Introdução

É sabido que os vírus mágicos são “seres” (deixaremos a discussão aprofundada sobre a etiologia e classificação dos magvírus para outro momento) extremamentes resistentes e possuem uma rápida mutação, por isso, as doenças magivirais preocupam toda Sociedade Bruxa Latinoamericana desde os primórdios da civilização bruxa.

A contaminação por um magiviral ocorre muito rápido e de maneira simples, de forma que literalmente não conseguimos ver, mas internamente nossas células são atacadas de forma violenta. Muitas vezes, basta ele se encostar à superfície externa de uma célula, processo chamado absorção e injetar nela seu material genético - MDNA (magic deoxyribonucleic acid) ou MRNA (magic ribonucleic acid), processo conhecido como  penetração. Uma vez que o material genético do magivírus esteja no interior da célula, ele se multiplica e produz novos capsídeos para que nasçam novos magivírus., estes por sua vez reproduzem e evoluem. Uma das doenças que mais preocupa os bruxos é a secular Varíola de Dragão.

A doença foi considerada gravíssima em meados do século 15, principalmente entre a população mais idosa que sofria com febre alta, mal estar, dores no corpo e problemas gástricos. Logo depois destas manifestações surgem, em todo o corpo, numerosas protuberâncias cheias de pus, que dificilmente cessam sem deixar cicatrizes, e conferem coceira intensa e dor. Com o passar dos anos, os medibruxos foram capazes de encontrar poções e afins que amenizassem os sintomas, porém, não uma solução definitiva.

Desenvolvimento:

Estudos recentes mostram que no sangue do Dorso Cristado Paraguaio foram encontrados alguns microrganismos que não são de sua flora nativa, como o Draconis variolae. Além disso, havia a presença de uma bactéria até então não descrita que foi nomeada Bacilus torreae em homenagem a família dos pesquisadores responsáveis por sua descoberta.

Feito o acompanhamento do mesmo espécime de dragão por seis meses, observou-se que o mesmo não apresentava qualquer sintomas da varíola. Além disso, as taxas virais em seu organismo também eram menores a cada coleta, e após a análise de suas amostras de sangue ao longo do tempo chegou-se à conclusão de que o fator responsável por esses índices decrescentes e a ausência de sintomas no animal era a presença da bactéria torreae.

Fez-se necessária, então, a criação de uma nova poção com o uso desse ingrediente para a erradicação da Varíola de Dragão. Foram utilizados ingredientes base para poções de efeitos curativos, sendo adicionados dois específicos para o tratamento da varíola. O sangue do dragão, cuja bactéria já citada elimina o Draconis variolae ao contato, e a pasta de mimbletonia, que é responsável pela eliminação da bactéria no organismo após a erradicação do vírus.

Elixir Draco Dormires:

Em um caldeirão aquecido, limpo e seco, despeje dois tentáculos de ondina e aguarde até mudarem sua coloração para um vermelho intenso. Ao atingir esse ponto despeje um litro de baba de cabritoso e mexa o conteúdo em sentido horário por cinco minutos, sendo apenas um giro completo por minuto, o que totaliza cinco vezes, apenas. Com fogo alto, espere as primeiras bolhas começarem a se formar na no fundo do caldeirão e os tentáculos de ondina desaparecerem por completo no líquido translúcido, isso liberará um filete de fumaça vermelha.

Talvez essa seja o ponto mais importante da poção, pois é quando o ingrediente chave é adicionado. Observe a fumaça vermelha se esvair e, no momento em que toda ela se desprender, adicione uma gota de sangue de Dorso-Cristado Paraguaio e desligue o fogo sem tocar no caldeirão. A medida que esfria, a poção irá tomado o tom mais próximo ao vermelho-sangue e, cerca de vinte minutos depois, pode-se adicionar 10mL de essência de ditamno para potencializar o processo de recuperação do indivíduo.

Com o caldeirão em descanso, esprema 150mL de pus de bubotúbera, e ferva à 230 graus em separado. Misture 20 gramas de pasta de mimbletonia e mexa até obter uma mistura homogênea de tom amarelado. Depois de 30 minutos acresça ao restante da poção. Observe que bolhas brancas surgirão sobre a superfície do elixir, mas não as estoure. Aguarde em descanso por pelo menos quatro horas para que todas as bolhas desapareçam e possa prosseguir para a finalização.

Adiciona-se um trevo de quatro folhas para a verificação do ponto correto. Se o trevo queimar ao contato com a superfície do líquido, a poção está perfeita. Se o trevo afundar, houve falha em algum momento do preparo, ou a amostra de sangue não possuía colônias de bactéria o suficiente para reverter os efeitos da varíola, então, nesses casos, adiciona-se mais uma gota da amostra de sangue do dragão.

É importante saber que nos casos onde é necessário adicionar mais de uma gota de sangue a poção toma coloração preta com alguns pontos vermelhos, o que resulta em efeitos de combate mais lentos, além de causar mau estar geral no indivíduo por algumas horas.