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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Miguel Barni de Assis
COMASUL » Funcionário da seção 4
Miguel Barni de Assis
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COMASUL: Supervisor das Reservas Naturais
Qua 23 Dez 2020 - 10:59

I always think about you

and how we don't

speak enough
RP Fechada entre Miguel Barni de Assis e Bianca Torres.
RP atemporal, se passa em 04 de dezembro de 2020, após o jantar de encerramento do ano leitvo. Miguel e Bianca estavam se distanciando cada vez mais, e Miguel, claro, não conseguia entender o motivo. Surpreso ficou quando a namorada chegou no jantar e sentou-se de repente do seu lado, sem proferir uma só palavra ou qualquer explicação para o que vinha acontecendo. Não querendo estragar a ocasião, não perguntou nada durante o banquete, mas a inquietação crescia mais e mais e ele precisava tirar aquela história a limpo.



Miguel Barni de Assis
COMASUL » Funcionário da seção 4
Miguel Barni de Assis
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COMASUL: Supervisor das Reservas Naturais
Qua 23 Dez 2020 - 12:09
we don't talk about it
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Miguel havia passado todo o jantar especulando o motivo do afastamento repentino dele e Bianca, mas mesmo com a namorada sentada à seu lado, cabeça apoiada em seu ombro, olhares carinhosos e arrependidos trocados, não conseguiu perguntar nada. Na verdade, preferiu não perguntar naquele momento, seria melhor quando estivessem sozinho, correto?

Bem, nem tanto.

Dizem que o tempo ajuda as pessoas, seja em amadurecimento ou no quesito beleza. Miguel havia passado pelas duas melhorias, não havia como negar, mas naquela situação, o tempo parecia só piorar o inquietamento que revirava seu âmago. Havia passado tanto tempo, quando mais novo, amando Bianca "no sigilo", que quando finalmente teve oportunidade de estar mais próximo da Torres, meses atrás, demorara outros meses até declarar-se por fim, temendo fazer ou dizer qualquer coisa que estragasse o que os dois tinham. E não era muito diferente agora.

Tentava observar padrões comportamentais em Bianca que lhe desse qualquer pista, qualquer mínima ideia do que falar ou fazer para não estragar tudo, mas simplesmente não achava. Esperava, de verdade, que isso fosse simplesmente o dom da linguística não sendo bem controlado, pois se fosse por não conhecer mais a loira como antes, nada acabaria bem.

Desistindo de tentar adivinhar coisas por si só — em tentativas bem falhas, um pico de adrenalina percorreu seu corpo, precisava entender e tinha de parar de ser o bocó que não conseguia se comunicar. Em que momento da vida havia voltado a ser um adolescente bobalhão? Os dedos da mão que segurava a da Torres durante a caminhada para o primeiro andar entrelaçaram-se ao da escritora, apertando-os de leve enquanto diminuía o passo assim que finalizaram a subida e viraram no corredor das salas, fazendo-a também parar e se virar em sua direção. Olho no olho, finalmente, e foi ali que o coração do Assis cedeu mais uma vez, não podia perder aquela mulher, não conseguia lidar com a mera ideia disso acontecer.

O sorriso dócil na típica cara de pidão se fez presente enquanto Guel encarava a paixão de sua vida à sua frente, o dedão afagava levemente a mão da namorada. — O que aconteceu com a gente? — a pergunta foi simples e clara, era tudo que ele precisava saber. — Sinto sua falta, Bi. Falta da gente. — confessou enquanto a mão livre ajeitava uma mecha rebelde da loira e acariciava a bochecha do rosto de olhar confuso.
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Bianca Torres
TLC » Fantasma
Bianca Torres
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TLC: Fantasma
Qua 23 Dez 2020 - 21:29
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O jantar não saiu bem como Bianca esperava. A visão da família feliz que teve pouco antes da festa nublou sua consciência diante da realidade. O que viu não foi um momento seguinte, um pequeno acontecimento que viria a tona em poucas horas, mas algo profundo e que só aconteceria em anos. Talvez tivesse sido tola em pensar que Miguel a perdoaria naquela noite, talvez precisassem de mais tempo e mais tentativas por parte da Torres, apesar de, agora, não conseguir aceitar que tinha culpa da situação em que sua relação com o amor de sua vida se encontrava. Ela se afastou dele, mas não foi uma escolha consciente o suficiente para que levasse culpa. Tudo o que queria era entender o que estava acontecendo em seu interior, sem afetar mais ninguém, principalmente Miguel.

A cabeça pesou sobre o ombro alheio e os dedos permaneceram entrelaçados sob a mesa após o jantar e enquanto caminhavam até o corredor das salas. Trocaram poucas palavras no banquete, como dois antigos conhecidos quando se encontram pelas ruas. Se conheciam há anos e mesmo antes de serem um casal, eram amigos, não existia essa tensão ou esse estranho clima de "não tem mais volta" quando estavam juntos. Mas se já não tinha mais volta, então, por que ela ainda se sentia segura quando junto dele? Por que seu cheiro de terra ainda fazia seu coração descompassar? Por que, agora, não conseguia pensar em outra vida se não ao lado dele? É como dizem: há uma diferença entre alguém dizer que te ama e, de fato, te amar. E Bianca, sabia, jamais amou alguém como a Miguel. O amava, e amava o seu amor. Inteiro, em cada mínimo detalhe. Do estresse quando algo não sai como o planejado à cara de pidão sempre que carente de atenção, essa mesma que fazia quando finalmente pararam de andar.

Calada, encostou sua testa no peito do mais alto e respirou fundo. A possibilidade de simplesmente dizer "estou grávida", agora, estava fora de cogitação. Conhecendo Miguel, ele esqueceria todo o resto ao ouvir essas duas palavras mágicas, mas Bianca não queria isso. Não queria emendar o relacionamento com uma gravidez, essa não era a solução para seus problemas. — Eu sei. Porque eu também sinto. — Disse, olhando-o nos olhos, outro suspiro pesado escapou. Os braços da loira deslizaram até as costas do namorado e se prenderam em um abraço apertado. Parecia querer contrabalancear a distância sentimental com a física, mas aquilo não era o suficiente. Apesar de se sentir mais aliviada pelo abraço, ainda precisava explicar tudo. — Eu não queria ter te afastado. — Admitiu, controlando a emoção. Depois de tanto apanhar da vida, Bianca tenta se mostrar forte para todos, mas quando se trata dos sentimentos daqueles que ama, não consegue se conter. — É que- eu não entendia- ainda não entendo o que está acontecendo- ou vai acontecer- ou já aconteceu. — Conforme falava a voz se tornava mais carregada, ao passo que o coração ficava mais leve.


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Miguel Barni de Assis
COMASUL » Funcionário da seção 4
Miguel Barni de Assis
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COMASUL: Supervisor das Reservas Naturais
Sáb 26 Dez 2020 - 12:06
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Por alguns segundos, quando Bianca começou a responder, Miguel cogitou se o feitiço anti-álcool nas bebidas havia falhado para sua namorada — que falava um total de nada somado a nada. De certo modo, havia a pequena inveja, queria que não funcionasse com ele também, mas a preocupação era gritante, algo muito errado estava acontecendo.

Com o coração apertado em alerta para notícias ruins, o linguista retribuiu o abraço da Torres, abraço aquele que costumava acalmar sua alma, livrando seu corpo de todas as sensações ruins que o mundo poderia lhe proporcionar, mas que naquele momento aumentava sua inquietação. Em meio às frases confusas de Bianca, como "eu não queria te afastar" — mas afastou — e "não entendia e não entendo presente, passado e futuro", Guel só conseguiu pensar que Bianca estava imaginando coisas. Aliás, vendo coisas.

Será que estava tendo uma visão ali mesmo, naquele momento? O Assis nunca havia presenciado a manifestação do dom de Bianca além das premonições de trapalhadas que ele mesmo cometeria, desastrado como sempre, mas, encarando-a nos olhos, observando aquela expressão arrependida e assustada, imaginou que na verdade ela já havia tido visões, e por isso vinha agindo tão estranha. E se você acha que isso aquietou o coração do magizoologista, errou feio.

— Que? — perguntou, o típico tom de voz de quem está mais perdido que uva-passa fora do Natal. — Como assim o que vai acontecer ou já aconteceu? O que você viu, paixão? — perguntou no impulso, mas é claro que aquela urgência em sua voz não ajudaria ninguém. Balançando a cabeça em negação à si próprio e ao belo demente que poderia ser em momentos de nervosismo, murmurou um sorry antes de beijar a testa de Bianca com ternura. Apertou o abraço em volta da cintura da amada, afagando-a no toque. — Tudo bem se você não quiser falar sobre isso agora, ou se não quiser contar. Eu sou um idiota que não percebe tudo que está acontecendo, eu sei, mas não se afasta assim. Eu vou estar sempre aqui para o que você precisar, não se esquece disso. — falava agora com mais calma, quase em uma prece. Precisava tê-la por perto, sempre.
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Bianca Torres
TLC » Fantasma
Bianca Torres
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TLC: Fantasma
Sáb 26 Dez 2020 - 16:29
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Era estranho sentir tanto e não conseguir colocar em palavras e Bianca vinha passando por isso há meses. Visão atrás de visão, se afundou em seu próprio mundo, evitando qualquer tentativa de compartilhar porque sabia que se abrisse a boca não faria o menor sentido, como agora. Miguel sempre foi compreensivo em buscar entender as coisas que passavam pela cabeça da namorada, desde sempre, apesar de nunca ter presenciado um momento de visão ou profecia, — graças aos deuses, a coisa é feia. — apenas coisas simples de seu dia a dia como se alguma visita iria chegar, ou se o telefone iria tocar, ou pra tomar cuidado com determinadas ações cotidianas, nada demais. Para isso não é necessário entrar em transe, não há nada de mal. Acontece que, o que a estava tirando o sono não eram esses vislumbres, são inofensivos! Toda vez que ela tentava conversar com qualquer pessoa elas tinham a mesma reação que Miguel teve: forte tom de urgência na voz, beirando o desespero. Não é como se ela predissesse o fim do mundo ou algo do tipo.

— Eu quero falar, só não consigo. — disse ela, e afastou a cabeça do peito de Miguel para olhar em seus olhos. — Ainda. É complicado demais... — balançou a cabeça para os lados como se quisesse expulsar uma ideia que havia acabado de se formar. Contaria a ele sobre aquela visão da confederação sendo invadida, contaria sobre as nuvens escuras que lhe tiravam o sono, sobre as pessoas as quais tinha presenciado a morte em suas visões, mas ainda não sabia como e aquele não era o momento correto para isso.

— Não, você não é idiota. — engoliu seco na tentativa de desfazer o nó que se formava em sua garganta. Tinha medo de o perder. Passou tanto tempo para entender que o amava que, agora, o simples pensamento de não poder contar com sua presença a tirava o chão. Por que estava tão emotiva? — Fui eu quem não soube conversar e me fechei, mas não quero mais ficar assim... Me desculpa por isso. — insistiu no pedido não respondido no banquete, mergulhando nos olhos de Miguel que pareciam mais doloridos que os seus. — Queria que as coisas voltassem a ser como antes. — disse, mais para si do que para ele, soou quase um sussurro. Seus dedos desenhavam círculos sobre a lateral das costelas do outro.



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Miguel Barni de Assis
COMASUL » Funcionário da seção 4
Miguel Barni de Assis
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COMASUL: Supervisor das Reservas Naturais
Dom 27 Dez 2020 - 9:11
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Enquanto Bianca falava, Miguel assentiu inquietamente. Embora estivesse fervendo para entender tim-tim por tim-tim, jamais forçaria a namorada a falar nada que não quisesse ou não estivesse preparada. Nesse sentido, era como se estivesse lidando com uma versão diferente de Paula, sua irmã mais nova. Sempre que Guel acaba se desesperando, mostrando qualquer tipo de urgência ou nervosismo, Paula se fechava novamente, se calava e sofria sozinha, pois sabia que ninguém ouviria e entenderia. Era quando o Assis se mantinha calmo, dava tempo e espaço para a caçula, que ela organizava seus pensamentos por si só e vinha conversar por livre e espontânea vontade, sem pressão e confusão.

"Confiança.", pensou, sabendo que aquele era um ponto crucial de qualquer relacionamento. Miguel confiava, acreditava em sua irmã, e assim ela foi aprendendo a confiar nele também. Com sua namorada não era diferente, o Barni acreditava e confiava cegamente na loira que era capaz de fazê-lo flutuar ao mesmo tempo em que o mantinha com o pé no chão, seguro do que queria e precisava. Ela. Precisava dela, e precisava que ela estivesse bem, que ambos estivessem. Fim. Se ela dizia que não estava preparada para falar sobre as coisas, ele esperaria, no momento, só queria oferecer o carinho que ela estivesse precisando.

Foi quando a Torres confessou a ultima frase que um sorriso bobo desenhou-se na face apaixonada do magizoologista. — E ouvir isso já é o suficiente 'pra mim. — foi sua vez de falar baixinho, mas garantindo que a loira podia ouvir cada palavra. — E se depender de mim, seu pedido é uma ordem. — brincou, puxando-a para ainda mais perto, num abraço apertado e aconchegante, sentindo seu perfume ainda mais forte. Inebriado pelo momento, colou seus lábios no da docente, os olhos fechados fazendo cada sensação boa irradiar por seu corpo, mas não era um beijo invasivo, era um simples selinho demorado repleto de carinho e saudade.

Finalizou separando os lábios devagar, os narizes se roçando delicadamente em um carinho intimo, antes de afastar-se um pouco mais, apenas o suficiente para conseguir olhar naqueles olhos perfeitos mais uma vez e poder dizer — Eu te amo. — assim, simples e claro. Nada além da mais pura verdade. E foi nesse momento que Betina resolveu chegar, com um béeeeeeee que foi como um click dentro da mente do linguista, ativando a magia adormecida em seu cérebro para que ele fosse capaz de interpretar aquele som caprino — para muitos irritante — como um finalméeeente.

Deixou o riso escapar em um sopro enquanto olhava para o lado, encontrando o focinho preto e branco de olhos esbugalhados curiosos e enxeridos. — Você não ia para o abrigo, Betina? — usando a linguagem de Betina, perguntou direto, mas sem deixar transparecer que não era para o animal estar ali naquele momento. Só o que faltava era fechar a noite com uma bela chifrada de cabra. Olhou Bianca, ainda em seu abraço, como quem pede desculpas, incerto se a mulher entendia o que ele falava se só podia ouvir o tom monossilábico de sua amiga de quatro patas. — Aquele macáaaco chato acha que éee meu amigo e não sai déee perto, tive quéee fugir. Vou éee dormir no séeu quáarto. — a ruminante explicou simplesmente, chifrando a porta dos aposentos de Miguel para entrar. — Posso dormir com você hoje? — pidão, curvou-se um pouco para esconder o rosto na curva do pescoço de Bianca, dessa vez voltando a falar o belo português.

Habilidade Especial - Poderes usados:
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Bianca Torres
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Bianca Torres
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Dom 27 Dez 2020 - 15:05
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Os braços de Miguel a envolveram em um abraço apertado e ela teve certeza de que tudo ficaria bem. Depois de tudo o que aconteceu, ou deixou de acontecer graças as suas loucuras, as coisas voltariam ao normal. Não como antes, era claro, Bianca previa que uma grande mudança aconteceria na vida dos dois depois que ela conseguisse dar a notícia que planejava. Talvez fosse melhor esperar mais? Não estragar o momento, ou fazer algum teste de gravidez para a confirmação, esse era o correto a se fazer, mas ela estava certa de que sua visão não foi enganosa ou tinha outra interpretação. Estava carregando seu primeiro filho, isso era fato.

As palavras de Miguel a atingiram como uma mão aberta, afago ou tapa? Um pouco dos dois. Ela também o amava, não tinha mais dúvidas, mas essa simples frase dita como foi fizeram com que o nó em sua garganta desaparecessem em um soluço abafado. As poucas lágrimas presas às pálpebras inferiores de Bianca foram secas pela camisa de Miguel, sem que ele percebesse e ela suspirou com um sorriso breve nos lábios. — Eu te amo. — repetiu as palavras, olhando no fundo dos olhos do namorado, que se afastou em um susto. A dona do berrar conhecido virou no corredor das salas, onde estava o casal. Era Betina, a cabra de Miguel. A Torres sorriu junto, mesmo sem entender qual foi o comentário da cabra. Era um animalzinho muito sábio, na maioria das discussões do casal, segundo ele, Betina costuma ficar do lado de Bianca, isso merece simpatia não é? Podia não entender o que ela dizia, mas concordava com absolutamente tudo e assinava embaixo.

Betina roçava os chifres na porta de seu amigo, pedindo para entrar. — A conversa de vocês foi sobre isso? — A loira riu, contida, com o pedido de Miguel. Aparentemente ele tinha acabado de ser expulso de seu próprio quarto por sua cabra de estimação, pobrezinho. — Claro que sim. — Moveu a cabeça um pouco para o lado para beijar a bochecha do mais alto que tinha o rosto encaixado em seu pescoço. — Podemos ir agora. — frisou a última palavra da frase, dando certo tom de urgência, sugestiva.

Seus lábios se selaram outra vez e Bianca abriu a porta para Betina, permitindo a passagem da cabra que pareceu bem satisfeita com isso. — Agora vamos. — disse com um sorriso no canto dos lábios. Sentia-se livre novamente, perdoada, leve, agora só precisava aparar as últimas pontas. Tudo bem que uma gravidez não é uma ponta a ser aparada, é uma grande notícia, ainda mais no caso dos dois. Ambos docentes na mesma escola e namorando a menos de um ano, já sabia o quão comentada seria essa gestação. Os dedos dos dois se mantinham entrelaçados enquanto caminharam mais alguns passos até a sala da Torres.

Ali, Miguel continuou sendo arrastado até o patamar superior, onde ficava uma grande cama de casal bem conhecida pelos dois. — Por onde começo? — perguntou para si entre um beijo e outro. — Antes de qualquer coisa eu preciso te contar algo. — afastou Assis até que ele se sentasse na cama, enquanto ela permaneceu de pé a sua frente com uma profunda expressão de confusão no rosto. — Notou algo de diferente em mim? — ela perguntou, sem saber como começar. Não havia nada de diferente em sua aparência, a barriga permanecia praticamente a mesma, precisava melhorar aquilo pois era um código que o linguista nunca conseguiria traduzir. — E agora? — insistiu na pergunta, forçando as mãos na parte inferior da barriga para mostrar o nada. Aparentemente ele ainda não tinha nenhuma certeza de nada. — Nós estamos grávidos. — disse, com um largo sorriso no rosto, o lábio inferior entre os dentes. Fazia de tudo para conter sua euforia para avaliar a reação do namorado. Bianca sempre sonhou em ter uma filha, mas e Miguel? Ainda não haviam parado para conversar a respeito. E se isso não estivesse nos planos dele?


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Miguel Barni de Assis
COMASUL » Funcionário da seção 4
Miguel Barni de Assis
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COMASUL: Supervisor das Reservas Naturais
Ter 5 Jan 2021 - 17:28
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É impressionante como a vida realmente dá voltas, e às vezes, a reviravolta é muito maior do que você é capaz de imaginar. Miguel saiu do estado de "ai meu santo Anhangá, será que vou ficar solteiro?" para o "minha amada Ceuci, eu vou ser pai!!!!" em questão de minutos. Sim, você leu certo. Guel, o bobalhão que só mete em presepada tentando ajudar os outros, que fala com bichos o tempo todo e divide quarto com uma cabra, de repente teria uma criaturinha carregando seu sangue. Bem, não exatamente de repente, mas essa história não vamos comentar aqui, então vamos ao que interessa.

Depois de todo o drama interno que consumia ambos, como o Assis pôde constatar na conversa prévia, sua mente começava a aceitar o fato de que ficariam bem de novo. Oras... a quem Miguel enganaria? Sua mente estava era em êxtase, sambando de alegria por finalmente ter certeza de que ficariam bem, que não perderia o amor de sua vida. Assim sendo, do momento do jantar até o momento em que percorriam a escadinha para a cama dos aposentos de Bianca, entre um beijo e outro, já haviam passado por todos os estágios de um reconciliação em pouquíssimo tempo, mas ao invés de estarem agora usando aquela cama já conhecida para fazerem o que fazem de melhor, lá estava o Barni, sentado sozinho, encarando a mulher que lançava uma pergunta polêmica.

"Ih, me lasquei" — pensou a mente inocente. O que havia de diferente nela... O cabelo? "Não, tão perfeito como sempre esteve com as ondas loiras acentuando a beleza do rosto tão lindo." O que era aquela mão na barriga? Estava querendo mostrar que emagreceu? Engordou? "Para mim parece a mesma grande gostosa de sempre, o que rolou meu pai?" E foi quando ele iria chutar uma resposta — ou bajular a namorada, dizendo que ela parecia ainda mais perfeita que nunca, que recebeu a notícia.

E seu mundo parou por alguns instantes.

Olhava da barriga para os olhos de Bianca. Dos olhos para o sorriso que sempre lhe encantou. De novo para a barriga. De novo para os olhos. Estava besta, pasmo. Completamente incrédulo. — Tá brincando... — sussurrou, mas crente de que a outra o ouvia, e o sorrisinho junto com o olhar confuso da amada entregavam que não, não era uma brincadeira dela. Ele iria ser pai. De um filho com a mulher mais maravilhosa do mundo. PAI!! Ainda encarando-a, sua primeira reação foi levar ambas as mãos à cabeça, sentindo-as pesar e cair pela lateral de seu rosto em completo choque. Mas, não, não era uma sensação ruim, o sorriso abobado em sua cara entregava a clara alegria que o bater acelerado de seu coração havia se tornado, e ainda bem que Bianca o havia feito se sentar, pois as pernas bambas não dariam conta de seu corpo. — Quando você descobriu? Você… você ‘tá bem com essa notícia? — perguntou desajeitado, uma careta se formando em seu rosto para tentar esconder a euforia e descobrir como a namorada estava se sentindo à respeito daquilo, mas não havia dúvidas, o sorriso de um espelhava o do outro, ambos abobalhados pela ideia de serem pais.

E foi assim, com um sorriso frouxo na face e brilho emocionado nos olhos, que Guel se levantou e puxou Bianca para um abraço apertado, girando-a no ar em meio a uma risada. Estavam afastados demais coisa de uma hora atrás? Estavam sim, mas naquele momento, sentindo o perfume doce que tanto o acalmava, Miguel se sentia o cara mais feliz e sortudo do mundo. — Eu te amo tanto! — dizia, bobo, e entre um beijo e outro, pararam de volta na cama, iriam comemorar aquela notícia ali, da forma mais Biguel possível.
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Cambito
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Cambito
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146
Ter 5 Jan 2021 - 22:38
ENCERRADO
Feito.

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