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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Julio Torres
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Medibruxo
Julio Torres
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HMC: Medibruxo Estagiário
Dom 20 Dez 2020 - 21:21





Cool for the summer


RP fechada entre Emília Martinez, Matteo Bedoya e Julio Torres.

Tudo acontece em uma tarde no país de origem de duas partes desse trio: Argentina, mais especificamente em Buenos Aires. São 14h e o céu aberto pedia praia.

Data: 21 de dezembro de 2020.
Sensação térmica: 29ºC.
Temperatura: 26ºC.




NC


Emília Martinez
COMASUL » Funcionário da seção 1
Emília Martinez
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COMASUL: Pesquisadora Responsável por Tierra Viva (Estagiária)
Seg 21 Dez 2020 - 0:22
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Vamamos al paraiso?
Cinco palavras: Emília estava curtindo as férias. Ou pelo menos, esse era o plano.

Esse ano, pibes de mi corazón, foi uma bela loucura para a goleira Carcará. Depois de viver o ano saindo de rodopios de sacis malucos e entrando em bueiros escuros e misteriosos a bonequinha de pano só queria curtir a vida como uma adolescente mais ou menos normal de quinze anos (Se bem que ser bruxa já foge à normalidade, né?).

Ou talvez não?

Saca só, assim que a menina pisou em seu belo solo argentino recebeu um belo sermão de Justina Garcia Martinez, sua avó. O sermão veio acompanhado de belas semanas de castigo no início de dezembro, então, no início das férias ficou restritas às Terras de Fogo (não que isso fosse realmente ruim, Emms amava a sua casa e como ela convenientemente isolada do resto da civilização).  Mas, aos pouquinhos a fúria da Martinez mais velha foi sumindo e graças ao famigerado espirito natalino.

E, digamos, que as férias realmente começaram quando a goleira foi à praia, El Molino, em Buenos Aires. A Argentina da nossa Martinez era, sem dúvida cheia de surpresas. Quem imaginaria que a urbana Buenos Aires poderia esconder as mais pelas praias e, de quebra, aquele dia a El Molino não estava completamente cheia. Amen!

A menina tirou as sandálias de couro para sentir a areia daquele dia quente. O contraste entre a areia e o vai-e-vem do mar, fez Emília agir sem pensar duas vezes, retirou às roupas que cobriam seu biquíni e mergulhou.

A última vez que a goleira esteve realmente perto da água assim foi para limpar cocô de coral, uma experiência nada agradável.


O fogo ilumina muito Por muito pouco tempo Em muito pouco tempo o fogo apaga tudo Tudo um dia vira luz Toda vez que falta luz O invisível nos salta aos olhos
Buenos Aires
Matteo e Julio
cactus
Julio Torres
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Medibruxo
Julio Torres
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Seg 21 Dez 2020 - 11:25
JulinhoFérias!!
De todos os lugares os quais eu poderia me enfiar naquela semana durante as férias, estava na Argentina. Meio a contragosto, mas estava. Minha irmã, a que me banca em tudo, estava em um momento delicado de sua vida e precisava de ajuda. E eu, passeando pelo mundo às suas custas. Tudo bem, ela tinha o namorado pra cuidar dela, né? Falo isso pra aliviar o peso de minha consciência, sei que estou errado em não estar presente, mas ela insistiu tanto que eu viajasse... Enfim, ignorando todas as responsabilidades e procurando não pensar nisso, fui parar en la playa. Ta em choque com o espanhol? Pois estou tomando aulas da língua para conseguir entender melhor tanto Matteo quanto Emília quando se estressam, o que, pra ser sincero, é ochenta porciento do tempo. Pra quem não percebeu eu misturei as línguas outra vez, Anitta estaria orgulhosa, orgullosa, proud.

Já estava sem camisa quando entrei na praia, então só tirei a o short para revelar uma sunga azul-anaconda e comecei a preparar as coisas enquanto Emília correu para a água. Não, não. Eu jamais entraria ali. Por que? Desde que o castigo limpando cocô de coral nos moinhos, o bendito do Matteo deu um nó em minha cabeça e, agora, eu era o mais novo hidrofóbico da área. Não é algo muito exagerado, ei, eu tomo banho, tá? Desde que seja de chuveiro. Piscina? Mar? Banheira, que seja? Desde o ocorrido eu passo longe. É, logo eu que sempre gostei tanto de nadar pelado nos territórios de Castelobruxo. Por falar em trauma, deixo claro que perdoei, mas não esqueci. Não chega a ser rancor — talvez sim —, mas me incomoda o fato dele ter esperado ficar bêbado pra admitir o que fez.

Sentado na canga tie dye em diversos tons de verde, sob o guarda-sol, espalhava o filtro solar pelos braços enquanto observava, com um sorriso bobo no rosto, a Martinez mergulhar no mar de poucas ondas.

Argentina | Praia | Férias


Matteo Bedoya Agüero
COMASUL » Funcionário da seção 1
Matteo Bedoya Agüero
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COMASUL: Assistente do Gabinete Presidencial
Ter 22 Dez 2020 - 22:31
don't tell your mother,kiss one another
"Você não é mais criança, Matteo". Foi o que eu escutei meu pai dizer quando eu decidi ignorar todos e todas os Bedoya, sumindo para sua casa no Brasil. Imediatamente fui mandado de volta para perto dos meus familiares que mais me davam dor de cabeça, mas para minha surpresa todos eles haviam se dissipado e ido passar as férias em um canto diferente. Pela primeira vez os Bedoya não estavam juntos e aquele ditado da gente ter que perder para aprender a dar valor é real. Eu senti falta de cada um deles, até mesmo da minha tia que fazia de tudo uma cena de teatro. Eu estava só. Éramos somente minha mãe e eu, até mesmo Polo havia sumido, afinal ele é espanhol, por que passaria as férias conosco? Eu estava só.

Esse tempo em que fiquei sozinho foi ótimo para refletir sobre várias questões que ocorreram nesse ano. Só esse ano eu briguei com toda a minha família, já namorei, arrumei um emprego, perdi amizades, me meti em confusões, terminei, me meti em mais confusões, encontrei duas pessoas tão loucas quanto eu para beijar na boca de vez em quando, entrei pro quadribol, me meti em mais umas pequenas confusões e ainda assim consegui chegar ao final do ano letivo com vida. Muitas coisas aconteceram, mas somente um desses inúmeros eventos não saía da minha cabeça. Festival das Caiporas, Julio, Emília e eu numa barraca, e como tudo desandou a partir daí. Eu queria muito definir o que Julio, Emília e eu tínhamos, principalmente depois do Baile Beneficente e de todo aquele rolê. O meu tio Bartolomeu ficou extremamente irritado com minha atitude. Ele só não me bateu porque não tinha o direito de encostar a mão em mim e sabia que estaria arrumando a maior dor de cabeça da história da vida dele, mas, ao chegarmos em casa ele me espancou com palavras. Só o olhar dele já dizia muita coisa, mas as palavras foram o que mais me machucaram e no final ele ainda disse que os dois estavam me fazendo de idiota (que era o que eu era considerado sempre, segundo ele) e que ambos ficariam juntos sem mim ao perceber o quão problemático eu sou. Naquele dia eu fiquei tão irado que tive vontade de usar meu dom contra ele, porém eu acabei foi me trancando no quarto e chorando, pois ele não estava de um todo errado. Julio não demonstrou, mas ele parecia incomodado com o fato de eu tê-lo traumatizado meio que sem querer aquele dia da detenção. Ele não disse uma palavra sequer, mas eu pude sentir. Então desde aquele dia eu procurei evitá-los, afinal ele pode ter contado para a Emília tudo o que rolou de fato e eu acabar, novamente, sendo o monstro de toda a situação. Novamente eu acabaria sozinho, normal.

Não deu em outra, eu estava só andando pela praia que estava um pouco vazia para a época do ano, afinal eram férias, cadê o pessoal? Enfim, eu nem irei reclamar muito, pois eu amo uma praia vazia assim. Comprei uma água de coco e caminhei por um tempo descalço, sentindo o pé na areia e a brisa do mar. O cenário perfeito para um momento de paz, na verdade seria né, se eu não tivesse tido a visão que eu vi. Emília Martinez estava nadando feliz da vida enquanto Julio estava numa canga espalhando protetor solar tranquilamente enquanto observava a goleira dos Carcará se divertir dentro d'água. Aquilo me magoou, de verdade, porém mais do que magoar, aquilo me irritou. Porra, ambos sumiram por meses e nem pra dar uma única notícia e agora os dois estavam juntos igual casal de comercial de margarina? Que palhaçada era aquela? Pensei em deixar aquilo para lá, mas eu simplesmente não consigo deixar para lá qualquer coisa. Caminhei em direção ao Julio com passos não tão firmes devido a areia, mas antes mesmo de me aproximar dele eu taquei o coco que estava na minha mão bem na cabeça dele.

— E não adianta reclamar, Torres. Eu deveria ter feito pior! — Disse já em minha defesa parando de braços cruzados bem ao lado do loiro cínico. — Que happy hour é esse que não me chamaram? — Questionei indignado. Eu estava me segurando para não cair em lágrimas bem ali no meio da praia de tanto ódio que eu estava dos dois, no entanto, simultaneamente, havia o desejo de abraçar o Julio após tantos dias sem vê-lo. Afinal, como será que esse moleque veio parar aqui na Argentina?


that's life
Each time I find myself layin' flat on my face, I just pick myself up and get back in the race. That's life!
Emília Martinez
COMASUL » Funcionário da seção 1
Emília Martinez
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COMASUL: Pesquisadora Responsável por Tierra Viva (Estagiária)
Qua 23 Dez 2020 - 15:50
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Vamamos al paraiso?
Um minuto de paz pra quê, né? Aos pouquinhos vamos percebendo que paz é um luxo que Emília Martinez não tem. Num instante ela estava pleníssima mergulhando despreocupada nas águas vindas do Rio da Prata, no outro estava vendo um jaguar e um anaconda prontos para iniciar uma guerra (aquela coisa básica de quase todo dia).

Aquilo era um coco? Apertou os olhos tentando entender o que rolava na areia, não entendeu. Apenas viu que Julio conseguiu desviar por um triz de um grande (imenso) traumatismo craniano. “¿Eh? ¿Tienen la intención de ocupar nuevas posiciones en el Quidditch el año que viene o están planeando matarse en las vacaciones?", pensara enquanto saia da água.

Olha, se for o caso avisa para irmos para um lugar menos deserto, afinal, agora Emília só entra numa cena de crime se tiver muitas testemunhas. Chega dessa história absurda de tentar resolver crimes e enigmas de gente morta. A nossa bonequinha de pano não tem nem habilidade para isso, meu povo.

Revirando os olhos tirou o excesso de água do rosto enquanto corria em direção aos meninos, bem, ao menos, tentava correr. Emília era o tipo de Emília que tem mais desenvoltura em cima de uma vassoura, não atoa, ela é goleira...

— Happy Hour? — As palavras estrangeiras saíram em um espanhol acentuado, afinal, fora dos terrenos de Castelobruxo os alunos não contam com os segredos rúnicos de tradução presentes por todo aquele território. — Acho que tá mais pra um sarau, cariño. — Foi a vez da bonequinha de pano cruzar os braços indignada, esforçando-se para falar em português. — E, pra sua informação, não foi exatamente combinado...  Se você ficasse mais ligado nas redes sociais, veria que eu publiquei ontem que estaria por aqui, tudo que o Torres aí deve que fazer foi pegar um trem ou dois. — Disse, encarando o argentino. — De hecho, Julio, acaba de llegar. — Emília não conseguiu evitar um sorriso ao ver o capitão do Anaconda. — Y además, no puedo creer que intentaras golpearlo con un coco. — Disse enquanto voltava a encarar Matteo Luis.

Respirando a paz para não matar nenhum dos dois, com o olhar, (se é que isso é possível) a menina continuou: — Eu nem acredito que vocês mal chegaram e já tão procurando sair no soco, francamente! — Não queria começar com um sermão, mas era mais forte que ela. — Quem devia estar muito brava era eu, pois os bonitos foram embora da escola primeiro... E tem um tempão que não vejo nenhum dos dois! — Suspirrou. No fundo, Emília tinha saudades deles. Queria abraçá-los.— Julio, eu nem sei se você voltou pra escola depois do baile, se voltou conseguiu perfeitamente evitar a gente e você, Bedoya... Ah! Depois do rolê no bueiro e o lance da COMASUL, sumiu. TOTALMENTE! — Disse balançando a cabeça em negação. — Pra vocês as férias podem ter começado a eras, contudo, as minhas começam hoje e tenho dito! Vocês podiam canalizar essa testosterona toda em algum outro canto. Tem vários esportes que vocês podem fazer aqui, sabiam? E atravessando essa partezinha ali tem um bar, maaaaaaas... — Fez uma pausa dramática. — Considerando nossa última experiência com bebidas, não recomendo.

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Julio Torres
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Medibruxo
Julio Torres
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HMC: Medibruxo Estagiário
Qui 24 Dez 2020 - 0:12
JulinhoFérias!!
Gente, eu tento. Tento demais. Não sou santo e todo mundo sabe disso, mas vocês também sabem que eu tento o máximo que posso não brigar ou entrar em confusão, mas as vezes não consigo me controlar. Comecei treinar mais, até yoga eu comecei fazer pra me manter na linha e é uma parada que funciona mesmo, mas mano, fala sério, você permaneceria zen se alguém te jogasse um coco na cabeça? Pois é, nem eu. "Que ódio???" Sabe a cara da Pepita no dia que Aretuza cantou I love You Corote? Então, essa era a minha cara depois de ter desviado, por pouco. Abri os dois braços para os lados, as palmas voltadas para cima, e encarei Matteo que simplesmente surgiu do nada naquela praia. — Ta ficando louco, porra? — foi quase um grito, apenas controlado para não causar uma cena no meio da praia.

Não vi quando ela saiu da água, mas no momento seguinte Emília estava ali e eu não pude falar mais nada. Se eu dissesse que entendi tudo o que ela disse, estaria mentindo, mas que sotaque gostoso! Em Castelobruxo não tem disso, né? Intentaras, intentaras, intentaras... Procurei em minha mente o significado daquela palavra mas minhas aulas não chegaram tão longe. Bom, posso dizer que era sobre o coco que aquele cão lançou em mim e que Emília não estava nada satisfeita com isso. Tava tudo bem, até ela inventar de me enfiar no meio da história. Deus!! Quando foi que isso se tornou algo sobre mim? Eu não tenho culpa! Bianca queria que eu continuasse em Castelobruxo os últimos meses do ano, mas minha mãe preferiu que eu voltasse para Uagadou que tinha mais segurança. Estando no Brasil eu não teria como me esconder dos dois... Né? Não que eu quisesse isso, só queria entender direito do que se tratava tudo aquilo. Eu queria Matteo ou Emília? O Baile Beneficente deixou claro que era os dois, eu só não consegui absorver direito, da pra entender? E outra, Castelobruxo tem celular, era só me ligar, ou mandar carta, direct, qualquer coisa! Achei que os dois estavam namorando entre si e que eu já estava fora da equação até ver a publicação de Emília no WG e pensar: por que não? Como é que é o ditado? Dois é bom, três é bom demais. É, acho que isso não existia até agora.

A vontade era parar toda aquela discussão e abraçar os dois. Colocar o papo em dia, como qualquer pessoa normal, mas é meio impossível esperar uma interação normal que envolva o Bedoya encrenqueiro e a Martinez brigona. Existem apenas duas variáveis para os desfechos de nossas conversas: ou porrada ou beijo. As vezes os dois. Aliás, Emília sempre fica fora da parte da porrada, pelamor. — A gente pode ir ver o bar, né? — perguntei, ignorando parte do discurso de Emília, teríamos tempo para conversar sobre tudo quando ela não estivesse tão estressada com a tentativa de homicídio. — Eu não reclamaria da nossa última experiência com bebidas... — fui sincero, as lembranças eram realmente boas. Talvez até demais, que bom que eu estava sentado com os joelhos dobrados. — Aliás, ótimo arremesso. — uni o polegar esquerdo com o indicador e levantei a mão com o sinal de ok em frente ao rosto, encarando o cão entre os dois dedos. Puta homem gostoso! — Mais sorte na próxima vez. — dei de ombros, prendendo o riso. Caçar confusão? Longe de mim.

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Matteo Bedoya Agüero
COMASUL » Funcionário da seção 1
Matteo Bedoya Agüero
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COMASUL: Assistente do Gabinete Presidencial
Seg 28 Dez 2020 - 12:22
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Por sorte o infeliz havia desviado do coco que eu havia arremessado em sua direção, mas não faz mal, nada que um socão na boca não resolva o que um arremesso mal dado não resolveu, não é mesmo?

— Infelizmente eu estou bem são, se eu estivesse maluco eu teria sacado minha varinha e... — Minha tentativa de ameaça ficou com Deus quando eu vi, saindo da água tal qual uma sereia Emília, vindo em nossa direção toda molhada e... sexy. Caraca, eu me sentia muito errado olhando para ela com esses olhos, mas poxa, era inevitável. Ela saindo da água bolada, parecendo uma daquelas cenas de De férias com o ex me deixou completamente hipnotizado, tanto que nem prestei a atenção nas primeiras palavras que foram ditas por ela. Fiquei um tempo inerte tentando tirar os olhos de cima da Martinez até que consegui recobrar minha consciência. Como já era normal, ela estava metendo o pau em nós dois, e, apesar dela estar coberta de razão eu iria sim retrucá-la, pois meu papel é tirar a paz de ambos. — Você realmente quer apontar o meu sumiço como se não fosse nada? — Indaguei dando uma risada. Eu estava rindo de nervoso, isso sim, pois eu estava sim evitando ambos. O Julio por conta da confissão no Baile e a Emília por conta de tudo o que rolou na toca das caiporas e também pelo fato de eu achar que o Julio já tinha dado com a língua nos dentes sobre o ocorrido no lago. — Como você é baixa, garota! Tocar nesse assunto justo agora? Eu sumi porque estava me sentindo muito mal com tudo que havia acontecido, além do mais minha família inteira foi afastada da escola por conta de tudo o que rolou e nenhum de vocês também me mandou uma mensagem sequer! Então creio que estamos quites, hum? — A temporada do drama estava aberta e cada um tinha uma demanda sobre procurar uns aos outros, mas a verdade é que todos estavam errados. Mas eu iria morrer antes de admitir alguma coisa, e isso é fato.

Julio encerrou a discussão tocando no assunto do bar que a Emília inclusive já havia apontado que existia. Eu também já tinha notado, mas ignorei porque nós sabemos que nós três e bebida alcoólica era sinônimo de problemas na certa. Quer dizer, não que precisemos de álcool pra arrumar confusão né? Vide as cenas anteriores, contudo a bebida alcoólica potencializava o nível das cagadas que cometíamos e nós adoramos isso pelo visto.

— Nossa, vocês não aprendem mesmo né? Vocês sabem que bebida alcoólica e nós três não combinam muito bem. — Disse de braços cruzados e balançando a cabeça negativamente. — Que Guaraci proteja a alma de vocês... Vamos beber. — Eu pretendia sair andando na frente, mas parei ao ouvir o que Julio tinha a dizer sobre o meu arremesso. Eu estreitei os olhos e apontei para ele enquanto olhava para Emília. — Você tá vendo né? Depois eu sou o escroto, o agressivo, implicante... Ele quem começa provocando, depois faz carinha de bom moço. — Emília sequer gastou energia respondendo, ela apenas saiu andando na frente revirando os olhos ao passo que eu fiz um sinal obsceno para Julio e a segui em direção ao bar. Ai, ai, já vi que se esse encontro se der bom, vai dar muito ruim no final de tudo.


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Emília Martinez
COMASUL » Funcionário da seção 1
Emília Martinez
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COMASUL: Pesquisadora Responsável por Tierra Viva (Estagiária)
Qua 30 Dez 2020 - 1:33
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Vamamos al paraiso?
Julio, Matteo e Emília. Ao longo desses meses de história vimos o poder para se meter em encrencas que esse belo trisal tem, né? Funcionam quase como um imã. De um segundo para outro esse trio é capaz de engatar a terceira (desculpe o trocadilho infame) e atropelar tudo, sem qualquer direção, deixando para trás, apenas, o estrago, um enorme e completo estrago. Pelo menos, no início era assim. Eles não conseguiam ter um minuto de paz. O Bedoya odiava o Torres, a Martinez não suportava olhar para Matteo sem sentir uma vontade insana de xingá-lo e em contrapartida o argentino parecia curtir as provocações, pois se esforçava para que elas piorassem.
Mas honestamente, para Emília essa era a parte fácil, meus amores. A parte complicada vem é agora. Na verdade, as coisas tomaram outra proporção desde aquele bendito baile. Ela ainda não conseguia acreditar no que rolou aquele dia. Uma possessão? Um atropelo, um tsunami? Bem, independente do fenômeno que a goleira resolvesse nomear suas aventuras amorosas de adolescente, sabia que precisava entender em que pé anda essa coisa incrível e complicada de querer beijar dois caras e sentir-se nas nuvens com os dois. Ah, boneca de pano! Onde você foi se meter? E, minha gente, sabe o que é melhor ou pior, não sei... Ela não quer sair disso.
A ficha só caiu (tá, isso é coisa de gente velha, mas, eu não encontrei uma expressão melhor) quando a Carcará viu os dois ali, sabe? Fora da escola, longe dos bueiros e dos corais, ou melhor, do cocô deles.
A menina tinha todos os motivos do mundo para retorquir o falatório sem fim de Matteo, como praxe (afinal, não é todo dia que Emília Martinez deixa passar um “como você é baixa garota”), mas resolveu deixar passar por ora, pois Matteo tinha razão em uma coisa: ambos estavam fingindo demência sobre tudo, literalmente.
Além do mais, a menina estava surpresa dos dois concordarem em algo, ainda que esse algo fosse ir à um bar. Pelo visto, a Martinez precisaria aprender a beber, se quisesse aproveitar os detalhes desse relacionamento, aliás, podemos chamar assim? O fato é que argentina levou alguns dias para lembrar de uma certa brincadeira no Festival das Caiporas e não ia deixar isso acontecer de novo.
— Realmente... Não dá para reclamar. — Disse em resposta ao comentário de Julio. A menina podia sentir o corpo esquentar, mas ela não havia saído da água uns 5 minutos atrás? Como ela poderia... Ahm, quer saber? Esquece essa parte.
Tudo que Emília precisava agora era distrair os pensamentos que ocupavam sua mente, então enrolou-se em uma saída de praia e sacudiu um pouco a água dos cabelos, deixando-os mais ondulados que de costume, tudo ocorria enquanto o Bedoya queixava-se da atitude de Julio.
Como uma boa carcará, Emília ignorou com uma bela revirada de olhos e seguiu em direção ao bar. Quando o silêncio entre os três barulhentos parecia cortante e intolerável demais, Emms virou-se para eles, andando num ritmo mais lento, como se planejasse interromper a breve caminhada até o bar, sem realmente fazê-lo e disse:
— Oyé, Anaconda e Jaguar lado a lado. Quem diria? Em campo, não quero ver vocês nem pintados de ouro, mas, sabe... Até que eu estava com saudades das suas chatices. — Admitiu e antes que eles pudessem notar as bochechas coradas da Carcará, ela correu.




O fogo ilumina muito Por muito pouco tempo Em muito pouco tempo o fogo apaga tudo Tudo um dia vira luz Toda vez que falta luz O invisível nos salta aos olhos
Buenos Aires
Matteo e Julio
cactus
Julio Torres
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Medibruxo
Julio Torres
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HMC: Medibruxo Estagiário
Sáb 9 Jan 2021 - 23:21
JulinhoFérias!!
Matteo sempre do mesmo jeito, não muda nunca. Ameaça de briga, de sacar varinha, quando todos sabem como ele é um óoootimo duelista. Na última vez só conseguiu sair andando porque houve intervenção, ele acha mesmo que esse tipo de ameaça tem algum peso? Podia ter pros calouros primeiranistas, porque duvido que os do segundo ano temeriam. Ele devia se contentar em ser um rostinho bonito — aliás um que gosto muito — que é péssimo em duelos. Apenas sorri com o que ele disse, tentando evitar que a briga se delongasse demais. Adiantou de alguma coisa? Claro que não. Tenho plena certeza de que o primeiro pensamento do dia de Matteo hoje foi "hoje eu vou infernizar.". Parou a briga comigo e voltou-se para Emília, que não deu muita bola para o que o Jaguar rugia. A esse ponto ela também já deve ter entendido que quando ele acorda assim atacado, o melhor é fazer de conta que nada está acontecendo pra ver se para.

Juntei as cangas em uma bolsa de praia e joguei no ombro para caminhar até o bar, os dois foram indo na frente e o bonito resolvei virar pra me provocar mais uma vez. Revirei os olhos e sorri em resposta, brigar mais pra que? Não da pra simplesmente sentar e bater um papo como gente normal? Enfiou a saudade aonde, porra? Eu estava morrendo de vontade de socar a cara dele, mas só porque sabia exatamente onde nossas brigas acabavam, mas me contive. Vidão né? Era uma vista maravilhosa os dois em minha frente, pena que tinha que acabar. Já próximos ao bar eu me apressei para acompanha-los, me enfiando entre os dois para ficar no meio.

Emília correu antes que eu pudesse responder ao seu comentário, e a segui, fazendo sinal para que Matteo viesse também. Ele já estava sensível demais por achar que estava sendo excluído. Pendurei a mochila na cadeira quando, finalmente, sentamos em uma das mesinhas de madeira do bar. Era um típico quiosque amplo e com muita sombra, graças a santa Emília eu não terminaria aquele dia como um camarão. — Tenho que admitir que foi péssimo ficar sem contato com vocês nesses últimos dias. — admiti sem qualquer traço de vergonha. Foi horrível e não só pelo decreto de estado de calamidade, por eles também. Na verdade mais por eles do que pela situação do país, preciso ser sincero. Não sei bem o que aconteceu comigo, mas os dois não saíram de meus pensamentos — e sonhos — desde o baile. — Talvez eu me arrependa de dizer isso, — olhei para o Bedoya que provavelmente me encheria a paciência por qualquer deslize. Não me preocupava com Emília, ela sim me entendia. — mas senti saudade. — pigarreei, procurando emendar uma frase na outra para não dar espaço pra qualquer piadinha dos dois. — O que vamos beber mesmo?

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Matteo Bedoya Agüero
COMASUL » Funcionário da seção 1
Matteo Bedoya Agüero
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COMASUL: Assistente do Gabinete Presidencial
Sáb 16 Jan 2021 - 19:02
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Andando um pouco distante deles e podendo vê-los caminhar na frente não muito distante eu pude compreender uma coisa que já era mais que óbvia, mas que eu recusava a enxergar. Eu não tinha noção do quanto aqueles dois me faziam falta até vê-los reunidos novamente. Ali, com eles, parecia que o tempo tinha parado e não havia nenhuma preocupação a não ser a que vivia martelando em minha mente toda vez que nos encontrávamos: "O que tínhamos afinal de contas?". Creio que essa pode não ser uma dúvida única e exclusivamente minha, porém nenhum dos outros dois tocavam no assunto. Talvez fosse melhor desse jeito, certo? Eu tinha uma superstição muito boba onde eu acreditava que todo e qualquer tipo de relação quando era nomeada acabava estragando com o tempo, e pode não ser real para os outros, mas para mim era extremamente verídico. Eu só fui nutrir sentimentos pela minha prima quando de fato dei um nome ao que eu sentia por ela. Eu só comecei a odiar o Arón quando eu o declarei meu ex amigo. O Timothée e eu começamos a desandar quando de fato definimos que o que tínhamos era um namoro. Eu talvez preferisse que o que seja lá o que Júlio, Emília e eu tínhamos ficasse sem nome temporariamente, pois eu nutria um medo de estragar tudo, como sempre... Os segui com mais pressa para alcançá-los assim que Júlio fez sinal com a cabeça para que eu os acompanhasse. Nós estávamos distantes há muito tempo, tínhamos muito a resolver.

— Tomara que alguém tenha filmado o Torres todo boiolinha. — Brinquei ao ouvir o capitão dos Anaconda dizer que estava com saudade de nós dois. Eu iria implicar com a Martínez também, mas preferi dar um desconto para ela dessa vez, pois ela nunca foi de esconder o que sente, diferente de nós dois. — Eu também tive saudades, mas fiquei preocupado, na verdade achei que não quisessem me ver nem a pau. — Soltei um risinho nervoso e olhei especialmente para Júlio, para saber sua reação. Eu queria poder ler os seus sentimentos e conseguir sentir se ele me odiava ou não, mas desde o ocorrido na lagoa eu tive dificuldades em utilizar meu dom. Pode ser que ele não esteja mais como era antes, contudo eu queria muito arrumara a bagunça que eu fiz na mente dele sem querer. — Eu queria muito mandar mensagem para vocês, mas ao mesmo tempo... Sei lá, só achei que talvez vocês estivessem melhor sem mim. — Eu odiava tornar a conversa uma chuva de vitimização, mas a verdade era essa, eu havia feito mal para aqueles dois, se eles não quisessem olhar na minha cara jamais, eu entenderia. Eu ficaria puto e provavelmente tacaria algo em cima deles, igual eu fiz quando eu vi o Torres? Sim, porém eu entenderia. A verdade é que eu gostaria de ser melhor do que eu sou, mas eu só sou o que eu consigo ser, de fato é isso. E se eles não quisessem lidar com essa minha versão, ou talvez quisessem se afastar, eu entenderia. Iria doer a principio, mas eu entenderia.


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Emília Martinez
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Emília Martinez
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Ter 19 Jan 2021 - 12:36
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Vamamos al paraiso?
Dizem que as férias fazem bem, né? Bem, parece ser o caso aqui. Pelo menos para Emília. Esse meio tempo que ficou sem contato com Julio e Matteo a fez perceber, pelo menos, umas duas coisas: a primeira é que ela não entende muitas coisas, contudo, sem dúvidas a vida fica melhor (apesar de confusa) quando eles estão por perto.

Basta olhar o fim do ano em Castelobruxo. Foi frio, sem graça e muito incerto. Emília sentiu muita falta das intermináveis implicâncias com Matteo e também das risadas calorosas de Julio e pensava em ambos com a mesma frequência o que só tornou o fim do ano ainda tenso, afinal, depois do Baile eles procuraram evitar ao máximo um ao outro e pra coroar tudo houve aquela confusão com a Comasul investigando na escola. Então, sim, tinham coisas pendentes e, talvez, a Emília Martinez de alguns meses atrás agiria diferente, mas, nesse exato momento, a nossa argentina estava enxergando seus  garotos de forma diferente e eu não estou falando da parte física, pois ali, na praia Emília precisava se segurar bastante para não fazer besteiras. Afinal, se a gente der aquele confere básico, né… Eles cresceram e conseguiram ficar ainda mais, bem, buenos e calientes. Por deus, como isso é possível? Ela não tinha nem ideia e muito menos eu!

Como estava dizendo, não é só sobre isso. Esse tempo todo ajudou nossa menina a perceber que os insuportáveis (é com carinho, tá?) fazem muita falta.
E, em partes, ela respirou tranquila quando perdeu que era algo recíproco, ela até sorriu, porque lembrou que alguns minutos antes havia dado uma bronca gigante em ambos. Mas também, que forma mais escandalosa de chegar! Soou assim: “Ah, não sei o que fazer, vou tacar um coco na cabeça de um e ver o que dá!”
Emília acomodou-se em uma das mesas escolhidas e agradeceu quando viu Julio pendurando uma bolsa nas cadeiras. Ela achava que no calor do momento tinha esquecido alguma coisa no meio do caminho, mas ele, com certeza, se lembraria de pegar, pois era um anjo (um anjo que povoa os sonhos nada santos da bonequinha, mas a gente finge, né?!).
― ¡Míren! Usted, admitiendo sentimientos... ¿Va a llover? ― Emília não conseguiu evitar a provocação. A menina não sabia o que queria beber, sempre ouviu falar muitas coisas daquele lugar, mas, nunca tinha ido até ali. Então, jogou a bola para Matteo.
― Vamos deixar o senhor sensibilidad aqui decidir. ―  Disse a palavra em espanhol com uma ênfase ridiculamente divertida. Óbvio que o senhor do contra fez os pedidos ao melhor modo Matteo Luís e não deixou que a gente soubesse o que havia pedido.

Após as escolhas de Matteo, continuaram o papo sincerão e Emília não entendeu um pouco direito o que o Bedoya queria dizer, ele era impulsivo e debochado, mas não era para tanto, né?
― Espera… Dondé sacó eso? ― Ela não podia dizer por eles, mas tudo que ela era era justamente o contrário do que ele dizia.  Esperou uma explicação condizente sem saber se a teria ou não, mas depois que Matteo tentou emendar uma coisa aqui e ali, Emília não sabia se podia acreditar, por isso, enquanto as palavras dele não vinham, ela revirou os olhos e prosseguiu.
― Olha, eu sei que tem alguma coisa acontecendo entre vocês… E seja lá o que for. Eu preciso saber, porque eu tive muito tempo para no nosso histórico e bem… É incrivelmente complicado. ― Soltou o ar pelas narinas, ficando desleixada na cadeira. ― Julio deve ter pego a escola inteira, pois os comentários… Sei lá. ― Emília não era muito de confiar nos comentários alheios, pois aí, teria que acreditar que era louca. ― E você… ― Disse virando-se para Matteo. ― Até ontem fazia escândalos na biblioteca por causa da sua prima e sei lá… Vocês me confundem! ― Sem falar que eu nunca sei se vocês se amam ou se odeiam, mas existe uma tensão aí… Colossal! ― (quis ser educada, mas é sexual, mesmo).    
― E no fim, eu só cheguei a conclusão que eu gosto de vocês… Dos dois! ― Ufa, um parto, mas é isso minha gente.
Nossa bonequinha foi salva de um momento mais constrangedor ainda pelo atendente que se aproximou trazendo os drinks praianos. O moço colocou em uma frente um copo com chapeuzinho e líquido amarelo Jaguar. Emília ensaiou uma reclamação, mas diante da recente tagarelice a só desistiu e experimentou a bebida. Se houvesse um silêncio constrangedor, pelo menos o barulho do canudinho iria distrair a mente dela.

Tradução: Vejam só! Os senhores admitindo sentimentos. Vai chover?
De onde você tirou isso, criatura?


O fogo ilumina muito Por muito pouco tempo Em muito pouco tempo o fogo apaga tudo Tudo um dia vira luz Toda vez que falta luz O invisível nos salta aos olhos
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Julio Torres
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Qua 20 Jan 2021 - 22:03
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Ah, o amor é lindo, né? Calma lá, eu falei amor? É, meus amigos... Talvez seja tarde demais, mas vamos lá, parece que as férias fizeram bem para todos nós, eu admito. O quanto alguns meses de terror e confinamento podem mudar as pessoas? Ambos estavam mais maduros do que nunca, é sério, até Matteo, e eu sei que essa é uma verdade difícil de engolir. O Bedoya maduro? O que quer que ele tenha tomado nessas férias, quero duas caixas pra lhe fazer aplicações de doses diárias. — É novidade eu me abrir? — perguntei esboçando um riso, uma mentira deslavada. Até que sou bom com sentimentos, mas tudo em relação aos dois argentinos de língua solta era mais difícil. — E se eu disser que não mandei mensagem pra vocês pelo mesmo motivo? — respondi ao comentário de Matteo. É, eu também tive medo de que os dois estivessem melhor sem mim, ainda mais depois de Setembro, quando saí de Castelobruxo e ambos continuaram na escola. Convenhamos, seria muito mais fácil para eles desenrolarem o que tivessem que desenrolar sem que eu estivesse presente, né? Preferi manter minha distância e sofrer um pouco com minhas músicas tristes. Ai, o adolescente, ele não tem limites.

A gostosa Martinez estava redondamente errada. Como assim já peguei todo mundo de Castelobruxo? Eu quero é prova disso, sou um anjo. Tudo bem, teve aquela história do assoalho que todo mundo conhece bem, mas só. Quem mais? Apesar de ter meia escola como crushes, beijei apenas três bocas em 2020 — não é difícil de lembrar — e os donos de duas delas estavam sentados à mesa comigo. A última coisa que sou é pegador. — Eu? Que boatos que são esses? — perguntei verdadeiramente desacreditado. Ganho fama de galinha assim de graça sendo que nem ciscar eu cisco. Não tive resposta e meus pensamentos foram para outro lugar quando a bonequinha de pano disse algo sobre tensão — como foi a palavra que usou? — colossal. Acho que sexual seria mais apropriado, mas vale. Não acho que seja verdade que exista algo assim entre nós dois... Mas entre os três, bem, é outra história. Tudo bem, comecei o ano letivo odiando Matteo e amando Emília como todo sextanista que se preze. E sim, desde o fatídico dia da detenção algo cresceu — mais literalmente do que eu gostaria de assumir — em mim, mas aquele bendito baile foi onde eu percebi que não se tratava apenas de desejo carnal. Havia sentimentos envolvidos na história. A coisa ficou séria.

Sonhei ou Emília se declarou pra... Nós dois? Sou um trouxa que se ilude fácil ou aquele "gostar" não foi bem com intenções amistosas? Que droga de garçom, chegou bem na hora. Eu não sabia o que dizer. E se abrisse a boca e não conseguisse falar nada? E se tivesse entendido errado? Eu sei lá, achei que essa história entre nós três nunca passaria de uma sugestão das vozes de minha cabeça. Para matar o silêncio, dei dois goles na bebida trazida pelo garçom, era gostosa. — Não achei que eu fosse precisar dizer isso em voz alta, — pigarreei. — mas eu também gosto de nós três. Digo, juntos, como no baile, vocês se lembram? — foi uma pergunta retórica, mas no fundo eu queria saber a resposta. Um certo alguém estava bêbado além da conta e aqueles acontecimentos nunca foram comentados desde então. Não estava envergonhado em dizer, mas tinha certeza que meu rosto vermelho pelo sol passaria a impressão errada, os olhos corriam dos de Matteo para os de Emília. Foi bom, finalmente, me abrir assim.

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Matteo Bedoya Agüero
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Matteo Bedoya Agüero
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Qui 21 Jan 2021 - 23:52
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Fiz o pedido ao barman de três tequilas sem que eles soubessem o que era e voltei a prestar a atenção ao que eles diziam, principalmente Emília. Eu pedi a bebida justamente para fugir do clima que eu mesmo havia instaurado de drama total. No entanto eu queria me abrir antes da bebida chegar e eu acabar emotivo demais e falando coisas a mais do que deveria.

Ri do comentário da Emília ao dizer que Julio era um garanhão e pegava todos da escola, mas meu sorriso se desfez ao ouvir sobre meu surto na biblioteca. Como ela havia ficado sabendo daquilo? Isso foi há tanto tempo que eu sequer lembro como foi o evento, mas sei que foi vergonhoso. Eu havia constrangido Lorena na frente de várias pessoas desconhecidas e agi feito um babaca, tudo isso por conta de ego ferido. Eu era imaturo demais, e ainda sou na real, mas tenho um pouco mais de consciência atualmente e penso antes de fazer qualquer coisa do tipo que aconteceu na biblioteca.

— Eu sei que parece um pouco confuso, mas aquele episódio da biblioteca foi uma coisa bem distante e que não me representa mais. Eu mudei muito de lá pra cá, alguns episódios me mudaram muito, vocês me mudaram muito... — Eu não gostava nem de lembrar daquele episódio e o fato dele ter sido citado me incomodou um pouco, mas eu não queria deixar explícito esse incômodo. — O que eu quero dizer é que, assim como o Julio, eu gosto do que nós três temos. — Suspirei lembrando do momento que Torres havia citado. O baile beneficente foi com certeza um divisor de águas na minha vida, mesmo com a atitude horrível do meu tio, mas mostrou e confirmou que tudo o que eu sentia por Emília e Julio era recíproco. Mas ainda havia a questão do lago. Eu me sentia feliz quando estava com eles, mas não me sentia confortável sabendo que havia essa situação pendente tanto com o capitão dos Anaconda, tanto com a goleira dos Carcará que parecia não saber de nada. O que ela julgava ser uma tensão sexual quase palpável, na verdade era desconforto, pelo menos da minha parte. Um medo gigante de praticamente ser cortado e cancelado, principalmente pela Martinez que costumava agir por impulso. Ela era cem por cento coração, e não que nós não fôssemos, mas, diferente do Torres, ela não levaria a situação numa boa e eu tenho certeza disso. — Eu gosto muito do que temos, de verdade, mesmo não tendo certeza do que temos, mas eu quero ser completamente sincero porque acho que vocês merecem isso. — Antes que eu pudesse continuar o barman chegou com nossa tequila. Eu creio que essa bebida já estava nos aguardando há um tempo, mas o barman esperou o momento mais oportuno para aparecer. Peguei o meu copo e virei minha dose sem nem chupar o limão e nem lamber o sal. — Eu sou empata e eu não consigo controlar muito bem esse dom. Muitas das vezes eu posso ler os sentimentos de vocês, eu posso afetar os sentimentos de vocês e posso sofrer impactos com os sentimentos de vocês. Esse dom precisa ser melhor administrado por mim e eu ainda vou trabalhar isso, mas grande parte do meu descontrole emocional é devido a ele. — Abaixei a cabeça e evitei encará-los. Dito isso eu esperaria a Martinez juntar um mais um, pois ela era inteligente demais para deixar passar batido essa informação. Ela saberia o que eu quis dizer, e Julio teria que colocar todo o seu poder de atuação em ação para fingir que não sabia de absolutamente nada.


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Emília Martinez
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Emília Martinez
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COMASUL: Pesquisadora Responsável por Tierra Viva (Estagiária)
Dom 31 Jan 2021 - 0:49
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Vamamos al paraiso?
Parece que o nosso trisal estava mesmo em um impasse, né? Adolescentes! Eles são os reis de sofrer sem porquê. Tá bem, nesse caso não era sem motivo. Os nossos meninos não haviam se encontrado desde o Baile Beneficente — o absurdamente maravilhoso baile e de lá pra cá tudo foi uma montanha russa e todo mundo estava evitando o elefante branco no meio da sala.

— Bem, eu acho que quando se trata disso aqui — Gesticulou com a mão livre apontando o triângulo, quando Julio questionou sobre sobre a dificuldade que tinham de se abrir. — Somos un poquito desastrozos, nenes… — Disse com um sorriso que evidenciou as maçãs rosadas do rosto da goleira do time cor de telha.

Os nossos meninos não eram apenas bonitos, tinham as mesmas paranoias sobre os sentimentos e Emília ficou tremendamente aliviada ao saber que ela não estava sendo louca e emocionada sozinha. Bem, não dá pra julgar nossa bonequinha, né? Os meninos que passaram por sua vida eram muito complicados e com tendência a desaparecer sem avisos prévios, por um instante nesse curto afastamento pensou que o mesmo aconteceria outra vez.

Após registrar a indicação de Julio e a explicação de Matteo sobre o episódio na biblioteca, nossa menina de coração inquieto apenas disse:
— De todo modo, eu não ligo para o que dizem por aí, embora, os boatos sobre o Julio sejam muito engraçados e… — uma gargalhada surgiu sem que ela pudesse segurar, mas ela pigarreou e prosseguiu. —  Bem, não importa. Eu me divirto de todo modo e acho que o crush começou bem por aí… Mas, enfim, não era isso que eu ia dizer. Na verdade, eu estava dizendo que só não retiro a parte que vocês me confundem, pois nossa… — Levou as mãos à cabeça de forma dramática largando a postura na cadeira.

Quando a diversão ameaçava começar o Bedoya solta uma verdadeira bomba em cima dela e de Julio… Ops, aparentemente a bomba era uma bomba apenas para Emília, pois o Torres não pareceu nenhum pouco surpreso. Matteo Luis era Empata e, de boa, isso explicava muita coisa mas abria um oceano de outras perguntas. Que inferno!
— Você pode saber o que a gente sente e pode manipular isso… — Falou boquiaberta. — Isso explica muita coisa… — Bebeu o resto da bebida, em choque. — Na maioria das vezes que eu te vejo, sinto uma vontade imensa de te bater. — Confessou. Estava prestes a fazer algum comentário bobo quando viu a cara de Julio e uma chavinha virou em seu cérebro.

— Por que você não está surpreso?  — As sobrancelhas da menina acompanhavam a pergunta. — Eu estou chocad… — Fechou a boca antes mesmo da palavra terminar. — A quanto tempo você sabe? — Questionou o Torres com os braços cruzados e olhos semi-cerrados. Sabe a postura relaxada de meio segundo atrás? Esqueça.

— A detenção… Foi você! E você sabia! — Soltou o ar de vez, ainda incrédula. — Francamente… francamente. Pendejos… Boludos… Eu devia pegar aquele coco lá na praia e tacar na cabeça dos dois. — Disse levantando-se.  


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Julio Torres
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Julio Torres
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Seg 1 Fev 2021 - 17:05
JulinhoFérias!!
Quantas emoções, não é? Era só uma saída para a praia, tomar um sol na areia sem passar nem perto da água e pronto, mas se tornou em uma seção de terapia com revelações íntimas. Foi uma má hora para isso? Sinceramente, acho que já tinha passado da hora de Matteo admitir tudo para Emília e todos ficarmos cientes da histórias que nos levaram até ali. Ele estava certo de, finalmente, abrir a boca. A carcará, no entanto, não recebeu a notícia muito bem e já era de se esperar, pelo pouco que conheço de sua personalidade explosiva.

Eu mesmo, sendo sincero, ainda me sentia pesado com toda essa história — minha terapeuta que o diga —, mesmo depois de tantas conversas ainda não havia conseguido superar o trauma com o qual fui presenteado por Matteo. Mas, vem cá, veja bem, por que mesmo que Emília ficou tão brava? Não deve gostar de ser a última a saber das coisas, né? Vou me lembrar disso pra não acabar em enrascadas no futuro. Imagine saber de uma notícia e contar primeiro a Matteo? Certeza que minha morte chegaria mais rápido do que pensei. — Eu? — perguntei, forçando a cara de assustado. Engoli o riso antes de deixa-lo se mostrar quando minha mente reproduziu um de meus memes favoritos "eu tô passada, chocada! Meu Deus... Jesus... Tô vendo pela primeira vez." Não seria de bom tom rir enquanto a Martinez estava estressada, afetada com a descoberta. Gosto do meu rosto do jeito que é, não queria correr o risco de voltar ao Brasil com ele desfigurado.

— É, eu sabia, ele me contou no... — voltei o olhar para Matteo, um pedido de socorro para se livrar daquela situação. Por que ele demorou a contar para Emília e a culpa era minha? — Foi aquele dia no baile. — disse, finalmente. Podia mentir, sei lá, dizer que foi há poucas horas por mensagem ou algo assim, mas preferi não. Como deixei claro para eles, gosto dos dois e se eu queria seguir com a construção daquele estranho relacionamento, mentira não seria uma de suas bases. — Mas ele queria te contar, só não teve outra abertura. — disse, em defesa ao Bedoya que parecia perdido em meio a confusão que crescia a cada frase dita. Ta bem, disso eu não tinha certeza, só deduzi que ele quisesse se abrir com ela ha algum tempo. Ninguém senta e joga uma bomba assim do nada, isso já estava em seus planos a tempos.

— Calma, Em, espera. — pedi assim que Emília se levantou. Minha mão direita se esticou para alcançar a dela antes que pudesse se afastar mais. Arriscado? Eu sei. Não deixei de amar meu rosto de uma hora para a outra, mas, naquele momento específico, fazer ela ficar valia o risco de tomar um tapa. Que dizer, ela não iria fazer isso, né?

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Cambito
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Cambito
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Seg 22 Fev 2021 - 18:55
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