueria das chamas pronta para recomeçar a vida. Afinal, só tinha dezesseis anos e uma vida inteira pela frente, com ou sem as pessoas que ela esperava carregar para sempre consigo. Não que não fosse carregar Arón, era inevitável, mas com o tempo seria só mais uma lembrança boa que não seria esquecida dada as partes ruins.

Quando chegou ao dormitório, deu de cara com Mavis, e pelo que vira, somente ela. Como havia se livrado de todas as outras, Lorena nem sequer podia imaginar, mas antes de ir abraçar a prima fez questão de guardar ambas as cartas. No dia seguinte iria até o corujal para enviar tal carta. Levamos nosso próprio tempo até nossa amizade virar o que era até então, algo forte, verdadeiro, incrivelmente íntimo e nos tornamos quase inseparáveis. Juntos com Mavis formamos o trio Hermione e nos metemos em tantas confusões, tantas aventuras. era outro trecho da carta que não escapou de sua cabeça ao ver a prima, que observava com atenção o que Lorena fazia. A morena, por sua vez, apenas aproximou-se, abraçando Mav como se aquilo fosse tudo que restasse. — Sinto muito, Mavs, agora somos a dupla Hermione. Ele realmente foi embora. — Revelou a prima antes de começar um choro baixinho, cheio de mágoa, saudade e confusão.



Última edição por Lorena Bedoya Fialho em Qui 28 maio 2020 - 4:14, editado 1 vez(es)



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Mavis Orn. Bedoya
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Estagiária
Mavis Orn. Bedoya
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Qua 27 maio 2020 - 14:01

you can hit my line like 24/7
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Demorou um pouco para que a ficha de Mavis caísse e que ela entendesse de fato que o papel que tinha nas mãos era uma carta de despedida. E não uma declaração como tinha imaginado. Desejou nunca ter lido a carta minutos depois de reler o conteúdo que ela trazia várias e várias vezes. O arrependimento e a mágoa golpearam a brasileira com tanta força que uma lágrima escapou pelos olhos dela. Algo que era raro de se acontecer, então daí já podia se tirar o quão complicada estava a situação. Com a carta nas mãos, foi atrás da pessoa que seria a mais prejudicada com o que tinha ali. Encontrar Lora não fora difícil, pois sabia que naquele dia ela tinha um encontro com a professora Bianca. E foi para lá que foi, esperar pela Bedoya nunca se tornara tão agonizante quanto naquele momento e quando Mavis botou os olhos na prima, pareceu ter perdido a capacidade da fala por alguns momentos. Balançou a cabeça negativamente para descartar todas as possibilidades que julgava estarem passando pela mente de Lorena e então, ao estar próxima o bastante, entregou a carta nas mãos dela. — Eu sinto muito… Eu, eu não consigo entender porque ele fez isso. E eu te devo desculpas, Lora. Eu abri a carta, ela não era pra mim e eu abri porque achei que era… não importa. Só desculpa. — As palavras saíram de forma atropelada e a brasileira embalou a prima nos braços em um abraço apertado. Não fora retribuída e sentiu medo que a outra tivesse ficado com raiva por ela ter invadido a privacidade dos dois.

No entanto, soltou a prima no momento em que aquela suposição foi deixada de lado e assentiu, entendendo o pedido de Lora. — Tudo bem… Eu estarei esperando por você em Ybirá. — A Bedoya não parecia ter ouvido o que Mavis havia dito. Mas Mavis não se importou, sabia que eventualmente a prima iria procurá-la e ela estaria pronta para dar colo. Pronta para ser o que sempre eram desde que se entendiam por gente, o apoio uma da outra. De volta aos alojamentos, a brasileira passou as horas agonizantes de espera por Lora contando carneirinhos enquanto olhava para o teto ou então rodando pelo espaço como uma verdadeira barata tonta. Percebendo que não teria privacidade com Lorena porque dividiam a cabana com mais trezentos Bedoya e agregados, começou a formular desculpas para que mantivesse as meninas fora dali. Não fora tão difícil quanto imaginava e logo Malvina e Cecília saíram juntas para fazer sabe-se lá o que. Mavis tinha notado uma certa aproximação entre as duas após a Aula de Bianca. Não entendia, mas achava bom que a outra prima estivesse fazendo novas amizades. Com as outras meninas fora mais fácil ainda se entender, bastou pedir um tempinho de privacidade inventando uma desculpa de que estava com problemas femininos que elas prontamente atenderam o pedido.  

Lora apareceu no dormitório poucos minutos depois de Mavis ter ficado completamente sozinha. Se sentou na cama em que estava deitada de forma rápida e observou a prima com cautela, os olhos sempre acompanhando ela pelo quarto até que obtivesse a atenção da mesma. E teve, não demorando muito em ser embalada em um abraço. Envolveu o corpo da prima com um dos braços para retribuir o gesto enquanto que a mão livre repousava sobre os cabelos dela, os dedos deslizavam pelos fios em um cafuné enquanto ouvia as palavras da prima, confirmando o que já sabia. — Shh, nós vamos superar isso. Juntas. — Buscou acalmar a prima que chorava abraçada a ela. Também sentia vontade de chorar, mas não sabia se seria o melhor momento para aquilo. Além de que Mavis não sabia exatamente o que sentir com aquela perda, tristeza pelo amigo ter fugido ou raiva pela forma que ele tinha escolhido fazê-lo.
06 DE JUNHO DE 2020 – ALOJAMENTO DAS MENINAS – COM LORENA BEDOYA FIALHO


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Lorena Bedoya Fialho
COMASUL » Auror
Lorena Bedoya Fialho
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COMASUL: Auror Estagiário
Qui 28 maio 2020 - 2:25

NUMBER TWO, WHY WOULD YOU TRY AND PLAY ME FOR A FOOL?

Costumava se sentir culpada por chorar, especialmente se fosse por homens. Havia passado pela fase com o Thiago de forma tão racional e calma, que conseguiram até manter amizade depois do fim. Só que com Arón era diferente, tanto a relação como a forma que ela acabara. Ele havia se declarado meses antes para ela, que não tinha dito nada ainda porque estava esperando o momento certo. Não queria que fosse enquanto um fantasma a atazanava ou depois de ter tocado em um cadáver, tampouco depois de atacar um Saci que não fazia mais do que proteger o corpo da falecida. E esperando o momento certo, ele se perdera, e agora não havia mais como dizer tudo que sentia sem ser por uma maldita carta. Então soltou-se do abraço da prima, sentindo que esta estava quase tão ferida como ela. Também havia sido abandonada, mesmo que de uma forma diferente. Arón havia se mostrado exatamente quem Matteo insistira em pintá-lo durante todos aqueles anos. No fim das contas preferia pensar que ele havia sido ele mesmo e que só fora embora por estar de fato preocupado com o pai. Caso contrário não deixaria o castelo no meio de uma investigação de assassinato, certo? Deveria ser o pai, só poderia ser isso.

— Eu escrevi uma carta de despedida que vai ser enviada amanhã, logo antes de eu esvaziar isso aqui e ter uma boa conversa com Ceci. Acho que vai ser bom ter uma versão do papai pra me jogar de volta no caminho. — Disse com uma tentativa de sorriso que não funcionara e balançou os ombros. — Se você quiser fazer o mesmo, pode ficar a vontade. Ele foi sem ter a coragem de nos dar tchau, mas tudo bem nos darmos ao luxo de um momento de luto, não é? Luto pela amizade que morreu. — E não era exagero. Sua voz transbordava fúria, mas era verdade. A amizade deles acabara, diferente do que dizia a carta, morrendo também, porque não havia como entender ele simplesmente ter largado tudo no meio da situação em que estavam. Ele sabia que Roberta encontraria Daniel em um piscar de olhos, mas ele nem sequer pedira esse recurso. Enfatizou na carta que queria fazer sozinho, mas agora aquilo parecia somente uma desculpinha idiota que se dá quando não se consegue lidar mais com uma situação e por isso foge. Pegou o celular no bolso e colocou uma música antiga chamada "miss nothing", de uma cantora que só poderia ser bruxa, visto que nunca envelhecia. Saltou da cama e começou a dançar sem ter sentido nenhum, só deixando o corpo emitir os movimentos que tinha vontade. Pulava, chutava, girava, cantarolando a música baixinho como se fosse uma confissão, e então puxou a prima para que fizesse o mesmo. Elas haviam passado por tanto nos últimos meses, e Lora garantiria que não seria mais um abandono que iria acabar com elas. — My one mistake was that I never let you downnnnnnnnnnnn! — Cantou como quem sentia a música, e então voltou a deixar o corpo emitir gestos e danças estranhas e nada compatíveis com a música. Talvez um bom tratamento para o coração fosse cansar as pernas.

Observou Mavis se unindo a ela e quando a próxima música da playlist "segura o ranço" começou a tocar, Lorena correu para o banheiro em busca de escovas de cabelo e entregou uma a prima. — Bora extravasar essa merda, gatinha. Amanhã é um novo dia e o último em que deixaremos que Arón ainda seja parte de nossas vidas. — Disse antes de voltar a pular, as lágrimas caindo de seus olhos não a impedia de parecer uma maluca deixando o corpo brincar de se expressar. Parecia aqueles bonecos infláveis que ficam balançando os braços, e a simples ideia a fez rir como se realmente estivesse maluca. — I can do it like a brother, do it like a dudeee. Grab my crotch, wear my hat low like you! — E então se jogou na cama, sentindo as costas colidirem com o colchão macio enquanto olhava para o teto. Mais lágrimas, mais tristeza, mas se sentia mais leve também. Maluca, mas leve, e era só a leveza que ela queria agora.




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Mavis Orn. Bedoya
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Estagiária
Mavis Orn. Bedoya
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Estudante de Saúde Bruxa
Qua 3 Jun 2020 - 23:47

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Mavis não sabia exatamente o que fazer. Ela nunca tinha se apaixonado em toda sua vida então não sabia da dor que a prima estava sentindo naquele momento e consequentemente a única coisa que poderia fazer era tentar acalentá-la com os carinhos no cabelo e sua presença. Era óbvio que estava sofrendo também, mas estava ciente de que a dor de perder um amigo talvez não fosse a mesma de perder aquele que se ama de forma romântica. Ainda mais quando o dito cujo havia se mostrado um perfeito idiota fugindo daquela forma sem nem ter a decência de se despedir dignamente. A vontade que ela tinha era a de procurar Arón só para dar na cara dele. Só que isso só demonstraria o quanto se importava e se ele tinha mostrado que não se importava com amizade e amor nenhum, não seria ela a fazer isso. Faria assim como ele, abandonaria a imagem do que um dia fora um grupo cheio de parceira para trás e focaria em seu futuro e naqueles que continuavam por perto. Eles sim eram dignos da atenção dela.

Eu acho bom você conversar com a Cecília mesmo, ela é sua irmã e tá totalmente por fora de tudo. Notei o quanto andam afastadas e isso não é bom. Quanto a carta… Fez bem também. — A prima tinha o pleno direito de se despedir. — Hm, eu não vou fazer isso. — Deu de ombros, Mavis era conhecida por ser um tanto rancorosa. Uma vez magoada, sentia uma dificuldade sem tamanho de perdoar terceiros. O pai dela estava lá de exemplo. Já faziam tantos anos desde que tudo tinha acontecido e ela ainda não conseguia se sentir confortável ao lado dele, a relação havia sido de certa forma destruída. Só não dizia que para sempre porque julgava ser tempo demais. — Não preciso me despedir. — E não queria. Estava triste, mas também com raiva e sabia que não demoraria muito para que restasse apenas a indiferença para com o amigo. Era algo horrível de se dizer considerando que a amizade entre eles era tão bonita, algo a ser preservado. Mas como faria isso quando ele tinha escolhido ir embora largando as duas para trás num momento tão caótico? Não tinha como entender.

Perdida em seus próprios pensamentos, só retornou a realidade quando as batidas de uma música já conhecida ecoaram pelo quarto. E foi então que notou que a prima havia saído do abraço para pular sobre a cama. Observou a prima dançando e cantando por uma fração de minutos. Estavam tanto tempos embalados em seu próprio sofrimento que quase tinham se esquecido de que eram adolescentes e precisavam aproveitar a vida, não se deixar abalar por tantos problemas. Ainda mais sendo a maioria deles assunto de gente adulta. Vendo Lorena daquela forma tão descontraída, foi tomada pelo sentimento de nostalgia para com aqueles momentos que passava com a família para fazer exatamente o que ela estava fazendo: brincar, dançar e cantar. Não era uma boa cantora, aquele dom tinha ficado unicamente com Roberta, Lorena e até mesmo Cecília mandava bem nos karaokês da vida. Mas isso não fora o bastante para parar a brasileira que deixando os pensamentos de lado acabou se levantando para ficar de pé na cama como a amiga estava.

E soltou uma gargalhada daquelas bem gostosas quando a prima correu para o banheiro e voltou com duas escovas de cabelo. Claro que ela pegou uma delas quando lhe foi direcionada, faria tudo pela performance. — Nada mais que o justo já que ele resolveu nos excluir da vida dele também. — Findou, agarrando o cabo da escova com tanta força que os dedos ficaram brancos. Diferente do nome da música que tocava, ela não conseguia segurar o ranço. Se juntando a prima começou a movimentar o corpo, os braços e jogava os cabelos para cá e para lá de forma aleatória. Aos olhos dos outros poderia parecer uma maluca, mas não se importava. Porque ali naquele momento, enquanto dançava junto da prima em meio aos risos, ela conseguia parte da carga negativa que estava guardando por tanto tempo se esvaindo pelo seu corpo. — We can do it like the man'dem, man'dem, we can do it like the man'dem. Sugar, sugar... sugar! — Viu que a prima estava se debulhando em lágrimas mais uma vez e jogou o corpo contra o dela com um tanto de cuidado para que não a machucasse.

SE É DIA DE BAILE, GAIOLA É TROCOOOOOOOOOOOOOOO! — Cantou a plenos pulmões quando o funk preencheu o quarto. E se levantou novamente. — Amiga, pelo amor, vem cá rebolar a raba. — Chamou a prima, apoiou as mãos nos joelhos e mexeu o bumbum em um rebolado que só quem tinha sangue brasileiro nas veias e o gingado certo conseguiria reproduzir. — Mas não vale a pena dar moral pra vacilão! — Em uma brincadeira, desceu até a cama aos risos. Quando a música chegou ao fim, voltou a deixar o corpo cair na cama, agora um pouco longe de Lorena. — Agora somos eu e você, nossa família… Aqueles que a gente sabe que sempre estarão aqui. — Uma lágrima solitária escorreu pelo rosto da menina ao dizer. Era a segunda e a última, não se permitiria ficar aos prantos por ninguém.
06 DE JUNHO DE 2020 – ALOJAMENTO DAS MENINAS – COM LORENA BEDOYA FIALHO


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Lorena Bedoya Fialho
COMASUL » Auror
Lorena Bedoya Fialho
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COMASUL: Auror Estagiário
Sex 5 Jun 2020 - 1:26

Number three: why weren't you, who you swore that you would be?

Ao se jogar sobre o colchão lembrou de uma frase que conhecera graças a um escritor trouxa muito conhecido chamado de Machado de Assis, que dizia que "esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito." Tudo o que haviam trilhado até ali, desde o primeiro sorriso, o primeiro momento como amigos, até o último beijo antes de dormir na noite anterior a sua partida, todas aquelas coisas ainda eram muito vívidas em sua mente, mas precisavam dar adeus para que novas pessoas pudessem chegar. Durante muito tempo foram um grupo seleto de primos e alguns poucos chegados que foram se aproximando, e de certa forma, mesmo sem a intenção, acabavam se fechando entre si. Fora assim que Ferraz acabara quase fazendo parte da família, por ter sido acolhido e tratado como parte do bando. Eles tinham amigos para além da família, inclusive membros da família que acabaram se unindo a outros grupos, mas a verdade é que quando a situação apertava, eles só tinham a eles mesmos. E isso não era culpa de ninguém, era algo natural. Ali, deitada naquela cama pensando em como havia se afastado de sua gêmea e o quanto fora do casulo poderiam se divertir, especialmente agora que ela fazia parte do clube dos doze, parecia bobeira não viver a realidade. Sofreria, sim, mas não precisava se entregar a esse sentimento. Arón escolhera partir, e ela estava, naquele exato momento, escolhendo ficar. Ficar com sua vida, seus primos, e com as novas lembranças da louça que precisava ser apagada.

Estava permitindo que as lágrimas caíssem conforme queriam, não se privando de sentir nem mesmo a dor, quem dirá a raiva. Fora então que ela encarou Mavis voando em sua direção e virou o rosto para não ser atingida pela face da prima, rindo ao ver a animação da mesma ao cantar um funk que elas cantaram tanto nas férias que chegaram a enjoar. E então levantou-se, puxando Lorena consigo, iniciando uma coreografia de funk que parecia natural a brasileira, mas que levara anos para a argentina pegar o ritmo. Balançou a bunda como se não houvesse amanhã e se divertiu naquela montanha russa de emoções que estava sendo aquela conversa. E quando o funk acabou, lá estavam elas, jogadas nos colhões encarando o teto, se permitindo sentir todas aquelas coisas em tão pouco tempo. Era maluco como elas haviam enfrentado sacis, descoberto um corpo, lidado com um fantasma, e agora lidavam com a perda de Arón, como se tudo aquilo fosse absurdamente comum, rotineiro, como se todo adolescente passasse por aquilo. Ouvindo as palavras de Mavis, fora impossível não virar o rosto em sua direção. — Você tem razão sobre os que temos certeza. — Disse, sentando-se na cama e limpando o rosto coberto de lágrimas. — O primeiro passo agora é reunir essa família de novo. Temos Liebe, Talita e Cecília que quase não passam tempo conosco fora desse alojamento. Nós precisamos começar por aí. — Enfatizou a palavra "começar", pois realmente era o primeiro passo. Eles eram uma família, e não importava quantos amigos tivessem fora dali, eles precisam ser unidos como Bedoyas também.

— Em segundo lugar, precisamos abrir mais essa rodinha. Somos unidos, sempre estaremos aqui, mas tem outras pessoas incríveis aí fora que a gente perde de ter contato por viver nessa pequena panelinha que acabamos criando. — Não fora intencional. Eles entraram em uma nova escola, os seis ao mesmo tempo, e entre ficarem perdidos no meio das pessoas ou continuar grudados como faziam desde crianças, fora muito mais fácil ficarem unidos. E quando todos os grupos foram se formando, eles já tinham o deles tão firme que parecia que não precisavam de mais ninguém. E não haviam de fato excluído ninguém, mas também, ao menos da parte de Lorena, não houve um esforço para aproximar mais pessoas da rodinha. Tiveram membros passageiros, como Thiago, mas no fim acabavam sempre os quatro - pois os outros haviam voado pra longe em novos grupos e novas amizades. Nada contra, inclusive ela pretendia fazer parte de mais grupos que não fosse o da família ou o dos doze. — Arón nos magoou e isso é fato, e eu já estou preparada para ouvir isso amanhã na reunião, mas ele não pode ser mais uma corrente que a gente coloca a nossa volta. Ele foi um babaca e se provou diferente do que parecia ser, mas existem pessoas muito bacanas por aqui, a gente viu isso tantas vezes. Tantos nomes me vem a cabeça enquanto lhe digo isso! Só que a gente precisa abrir mais, depois que o passo um for concluído. — Mordeu o o canto direito do lábio inferior, pensativa.

Um tempo de silêncio se fez presente, e então ela retomou suas ideias. — Além do mais, a gente sobreviveu aos sacis, ao que a gente viu, e estamos aprendendo a viver com isso, que não é normal. Assim sendo, eu declaro que uma dor de coração partido não pode ser mais dolorosa do que toda a outra situação em que nos metemos, e que vou me esforçar para isso passar de uma vez. — Ela sabia que não seria fácil para ela ou para os outros, mesmo Matteo sentiria o impacto, mas a verdade é que já haviam passado por coisas piores. Lorena crescera assombrada por um quarto branco, Mavis tinha um trauma pelo pai infiel, Matteo sofrera anos por um amor que não poderia ser correspondido, e Polo, bom, ele havia ficado órfão. Além de tudo isso, alguns desses citados, incluindo a própria Lorena, haviam ingressado num grupinho chamado de "o clube dos 12". Esquecer o ex era o menos de seus problemas, e era assim que ela precisava visualizar.  




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Mavis Orn. Bedoya
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Estagiária
Mavis Orn. Bedoya
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Estudante de Saúde Bruxa
Dom 14 Jun 2020 - 20:08

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Fez questão de limpar o rosto dos resquícios de lágrimas enquanto ouvia a prima falar. Em um ponto concordava, elas tinham que dar um jeito naquele afastamento absurdo que estava acontecendo entre uns e outros. Era certo que se um precisasse, os outros apareceriam de onde estivessem para ajudar. Mas Mavis nunca tinha se lembrado de um momento em que se encontrasse tão afastada da própria família. Pra falar a verdade… Até uns dias atrás andava distante até mesmo de Lora. Só que sendo melhores amigas, era fácil que tudo voltasse ao normal num piscar de olhos. — O problema é fazer essa galera toda aparecer numa reunião, sabe? — Se havia algo que se lembrava também era que todos os Bedoya somente se reuniam quando tinha alguma festa de família nas residências da Argentina. Na escola era cada um pro seu canto e deu. — Mas, bem, acho que a gente consegue. Vamos focar nesse primeiro passo, então. — Sorriu, animada com a ideia de ter todos juntos novamente. Era fato que com toda a fama de avoada não costumava prestar muita atenção no que acontecia ao seu redor, mas até mesmo um cego perceberia que a família estava passando por um momento um tanto estranho. E ela não queria que eles acabassem se tornando aqueles parentes amargurados uns com os outros, não queria que aquela magia de parceria que existia desde que eram crianças se perdesse.

Lorena então havia trazido a tona outro ponto. A questão de que com a união da família, todos acabavam se fechando em seus próprios círculos, sem se deixar levar por novas amizades e tudo mais. O que era bem uma verdade. Mavis, por exemplo, só andava na companhia de Lorena e Arón. Sempre. E quando não estava com os dois, só ficava nas vistas de Matteo. Era raro andar com pessoas que já não fizessem parte de sua vida desde que ela tinha entrado pelas portas daquela escola. Mordiscou o lábio inferior, se lembrando de que na verdade tinha se aproximado de um certo alguém… E não tinha dado muito certo. Não fora uma boa experiência, mas ela também não podia se basear apenas nessa primeira. Não sabia também se os doze poderiam ser considerado um grupo de amigos de fato. Ficariam ligados para sempre pelo que tinham passado, mas Mavis em especial, não tinha feito esforço para criar um laço real e além dos traumas para com nenhum deles. — Agora que tu falou parece uma besteira sem tamanho ficar tão fechada dessa forma, mesmo. Estamos indo pro nosso último ano na escola e a gente não se permitiu conhecer realmente as pessoas desse lugar. — Pontuou, ficando em silêncio logo em seguida. Agora que tinha levado aquilo em consideração, se esforçaria para mudar o cenário meio sem graça que ela mesmo tinha se enfiado.

Sobreviver aos sacis e dar de cara com um cadáver de uma aluna havia sido só mais um item na lista de traumas que a brasileira teria de lidar. Mavis tinha o péssimo hábito de pagar de superada quando só empurrava os problemas para um baú no fundo de sua mente. Era mestra na arte do deixar pra depois. Ela tinha tanta coisa acumulada que tinha até mesmo medo de quando esse depois chegasse e ela tivesse que encarar seus traumas para então superá-los de verdade. — Oh meu deuso! Dá aqui seu coração que eu vou colar com super bonder! — Com um sorriso imenso no rosto, se jogou nos braços da prima e a abraçou de modo apertado. Naquele dia se permitira ser tão carinhosa quanto poderia, não só porque Lorena merecia, mas porque era bom demonstrar de vez em quando que estava ali para apoiar aqueles que amava. Independente de qualquer coisa. E ela tinha aprendido que gestos diziam muito mais do que palavras vazias. — E você vai conseguir fazer isso passar, porque apesar de nova tu és uma mulher forte e decidida. — Ainda com um sorriso nos lábios, soltou a prima do abraço e rolou pela cama até ficar de barriga pra cima. Nem parecia que carregava um peso enorme sobre os ombros naquele momento.
06 DE JUNHO DE 2020 – ALOJAMENTO DAS MENINAS – COM LORENA BEDOYA FIALHO


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Lorena Bedoya Fialho
COMASUL » Auror
Lorena Bedoya Fialho
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COMASUL: Auror Estagiário
Dom 14 Jun 2020 - 23:44

I have questions, I got questions haunting me

A ficha caiu de forma tão abrupta que se partiu em mil pedaços, cada um deles caindo de forma a parecer um tapa na cara da garota que sabia que precisavam abrir a roda, mas que percebeu que de fato estavam mais perto da formatura do que havia se dado conta. Em breve, se não fosse expulsa antes disso, precisaria escolher o que faria da vida, batalhar por uma vaga na faculdade e no curso desejado, ingressar no mundo de trabalho. Enquanto tudo isso lhe acertava em cheio, visto que já eram seis anos naquele colégio e poucos amigos sinceros fora do grupo dos quatro Bedoya, ela refletiu em como fora fácil se manter naquela bolha por tantos anos, e nessa brincadeira de viver um dia de cada vez, como o tempo voara desde seu primeiro dia de aula, quando ainda não sabia muito sobre Ybirá ou sobre as fofocas dos guaranás. Lembrava de ter se perdido nas escadas para os andares, da primeira vez que visitou o observatório e de como se apaixonara por cada cantinho daquele lugar sempre repleto de estrelas. Com tudo isso em mente fora impossível não questionar: quanto ela havia perdido de experimentar por ter escolhido esse caminho? Havia perdido algo ou se livrado?

Se bem que todos os outros alunos também tinham seus próprios grupos. O clube dos doze, por exemplo, era uma união de "panelinhas" que haviam se aventurado atrás do grito na tarde chuvosa de sábado. Todos, com exceção daqueles que não gostavam ou não se encaixavam em grupo nenhum, tinham seus amigos seletos, os que realmente confiavam e chamavam nas horas de necessidade, mas nem por isso deixavam de ter amigos de outras rodinhas. Lorena havia descoberto um enorme carinho por Emília, jogadora de um dos times de quadribol da escola, que apesar de um ano mais nova era também oriunda da Argentina e falava um espanhol muito gostoso de ouvir. Lorena tinha vários outros amigos, e mesmo não sendo de muitas rodas, ela havia aproveitado e conhecido muita gente. Tinha para seu currículo muito mais do que somente aulas onde havia tirado notas ótimas, excelentes recomendações e até um estágio. Havia vivenciado o suficiente para dizer que mesmo se a formatura fosse no dia seguinte, tinha aproveitado muito bem Castelobruxo. — Mulher, pelos deuses, eu nem sei o que quero fazer da minha vida ainda e já estamos perto do último ano. Seremos as veteranas mais lindas e inteligentes, sim ou claro? — Sorriu imaginando a dupla Hermione em ação, prontas para as notas máximas no sétimo ano.

E quando o assunto de coração partido surgiu novamente, tudo virou um emaranhado de sentimentos e sensações. Saudade do que viveram naqueles cinco anos e meio, praticamente, dor de ter sido largada e ansiedade pelo ano como veterana. Mavis e seu sorrisão foram a calma no meio da tormenta que fizeram com que ela sorrisse também quando sentiu o abraço apertar seu corpo e o fazer relaxar. — Você não sabe o quanto eu amo esses seus momentos de fofura, mulher! Amo tanto que as vezes até dói! — Disse rindo, e então fez uma careta. — É sério, você tá me machucando mesmo. Andou comendo um caminhão no almoço, foi? — O tom de voz era divertido e entregava que Lorena estava fazendo graça, pois de forma alguma Mavis a machucava. Pelo contrário, ela sempre fora o porto seguro, o talismã da sorte e da calmaria que a argentina precisava. Ouviu a prima a chamar de uma mulher forte e decidida e não pode deixar de sorrir ao virar o rosto e a encarar. — Somos. Te amo, Mavinha.




she remembered who she was and the game changed.


Mironguinha
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Mironguinha
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Sáb 25 Jul 2020 - 13:42
rp fechada!
seu desejo é uma ordem!

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