The Last Castle - RPG :: Tópicos de Personagem e RPs Arquivadas :: Arquivo de RPs Finalizadas :: RPs do Castelobruxo
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
JAN2026
JANEIRO DE 2026 - VERÃO
>Quests Interativas<
ADMAGO
ATUALIZAÇÕES - ADM - OFF
28/05. Lançamento: Sistema de Atributos
7/06. atualização do tablón
1/08. estamos de volta
13/08. atualização dos ranks gerais do fórum
00mes
Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipiscing elit bibendum
Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
DESTAQUES
DOMINIQUE
MALU
POLLUX
MAGAH
DONINHA
CASSIE
Quem está conectado?
10 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 10 visitantes :: 1 motor de busca

Nenhum

[ Ver toda a lista ]


O recorde de usuários online foi de 290 em Seg 8 Mar 2021 - 22:16

João Carlos G. Peixoto
avatar
Mensagens :
246
Sáb 28 Dez 2019 - 21:07

side to side

Esta é uma RP FECHADA entre GAEL BERNARD BOUWKNECH e JOÃO CARLOS PEIXOTO e VICENTE VENTURA. Se passa no inicio de Agosto 2019, antes da morte da Diretora Benedita Dourado, na Roda de Capoeira, Terrenos de CasteloBruxo no período da manhã. O encontro dos amigos é por razão de um teino organizado pelo João, como ele ocasionalmente fazia. Além de melhorarem suas habilidades fisícas, a reunião é para os amigos conversarem sem atribulações.

Esta é uma RP SEMI-ABERTA e interferências serão aceitas conforme convite.

robb stark
João Carlos G. Peixoto
avatar
Mensagens :
246
Sáb 28 Dez 2019 - 22:42

All these bitches, flows is my mini-me, Body smoking, so they call me young Nicki chimney, Rappers in they feelings cause they feelin' me, I give zero fucks and I got zero chill in me

O nuvens frias da floresta amazônica circundavam a escola e transformavam o ar daquela manhã em uma brisa fria na pele bronzeada do cossfiteiro. As pernas definidas marchavam decididas em direção a uma área conhecida de tantos treinos anteriores, um sorriso alegre o acompanhava enquanto sua mente repassava a lista de exercícios que ele havia preparado para aquele dia, como sempre fazia. Ainda assim aquele dia era diferente dos demais, seus amigos iriam finalmente se juntar a ele. Fazia muitas semanas desde que o moreno insistia que eles precisavam deixar de ser uns bunda-moles e trabalhar nos seus físicos. ”Só porque eles tão no quadribol acham que tem que ser preguiçosos.” Balançando a cabeça em negação com a atitude dos outros dois, o Joca terminou de descer em direção a roda de pedra nos terrenos da pirâmide.

Ao chegar no local do treino, o rapaz andou pela arena, uma mão no queixo enquanto ele pensava em como organizar os materiais necessários para aquele treino de hoje. Com um balançar da varinha ele invocou duas toras largas de madeira e duas bolas de plástico. Andando um pouco mais ao redor da roda de capoeira, o rapaz fez os cipós das árvores ao redor descerem até ele. Satisfeito ele olhou as modificações, e sorriu com a visão da suadeira que iria pôr seus amigos à prova. — Agora só falta os vagabundos chegarem. — Aproveitando o tempo sozinho, o Peixoto de abaixou e iniciou uma sessãozinha básica de flexões.
 
side
to side Gael e Vicente + Roda de Capoeira, CB + Marombando
Vicente Ventura
COMASUL » Auror
Vicente Ventura
Mensagens :
263
Ocupação :
COMASUL: Auror (estagiário)
Dom 29 Dez 2019 - 0:01
O monstro sai da jaula
biirrrl
Havia certos dias em que Vicente, mal abrindo os olhos pela manhã, era nocauteado pelo peso de suas próprias ações.
Aquela manhã nublada de agosto fora uma delas: os olhos escuros não haviam sequer se aberto completamente quando a lembrança do que estava por vir os fez fechar novamente, desta vez com mais afinco. O menino resmungou, girando o corpo na cama de lençóis brancos. Escondeu a cabeça debaixo do travesseiro, como uma criança que se esconde dos próprios pesadelos.
Quando decidiu encarar a realidade, sentou-se lentamente no colchão e deu a si mesmo alguns segundos para se situar. A luz do dia entrava no alojamento, clareando cada canto de sua desorganização. Por incrível que pareça, havia pilhas e mais pilhas de papeis, livros e, claro, uniformes sujos amontoados em pilhas perfeitamente equilibradas.
Vicente vinha treinando para ascender à posição de capitão dos Carcará, uma vez que ouvira boatos de que a atual capitã cederia o posto. Todavia, era necessário muito mais que apenas um bom físico e habilidade com seu bastão. As notas eram de grande significância.
Cá entre nós, Vicente não era o melhor aluno de Castelobruxo o que explicava o repentino esforço em todas as disciplinas.
Empertigou-se aos pés da cama para fitar seu reflexo no espelho do outro lado do quarto. Estava miserável. O cabelo desgrenhava-se no topo da cabeça, feito um ninho de aves desorganizadas. E, para piorar, a ideia de que havia aceitado treinar com João Carlos e o intercambista, Gael, fazia com que os vincos em sua testa se aprofundassem ainda mais.

***
Chegou na Arena de Capoeira com uma interrogação em seu rosto. Havia trazido seus bastões e uma caixa com balaços, crendo que teria a chance de aperfeiçoar o golpe com a mão esquerda a alta velocidade, um ponto que gostaria de melhorar em sua performance.
Mas, para sua estranheza, parecia estar entrando em uma academia trouxa destes esportes modernosos. Não sabia ao certo o nome, mas tinha plena consciência de que aqueles que muito o praticavam tinham como desígnio tornarem-se “monstros”.
A bolsa com os bastões pendeu consternada em seu ombro diante da visão dos cipós. Já Vicente, aproximou-se do amigo que fazia flexões como quem vira as páginas de um livro, e seu rosto adquiriu um tom divertido.
Teve a certeza de sentir as bochechas corarem- uma leve pitada de vergonha alheia para manter a compostura.
_Você não acha que é um pouco cedo pra brincar de Tarzan? - questionou em tom debochado. Os pelos do braço se eriçaram ao sentir a brisa que soprou, fazendo com que Vicente se encolhesse involuntariamente e colocasse as mãos no bolso da calça de moletom enquanto observava o sobe e desce de João.

Gael Bernard Bouwknech
CASTELOBRUXO » Aluno
avatar
Mensagens :
9
Dom 29 Dez 2019 - 14:24
❝ what is going on? ❞
Gael não tinha pressa alguma em ir para os treinos que um de seus colegas dava. Nos treinos a atenção dele ficava presa completamente a outra coisa e ele não conseguia dar o máximo de si tão rápido. Apenas quando submetido aos olhares de terceiros, ele conseguia expor o seu lado mais forte mas sempre acabava ficando envergonhado por aquilo. Dando de ombros, o rapaz saíra do quarto onde dormia grande parte do tempo e dirigiu-se para o local de treinos de maneira bem rápida pois poderia estar atrasado naquela circunstância. No meio do caminho, ele esperava que não encontrasse com qualquer outra pessoa já que estava sendo visto com um monte de caixas que utilizava nos treinamentos na Arena de Capoeira. Gael estava contente por ter um grupo onde era extremamente bem visto com João e Vicente, talvez fosse o mais coração mole do grupo e que sempre estava passando por uma situação estranha. E por estranha, ele queria dizer que estar apaixonado por um dos dois não era algo normal e queria que aquilo mudasse o mais rápido possível. Mas Vicente era esperto e sabia notar, afinal era o seu melhor amigo e ele tinha uma grande habilidade de arrancar palavras de Gael.

Depois de passar alguns minutos caminhando com aquele monte de caixas, finalmente Gael havia adentrado o local dos treinos e o ambiente já aparecia com uma academia trouxa. Até jurava que tinha ouvido Vicente fazer um comentário a respeito de cipós e até mesmo o Tarzan no momento em que havia chegado. O loiro deu de ombros e colocou todas as suas coisas no chão para que o treino então pudesse acontecer. Na circunstância em que estava, o treinamento seria uma ótima coisa para deixar a minha cabeça alheia a outros sentimentos e percepções que eu tinha e justamente por isso, estava com um sorriso no rosto sem olhar diretamente para qualquer um dos dois garotos com quem costumava dividir a rotina de treinamento. — E e então?  — Inspirou o ar de maneira profunda para tentar quebrar o silêncio de poucas palavras.   — O que vai ser hoje? — E então ele deu um sorriso e começou a olhar nos olhos de cada um mas desviando o olhar quando o de Vicente ia de encontro ao seu.
what is going on?
João Carlos G. Peixoto
avatar
Mensagens :
246
Seg 30 Dez 2019 - 15:42

All these bitches, flows is my mini-me, Body smoking, so they call me young Nicki chimney, Rappers in they feelings cause they feelin' me, I give zero fucks and I got zero chill in me

O som de passos não interrompeu o exercício do moreno, ele apenas esperou que os amigos se anunciassem para só então lançar uma olhadela ao alto. A piadinha do Vicente não o surpreendeu, o amigo sempre teve um fraco por trocadilhos e ambos passavam horas falando — e rindo — das merdas que eles eram capazes de bolar. — Vamo ver té quando vai ter fôlego pra piadinha brodi. — E com um sorriso sapeca para o Ventura, ele viu quando o intercambista apareceu mais ou fundo.

Literalmente deitando e rolando, o rapaz se pôs de costas no chão apenas para se levantar com um único movimento. Contraindo seu corpo e apoiando o peso nas costas, o marombeiro se usou das mãos para retirar seu corpo do chão e pousar nos dois pés, levantando-se de uma forma exageradamente exibicionista. Virando-se para os amigos, o Peixoto sorria de orelha a orelha, e em movimentos rápidos passou seus braços pelos ombros dos outros, os carregando para o centro da arena. — Podem esquecer esses seus materiais aí. Papai aqui tem tudo que é necessário. — Falou em resposta ao Gael, liberando os dois do abraço.

O rapaz então deu um passo para trás, o sorriso adquirindo aquele tom sapeca que muitos temiam. Com mais um movimento de varinha, o rapaz evocou uma terceira tora e a pegou nas mãos. Dobrando levemente o joelho, o crossfiteiro, com a tora nas duas  mãos, fez lentamente o movimento de elevar a madeira da posição de repouso nas coxas até encostar na caixa torácica. — Vamos lá franguinhos, começar malhando a parte superior. Vão ser três sessõezinhas com esse movimento, todas de 20! Entre elas, duas sessões de abdominais, o que cês aguentarem, mas tem que ser mais que dez! — Os olhos do rapaz havia adquirido um brilho sério quando ele largou o tronco e começou a andar na frente dos outros. — Depois das dezenas de abdominais, vocês vão ter um minuto para descansar. Agora, mãos à obra seus molengas!

Mesmo sendo um palhaço e tendo esse jeito meio estúpido na maior parte do tempo, o Joca levava os exercícios a sério, afinal fora um dos poucos temas em comum que teve com o pai e os dois irmãos mais velhos, todos trouxas. Um sorriso caloroso fez aparecer a cozinha na bochecha direita, as memórias das competições da família de “machomen” era algo que ele guardava no fundo do seu peito. Balançando a cabeça para suprimir as lembranças, ele se voltou para os amigos. — Vamos lá, corvinhos, ainda temos muitos exercícios para fazer hoje. — Com um pensamento brincalhão, achou por bem adicionar ao encarar o Vicente. — E não se preocupe caro Ace, cê ainda terá tua chance de brincar de Tarzan.
 
side
to side Gael e Vicente + Roda de Capoeira, CB + Marombando
Vicente Ventura
COMASUL » Auror
Vicente Ventura
Mensagens :
263
Ocupação :
COMASUL: Auror (estagiário)
Qui 2 Jan 2020 - 16:43
O monstro sai da jaula
biirrrl

Poucas coisas assustavam Vicente Ventura como o sorriso de João Carlos. Não por que o garoto sorria de maneira esdrúxula ou disforme, mas sim por que aquele sorriso significava problema.
As lembranças de incontáveis apuros nos quais os dois estavam metidos até o pescoço sempre vinham acompanhadas de memórias dos momentos que antecediam o caos: uma aposta, um desafio, um sorriso travesso, quem sabe? Não precisavam de muito para que a confusão se fizesse presente.
Vicente só fez menear a cabeça e conter um de seus risos altos diante da quase cambalhota que o Peixoto deu. Ainda ria quando seu olhar cruzou com o de Gael por uma fração de segundo, mas o riso morreu quando o intercambista alemão desviou o olhar de imediato.
Haviam se tornado bons amigos logo que o menino chegou à Castelobruxo e bastava um breve olhar para que Vicente soubesse que algo o estava incomodando. Gael era de poucas palavras mas Vicente era bom em interpretação. Suspeitava que o incômodo em questão não dizia respeito à situação em que ambos se encontravam agora, prestes a carregar troncos de madeira no meio de uma manhã.
Ele tinha muitas ideias do que significavam as atitudes evasivas do garoto e, honestamente, umas o agradavam bem mais que outras.
Cruzou os braços em frente ao peito quando foi, enfim, liberto do abraço suado. Focou sua atenção nos movimentos que o amigo fazia e não em sua ladainha, afinal de contas, ele não havia levantado cedo pra praticar a majestosa arte da tagarelagem.
Passou por Gael, cutucando-o de leve com o cotovelo e colocou-se em frente a um tronco.
Jogou a bolsa com os bastões a alguns metros de distância e alongou-se, ouvindo as bobagens que saiam da boca de João Carlos.
_Sinceramente, Jão, você está parecendo aqueles instrutores de ginástica dos anos oitenta. - zombou enquanto agachava-se para alongar as pernas, flexionando os músculos algumas vezes seguidas. – Só faltam as polainas.
Ajeitou a calça de moletom para que não o atrapalhasse e, quando olhou o pesado tronco só pode pensar em uma coisa: ele seria o melhor jogador da temporada.
Abaixou-se e pegou o tronco nas mãos, ajeitando-as de modo que a madeira se encaixasse melhor. Repetiu pela primeira vez o movimento ensinado, sob o olhar vigilante do instrutor. Não podia, de forma alguma, distender um músculo.
Então começou sua sequência com certo desconforto e dificuldade, uma vez que não tinha o porte lenhador que seu amigo possuía. Com as pernas flexionadas, forçava os músculos de seus braços a trabalharem de forma sincronizada e eficaz.
Olhou de relance para Gael e, talvez fosse o tom dourado de seu cabelo ou a brisa da manhã, mas voltar a se concentrar na tora de madeira foi uma tarefa ainda mais árdua do que levantá-la.
Cumpriu a primeira sessão e, embora seu fôlego de atleta não fosse dos piores, ele se jogou no chão para os abdominais com tamanha vontade que soltou um breve gemido. A manhã outrora fresca se tornou quente e úmida demais quando o suor começou a escorrer por sua testa. Enxugou o rosto com a camisa do time e começou a fazer abdominais.
Entre um sobre e um desce, lançou olhares furtivos a Gael que tinha as bochechas coradas e parecia disposto a não retribuir qualquer de seus olhares.
_Qual a chance de eu ter um assistente pessoal pra me dar água na boca e secar minha testa? - questionou em tom de brincadeira, mas que poderia bem ser verdade. - Você não tá fazendo nada mesmo, Jão.


Gael Bernard Bouwknech
CASTELOBRUXO » Aluno
avatar
Mensagens :
9
Qui 2 Jan 2020 - 17:23
❝ what is going on? ❞
Não que ele fosse realmente seguir todo o protocolo de treinamento de João mas, naquela ocasião, ele não sentia vontade de fazer nem meia dúzia de exercícios. Até fizera um ou outro quando João liderava o pequeno grupo, mas Gael não sentia a grande necessidade de continuar naquilo por mais algum tempo. Ele queria apenas ficar parado e sentado ao chão observando o que os dois faziam. Ele observava atentamente o treino com os troncos de cada um enquanto fingia que também fazia parte dos exercícios. Calado, ele optou por ir a um canto onde poderia continuar em pleno silêncio e observar os dois. O objetivo de Gael era bem diferente dos dois, ele não queria um corpo completamente esbelto, atraente e cheio de gominhos, ele apenas queria permanecer no jeito que estava por achar que aquele era o jeito natural de ser.

Gael era especialista na área da observação e do silêncio. Ele aproveitava toda a ocasião em que Vicente se encontrava ocupado com alguma coisa do treinamento para que observasse o outro da melhor maneira que podia. Em seu campo de visão, Gael conseguia ver as coisas que trouxera para o treinamento em questão, João dando uma de crossfiteiro e Vicente fazendo abdominais a curtos metros de si. Não havia levado nada demais dentro da caixa a não ser alguns aparatos do quadribol pertencentes a todas as outras posições para além da de artilheiro. Gael encontrava-se plenamente preguiçoso e não entrara em mais nenhum exercício mesmo por ordem de João, talvez as noites mal dormidas finalmente roubavam-lhe a vontade de ir em busca de uma saúde melhor.

O loiro podia perceber que Vicente caçava o seu olhar de uma maneira voraz e por isso, deixava com que os olhares fossem reduzidos para apenas um segundo para que não entregasse. Ao contrário do outro, Gael fingia que estava apenas existindo ali naquele momento. Vicente se dedicava ao treinamento e João já não tinha dificuldade com o que fazia nos treinamentos, estava plenamente acostumado e era capaz de fazer tudo que necessitasse da força dele. O meio-veela sentado sobre um pequeno pedaço de tronco fazia questão de olhar apenas para João na intenção de não ser cobrado por Vicente pelos olhares trocados ou evitados.

— Vocês planejam ficar o dia todo fazendo isso? É tedioso de assistir e também ruim de acompanhar. — Ele riu baixinho já esperando que poderia levar um pequeno chega pra lá por estar apenas observando, mas ele não ligaria por meia dúzia de palavras que o deixariam como preguiçoso na história, já estava acostumado com aquilo. — Também preciso dizer que ficar aqui sendo observado por vocês me dá um leve constrangimento por não estar fazendo nada. — Obviamente a frase em questão não se dirigia a João visto que Gael era completamente solto em questão ao colega, o seu principal problema era Vicente e foi para ele que o olhar do loiro se dirigiu e fixou por longos segundos, como se chamasse o outro para um desafio por meio do olhar pesado e sem nenhuma piscada. — Tô com fome. — O menino do sétimo ano então declarou, o treinamento já havia decorrido grande parte do tempo e ficar observando gerava fome. Além disso, gostava de ver que a boca de outra pessoa era completamente incensurável na hora de comer e por isso, decidira fazer um comentário com um leve tom de convite. Para ele, restava aguardar.
what is going on?

João Carlos G. Peixoto
avatar
Mensagens :
246
Sex 3 Jan 2020 - 3:29

All these bitches, flows is my mini-me, Body smoking, so they call me young Nicki chimney, Rappers in they feelings cause they feelin' me, I give zero fucks and I got zero chill in me

Sorrindo de lado, as íris castanhas repousaram felizes nos amigos quando eles começaram a se preparar. Talvez fosse um eco ou projeção de seu tempo com os irmãos, ou qualquer coisa do tipo, porém se exercitar era mais do que algo para seu corpo, fazia-lhe bem na mente também — e no coração. A sensação quase melosa se dissipou ao ouvir a piadinha do batedor, tal emoção sendo transacionada para uma risada ribombante. — Se quiser posso lhe arranjar uma calça de lycra, um polaina verde neon e lhe pôr para dançar zumba. — Uma sobrancelha se elevou com sua própria brincadeira, e a cena em sua mente arrancou mais uma gargalhada do marombeiro.

O Ventura começou sua sessão de tronco (aka barra) com vigor e, após alguns movimentos errados do pulso logo consertados pelo Jão, conseguiu entrar no ritmo da atividade. Acenando com a cabeça diante do acerto do moreno, o instrutor se virou para checar como o outro estava indo. Gael não parecia disposto, algo que não era novidade. Desde que conhecia o loiro, o mesmo sempre parecia estar com algo o incomodando, e quando não era o constante cansaço ou a alimentação desequilibrada que abalava o físico do menino, era algo que turbilhonava sua mente e o deixava distante. Segurando um suspiro, ele cogitou ir até a figura sentada e tentar perguntar — possivelmente pela milionésima vez — o que estava de errado. Não que existisse uma chance de obter uma resposta, o alemão sempre desconversava ou veemente afirmava estar bem, e sinceramente, aquilo magoava o Peixoto. Ele se importava com os amigos e só desejava o bem deles, era capaz de fazer de tudo para deixá-los felizes.

Balançando a cabeça, meio-frustrado meio-melancólico, ele achou por bem deixar quieto. Palavras não eram bem seu forte, e ele sabia que o Bouwknech sempre ficava ainda mais arredio quando o Joca tentava “agir” para cima dele. Desviando sua atenção novamente para o moreno, ele assistiu o momento em que o Vicente mudava a atividade, literalmente se jogando no chão para fazer abdominais. Com uma careta diante do som, ele se aproximou assim que amigo começou. — Vai, continua se jogando assim, teu irmão vai adorar te ver na enfermaria. Faz o que? Dois dias que tu saiu de lá? — A bronca foi leve visto que da ultima vez a culpa fora de um balaço na cara — não literalmente — e não houvera muita saída para o golpe do garoto do Jaguar.

Se ajoelhando ao lado do moreno, uma das mãos do “treinador” foram para as pernas de forma a manterem imóveis enquanto o outro dobrava o tronco para cima, enquanto a outra mão repousou no oblíquo interno do Ventura. — Bora, contrai mais. E estufa o peito, não queremos fuder suas costas. — Ele pressionou um pouco o músculo sob seus dedos. — Bora mermão, você tem que subir com isso aqui, né com as pernas não.

Outro gracejo escapou dos lábios do amigo, e como resposta o bronzeado apontou sua varinha e murmurou um aguamenti no rapaz deitado, evitando apenas as áreas sensíveis do rosto. — Que tal a água, senhor Ventura? — Retrucou, com um sorriso no rosto e uma reverência de cabeça. Se o outro tinha uma resposta para aquilo não teve tempo de dizê-la visto o soar da voz de Gael atrair a atenção deles. — Se o Capitão Preguiça tirasse a bundinha murcha do chão e fizesse algo não estaria com tédio. — Tentando não soar esmorecido, Joca se levantou e cruzou os braços de forma petulante. — Óbvio que você tá com fome, esse estilo de vida desbalanceado só ta te ferrando. Não come direito, não dorme… Quero saber o que o mocinho fica pensando de noite ao invés de dormir. — Por mais sério que ele estivesse falando, o marombeiro não pode conter o tom levemente indecoroso no final da frase.

Concluindo que aquele plano de forçar os amigos a fazer exercícios era uma furada, ele optou por mudar a estratégia do treino. “Eu que lute pra achar um amigo que me entenda.” — Nem sonhem que ninguém vai sair daqui sem se condicionar não. Tem nem uma hora que estamos aqui. — Estendendo a mão para que Vicente conseguisse ficar de pé, o Peixoto murmurou um accio para invocar até si três das vassouras Comet 290 usada pelos Carcarás. — Se não querem suar no chão, vão suar no ar. — Enquanto as vassouras ainda não haviam chegado, o Jão foi até as bagagens dos dois amigos, retirando um balaço e uma gole, além de dois tacos e um pequeno anel metálico.

Distribuindo os objetos com os outros, ele ficou apenas com um taco e o anel, objeto esse qual lançou um engorgio e um wingardium leviosa antes de elevá-lo ao ar. Assim que as vassouras chegaram ele continuou. — Vamos fazer só duas sessões. Treininhos básicos pra esquentar vocês. — O sorrisso sapeca retornou. — Primeiro vamos brincar de Proteção, e depois vocês vão apenas tentar marcar o gol. — Apontou para o aro que flutuava ao terminar.

Na realidade, em ambos ele poderiam tentar marcar, entretanto na primeira preparação o principal seria o Vicente proteger o Gael dos balaços do crossfiteiro. “Vamos ver se ele tá com o punho bem treinado.” No entanto ele ainda tinha um certo receio do segundo exercício, talvez fosse fácil demais considerando que não era lá essas coisas como goleiro, a única coisa que salvava era sua velocidade. Suspirando, ele tentou se resignar com a nova abordagem no treino, os pés empurrando o solo e levando-o ao alto. 
side
to side Gael e Vicente + Roda de Capoeira, CB + Marombando
Vicente Ventura
COMASUL » Auror
Vicente Ventura
Mensagens :
263
Ocupação :
COMASUL: Auror (estagiário)
Sáb 4 Jan 2020 - 16:10
O monstro sai da jaula
biirrrl
Assim como João Carlos, Vicente estava preocupado com o crescente desinteresse de Gael. Honestamente, o capixaba nem sequer se lembrava da última vez que o vira disposto e animado com algo. Embora ainda fosse relativamente cedo e abdominais não fossem tão divertido quanto João tentava fazer parecer, tanto o batedor quanto seu suposto treinador estavam de bom humor indo de encontro com a carranca do alemão.
Ao menos, dessa vez, acusava estar faminto e, segundo sua mãe, fome era sempre um bom sinal.  Da próxima vez que estivessem sozinhos faria o possível pra entender o que estava acontecendo e tentar ajudar o amigo mas, por hora, achou melhor não instiga-lo.
Além disso, João estava orgulhoso de seu treino e não parecia querer ceder aos caprichos preguiçosos de nenhum dos carcarás.
Levantou-se de uma vez, segurando-se na mão de João para manter o equilíbrio. A água escorria em seu rosto, traçando caminhos irregulares e lhe provocando cócegas sutis. Levantou a barra da camisa e enxugou as gotículas incômodas.
Caminhou até Gael enquanto João procurava materiais para a próxima etapa do treino e, suspirando, colocou as mãos no quadril sentindo os batimentos desacelerarem graças ao descanso repentino.
_Você está bem o bastante pra voar? - Questionou, vendo ao longe as vassouras se aproximando. – É melhor não se esforçar se não estiver se sentindo legal, não quero você caindo por aí.
Recebeu um olhar repreensivo de João, que não parecia feliz com a sugestão dada por Vicente, mas este franziu as sobrancelhas em resposta ao amigo. Levava muito a sério a segurança de seu time e, ainda mais de seus amigos. Uma queda da vassoura já havia sido problema pra muita gente e, sinceramente, Vicente não estava nem um pouco a fim de ter que recorrer aos cuidados de seu meio irmão tão cedo.
Gael deu de ombros- gesto esse que, Vicente havia notado, o loiro fazia com frenquência- e aceitou continuar os treinos.
Receberam do Peixoto os utensílios que usariam: Vicente um bastão e uma Comet 290, Gael a goles e outra vassoura igual a primeira.
Segurou o bastão na mão direita e a vassoura na esquerda, como fazia no início de toda partida. Era tão habitual que já nem se dava conta do ritual de preparação antes de alçar voo e conquistar espaço no céu, mas a sensação de ter em mãos o bastão ainda lhe causava excitação. Era como se aquele pedaço moldado e tratado de madeira fosse uma extensão de seu braço e sentia-se muito mais confiante de si quando firmava os dedos ao redor da madeira.
Sua missão na primeira parte do treino seria simples- teria que rebater os balaços e proteger Gael de um açoite iminente causado por João. Estavam fora de temporada e, por isso, os treinos não vinham sendo tão recorrentes, o que causava um certo desconforto no garoto. Tinha medo de perder suas habilidades conquistadas com muito esforço e suor.
Aliás, era um dos maiores medos de Ventura.
Montou em sua vassoura- não era exatamente a sua, mas parecia boa o bastante- e tomou impulso com os pés, ganhando o ar.
Apoiava-se na vassoura com a mão esquerda, segurando o bastão firmemente com a outra mão, enquanto deu-se o prazer de sobrevoar a arena de capoeira brevemente antes de começar. Subiu um pouco mais, olhando para os companheiros lá de cima.
O cabelo dourado de Gael chamou-lhe a atenção, tornando-o ligeiramente afetado. Parecia ouro líquido, convidativo e tentador. Lá do alto, Vicente desejou por um breve momento correr os dedos longos e esguios por entre as ondulações e sentir sua textura. Arfou, quando João Carlos lançou o balaço em sua direção a fim de tirá-lo do transe.
Ouviu o garoto bradar algo debochado, mas não entendeu o que era. Certamente uma ou outra coisa zombeteria.
Voltou ao nível dos amigos, colocando-se pouco atrás de Gael que tinha a posse da goles.
Começaram então a se movimentar, os três ganhando velocidade com destreza. João não era jogador, mas as aulas de voo foram o bastante para que ele se desenvolvesse no esporte.
Ouviu o zunido do balaço voando próximo o bastante e inclinou o corpo, ganhando velocidade até atingir uma distância segura. O movimento de seu braço foi certeiro, acertando o balaço e o enviando para longe enquanto Gael avançava em direção ao Gol.
_Pelo visto levantar troncos não te fez assim tão for...- Zombava do amigo quando, novamente, a bola de ferro enfeitiçada zuniu pelo ar, indo em direção ao loiro.
Vicente aumentou a velocidade num solavanco, tremulando sobre a vassoura de maneira bruta. Alcançou o balaço por um triz e rebateu com a ponta do bastão, girando o corpo e a vassoura no ar para recuperar seu equilíbrio.
João não estava a fim de brincadeira. Por sorte, havia uma certa sincronia entre o artilheiro e o batedor, fruto claro de seu desempenho nos treinos e partidas do Carcará. Era como uma dança, embora parecesse bruto e dessincronizado.
Embora muito perto um do outro, não se tocavam em momento algum e suas vassouras passavam a pouca distância uma da outra. João, aparentemente, tinha como missão uma faca de dois gumes: ou faria dos amigos mais espertos, vigilantes e habilidosos, ou os mataria com balaços violentos em suas direções.
Por sorte, Vicente era rápido o bastante para não deixar que Gael fosse atingido. Observava com esmero o balaço sendo rebatido por João, tentando prever a velocidade e força com que seria atingido.
Era mais uma questão de ângulo e firmeza do que de força em si. Ao menos era o que pensava antes de rebater uma última vez, quando seus cálculos caíram por terra e bem, ele também.
O balaço desviou de Gael, de fato, mas fora atingido pela ponta mais extrema do bastão que voou das mãos de Vicente em direção ao chão. O garoto se desequilibrou, ficando pendurado na vassoura apenas com uma mão.
Talvez, se não tivesse se rendido às gargalhadas, não tivesse se estatelado no chão. Caiu como havia aprendido a cair nestes casos – rolando feito uma bola.
Suspirou, estivando o corpo quando parou. Estava sujo, mas não sentia nenhuma dor incômoda o bastante que fosse preocupante.
Tinha os dois amigos o encarando quando se sentou e estendeu a mão para a vassoura, esperando ela pousar ao seu lado.
_Vamos para a próxima! - bradou, soltando um riso animado, ainda no chão.




João Carlos G. Peixoto
avatar
Mensagens :
246
Dom 12 Jan 2020 - 12:31

All these bitches, flows is my mini-me, Body smoking, so they call me young Nicki chimney, Rappers in they feelings cause they feelin' me, I give zero fucks and I got zero chill in me
Sentir o vento acariciando a pele era um misto de alento e vexame para o Peixoto. As memórias das várias viagens acompanhadas do pai — onde muitas vezes os encontrava encolhidos em alguma encosta a espera do momento perfeito para a foto — e o remorso de ter sido rejeitado pela antiga capitã do Carcará, duas vezes, se misturavam na mente do jovem. Ele nunca admitiria que adorava voar, a sensação de liberdade que o imbuia era fenomenal, contudo confessar tal paixão era o mesmo que admitir não ser bom o bastante para o time, não ter preparo e técnica. O crossfiteiro apertou o maxilar, não era um problema ele não ser bom em algo afinal era reconhecido que o rapaz era burro, porém, bem, naquele caso seu espírito competitivo não aceitaria, seria como se ele admitisse perder para o melhor amigo sem nem mesmo ter a chance de se provar.

Observando os outros dois ascenderem do chão de pedra da roda de capoeira, o Joca balançou a cabeça com o intento de esquecer os pensamentos bobos e tristonhos, ele tinha mais o que fazer do que remoer aquelas coisas. Assim que recebeu que os outros dois estavam na altura correta para a brincadeira, o treinador voejou levemente ao redor, e o que inicialmente era para ser uma volta de inspecção de onde ele deveria atacar, apenas lhe deu a informação que o Ventura olhava hipnotizado para o alemão. “Pela Caipora, que que tá havendo entre esses dois?” Franzindo o cenho em negação, ele se perguntou o que poderia ser para desviar tanto a atenção do amigo durante um treino. “Será que eles…?” Mordendo a ponta da língua que havia sido exposta, o marombeiro achou por bom focar apenas no treino e evitar explorar o significado do aperto no peito que ele sentiu. Liberando o balaço, o rapaz o rebateu quase com a base do taco — para diminuir um pouco a força — e mirou diretamente no Vicente. — Tu veio treinar ou assistir, seu molenga!? — A provocação aparentemente era o que faltava para iniciar o treino, pois assim que seu golpe foi rebatido pelo melhor amigo, tanto ele quanto o Gael começaram a se mover.

Com um sorrisinho travesso no rosto, o Jão cortou o ar para interceder a trajetória do balaço, que subia, e com força rebateu em direção ao Bouwknech. Ele não havia conseguido armar o golpe como gostaria e terminara apelando apenas para força ao invés de tentar mirar e calcular as interferências do sistema — algo que seu pai tentava, pacientemente, ensinar-lhe desde o quarto ano —, e por isso não foi surpresa quando o outro sextanista conseguiu apanhar seu ataque e refleti-lo. Dessa vez, entretanto, o crossfiteiro havia feito uma breve estimativa e estava pronto e próximo para recepcionar a bola assim que a mesma saiu do taco do Ventura. Assim sendo, o golpe foi muito melhor colocado e ele conseguiu ter o controle mínimo do direcionamento da bola, e também do melhor ponto para fazer o contato com seu bastão para aplicar a força necessária. Mesmo assim o batedor dos Carcará conseguiu salvar a bola e ainda lançar uma provocação para o treinador, e mesmo que a provocação não tenha sido finalizada, foi sentido o aperto no maxilar do último.

O gosto por golpes fortes e o foco quase absoluto qual adentrara, poderiam dar a entender outra coisa, porém o fato é que Carlos não buscava machucar os jogadores, ele estava apenas não só tentando ajudar no treino dos dois como também treinar e evoluir a si próprio. Não que isso significasse que ele tentaria entrar novamente no time, apenas que era uma boa ideia manter suas habilidades aquecidas para se, talvez, ele seguir com o plano pós escola que havia pensado. De qualquer forma, ele confiava no melhor amigo, ele era afinal o melhor batedor que passara naquela escola. Fato esse comprovado a cada nova defesa do Vicente e na forma como ele parecia dançar ao redor do artilheiro como um guarda-costas, sendo sempre presente contudo sem se interpor no caminho do mesmo.

“O filho duma Cuca nem treme.” A reclamação soou após um violento golpe que mirava a vassoura do loiro, e foi tranquilamente rebatido pelo moreno do Carcará. Tal elogio, entretanto, talvez tenha sido a perdição para o outro. Acelerando em direção à bola defendida, Joca tentou aplicar uma bola conduzida como rebote, de forma que o golpe tinha menos força — ainda que era mais forte que os padrões normais — em razão de aplicar uma trajetória curvilínea no golpe. Tal tipo de "finta" tinha como objetivo enganar o batedor inimigo e quebrar sua defesa, e foi exatamente isso que ocorreu. O Ventura se jogou para cima do balaço e teria conseguido rebate-lo com tranquilidade se não fosse a leve curva realizada próximo ao artilheiro, contudo, por estar próximo o bastante para tentar tocá-la, o batedor saiu de seu ponto de equilíbrio na vassoura e acertou a bola com a ponta do bastão. A bem da verdade, foi a bola que acertou o taco, e devido a força do golpe o rapaz perdeu seu instrumento e paridade entre forças, se submetendo à gravidade.

O balaço foi para longe, porém a atenção do treinador estava no melhor amigo, que não só estava pendurado na vassoura como também ria de de alguma piada que só ele via. Deslocando-se em direção ao amigo, o crossfiteiro não teve tempo de reação para fazer nada além de observar enquanto o outro caia e rolava no chão de terra ao lado da arena de pedra. O Peixoto agradeceu a Ipupiara pelo outro estar mais próximo ao chão que ele, ou então a presepada do rapaz poderia tê-lo machucado seriamente. — Você é estúpido ou só um aborto, Ventura? Por que não usou a merda do Molliare? Você poderia ter se machucado. — Toda a raiva que o Jão demonstrava nada mais era que preocupação velada para com o amigo, e além do mais, se o outro se machucasse durante um treino seu ele nunca se perdoaria.

A gargalhada e provocação debochada do outro sextanista quase fez o marombeiro sorrir enquanto seus pés tocavam o chão ali próximo. Se ele estava brincando não tinha machucado a cabeça pelo menos, mas isso não queria dizer muito, e bem, não tinha como continuar o treinamento agora. — Bah, deixa de ser babaca, tu vai direto pra enfermaria guri. E se tu tiver si machucado eu vou lhe dar umas boas palmadas na bunda! — A frase saiu em um tom provocante enquanto ele ajudava o outro a se levantar novamente. — E depois vão ter um café da manhã reforçado, quero ver ninguém desmaiando porque não comeu direito, ai ai. — Os três garotos se afastaram da arena ao som de reclamações do Joca e brincadeiras do Dora.
 
side
to side Gael e Vicente + Roda de Capoeira, CB + Preocupado
Caipora
TLC » Administradores
Caipora
Mensagens :
2721
Seg 13 Jan 2020 - 14:59
encerrada
seu desejo é uma ordem!

ha
Conteúdo patrocinado
- Tópicos semelhantes
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos