Este tópico está sendo usado pelo aluno Leonard Brachmann para fins de seus estudos na biblioteca.

Icegirl

Biblioteca

Eu sempre me considerei um aluno regular, sabe? Até então nunca tinha entrado com tanta raiva na biblioteca, pois estava nitidamente sendo forçado a isso. A primeira coisa que fiz naquele lugar foi jogar todo o meu material encima da mesa, de uma forma calma e plena, sendo que internamente eu estava gritando de raiva. Estudar nervoso nunca é uma boa opção, mas acho que neste caso está fora de questão me acalmar, pois eu sei que quando eu mudo repentinamente de humor a minha inteligência diminui drasticamente.

- Okay, livro de transfiguração... Livro, livro... Repetia comigo mesmo ao analisar a prateleira mais baixa dali. Uma quantidade imensa e cheia de diversidade, eu me senti em um labirinto de informações. Livros jogados nas mesas, outros no carinho onde os alunos que auxiliam no trabalho da bibliotecária pegam e colocam os mesmos para serem levados. – Esse aqui serve e acho que esse também... Duvidei um pouco da minha capacidade de encontrar os temas certos, por isso obtive a brilhante ideia ir estudar assim mesmo, querendo ou não iria abordar o assunto. Me sentei na cadeira e comecei a leitura, lendo numa voz extremamente baixa, longe de alguns outros alunos para que não haja problemas futuros. – Bla bla, sub-ramos da transfiguração, são elas em ordem crescente de dificuldade; transformação, desaparecimento, conjuração e destransfiguração... Tá isso que dizer que o mais fácil é transformar e o mais difícil é desfazer? Boa, você conseguiu se superar hoje.  Continuei a minha leitura, folheando a pagina num momento misto de agradecimento por ter encontrado o livro certo e uma raiva de ter errado e não consigo ser perfeito no manejo da execução. -  Se bem que... Vou ter certas vantagens em estudar bastante sobre isso... Aqui diz que há transformações humanas e que é algo muito difícil de se fazer... Particularmente adoraria transformar algumas pessoas em ouriço do mar.

Retornei a minha mente nos estudos e prossegui com a leitura. – Então a destransfiguração é literalmente usada como uma espécie de contra feitiço para a transfiguração, isso eu já aprendi na aula... Quero saber mais sobre como faço para ser mais eficaz nisso. Perguntei, como se o livro fosse responder algo. Fiquei a mercê de alguns pensamentos, reflexões e até mesmo jeitos, analisando bem, eu não tinha me preparado o suficiente para isso. O livro dizia que você tinha que imaginar nitidamente a forma anterior, mas ao mesmo tempo não conseguia me manter atento ao que estava sendo passado. Sou um garoto distraído e isso é complicado, as vezes nem levo a sério isso, não é atoa que mal completei a tarefa e ainda fui castigado por ter feito besteira. – Então resumindo isso aqui, eu só preciso ficar atento, não me distrair, deixar a minha mente limpa de pensamentos escrotos que isso vai acabar me ajudando na matéria. Meus olhos ficaram fixos no livro, eu ainda estava lendo e relendo o conteúdo ali, vários exemplos de transfiguração, até animagia era citada, mas nenhuma informação a mais estava presente naquilo, pelo visto o livro que havia pego era para iniciante ou para pessoas burras demais para entender algo avançado. – Seria ‘mo daora’ ser animago, né? Falei num tom um pouco maior, imediatamente ouvi um ‘shiu’, minha boca já ia retrucar, mas pensei duas vezes, pois era a bibliotecária passando por de trás de mim com uma espécie de “maca” cheio de livros, me parecia pesado, até oferecia ajuda, mas a preguiça falou mais alto. -   Certo...

Eu recolhi os livros e me posicionei bem a frente da estante para coloca-los no devido lugar, mas algo me chamou a atenção... Dois alunos na mesa comentavam sobre a aula, notei de cara que eram de anos anteriores ao meu e começaram a falar mal da professora, não que eu não sentisse vontade de falar isso também, mas eu posso, eles não. – Parabéns... Vocês conseguiram proferir uma sucessão de tolices.  Legal, hein. Retruquei o comentário, o mais gordinho já se levantou, pronto para me enfrentar mano a mano, dizendo. – Ih, qual foi. Eu apenas sorri de leve e terminei dizendo. – Ui... Eu marquei os rostos de vocês e acho bom ficarem pianinho quando falarem de algum familiar meu, se não, podem ter certeza que eu vou apelar para o uso de magias que vocês dois nem mesmo sonham que existem...

Notando que eu era mais experiente, ambos saíram resmungando, nunca pensei que arrumaria um começo de briga por conta de minha prima. Fechei levemente a minha mão com uma raiva tremenda e a bibliotecária veio logo atrás, me expulsando da biblioteca por ter ameaçado um de meus colegas e nitidamente iria falar com a professora sobre o ocorrido. “ Cuzões do caralho”

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