Acho que nunca tinha acordado tão animada para uma aula. Sabia que estava indo para o ambiente que mais amava nessa escola e estava pronta para relembrar as incríveis aulas de mamãe. Se tinha uma mulher nesse mundo que sabia tudo sobre herbologia e amava o que fazia, essa mulher era Lou Cotillard. E claro que ela fez o favor de passar parte desse seu amor para mim. Aprendi todo o básico de herbologia antes mesmo do meu primeiro ano em Beauxbatons. Não é a toa que minhas notas eram tão altas nessa matéria. Caminhei plena e alegremente até a estufa no terreno da escola e notei que poucos espaços já tinham sido tomados. Então me apressei para tomar um lugar para mim. Não demorou muito para todos os outros alunos chegassem e a aula pudesse iniciar.

Quando a professora começou a falar das plantas da clareira o meu estômago gelou. “Como eu pude ser tão ingênua em não ter notada as plantas ameaçadoras?” No mês passado eu e Lavander tiramos nossas horas de descanso lá e por besteira poderíamos esta mortas. Olhei diretamente para minha amiga e fiz cara de horror. Não demorou muito para que entendesse e retribuísse o olhar.  Irecê então começou a indicar as plantas que se encaixavam na categoria, mas na hora me recordei de uma discussão acalorada entre meus pais sobre isso. Lembro deles reunirem amigos na nossa casa e um deles falar algo de um novo artigo dos magizoologistas sobre a possibilidade dessas plantas não serem plantas. É muito estranho pensar nesse tipo de coisa, já que eu pessoalmente não tenho tanto fundamento para argumentação.

Uma por uma eu fui tomando nota para que pudesse contar para meus pais por carta mais tarde. Eles adorariam saber principalmente sobre o Cacto Hipnótico Egípcio, pois lembro de ter ido visitar o laboratório de meu pai anda na França e eles estavam fazendo experimentos justamente com um desses. Era relativamente perigoso, mas eles conseguiram uma amostra na época e, diferente do que era usual, conseguiram crescê-la em laboratório. Não tinha seu potencial máximo, mas a equipe conseguiu fazê-la chegar perto. Inclusive as imagens que a professora passava pela turma eram realmente edênicas às que eu vira nos diários de campo da mamãe.

Ao final da aula nos foi recomentado que fizéssemos uma pesquisa mais aprofundada sobre o assunto. Sabia que naquele momento todos dedicados o suficiente iriam direto para a biblioteca, mas eu tinha uma ideia diferente.

- Tenho certeza que mamãe tem os livros certos para isso, vou escrever para ela mais tarde e torcer para que cheguem antes da semana que vem. – Disse para Lavander sorrindo de orelha a orelha. Guardamos nossos materiais e seguimos juntas para a próxima aula do dia.