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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Rosa Filippetto
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Sex 19 Jun 2020 - 5:07


shades of cool


'cause you live in shades of cool, your heart is unbreakable











Esta RP SEMIABERTA entre ALLEGRA DI LAZZARO e LUCAS M. VILLA-LOBOS se passa no interior da Fazenda Abundance, em meados de março de 2020.





Última edição por Allegra di Lazzaro em Seg 10 Ago 2020 - 21:36, editado 2 vez(es)


rosario
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Rosa Filippetto
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Sáb 20 Jun 2020 - 4:18
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O relógio marcava sete horas e cinquenta e dois minutos quando resolveu encerrar seu turno no restaurante da família. Não era um estabelecimento grande, apesar de razoavelmente popular entre as famílias da cidade, mas Allegra jurava de pés juntos que o carbonara de sua avó era o melhor que já havia provado em sua vida inteira, e isso contava vinte e dois anos de muito, muito carbonara. Não se importava de trabalhar no local, apesar de a rotina se tornar cansativa somada à parte que passava no hospital. Despediu-se de sua nonna com um beijo na bochecha, deu um abraço rápido em seu tio Santino e partiu para casa, à pé — não era muito longe dali. Dividia com sua querida avó a pequena casa de dois andares em estilo bechamel, característica de Monte Nevado. Após a morte de sua mãe, aos cinco anos, tornou a viver com sua nonna, e desde então se acostumou a levar uma vida simples e pacata longe da cidade grande. Trabalhar no hospital fora, de início, um baque difícil de sustentar, mas, devido a sua resiliência e incessante determinação, logo aprendeu a tocá-la para frente.

Abriu o portão que dava entrada à pequena propriedade rodeada pelos pinheiros e araucárias do bosque que perneava a vizinhança. Cumprimentou o cão Terra Nova, Pipo, com um abraço de urso — literalmente —, afundando o rosto em seu pelo negro com afeição, e os dois logo seguiram, juntos, para dentro de casa. Allegra aproveitou para surrupiar um cannoli que descansava, já frio, em meio aos outros cinco que haviam feito pela manhã, deixado para esfriar num prato grande sobre o balcão da cozinha. Bebeu um pouco d'água e seguiu até o banheiro, onde tomou um banho rápido e escovou os dentes. Sua cabeça não parava de projetar como imaginava que seria a festa a qual tinha de comparecer, às nove, no country club. Nunca tinha ido àquele lugar, mas já havia passado pela área onde se erguia, impune, cercado pelas árvores e por seguranças. O convite fora feito por uma amiga próxima, Geórgia, cuja família fazia parte do alto escalão da sociedade de Monte Nevado. Não tinha medo de nomes, cargos, e muito menos de contas bancárias maiores que a sua, mas sabia que essas pessoas carregavam uma fama degradante, polvilhadas por arrogância e presunção. Geórgia, felizmente, não era uma delas; pelo contrário, tinha uma personalidade agradável e humilde — mais do que muitos cuja fortuna se reduzia a merrecas comparada à sua. Se conheceram inicialmente em Castelobruxo, seguindo juntas com a carreira médica. Eram amigas de anos, e a garota a via como alguém da família, tão próxima que a carregava como companhia às festas mais badaladas da nata, sendo aquela uma delas.

Para falar a verdade, não estava com muita vontade de acompanhá-la naquela ocasião. Sentia-se cansada, o suficiente para perder a paciência com qualquer esnobe de nariz empinado que a olhasse estranho; mas sabia que tinha de ir, por sua amiga, que a orientou em relação a como devia se vestir. Seria um baile de máscaras — pelo menos não teria de se embonecar completamente, o que duraria horas, e já estava atrasada, afinal, seu rosto seria parcialmente coberto. Deveria trajar um vestido de alta costura, o qual havia ganhado da amiga — apesar de ter insistido para a mesma de que não seria necessário. Deu de ombros ao lembrar que a peça — um Dolce & Gabbana em estamparia de majolica azul e branca — provavelmente tinha o valor, para a tal, equivalente a um sorvete de casquinha para si. Borrifou um pouco do perfume que havia ganhado de aniversário de sua avó, que tinha um cheirinho gostoso de baunilha. Se maquiou em pouco tempo, pois já havia recebido a mensagem de Geórgia a avisando que logo chegaria para apanhá-la e não era bom papel deixá-la esperando. Na correria, calçou seu par de All-Stars azul, que só havia comprado por causa da música do Nando Reis, e correu porta afora, os cabelos soltos em ondas, uma bolsa simples a tiracolo, seu interior preenchido por carteira, batom, algumas notas fiscais de três meses atrás e uma tampinha de refrigerante que nunca se lembrou de jogar fora. Adentrou a Mercedes de vidros fumê, logo se deparando com a garota, que a envolveu num abraço desajeitado. Ufa. Finalmente. Suspirou, olhando através da janela escurecida, o carro em movimento. Geórgia a surpreendeu com as máscaras em mãos, a entregando uma azul marinho em estilo veneziano. Ótimo, pelo menos assim as chances de ser identificada diminuiriam em sessenta por cento.

"É enorme", murmurou, estarrecida, os olhos correndo ligeiros pela estrutura suntuosa do country. Havia um mundo lá dentro; cavalos, quadras de tênis, piscinas... e gente, muita gente. Sentiu seu coração acelerar por um momento ao se deparar com a grande quantidade de pessoas ali reunidas. Era uma festa grande. Deveria ter passado um pouco mais de sombra? Com certeza. Mas os olhos estariam cobertos pela máscara de qualquer jeito, não tinha com o que se preocupar. Observou a amiga recolher o tecido drapejado de seu vestido para não o amassar ao sair do carro. Fez o mesmo, despedindo-se do motorista e saltando para fora do veículo, só então percebendo que todos os que estavam ali perceberiam que estava calçando um par de All-Stars. Azuis, ainda por cima. Que clichê.

Deixou a amiga encaixar a máscara em seu rosto enquanto eram liberadas para dentro da fazenda pela segurança. Centenas de pessoas. Foi guiada pela garota até as entranhas do local, onde as pessoas se reuniam em mesas. Ótimo, pelo menos não teria de ficar em pé por tanto tempo. E mesas indicavam comida. Comida chique. Compensaria pelo desconforto físico e emocional. A acompanhou enquanto cumprimentava seus conhecidos, tentando esboçar um sorriso durante o processo, por mais tedioso que fosse. Nunca tinha visto tantos adolescentes mimados por metro quadrado. Ai, não. Tudo menos ele. Engoliu em seco, atônita, ao doparem com Frederico Fogassa, um dos interesses românticos de Geórgia. Não o conhecia o suficiente para comentar sobre sua personalidade, mas saberia que seria deixada de lado pela amiga, jogada aos leões. Ótimo. Acompanhou o tete a tete dos dois, por vezes transparecendo o desconforto ao morder os lábios com impaciência. Quanto tempo falta para sentar-se à mesa mesmo? Tentou segurar a pergunta tão tentadora. Correu os olhos pelas compridas mesas que se estendiam pelo salão, repletas de tudo do bom e do melhor. Hm... Será que tem crème brûlée? Tem que ter. Faria tudo aquilo valer a pena. Separou-se da amiga por um momento, avisando que iria dar uma olhada nas mesas e sendo ignorada com sucesso. Maldito Fogassa. Aproximou-se de uma das mesas, recolhendo de sua superfície o menu impresso em papel vergê. Carpaccio, magret de canard, cadê o créme brûlée? Ah. Lá embaixo. Maravilha.

Allegra se desesperou quando não os encontrou ao correr os olhos pelos inúmeros convidados. Estava perdida. Completamente perdida numa festa de burguês. Assustou-se ao ser abordada por um dos garçons passantes, a oferecê-la prosecco. Aceitou, recebendo a taça na mão direita, a qual levou aos lábios com delicadeza. Precisaria de um pouco mais até o final da festa se quisesse manter-se sã. Vagou pelo salão por mais um tempo, à procura da amiga ou de qualquer outro rosto familiar. Até a desagradável tia-avó da garota seria uma boa companhia naquela situação. Todavia, niente. Suspirou, pousando a taça vazia numa mesa qualquer. De súbito, escuro total. Oh, não. Quem agora desceria as escadas do country seguido por um holofote a cantarolar uma opereta ou um jazz? Mas não. Se tratava do anfitrião a explicar como seguiria o esquema da festa. Haveria uma dança previamente ensaiada — a qual Geórgia não a tinha avisado sobre —, um grupo a tocar música clássica durante todo o evento, um jantar à luz de velas (como?), e mais alguns detalhes os quais ignorou ao ser surpreendida por alguém a puxando pelo antebraço para um dos cantos do salão. Cristo pai.

"Geórgia?", indagou, sem conseguir enxergar direito devido à escuridão. Não era Geórgia. Geórgia não usa perfume masculino. "Allegra!", entoou, em meio a risadas. Oh, não. "Toninho", disse, sem empolgação, tentando manter um sorriso simpático em seus lábios. Toninho Rodrigues. O playboy bonitinho metido a DJ, primo de um primo de Geórgia. Como a havia reconhecido por trás da máscara? Antes que dissesse qualquer coisa, aproveitou para questioná-lo sobre o paradeiro da garota. "Você viu a Geórgia?", as luzes se acenderam novamente, iluminando o salão. Ele a havia levado para muito longe de onde estava antes; uma espécie de corredor estreito que dava acesso a outros cômodos. "Sim, ela 'tá lá fora com o Fogassa", a respondeu. Trajava um smoking vermelho e brega, a combinar com seu topete loiro e cuidadosamente enrolado em sentido anti-horário. "Mas eu 'tava aqui pensando em uma coisa", ele se aproximou, falando em seu ouvido devido ao coro descontrolado de vozes que assolava o salão. Questionou a si mesma o motivo de estar ouvindo o que Toninho Rodrigues tinha a dizer. "Pensa num número de um até dez, se eu pensar o mesmo número que você, me deve um beijo", falou próximo ao seu ouvido.

Allegra se segurou para não cair em gargalhadas naquele momento. Mas seu sangue gelou quando sentiu sua máscara escapando de seu rosto. Que direito ele tinha para fazer aquilo? Com certeza deveria achar que nenhuma garota fosse capaz de resisti-lo. Instintivamente, ao percebê-lo aproximar-se de seu rosto, o atingiu com um belo chute nos colhões. A figura, antes viril e de peito estufado, se encolheu de dor, logo sendo tomado por um acesso de raiva típico de jovens mimados que não conseguem o que querem. A jovem girou nos calcanhares; já tinha aguentado demais por hoje e não queria causar nenhum tipo de comoção ou angariar um público à sua volta, apesar de estarem num local remoto e um pouco mais escuro. Se conteve para não estapeá-lo quando firmou, mais uma vez, sua mão indelicada em seu antebraço, a impedindo de se mover para longe. "Toninho, me solta. Eu vou fazer um escândalo e todo mundo vai vir aqui ver a merda que você 'tá fazendo", bradou, mentindo, as narinas infladas. Não poderia ser vista numa situação como aquela, pelo bem de sua amizade com a doce e ingênua Geórgia. Estremeceu ao ouvir suas risadas debochadas. "Quem 'tá fazendo merda aqui é você. Meu pai é sócio, te expulsam na hora. Quem é você perto de Antônio Rodrigues? Uma italianinha sem nome. Se enxerga", alongou seu sorriso de lobo. Touché, Topete Rodrigues. Não é que ele tinha razão? Procurou algo a dizer, mas manteve-se em silêncio, encarando seus olhos saltados com temor. Não sentia medo do rapaz em si. Poderia chutar-lhe lá embaixo mais uma vez e sair correndo. Mas não queria causar nenhum estardalhaço, e isso seria muito arriscado. Ele a pressionava contra a parede gelada pelos ombros. O encarou com desgosto. Estava imobilizada. O que poderia fazer?

 

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Lucas Villa-Lobos
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Ter 30 Jun 2020 - 15:44
Villa-Lobos

Interação | Allegra


O incompetente e outrora vagabundo Lucas Villa-Lobos, tinha enfim criado juízo sob sua cabeça de vento e tomado um caminho na vida. Pelo menos eram o que dizia às más línguas, inclusive em sua própria casa por seus primos. Contudo, o Villa-Lobos após uma série de problemas com a justiça, havia realmente decidido tomar um caminho em sua vida. Um que mostrasse produtivo, embora, infelizmente muito monótono para um jovem como ele.

Todavia, o rapaz sentia que encontraria um pouco de diversão, mesmo sob aquele tédio sem fim. Afinal, a função que lhe fora dada por sua família se tratava nada mais, nada menos, do que administrar o famoso Country Club em Monte Nevado; conhecido como a Fazenda Abundance. Como alguém como ele iria conseguir isso? O próprio ainda não sabia. Uma vez que sua vida nos últimos anos não foi nada além de muitas festas, bebedeiras e brigas com qualquer ser que cruzasse o seu caminho tempestivo.

Sentado na poltrona do confortável cômodo administrativo da propriedade. O Villa-Lobos encarava com frustração uma pilha de papéis sobre a mesa a sua frente. Notando que se tratava de inúmeros balanços financeiros, inventários do estoque e contratos de artistas que se apresentavam no local. Suspirando desânimo, iniciou o cansativo trabalho, pegando os papéis sob as mãos e os analisando em silêncio, às vezes os assinando. Enquanto sua mente só conseguia pensar no quão tedioso aquele serviço era, além como sua vida antes era divertida, mas como se mostrava naquele instante tão fadada a monotonia e ao tédio. Sem aquela sensação adrenalina e liberdade que costumava cerca-la, movido agora apenas pelas responsabilidades. Se bem que a culpa disso era toda sua é ele sabia, refletia sobre isso à medida que terminava e juntava os papéis sobre a superfície da mesa. Erguendo-se da poltrona nos momentos seguintes e se lembrando no processo de como toda aquela situação começou.

Lucas residia em Londres, na companhia de seus pais. Frequentou Hogwarts e cresceu como um sujeito mimado e cheio de si, a ponto de pôr vezes se admirar no espelho como um reflexo de beleza e perfeição. Porém, de perfeito não possuía nada, mesmo assim o seu extremo narcisismo o cegava por completo. Movido por esse comportamento, acabou se envolvendo com pessoas semelhantes a si. Começando a frequentar muitos eventos, festas e o alcoolismo se iniciou em meio a estes, não demorando para fazer do Villa-Lobos uma constante presença em escândalos por toda a cidade. Uma vez que quando bêbado, ele cometia as mais diversas loucuras pela comunidade bruxa e trouxa britânica. Isso obviamente resultou em muitas prisões, levando Lucas a ser salvo em muitas dessas situações por sua mãe. Que na época era uma influente magistrada de Wizengamot, corte máxima do Ministério da Magia Britânico.

Porém, tudo isso mudou quando sua mãe faleceu e o Villa-Lobos se viu sem o apoio necessário em casa, sem a ajuda para livra-lo de suas enrascadas. Sem contar que terminou se metendo em mais uma confusão, cuja resultou na morte de uma trouxa. Lucas terminou preso e quase enviado para Azkaban, contudo, seu pai conseguiu um induto com o Ministro da Magia — outrora grande amigo de sua mãe —, livrando-o assim da prisão, desde que o mesmo deixasse o Reino Unido. Levando-o a
ser enviado para a família Villa-Lobos do Brasil, onde acabou sob a rígida supervisão de seu primo, Matteo.

Matteo é claro, tratou rapidamente de arranjar um emprego para o primo, que inicialmente não se mostrou disposto. Contudo, o mais velho conseguiu ser muito convincente e enfático com o jovem, sendo que ou ele tomava um rumo em sua vida, ou simplesmente seria deixado sem apoio em solo sul-americano. Pois, no Brasil. Lucas não iria contar com o apoio de sua família, tampouco de amigos influentes. Já que os
Villa-Lobos do Brasil não eram tão tolerantes com parentes vagabundos, como os primos britânicos costumavam ser.

Desta forma, o Villa Lobos em questão nessa narração, terminou como responsável e proprietário daquela propriedade. Iniciando a sua nova vida com frustração, no entanto, decidido a segui-la com responsabilidade e sem escândalos devido a suas antigas e estúpidas atitudes.

[…]

Lucas tinha terminado com os papéis no escritório, quando resolveu seguir para um passeio pela propriedade. Pois, apesar de desgostoso e inexperiente com o trabalho, queria ver o negócio prosperar e dar lucros excessivos. Uma vez na vida mostraria que possuía habilidades em algo, além de arrumar problemas.

Ele seguia pelo local, acenando para os funcionários e cumprimentando clientes. Quando uma cena chamou a sua atenção, um rapaz parecia se impor sobre uma jovem e assedia-la. Lucas reconheceu de imediato aquele comportamento, costumava ser assim há não muito tempo. Isso o levou rapidamente na direção de ambos, onde pode ouvir as palavras mesquinhas do rapaz.

— É mesmo? Seu pai é sócio? Vão expulsar a jovem na hora? — Questionou Lucas, logo intervindo na situação. Não fazia a menor ideia de quem era Antônio Rodrigues, nem estava disposta em saber. Apenas levou a mão a seu bolso e retirou deste, um maço de cigarros e levou um aos lábios. — Seu pai parece ser um grande homem, não é? Pena que será expulso do clube, assim como você. — Acrescentou, à medida que acendia o cigarro. Encarando a jovem em seguida, ignorando o rapaz que a pressionava por completo.

— Você está bem, moça? — Indagou, estendendo a mão para que ela saísse das proximidades do topetudo arrogante. Qual o Villa-Lobos observou com certo desdém posteriormente, tragando o cigarro e literalmente expelindo a fumaça sobre a face deste. Que começou a tossir! — Não se preocupe com as palavras desse sujeito, vou garantir que ele seja expulso do local. — Comentou respectivamente, enquanto o tal Antônio Rodrigues parecia ficar vermelho de raiva. Inclusive partindo em sua direção, como um cãozinho raivoso.

— Quem você pensa que é para falar assim comigo? Sabe quem eu sou? — Bradou, cerrando os punhos e avançando sobre Lucas, que apenas sorriu esnobe. — Olha, não sei e nem faço questão. Mas se quer tanto saber quem sou. Bom, sou apenas o novo proprietário desse lugar. Lucas Villa-Lobos, é um desprazer conhecê-lo. — Gesticulou, retirando o cigarro dos lábios.

— Sendo assim, você e seu pai não são mais bem-vindos a Fazenda Abundance. Quanto a moça, será minha convidada no local. — Tombou a cabeça para o lado, tragando novamente o cigarro. Embora, agora com os olhos fixos sobre a jovem. Imaginando que o topetudo poderia ter tornado as coisas difíceis para ela; isso curiosamente trouxe uma sensação de desgosto para Lucas. Que já foi muitas vezes responsável por atitudes como aquelas. Merda! Pensou consigo, depreciativo com seu antigo comportamento.





Última edição por Lucas Villa-Lobos em Qui 9 Jul 2020 - 18:31, editado 1 vez(es)


Lucas Villa-Lobos
Rosa Filippetto
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Qua 1 Jul 2020 - 3:04
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Curiosamente, antes que pudesse perder o controle e socá-lo na garganta — o que a obrigaria a realizar uma traqueostomia de emergência com o tubo da caneta que se escondia na bagunça de sua bolsa —, o garoto enjoado de cara feia, já enrubescido devido aos altos níveis de adrenalina e cortisol que circulavam por sua corrente sanguínea em resultado da raiva que sentia, fora interrompido, para sua surpresa, por um rapaz o qual desconhecia. Manteve-se quieta durante toda a troca de farpas entre os dois, apenas observando a interação inusitada e tentando conter uma crise de riso fora de hora. Abaixou-se para apanhar a máscara que o topetudo fez questão de arremessar aos seus pés. Seria tarde demais para um soco surpresa?

Suspirou, abrindo um sorriso tímido em agradecimento ao estranho empático que a havia salvado naquela noite. Tentou traçar seu perfil por um momento. Moreno, alto, olhos de ressaca, e, tinha de admitir, carregava consigo um charme enigmático em meio à fumaça vaporosa do cigarro que descansava por entre seus lábios. Assentiu para a sua pergunta. "Sim, obrigada. Foi só a cota diária de birra de hoje", brincou, atenta de soslaio aos movimentos do garoto birrento, assustando-se mais uma vez ao percebê-lo cerrar os punhos na direção do rapaz misterioso. Pensou em interferir, mas a reação do rapaz foi quase instantânea. Arqueou as sobrancelhas, admirada com a resposta audaciosa do mesmo. Coup d'arrêt, Topete Rodrigues. Por ninguém mais, ninguém menos que o proprietário do clube em pessoa. Allegra soltou um risinho frouxo, imediatamente levando a mão aos lábios para tentar não chamar tanta atenção. Presenciar a expulsão de Toninho do local foi uma experiência etérea, apesar de temer suas consequências, que provavelmente a envolveriam. Ora, fez de tudo para não chamar a atenção de ninguém, não tinha culpa, tinha? Vestiu a máscara com rapidez, novamente adquirindo o poder daquele quase anonimato. Seria sua convidada. Con-vi-da-da. Não mais uma agregada de Geórgia, agora era oficial. Não que isso mudasse alguma coisa; francamente, só queria comer a sobremesa e dar o fora. Abaixou-se para amarrar os cadarços de seu tênis, que teimavam em se desfazer a cada cinco minutos. Esperou Antônio se afastar para dar sua deixa. "Obrigada. Salvou minha noite", sorriu, sem jeito. "Allegra. Sou amiga de uma sócia, nunca vim aqui antes. É um lugar lindo, parabéns", estendeu uma de suas mãos, o cumprimentando com delicadeza. Sua mão era quente e firme, e seu semblante difícil de se ler. Logo fora assolada por uma mistura insólita de sentimentos que a deixaram tão confusa como um cego em meio a um tiroteio. Que noite, senhoras e senhores do júri, que noite. Tudo o que conseguia fazer era abrir um sorriso tímido e morder o lábio inferior instintivamente, sem graça, a fugir de seus olhares descarados.

Não sabia ao certo o que deveria fazer agora. Deveria retornar à sua posição como sombra de Geórgia? Não, não aguentaria passar a noite como voyeur a assistir às suas porções desmedidas de public display of affection com o peguete da sociedade. Entediante. Além do mais, havia algo de convidativo nos olhos morenos do rapaz que se postava à sua frente, indecifrável e visivelmente irrequieto, perdido entre tragadas e baforadas do cigarro que o acrescentava um ar quase que irresistível de rebelde à la James Dean. Talvez o crème brûlée pudesse esperar.




 

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Lucas Villa-Lobos
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Qui 9 Jul 2020 - 19:20
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Interação | Allegra


Descartou o que restou do cigarro sobre o chão e o pisoteou, de modo a apagá-lo. À medida que observava o sujeito se enrijecer de raiva e mover os lábios em desconexão, talvez sem palavras por causa da expulsão do ambiente e o abalo que isso causaria em sua suposta posição social. Uma tremenda besteira na visão do Villa-Lobos, que apenas acenou para os seguranças virem escolta-lo para fora do ambiente, depois o próprio Lucas se encarregaria de bani-lo da lista de sócios. Por fim, a sua atenção se voltou para a jovem que respondia as suas perguntas, demonstrando que estava bem. Lucas sorriu satisfeito e levou ambas as mãos sob os bolsos do casaco, sem tirar os olhos negros da silhueta feminina. Assistindo ela se agachar para amarrar os cadarços do tênis, numa cena tão despreocupada e jovial que lembrava ele mesmo há alguns dias, antes de ser enviado para o serviço remunerado contra a sua vontade. Matteo desgraçado! Meneou a cabeça com desgosto.

Observando posteriormente a jovem ficar de pé e oferecer a sua mão num singelo cumprimento, apresentando-se como Allegra. Qual Lucas aceitou de bom-grado, retribuindo com igual gentileza. — Como dito antes, sou Lucas. Também acho o local lindo, embora, não o conheça muito bem. — Comentou, lembrando-se que não teve muito tempo para conhecer todos os alojamentos da Fazenda Abundance. Já que desde que assumiu o local como proprietário, vinha sendo constantemente preenchido com contratos, balanços e planilhas do setor administrativo. Ficando sem tempo para explorar de fato a sua propriedade, mesmo nisso o seu primo Matteo tinha sido astuto, entregou para Lucas um famoso clube local. Mas sem a oportunidade inicial de usufruir dos seus serviços, alocando-o quase como um funcionário a mercê do funcionamento para terceiros. O Villa-Lobos suspirou e ignorou todos esses problemáticos pensamentos, optando por focar toda a sua atenção momentânea unicamente na jovem a sua frente.

— Bom, se você nunca veio aqui é eu não o conheço bem… — Refletiu Lucas por alguns instantes, antes de encarar a jovem com uma solução única para o pequeno problema de ambos. — Que tal explorarmos o local? Disse há pouco que seria minha convidada e vou leva-la para conhecer tudo pessoalmente, mesmo não conhecendo quase nada por si próprio… — Não evitou que uma pequena e rouca risada escapasse de seus lábios, imaginando que aquela seria uma ótima situação para ele dissipar o seu estresse, também o da jovem com relação o topetudo idiota de antes. Sem contar que estaria cumprindo o seu papel de anfitrião — um pouco atrapalhado por não conhecer bem a sua própria propriedade, óbvio —, no entanto, seguindo no rumo. O Villa-Lobos arqueou uma sobrancelha e manteve o questionamento sobre o seu convite, esperando uma resposta positiva da jovem.




Lucas Villa-Lobos
Rosa Filippetto
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Qua 15 Jul 2020 - 0:12
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Apertou com delicadeza a mão áspera do recém-conhecido. Seu aperto era firme porém tenro, de certa forma, quase como se tivesse receio de que poderia machucá-la. Não conseguia manter seu olhar distante da figura do moreno misterioso. Seus cabelos castanhos caíam sobre sua face de expressão séria. Sentiu uma vontade insólita de encaixar aquelas mechas atrás de suas orelhas para que visse seu rosto com mais nitidez. Espantou o pensamento rapidamente, espanando a barra de seu vestido, numa tentativa de desamassá-lo.

Allegra perdeu o foco da situação por um momento, distraindo-se a observar o vai e volta dos garçons. Vestidos como pinguins, carregavam bandejas de prata munida com, em média, oito taças cristalinas de prosecco. Sentiu que precisaria de mais uma dose para enfrentar aquela noite. Estava preocupada com Geórgia e o que pensaria de si quando descobrisse que estava envolvida na expulsão definitiva de um de seus amigos daquele maldito clube. Voltou sua atenção para o rapaz que se escondia atrás de uma nuvem translúcida de fumaça, erguendo-se, imponente e entre tragadas incertas, sobre seus lustrosos sapatos de aparência custosa. Assentiu em resposta à sua afirmação, embora a mesma fosse daquele tipo que entra por um ouvido e sai pelo outro — provavelmente esqueceria seu conteúdo em menos de uma hora, mas fingiu prestar atenção para manter a gentileza.

"É enorme", comentou, tentando afrouxar a amarração da máscara em volta de sua cabeça; maldito fosse aquele troço pinicante. Abriu um sorriso ao ouvir sua proposta. Claro que aceitaria sair daquele formigueiro da haute societé, independente de que lugar fosse. Imaginou se haveria algum teor de flerte em seu convite, mas, honestamente, não se importava. Só queria sair dali — e assim fizeram, iniciando o tour exclusivo pelo gracioso jardim que decorava o exterior do edifício. Chamaram sua atenção os arbustos podados com tanta precisão a ponto de fazer com que todos aqueles elefantes e faisões os quais lhes davam forma parecerem realmente vivos, a erguer-se, imóveis, grandes e soberbos.

Tentou manter o mesmo ritmo de passadas utilizado pelo rapaz, mas suas pernas eram demasiado menores que as do tal, exigindo que caminhasse um pouco mais rápido do que o usual. O clima ambiente era ameno, apesar das correntes de ar que teimavam em atravessá-los. Allegra cruzou as pernas, olhando para seus pés. Naquele ponto, já estavam longe de todos os outros, sozinhos, contando apenas com a companhia um do outro. A jovem quase estremeceu de pensar que poderiam, de repente, topar com Geórgia e seu peguete — cujo nome já não recordava — aos beijos num canto qualquer, ocultados pelas folhas úmidas de orvalho. "Eu adoro jardins. Tento manter um em casa, mas com certeza não se compara a isso aqui", esboçou um sorriso tímido. O jardim tinha uma estrutura semelhante ao do palácio de Versalhes, estruturado numa espécie de labirinto enfolhado. O aroma do local era fresco e terroso, agradável até demais. A garota passou as mãos pelas folhas com delicadeza; estavam molhadas. Enxugou as mãos no vestido caríssimo, logo cruzando os braços a encarar o céu noturno, parcialmente estrelado. Sobre suas cabeças a lua cheia ostentava, graúda, todo o seu esplendor alumiado em meio à turva escuridão azeviche que a envolvia. As nuvens eram poucas, permitindo a visualização das poucas estrelas que salpicavam o breu logo acima dos dois.

"Lavanda! Eu adoro lavanda"
, exclamou em voz baixa, visivelmente empolgada ao destacar a haste de uma espécime da flor lilás e levá-la próximo ao rosto para sentir seu aroma. "Tem o cheirinho da minha nonna", seu sorriso se alargou. Logo o ofereceu a planta surrupiada do arbusto, o observando cheirá-la. "Os egípcios usavam lavanda para embalsamar as múmias", informou-lhe, mesmo sabendo que provavelmente não se importaria com aquilo. "Mas eu prefiro fazer bolo com ela. É menos mórbido", brincou, girando o talo da planta de um lado para o outro em suas mãos inquietas numa onda de nervosismo.




 

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Sex 21 Ago 2020 - 20:39
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