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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Julio Torres
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Medibruxo
Julio Torres
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Sáb 4 Jan 2020 - 17:58

Mais cedo do que imaginei

Esta é uma RP fechada entre JULIO TORRES e LUCA COELHO. O encontro ocorre no Riacho dos Botos, pela manhã, no dia seguinte a cerimônia de abertura das aulas em Castelobruxo. O clima é úmido e quente. Fazem 30°C, mas a sensação térmica à beira do riacho é de 28°C.

Esta é uma RP fechada e interferências não serão aceitas.

robb stark
Julio Torres
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Medibruxo
Julio Torres
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HMC: Medibruxo Estagiário
Sáb 4 Jan 2020 - 19:06
It's always shining somewhere
I just gotta get there
A cerimônia de boas vindas aos alunos em Castelobruxo foi como de costume: novos funcionários, professores e alunos calouros foram apresentados. Esse ano havia muitas mudanças no corpo docente e na ementa de algumas disciplinas, como informavam as notícias. Dentre essas mudanças estava sua irmã e anjo da guarda como professora de Artes de Defesa e Combate. A readaptação do garoto na escola seria muito mais fácil com ela ali, acreditava. Durante a cerimônia, Julio ficou o tempo inteiro sentado em uma das mesas junto a seus antigos amigos do time, que já não eram mais assim tão próximos, depois de três anos inteiros fora e ter mudado tanto nesse período de tempo. Amou o tempo que passou em Uagadou e não sabia que se arrependia até chegar na escola e ver o quanto tudo mudou. A sensação de pertencer e ao mesmo tempo não pertencer a um lugar era algo novo para o garoto. — Daqui a pouco ta tudo de volta ao normal. — Sussurrava para si mesmo o tempo inteiro, na esperança de que aquilo pudesse se tornar realidade.

Depois da briga com seus pais por causa de sua orientação sexual, o garoto temia que as pessoas que faziam parte de sua antiga vida pudessem reagir da mesma forma. Antes, era artilheiro dos Jaguares, ainda era "hetero" e namorava uma garota do mesmo time; era um garoto popular, agora, o que era? Não tinha mais grupo, namorada — essa era a única coisa que não sentia falta —, time, ou amigos de verdade. Era um estranho que ainda estava incerto sobre abrir-se com os mais próximos a si sobre o que mudou e como mudou.

Muitos rostos conhecidos foram vistos durante o evento, dentre eles, um extremamente pálido e conhecido. "Você aqui?" É claro que ele estava em Castelobruxo, onde mais poderia estar com a idade que tinha? Luca Pereira de Coelho — lembrou-se da voz do garoto imitando a mãe — ficou próximo a alguns dos Jaguares antigos, seria ele parte do time? "Talvez o apanhador...", só podia ser. Pra ocupar qualquer outra posição no time ele precisaria ter, talvez, um pouco mais de massa física. Rebater balaços ou lançar goles a longas distâncias requeria certo condicionamento físico que, julgou, Luca não tinha. "Goleiro?" Julio especulava, tentando encaixa-lo em algum lugar dentro do time. Mas por que estava tão interessado em saber da vida do garoto da jangada? Ele bagunçou os cabelos com a mão esquerda, como sempre faz quando quer tirar algo da mente, e voltou a prestar atenção na conversa de seus amigos sentados mais próximos.

Ninguém tinha aula no dia seguinte, outro costume de Castelobruxo. O segundo dia após a chegada dos alunos ficava resguardado para que os mesmos descansassem para as aulas que começavam, de fato, no dia terceiro dia. Os mais estudiosos aproveitavam esse momento para renovar a carteirinha da biblioteca ou começar revisar alguma matéria do ano anterior, os atletas treinavam com suas vassouras nos campos de quadribol, alguns fofocavam e colocavam a conversa em dia, mas Julio não tinha nada disso pra fazer. A grande parte de seus antigos amigos encontravam-se voando nos campos de treinos, ou fazendo programas com as namoradas, enquanto o garoto caminhava distraído pelos terrenos de Castelobruxo. "Ainda bem que eu trouxe o casaco", outra vez, se pegou com os pensamentos flutuantes sobre a noite de três de janeiro.

Com os fios emaranhados de tanto bagunçar o cabelo para afastar certos pensamentos, Torres desfilava pela escola. De tempos em tempos, puxava a gola de sua camisa para sentir a brisa entre seu corpo e o tecido, tão quente que estava o dia. Sem perceber, suas pernas lhe levaram ao riacho dos botos — a temperatura no lugar sempre era mais baixa do que no interior do castelo — e viu que alguns alunos estavam aglomerados pelas margens, a maioria eram casais, entretanto, havia alguns sozinhos. Dentre estes, "Luca". Quem mais? "Será que cumprimento? Não né... Ele tá tão concentrado com aquele violão..." Avaliava, mentalmente, quais seriam seus próximos passos. — Melhor não. — Concluiu, por fim.

O garoto tinha um puto talento musical, Julio sabia; viu um cover em seu witchgram que foi postado — curiosamente — no dia seguinte ao que se conheceram. Sem querer atrapalhar, o moreno seguiu caminhando à beira do riacho, floresta adentro, buscando um lugar mais tranquilo onde pudesse entrar na água para se refrescar. Depois de caminhar por alguns minutos, viu que estava sozinho. Nenhum aluno se afastaria tanto do castelo assim no primeiro dia de aula, certo? Arranjar problemas logo de cara? Nah, ninguém iria ali. Sem pensar duas vezes, Torres se despiu e deixou a trouxa de roupas sobre uma rocha meio molhada à beira do riacho. Estando nu, mergulhou.

Luca Coelho
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Luca Coelho
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Sáb 4 Jan 2020 - 20:43

Mr. C.O.E.L.H.O.
bem-vindo ao fantástico mundo de luca coelho

Quem era aquela nova diretora que parecia ser mil anos mais nova que a Benedita?” esse era o tópico de discussão na mesa dos Jaguares que raramente se misturavam com os Caracarás, durante o ano letivo. Açu tinha seus palpites, já a Aylinha, sentada ali por ser a nova namorada do Farias Jr., tinha suas deduções que divergiam. Ah! Obvio que eu também era um intruso na mesa, mas minha melhor amiga era a apanhadora do time, o que fazia da gente quase que um casal. A mesa de docentes e funcionários tinham várias carinhas novas, mas a professora Aisha ainda permanecia entre elas, com o seu ar exotérico e elegante, o Miguel também continuava ali, com os cabelos aprumados, pelo menos uma vez na vida.

Tudo tinha um ar de novidade, exceto a mesa dos Carcarás que continuava perfeita, graças ao Vicente Ventura, alto, bonito, extremamente legal e com um “Q” de galã de novela, era quase que um meio-veela, só que moreno, que exalava um charme natural por onde passava. E por falar em meio-veela, caminhando com o gatinho dos sonhos, estava o loiro importando da Russia? Vietnã... não importava. Estrangulei a colher em minha mão com uma raiva intensa, ciúmes, até notar o toque do meu grilo falante, Açucenta, como se estivesse me alertando, eu precisava controlar os ânimos.

...

Na manhã seguinte, nomeada por mim como o patético dia do reencontro, quando os alunos arrumam seus pertences, se instalam devidamente na escola e vão conversar em grupinhos o quão maravilhosa tinha sido suas férias mágicas, com suas famílias fantástica; eu simplesmente decidi que iria ignorar a todos. Quer dizer, o melhor que havia me acontecido foi ter perdido o bv e isso foi sem dúvidas incrível, mas eu não estava nenhum pouquinho animado para falar da separação dos meus pais, ou como eu dei PT e perdi a contagem regressiva pro ano novo, ou o caso nojento do “vômito no natal” e até mesmo como eu me senti uma bosta ao ser deixado sozinho na festa da COMASUL. Esse último acontecimento era emparte culpa minha, mas não vem ao caso, ele aconteceu, né?!

Segui com o meu violão ladeando o riacho dos botos, lotado por alunos, especialmente os primeiranista que pareciam nunca ter visto golfinhos cor-de-rosa na vida e talvez não tivessem visto mesmo, lembro que na primeira semana de aula quando eu estava no primeiro ano, eu passei uma semana inteira abismado naquele mesmo lugar, tentando chamar a atenção dos animais de qualquer forma que fosse.

Parei alguns segundos para falar com a Helena, amava aquela menina, em seguida beijei a testa da Calíope, meu amorzinho, já que não nos falamos na noite anterior por nos sentarmos em mesas diferentes. Tomei meu rumo, mais uma vez, até meu lugar secreto, era um pequeno lago, bonito e calmo por ser mais afastado da escola, suas águas eram transparentes e tinha algumas rochas e cascalhos em seu fundo. Ninguém costumava ir ali, pois era a única rota “atravessável” para a aldeia em ruínas e bem, pessoas ajuizadas nem sequer falavam sobre a aldeia.

Sentei-me na grama, apoiando minhas costas em uma grande rocha lisa, próxima as margens do lago e tirei meu violão do case, passando a afinar suas cordas, de ouvido, comecei pela mizão quando escutei um barulho na água. Saquei minha varinha, manejando-a entre meus dedos e prontamente recitei. – Homenum Revelio! – Uma luz alva pairou sobre o cocuruto molhado, que agora estava mais evidente, entre algumas plantas aquáticas. Não podia ser. Um turbilhão de emoções me tirou rapidamente dos eixos me recobrando inúmeras memórias acompanhadas por sensações. O calor de sua pele, o sabor de seu beijo, o cheiro de seu casaco, o toque de suas mãos na minha ao conjurar um feitiço, sua voz amena que me dizia “te beijaria fácil”.

Um sorriso abobalhado se formou em meu rosto, mas este logo deu espaço a uma carinha sapeca. Ele estava pelado? Tipo cem por cento nu? Não era possível ver com nitidez “lá embaixo”, graças ao movimento ondulante da água, mas sim, estava nu e nossa... nunca deixaria ele me ver nu, a comparação seria ridícula. Sacudi a cabeça, tentando afastar meus pensamentos e então escondi meus olhos com a destra, em um puro ato de hipocrisia, já que eu tinha amado ver os músculos do moreno, ainda por cima molhados... – Julio! Você ta nu! – Gritei com ele em um tom de indignação. Sim, eu lembrava seu nome e como esqueceria?! Assim como aquela imagem, que eu nunca iria esquecer, não mesmo, definitivamente.  



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bettyleg
Julio Torres
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Medibruxo
Julio Torres
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Sáb 4 Jan 2020 - 22:28
It's always shining somewhere
I just gotta get there
Que sensação boa estar com o corpo submerso na água fria. Julio mergulhou e nadou sozinho, as vezes conferindo se suas roupas estavam mesmo na margem ou não até que submerso, viu uma pequena esfera luminosa flutuando sobre a água. "Que merda! Tem gente aqui!" Emergiu apenas sua cabeça de dentro da água, mantendo-se abaixado. A parte em que estava não tinha tanta profundidade, caso ficasse de pé o nível da água iria em seu umbigo. Quando afastou para trás os cabelos pregados em sua testa, alegrou-se com o que viu. Era ele? Sim! Luca, o garoto da jangada, estava sentado na grama um pouco distante de onde estavam suas roupas. "Ufa!" Vendo que não era nenhuma garota pra chama-lo de tarado, professor ou criatura mágica, Torres ficou de pé e deixou a água escorrer por seu torso molhado.

— É, eu tô. — Respondeu, com um sorriso brincalhão no rosto, olhando para a parte baixa de seu corpo ainda submersa. O outro conseguia ver tudo com clareza? Provavelmente não devido ao movimento da água e ao fato dele manter seus próprios olhos tapados com a mão. Parecia indignado, mas por qual motivo? A forma que aquele reencontro aconteceu foi assim tão ruim? Era engraçado, chegava a ser fofo. Sem sair da água, Julio começou a tentar boiar sobre a superfície, algo que não conseguia fazer por mais que tentasse. — A água ta tão gostosa. — Disse, reforçando o som anasalado da vogal. — Não quer entrar? — Perguntou, ao ver que Luca, por mais falador que fosse, não esboçou reação alguma e ainda tinha seus olhos escondidos sob a palma da mão. — Eu vou ter mesmo que sair daqui e me vestir pra você olhar pra mim? — Continuou insistindo. Qual o problema de ve-lo nu? Não estava fazendo nada demais, só tomando um banho refrescante nos territórios da escola, sem roupa, algo errado? Provavelmente sim, mas ninguém os encontraria ali.

Julio, então, deu de ombros e começou a andar em direção a margem. Poucos passos depois já estava do lado de fora e vestiu sua cueca e seguiu até o amigo.
— Oi, garoto da jangada, saudade? — Perguntou sorrindo, parado na frente do garoto. —Nenhum um abraço? — O mais alto segurou o outro pelas mãos e o puxou para ajuda-lo a se levantar, enroscando-lhe os braços na cintura em um abraço de tirar o fôlego, em seguida. Alerta vermelho, abraço longo demais outra vez. Na última, culpou o short de pijama; dessa, a cueca. Tentando disfarçar o constrangimento, Julio se sentou na grama e esperou que Luca o acompanhasse. Balançou o corpo para o lado para empurrar o menor com seu ombro, a fim de desviar sua atenção. A situação, para Torres, era constrangedora, ainda que o divertisse, de certa maneira. — Achei que nunca mais fosse te ver, mas pensando bem, é claro que você viria pra Castelobruxo. Pra onde mais você iria? — Continuou conversando com toda naturalidade do mundo, estaria confortável se não fosse pelos talos de grama espetando sua bunda. — O que fez durante o resto de suas férias? Algum dez? — Sorriu, ao lembrar-se da nota que recebeu em seu beijo de acordo com o ranqueamento do garoto. Tudo de volta ao normal, Julio mudou de posição. Deitou a parte lateral externa da coxa de sua perna direita sobre a grama e manteve a perna esquerda dobrada com o pé tocando o chão, enquanto usava o joelho da esquerda como apoio para seu braço.


Luca Coelho
TLC » Artista
Luca Coelho
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ARTISTA: Rosto da Mídia
Sáb 4 Jan 2020 - 23:28

Mr. C.O.E.L.H.O.
bem-vindo ao fantástico mundo de luca coelho

Meu santo do pau-oco! O que é que tava acontecendo ali?! Será que o Julio sabia que eu era gay e que ele era gostoso pra caralho? Acredito que ele tinha a total ciência sobre isso e, ou ele era chegado a um naturismo, ou ele estaria me provocando e não apenas provocando, como também conseguindo. Curioso, espacei os dedos indicador e médio, para poder espiá-lo por uma fresta, enquanto ele vestia suas roupas, ou melhor, só a sua cueca. Qual o problema com as roupas dele?! Por que não as vestia?! De qualquer forma, ele tinha um bumbunzinho redondo, firme... será que o bumbum do Vicente era como o dele? Durinho e grande. Sacudi a cabeça e pensei em botos cor-de-rosa, mandrágoras, cava charcos, qualquer coisa que acalmasse meus ânimos e fizesse com que minhas bochechas parassem de queimar.

O garoto tatuado me fazia perguntas, perguntas que me enxiam de alegria, pois ele parecia gostar, de fato, da minha presença ali e parecia não se incomodar, queria saber sobre mim. Perguntas que não foram respondidas com palavras, mas apenas acenos de cabeça, o som havia ficado engasgado na minha garganta, eu ainda estava aflito e... levemente irritado?! Talvez, não sabia ao certo, mas o motivo provavelmente era por ele ser bem maior que eu, em todos os sentidos. “Saudade”, era uma palavra forte, mas sim eu senti e como senti, passei dias depois do beijo cantarolando músicas de amor no meu quarto, tentando imaginar se ele também passava suas horas de ócio pensando em mim. Só que com o tempo toda a intensidade do “sentir falta” foi morrendo, sumindo, até aquele momento, quando uma reviravolta tomou meu peito e eu voltei a entender o que era sentir saudade do Julio.

Assim como as outras perguntas, seu questionamento sobre sentir saudades não foi respondido, uma vez que ele nem sequer havia me dado tempo para digerir o momento. Você sabia que o tecido de cueca quando molhado fica meio transparente? Pois é! Eu tava duro e o garoto resolveu simplesmente me levantar para abraçá-lo! Freei o que seria um choque brusco de nossos corpos com minha cabeça, sobre seu peito, senti suas mãos deslizarem sobre minha cintura e aos poucos fui permitindo ser abraçado, um abraço intenso que transbordava de afeto, um abraço também molhado, ele estava encharcado e agora eu também estava, o que de certa forma aliviou o calor e eu não ligava de me molhar, não se fosse uma condição para abraçar o Julio, e era.

Mantive cuidado para deixar distante do corpo dele, toda parta abaixo do meu umbigo, não queria surpresas, seria estranho, né? Não sei, eu acho que seria. Mas juro que senti algo me cutucar, foi quando ele sentou-se de vez e me levou junto para o chão. Rapidamente pus meu violão sobre meu colo e sorri, meio abobado, como sempre, ele me deixava assim, bobo. – Eu não. – falei de forma séria, encaro seus olhos castanhos. – Eu tinha um bom feeling, a gente iria se ver mais cedo ou mais tarde! – puxei de dentro da gola da minha camisa um cordão prateado, ele tinha um pequeno pingente que parecia um barquinho, não, era uma jangada.

- O resto das férias foi tranquila, eu acho... – desviei o olhar para o lago por alguns segundos e voltei a encará-lo com um ar divertido. – Não ache que vai ser tão fácil roubar informações da minha vida, garoto tatuado, eu estou cem por cento sóbrio! – Gargalhei e comecei a dedilhar algo no violão, nada específico. – Não, você foi o único oito, mas sabe de uma coisa?! Você pode até não conseguir roubar fácil, uma informação da minha vida, mas um beijo meu você conseguiria facinho, facinho. – Mordi a pontinha da língua, eu já havia dado um beijo nele antes, o meu primeiro, já tinha visto ele pelado e ele continuava praticamente nu na minha frente, eu conseguiria ser um tiquinho mais ousado.

Tombei meu corpo para frente, ainda segurando o violão, flutuei meus lábios até a sua boca e lhe roubei um selinho breve. – Hm... 8,5, ta melhorando, garoto tatuado, ta melhorando... – Minhas mãos passaram pelo seu rosto, retirando alguns fios molhados de cabelo, que estavam grudados ali e então lhe mostrei a língua, em uma careta, voltando para meu local de partida, próximo a rocha.



Última edição por Luca Coelho em Dom 5 Jan 2020 - 11:16, editado 1 vez(es)


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bettyleg
Julio Torres
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Julio Torres
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Dom 5 Jan 2020 - 1:18
It's always shining somewhere
I just gotta get there
Como na primeira vez que se viram, a conversa entre os dois fluiu muito bem. Era natural, as frases se montavam a sua frente sem serem percebidas, era como se já se conhecessem a muito tempo. A maior e talvez única diferença entre o dia em Porto Belo pra o atual era a falta de uma garrafinha de corote para dividirem. Os olhos de Julio brilharam quando viu Luca puxar o pequeno pingente em formato de jangada de dentro da camisa. Por que? Havia presenteado o Coelho com aquilo no dia que se conheceram para se manter presente não só em sua memória. Pensou que seria justo para um primeiro beijo, não seu, do tagarela. "Ele guardou!" Não havia conferido o objeto no dia que conjurou porque não tinham tempo e estava escuro, mas agora, olhando bem de perto, até que o trabalho às cegas saiu bem feito. — Acho que isso te faz mesmo "o garoto da jangada". — Frisou a palavra "mesmo" e deixou um sorriso largo tomar conta de seu rosto.

— Poxa, e eu pensando que você era tagarela daquele jeito o tempo todo. — Acompanhou as gargalhadas do outro, inclinando seu corpo para trás. Já estava quase seco e começava fazer calor novamente, por que diabos não estavam tendo aquela conversa dentro d'água? As notas soltas de seu violão lhe lembraram do cover de Kissin' U postado pelo menor em sua rede social e Julio, presunçosamente, se auto intitulou a inspiração para aquilo. Talvez conseguisse tirar essa informação dele agora. — Você é bom! Ouvi seu cover no witchgram. — Afirmou de olhos fechados, apreciando a música. "E os vídeos no canal." Achou melhor manter aquela informação só para si, não queria parecer um stalker nem nada do gênero.

"Você foi o único oito". A frase foi tão perfeitamente colocada que Julio não soube dizer se aquilo era bom ou ruim. Podia significar que depois dele, teve outros melhores; ou piores, nas duas hipóteses ele continuava como único oito. Era uma provocação? Só podia ser. Provocação seguida de beijo? "Coelho, você ta pegando o jeito." Outro pensamento que preferiu manter para si. — Só meio ponto a mais? — Riu mais uma vez. — Você tem que abaixar o critério, ou vou ter que pedir reavaliação. — Com forçada expressão de indignação no rosto, Torres tentava parecer sério em sua afirmação. No segundo seguinte foi sua vez de beijar o outro, inclinando o corpo pra frente, colou seus lábios subitamente em um beijo rápido. — Quanto? — Perguntou, ainda com os rostos muito próximos. Assim que ouviu a resposta ele o beijou novamente, dessa vez, mais intenso. — E agora? — A pergunta saiu entre os lábios de Luca. Na falta do dez, insistiu no ato. Luca já estava deitado na grama e Julio sobre ele, com uma mão a cada lado de seu corpo, fuçando, em busca do dez, dentro da boca do outro. "Ok, talvez eu deva parar?" Com os hormônios a flor da pele, quando provocado, tinha sérios problemas de auto controle. — Quanto? — Perguntou quando, finalmente, separou suas bocas. A gravidade fazia a água de seu cabelo molhado escorrer por seu rosto e peito, pingando no garoto abaixo de si, só havia notado quando se afastaram.

Luca Coelho
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Luca Coelho
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Dom 5 Jan 2020 - 12:24

Mr. C.O.E.L.H.O.
bem-vindo ao fantástico mundo de luca coelho

Mal pude me acomodar na grama quando Julio veio em minha direção, seria uma revanche? O.k. não me incomodaria em participar dela, eu ia ser beijado, então ele podia tentar aclamar seu lugar ao pódio quantas vezes quisesse. – Oito ponto sete... – Contive um riso pressionando meus lábios, que rapidamente foram açoitados com um outro beijo, dessa vez mais intenso que me tirou o fôlego. Ele nem sequer esperou eu responder, acho que no final das contas ele não estava esperando uma avaliação.

O violão saiu do meu colo e com a chuva de beijos, que eu estava ganhando, acabei me desequilibrando e ficando deitado na grama, o garoto tatuado estava em cima de mim, me enchendo de carinho e eu poderia me acostumar com aquilo. – Julio, você é um bobão! – falei em meio a uma risada autêntica. – Dez! Vinte! Mil! Satisfeito?! – Por alguns instantes eu o vislumbrei em um torpor, sentia o pulsar acelerado dentro do meu peito, a respiração pesada, recuperando o fôlego, recobrei do meu transe quando algumas gotinhas de água pingaram em meu rosto. – Cê ta me molhando! – empurrei ele de leve, para que assim ficasse deitado na grama comigo.

Deslizei minha cabeça até tomar um lugar em seu peito, pertinho do ombro, os dedos da minha mão esquerda começaram a desenhar na pele molhada, quase seca, do moreno, passando pelos gominhos de seu abdômen, tateando as curvas e relevos, mapeava seu tronco como um cartógrafo. – Você não sabe quanto eu sou tagarela... as vezes nem a Açu, minha melhor amiga, me aguenta. – Beijei sua bochecha com um estalinho e então arqueei uma sobrancelha me levantando. – Você sente cócegas, garoto tatuado? – Semicerrei os olhos e comecei a cutucá-lo tentando descobrir seu ponto fraco, mas rapidamente ele me freou, era bem mais forte que eu. – Me solta, me solta! Se me largar eu toco uma música pra você. – eu já queria dedicar algo a ele mesmo, só precisava de um pretexto.

Sentei e puxei meu violão, agora que já estava afinado pude começar a tocar – Às vezes se eu me distraio, se não me vigio um instante me transporto pra perto de você. – Encarei os olhos do Julio com um sorriso, amava ver as expressões alheias, e prossegui com a música. – ... E o tempo é só meu e ninguém registra a cena, de repente vira um filme todo em câmera lenta. E eu acho que eu gosto mesmo de você, bem do jeito que você é... Eu vou equalizar você, numa frequência que só a gente sabe. Eu te transformei nessa canção, pra poder te gravar em mim! – Proferi o último acorde da música, um sol, e aguarei ansioso a reação do mais velho.



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bettyleg
Julio Torres
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Medibruxo
Julio Torres
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HMC: Medibruxo Estagiário
Dom 5 Jan 2020 - 16:59
It's always shining somewhere
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— Mil! De zero a dez? U-A-U! — Julio riu, deitado ao lado de Luca, de costas na grama. De repente seu peito foi tomado pelo peso da cabeça do menor e ele sentiu seu toque leve em seu torso nu. Com o braço direito dobrado sob a cabeça, como um travesseiro, os dois ficaram ali por alguns segundos, sentia-se bem. Com bastante calor, ok, mas o que sentia ia além de sensações físicas, ainda que ignorasse as cócegas causadas pelas famosas borboletas no estômago. Eram mesmo borboletas ou o Coelho cutucando-o com os dedos? Imediatamente, Julio agarrou a mão nervosa de Luca com a sua livre e o segurou com força. O garoto se debatia, em vão, para continuar com as cócegas; até que foi solto, graças a sua boa proposta oferecida.

Sem demoras, Luca agarrou seu violão e começou seu show particular. Como era bom. Julio se sentou de frente para o garoto e ouviu a musica inteira, admirando-o, movia os lábios hora ou outra nas partes as quais conhecia da música, mas sem cantar. — Só uma pergunta: a música foi pra mim, ou a letra? — Perguntou, em tom de brincadeira, assim que a música acabou. Na verdade ele queria mesmo saber a resposta para aquela pergunta, só não queria dar muito na cara o seu interesse. — Você é mesmo muito bom. Muito! — Circulou o advérbio de intensidade com certa mudança na entonação. Outra vez sua mania de repetir as palavras para chamar atenção foi mostrada e a lembrança do outro dia na praia de Porto Belo lhe veio à memória. "Te beijaria. Fácil." Ele precisava parar com esse costume.

Não eram namorados, nem amigos. Talvez... Conhecidos que se beijam? É, pode ser essa a classificação para o que tinham. Espera, tinham algo? Aparentemente nenhum dos dois sabia dizer. Rotular e classificar interações era um trabalho de adolescentes, como dito por Luca alguns dias antes, mas aquela interação em especial parecia precisar de um pouco mais de estudo antes de colar qualquer rótulo; pelo menos para Torres. "Cara, fica na sua.", o maior se controlou para não beija-lo novamente, respirou fundo e deitou-se ao lado do outro com as costas no chão novamente. — Acho que escorar minha cabeça no colo dele seria um pouco demais. — Disse o cara que vasculhou a boca do garoto com a língua a menos de cinco minutos, em uma frase foi baixa, inaudível, um pensamento alto. — Parece que ficar assistindo os treinos de quadribol mesmo sem entender nada do esporte te rendeu bons frutos, garoto da jangada. — Disse, com um olho meio fechado em uma careta por causa da luz que entrava por entre as folhas das árvores. — Fiquei tentando imaginar qual a sua posição... Apanhador? —  "Droga!" E lá se foi Julio, entregando-se outra vez. Se Luca fosse um pouco esperto, entenderia que o outro andou pensando nele. — Digo, pensei isso quando te vi com o pessoal do time ontem. — Tentou se explicar, na tentativa de fugir do constrangimento.


Luca Coelho
TLC » Artista
Luca Coelho
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305
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ARTISTA: Rosto da Mídia
Dom 5 Jan 2020 - 19:00

Mr. C.O.E.L.H.O.
bem-vindo ao fantástico mundo de luca coelho

A música foi pra mim...?” Aquele questionamento povoou todos os meus pensamentos em uma fração de segundos, mas que raios de pergunta era aquela?! Obvio que a letra da música era dedicada a você, Julio, cada palavra, cada significado por traz de cada nota, é obvio que eu estava tocando pensando em você, não consegue perceber minha cara de bobão toda vez que você me encara? Ou quando você fala com teu timbre de voz mais grave, que me deixa louquinho?

Respirei fundo, coloquei o violão de lado e baixei a cabeça. – Tu ta muito doidão, Julio. – Foi isso que eu consegui dizer pra um dos meninos mais fofos e bonitos do mundo? “tu ta muito doidão”, palmas Coelho, palmas não, você merece o Tocatins inteirinho. Escutei o elogio e outro sorriso me escapou, eu podia notar minhas bochechas queimarem, não era chegado a recebê-los com tanta frequência, ser elogiado me deixava meio desconcertado. – Obrigado e olha... talvez e eu tô dizendo só “talvez”, a música tenha sido dedicada a você, digo, a letra dela... Você entendeu. – Mordisquei o interior de minha bochecha, eu ainda estava meio sem jeito.

Julio resmungou alguma coisa se deitando ao meu lado, resolvi permanecer sentado, passei meus dedos sobre seus cabelos, macios e que já estavam bem secos, fazendo-lhe um cafuné, seria mais fácil se sua cabeça estivesse sobre meu colo, mas né, não iria forçar a barra. A pergunta que veio a seguir me deixou extremamente confuso, fazendo com que eu cessasse o carinho. Como que ele sabia que eu assistia os treinos de quadribol sem entender nada do assunto? Ele estava me stalkeando? Aaaaah! Ele estava me stalkeando! Pera aí, se ele estava me stalkeando no Witchgram, ele sabia dos meus crushes, não tão secretos?!

Meu coração saltou pela garganta, não que ter crushes fosse proibido, mas por alguma razão eu não queria que o Julio soubesse deles, e se desse merda? E se ele resolvesse parar de falar comigo? Meus ânimos só se apaziguaram quando ele perguntou minha posição no time (?), o garoto tatuado estava me observando e não apenas pelo Witchgram. Ele tinha me visto na cerimônia de boas-vindas, mesmo eu não tendo notado sua presença, mas como iria se meu foco estava voltado no Vicente e seu “amiguinho” da Eslovênia.

- Você entendeu tudo errado, menino! –Encarei seu rosto do alto, que estava de ponta cabeça em relação ao meu. – Lembra que eu vivo falando da minha melhor amiga, a Açu? Então, ela é a apanhadora dos Jaguar e eu vivo sentado com eles, mas nossa, nunca me dei bem com aulas de vôo. Sou bem melhor usando a varinha! – Percebi a gafe cometida e balancei a cabeça. – Digo, sou melhor com transfiguração, feitiços... – um sorriso abafado e envergonhado escapou de minha garganta, mas logo controlei o rumo da conversa.

Meus dedos, o indicador e médio, tocaram a área da clavícula do moreno e se movimentaram, como se gesticulassem uma caminha, até seu peitoral. – Quer dizer que você anda me vigiando, garoto tatuado? – Esbocei uma careta debochada e arteira. – Me diga, eu estava bonito ontem a noite? Gostou da minha roupa? – Confesso que nem eu lembrava que roupa eu tinha vestido, meu interesse era apenas analisar a reação do mais velho sobre a minha pergunta.  



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Julio Torres
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Dom 5 Jan 2020 - 23:19
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Com certeza Luca não iria admitir que estava gostando de Julio, era lógico, mas suas ações deixavam isso muito claro. Postar aquela música em seu witchgram e brincar com a possibilidade da música cantada no minuto anterior fosse para o Torres? É o que dizem: toda brincadeira tem um fundo de verdade. Por falar em witchgram, argh, como Julio tinha repulsa ao garoto Ventura sem ao menos o conhecer. Isso era normal? Gostoso, admitia, e como... Por que o desgosto pelo garoto sem nunca te-lo visto pessoalmente? Talvez pelo fato dele ser o principal assunto das postagens do garoto da jangada, mas o Torres tentava ignorar tais pensamentos, não querendo admitir para si mesmo que ele também estava começando a gostar do cantor magricela.

— Posso aceitar um talvez. — Disse Julio quando o outro começou a fazer cafuné em seus cabelos. Seria a deixa para se aproximar mais? Sim ou não, o mais velho levantou um pouco sua cabeça e a apoiou sobre as pernas alheias com um sorriso fraco no canto da boca. Foi quando as carícias cessaram "Ah, não!" Fez mal quando deitou-se no colo de Luca? Aparentemente sim. Seria estranho se afastar, sendo que havia acabado de deitar ali? A resposta também era sim, então, ele permaneceu parado enquanto conversavam, esperando algum tempo se passar antes de levantar-se outra vez. Quem sabe se vestir e tentar fazer tudo ficar menos constrangedor?

Julio apenas acenava com a cabeça, fazendo caras e bocas enquanto ouvia o discurso de Luca. Na verdade, ele não fazia parte do time de quadribol, como era de se esperar. Sua melhor amiga, a que ele ficou na casa durante as férias — santificada seja Açu —, era apanhadora dos jaguares; o que fazia dele uma tiete do time, e a santa Açu, muito provavelmente, não gostava do tal Vicente por ele ser do time adversário. Ponto pro Julio, mas "por que caralhos eu tô pensando nesse garoto de novo?", ele se perguntou ao assentir de sobrancelhas juntas para tudo o que o garoto dizia. Tudo ia bem demais até que Torres não conseguiu segurar o riso quando ouviu o comentário do garoto sobre varinhas. Bobão como era, sempre se encrencava por não conseguir se segurar quando achava algo engraçado; em Uagadou, já foi expulso da sala de aula algumas vezes por esse motivo. — Então você é melhor com a varinha? Quem diria.. — Explodiu em outra gargalhada, sem medo de ser rechaçado.

— Você não ta se achando demais não, garoto da jangada? — Perguntou quando, finalmente, parou de rir. — Te vi por acaso, oras. Todos os alunos no mesmo lugar... Era esperado que eu o visse, não? — Falava gesticulando, queria tirar a atenção do assunto. Sim, ele procurou Luca na cerimônia de boas vindas da noite anterior; e não, não o estava vigiando. Foi tudo ao caso, era o que queria acreditar. — O que posso dizer? A roupa estava legal, você também, então acho que fecho minha nota com um oito. — Sorriu, brincalhão e ajeitou sua cabeça no colo do outro como se pedisse por mais carinho em seu cabelo. — Então... — Prendeu o riso. — Você que se da bem com varinhas, não quer me mostrar algo? — A frase soou extremamente natural, apesar do duplo sentido que teria levado cor ao rosto de Julio se o mesmo já tivesse perdido o bronze da praia na semana anterior.

Luca Coelho
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Seg 6 Jan 2020 - 19:38

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Ah pronto! Julio tinha quantos anos? Três? Foi um errinho apenas, ta certo que foi um tanto engraçado e eu no lugar dele estaria me zoando também... – Muito palhaço você, ôh Bozo. – Cruzei os braços tentando forçar uma careta com bochechas infladas, expressando irritação, mas me perdi no sorriso contagiante do moreno, por que ele tinha que ser tão incrível? Que inferno!

Abanei a cabeça em um gesto de negação, encarando o maior que ainda estava deitado. – Para de mentir Julio! Admita que você passou as férias inteirinhas pensando em mim. Admita! – Eu estava pisando em brasas naquele momento. Poderia ser menos tagarela, contudo, não consegui evitar o deslocamento de meus sentimentos, tinha sido eu que havia pensado nele e naquele momento, tudo que eu mais queria era ouvir dele, que havia sido recíproco. No entanto tudo que ouvi foi um gesto de retaliação “um oito”, vingança era realmente um prato que se comia frio e eu tinha ido parar no Alasca, com aquele comentário. Um oito? É... um oito.

A gargalhada gostosa do menino, contribuiu para que eu não ficasse encucado. A pedido voltei a fazer cafuné em sua cabeça, não era um pedido muito difícil de ser atendido, como havia dito era viciante. – Não acredito que você vai me zoar de novo com esse lance de varinhas, garoto tatuado! – dei um peteleco em sua cabeça, que o fez fechar os olhos e rapidamente saquei minha varinha. – Levicorpus! – os tornozelos do mais velho foram erguidos no ar e de ponta cabeça o menino pode vislumbrar seu reflexo na água. – Você precisa esfriar um pouquinho, querido. Liberacorpus! – em seguida os respingos de água foram para todos os lados e Julio estava molhado mais uma vez.

Coloquei a varinha de lado, sobre meu violão e tirei meus sapatos e meias. Permaneci com a bermuda e camisa regata, pulei no lago pertinho onde o menino caíra e então lhe joguei água no rosto. – Viu como eu sei usar minha varinha muito bem?! – Sorri e molhei o rosto do moreno mais uma vez. – Gosto de você, Julio. Quer dizer você é um cara legal e... – Laçou a cintura dele lhe roubando um beijo curto e molhado. – Beijável. – nadei para longe antes de receber o troco.




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Julio Torres
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Ter 7 Jan 2020 - 0:42
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Era verdade que pensava no garoto da jangada hora ou outra nos dias seguintes a seu primeiro encontro. Como estava, o que poderia estar fazendo, se ainda estava "fugido" de casa ou se a situação com o pai havia melhorado. É, no fim das contas, Julio passou um bom tempo com os pensamentos atados ao cantor que tinha a estranha mania de se expor mais do que devia no witchgram. — Posso te dizer que talvez eu tenha pensado em ti. — Sorriu e levou os a mão esquerda a frente do rosto, com os dedos indicador e polegar próximos um ao outro e o olho semicerrado. — Um pouquinho assim, não quero que comece a se achar. — Brincou. Não fazia sentido admitir abertamente algo tão íntimo. Na verdade ele mesmo se recusava a acreditar que passou dias pensando no momento do primeiro beijo de Luca (?). Foi tudo muito especial, queria que o seu tivesse sido ao menos parecido.

O peteleco na testa fez os olhos de Julio se fecharem instantaneamente e a mão que se encontrava próxima caiu sobre a própria testa para massagear o local. — Ai, voc- AH! — Antes que pudesse dizer algo, sentiu seus pés sendo puxados para o alto, como se houvesse uma corda ou gancho os suspendendo sobre a superfície do riacho. Os dedos das mãos do Torres tocaram a água quando reclamou. — Me solta! Me coloca no chão! — A expressão no rosto de Luca deixou claro o que ele estava prestes a fazer, Julio mal teve tempo pra dizer algo e já estava encharcado novamente, afundando na água. Sua expressão dizia "eu não estou acreditando que você fez isso.", mas ele permaneceu calado, forçando uma careta séria até ver Luca entrar na água a seu encontro. Vestido, pena. O que? "Se controla, Julio, se controla."

— Da próxima vez da um aviso prévio, pode ser? — O maior perguntou, protegendo-se contra os respingos de água que o garoto da jangada lhe espirrava na cara. De repente sentiu os braços do outro se enroscarem em si e um beijo roubado de seus lábios. — Olha só quem ta cheio de atitude... — Pensou alto, olhando o menor se afastar às pressas, nadando para longe. — Eu posso te pegar, você sabe, né? — Avisou no que foi quase um grito e nadou na direção a qual o garoto seguia. Não foi difícil alcança-lo, esportes realmente não eram seu forte. Após algumas braçadas dentro d'água, Julio agarrou o menor pelas costas em um abraço um tanto quanto estranho. — Devo dizer que o sentimento é mútuo. — Disse no ouvido do outro. — É bom estar com você. — Beijou o pescoço do Coelho, tomando o devido cuidado para não chocar as partes de seus corpos que se encontravam submersas na água, não queria estragar o momento com o outro o julgando como um tarado. As coisas estavam ficando quentes demais para quem estava se refrescando na água. "Se controla.", repetia mentalmente como um mantra, respirando pesadamente. — E você é totalmente beijável. — Completou empurrando a camiseta do garoto com o queixo para beijar um pouco mais abaixo do pescoço. "Quem entra em um rio sem tirar a roupa?", pensava, já incomodado com a cueca, imagine se estivesse com toda a roupa tal qual Luca.


Luca Coelho
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Ter 7 Jan 2020 - 20:19

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Eu sabia muito bem que ele poderia me alcançar, quer dizer eu era rápido e tinha bons reflexos, dava pra perceber nas aulas de combate e defesa, eu não era um sedentário desajeitado, muito embora passasse essa impressão. No entanto eu também não era um atleta de ponta, desses que acordam as cinco da madrugada para fazer flexões e manter o corpinho em dia.

Senti o braço do Julio envolta do meu corpo me puxando em sua direção, meu coração acelerou e acelerou, parecia estar em uma maratona. Levou algum tempo para que eu assimilasse a frase do garoto tatuado, mas quando a ficha caiu e eu entendi a reciprocidade tudo parou, eu tive uma síncope, meus olhos aprofundaram-se no olhar dele, nada parecia mais importar, nada. Senti sua boca em meu pescoço e suas mãos em minha camisa, então a tirei, mesmo a contragosto, mesmo me sentindo estranho e envergonhado.

Meu olhar vagou disperso até ser tragado novamente para existência do mais velho, ele era meu foco. Passei meus braços pelo seu pescoço e comecei a beijá-lo, lentamente, aproveitando cada segundo precioso com ele, tentava ser mais original não me limitando apenas a sua boca, nossos corpos estavam tão juntinhos a água parecia não refrescar a pele, quente, do outro. Eu também sentia a minha ferver.

Deslizei minhas mãos pelo corpo dele, uma foi a nuca e a outra para suas costas, nem havia me dado conta que minhas pernas haviam prendido minha cintura na dela, foi muito natural e parecia ser certo. Os beijos se tornavam mais intensos, o toque também era e o pudor, o que era aquela palavra? Parecia nem existir mais, nem a vergonha ou o medo. Minha respiração ficou mais pesada, meu quadril arrastava no dele, ia e vinha, era uma sensação gostos e completamente estanha, nunca sentida antes, muito melhor que beijar. Não queria estragar o momento com uma fala e caramba, caramba eu estava excitado!

E agora? Não surta, Luca, não surta! Mas a gente tava ali tão juntinho e eu já tinha até visto... Tinha amigos que haviam perdido a virgindade aos treze e eu já tinha quatorze. Mas eu nem conhecia aquele cara, só que parecia ser meu conhecido de épocas, não faria mal, né?!

Pornô nenhum tinha me preparado para aquele momento, nem aqueles com historinha. E eu? Seria passivo, ativo? Será que tinha que, cê sabe... por a boca, lá embaixo? Isso é meio anti-higiênico né? Mas a sensação deve ser gostosa, se é com a mão, imagina... E se a gente transasse nós dois perderíamos a virgindade juntos? Pera, ele ainda era virgem? Ele tinha uma tatuagem, não deveria ser virgem. Será que a regra do “nunca julgue um livro pela capa”, vale também para as tatuagens? “nunca julgue a virgindade de um garoto por suas tatuagens?”. Nossa, que sem noção, mas poderia ter uma verdade por trás daquilo, um estudo, virgindade primeiro e tatuagem depois, ou tatuar ainda sendo virgem? Tatuagem significa rebeldia, certo? E garotos rebeldes devem fuder muito bem. Luca Pereira Coelho, que pensamento é esse, mas será que o Julio e me... COMER? E se doesse? E se não?

Freei o momento com uma careta que expressava mil sentimentos: nervosismo, tesão, dúvida, insegurança, vontade, só que ao mesmo tempo parecia não simbolizar porra nenhuma, talvez só uma cara de cu. – Eu... eu preciso ir ao banheiro, a gente se encontra depois, né?! – lhe dei um selinho super-rápido e sem esperar pela resposta, me separei dele, saindo do lago. Aarrei minha camisa encharcada, juntei rapidamente todos os meus pertences, corri para Ybirá, descamisado e com o violão em frente à minha bermuda molhada. Eu precisava do banheiro, precisava muito, urgentemente! Que merda. Adentrei no meu alojamento, joguei tudo em cima do baú e fui até um boxe sanitário e tratei de aliviar a tensão, graças a Tupã não tinha ninguém por ali.





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Julio Torres
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Julio Torres
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Qua 8 Jan 2020 - 23:46
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Luca parecia ler os pensamentos de Julio, era um legilimente? Assim que a boca do mais alto tocou seu ombro, ele tirou a camisa deixando o tórax magro exposto, ainda que parecesse envergonhado com a ação. O mais alto encarou o corpo magro do garoto que despia-se a sua frente e sentiu seu coração balançar-se dentro de seu peito, a pulsação aumentando, o sangue sendo bombeado para os devidos lugares; era tão menor em comparação a ele, mas ainda tão lindo e perfeito em cada detalhe. Ve-lo, sem camisa, finalmente, arrancou um sorriso abobalhado do Torres, mas ainda faltava mais peças a serem tiradas. “Sexo com ele no riacho em pleno primeiro dia de aulas? Não tem como começar o ano melhor.” Quando o garoto da jangada lançou seus braços em seu pescoço para beija-lo, o tempo parou, Julio sorria entre um beijo e outro, deliciando-se com a súbita coragem e atitude alheia. Antes, ele tentava manter seus corpos unidos apenas pelas bocas, sem tocar-se e não percebeu, nem quando, nem de quem, foi a decisão de se aproximar e colar os corpos com o calor dos beijos.

Sendo alguns centímetros maior, Julio precisava se inclinar para frente para conseguir beijar o garoto, então, em um movimento natural, como se fizesse aquilo diariamente, deslizou suas mãos nas costas do menor até os glúteos submersos, agarrou ambas na laterais exteriores das coxas e puxou suas pernas para cima de modo que o assoalho pélvico do cantor ficou encaixado no quadril do tatuado, suspenso. O clima se tornava mais quente a cada minuto. Não estavam dentro d’água? De onde vinha tanto calor? Com a mão esquerda no glúteo de Luca e a direita em suas costas, segurando-o firme para não deixa-lo cair, Julio vasculhava a boca do outro com sua língua em beijos cada vez mais enérgicos. Claramente, a intensidade não estava focada apenas em suas bocas, o garoto da jangada fazia questão de mover seus quadris para roçando um corpo contra o outro. — Luca, você... — O tatuado refreou sua língua e pensamentos. Queria Luca como nunca. A vontade era latejante e, tinha certeza, o outro havia notado e ainda assim continuava provocando. Havia dado seu primeiro beijo a poucos meses e — aparentemente — não beijou mais ninguém depois de Julio. Aonde queria chegar com tanta provocação?

Sabendo das consequências de tentar dar mais um passo, Torres deslizou uma de suas mãos até o cós da bermuda do Coelho, enfiou seu polegar ali e começou a puxar para baixo, implorando pela permissão para o fazer. Um erro, aparentemente. ”Merda, Julio, merda!” A partir dali tudo desandou, era o fim. Luca deu um último beijo rápido após uma desculpa esfarrapada e nadou até a margem. Dali, correu antes mesmo de vestir sua roupa, deixando o tatuado parado no mesmo lugar, com a visão do mais novo fugindo, um tesão do caralho — literalmente —, e as mãos, antes preenchidas com os glúteos do menor, abanando. — Fiz merda de novo. PORRA! — Gritou sozinho, quando Luca já não mais podia ouvir, para a floresta ao redor. Não queria te-lo assustado, e agora, provavelmente, toda a “magia” em relação ao garoto de seu primeiro beijo estava acabada. Entre o arrependimento por ter tentado algo mais com o garoto ao qual alimentava um sentimento (?) e a vontade de aliviar sua tensão, Julio focou na segunda opção. Fazer o que? Sabia muito bem se virar sozinho.
Anhangá
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Qui 9 Jan 2020 - 9:58
encerrada
seu desejo é uma ordem!

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