Ainda não tava acostumando com meu novo trabalho, mas foi a forma que encontrei para ter o meu equilibrio. No leviatã tinha ouvido falar sobre um local que contia um dos pergaminhos ocultos, tinha que obter antes que caísse em mãos erradas, mas o local não me agradou nem um pouco. Não existia nada mais irritante que o calor intenso do deserto do sahara, sem falar das criaturas, ladrões e caçadores de tesouros. Realmente emocionante. Para piorar tinha boatos de um Nundu, não estava nem um pouco animado em ter uma segunda experiência ruim. Partirei assim que amanhecer.

Havia chegado fazia algumas horas e estava arrependido de tanto caminhar. O tempo além de insuportável, tinha umas rajadas de vento quentes misturado com areia. Por sorte vestia uma roupa leve, apenas coberto pela capa e uma máscara feita com panos. Observava de longe a entrada da ruína. Como suspeitava, parecia que ela já tinha sido aberta. Adentrei lentamente, seguindo o som das vozes que levava ao saguão, me escondi num local sem que percebam . O local estava repleto de estatuas com várias formas de criaturas estranhas. Tinha duas pessoas lendo os desenhos e depois mexiam num quadrado no centro da sala. Parecia um enigma, possivelmente algo bem chato então esperei eles finalizarem. Quando finalizaram uma porta se abriu. Olhei para estatuas com a ideia de que poderia ser útil. Puxei a varinha e disse  –Fumus -  Soltando  uma fumaça pelo saguão e  depois apontei para as estatuas. – Piertotum Locomotor – Controlei a estátuas para afugentar os dois enquanto entrava na porta. A porta se fechou assim que entrei.


Quando entrei umas chamas se acenderam nas luminárias. O local estava repleto de livros e pergaminhos. Era fascinante cada detalhe do local, mas algo me dizia que deveria ser destruído. Nada poderia existir, não nessa época onde até os bruxos mais nobres perdem o equilibro pelo poder. No centro estava uma gema azulada que me seduzia cada vez mais. Uma dor intensa e forte na cabeça começava cada vez que me aproximava, sentia sangue escorrendo pelo nariz, mas cada vez mais me aproximava não importando o que sentia, quando estava pegando a gema, minha visão começou a ficar escura e turva. Simplesmente meu corpo ficou mole e cai no chão segurando a gema azulada.

Algumas horas se passaram e acordei sem entender o que havia acontecido. Limpei o nariz e levantei daquele chão empoeirado. O pergaminho que procurava estava na mão de uma estátua de uma mulher com os olhos vendados, ela segurava o pergaminho como se estivesse oferecendo. Ao pegar meus olhos se arregalaram ao ouvir dezenas de vozes na porta que entrei. Acho que chamaram reforços e dessa vez seria difícil escapar.

Me escondi rapidamente atrás das estantes de livros e abri o pergaminho oculto de ilusionismo. Lia cada técnica precisamente para ocultar minha presença. Tentava aprender falando algumas palavras mentalmente e mexendo a varinha. Mantinha minha mente limpa e tranquila, mantendo o ponto de paz para absorver e amplificar meu poder mágico.