Introdução

A fauna e flora da América do Sul é extremamente rica, costumando oferecer diversos riscos à vida dos bruxos e isso pode ser observado nos altos índices de morte por causadas por criaturas mágicas de diferentes níveis de periculosidade. O ensino de Castelobruxo por muitos anos careceu de práticas e propostas de dificuldade semelhante àquelas encontradas fora das proteções oferecidas pelo castelo, por isso precisou passar por algumas breves mudanças durante a direção de Verônica Dourado. O ensino de Artes de Defesa e Combate vai muito além de simples movimentos de varinha e execução de feitiços elaborados e isso é pode ser observado quando se compara os métodos de ensino tradicionais com metodologias ativas na aplicação de conhecimentos adquiridos em situações reais que, muitas vezes, oferecem perigo à vida.

Metodologia

Pensando nesse problema, foi idealizado, em Castelobruxo, um estudo comparativo entre alunos do ensino tradicional e alunos de ensino ativo entre os anos de 2020 e 2023. Foram avaliados discentes do quarto ao sétimo ano no uso de seus feitiços de forma prática na vida real, sendo estes colocados em situações potencialmente perigosas para saber como reagiriam e avaliar seu desempenho diante dos obstáculos enfrentados.

Todos os alunos receberam treinamento intensivo teórico-prático em suas aulas durante o primeiro semestre e, na segunda metade do ano, passaram por situações criadas para testar suas habilidades tanto de ataque quanto de defesa ensinadas na disciplina durante aquele período. A vida dos discentes nunca sofreram riscos reais, devido as precauções tomadas e supervisão dos docentes convidados para a realização dos testes, mas os estudantes não sabiam disso. Os alunos foram divididos em grupos de três e enviados para trilhas na floresta mágica nos arredores de Castelobruxo, sendo que estes entravam e saíam de suas avaliações acreditando que estavam sozinhos e precisariam se virar para conseguir sobreviver.

Resultados e Discussões

O enfrentamento de criaturas como Lebres-Gralha, Sapos-Chicote e Orfídias não foi difícil para a grande parte dos estudantes e nenhum deles saiu gravemente ferido durante os testes. Alguns quartanistas apresentaram, inclusive, grande facilidade em lidar com as lebres em período de reprodução que lhes foram apresentadas como obstáculo em suas respectivas trilhas. Enquanto às outras criaturas, não houve sequer cansaço por parte dos discentes durante o embate.

Enfrentando Chupa-Cabras, no entanto, feitiço utilizado com maior proficiência e frequência entre os alunos foi o Expecto Patronum, com uma taxa de 85% de acertos, o que foi um claro resultado de seu treinamento teórico-prático para a execução do feitiço, que aconteceu em sala de aula. 15% destes discentes tentaram realizar a conjuração de seus patronos, não conseguindo uma forma corpórea poderosa o suficiente para lidar com os não-seres que deviam ser enfrentados e parte disso foi devido ao nervosismo em acreditar que estavam em risco de morte eminente.

Analisando os dados apresentados e comparando os métodos de Ensino Tradicional e Ensino Prático, conclui-se que o novo método empregado desde 2020 na escola de magia sul americana apresenta uma melhora de 170% na capacidade dos discentes em raciocínio rápido e execução de feitiços elaborados sob pressão, visto que, fazendo um comparativo com os anos anteriores a 2020, a taxa de alunos graduados em Castelobruxo capazes de executar patronos corpóreos era de apenas 50%.