The Last Castle - RPG :: Tópicos de Personagem e RPs Arquivadas :: Arquivo de RPs Finalizadas :: RPs do Mundo Mágico
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
JAN2026
JANEIRO DE 2026 - VERÃO
>Quests Interativas<
ADMAGO
ATUALIZAÇÕES - ADM - OFF
28/05. Lançamento: Sistema de Atributos
7/06. atualização do tablón
1/08. estamos de volta
13/08. atualização dos ranks gerais do fórum
00mes
Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipiscing elit bibendum
Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
DESTAQUES
DOMINIQUE
MALU
POLLUX
MAGAH
DONINHA
CASSIE
Quem está conectado?
6 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 6 visitantes

Nenhum

[ Ver toda a lista ]


O recorde de usuários online foi de 290 em Seg 8 Mar 2021 - 22:16

Adonis Greco Hoffmeister
ANACONDA » Capitão
Adonis Greco Hoffmeister
Mensagens :
237
Ocupação :
CB: Batedor e Capitão dos Anacondas
Qui 13 Ago 2020 - 12:16
Nós aceitamos o amor que achamos merecer.
Nem sempre podemos fazer as pessoas perceberem que merecem mais, mas podemos tentar.
Esta é uma RP fechada, onde Polo, sai de Castelobruxo com autorização para fazer uma pequena compra na Tesouros da Mãe-Terra. Lá, o jovem sextanista acaba conhecendo Mauricio e sente-se atraído por ele. A RP ocorre no dia 10 de Agosto, faltando poucos dias para o aniversário do Polo.

Participantes
Polo Bedoya
16 anos
Estudante

Mauricio Siqueira
21 anos
Adulto
code by EMME




don't u ever for a second get to thinking you're irreplaceable.
Hoffmeister "memento mori”.
NC
Adonis Greco Hoffmeister
ANACONDA » Capitão
Adonis Greco Hoffmeister
Mensagens :
237
Ocupação :
CB: Batedor e Capitão dos Anacondas
Qui 13 Ago 2020 - 14:00
O
meu desafio
é andar sozinho.
João de Barro, eu te entendo agora. Por favor, me ensine como guardar meu amor.
O sol estava em leão e chegando próximo do dia de nascimento do Polo. Nem mesmo o garoto sabia o que fazer, afinal aquela não era uma data muito comemorativa para o sextanista, mas de uma coisa ele tinha certeza: nada de parentes. Isso mesmo, Polo estava disposto a afastar-se um pouco dos seus primos por um momento. Não que ele não gostasse deles, mas desde que seus pais faleceram, o Bedoya não sabia muito bem como lidar com seu retorno solar e os seus familiares sempre o "sufocavam" com tanta atenção. Quer dizer, atenção entre muitas aspas, pois por mais que eles sempre estivessem ali para mimar Polo e estar próximo dele, ninguém realmente sabia como ele de fato se sentia. Mas o jovem bruxo não os culpava, ele poderia falar isso, mas era introspectivo demais, por isso só aceitava que seus familiares fizessem o que quisessem com ele. Se quisessem tratá-lo como criança, que seja. Se queriam tratá-lo como se ele fosse frágil, pouco importa. Ele era o Bedoya sensível, carinhoso, tímido e dedicado aos estudos. Mas ele estava ficando um pouco cansado disso, um pouco não, bastante. Por isso, em seu próximo retorno solar que estava quase chegando, Polo pretendia sumir e ficar sozinho. O sextanista tiraria um dia inteiro para andar por aí, sumir e fazer algo para agradar a si próprio e não os outros, mas antes ele decidiu testar dando uma volta sozinho em Tekoa, sem avisar absolutamente ninguém. Parecia algo bastante comum, para para o pequeno Polo que logo alcançaria a maioridade, era um ato de rebeldia sem igual.

A loja Tesouros da Mãe-Terra era o seu lugar preferido no mundo todo. Polo adorava os itens artesanais que eram vendidas na loja e de como a loja era ampla e arejada, com poucas prateleiras, deixando o espaço o mais aberto possível. Dava uma sensação boa de liberdade estar ali. Sorrindo, o jovem caminhou até um tapete onde ficavam as pedras rúnicas e as fitou. Ele não sabia a diferença de nenhuma delas, mas todas eram lindas demais e ele queria levar ao menos uma.

— Gostou? — Uma senhora surgiu abruptamente assustando levemente o Bedoya. Ele olhou para o lado com os olhos arregalados e logo após sorriu colocando a mão no peito.

— Sim, gostei de algumas, mas não sei bem a diferença entre elas.

— São pedras que permitem te conectar com o seu elemental, você já sabe qual seu vínculo elemental?

— Não... eu ainda não sei meu vínculo. — Aquilo nunca fora uma questão para Polo, mas agora que a senhora havia tocado no assunto, ele tocou de deveria descobrir aquilo, parecia algo bem importante.

— Bom, vou deixá-lo só. Olhe essas pedras e tente apontar para qual seu coraçãozinho vai mais se identificar, talvez seu elemento esteja te chamando sem nem você saber. — A senhora sorriu gentilmente para o Bedoya e ele voltou a olhar para os vários amuletos espalhados pelo tapete. Ele suspirou, esticou a mão e estreitou os olhos, olhando atentamente pedra por pedra. Polo mordeu o lábio inferior e parou sua mão sobre uma pedra de ametista talhada com runa de Jaci.

— Mas... — Seja qual for a dúvida que ele tinha, não seria mais respondida, pois assim como surgiu a senhora já havia partido. Polo deu de ombros e baixou sua mão sem olhar, mas, ao invés de tocar a pedra rúnica, ele acabou encostando na mão de outra pessoa. O jovem recuou a mão rapidamente e olhou para o lado, vislumbrando um rapaz aparentemente jovem de olhos azuis que, ao mesmo tempo que ele, tentou tocar a mesma pedra, mas como ele estava distraído acabou não percebendo. — Perdão! — As bochechas do Bedoya queimaram e ele ficou nitidamente sem graça, ele sabia muito bem que estaria completamente vermelho em breve, até mesmo o pescoço. Nada demais havia ocorrido, era só uma esbarrar de mãos, mas Polo não era muito bom com interações humanas.

 O meu desafio é andar sozinho. Esperar no tempo os nossos destinos. Não olhar pra trás, esperar a paz.


don't u ever for a second get to thinking you're irreplaceable.
Hoffmeister "memento mori”.
NC
Maurício Gabriel Siqueira
Maurício Gabriel Siqueira
Mensagens :
11
Qui 13 Ago 2020 - 16:33

Pedrinhas mágicas
A pequena lembrança

Maurício não tinha certeza se poderia estar frequentando Tekoa mesmo tendo se formado há bastante tempo. Ainda que houvesse dúvidas, certamente levaria o máximo de coisas que conseguiria segurar para que tivesse a lembrança constante daquele lugar, era mágico e gostava de absolutamente tudo que aquela região tinha. Como uma das opções mais simples eram aquelas pedrinhas rúnicas que gostava bastante, ali estava para que levasse ao menos uma que combinasse consigo para que voltasse a estudar por conta própria. O jovem tinha uma boa perspectiva de vida mesmo depois de alguns anos após sair de Castelobruxo, tinha conseguido sua casinha, um lugar para morar e fazer exercícios e vários outros para sair e se divertir. A animação dele era clara e ele esperava que ao menos conhecesse mais alguma pessoa para que tivesse mais contatos visto que a maioria do seus amigos estava completamente ocupada com outra coisa e que não acabava dando a atenção que ele merecesse de fato.

Nas prateleiras, o alto rapaz movia suas mãos para procurar alguma pedra que fosse do seu agrado. No mínimo conhecia o que cada símbolo significava, pelo menos via as pedras de lá com os símbolos das rúnicas nórdicas, era o que sabia por agora. Maurício notava ao olhar para o lado um garoto conversando com uma senhora que tentava o ajuda na escolha. O menino de olhos azuis seguiu sorrindo mesmo que não estivesse olhando mais para lá, minimamente distraído. A variedade era gigante e várias delas eram interessantes. Assim que ele achou exatamente a que ele queria, estendeu a mão para pegá-la e então a segurou, no mesmo momento, o garoto ao lado que conversou com a gentil moça estendeu a mão alguns segundos depois justamente na região onde a do mais velho estava.

– Não tem problema… – Sorriu de maneira gentil e então redirecionou seus olhos aos dele com bastante calma, soltando um risinho baixo ao ponto de ser ouvido apenas para os dois que ali estavam. – Ainda está perdido em tentar escolher alguma? Saber o significado do símbolo é meio caminho andado e ajuda bastante. – A pedra que escolhera estava em suas mãos e ele encolhia os braços para que a deixasse mais próxima de si. Havia escolhido o Talismã dos Rios e Mares de obsidiana, a pedra que mais gostava dentro das rochas ígneas. Porém, a escolha parecia no mínimo estranha depois que a peguei em minhas mãos, era como se ela pertencesse o garoto que estava na minha frente e ao mesmo tempo, queria que eu também a tivesse. A interpretação daquilo seria branda, mas não compreendia nada no momento, apenas esperaria que o curto tempo dentro da loja respondesse de maneira breve.



giant
like you.
Adonis Greco Hoffmeister
ANACONDA » Capitão
Adonis Greco Hoffmeister
Mensagens :
237
Ocupação :
CB: Batedor e Capitão dos Anacondas
Qui 13 Ago 2020 - 21:16
O
meu desafio
é andar sozinho.
João de Barro, eu te entendo agora. Por favor, me ensine como guardar meu amor.
Polo tinha algum conhecimento sobre pedras rúnicas, mas sua cabeça parece ter esquecido todos eles quando fora questionado pelo estranho acerca de qual ele queria. O sextanista evitou entrar em combustão e tentou focar apenas nas pedrinhas que estavam em sua frente e não no rapaz que estava ao seu lado. — É que eu não sei qual é meu vínculo elemental e se eu fosse comprar alguma eu gostaria que fosse similar. — O Bedoya enfiou ambas as mãos no bolso e tentou esconder seu nervosismo. Uma pequena nota sobre Polo: ele fica extremamente aflito quando está socializando com pessoas que não são da família, principalmente se essa pessoa lhe desperta algum tipo de interesse e isso era o que parecia acontecer no momento. Bastou uma esbarrada de mãos para que o sextanista pudesse olhar para o garoto e já sentir seu coraçãozinho bater um pouco mais rápido. Chegava a ser engraçada a forma como Polo se atrapalhava todo ao estar na presença de alguém que fazia sua respiração acelerar. Com Paola era assim, até mesmo virtualmente ele sentia-se constrangido quando falava com ela, e agora havia aquele estranho parado ao seu lado que ele evitava encarar enquanto mexia nas pedras a esmo sem saber ao certo qual escolher. De fato ele não escolheria nenhuma, pois como ele havia dito, ainda não sabia seu vínculo elemental e gostaria de escolher uma que fizesse sentido, mas ele gostava de admirá-las, principalmente a que o rapaz ao lado havia pego.

O silêncio havia instaurado-se de uma forma que deixou Polito ainda mais nervoso. Mas como ele estava disposto a mudar suas atitudes, o sextanista mordeu o lábio inferior enquanto olhava para o garoto com o canto dos olhos e decidiu arriscar, puxando assunto ou apenas dizendo algo para que o silêncio não prevalecesse ali. De alguma forma ele sentia que o rapaz poderia ser uma boa companhia então não custaria nada tentar deixar a timidez um pouco de lado. — Desculpe, eu nem me apresentei, meu nome é Polo, Polo Montesinos Bedoya Agüero. Sim, é só Polo mesmo, é uma variante de Paolo, acho que foi erro de digitação. — Ele disse esticando a mão para cumprimentar o menino um pouco acanhado ao perceber que estava falando até demais, mas era verdade. Seu nome era uma variante de um outro nome, era um Paolo encurtado e o significado não tinha nada a ver com ele. Apesar de ser leonino, Polo estava longe de ser um ditador autoritário e dominador, ele era inclusive o total oposto disso e quem o conhecia bem sabia. — Prazer, Maurício, gostei do seu nome. — Recuou a mão que utilizou para cumprimentá-lo e a retornou para o bolso. Será que o rapaz havia notado que ela estava suada? Muito provavelmente, além de deixar a timidez de lado, Polo deveria aprender a lidar melhor com seu nervosismo. — Você é de que ano em Castelobruxo? Creio que nunca o vi por lá, se bem que né... — O Bedoya franziu a boca e deu de ombros, ele não era a pessoa mais observadora que existia, na verdade ele vivia em seu próprio mundinho da lua, mas ele reconheceria Maurício se já o tivesse visto em algum outro lugar, isso era certeza. Seu coração não errava batidas à toa, se ele já tivesse visto aquele garoto em algum lugar, com certeza teria sentido o mesmo e lembraria disso.

 O meu desafio é andar sozinho. Esperar no tempo os nossos destinos. Não olhar pra trás, esperar a paz.


don't u ever for a second get to thinking you're irreplaceable.
Hoffmeister "memento mori”.
NC
Maurício Gabriel Siqueira
Maurício Gabriel Siqueira
Mensagens :
11
Qui 13 Ago 2020 - 21:46

Pedrinhas mágicas
A pequena lembrança

Novas pessoas conhecidas era a minha meta. De um jeito ou de outro, conheceria grande parte das pessoas por ter justamente uma enorme facilidade em conversar com as pessoas, era mais solto e fluido, aberto e completamente amigável com todos que via uma possibilidade de iniciar uma conversa ou uma amizade, tudo valia a pena. – Eu entendo… O vínculo elemental é uma coisa muito importante na hora de escolher. Creio que consiga despertar o seu vínculo o mais rápido possível, vou torcer por isso. – Maurício deu uma piscada para ele com um dos olhos e então  levou as mãos para a cintura enquanto observava a estante mais investigadora. Aquela que havia escolhido seria mais uma para a coleção que montava de meses em meses. Na inocência da simples conversa, o mais velho não notava sinais que eram evidentes de nervosismo e outros comportamentos. Era ligeiramente lerdo em comparação aos demais rapazes de sua idade e só via as coisas quando elas finalmente chegavam no ápice. Para o ex-aluno de Castelobruxo, o garoto parecia interessante além de extremamente fofo da maneira que falava, talvez percebia então que havia alguma coisa de diferente ali.

Maurício respirou fundo ao ouvir o rapaz se apresentar e gentilmente levou a mão até a dele e deu uma leve apertada. Ao toque, percebia a mão do rapaz um pouco mais escorregadia que o comum e mais “úmida”, seria aquilo um sinal de nervosismo? – Maurício… Na verdade, Maurício Gabriel Siqueira... – Ter percebido a mão do outro diferente já mexia consigo e o fazia remoer se estava agindo de uma maneira muito invasiva, apenas pensava na pior das hipóteses, mas ele ter puxado conversa significava no mínimo um pequeno interesse. – Eu sou formado… Há três anos, sinto saudades de lá, conheci muitas pessoas importantes. – O sorriso de ponta a ponta voltou a perdurar em seu rosto, sua nuca começava a suar lentamente devido ao que havia notado em Polo. – Na verdade eu sinto falta do lugar… Não fui uma pessoa muito focada nos estudos, sempre foquei mais em saber feitiços do que qualquer outro ramo. – Maurício olhou para a pedra em sua mão por alguns instantes e então voltou o olhar para ele, tentando ver qualquer coisa que fosse diferente mesmo que fosse extremamente lento em assimilar pequenos detalhes, inclusive os físicos. Embora fosse extrovertido tinha uma grande dificuldade em compreender as pessoas e seus sentimentos, jamais serviria como um empata.

– Polo… As coisas mudaram muito por lá? Não tenho notícias há muito tempo, a vida de não bruxo tem me consumido muito desde que terminei os estudos mágicos. Seu nome é bem diferente, espero que não tenha problemas com ele, até parece um apelido. – Amigável e tentando fazer com que o outro se soltasse mais, ao menos conseguiria uma resposta mais branda devido a ele ainda possivelmente estar cursando. A curiosidade era algo que deixava o mais velho mais esperançoso por respostas. Tinha certeza que desenvolveria algo bacana se continuasse persistindo ao mesmo tempo que tinha um leve receio de estar sendo muito invasivo, estava confuso mas, pela primeira vez, pensava em boas reações e respostas básicas, o resto ele conseguiria fazer devido aos anos anteriores de prática em diálogos.



giant
like you.
Adonis Greco Hoffmeister
ANACONDA » Capitão
Adonis Greco Hoffmeister
Mensagens :
237
Ocupação :
CB: Batedor e Capitão dos Anacondas
Sex 14 Ago 2020 - 13:42
O
meu desafio
é andar sozinho.
João de Barro, eu te entendo agora. Por favor, me ensine como guardar meu amor.
Com certeza POlo nã contava que o rapaz ao seu lado já fosse um bruxo formado, que dirá formado há três anos atrás, afinal ele não parecia ser assim tão velho. Polo viu suas chances de tentar um contato maior com o outro esvair-se de vez, quer dizer, não que elas fossem muitas, ele só era tímido demais para tentar manter contato após esse primeiro diálogo, mesmo se Maurício fosse um estudante. Provavelmente ele veria o rapaz vindo pelo corredor e mudaria de rota ou tentaria passar despercebido de alguma forma. Agora manter contato com um adulto formado... bem, as coisas eram bem mais complicadas. — Interessante, eu me formo ano que vem. — O Bedoya ainda não havia dado por si, mas brevemente ele também alcançaria a maioridade, ainda estaria preso ao castelo, fato, mas já seria um bruxo maior de idade. Isso o assustava um pouco agora que havia parado para refletir. — E eu sou bem dedicado em todas as matérias, mas eu não gosto muito de esportes. Se bem que eu me dei bem na aula de quadribol que eu fui, eu tento me esforçar, mas eu gosto mais de herbologia e feitiços mesmo. — Polo havia ido forçadamente para a aula de quadribol aquele dia, no entanto o menino conseguiu se sair bem e isso despertou o interesse de seu primo. Ele quase havia feito o teste para entrar no time de quadribol junto com o primo, mas na hora fingiu um mal estar e escapou dessa por pouco. Tudo poderia ser resolvido com ele dizendo que continuava não gostando de quadribol, mesmo tendo perdido o medo de subir numa vassoura. Mas como sempre, Polo estava com medo de chatear o primo. Sempre pensando nos outros antes de pensar em si mesmo, mas as coisas mudariam bem em breve, tinham que mudar.

— Ahn... eu não sei como era na sua época, mas acho que está muito diferente do que era antes. Quer dizer, na sua época tinha assassinatos? — Era para ser engraçado, mas bastou um minuto a mais de reflexão para notar que aquilo não era nem um pouco engraçado. O Bedoya precisava melhorar no quesito piadas também, essa era um outra anotação mental que ele fez. — E sim, meu nome parece um apelido, mas eu não tenho problema nenhum quanto a isso. — O sextanista ainda estava um pouco constrangido devido a piadinha sem graça que havia feito e tentava pensar numa maneira de contorná-la. A morte da jornalista havia perturbado muitas pessoas, principalmente alguns e seus parentes bem próximos e embora ele não soubesse o motivo, tentava entender. Sua pergunta, por mais que tivesse um tom jocoso, na verdade era um desespero disfarçado de piada. Haviam passado-se meses desde o ocorrido e nenhum culpado havia sido encontrado. Mas ele não queria falar sobre isso, por isso decidiu mudar drasticamente de assunto. — Se você não estuda, deve trabalhar com algo então. O que você faz da vida? — Dessa vez ele olhou para o rapaz enquanto aguardava a resposta, estava cansado de fingir estar focado em algo na prateleira. Ele já havia visto todas aquelas pedras e já saberia dizer onde cada uma delas estava localizada sem sequer olhar de tanto fixá-las só para evitar olhar nos olhos de Maurício, mas acho que já bastava daquilo, principalmente após ele ter pesado todo o clima com aquela piadinha sem graça.

 O meu desafio é andar sozinho. Esperar no tempo os nossos destinos. Não olhar pra trás, esperar a paz.


don't u ever for a second get to thinking you're irreplaceable.
Hoffmeister "memento mori”.
NC
Maurício Gabriel Siqueira
Maurício Gabriel Siqueira
Mensagens :
11
Sex 14 Ago 2020 - 15:27

Pedrinhas mágicas
A pequena lembrança

Polo precisaria de mais algum tempo até que pudesse formar em Castelobruxo. Ele ainda tinha a ótima oportunidade de conhecer muitas pessoas novas e amizades que perdurariam para além da instituição mágica. – Você tem mesmo uma carinha de pessoa bem dedicada. Acho muito bonito quem consegue conciliar o excesso de conteúdo em pequenos intervalos de tempo. – Maurício cerrou os olhos por algum tempo tentando pensar em mais alguma coisa para falar. A pedra em sua mão já estava sendo um pouco incômoda. – Eu espero que consiga concluir sem maiores problemas. – Suspirou baixinho e então ficou levemente assustado assim que ouviu a cerca de uma morte em Castelobruxo. Como aquilo seria possível? – Assassinatos? – Perguntou de maneira retórica e levemente surpreso com aquele assunto. Talvez fosse pesado demais insistir no mesmo então tinha um jeito simples, calmo e sereno para mudar completamente de pauta sem que deixasse o outro desanimado com o acontecimento em questão.

– Seu nome reflete bem quem você é. – O menino de olhos azuis cruzou os braços e então respirou fundo para que começasse a evadir do assunto. Não fique muito focado nesse acontecimento ruim, piora bastante. E o quanto mais você se abrir, se te afeta, melhor é. – Deu a dica e então descruzou os braços. – Além do mais, você é uma ótima pessoa e merece apenas coisas positivas. E eu sou suspeito em falar, você é extremamente fofo. – A mão livre de Maurício levantou-se até a bochecha do mesmo e lhe deu uma leve apertada e umas pequenas viradinhas de vai e vem pros lados. Aquilo poderia surtir um efeito adverso, mas ao menos saberia em que pé estava a tensão do mais novo, mesmo que tivesse sentido a bochecha do outro se aquecer levemente. Naquela circunstância Maurício já tinha uma pequena agonia em reparar que Polo não olhava em seus olhos e ia assimilando tudo. Uma pequena paixonite? Ou seria grande e o mais velho estaria de sendo recíproco? Não havia arrependimento algum, a vida é formada de tentativas, acertos e erros, se acertasse ali, seria muito feliz e grato e se errasse, bom, aprenderia com o erro.

– Erhm… Eu acho melhor você ficar com ela. – A outra mão coma pedra abriu-se na direção de Polo, talvez ele quisesse se lembrar daquilo mais do que eu. – Pode ficar, eu pago. – Arriscou um sorriso tímido e uma leve roseada no rosto surgira. Ambos dirigiam-se ao caixa mesmo que Polo não tivesse encontrado a sua pedra. Maurício pagou e a entregou para o rapaz e então sugeriu: – Você está muito ocupado, apressado ou ainda pode conversar? – Fez um convite implícito para continuar o papo do lado de fora, um local aberto. – Quero te dar conselhos, falar algumas coisas e aí você pode ir embora e talvez nunca mais iremos nos ver, pode ser bem provável. Mas pelo menos vou ter te ajudado de alguma forma. – Maurício deu um sorriso de fechar os olhos e fez um joinha com uma das mãos. Ansioso pela resposta, ele aguardou.



giant
like you.
Adonis Greco Hoffmeister
ANACONDA » Capitão
Adonis Greco Hoffmeister
Mensagens :
237
Ocupação :
CB: Batedor e Capitão dos Anacondas
Dom 16 Ago 2020 - 14:33
O
meu desafio
é andar sozinho.
João de Barro, eu te entendo agora. Por favor, me ensine como guardar meu amor.
O Bedoya arqueou uma sobrancelha. O que significava ter uma carinha de dedicado? Será que Maurício o achava com cara de nerd? Não o surpreenderia nem um pouco, pois todos da escola acham o mesmo, ou pensam que ele é uma pessoa esnobe, pois vive com uma expressão neutra e está sempre dedicando-se em tudo o que faz. Alguns garotos da escola não gostavam dele por isso, o achavam "metidinho" demais, e isso ainda somado a personalidade de seu primo Matteo que andava com ele para cima e para baixo, era um completo desastre. Mas ele não ligava muito para a opinião das outras pessoas que não o conheciam, e isso não o afetava nem um pouco, até porque ele estava quase concluindo a escola. Maurício disse que havia conhecido pessoas importantes em sua época de escola, e Polo, bem, ele havia ido à Castelobruxo apenas para estudar e era assim que sua mente funcionava. Além do mais, sua família vivia metida em confusão, somado isso com as pessoas acharem que ele era arrogante, ele vivia sozinho e ou cercado pela família e isso era no mínimo... frustrante.

— Eu discordo. — Polo disse acerca da afirmação do jovem adulto de que seu nome refletia bem quem ele era, mas ele disse baixinho, talvez o outro sequer tenha escutado. Seu nome era uma variante de Paolo ou Paulo no Brasil. Significava alguém bastante ambicioso e que calculava meticulosamente seu caminho até a chegada. E por mais que Polo fosse bem organizado e focasse mais na sua vida acadêmica do que pessoal, ele não se via essa pessoa tão ambiciosa e que conquistaria tudo. O Bedoya ia responder Maurício acerca de se abrir mais, mas, assim que sentiu que seu espaço havia sido invadido com um aperto na bochecha após um elogio ele simplesmente corou e ficou completamente sem graça. — Hm... obrigado. — O sextanista massageou o lado apertado do rosto ainda acanhado e, novamente desviou o olhar do mais velho. Ele não estava esperando por aquilo o que mostrava que Maurício poderia ser bem aleatório se quisesse, ou aquilo era normal em interações? Ele não saberia nem se quisesse, não era muito acostumado a conversar com as pessoas. Seu primo vivia o agarrando para cima e para baixo, mas isso não conta, afinal ele conhece o primo há anos e Maurício há só alguns minutos ou seriam horas? Ele havia perdido o senso de tempo.

— Tem certeza? — Ele indagou ao mais velho, mas já esticando a mão para pegar a pedra que lhe era dada de presente. Polo pegou a pedra da palma da mão do outro e suas mãos se esbarraram novamente, e dessa vez não fora apenas o Bedoya que corou, mas Maurício também havia corado junto com um sorriso tímido que Polo achou lindo, mas jamais teria coragem de falar. Era tanta coisa não dita que às vezes dava vontade de sacudir o pequeno garoto para que ele abrisse a maldita boca, mas era melhor deixar o meu menino. Cada coisa no seu tempo. Os dois caminharam até o caixa e Polo seguiu o mais velho "brincando" com sua nova aquisição para não ter que encará-lo. Maurício pagou o objeto e depois, Polo torceu os lábios pronto para despedir-se quando fora novamente surpreendido e chamado para conversar. Era estranha a forma como Maurício o tratava, dando-lhe toda a atenção, agindo como se ele fosse o único garoto no mundo. Polo estava acostumado com esse tipo de atenção vindo de seus familiares, mas de outras pessoas? Isso era novidade. — Eu tenho tempo, não estou com pressa, podemos conversar sim. — Polo colocou o cordão no pescoço e o escondeu por dentro da camisa do uniforme e então encarou Maurício novamente, o que não durou muito, porque ele virou-se e saiu da loja com a certeza de que o mais velho o seguiria. Parado do lado de fora da loja, ele cruzou os braços e aguardou uma atitude do outro mais velho, ele estava curioso na verdade. — E então, quais tipos de conselhos você quer me dar? — Ele já achou a proposta estranha por si só, mas queria saber o que o outro tinha para dizer. O que ele tanto acha que o Bedoya precisa saber que ainda não sabe?
 O meu desafio é andar sozinho. Esperar no tempo os nossos destinos. Não olhar pra trás, esperar a paz.


don't u ever for a second get to thinking you're irreplaceable.
Hoffmeister "memento mori”.
NC
Maurício Gabriel Siqueira
Maurício Gabriel Siqueira
Mensagens :
11
Dom 16 Ago 2020 - 18:28

Pedrinhas mágicas
A pequena lembrança

Maurício tinha uma grande vontade de tentar conhecer melhor o garoto que havia surgido na loja. Talvez porque tivesse o achado interessante e extremamente fofo embora não tivesse uma facilidade em se expressar. O ex-aluno de Castelobruxo gostava de envolver-se com todos que o despertassem o mínimo desejo de uma pequena conversa ou até mesmo um sentimento ainda não determinado. Quando era aluno havia entrado em algumas confusões por não saber descrever ao certo o que estava passando por sua mente. Mas, com Polo, ele parecia ter um pouquinho de certeza em relação ao que estava sentindo, o velho sentimento de interesse. A maneira que o corpo do garoto se expressava era determinante para as ações do mais velho que tentava no mínimo deixá-lo ainda confortável mesmo com o que já havia feito e dito, e estava completamente ciente do que poderia acontecer, ruim ou bom. Maurício esperava apenas algum tempo para que pudesse pensar ao certo o que iria fazer e se não se arrependeria depois.

Assim que tudo fora pago e os meninos saíram da loja, Maurício ficou levemente tímido  assim que Polo disse que tinha tempo para conversar, era como se ele estivesse dedicando parte do seu tempo para uma pessoa estranha. Sinais confusos de um possível interesse por parte do mais novo. – São coisas bem simples, na verdade… Eu notei que você é bem tímido, talvez isso torne as coisas mais difíceis pra você… Mas já tentou se expressar sem usar nenhuma palavra, apenas com gestos? – Questionou o mais velho enquanto colocava as mãos atrás das costas tentando amadurecer o que estava pretendendo fazer. Se a resposta viesse, ele continuaria a falar por mais algum tempo, era o que ele gostava de fazer, conversar e conversar, mas ainda assim, o conselho de expressar-se com gestos era ainda mais intenso do que por meio de algumas letrinhas.

– E falando um pouco sobre o que aconteceu dentro da loja que você ficou um pouquinho constrangido… Eu senti que o meu toque sem intenção alguma acabou deixando você meio desconsertado… Não sei se devo pedir desculpas... – E então olhou para baixo e respirou fundo. – Mas enfim… Eu acho que rolou um interesse implícito da minha parte e um explícito da sua. Ia apenas sugerir continuarmos conversando e ver no que vai dar… Acho no mínimo interessante. E eu posso te ajudar com o que quiser não me importo. – Maurício deu um sorriso e caminhou poucos passos ficando a centímetros de distância do mais novo e então o abraçou e deu um beijo em sua bochecha em meio ao acolhimento. – Eu gostei de você. Se tivesse recusado a pedra, eu jamais teria vindo até aqui. No mínimo estou sendo muito estranho mas não custa tentar né… Gestos são melhores que palavras, guarde isso. – O mais velho desfez o abraço e retomou a distância de um metro de antes com as bochechas rosadas. Teria ido longe demais?



giant
like you.
Adonis Greco Hoffmeister
ANACONDA » Capitão
Adonis Greco Hoffmeister
Mensagens :
237
Ocupação :
CB: Batedor e Capitão dos Anacondas
Seg 17 Ago 2020 - 17:46
Can't
take my eyes
off you.
you're just too good to be true.
Expressar-se com gestos? Infelizmente Polo era tímido demais até mesmo para gesticular, não, aquilo estava fora de cogitação. Contudo havia outra forma de expressar-se muito boa e que geralmente era a que o Bedoya mais usava. Música. Isso mesmo, músicas diziam tudo o que ele não tinha coragem de dizer e que ficava só em seus pensamentos. Polo passou a mão desajeitadamente em seu cabelo, bagunçando-o um pouco e então deu de ombros, observando o rapaz mais velho. — Eu nunca tentei, e creio que não seria muito eficaz também. Eu não me expresso muito bem. — O sextanista deu um meio sorriso e logo após voltou a ficar sem graça, talvez com Maurício ele podia mostrar sua outra forma de expressar-se. Ele tirou seu celular do bolso enquanto ouvia o que o outro tinha para dizer e por pouco, mas por bem pouco mesmo, seu celular quase espatifou-se no chão, mas ele conseguiu agarrá-lo a tempo. O garoto havia notado seu nervosismo e simplesmente jogou em sua cara. Bem, por essa o Bedoya não esperava. Ele ficou um tempo estático, parado, com o celular na mão sem saber o que fazer ou falar, mas engoliu em seco e abaixou um pouco a cabeça, erguendo-a apenas quando recebeu um beijo na bochecha, quase no canto da boca. Polo estava em chamas, mas ainda assim permitiu-se sorrir um pouco com a ação do outro. — Nossa, isso foi meio inusitado, mas ok. — O sextanista massageou a nuca e ainda um pouco envergonhado ele mexeu no celular, procurando a canção que queria. — Eu não sei me expressar muito bem, como pôde perceber, mas eu gosto de usar músicas para dizer o que eu não consigo dizer. — Ele selecionou a música e então olhou nos olhos azuis do mais velho, prendendo o olhar ali pela primeira vez. Ele deu play e continuou encarando Maurício até aproximar-se um pouco mais dele, diminuindo a distância entre ambos. A música demorava um pouco para começar, mas quando iniciou o ritmo lento do lo-fi, ele já estava diante do mais velho, encarando seus olhos, mas às vezes desviando o olhar para os lábios dele. Polo umedeceu os lábios, passando a língua lentamente e então, num gesto ousado - ou pelo menos uns dos mais ousado que ele já tivera - ele aproximou-se de Maurício e depositou um selinho nele.




Polo fechou os olhos e colou sua boca sobre a boca do mais velho. O gesto deve ter durado alguns minutos apenas, mas pareceu ter durado toda uma eternidade para o Bedoya. Ele afastou-se de Maurício quando a música já estava no fim e deu um meio sorriso sem graça, o encarando ainda, pois ele não conseguia mesmo tirar os olhos de cima do mais velho de jeito nenhum, nem se quisesse, muito menos agora depois disso. — Gestos são mesmo melhores do que palavras. — Ele arriscou uma brincadeira para o clima não ficar estranho após um dos primeiros atos de coragem do Polo antes de seu aniversário. E viva a revolução solar, pois o Bedoya já estava começando a sentir os efeitos da dele.

Pardon the way that I stare. There's nothing else to compare. The sight of you leaves me weak. There are no words left to speak, but if you feel like I feel. Please, let me know that is real, you're just too good to be true and can't take my eyes off you.


don't u ever for a second get to thinking you're irreplaceable.
Hoffmeister "memento mori”.
NC
Maurício Gabriel Siqueira
Maurício Gabriel Siqueira
Mensagens :
11
Seg 17 Ago 2020 - 18:43

Pedrinhas mágicas
A pequena lembrança

Maurício seguiu olhando para o mais novo enquanto esperava ouvir mais coisas dele, mesmo sabendo que ele seria uma pessoa extremamente travada. Existiam vários métodos para que ele conseguisse se abrir e de um jeito ou de outro, ele iria surgir com o tempo. O mais velho sentia-se um pouco tenso ao observar o outro usando o celular, não sabia ao certo o que ele estava fazendo e a dúvida o matava por alguns instantes. Ouvir que o gesto que havia feito tinha sido inusitado fez com que Maurício sorrisse, afinal desejava mesmo ter feito algo que não fosse previsível. Agora Polo dizia que iria utilizar uma música para se expressar e os seus olhos ficaram curiosos, não só eles como também os ouvidos. O que poderia esperar ouvir por meio de uma música? Um possível fora com estilo?

A música demorou para iniciar-se e Maurício ficou mais próximo de Polo para que pudesse ouvir. Uma das primeiras frases já o deixava completamente alegre, mencionava os olhos de uma pessoa e só poderiam ser os dele. Era uma possível declaração de que ele não conseguia tirar os olhos de mim e agora eu percebia o olhar mais intenso. A surpresa tornou-se ainda maior com o selinho que o mais velho havia desferido, estava confuso mas extremamente bem. No fim, Polo havia sido mais direto que Maurício, que tentava pensar no que poderia fazer em resposta. Deixou a música tocando de fundo até que o mais novo colocou seus lábios por cima dos dele, um beijo bem tímido talvez. O ex-aluno ficou contente em receber aqueles gestos, teria ensinado algo a alguém sem fazer muito esforço. A música estava no fim e Polo se afastava um pouco, Maurício respeitava a distância sem desviar os olhos dos dele. – Você aprende rápido. – Um riso mediano tomou conta do ar e ele sorriu de orelha a orelha.

– Mas me diz uma coisa… O que isso tudo quer dizer? – Ainda que estivesse confuso, havia dúvida se ele realmente poderia envolver-se com o mais novo e esperava ouvir isso dele. – Pode dizer… É importante pra mim. – Ele se aproximou e posicionou o braço mais a frente de seu corpo e então segurou a mão dele, utilizando um dos dedos para fazer um leve carinho na dele. – Eu tenho medo de estar te tirando totalmente da sua zona de conforto. Não precisa forçar... – Baixou o olhar e então aguardou a resposta surgir. Maurício já tinha vontade de coisas maiores e estava reprimindo-se.



giant
like you.
Adonis Greco Hoffmeister
ANACONDA » Capitão
Adonis Greco Hoffmeister
Mensagens :
237
Ocupação :
CB: Batedor e Capitão dos Anacondas
Ter 18 Ago 2020 - 19:42
Can't
take my eyes
off you.
you're just too good to be true.
Quando a mão do mais velho tocou a de Polo, o mais novo retraiu-se um pouco, mas esforçou-se para não corar ou parecer completamente idiota, afinal ele já havia tocado os lábios de Maurício, tocar as mãos agora era o de menos. Ele apertou com força o enlace e sorriu dando chutes curtos no vento, balançando um pouco a mão de ambos como se fosse uma criança. Sinceramente... — Quer dizer que eu estou tomando coragem pela primeira vez na minha vida para fazer algo que eu quero. — O sextanista disse dando de ombros. Ele queria mudar suas atitudes, pois bem, estava conseguindo, mesmo que tão drasticamente. Mauricio havia dito que não queria forçá-lo a sair de sua zona de conforto, mas a verdade é que ele já havia sido catapultado para fora dela desde o momento em que aceitou o presente do mais velho. — Só de estar aqui conversando com você eu já estou fora da minha zona de conforto totalmente. — Polo admitiu dando um leve sorriso. — Mas eu não me importo, foi algo bom. Meu aniversário está chegando e eu queria mudar algumas atitudes mesmo. — Essa foi uma ótima maneira de começar. — E me diz você, o que tudo isso significou para ti? — Afinal, foi Maurício quem o convidou para bater um papo e passar um tempo a mais juntos depois do primeiro momento. Que havia interesse da parte de ambos, isso já não era nenhum segredo, mas qual era a real intenção de Maurício com tudo aquilo, desde a conversa e até o presente.

Pardon the way that I stare. There's nothing else to compare. The sight of you leaves me weak. There are no words left to speak, but if you feel like I feel. Please, let me know that is real, you're just too good to be true and can't take my eyes off you.


don't u ever for a second get to thinking you're irreplaceable.
Hoffmeister "memento mori”.
NC
Maurício Gabriel Siqueira
Maurício Gabriel Siqueira
Mensagens :
11
Sáb 22 Ago 2020 - 23:14

Pedrinhas mágicas
A pequena lembrança

– Seria muito invasivo eu perguntar o que você quer? – Maurício questionou com o olhar fixo no do mais novo. Era bem frequente para ele que ser perdesse no meio da conversa quando seus sentimentos estavam envolvidos, mas ele sempre tinha certeza do que falava, ele sentia um diferencial em Polo que gostaria de aprofundar ainda mais. O mais velho tinha dificuldade de manter a respiração bem pautada enquanto tentava focar seus olhos no do mais novo, pelo menos sentia alguma firmeza quando olhava por ali. Alguma coisa que não sabia explicar estava motivando que ele continuasse na conversa mesmo que optasse pelo silêncio momentâneo. Polo continuava falando e deixava o mais velho ainda mais curioso para ouvir mais coisas partindo de dentro dele.

– O que significou pra mim? – Perguntou com as mãos na cintura enquanto pensava melhor no que poderia dizer. – Eu acho que significou que eu ainda estou vivo de alguma forma… As vezes acho que passo despercebido e sei lá... – Ele deu de ombros e então virou-se de costas e olhou ao seu redor, procurando um local onde pudesse sentar e repousar por alguns instantes. Tomar a dianteira era sempre difícil mas depois que conseguia, Maurício não voltava atrás. – Eu gostaria de entender melhor o que seria “fazer algo que eu quero” que você disse. – De raciocínio lento, o mais velho apenas esperava por respostas que o deixassem um pouco mais a vontade entre eles ali. Aos poucos, iria se soltando e quando tivesse a certeza de alguma coisa, faria sem ter nenhuma censura consigo mesmo.



giant
like you.
Adonis Greco Hoffmeister
ANACONDA » Capitão
Adonis Greco Hoffmeister
Mensagens :
237
Ocupação :
CB: Batedor e Capitão dos Anacondas
Seg 31 Ago 2020 - 12:15
Can't
take my eyes
off you.
you're just too good to be true.
— Ser eu mesmo. — Polo respondeu de forma simples e sucinta, sustentando o olhar de Mauricio sobre si. No final era tudo sobre isso, era sobre o Bedoya sair de sua zona de conforto e tentar fazer o máximo de esforço para agradar a pessoa que mais importava, ele mesmo. Na ânsia de sempre querer agradar os outros ele tomava atitudes e escolhas que não condiziam com quem ele era de verdade. Mas ele estava disposto a dar um fim a esse ciclo. — Querer agradar mais a mim mesmo antes de agradar aos outros, fazer o que eu quero fazer e não o que os outros queiram que eu faça, sabe? Sei lá, acho que é basicamente isso. — Polo dei de ombros e soltou um risinho tímido, e por mais que estivesse morrendo de vontade de desviar os olhos da direção do mais velho, não conseguia de jeito nenhum. — Isso é o "fazer algo que eu quero" ao qual eu me referi antes. — Era difícil para o sextanista sair de sua zona de conforto, mas ele deveria começar por algum lugar, certo? E Maurício tinha o ar de quem gostava de dar pontapés iniciais em mudanças drásticas, tanto que tirou Polo completamente de sua zona de conforto logo de cara. — Eu também tenho essa sensação de que eu sempre passo despercebido pelos locais, mas a verdade é que em qualquer lugar que a gente vá, sempre vai ter alguém que nos repare de alguma forma, por mais que passe despercebido pela gente. — Polo notou isso quando ficou com Paola por um tempo. Ele sempre achou que o primo era quem roubava todo o brilho e que o holofote era todo dele. Sempre achou que com sua personalidade sem graça e seu jeito introspectivo de ser, ninguém o notaria, ainda mais andando com pessoas de personalidade tão fortes, aí que ele ficaria ainda mais "invisível" do que tudo. Mas ali, bem ali no canto havia alguém que reparava em seus gestos, jeito e manias. Isso nunca passou pela cabeça do Bedoya até que tornou-se escancarado que a menina realmente gostava dele. Às vezes a vida é assim, nós ficamos tão ocupados prestando atenção em coisas que não tem tanta importância que esquecemos de olhar para os lados e perceber que há coisas muito melhores. No momento, para Polo, era Maurício, e ele poderia focar no quanto era tímido, introspectivo e até "sem graça", ou poderia topar se deixar levar e mostrar quem ele era de verdade, além da imagem de nerd que ele transmitia. — Então não se sinta assim, alguém, em algum momento bem aleatório ou não, vai notar você. Somos bilhões de pessoas no mundo, é muita inocência nossa achar que ao menos uma não vai reparar nossa existência. Às vezes é só questão de esbarrar. — Polo sorriu novamente e segurou a mão do mais velho, acariciando-a de leve enquanto o encarava balançando os ombros. Era incrível como o Bedoya ficava bobo quando tinha um crush, a imagem de garoto sério ficava completamente perdida no limbo, contudo era bom vê-lo sendo protagonista da própria vida e ele ainda tinha muito para melhorar nesse quesito, mas até então ele está indo muito bem.

Pardon the way that I stare. There's nothing else to compare. The sight of you leaves me weak. There are no words left to speak, but if you feel like I feel. Please, let me know that is real, you're just too good to be true and can't take my eyes off you.


don't u ever for a second get to thinking you're irreplaceable.
Hoffmeister "memento mori”.
NC
Maurício Gabriel Siqueira
Maurício Gabriel Siqueira
Mensagens :
11
Qua 23 Set 2020 - 20:05

Pedrinhas mágicas
A pequena lembrança

Maurício tinha uma vontade muito grande de ter Polo para si ali mesmo em tão pouco tempo, poucas eram as vezes em que ele sentia firmeza o suficiente paea que desejasse aquilo e estar ali ouvindo o que o outro dizia no mínimo o deixava muito feliz. - Ouvir isso me deixa bem feliz. Se não fazemos o que queremos acabamos em uma autocensura muito grande... Mas eu gosto de saber que terá essa atitude pelos próximos momentos. Pelo menos consegui fazer você ter uma visão melhor do que pode conseguir ao seguir sua própria vontade. - O mais velho seguia procurando no rosto de Polo mais expressões que resaltassem a beleza de seu rosto mesmo que sentisse que perderia parte do controle ao reparar nas características do outro.

- Bom. Pelo menos vai se sentir percebido dessa vez. - O sorriso seguiu presente. Maurício lembrava da época em que estudava onde fazia de tudo para que fosse percebido, independente de qual sentido fosse. Lembrar daquilo trazia uma sensação muito boa de liberdade, tinha evoluído o bastante até o momento em que estava ali, exatamente na frente de Polo. - Talvez alguém já tenha notado. - Sentir a carícia de Polo deixava o corpo de Maurício em chamas como se ele precisasse mais daquilo para manter-se vivo. - Quando me dá carinho, o que quer que eu sinta? Porque eu não sei o que sentir além de uma terrível vontade de beijar você e levar para cuidar em casa. Sabe como é, a história de fugir de casa pra viver uma vida com outra pessoa parece loucura o suficiente pra mim. - Sorriu baixinho na esperança de retribuir o carinho do outro segurando a outra mão dele, pouco importava se estavam sendo vistos ali.



giant
like you.
Guaraci
TLC » Administradores
Guaraci
Mensagens :
554
Qua 16 Dez 2020 - 12:51
ABANDONADA
RP Encerrada por inatividade.

O Sol Já Nasceu Lá Na Fazendinha.
Conteúdo patrocinado
- Tópicos semelhantes
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos