A comunidade bruxa sul-americana como um todo tem por tradição e costume uma boa vivência com a natureza, o respeito mútuo é algo cultivado desde tempos onde a tal comunidade bruxa não passava de pequenas tribos mágicas dispersas pelo continente. Essa relação entre ambos renderam grandes avanços no que hoje conhecemos como Herbologia, Magizoologia, entre outras diversas áreas de estudo.
Entre as diretrizes de Castelobruxo, pregasse a boa relação entre os bruxos e a fauna-flora que os cercam, é como se todos fossem apenas um, visão esta que que reflete a mais pura realidade, já que esse distanciamento entre homem-natureza foi algo construído durante a idade média. Entretanto é preciso recordar que a retórica não é tão válida assim para os não-maj, que tem por cultura a predação dos meios naturais, onde tudo tem um preço basta achar o comprador certo.

São muitos os alunos que costumam andar pelos terrenos do castelo para distrair a cabeça ou ocupar o tempo livre entre as aulas. É fantástico como existem inúmeras possibilidades dentro de um espaço limitado, por mais que alguém ande todos os dias, o dia inteiro, durante seus anos em Castelobruxo, é impossível que se conheça tudo.
Tinha se passado pouco tempo desde que November havia sido dispensado de suas aulas do dia, mas o dia em si estava muito longe de acabar, o sol começava agora seu declínio para o crepúsculo. O jovem caminhava em volta do Lago dos Botos, totalmente despreocupado com a vida, afinal não tinha mais nada para que o mesmo fizesse. E foi ali mesmo enquanto caminhava que o rapaz pode ouvir um grunhido tão alto que certamente ecoará no interior do castelo, o som estridente era carregado de dor, existiam apenas duas certezas para November, o que havia emitido aquele som não era humano e estava mata à dentro. Seja lá o que for aquilo, era certo que estava com dor e necessitava de cuidados, muito provavelmente ninguém sairia do castelo pelo grunhido, já se fosse um grito era certo que chegaria a ter congestionamento para sair de lá. Cabe então à November decidir se irá atrás ou se deixará quieto.

Observações OFF:

Talvez fosse o nervosismo perante a situação do animalzinho que fizera com que November tomasse decisões um tanto desesperadas, como por exemplo tentar ajudar o bichinho sem o uso de magia, o que dificultou um pouco a missão do jovem rapaz. Foi por muito pouco que a pequena ariranha não teve sua vida ceifada pela armadilha, se ele demorasse alguns minutos a mais certamente teria de abrir um buraco para enterrar o animalzinho.

Ficou muito claro o alívio no semblante dos dois, a ariranha por ter sido salva e o rapaz por ter conseguido ajudá-la. Após alguns afagos do aluno a ariranha saiu correndo com dificuldade para o interior da floresta, seria o final de um belo episódio, porém não era bem o final. November já estava voltando para o castelo quando sentiu algo grudando sua calça, era inevitável que ele assustasse, afinal estava caminhando sozinho até então. Quando voltou sua cabeça para trás para olhar o que havia grudado em sua perna que finalmente notou que não estava sozinho, a criaturinha que ele acabara de ajudar tinha voltado para ele, ela ainda estava assustada e com a perna machucada, ela precisava de ajuda. E como era esperado de um aluno de Castelobruxo, November não deixou a pequena criatura, juntou-a em seus braços e correu para a enfermaria.

Observações:

Interação - Ariranha: