O crescimento demográfico na América do Sul tem se intensificado nos últimos anos, com o declínio da magia. Atualmente a única grande escola de magia aberta no mundo é Castelobruxo, que sempre recebeu jovens das américas, e agora passa a receber, também, estudantes de nacionalidades exteriores aos países sob governo da COMASUL. (Sartori, 2016) Merlim costumava dizer que "magia atrai magia", para explicar o desejo constante pela busca de conhecimento por bruxos com intelecto e capacidades mágicas mais desenvolvidas, mas hoje vemos que sua máxima quebra as barreiras do ego e se estende à sociedade como um todo.

Como descrito por Kala Kabir Reitz (2025), desde 2022 tem-se notado, na América do Sul, principalmente na Floresta Amazônica, o aumento da população de criaturas mágicas nativas de outras regiões do mundo. Esse recente comportamento migratório de espécies endêmicas tem sido estudado nos últimos anos e concluiu-se que, diferente dos bruxos comuns, animais mágicos conseguem sentir a presença de "lugares de poder".

O Estatuto Internacional de Sigilo em Magia (EISM) é um conjunto de leis internacionais que está em vigor desde 1692, sendo seguida por todas as espécies mágicas com capacidade intelectual avançada, classificadas como seres. (Sartori, 2012) Ainda assim, com o aumento da população mágica de bruxos, seres e animais em um território, a incidência de violações ao EISM aumentou drasticamente. Não tanto com relação a bruxos e seres imigrantes (4%) pois essa é uma lei internacional, ou seja, permanece a mesma em qualquer país do mundo. Entretanto, se levar em consideração os incidentes com animais e criaturas mágicas, esse percentual de incidência tem sido 16% vezes maior a cada ano, desde 2022.

Esses dados tem resultado em sobrecarga na Seção 6, de Execução das Leis Mágicas, tanto no Departamento de Acidentes e Catástrofes Mágicas (DACM), com a grande demanda de obliviadores e desfazedores de feitiços; quanto do Departamento de Segurança Pública (DSP), com a necessidade de aurores para o acompanhamento do DACM no controle de situações, como sempre foi feito.

Pensando nisso, surgiu a ideia de desenvolver novos feitiços capazes de afetar aspectos mentais da população bruxa e não-maj, para além da obliviação. Com a aprovação da confederação, houve alguns testes da nova fórmula do feitiço e certos erros até a fingir a composição perfeita com a união das palavras fragilis e mens, do latim, significando frágil e mente, respectivamente. O Fragilimens foi criado com justamente o intuito de fragilizar as mentes de todos aqueles atingidos, tornando possível identificar e reconhecer padrões de suas memórias. Dessa forma, se torna possível não apagar, mas alterar memórias sem os danos colaterais apresentados pelo obliviate quando usado para efetuar alterações.

Somente criar um feitiço mais seguro para a alteração de memórias não seria o suficiente para acelerar os processos de reparo conduzidos pelos DACM e DPS, pois ainda seria necessário lançar o encantamento em todos os não-maj que presenciaram eventos mágicos. Por isso, o desenvolvimento de uma variação do fragilimens se fez necessária. Adicionando apenas um "maxima" à fórmula anterior foi possível atingir um resultado muito melhor e mais vantajoso. Diferente de seu precursor, que afeta uma pessoa por vez, o Fragilimens Maxima é capaz de criar uma barreira em formato de domo, que cresce somando duas constantes: a depender da quantidade de vezes que é conjurado e a habilidade dos bruxos que a conjuram. Todos os alvos não bruxos dentro da redoma tem sua mente vulnerabilizada, o que torna possível identificar e reconhecer seus padrões de memórias. Isso facilita o acesso e favorece a alteração sem maiores danos. Além disso, o Fragilimens Maxima se enquadra na classificação de encantamento pois pode ser lançado sobre uma barreira previamente preparada, fornecendo suas propriedades mágicas a esta. A combinação de ambos os feitiços pode se tornar uma das apostas da confederação para garantir um futuro mais seguro para a sociedade bruxa.