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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Adonis Greco Hoffmeister
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Adonis Greco Hoffmeister
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CB: Batedor e Capitão dos Anacondas
Qui 24 Set 2020 - 0:20
Teacher's pet
If I'm so special why am I secret?
Esta é uma RP fechada entre Polo e Noah. A RP ocorre no dia 03 de Setembro onde Polo acaba conhecendo seu novo professor de feitiços.

Participantes
Polo Bedoya
17 anos
Estudante

Noah Schneider
23 anos
Prof. de Feitiços
code by EMME




Última edição por Polo Montesinos Bedoya em Sáb 26 Set 2020 - 13:17, editado 1 vez(es)


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Hoffmeister "memento mori”.
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Noah Graham Schneider
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Noah Graham Schneider
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Qui 24 Set 2020 - 18:39

Welcome home
lost in time

Passou-se o tempo em que eu ficava dentro de algumas salas sem ver o que ocorria do lado de fora. Eu precisava ver pessoas, ver rostos, em tanto tempo de vida, precisava conhecer as relações sociais que seriam possíveis ali dentro. Existiam muitos segredos, talvez alguns que jamais pudessem compreender e isso geraria medo, as pessoas costumam ter repulsa com o que não é devidamente explicado e eu poderia sofrer com tudo isso se abrisse demais a minha boca. Daria tempo ao tempo, precisava conciliar o que vivia agora na esperança de conseguir ter êxito naquilo que pretendia. Passar pelos corredores era uma ótima ideia, ainda mais para alguém que pouco conhecia a escola e poderia perder-se de uma hora para outra.

O que aquele lugar tinha de tão especial comparado a Hogwarts? Talvez as típicas famílias que frequentavam Castelobruxo e as seguintes gerações voltavam a pisar naquele terreno. Mesmo recente ali, já conhecia uma meia dúzia de famílias tradicionais de Castelobruxo mesmo com tanto pouco tempo. As escolas de magia eram essenciais no mundo bruxo, ainda mais com tanto avanço dos trouxas em vários outros setores. O que poderia esperar de uma escola que permitia o uso de aparelhos trouxas? Talvez coisas boas, ou até mesmo ruins. A verdade era que não conseguia estabelecer se os valores bruxos iam perdendo-se com o tempo.

Não pensaria mais naquilo, afinal com a vasta experiência que tinha, poderia facilmente perceber que mudanças eram necessárias. Minha cabeça encontrava-se pensando no futuro da sociedade mágica mas ao mesmo tempo ficava sossegada pois poderia haver um momento onde bruxos e trouxas pudessem viver em harmonia. Andando na lateral do corredor, acabei trombando em um rapaz mais novo e deixei um dos dois livros que lia no caminho cair no chão. - D-Desculpa... - Disse com vergonha, coçando a nuca e forçando os olhos. Abaixei-me e peguei o objeto que havia caído rapidamente então voltei para estatura normal, eu era realmente tão alto assim? - Ah... Eu conheço você... - Suspirei dando um sorriso, ao menos não me sentiria tão culpado e irresponsável por conta daquele pequeno incidente.

- Você é o Polo, não? Espero que esteja certo, gosto de lembrar os nomes das pessoas. - Fechei o livro de maneira rápida e coloquei abaixo dos braços, os segurando ali. - O que faz por aqui? - Tentava ao menos puxar um assunto ao mesmo momento que também não queria o enxer de perguntas. Deixaria com que o rapaz mais novo fizesse as mesmas se achasse necessário. A oportunidade de ser social não poderia passar em branco, ainda mais quando sentia-me levemente vazio e sozinho.



◥ NOAH GRAHAM SCHNEIDER ◣
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Adonis Greco Hoffmeister
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Sex 25 Set 2020 - 13:04
Teacher's
pet.
If I'm so special, why am I secret?
A vida de Polo havia dado uma reviravolta incrível desde que ele havia voltado de Tekoa, mas ainda assim havia uma diferença muito grande para o antigo Bedoya e essa nova versão um pouco rebelde. Sobre mudanças, elas eram necessárias de fato, mas em nenhum momento haviam dito a Polo que se ele não fosse devagar, acabaria perdendo a própria essência que era o que estava acontecendo de fato. Ele poderia ser quem quisesse, desde que não deixasse de ser ele mesmo no meio desse processo. E foi reconhecendo isso que ele resolveu voltar a focar. Estudos ainda eram importantes, e ele não deixaria de ser mais ou menos descolado ou legal se ficasse preocupado com seu rendimento escolar, afinal isso fazia parte de sua vida. Ele viera ao castelo para estudar no final. Minado de livros, Polo andava por um dos corredores a procura de uma sala vazia para iniciar seus estudos, ele poderia estudar na biblioteca, mas estava cansado do local, somado isso ao fato de que ele estava querendo quebrar um pouco sua rotina, para não fazer as mesmas coisas e das mesmas maneiras, o Bedoya decidiu invadir uma das várias salas de aula para estudar. Acho que seria a primeira vez que algum aluno iria invadir uma sala de aula para estudar, geralmente eles invadem para outras coisas...

— Ai, foi mal. — O Bedoya estava andando tão concentrado com um livro metido na cara e outro embaixo do braço, que nem percebeu quando esbarrou com ele. Noah era o professor novo de feitiços e Polo engoliu em seco quando notou que havia sido nele que ele esbarrou durante o trajeto até a sala de feitiços inclusive. O sextanista ficou totalmente sem graça e pegou o livro timidamente das mãos do professor que o reconheceu. Também, quem do corpo docente não o conhecia? Polo era o queridinho da maioria dos professores, exceto talvez do professor de voo e do professor de voo e da professora de defesa. Mas feitiços? Essa era sua matéria favorita e a que ele mais se dedicava, logo após vinha herbologia na lista do jovem Bedoya. — Sim... — Polo confirmou timidamente enquanto abraçava o livro devolvido contra seu corpo. Algumas coisas, parecem que nunca mudam. Por mais que ele estivesse trabalhando na questão da timidez, Polo sempre era o Polo quando tratava-se de algum crush. A vergonha parecia tomar conta do seu ser e seu corpo inteiro parecia se inflamar. Principalmente quando em sua cabeça sua consciência gritava que era errado ele pensar num professor dessa forma. Às vezes ele se pegava perguntando-se se ele se dedicava a feitiços por que gostava mesmo de feitiços ou do professor que ministrava a aula? Obviamente era da aula, até porque o professor era recente e ele já gostava da matéria há tempos, porém, ainda assim sua mente pregava peças desse tipo nele. — Eu... eu estava procurando um local para estudar que não fosse a biblioteca, eu cansei de lá. — O sextanista ergueu o queixo e olhou nos olhos do professor. Por mais que estivesse com as bochechas corada ele decidiu que estava na hora de arrumar a postura e deixar de ser o menino tímido ao menos por um momento. Mas ele continuou abraçando os livros na frente do corpo, uma total demonstração de insegurança e invulnerabilidade. — Desculpe esbarrar assim no senhor, mas é que eu estava lendo, por isso não o vi. — Era impressão do Bedoya ou o professor era muito mais alto do que ele imaginava? Talvez ele que tivesse encolhida de tanta vergonha.

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Noah Graham Schneider
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Sex 25 Set 2020 - 13:30

Welcome home
lost in time

Trombar em uma pessoa poderia ser tão comum xomo qualquer outra coisa. As sensações que aquilo causavam eram sempre de surpresa e um pouco de medo, vez ou outra trombava com conhecidos e ficava bem alegre por aquilo. Era como se os poucos contatos que tinha resolvessem aparecer para mudar meu dia pra melhor tendo em conta que eram poucos amigos mas excelentes pessoas. Polo era assim como eu, um agrande leitor que não tinha fronteiras e lia em qualquer lugar e não percebia o resto ao redor. Afinal, o grande e curioso fato de eu trombar com ele também lendo era algo estranho, poderia significar algo. - Fico feliz de ver que segue estudando. Sempre quis ver você no lugar de maior destaque. - Dei um passo para trás e então observei as expressões do rapaz menor e mais novo. As vezes estranhava o fato do olhar de Polo ser tão forte contra a minha pessoa, a última vitma desse olhar havia sido Maurício, um velho amigo. Eles não tinham um caso? Enfim, não importa.

- Pode usar a sala de feitiços se quiser, mas vou ter que ficar por lá apenas por uma questão de segurança se não se importar. - Olhei pra baixo, vi os pés dele se movimentando e então voltei o olhar aos olhos dele dando um sorriso desajeitado. - Eu também estava lendo... Acho que podemos dizer que a culpa é dos dois. - Propôs rindo daquilo. Era a situação mais próxima do que realmente havia ocorrido ali. Com longos anos observando os seres humanos, sentia algo diferente em Polo, talvez um nervosismo fora do comum ou até mesmo um sentimento de culpa. O que seria mais provável? De qualquer modo, eu teria que fazer alguma coisa para o deixar um pouco menos tenso. - Antes que eu esqueça, pode me chamar de Noah... As vezes a palavra senhor carrega todo um respeito que eu não sei dizer se mereço tanto. - Dei de ombros e então coloquei as mãos no ombro de Polo já querendo o levar para a sala de Feitiços. - Pode aproveitar que estaremos por lá para tirar as dúvidas que achar necessário, ao menos se for da minha área... - Ajudar era prioridade, se quisesse ver Polo numa situação de destaque, tinha que o ajudar com o vasto conhecimento que tinha. Ao menos a exaustiva leitura de alguns livros haviam me tornado uma das pessoas com maior conhecimento mágico daquele castelo.

Meu corpo me pregava peças as vezes. Sentia ele um pouco mais fraco ou levemente tenso devido ao que via ou ouvia. Mas aquilo parecia ser diferente. Ver um rapaz que apenas queria estudar era raro já que a maioria preferia seguir sendo mediana como de costume. Mas o que haveria por trás de Polo? Qual seria a sua motivação de estudar? Com pouco tempo, tinha muitas perguntas e poderia fazê-las ali ao mesmo tempo que poderia achar que estava sendo um pouco invasivo em relação ao mais novo, tinha que esperar. Ao chegarmos na sala, fui até minha mesa e sentei na cadeira como de costume e esperei que Polo sentasse no lugar de sempre. - Temos bastante tempo aqui. Não se preocupe... - Disse baixinho. Levantei-me e comecei a andar pelas fileiras das mesas como se estivesse numa prova ou algo do tipo. Mas só queria mesmo arrancar mais informações de Polo. - Qual a sua motivação? - Perguntei parando em seu lado e então, esgueirando para ficar na altura dele para que trocassem olhares. Minha curiosidade precisava de respostas.



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Sáb 26 Set 2020 - 13:15
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Polo franziu um pouco a testa em sua expressão mais fofa de confusão ao ouvir o que seu professor havia dito sobre ele, mas na mesma velocidade que a expressão confusa formou-se em seu rosto, ela desapareceu. Como assim ele queria vê-lo em um lugar de destaque? Ele ao menos reparava na existência do Bedoya? Polo havia dado a maior lição de moral em Mauricio sobre como achamos que passamos despercebidos quando na verdade sempre há em algum lugar alguém que irá nos notar de alguma forma, no entanto ele próprio não estava preparado para ouvir aquilo. Então seu professor preferido reparava nele e desejava seu sucesso de alguma forma? Legal. Ele teve que conter um sorriso ao ouvir aquela frase sendo proferida pelos lábios de Noah. Ele mordeu levemente seu lábio inferior e desviou o olhar por um minuto da figura de seu professor numa tentativa de esconder sua satisfação. — Hm... obrigado. — Apenas agradeceu para não deixar a fala do docente pairando no ar sem ao menos uma interação.

Ok, trancar-se com o professor na sala de aula não era bem o que Polo tinha em mente, aquilo o deixou atônito e um pouco nervoso. Ficar no mesmo espaço que Noah o deixaria um pouco tenso, ainda mais quando ambos estariam sozinhos. O Bedoya era tímido, mas não era bobo, até mesmo ele saberia que aquilo poderia terminar em conflitos muito maiores, não por ações de seu professor em si, mas por conta das atitudes dele próprio enquanto aluno e com um leve crush no docente. — Tem certeza? Eu não quero atrapalhar, eu posso ficar sozinho, prometo não mexer em nada. — Aparentemente o sextanista não tinha muita opção, se fosse ficar na sala, seria na companhia de seu professor. Antes ele tivesse ficado quieto e invadisse sorrateiramente uma das salas vagas, mas agora já era tarde demais, ele teria a atenção de seu professor favorito por tempo indeterminado... — Mas você é um docente, então creio eu que merece respeito, não sei se conseguiria chamá-lo pelo nome, me soa um pouco estranho. — Polo era incrivelmente formal para sua idade, ele chamava seus poucos amigos pelo sobrenome às vezes e em hipótese alguma fazia uso de apelidos o que dava um ar de seriedade ao Bedoya que o fazia envelhecer uns vinte anos em seu corpinho de apenas dezessete anos. Mas, independentemente de qualquer coisa em relação a isso, toda sua pose de menino sério e mais velho foi por água abaixo quando o professor Noah tocou seu ombro e o guiou aparentemente até a sala de feitiços. Ele conseguia sentir o suor escorrendo de suas axilas e isso era um dos sinais de seu extremo nervosismo. Então o docente realmente o acompanharia durante os estudos? Como o Bedoya escaparia dessa? Isto é, se é que ele realmente quer escapar, pois sabemos que ao mesmo tempo que um de seus pés estavam um pouco atrás em relação a isso, metade do seu corpo já estava dentro daquela sala de feitiços antes mesmo do convite ser feito.

Ao chegarem na sala de feitiços, Polo sentou em sua cadeira de costume, próxima a mesa do professor e Noah sentou-se no lugar que geralmente ocupava quando lecionava, mas não demorou muito para que ele se levantasse. O Bedoya fingiu não ver sua proximidade enquanto ele organizava seu material de estudos e abria novamente o livro que lia no corredor quando esbarrou acidentalmente no professor de feitiços. Polo tentava esconder seu nervosismo e focava apenas nas letras que pareciam ficar trocadas no livro que estava aberto sobre sua mesa de estudos. Por um minuto o Bedoya havia esquecido como ler, só por causa da proximidade de Schneider. Ele olhou para o docente com o canto dos olhos e tentou manter-se calmo. — Bem, eu não sei, eu só gosto de estudar... Eu gosto de ler e descobrir as coisas, não tem nada de grande por trás, eu só gosto. — Polo pensava em seguir carreira como pesquisador, tamanha era sua sede pelo conhecimento, mas ele ainda não sabia se seguiria pelo ramo da herbologia ou da feitiçaria, ele ainda tinha um ano para descobrir. Como o professor mesmo havia dito, ele tinha bastante tempo ainda...
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Noah Graham Schneider
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Noah Graham Schneider
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Sáb 26 Set 2020 - 16:37

Welcome home
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A ida para a sala de feitiços havia sido uma boa ideia em teoria. Não se podia deixar alunos sozinhos dentro das salas e somente por isso havia optado por acompanhar Polo em seus estudos. Lembrava-me da época em que esutava e ficava grande parte do tempo focado nos livros e um pouco visualmente em quem lecionava a matéria, todo adolescente fazia isso quando estudante, não? Estava tudo muito bem mas eu acabava falhando em não deixar Polo menos tímido ou nervoso, certamente havia algo errado ali que poderia ou não ser aprofundado. Ouvi sua resposta sobre estudar e então concordei com a cabeça antes de voltar para a minha mesa. - Historiador mágico, talvez? - Propus, afinal muitas profissões faziam livros serem devorados mas aquela era a mais comum.

- Tem alguma matéria que você considere como favorita? Acho que nos últimos anos é o que mais temos... - Olhei para a saída para observar o fluxo de pessoas que naquela hora não era tão comum. Polo havia decidido estudar num momento onde todos estavam juntos em outro lado do castelo. Dei de ombros e me levantei, fui até a mesa que Polo estava e então fiquei de joelhos do lado do rapaz que apenas tinha alguns centímetros a mais naquela posição. - Posso ajudar o com o que quiser. - Disparei o olhar contra o dele e então dei um sorriso tímido. Havia algo de encantador e aquilo acabaria se perdendo de um momento pro outro. - Aliás, já comeu alguma coisa? - Persisti naquela posição e dei umas batucadas na mesa. A comida escondida dentro da sala era ótima para estudantes que andavam perdidos.

- Tenho algumas barrinhas aqui... - Mexi nos bolsos e tirei duas barrinhas de chocolate inteiras (sem quebrar) sobre a mesa em um local que elas poderiam ser consideradas limpas. Polo poderia ficar um pouco mais calmo com aquilo. Eu já não sabia o que fazer e esperava que pudesse o deixar menos tímido me afastando e então levantei-me e fiquei de pé do lado da porta por alguns momentos onde observava não só o lado de fora como Polo. Em uma certa vez, Polo ficou olhando tanto tempo pra mim que eu me sentia inseguro, mas ainda era capaz de manter a firmeza. - Algum problema? - Questionei ali rapidamente.

Embora eu fosse uma pessoa muito experiente e com segredos em minha própria história, eu acabava me perdendo com pessoas tão inocentes quanto eu era. Acostumado a sempre ser o mais novo, eu era o mais amigável, inocente, introvertido e ao mesmo tempo preso na idade da juventude. Meus desejos acabavam ficando sempre naquela área desde que me conhecia por gente e não conseguia entender aquilo ao mesmo tempo que me sentia culpado por possivelmente estar sendo julgado pela diferente idade que tinha em relação com as pessoas que gostava, para mais ou para menos, o número diferencial ainda era bem grande. O que Polo estava fazendo comigo? Um adolescente daquele sabia desconsertar uma pessoa tão experiente em alguns minutos. - Tô meio estranho... - Saí do lado da porta e fui lentamente pra minha mesa com a mão na cabeça ao sentir uma intensa dor de cabeça. Pensar demais no que nos julgavam me deixava extremamente mal.



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Dom 27 Set 2020 - 17:33
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Historiador mágico talvez fosse uma ótima sugestão para o Bedoya, porém, ainda assim ele estava inclinado a estudar algo relacionado a herbologia que será uma grande descoberta ou criar algum feitiço revolucionário que vai afetar positivamente a vida de todos na comunidade bruxa. Quem sabe? Seu futuro era incerto, mas conhecimento ele tinha de sobra, só precisava saber onde aplicá-lo da melhor forma para si. — É uma boa ideia. — Comentou apenas para não deixar o professor falando sozinho, no entanto o diálogo estava ajudando a deixar o ambiente menos tenso para ele. Ficar preso naquela sala com Noah estava sendo um desafio e tanto para Polo, mas a conversa fazia ele focar em outras coisas que não fossem seus pensamentos aleatórios.

O Bedoya sequer teve a chance de responder ao professor, pois estava atento demais aos movimentos dele. Schneider vira e mexe olhava para o movimento nos corredores e Polo conseguia reparar nisso mesmo no auge de seu nervosismo. Mas foi quando o professor ajoelhou-se para ficar na altura de sua visão que o sextanista engoliu em seco e retribuiu o olhar, esforçando-se para sustentá-lo sem deixar que o docente notasse o quanto sua presença tão próxima deixava-o embaraçado. — Minhas matérias preferidas são herbologia e feitiços... mas você me ajudaria com qualquer coisa mesmo? — Polo brincou com a página do livro, dobrando-a com a ponta dos dedos enquanto encarava firmemente o professor. Ele estava imaginando coisas ou seu professor preferido estava demonstrando algum tipo de interesse nele? Polo era tímido, introvertido e até um pouco recluso, mas as atitudes de Noah estavam sendo um pouco... atípicas. Até mesmo a maneira como ele ofereceu ao sextanista algo para comer foi diferente. O Bedoya estava notando algo que talvez só existisse em sua cabeça, mas que parecia ser real a cada atitude tomada pelo docente que sorria timidamente para ele.

Polo não respondeu, mas o professor ainda assim ofereceu barrinhas de chocolate que ele pegou após um breve momento de hesitação. Olhar os corredores como se estivesse buscando alguma movimentação, oferecer doces, manter os olhos firmes no discente, tudo aquilo estava contribuindo para que a mente do jovem Bedoya trabalhasse a mil. Seu coração acelerou e chegou a errar algumas batidas, mas uma generosa mordida no chocolate o acalmou um pouco mais, deixando-o tranquilo para que ele tentasse algo. Poderia ser super errado, poderia terminar de uma forma completamente desastrosa, mas ao que tudo indicava o professor Schneider não queria apenas ministrar uma aula particular e a ficha de Polo fora caindo aos poucos. Polo colocou uma barrinha de chocolate na boca e a deixou pedendo enquanto olhava para trás em direção a porta e encarava Schneider, que estava parado observando sabe-se lá o que. Polo deu uma mordida no doce enquanto encarava o docente e foi ali que ele decidiu que poderia fazer algo. Ele era tímido, sim, verdade, contudo não perderia essa oportunidade única por nada. Estava na hora do seu professor predileto descobrir que ele não era apenas bom nos estudos.
— Problema nenhum, Sr. Schneider. O senhor parece um pouco tenso, está acontecendo algo? — Polo indagou com um certo tom de provocação enquanto erguia ambas as sobrancelhas e segurava seu doce mordido inocentemente. Provavelmente Noah se arrependeria de ter ficado naquela sala a sós com ele.

Polo esperou que o docente retornasse para sua mesa e sentasse na cadeira para que ele pudesse aproximar-se dele de alguma forma. Como quem não quer nada e parecendo ainda mais inocente do que nunca, o sextanista aproximou-se do professor e sentou despretensiosamente em sua mesa. — Professor, eu posso fazer uma pergunta? — O adolescente umedeceu os lábios e tamborilou a mesa com as pontas dos dedos, sentindo-se um pouco mais a vontade. Polo de fato era muito acanhado, mas quando sentia que a situação estava sob seu domínio, ele costumava soltar-se um pouco mais do que o normal e aquela parecia ser o tipo de situação perfeita para isso. Noah não havia explicitado nada, no entanto suas ações diziam muito sobre suas verdadeiras intenções, ao menos o Bedoya achava que sim, e poderia correr o risco dele estar redondamente enganado e quebrar completamente a cara e perder o respeito e a atenção de um dos seus professores mais queridos, mas valia a pena o risco? — Quando o senhor passou a reparar tanto em mim? — A resposta não viria de imediato e Polo não a esperaria, ele usaria esse momento de surpresa para avançar em seu objetivo. — Pois eu reparo no senhor há um bom tempo, sempre o achei um excelente docente. — Ele saltou da mesa e foi para o lado do docente que continuava sentado na cadeira. Num ato inusitado, Polo decidiu sentar-se em uma das pernas de seu professor de feitiços. No colo dele na verdade. Ele não pensou muito no ato, apenas o fez sem pensar nas consequências tanto para Noah, quanto para si próprio. — Um professor tão bom faz a gente querer ser um aluno mais dedicado. — O sextanista aproximou seu rosto com o do docente e olhando em seu olho, esbarrou levemente seus lábios no dele sem iniciar de fato um beijo. Não o faria, queria ver a reação de Schneider antes de tentar qualquer coisa, no entanto, a vontade que o Bedoya tinha era de morder aquele lábio e sugá-lo para iniciar um beijo quente e cheio de desejos escondidos.
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Dom 27 Set 2020 - 18:31

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Alguma coisa fazia me pensar que eu estava fazendo algo errado. Não sabia ao certo dizer, mas continuava dialogando com Polo mesmo que dividisse a atenção entre a porta da sala e a mesa em que o jovem estava com seu livro. A coisa mais evidente era que estava começando a achar a ideia de permanecer dentro da sala com um aluno um tanto quanto incomum e que aquilo poderia me dar problemas se algo fosse visto ou, talvez alguém pudesse achar que o rapaz em questão estava em detenção. Mas Polo em detenção? O que ele poderia ter feito de tão errado se era extremamente valorizado como aluno dentro da escola, por alunos e docentes. - Tenso? Por que diz isso? - Olhei para o lado contrário em que ele estava e então voltei a focar no lado de fora da sala. - Apenas algumas coisas na minha cabeça. Preocupações talvez... - Suspirei e então mexi levemente aporta para que ficasse entreaberta porém fechada mesmo que existisse um curto vão, uma linha. Era como se Polo tivesse virado da água para o vinho rapidamente, perdia praticamente todo o controle que tinha ali assim que notava que o garoto parecia ter uma outra intenção que não fosse estudar.

Dei de ombros e voltei para minha mesa, apoiei os braços sobre a mesma e coloquei meu rosto em frente as minhas mãos negando qualquer visão que poderia ter de Polo. Aquilo estava ficando erroneamente estranho e não tinha o que eu fazer ou dizer, apenas precisava recuperar o controle e tentava fazer isso com os olhos fechados mesmo que cobertos por ambas as mãos. - Pergunta? - Meu rosto pulou para fora das mãos assim que percebi que o garoto estava extremamente perto e sentado sobre a mesa. Eu queria dar meia volta da mesa e sair por aquela porta de tão vermelho em que estava, sentia vergonha, culpa e agora tinha que lidar com ambos sem demonstrar nenhuma mudança física. - É normal de nós professores notarmos alunos que são acima da média em nossas matérias e são estudiosos. Mas qual o motivo da pergunta? - Completaria o questionamento se não tivesse acontecido aquela aproximação repentina onde ele sentou no meu color e eu engoli seco. Aquilo daria problemas se permanecessemos assim. - Espera aí. - Pedi licença e esperei o garoto sair, mas literalmente tive que sair o mais rápido possível daquela situação. - Você tem certeza que quer fazer isso? - Vermelho, rosto franzido e olhos extremamente visíveis delimitavam como eu me sentia. Não era invadido e nem um pouco assediado, mas sentia-me levemente desejado por Polo.

- Eu realmente agradeço o elogio. Mas isso daria mais problemas pra mim do que pra você... Mesmo que eu quisesse muito te dar uma resposta, sendo ela boa ou ruim. Não gosto de mentiras ou enrolações. - Polo estava agora sentado na cadeira onde eu sentava e deu de seu lado, em pé enquanto mexia uma das mãos para que a porta se abrisse. O que poderia fazer naquela situação? Em todos os meus longos anos de vida, eu jamais achei que teria uma experiência extra-literária ou social como aquela. Queria imediamente voltar para os meus livros e nunca mais dar as caras socialmente mesmo que eu realmente quisesse corresponder à aproximação do outro. Com a porta aberta, esperava que Polo sentisse um pouco de receio antes de continuar avançando. - E você sabe que a escola não é lugar pra isso, não? Mesmo que vocês andem beijando por todos os corredores e é o que a gente mais vê... Em Hogwarts as estufas de herbologia eram onde mais aconteciam esses casos. - Lembrar daquilo era no mínimo divertido. Quando estudava, vez ou outra, passava por lá.

- Eu reparo em você sim, mais do que o comum. Você não entenderia o quão complicada a minha história é e talvez nunca acreditaria. Mas não posso revelar agumas coisas. - Afastei-me andando de frente na direção da lousa, passei o dedo onde o pó de giz ficava depositado e então esfreguei o indicador e o dedão para sujar os mesmos ali. Minha vontade era retribuir o quase beijo que ele teria tentado mas eu sentia medo, ainda mais por nossas idades serem tão diferentes. O garoto parecia ter no mínimo 16 ou 17 e eu tinha sabe lá quantos. Seria errado para todos que vissem e eu seria incompreendido. - Eu vou propor uma outra coisa. - Voltei para perto de minha mesa e estendi a mão para o garoto se levantar e então, assim que ele o fez, fui para o lado de fora da sala assim que percebia que não havia ninguém passando no período de espera e saída. - Eu frequento Tekoa e se você quiser me encontrar por lá seria bem melhor do que por aqui. Com certeza existe um local melhor que as estufas de Herbologia em Hogwarts. - Disse tímido dando um pouco de trela para o garoto. Mesmo que tivesse estranhado tudo aquilo que ocorrera, não podia negar que gostara mas que sentia uma grande culpa principalmente na diferença de idade e o fato de ele ser um aluno.

Do lado de fora era bem mais fácil conversar. Entreguei o livro de Polo na mão dele então dei um sorriso tentando esquecer a situação que ocorrera. - Um amigo meu, chamado Maurício me contou que te deu uma pedra... Acho que de obsidiana, não? - Tentava achar uma linha de racioncínio. Eu passava diversas vezes naquela loja apenas para fazer a minha própria coleção assim como o meu amigo fazia. - Pois então... Eu tenho uma forte conexão com essa pedra. E sou um pouco sensível e tenho quase certeza que você está com ela aqui. Tenho uma atração forte por ela. Assim como a atração que tenho por você. - Assumia a última frase bem baixinho para que ficasse apenas entre nós dois. - Você quer investir no que sentimos ou eu sou apenas uma realização sua? - Tinha medo de ser tratado como um objeto, usado e depois descartado. Fora que se nos descobrissem, eu jamais conseguiria um novo emprego. Minha única opção era esperar a maioridade ou formação de Polo. - Quantos anos você tem mesmo? - Perguntei com um sorriso que simplesmente não saia do rosto. - De repente poderíamos ter alguma coisa quando você atingisse dezoito e se formasse. Talvez seria até um estímulo pra você até um.dos dois... Mas é o que eu disse... Você quer apenas algo casual ou algo mais extenso? Sinto e reafirmo que não sou um homem de uma noite só. - Claramente minha fala estava repleta de medo. Eu estaria doente se não percebesse o quão incomum aquela ocasião era.

Algo de errado acontecia comigo, eu nunca fui de ter muitas relações sociais, no máximo mais outras 5 pessoas, amigos. Ter atração por alguém era raro quando existem vários livros para serem lidos e devorados, aquela grande paixão que agora parecia perder força para um excelente aluno de Castelobruxo, muito mais novo que eu e que sabia completamente como me deixar desconsertado e ao mesmo tempo empolgado, algo que nunca senti em anos gloriosos.



◥ NOAH GRAHAM SCHNEIDER ◣
IN THE END, WE'RE JUST ONE
Adonis Greco Hoffmeister
ANACONDA » Capitão
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Seg 28 Set 2020 - 11:02
Teacher's
pet.
If I'm so special, why am I secret?
O tiro de Polo havia saído completamente pela culatra. O docente retirou o Bedoya de seu colo e o deixou sentado na cadeira, o rosto do mais novo parecia estar em combustão e ele desejou afundar naquele assento até que ele pudesse encolher e sumir da sala de feitiços. O que ele pensou que Noah faria? Que ele fosse simplesmente beijá-lo no meio da sala de aula e aprovaria o ato impróprio de seu discente? O sextanista sentia-se patético e sequer conseguia encarar o professor Schneider nos olhos. Toda sua confiança esvaiu-se e ele voltou a ser o menininho assustado e tímido de sempre. Ele apertou firmemente os braços da cadeira e encarou os sapatos do professor que seguia dando-lhe um belo puxão de orelha. Polo queria levantar daquela cadeira e sair correndo, porém ele não conseguia mover-se e muito menos tomar qualquer outra atitude além de olhar para baixo e prender um choro. — Professor... me perdoa. Eu não sei porquê eu fiz isso, desculpe-me. — A porta agora estava aberta, talvez o professor a tenha aberto com medo de que o Bedoya pudesse avançar sobre ele, contudo o adolescente não tinha mais coragem de fazer absolutamente nada, principalmente depois da reprimenda que sofrera.

De repente o jogo pareceu ter virado de alguma forma. Polo ergueu o olhar e encarou o docente que comentou que reparava sim nele, mas que tinha problemas em seu background que talvez o Bedoya, por ser muito novo, não entenderia. O sextanista franziu a testa e encarou o mais velho com uma expressão confusa. Se ele quisesse afastar Polo teria sido melhor apenas expulsá-lo da sala e não dizer nada, mas ao mostrar esse lado tudo que Schneider fez foi simplesmente atiçar a curiosidade do garoto. Polo acompanhou o professor com o olhar querendo fazer perguntas, mas sem saber se poderia ou deveria fazê-las quando viera uma proposta. Noah estendeu a mão para o Bedoya que a pegou um pouco receoso. Schneider o ergueu da cadeira e logo após saiu andando em direção a porta, Polo achou que deveria segui-lo, mesmo sem saber o que ele queria tanto propor. Talvez o docente queria apenas despachá-lo e não sabia como fazê-lo sem ser rude demais, por isso o Bedoya o seguiu ainda muito envergonhado. Ao saírem da sala a cabeça de Polo foi erguida pela primeira vez para olhar Noah nos olhos depois de tudo que ocorreu. O professor queria mesmo encontrá-lo em Tekoa? O coração do mais novo parecia uma escola de samba, os batimentos num ritmo acelerado e eufórico. Polo sequer sabia o que responder de tão surpreso, e ainda mais surpreso ele ficou com as palavras seguintes de seu professor.

Então ele e Maurício se conheciam? O Bedoya não gostou nem um pouco de saber sobre isso e ele preferiu ficar na defensiva enquanto pegava seu livro de volta e escutava o que Schneider tinha a dizer. — Sim, a pedra está comigo. — O adolescente abriu um pouco sua camisa de uniforme e mostrou o cordão, mas logo após voltou a abotoar sua veste quando ouviu o que o professor havia murmurado. Forte atração por ele? Embora tivesse ficado um pouco sem graça, Polo permaneceu pensativo. Talvez por ser novo os caras mais velhos pensavam que ele fosse bobo, ou talvez pelo seu jeito pensassem que ele fosse ingênuo demais. Mas não era bem assim, Polo podia ser um pouco lento, mas o fato de Maurício e o professor Schneider se conhecerem o deixou um pouco desconfiado acerca do que os mais velhos comentavam sobre ele. E se eles eram tão amigos, por que Noah ainda assim não o dispensou e simplesmente queria encontrá-lo em Tekoa? Schneider o questionou acerca de suas verdadeiras intenções, talvez com medo de ser apenas um objeto de desejo do jovem rapaz, mas pelo visto parecia ser o contrário. — Eu fiz dezessete anos recentemente. — O Bedoya afirmou voltando a abraçar seu livro contra seu peito. Demonstrava vulnerabilidade, mas ele estava na verdade tomando coragem. — Professor Schneider, o que eu sinto pelo senhor é uma atração física. — Polo tentou ao máximo dizer aquilo sem corar ou gaguejar, apenas dizer em voz baixa para que apenas o docente pudesse escutar. — Um professor o qual eu tenho uma leve queda. Mas o senhor está elevando o nível um pouco acima, estaria mesmo disposto a me conhecer melhor? — Como um simples adolescente como Polo conseguia mexer com um bruxo adulto como aquele? Enquanto o Bedoya apenas dava um tiro no escuro para ver se conseguia quem sabe um selinho de seu professor preferido, Noah já estava pensando em algo além e mais extenso. Ele não era homem de uma noite só? Aquilo era o que Polo queria de fato saber se era verdade, principalmente quando ele diz ter tantos segredos guardados dentro de si.
Teacher's pet, if I'm so special, why am I secret? I know I'm young, but my mind is well beyond my years. Don't care 'bout grades, just call me your baby. Don't call me crazy, you love me, but you won't come save me.


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