The Last Castle - RPG :: Tópicos de Personagem e RPs Arquivadas :: Arquivo de RPs Finalizadas :: RPs do Mundo Mágico
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
JAN2026
JANEIRO DE 2026 - VERÃO
>Quests Interativas<
ADMAGO
ATUALIZAÇÕES - ADM - OFF
28/05. Lançamento: Sistema de Atributos
7/06. atualização do tablón
1/08. estamos de volta
13/08. atualização dos ranks gerais do fórum
00mes
Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipiscing elit bibendum
Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
DESTAQUES
DOMINIQUE
MALU
POLLUX
MAGAH
DONINHA
CASSIE
Quem está conectado?
14 usuários online :: 1 registrado, 0 invisíveis e 13 visitantes

Abbe K. Baskerville

[ Ver toda a lista ]


O recorde de usuários online foi de 290 em Seg 8 Mar 2021 - 22:16

Bianca Torres
TLC » Fantasma
Bianca Torres
Mensagens :
436
Ocupação :
TLC: Fantasma
Qui 2 Jul 2020 - 0:42
Relembrando a primeira mensagem :

Baile Beneficente

Esta é uma RP ATEMPORAL que ocorre no dia 31 de julho, na sexta feira. Ficará aberta por exatos dez dias OFF a partir de hoje. A chegada no Baile Beneficente começa as 18, para as fotografias no RED CARPET, mas o evento em si começa as 20 horas.

A ideia da criação da Fundação Voando Alto (FVA) surgiu quando foi notado que os times de Castelobruxo não recebem apoio financeiro o suficiente e os equipamentos dos alunos acabam sendo de segunda, terceira mão.

O Primeiro Baile Beneficente organizado pela fundação tem como objetivo a arrecadação de bens para a divisão igualitária entre os três times da escola bruxa sul-americana. A depender do sucesso, poderão existir outros em breve.

As doações também gerarão pontos de fama para todos os personagens que quiserem ajudar esta causa. Quanto maior o valor, maior a evidência de seu nome, claro. Vide a lista abaixo.


  • 1.000R$ > 2 de fama
  • 2.000R$ > 5 de fama
  • 5.000R$ > 15 de fama
  • 10.000R$ > 40 de fama
  • 15.000R$ > 50 de fama

Buffet foi provido pelo Melão Violeta contém, além de todos os itens do cardápio do estabelecimento, qualquer bebida que desejar beber. Os copos e taças do evento são encantados para preencher-se com o líquido que o bruxo quiser, basta dizer "encha-se com" seguido com o nome da bebida. O encantamento, no entanto, não rejeita o álcool a menores de idade, mas lembrem-se: este é um evento beneficente para os alunos, qualquer deslize pode não acabar muito bem pra vocês.

A decoração é baseada em flores coloridas e o ambiente é amplo. Existe uma pista de dança no lado oposto ao palco, onde acontecerão anúncios e pequenos show dos convidados. Além disso, existe uma área isolada acusticamente, composta com a mesma decoração floral e alguns sofás macios espalhados para aqueles que querem uma conversa mais sigilosa, por assim dizer.



Fundadoras da FDA

Torres
Bianca

Bedoya
Roberta

Makeni
Aalyah


by emme




Última edição por Bianca Torres em Sex 3 Jul 2020 - 1:31, editado 1 vez(es)

Verônica Dourado
TLC » Adulta
Verônica Dourado
Mensagens :
89
Ocupação :
Diretora de Castelobruxo
Ter 7 Jul 2020 - 0:36
Baile Beneficente
Em prol do quadribol
Verônica havia passado todo o período de férias em Castelobruxo, era sua nova casa. Meio solitário com a proibição da permanência dos alunos em território escolar devido a morte que ocorreu ali alguns meses antes, mas ainda assim, sua casa. Havia se dedicado tanto à escola e aos seus estudantes em seu primeiro semestre como diretora que sentia, como nunca antes, que sua figura fazia parte de Castelobruxo. Seria um dia lembrada como sua avó foi? A mulher se olhava no espelho enquanto terminava de pentear os cabelos para trás, com a mente perdida em meio ao profundo silêncio que perdurou por semanas na ausência das crianças.

Por volta das dezesseis saiu do castelo e caminhou até a estação florestal onde pegou o trem com destino a Monte Nevado. A Dourado nunca conseguiu entender porque os eventos ditos importantes são sempre sediados na cidade, ou na Capital. Assim que sentou-se em uma das cabines do trem ele entrou em movimento e não demorou muito para que o clima começasse a esfriar. "Eu só espero que a temperatura seja controlada." Verônica pensou quando sua respiração começou a formar vapor em frente a sua boca, nos territórios do povoado bruxo. O vestido que usava não chegava nem perto do que seria aceitável para o frio e ela não queria ficar prestigiando as organizadoras do evento e seus alunos por pouco tempo.

Era humanamente impossível ir andando até a Fazenda Abundance com aquelas vestes de tecido fino, e salto que afundaria na neve, então assim que ela pisou no solo fora do trem e pode desaparatar ela o fez. O corpo da diretora se retorceu no ar e materializou-se em no início do tapete vermelho que cobria um caminho justo até a entrada do edifício onde a mágica acontecia. Os diversos fotógrafos ali correram para a frente da mulher que parou por alguns minutos para dar uma entrevista breve a respeito do baile beneficente para seus alunos. O que ela achava? Uma ideia extraordinária! Não havia do que reclamar, estavam todos mesmo precisando de instrumentos esportivos novos, e de alguma distração das recentes tragédias. O baile veio em boa hora.

— Desculpem, eu preciso ir. — Finalizou a conversa com um sorriso amigável, agora que a mídia estava começando a retrata-la como uma boa gestora. Assim que passou pela revista e entrou no edifício pode ver diversas pessoas pessoas conhecidas, outras nem tanto. Das organizadoras que se reuniam com as famílias à porta, apenas Bianca. Logico que sabia quem eram as outras, mas nunca havia tido qualquer contato com as mesmas. Um sorriso involuntário se formou no rosto da Dourado, orgulhosa por ver tantos alunos interessados e tantas pessoas dispostas a ajudar.
Vestindo isso!


Aberta a Interações.
Dion Porang
CARCARÁ » Estudante
Dion Porang
Mensagens :
157
Ter 7 Jul 2020 - 14:20



Fazenda AbundanceCantando31/07Vestindo




Donation Day


A inauguração de sua loja no início daquele mês havia sido um sucesso. Aurora não imaginava ter tanto lucro em um único dia, mas foi surpreendida pela presença e aquisições de tanta gente, o sentimento de realização não poderia ser maior. Finalmente havia encontrado algo válido para fazer com sua herança, ou melhor, com o dinheiro que seu pai lhe pagou para que ficasse no Brasil, longe do resto da família. Será que ele sabia que ela conseguiria se virar sem sua supervisão? Provavelmente não, e pouco se importava. A gringa culpava a madrasta pela lavagem cerebral feita em seu pai que sempre fora tão amoroso antes de se casar pela segunda vez, e desejava provar a qualquer custo o quanto ela estava errada de querer distância da meio-sereiana.

Aurora tomou conhecimento de um baile que aconteceria no fim daquele mês a partir da Bruxaria Hoje. Como amante da arte, aspirante a famosa e coração puro — assim pensa sobre si, e eu assino embaixo —, resolveu que marcaria presença no evento e entrou em contato com as organizadoras. Ao fim de alguns minutos de conversa, foi decidido que a garota seria uma das vozes do evento, o que para ela era uma notícia excelente. Só de pensar nas proporções que o baile teria em questão de mídia e alcance já sentia arrepios por todo seu corpo, será que agora ela finalmente ficaria conhecida por sua voz? Na ansiedade, imediatamente entrou em contato com Henrique Gonçalves para encomendar um vestido a altura. Queria ser bem vista. Precisava disso, mas além da roupa o que ela podia fazer pra se destacar em meio a multidão? Uma música autoral? É, uma música autoral com potencial pra ser lembrada como trilha sonora do evento! Ta bom, Aurora, fica calma, não é pra tanto não.

Não demorou muitos dias para que o designer marcasse um horário com a cantora e retirasse todas as suas medidas para começar o trabalho em seu look para o baile e nesse meio tempo colocou sua criatividade para compor uma música a qual nomeou daydreamer. Para ela, não havia melhor título para resumir a ação de levantar fundos para uma causa que vem sendo deixada de lado no Brasil a tantos anos. Sonhadores, a organização do evento era composta inteiramente por mulheres sonhadoras tentando manter vivos os sonhos de crianças que mal haviam começado a viver.

A maior dificuldade até o momento foi entrar no carro com aquela escultura de vestido, quanto trabalho pra não amassar nada... Assim que o carro parou na entrada do edifício a loira desceu com ajuda de algumas pessoas e caminhou até a entrada, passando pelos flashes dos fotógrafos que não faziam a mínima ideia de quem ela era, mas queriam uma amostra do modelo HG que caminhava a sia frente. Não demorou muito e a Aurora estava esperando pra sua vez de cantar no palco. A garota, Liandra, apesar de ser apenas uma criança cantava extremamente bem. — Você foi perfeita. — Elogiou a mais nova quando passou por si, com um sorriso no rosto antes de subir no palco para começar a se apresentar.

— Boa noite a todos, me chamo Aurora e estou aqui para cantar para vocês. — Disse, sorrindo, com os braços meio levantados por caus ado design do vestido. Imediatamente a banda começou a tocar os primeiros acordes da música e Aurora começou a cantar, usando seus encantos sereiacos para chamar atenção de quem a ouvia.


NC



Kachen Yabak
TLC » Adulto
Kachen Yabak
Mensagens :
79
Ter 7 Jul 2020 - 14:41
Um show beneficente sendo organizado e Kachen não poderia deixar de ir para ajudar aqueles que precisavam, quando passou pelo tapete vermelho algumas fotos dele foram tiradas com sua roupa normal e alguns autógrafos foram entregues de forma gentil pela parte do mesmo. O local estava um pouco cheio e aquilo o agradava de certa forma e sendo assim antes de ir para um pequeno camarinha improvisado ele havia doado cinco mil reais para os times do castelo bruxo, com certo tempo se encaminhou para ver as músicas que iriam cantar e alguns figurinos que ele e seus bailarinos e aqueles independentes que quisessem participar da música, além de um cartaz com as músicas a serem tocadas.

Iria começar com uma música mais calma para não assustar tanto os convidados com o seu estilo, conforme os dançarinos iam chegando ele se dirigia a maquiagem e explicava para os mesmos o que deveria ser feito e mostrava a ele os figurinos que apenas em My Swegger o limite de pessoas no palco seriam sete contando com ele. Tudo estava perfeito e seu sorriso era bastante aparente, seus olhos estavam atentos ao chamado no palco e ao mesmo tempo se sentava para fazer seu cabelo, depois algumas horas se trocava com uma jaqueta preta um pouco aberta e de couro e por uma calça no mesmo estilo.

Ao ser anunciado pediu que todos entrassem e fizessem um círculo no chão com seus pés e foi quando a música começou, Kachen tinha sua mente aberta e estava bastante calmo em quanto começava a cantar as primeiras estrofes.

neol ullyeobeorin
naega cham miwosseosseo
sangcheoman namgin
silsureul wonmanghaesseo
ije neo eopsin
uimireul ileun ireum
dasi bulleojwo

Conforme a música foi evoluindo a dança começava a ser um pouco mais agitada e as frases cantadas pareciam estar em perfeita harmonia, as pessoas a sua volta pareciam estar cada vez mais nervosas em errar qualquer parte da dança e o sorriso do mesmo tentava passar o maior conforte que ele tinha. Assim que a primeira música terminou eles saiam do palco agradecendo enquanto se preparavam para trocar as roupas para a música Poison que viria em seguida, tomar água durante a apresentação de outro artista era essencial para a garganta e logo pedia que seus dançarinos fizessem o mesmo.

Doação:
100 Ways
cactus


Show:
Figurinos:
Músicas e danças:
Miguel Barni de Assis
COMASUL » Funcionário da seção 4
Miguel Barni de Assis
Mensagens :
318
Ocupação :
COMASUL: Supervisor das Reservas Naturais
Ter 7 Jul 2020 - 22:32
Evento beneficente
You’re still the one I want for life
Miguel cresceu ouvindo dizerem que nós enxergamos o que queremos enxergar, que nós deixamos nossas mentes nos pregar peças e acreditamos em coisas inimagináveis e deixamos de acreditar em coisas básicas e reais. Era extremamente difícil para um linguista que fala com animais desde criança e que tem facilidade em diversas línguas e códigos aceitar uma afirmação dessas, mas vira e mexe Bianca conseguia fazê-lo repensar sua oposição à tais afirmações. Como que uma mulher daquelas não conseguia enxergar a perfeição que era e ficava nervosa toda vez que iam aparecer em público? Só querendo mesmo. – Está perfeita como sempre, meu bem. – comentou para a namorada com um sorriso no rosto enquanto lhe afagava a mão, na tentativa de transmitir confiança à Torres.

Desceu do carro e ajudou Bianca a fazer o mesmo, e quando finalmente encarou de verdade a entrada do evento na Fazenda, acabou apertando de leve a mão da companheira. – Isso você não me avisa, né? – comentou, lançando-lhe um olhar típico de quem não fica exatamente confortável em frente às câmeras. Não tendo outra escapatória, porém, ajeitou o paletó azul com rosa que usava por cima da camiseta branca e acompanhou a organizadora do evento, e estando ao seu lado nas fotos, conseguia sentir-se aliviado. – Pelo menos a atenção fica em você e eu passo despercebido. – brincou quando já entravam de vez no edifício.

– Wow! – foi o que conseguiu expressar de primeira, encarando embasbacado a decoração à sua volta. – Olha, vocês arrasaram, viu? Já sei a quem recorrer para organizar meu casamento. – comentou não apenas para Bianca, mas para as outras organizadoras do evento quando as encontram, dando uma piscadela e afagando mais uma vez a mão da loira, um sorriso nervoso nos lábios e as bochechas coradas pelo comentário aleatório feito no meio de tanta gente. – Lindo é pouco, está tudo perfeito, e que seja um sucesso. – comentou o linguista, levantando sua taça depois de tê-la pedido para se encher com vinho.

Mais e mais gente foi chegando, e aos poucos os convidados iam se soltando para ir ao palco e apresentar suas canções. Por longos minutos, Guel observou e curtiu as apresentações, uma nostalgia batendo forte em seu peito. Lembrou-se de seu violão pegando poeira em casa, lembrou dos luais na praia de Porto Belo e sua caderneta com letras de músicas que ele mesmo havia escrito desde anos e anos atrás. Vez ou outra ainda tinha inspiração para compor, mas era um pouco estranho que todas suas músicas fluíssem melhor em inglês – mas, bem, não tão estranho assim para um linguista terapeuta de animais, certo?

Foi quando avistou em meio aos participantes da festa um rosto conhecido de longa data que resolveu fazer uma loucura, e esperava que Bianca não o matasse. – Eu já volto. – comentou para a loira, dando um beijo carinhoso no canto de sua boca. Seguiu seu rumo atrás de Kacey, uma de suas amigas companheira de luais, festivais e noites de karaokê no bar no Sorte Líquida, mal consegui crer que a estava vendo ali. Não foi preciso muito para que convencesse Key a subir no palco com ele, de surpresa. Na subida, acabou lançando um olhar meio torto e confuso para Kachen, que por sua vez acabava de terminar sua apresentação e se retirava do palco, o acontecido com Paula ainda era meio recente e não totalmente esclarecido, de forma que simplesmente vê-lo fazia o coração de Miguel palpitar em desespero para proteger a mais nova, mas Kach realmente parecia uma boa pessoa, e talvez pudesse ajudar Paula mais que ele, afinal, de forma que Guel se conteve em ações e elogiou a apresentação do zelador multifacetado.

Já no palco, quando várias cabeças se viraram em sua direção, o Assis quase desistiu. Poderia dar qualquer aviso idiota e descer dali como se nada tivesse acontecido – seria uma vantagem de namorar a organizadora do evento, right? Mas ao encontrar o olhar surpreso/curioso/preocupado de Bianca, teve de sorrir, uma sorriso alegre demais e tímido ao mesmo tempo, fazendo a covinha se tornar visível no lado esquerdo de seu rosto. – Boa noite à todos! Eu sou Miguel e essa é minha amiga Kacey, e.. bem, eu acabei de convencê-la a subir aqui comigo para apresentarmos um dueto que cantamos juntos em um festival alguns anos atrás. É um cover de uma música que hoje, finalmente, eu posso dedicar à alguém. – o olhar que percorreu o salão enquanto falava voltou-se mais sua vez para sua amada. This is for you. – o sorriso em seu rosto se tornou quase incrédulo de si mesmo enquanto puxava um violão ali disponível.

Começou com o violão, lembrando na hora quais as notas daquela música, e aos poucos os demais instrumentos enfeitiçados por alguém começaram a tocar, acompanhando a melodia. K começou a cantar e com a letra inicial, o sorriso tímido tomou conta dos lábios do docente mais uma vez enquanto encarava Bianca em meio à plateia. Seguiu tocando até que o refrão chegou, e aí foi a vez do próprio Guel se aproxima do microfone e soltar sua voz. You're still the one I run to, the one that I belong to, you're still the one I want for life! – cantou jundo de sua amiga, rezando para que Bianca conhecesse ou estivesse conhecendo a letra.

A segunda parte da música veio em seguida, e essa parte Guel cantou sozinho, o olhar indo ao encontro da Torres o tempo todo, observando sua reação. They said, "I bet they'll never make it".. But just look at us holding on! We're still together still going strong! – dessa vez sorriu para a namorada como quem dissesse “desculpa pelas minhas trapalhadas”, e logo voltou a cantar o refrão mais duas vezes, entrando ainda mais na vibe e dançando enquanto tocava o violão. I'm so glad we made it, look how far we've come my baby! – estendeu a última palavra, tocou o último acorde e assim encerraram a música.

Agradecendo aos que ficaram apara assistir, Guel desceu do palco junto de Kacey e a levou para perto de Bianca. – Voltei. – encarou-a apreensivo, apresentando as duas logo em seguida. Esperava que Bianca não o matasse pela cena no evento.
    @Kacey (npc)  @Bianca  || Roupa do vídeo


MÚSICA:
Tradução da música:
Eva Liens Skjoldnes
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Medibruxa
Eva Liens Skjoldnes
Mensagens :
186
Ocupação :
HMC: Medibruxa Infectologista
Qua 8 Jul 2020 - 0:11
You like my hair? Gee, thanks, just bought it
I see it, I like it, I want it, I got it
início da noitebaile beneficentew/ Mavis e Matteoprivado
Do céu ao inferno em tão pouco tempo. Esse seria o resumo perfeito das minhas férias, que começaram com um romance entre Polo e eu em uma ilha cheia de festas, lugares bonitos e festas selvagens. Ao retornar para Monte Nevado, minha família ordenou que eu fosse para o sul para matar a saudade dos poucos parentes que ainda sabiam da minha existência, e tão prontamente Polo se ofereceu para ir junto que pareceu até um conto de fadas. Algo deve tê-lo assustado no período em que passamos com a minha família, pois a cada dia que passava, mais distante de mim ele ia ficando. Meus toques já não o deixavam animado, sequer nervoso, e eu inicialmente pensei que talvez fosse timidez por ter meus pais e meus avós sobre o mesmo teto. Quando voltamos, no entanto, ele continuou esquisito e ainda mais distante do que o normal, agora também fisicamente, e o término do nosso breve relacionamento se fez mais do que necessário. Ele estava aliviado, agora poderia fazer seu intercâmbio sem me deixar para trás, e eu jamais admitira que estava triste ou descrente em como as coisas haviam começado e acabado em tão pouco tempo.

Um dos motivos que me fez pensar duas vezes antes de ir ao baile beneficente era o meu humor. Como uma boa vaidosa, beijada pelo sol e abençoada com muita beleza e um corpo perfeito para trajes de gala, eu deveria estar dando pulinhos de alegria, mas no lugar de todas essas emoções eu só sentia preguiça, desânimo, vontade de ficar assistindo filmes românticos e me entupindo dos chocolates de Gramado, uma cidade trouxa conhecida em meu estado por ter os melhores chocolates e doces do sul do país. Foi a ideia de renunciar as coisas que eu adorava para sofrer por um homem, na verdade um garotinho, que me fez correr para o banho e iniciar os preparativos para a grande festa. Tinha Roberta iria passar por ali para me buscar, assim como Mogli que voltaria a vida humana para se arrumar em uma casa provisória que eu estava alugando com o dinheiro que meus abastados pais resolveram alugar até a volta às aulas.

Nem preciso dizer que deixar meu cabelo e minha pele em perfeito estado fora a parte fácil, o difícil mesmo foi manter o pensamento positivo e a vontade de ir ao evento. Quando Mogli chegou parecendo um bicho do mato, com os cabelos cheios de nós e precisando de uma boa depilação, a correria de fato começou. Me senti a madrinha dos desenhos da Disney onde alguma donzela precisa de socorro e lá está a fadinha, prestes a realizar o desejo de deixar a garota apresentável, especialmente em uma sociedade de gala que ainda não estava cem porcento habituada com a presença de criaturas entre eles. — Céus, Malvina, como é que eu vou fazer você virar uma princesa se não temos tempo nem para o primeiro anão? Oh céus, corra pro banho, vá! — Disse a ela, a seguindo e começando o seu processo de beleza.

As dezoito horas estávamos, por incrível que pareça, prontas para o evento. Estávamos em frente à casa esperando o tal carro da tia Rô que nos buscaria. Eu ainda poderia chamá-la de tia quando soubessem que não era mais a namorada de Polo? Malv até havia me perguntado se estava tudo bem, alegando que minha aura estava de uma cor esquisita, mas não tínhamos tempo para discutir meus sentimentos ou o que havia sobrado deles. Depois de uma longa demora e de eu ter pensado em todas as frases feministas que me alegravam, finalmente o carro havia chegado, com ninguém mais, ninguém menos, do que os gêmeos Ornellas. — Que prazer inenarrável, meus caros, vê-los novamente. Onde estão as gêmeas? — Questionei tão logo que entrei no carro e percebi a ausência delas.

O trajeto até o local havia sido para colocar as fofocas em dia. Eu havia perdido o festival das caiporas e aparentemente o clima na casa dos Bedoya-Fialho não estava tão agradável quanto parecia. Que grande azar. Pensei em contar a eles naquele momento sobre Polo e o que havia acontecido, mas eles já tinham problemas demais. Quando perguntaram sobre ele, respondi somente que não estava muito disposto para eventos abarrotados de gente. Serviu muito bem, pois era exatamente como o garoto se comportava enquanto eu queria todos os holofotes do mundo em meu rosto.

Chegamos, os quatro, até a entrada. Um tapete vermelho gigante com vários fotógrafos cobria o lugar, e embora eu não fosse famosa, meu vestido havia se destacado e me pediram para fazer pose para as fotos. O nascimento de uma estrela não está no cosmos, professora Aurora, estava ali, comigo parada em frente as câmeras e fazendo poses e sorrisos dignos de uma modelo profissional. Até dei entrevista! O fato de ser a garota que deu entrevista na revista da professora Bianca havia me dado mais crédito do que eu havia imaginado, afinal. Depois desse momento de fama, nos direcionamos até a entrada do local. Uma revista me fez girar os olhos até eles quase pularem para fora das órbitas e então fomos liberados. Matteo acompanhando Mavis, que parecia mais estranha do que o normal, e ao lado deles estava Mogli e eu.

Nunca havia estado em um evento de luxo em toda a minha vida. A coisa mais chique que estive sem serem coisas de CTG no meu estado eram os bailes da escola. Aquele superava toda e qualquer expectativa e eu estava realmente me sentindo uma estrela em ascensão. — Que tal começarmos procurando as gêmeas lacração? — Queria fazê-lo inicialmente por matar a saudade das amigas, em especial de Lorena, mas também porque ser vista ao lado das gêmeas Bedoya, herdeiras da cantora mais famosa que a sociedade bruxa conhecia, pegaria incrivelmente bem.

Ao se aproximarem da grande roda, fiz questão de cumprimentar educadamente cada um dos presentes, demorando um pouco mais em tia Roberta que era sempre tão gentil. Flagrei Lora dizendo algo para a sua grande deusa, Aalyah, e as interrompi pois eu estava com tanta saudade daquela morena encrenqueira que não resisti. Nos abraçamos animadas e eu senti em seus braços a energia gostosa que ela passava. Dei oi para a modelo e puxei minha amiga para o grupo de pessoas jovens. — Onde uma garota solteira consegue uma bebida por aqui? — Disse a eles, deixando caretas apavoradas me encararem. Foi assim que saímos de perto dos adultos e ficamos mais perto da pista de dança. Eu precisava tomar coragem de falar, mas talvez não precisasse ser naquele momento.


code by EMME


Marina Santini Dalavia
JAGUAR » Goleira
avatar
Mensagens :
281
Ocupação :
CB - Goleira Jaguar
Qua 8 Jul 2020 - 0:38
Oh, wow! Baile beneficente com os amigos!
Eu quase me atrasei para meu encontro com Paola, pois enquanto estou na minha forma colibri, não consigo lembrar de coisas que meu lado humana agenda. Quando estou voando, sou eu, o céu, as árvores e o som das minhas asas que batem muito rápido. A liberdade do voo e a sensação de renovação oriundas do momento não me permitiriam lembrar nem se eu tivesse o cérebro de um humano no corpo de criatura. Também não sei dizer quanto tempo o voo dura, não sei e nem tento controlar. Eu vejo lugares, paisagens, e me jogo nelas como se só isso importasse. Paro vez ou outra para descansar as asas ou para me alimentar de saborosos animais, coisa que na minha versão humana não aconteceria de forma alguma. Foi ao retomar a vida humana que percebi ter ficado quase uma semana em forma de criatura. Meu celular e minhas roupas haviam sido escondidos próximos a uma casa distante do centro da cidade e eu me vesti lá mesmo. Não tinha bateria no celular, o que me obrigou a pedir para pedestres que dia era. As pessoas me olhavam assustada, mas o que eu poderia fazer? Ao saber da data, a mesma do evento, e observar a posição solar, imediatamente soube que eu estava muito atrasada e que Lola estaria tendo uma crise de ATP, o que eu fiquei sabendo depois ser um ataque de pelancas. Não saberia explicar para qualquer outra pessoa do que se tratava aquilo, mas sabia que não era bom. Irritar a loirinha nunca era bom.

Eu corri muito, muito mesmo. Quando cheguei em sua casa, estava praticamente sem ar e provavelmente estava parecendo muito bagunçada. Paola deixou claro com sua fala e expressões que eu precisaria melhorar minha aparência nem que fosse a base de milagre. Não entendi que milagre seria, mas também não contestei. Queria estar linda pelo evento, mas também para mostrar para Mavis que eu conseguia ser uma normal e bonita, assim como ela. Se bem que eu jamais conseguiria ser linda assim, mas se ela havia me beijado, talvez a minha beleza já fosse o suficiente, né? Ainda assim aceitei quando a menina me mandou para o banho e raspou minhas pernas com uma lâmina que poderia ter arrancado minha pele, mas mantive o pensamento positivo. Havia algo de errado nela, dava para sentir, mas eu não irritaria alguém com uma coisa afiada na mão, ainda mais uma que costuma ser irritadinha por ela e pelo resto do alojamento inteiro. — Paola, você tem certeza que... — Ela não me deixou terminar. Me deu cinco minutos para tomar um banho e “dar um jeito nesse ninho de rato que virou seu cabelo” antes de sair, me deixando sozinha no banheiro.

Tentei não demorar, mas a verdade é que aquele banho quente me fez sair muito mais leve do que quando havia chegado. O complicado foi depois: Lola secou e enrolou meu cabelo, me vestiu com um desses vestidos elegantes e super longos, me fez calçar sapatos de salto e maquiou meu rosto de forma que eu parecia uma princesa. Estava encantada com o trabalho feito pela minha amiga. — Uau, você arrasa! — Disse a ela com o sorriso mais sincero e mais grato de todos. Até tentei lhe dar um abraço, mas ela temeu pelo tecido de seu vestido preto e eu entendi o ponto de vista dela, deixando o momento de afeto para mais tarde. Antes de sairmos, Paola tirou uma garrafa de algum lugar, deu um grande gole, e pelo hálito e careta dela, provavelmente aquilo não era suco de limão. Ok, algo estava mesmo errado. Iria perguntar, mas aí o carro chegou e eu vi Mavis. As minhas pernas travaram, meu rosto parecia arder de calor e minhas mãos estavam suando.  A loira ao meu lado disse que era só um salto, para eu andar de uma vez, e quando o fiz, entrei no carro e tive de lutar para tirar os olhos de Mav. — Você está tão linda que parece ter sido arrumada pela mãe natureza em pessoa. — Disse a ela, ignorando completamente os olhares dos outros dois. O trajeto foi todo sobre como estava sendo o período na casa dos tios, mas eu só tinha olhos para uma pessoa e estava lutando para não deixar óbvio.

Chegamos no evento e uma fotógrafa me pediu para fazer pose para as fotos. “Uma criatura, vejam!”, disse ela como se eu fosse um bicho do mato largado num tapete chique. Ok, talvez ela tivesse razão, mas a sequência de flashes quase me deixou cega e fora Mav quem me puxara para entramos no lugar. Ela estava ao lado do irmão, Paola estava ao meu lado, e juntos adentramos o grande salão. A música era perfeita, haviam flores por todos os lados e parecia que estávamos vivendo um sonho. Eu nem ouvi o que outros disseram, somente segui para perto das gêmeas, da professora Bianca e da modelo por quem Lora vivia babando. Dei oi a todos, prestando atenção em Paola que não somente nos tirara de perto dos mais velhos como ainda avisou que estava solteira. — Solteira hoje ou solteira tipo adeus Polo? — Perguntei, tentando deixar meu queixo firme no lugar e não tocando no tapete.


~ VESTINDO ~
Lorena Bedoya Fialho
COMASUL » Auror
Lorena Bedoya Fialho
Mensagens :
768
Ocupação :
COMASUL: Auror Estagiário
Qua 8 Jul 2020 - 1:03
Baile beneficente
Ela sabia que a mãe não estava organizando o evento sozinha. Sabia que Bianca estava tão ativa quanto a mãe, assim como já havia ficado sabendo que Aalyah estava ajudando também. Além de modelo e dj, ela era fã de esportes. Adivinha quem agora é atleta de quadribol? Todos os caminhavam guiavam as duas ao casamento que teriam um dia, mas Lorena foi pega de surpresa pela presença da modelo. Ela sabia que a outra apareceria para falar com sua mãe, mas não achou que fosse acontecer tão cedo. Primeiro veio ela, vestida de forma tão linda e sensual que parecia ter saído direto de um catálogo de moda para perambular pelo evento. Em seguida veio seu cheiro, marcante como sua presença. Ao abraçar a sextanista, ela perdeu completamente o poder da fala, de ação, de qualquer coisa que não fosse um olhar de paraíso, literalmente olhando para o nada e pensando em tudo. Aalyah havia notado, é claro, então seguiu dando oi para Cecília e para o resto do grupo, se aproximando da irmã de Arthur que havia visto seu fiasco no festival. Aliás, a morena não tinha arrependimento algum do que havia feito. Viver requer coragem e um pouco de breguice, então ela estava satisfeita com o que tinha conseguido.

Para completar o circo, Pilar havia se unido ao grupo que só fazia ficar maior. Lorena tentou evitar olhar para aquela que um dia havia sido sua amiga e que agora só a deixava com asco, focando no outro Torres que havia se unido a eles. Arthur estava tão lindo e tão educado, como de costume. O garoto deu um beijo na bochecha da morena que logo sorriu para ele. — Sempre tão educado, Artie. Assim fico até envergonhada! — Disse ela com um sorriso maldoso que entregava que não havia nenhuma timidez naquele corpo. Para quebrar um pouco a forte presença Torres, Mavis, Matteo, Paola e Malvina se uniram ao grupo. Estavam todos tão lindos e radiantes! Lora notou a ausência de Polo, mas não reclamou, o primo odiava eventos desse tipo, enquanto Lola parecia ter nascido para eles. — Ainda bem que vocês vieram! — Disse para os primos, visto que as amigas ainda estavam dando oi para os outros presentes. Paola jamais perderia a chance de conversar um pouco com pessoas famosas, Lorena sabia disso. Fora aí que Mav sugeriu que deixassem o grupo de adultos para trás e fossem para seu próprio grupo, e é claro que a ideia pareceu perfeita. Antes, no entanto, a jovem precisava fazer uma última coisa. — Volto já, me esperem! — Avisou, dando uma piscadela para os presentes.

Passou a mão pelo vestido antes de caminhar em direção a Aalyah, tocando em seu ombro para lhe chamar a atenção. — Você me deixou tímida mais cedo. Quero me desculpar por não ter sido educada. — Seu tom de voz era alto o suficiente para superar a música e deixar que a mulher ouvisse, mas com alguma sorte os outros não. Num gesto de coragem, aproximou a boca do ouvido da modelo. — Falta um ano e meio para eu poder te dar o oi que a gente merece. Mas sabe, se quiser um spoiler, vou estar por aqui... — Sussurrou para a mulher, dessa vez tendo a garantia de que só ela teria ouvido. Se o cabelo desta não fosse tão curto, Lorena teria dado uma mordidinha em seu lóbulo, mas precisavam ser discretas pois qualquer relação física entre elas era proibida para manter a fama de Aalyah intacta. E então, antes que a coragem de María desse espaço para o pânico após ter dito o que pensava para a sua grande ídola, Paola apareceu toda animada e as duas amigas se abraçaram como não faziam desde as férias em Noronha. Além de matar a saudade, Lola a estava poupando de passar vergonha quando a arrastou para perto do grupo de jovens, que agora estava de fato pronto para ir para mais perto da pista de dança. Lora deu uma última olhada para a modelo antes de se afastar com os outros, brincando com Arthur sobre como ele estava elegante naquela roupa.

O susto veio de Paola que anunciou, de forma meio inusitada, que estava solteira. Todos a encheram de perguntas, mas Lorena apenas ficou quieta, a encarando como quem tenta analisar quão triste ela estava. Polo havia confidenciado a prima que estava planejando largar a vida no Brasil e fazer intercâmbio em outra escola, e claro, não havia lugar para Paola nesses novos planos. Ela sabia desde que eles haviam ido para o estado natal da loira, mas como iria ligar ou mandar uma mensagem para Lola avisando que ela seria largada em breve? — Ok, acho que consigo bebida pra gente. Do que mais você precisa? — Revelou, tentando pensar em como faria sem ser pega pela mãe ou pior, pelo pai. Abraçou Paola e disse baixinho que ficaria tudo bem. Mais do que ninguém, Lorena sabia como era ser abandonada, ainda mais agora que o ex havia resolvido mandar mensagens no witchgram.

+ VESTINDO
Interagindo com Mavis, Matteo, Paola, Malvina, Arthur e Pillar.
date da Ceci noite baile beneficente


Matteo Bedoya Agüero
COMASUL » Funcionário da seção 1
Matteo Bedoya Agüero
Mensagens :
583
Ocupação :
COMASUL: Assistente do Gabinete Presidencial
Qua 8 Jul 2020 - 1:18
Baile Beneficente

« Bora ajudar o esporte »
O tio Bartolomeu demonstrou-se ser mais insuportável do que imaginávamos ser. Ele sequer escondia o fato de querer se livrar da imagem de todos que não fossem Lorena e Cecília de sua frente, tanto que sequer fez questão de nos tratar minimamente bem desde que estivemos em sua presença. A tia Roberta, como sempre, tentava amenizar a situação, mas nem ela seria capaz de superar o mal humor do tirano, sinceramente. — Nas próximas férias eu irei sumir! — Disse em alto e bom tom enquanto arrumava minha roupa para o evento do dia. Haveria um baile beneficente para arrecadar dinheiro para os times de quadribol da escola e como eu era capitão de um dos times e minha tia estava envolvida na organização do evento, então eu não poderia faltar, mas a vontade que eu tinha era de ficar em casa. Eu não aguentaria ter que lidar com Bartolomeu e a falsa moralidade dele. Querer mostrar pra todos que sua família é perfeita e feliz, quando na verdade estava tudo ruindo graças a podridão e a radiação que ele emanava. Era incrível como algumas pessoas se esforçavam ao máximo para mostrar ser que não são de verdade e o Sr. Fialho fazia isso como ninguém.

— Gostou, mana? Caprichei né? Mas você está tão linda quanto. — Retribuí ao abraço de Mavis e beijei o topo de sua cabeça. Minha gêmea estava magnífica e era estranho vê-la tão arrumada, mas aquele vestido era sua cara, fora o cinto que ele usava que eu havia adorado. Ela estava linda e na hora certa, o que era ainda mais bizarro. Na verdade o nosso tio deu um sermão sobre quais seriam as consequências do atraso de alguém, mas eu, sinceramente, nem escutei. Entrou por um ouvido e saiu pelo outro sem culpa nenhuma. Eu que não iria terminar de arruinar minha noite por conta de Bartolomeu. — Vamos, antes que o seu tio fique falando na nossa cabeça pelo atraso. — Saímos aos risos e assim que saímos da residência, nós demos de cara com dois carros. Um para os Bedoya-Fialho e outro para nós. Revirei os olhos e xinguei mentalmente Bartolomeu de tudo quanto é nome ruim. Caramba, que homenzinho asqueroso! Cabia todo mundo num único carro, por que ele tem que ser tão inconveniente? — Mana, nem me fala! Mas deixa, o que é dele está guardado, ele mexeu com a pessoa errada. — Entrei no carro revoltado e fui acompanhado pela minha gêmea. Bartolomeu havia escolhido a pior pessoa para arrumar confusão, todo mundo em sã consciência que sabe do meu histórico pensaria duas vezes antes de fazer qualquer coisa comigo, mas meu tio ainda não sabia desse pequeno detalhe, ele ainda acha que eu sou o Matteo cabeça oca e mimado de sempre, pois bem, ele que me aguarde.

Demoramos a chegar um pouco devido as nossas paradas para pegar as meninas, mas nossa viagem deve ter sido muito mais divertida do que a da família Adams, eu tenho certeza. As meninas que haviam se juntado a nós eram completamente divertidas, espontâneas e durante todo o trajeto fizeram questão de nos animar e afastar toda a vibe ruim implantada pelo Sr. Fialho. Paola e Malvina estavam impecáveis e, além disso, estavam animadíssimas, o que acabou afetando meu humor também. Se tinha uma coisa que eu gostava em meu dom às vezes era isto. O fato de eu ser quase uma esponja psíquica e absorver esses sentimentos de outras pessoas ou mimetizar, eu ainda não sabia ao certo como funcionava, mas eu conseguia sentir o que elas sentiam, principalmente Mavis que parecia ter mudado drasticamente de humor assim que Malvina surgiu. Será que eu havia perdido alguma coisa? Provavelmente sim, mas eu não pressionaria minha gêmea, quando ela sentir-se a vontade para falar, ela vai falar.

Saltamos do carro e Mavis me puxou para que fôssemos juntos. Eu confesso que ainda não me acostumei muito com flashes de câmera. Eu me sentia meio sem graça com tantas câmeras apontadas para minha cara, mas Mavis sentia-se tão confortável que eu acabei indo na dela. Seguimos o caminho no tapete vermelho, fomos revistados e finalmente entramos no local da festa. Demos uma bela olhada para o ambiente e ficamos embasbacados. Realmente as organizadoras não pouparam esforços para deixar aquele baile totalmente luxuoso. E as roupas? O pessoal havia se empenhado em ir o mais glamouroso possível e eu aqui todo básico. — U-au, só isso que tenho para dizer. — Disse antes de dar mais uma bela contemplada no local e avistar nossos familiares junto com os Torres e mais algumas pessoas. Mavis nem hesitou em aproximar-se, e eu acabei indo também, embora estivesse com um pouco de receio. Bem, Júlio estava ali e nós estamos nos envolvendo - até demais para o meu gosto - em algo que parece ser altamente perigoso. Para piorar, havia a Martinez no meio, mas aquela lá era tão topetuda que sequer devia ligar para nada do que acontecia, se é que estava acontecendo algo. Às vezes eu acho que dou importância demais para as coisas que não tem tanta importância para os outros, mas fazer o que? Eu sou assim. — Olá pessoal, prazer. — Cumprimentei a todos, mas meus olhos foram primeiro em Júlio. Ele parecia sequer notar, o que me deixou um pouco irritado a princípio, mas como estávamos no meio de todos eu preferi não fazer nenhum tipo de cena. Simplesmente segui sendo cordial com os adultos e com as pessoas que não me conheciam até que demos um jeito de finalmente nos livrar das figuras mais velhas.

Assim que nos afastamos eu olhei para Paola e arqueei uma sobrancelha. A loira já estava choramingando sobre beber e eu que não a deixaria na mão. — Que mané Polo, Malvina! Você quer beber, loira? Não seja por isso, deixa comigo, Lora. — Catei duas taças vazias do garçom que passou perto de nós. Ele claramente notou que éramos menores de idade, mas não falou absolutamente nada. Ótimo. — Encha-se com vinho. — Copiei a mesma atitude dos bruxos mais velhos e funcionou corretamente. Ambas as taças encheram-se com o líquido arroxeado e eu ofereci uma das taças para a Vargas, dando um selinho rápido nela e brindando logo em seguida. — Um brinde a nós. — Pisquei para Paola e logo após olhei para Júlio. Sequer prestei muita atenção em sua reação, pois puxei as meninas para mais próximo ainda do palco e da pista de dança. — Bora dançar, galera, esse baile precisa de agitação. — Comecei a dançar com as meninas bem quando Kachen estava fazendo suas coreografias mirabolantes. Estávamos tentando acompanhar, e eu estava mais tomando precaução para que a bebida não caísse do que para a coreografia em si.

Eu estava na segunda taça de vinho e aproveitei que a música animada havia dado uma pausa quando o professor Miguel subiu ao palco e pousei meus olhos em Júlio enquanto bebia. Ele era um imbecil! Estava lá todo gostoso fingindo que nem me via, por que ele fazia isso? Para piorar, Emília não estava ali. Onde foi que a goleira se meteu? É um baile beneficente em prol do quadribol, sério que ela não vai dar as caras? Bem, na falta dela vai ser o Torres mesmo que eu irei perturbar. Afastei-me das garotas que estavam entretidas vendo a apresentação no palco e puxei Júlio pelo colarinho até um canto do local onde ninguém pudesse nos interromper, enquanto a moça cantava e Miguel a acompanhava no violão. Soltei o Torres contra uma parede e o fitei com raiva. Se meus olhos tivessem o poder de matar, aquele loiro idiota já estaria estirado morto no chão. — Vai ficar me ignorando a noite toda mesmo, Torres? — Indaguei deixando o pouco álcool que eu ingeri falar mais por mim do que eu mesmo. A trilha sonora no fundo estava ótima para passar vergonha, mas também estava propícia demais para que eu sequer o deixasse explicar-se e calasse aquela boca dele com um beijão, mas eu não o fiz. Eu prometi a mim mesmo que iria me controlar e eu iria obter êxito ao menos nisso essa noite.

And it's the thousandth time and it's even bolder, don't be surprised when you get bent over, they told you, but you were dying for it
Pilar Torres
TLC » Adulta
Pilar Torres
Mensagens :
42
Qua 8 Jul 2020 - 11:33


Party
SALAGADOOLA MECHEGABULA BIBIDI-BOBIDI-BU
Festa. Creio que qualquer pessoa no mundo ficaria feliz com a simples menção desta palavra. Admito que até eu ficaria, caso não estivesse tão tensa a esse respeito.

Razões para eu estar tensa:
- Meu pai parecia INCRIVELMENTE ANIMADO com esse baile. E ele enfiou na cabeça que temos que nos tornar essenciais para a sociedade bruxa. E eu a herdeira do legado da vovó Macarena. Já contei que ele está obcecado com isso? Pois é.
- Minhas irmãs tinham sumido do mapa.
- Eu tinha acabado meu mais recente affair, ou seja, sem nenhum BOY interessante para curtir a festa.
- Era uma festa organizada não só pela minha família como pelos Bedoya, o que incluia aqui Lora - minha ex-BFF de infância - e vale lembrar que atualmente estou no TOP 5 das pessoas mais detestadas por ela, ou talvez mesmo a mais detestada. Parabéns para mim! UHUL! Só que papai não sabe desse detalhe, então pra ele estou indo numa festa organizada por AMIGOS que por sinal são SUPER QUERIDOS da Bia e sendo ela a sobrinha favorita de 9 entre 10 membros dos Torres, eu tenho que me dar bem com os Bedoya e tentar não envergonhar a família. Ótimo.

Por essa razão quando a ala jovem e vibrante dos Torres se afastou com o propósito de se divertir, os segui. Tá, eu SABIA que eu não era a pessoa mais bem quista pela maioria ali mas saberia lidar com isso e, pelo menos, estaria longe dos olhares de papai. Observei ali aquele ar de romance/curtição no ar e lembrei que em se tratando de namorado, eu não tenho mais um, quer dizer não que efetivamente tenhamos tido um namoro normal. Enfim, o que importa para as carniceiras do Castelobruxo e adjacências é que eu e Tomás não estamos mais juntos. Quer dizer, ele me ajudou bastante para limpar a minha imagem e ainda acrescentou uma alcunha bem divertida a minha pessoa como: a 'garota que conseguiu namorar o Tomás'.

Terminamos do mesmo modo que esse namoro fake começou, ou seja, sem maiores complicações (mesmo porque se quer a minha opinião as complicações estavam surgindo da convivência com ele, de perceber que quando queria ele ATÉ era um cara bacana - quando queria, claro. E antes que as coisas complicassem mais para o meu lado, já que sou mestra em gostar de quem não me merece, pulei fora. Porque uma coisa era nutrir uma paixão platônica por alguém, com quem não troquei nada mais do que simples abraços, outra BEM diferente era começar a nutrir qualquer coisa pelo Tomás com quem tinha avançado até a base 3, pelo menos. Para a sua informação, existem 6 bases no relacionamento e eu aprendi isso com um carinha que conheci durante as férias e que estava mudando para Londres para frequentar a Universidade de magia.  Ele também não havia dado certeza se compareceria a festa, ou seja, já previa que passaria a festa toda no isolamento enchendo a cara sem ficar bêbada (pra não envergonhar papai) enquanto geral se divertia. Pensava nisso quando a voz de Suzana me interrompeu. Nem tinha notado a presença da garota, isso até ela se aproximar e se dirigir a mim.

- Pilar, viu seu ex cercado de sirigaitas? Como você pôde deixar um carinha tão gato assim escapar? Olha, elas nem deixam ele respirar.

Contra a minha vontade voltei o olhar na direção onde ele estava, como bem dito por Suzie, cercado de sirigaitas e parecia bem feliz com isso. Bom pra ele. É. Bom pra ele que voltou a ser o Tomás de sempre. Praguejei internamente indo para o canto oposto de onde Tomás estava com seu séquito, ainda próxima da nova geração dos Torres, Bedoya etc e onde não tivesse que encarar aquela cena patética. - Ótimo pra ele né? Acho que devia aproveitar. - respondi para a garota, piscando e sorri fofa, assumindo a Pilar que todos conheciam desde a morte da minha mãe. Por vezes sentia saudades da velha Pilar: tão leve e divertida! Tão livre de cobranças de um futuro na liderança dos Torres e que pensava apenas em ser uma magizoologista.

Suzie se afastou e observei a interação entre Paola e Lora e não pude deixar de sorrir, era como reconhecer um amigo muito querido que não via há anos mas antes que a atenção de Lora de voltasse para mim, olhei ao redor, e ninguém de quem eu fosse efetivamente próxima por perto. Admito, isso me angustiou. Posso ter esse ar de "nada me atinge e sou durona" mas não sei bem como lidar com essas coisas, então sem que raciocinasse direito aceitei a primeira taça que vi na minha frente, o garçom arqueeou as sobrancelhas como se questionasse algo - talvez o fato de eu ser menor de idade? - mas ainda assim não recusou a taça para essa adorável garota  - Encha-se de vinho -  seria apenas uma taça murmurei para mim mesma. Uma taça não me tiraria do controle e pensando nisso, me dirigi a uma parte mais afastada a fim de observar meus colegas que dançavam animadamente enquanto eu estava verdadeiramente entretida com minha bebida, se quer saber.  

OFF: Falei com Suzie (NPC), citei papis dominador e Tomás (NPCs), TODA ala jovem dos Torres-Bedoya, Paola Vargas . SUPER ABERTA PARA INTERAÇÕES, SEMPRE! Perdoem o post lixo mas ainda estou trabalhando a personagem.
Veste ISSO.

JUNTE ISSO TUDO E TEREMOS ENTÃO, BI-BI-DI BO-BI-DI BU!

Lua Bedoya Villa-Lobos
Lua Bedoya Villa-Lobos
Mensagens :
257
Ocupação :
CB - Aprendiz de Pesquisadora (COMASUL)
Qua 8 Jul 2020 - 20:52
BAILE BENEFICENTE
"Hello world, I'm your wild girl. I'm your ch ch ch ch ch cherry bomb"
Juliana e Bárbara nasceram irmãs, mas terem se tornado amigas fora opcional. Ninguém na família Fialho tem aquele instinto familiar, de alcateia, onde todos querem o bem do outro e estarem juntos significa alegria. No caso daquela família, quanto mais longe estivessem, mais passíveis de felicidade seriam. Acontece que as duas irmãs tinham algo em comum que era mais forte do que qualquer medo que pudessem nutrir uma da outra: o ódio misturado a amor que sentiam pelo irmão mais velho. Barbie nunca precisou passar pelo quarto branco pois os pais haviam decidido que não era mais uma ferramenta útil – o que aparentemente não tinha sido compreendido pelo mais velho, mas sabia que não deveria ter sido fácil para Juls, o que as uniu mais do que qualquer coisa. E agora estavam as duas, lindas e divertidas, aborrecendo o carrancudo primogênito que tentava se livrar delas a qualquer custo. Quem quer que fosse a mulher majestosa em frente ao trio, certamente era alguém importante para o irmão. A mais nova se sentiu perdida nessa brincadeira de não conhecer mais as pessoas, especialmente as que de alguma forma estavam vinculadas aos Bedoya-Fialho.

Juliana dizia algo com o tom de voz tão maldoso que quase a irmã quase lhe alcançou um lenço para limpar o veneno que escorria pelo queixo. As duas estavam se divertindo muito as custas do irmão quando alguém colidiu com o corpo de Bárbara e quase a fez se desequilibrar nos saltos altíssimos que calçava. Ela se virou para dizer de forma muito grosseira, mas em tom delicado, para o bruxo em questão aproveitar os olhos para olhar para onde anda, mas não conseguiu dizer mais nada ao ver quem era. Alguns traços diferentes, provavelmente oriundos do tempo, mas ainda era possível reconhecer Francisco Theodoro, o ex mais tóxico e maluco que ela já tivera. Ele realmente não pareceu ter notado por onde estava caminhando, e a mulher até entendia. Desde o colégio ele tinha esse péssimo hábito de se fazer de inocente, então talvez tivesse fingido tanto que até ele caiu na farsa. Barto não perdeu a oportunidade de alfinetar, dando a brecha perfeita para que o ex de Barbie corresse para bem longe dela. Ela travou por alguns minutos, mas sabia que precisava fazer algo a respeito. — Rompom pompom. Com a vossa licença, preciso resolver um probleminha. — Disse encarando a irmã, deixando os olhos percorrem os lábios da tal Úrsula em seguida. Diabo de mulher bonita!

A morena tentou manter a classe enquanto caminhava o mais rápido que poderia até o homem. Francisco caminhava rápido, pouco se importando com os olhares que ele atraía com toda aquela pressa. Bárbara estava tentando manter as aparências, mas se ele não tivesse parado, ela teria que se dar ao desprazer de correr para alcançá-lo. Tocou em seu ombro, o vendo se virar em frente a ela. Era incrível como o tempo havia passado, e apesar dele, o cheiro do ex-namorado ainda parecia tão familiar. — Se recomponha, Frans. Parece que viu o fantasma daquela sua noivinha brega! — Além de conhecer muito bem a personalidade de Chico, ela também o sabia ler com facilidade. Era como se tivesse ganhado um manual de instruções. Pela forma como ele a encarava, um tanto surpreso, um tanto perplexo, ficou nítido que ele não a havia esquecido. Não poderia culpá-lo por isso, afinal, pois além de uma mulher incrível, Barbie também era uma ótima namorada. Talvez não tenha sido para ele, mas acredita que sim, era. — Estamos atraindo olhares demais. Que tal se formos um pouco mais distante dos holofotes para conversar? — Ela teria acrescentado que não seria em um cemitério, mas preferiu guardar para si. Sem esperar a resposta, caminhou de forma elegante e calma até uma porta um pouco afastada de onde estavam. Roberta havia comentado sobre um ambiente a prova de som para conversas de negócios. Entrou, deixando a porta aberta para que o homem fizesse a mesma coisa. Sentou-se em um dos sofás, sentindo o alívio nos pés que apesar de acostumados com saltos, ainda assim cansavam rápido. Se ele viria, ela não fazia ideia, mas algo em si anunciava que sim, e provavelmente em breve.

VESTINDO!


Diego Guimarães Reitz
COMÉRCIO » Proprietário de loja
Diego Guimarães Reitz
Mensagens :
291
Ocupação :
Proprietário Empório das Varinhas
Qua 8 Jul 2020 - 23:27



Às margens do evento, o Reitz observava a movimentação com os olhos suspeitos. Não que tivesse nenhuma ressalva quanto ao que poderia vir a acontecer dentro do baile beneficente, mas tudo que podia enxergar naquela curta entrada eram fotógrafos e Diego, naquela noite em especial, não estava muito interessado em ter sua imagem divulgada aos quatro cantos do mundo como um benfeitor. A causa lhe era estimada, não fazia muitos anos desde que ocupara ele próprio uma posição na equipe dos jaguares em Castelobruxo.

Não fora um jogador espetacular, dava-se muito melhor em manter as duas pernas no chão e as mãos ocupadas no molde de uma varinha, como viria a descobrir mais tarde. Fizera uma temporada boa, sendo um batedor forte e de boa mira, mas não nascera para aquela profissão. Findo o ano, devolveu a vaga para o titular que tivera de se afastar para dedicar-se para os estudos e pelo restante da sua formação, atuou como reserva, ainda que raramente tivesse que atuar em jogos.

Naquela época, Diego queria se tornar magizoologista, lembrou-se, de súbito, enquanto esticava a coluna e empurrava as paranóias para o fundo de sua mente. Só havia uma maneira de um convidado entrar e era por aquela porta, não iria piorar as coisas se esgueirando como um penetra em busca de entradas laterais. Seguiu pelo tapete de queixo erguido, uma máscara compenetrada vestida de preto que não atraiu a atenção dos fotografos que buscavam a atração dos famosos e suas escandalosas vestimentas.

O varinhologista gostava de passar despercebido, detestava a sensação de ter sido fotografado por estranhos. O que fariam com sua imagem? Nunca era demais ter cuidado. Lembrou-se da noite que esgueirara-se para o Beco do Padre e um arrepio cruzou-lhe a nuca, dissipado apenas quando entrou de vez no ambiente ricamente enfeitado e foi envolvido pela voz de Aurora. Ah, aquela voz inconfundível.

Buscou-a com os olhos, facilmente encontrando a atração da noite. Sorriu para si, um sorriso secreto desses que só ergue a ponta dos lábios e, ainda com a atenção voltada, distante, à cantora, comentou para o ar ao seu redor, dando início a noite:  — Dê-me uma caipirinha.



Juliana Carla Fialho
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Enfermeira
Juliana Carla Fialho
Mensagens :
18
Qui 9 Jul 2020 - 1:24
girls run all this world.
Voltamos. Sim, Bárbara e eu voltamos. Foi um baque para os Fialho nos rever, em especial, Bartolomeu que eu tenho uma leve impressão de que pedia aos deuses para que nunca mais fossemos lembradas. Bobinho! Há um ditado que diz que “O bom filho a casa retorna", certo? Ele deveria prever que mais dia ou menos dia, a dupla dinâmica Barbie e Julz voltaria para infernizar a vida dele. Entendam, é uma relação de amor e ódio, diria que bastante ódio da minha parte com uma pitada de amor.  Jamais me senti tão eu depois que fugimos de casa para Tóquio. As amarras de meu irmão sobre mim me sufocavam e me definhavam como ser humano dia após dia. Barbie, minha irmã, metade, cúmplice e minha cunhada Roberta foram fundamentais para que essa libertação acontecesse. Eu mudei. Cresci, estudei e me formei em enfermagem, um sonho de infância, vivi as maiores loucuras da minha vida, conheci pessoas que vou levar para a vida e compartilhei tudo isso com a minha bruxinha favorita no mundo: Barbie.

Grandes eventos no mundo bruxo não ficam ocultos por muito tempo. O burburinho sobre o Baile Beneficente se espalhou rapidamente no HMC. Fui questionada por diversos colegas sobre o festejo pois Roberta era uma das organizadoras mas respostas eu não tinha. Apenas em casa que Beta nos fez um convite formal. Bartolomeu jamais chamaria as duas irmãs desajuizadas para um evento em que a família “perfeita” deveria aparecer. Coitado. Perder tudo aquilo era o que Barbie e eu não faríamos. Afastar Cecília e Lorena de meu irmão era uma prioridade. O quarto branco ainda funcionava, quarto esse que me destruiu em tantos níveis que não poderia imaginar o sofrimento de Lora ao entrar naquele lugar, mesmo ela insistindo que fazia bem. Creio que ela ansiava provar algo para o pai mais que se sentir bem e confrontar Bartolomeu requeria tamanha coragem que não consigo mensurar. Sorte por Ceci e Barbie não serem traumatizadas por esse invento genial.

O evento foi em uma noite de sexta-feira e meu turno foi até as cinco da tarde. Barbara e eu nos arrumamos como deusas e mesmo com o cansaço batendo, estava animada demais. Além dos comes e bebes que eu não dispenso, ver Bartolomeu em um mini infarto me provocaria orgasmos. -Eu não pareço, eu sou uma Fialho. E você está irresistível!- Cai na provocação de minha irmã e logo em gargalhadas. Tirei algumas selfies minhas para recordação e fotos de Barbie e seu top com o novo cabelo. Era legal vê-la empolgada com aquele corte novo. Ela se sentia tão renovada, parecia ter tirado um peso de suas costas. Já o meu cabelo, bom, cresceu muito. Dei uma piscadela maliciosa em resposta a assertiva de minha irmã e entrei no carro. Roberta leu nossos pensamentos quando nos mandou um carro “equipado.”- Mana, eu vou beber e não quero saber de nada. Que se exploda o mundo. Eu não estou nem aí se eu chegar bêbada nessa festa. Vamos curtir!-As taças se tocaram. Era o brinde do retorno.

Quando chegamos, eu sabia que havia passado um pouco da conta no álcool. Bárbara estava plena, fora um pouco mais prudente que eu. Apanhei uma bala de menta na bolsa e levei a boca antes de sair do carro. Os flashs me deixaram maluca. Apenas sorri e ascendeu e segui a trilha de minha irmã. Tiramos fotos juntas logo na entrada e separadas e não tenho ideia de como minha cara saiu. Sei que fiz careta em uma das fotos. Essa eu sei que vai para os jornais e acabar com a reputação da família. Houve uma revista na entrada. A decoração estava linda e eu já queria mexer meu esqueleto, entretanto, formalidades deveriam ser cumpridas. -Sim, vamos até Roberta.- Já ia saindo em direção a minha cunhada, foi bem fácil encontrar-la. -O seu Ou me agradou mais, Barbie!- Disse arqueando as sobrancelhas e estreitando os lábios. Seria impagável ver o Fialho mais velho desmoronar.

Caminhamos a passos quase ensaiados. Barbie passou a mão em um ombro de Barto e eu em outro. Apenas olhava cinicamente para a cara de meu irmão enquanto minha irmã destilava seu veneno. -Sabe, o nosso Bartôzinho é tão, tão mas tão especial que esqueceu de nos chamar para esse baile, acredita? Que feio, maninho! Já está gagá?- Me posiciono em sua frente e passo a arrumar a sua grava apenas para irritar-lo, não havia nada para ajeitar ali, mas o conhecia e sabia que detestaria. -Se não fosse a esposa dele, a Roberta, aquela ali. -Aponto para a mulher que me avista e acabo dando um tchau de longe para ela. -Estaríamos em casa. Mas o Bartôzinho aqui é, digamos…um amor de pessoa, mulher, você precisa conhecer e ver.- O tom de ironia em minha voz é tão carregado que Barbie segura para não rir. Meu discurso é cortado apenas porque o embuste do Francisco resolve aparecer e abduzir Barbie. Ainda dou uns socos em Sulzbach, só não o fiz ainda porque Bárbara passa muito pano. -Enfim, deixa eu te falar uma coisa. -Cheguei perto da mulher que acompanhava meu irmão. -Você é linda! Perde tempo com quem não vale a pena não. Eu só não digo com gente tosca porque ele é meu irmão e seria uma puta falta de respeito.  -Volto a encarar Bartô e de rabo de olho, vejo Fernanda atravessar o salão. -Não é mesmo, Bartôzinho! -Aperto suas bochechas  e dou uns tapinhas de leve em sua face. Eu poderia morrer ali, sim! Mas doido ele não era. -Agora, com licença , preciso cumprimentar as demais pessoas do Baile.

Me retirei querendo vomitar mas satisfeita com o que havia feito. Passei rapidamente por Roberta, Bianca e Aalyah e as cumprimentei. Cumprimentei minhas gêmeas lindas e os Bedoya que ali se encontravam. Estava um pouco inquieta pois Nanda não desgrudava de sua roda. -Sirva-se com vinho branco. -Disse quando a bebida passou. Ao  primeiro instante que vi a mulher de bobeira, a arrastei pelo braço -Fernanda Michele, vem comigo que nossa conversa de hoje não passa. -A levei para um dos lugares sem som do local.

Vestindo
god is a woman.

Filippo di Risio
COMASUL » Auror
Filippo di Risio
Mensagens :
225
Ocupação :
COMASUL: Auror
Qui 9 Jul 2020 - 13:38
Baile Beneficente

Mesmo caminhando a passos largos e enfiando-se entre as pessoas, Francisco não conseguiu escapar de Bárbara. A mulher simplesmente o alcançou com a maior facilidade do mundo e, para piorar toda a situação, estava agindo normalmente, como se a presença dela ali não fosse incomodá-lo profundamente. Ele fugiu dela, não só antes, mas como agora também, no entanto, como sempre, de alguma forma a Fialho conseguia tudo o que queria. A probabilidade deles se encontrarem era muito grande, claro, principalmente com Sulzbach ainda enfiando-se entre os Bedoya-Fialho, mas depois de tudo que ocorreu ele não achou que fosse vê-la tão cedo. Para ele, Bárbara estava morta e enterrada e só a família ainda não sabia disso. Infelizmente a verdade era outra, sua ex namorada estava mais do que vive, e pior, voltou ainda mais bela do que já foi outrora. Francisco passou a mão pela cabeça raspada e ajeitou suas vestes, olhando de um lado para outro à procura da figura de Maria Antonieta para livrá-lo daquela situação. O poçologista estava contendo um surto que não poderia de forma alguma ocorrer ali, diante de todos. – Antes fosse! – O Theodoro engoliu em seco ao ouvi-la mencionar sua falecida noiva. Só a menção desse fato já mostrava para o bruxo que Bárbara não estava para brincadeiras e ele sabia que logo, logo aquela situação fugiria de controle. Ele precisava livrar-se dela e logo. – Eu não tenho nada para conversar com você, Bárbara... – Não adiantou nada, após convidá-lo para uma conversa íntima a bruxa simplesmente saiu desfilando rumo a uma sala. – Bárbara! – Frans sibilou tentando chamar a atenção dela sem que as outras pessoas ao redor notassem, mas fora em vão. Ela entrou em uma sala e deixou a porta aberta para que o poçologista pudesse entrar. Ele sabia que se caso a ignorasse, ela poderia armar algo muito pior posteriormente, por isso, decidiu jogar o jogo dela, contudo ele já não tinha mais a mesma paciência de antes e logo Bárbara Fialho perceberia isso.

Sulzbach a seguiu a contragosto, certificou-se de que ninguém o havia visto entrar na sala e fechou a porta ficando a sós com Bárbara naquele cômodo. Antes que pudesse virar-se para encará-la, Theodoro encostou a testa na porta, contou até cinco mentalmente e então, finalmente, virou para encarar seu pior pesadelo. Bárbara Fialho continuava a mesma bruxa requintada, elegante e bonita de sempre, só que dessa vez parecia que algo diferente rondava sua áurea. Ela parecia um pouco mais maquiavélica do que antes, se é que isso é possível. A respiração de Francisco estava falhando e ele sentiu um aperto enorme no peito ao vê-la sentada de pernas cruzadas e despreocupadamente naquele sofá. Ela falava algo, mas o bruxo sequer conseguia ouvir, tamanho o desconforto que sua imagem causava a ele. Por que ela tinha que voltar? Por que ela simplesmente não sumiu? Essas eram algumas das questões que rondavam a cabeça do poçologista, pois ele sabia que como a maioria da sua família era formada por medibruxos, as chances dela parar no HMC eram enormes, logo agora que ele havia acabado de conseguir a transferência para o hospital. Sulzbach não estava com nem um pingo de sorte. - Pra que você voltou? - Ele indagou olhando-a de cima a baixo e antes que ela pudesse responder ele agarrou um vaso que parecia ser caríssimo e simplesmente arremessou em direção a bruxa. Sem ter tempo de sacar a varinha para deter o objeto, ela simplesmente ergueu-se chocada desviando do vaso de flores que ficou pelo sofá enquanto Frans já caminhava enfurecido em sua direção, sacando sua varinha com uma mão e agarrando o maxilar da bruxa com a outra livre. Sua varinha pousou na têmpora de Bárbara e ele a encarou enfurecido, percebendo que o olhar da bruxa diante de si não era nenhum pouco de alguém que parecia assustada ou amedrontada. Ela já parecia acostumada com essa mudança de humor drástica de Sulzbach. - Me dá um motivo pra eu não explodir sua cabeça e sumir com você de vez igual você fez com a Laura. - Francisco podia jurar que fora Bárbara quem havia matado sua noiva, ele não sabia, mas tinha certeza de que sua ex estava envolvida nisso de alguma forma.

Bianca Torres
TLC » Fantasma
Bianca Torres
Mensagens :
436
Ocupação :
TLC: Fantasma
Qui 9 Jul 2020 - 13:53
Baile Beneficente
Não demorou até que o pequeno grupo formado pelos Torres e Assis ser abordado por parte dos Bedoya, era mais uma família bruxa que tinha o desejo evidente de fazer sua linhagem perdurar, tantos eram os descendentes. Bianca, sendo docente em Castelobruxo, conhecia todos os que se juntaram a eles em um cumprimento cordial. — Isso não seria possível sem você, minha querida. — Comentou, sorrindo leve, ante ao elogio de Roberta por seus feitos em conjunto. Em outro momento — se não rodeada de jornalistas — seria mais escandalosa, não seria tão cordial com a amiga, mas com tantas câmeras e repórteres presentes o melhor era manter-se fora dos radares por enquanto, a Torres já não tem muito boa fama por seu comportamento em festas.

Bianca agradeceu a todos os elogios possíveis e a conversa continuou por alguns minutos. Liandra, umas das alunas quartanistas que fora convidada para cantar no evento, estava perfeita e agraciava a todos com sua voz quando as crianças resolveram se afastar, aparentemente por influência de Julio. "Não... Não vou deixar isso me abalar no meio do evento.", pensou, trocando o apoio do corpo de uma perna para a outra, impaciente com a rudez disfarçada — talvez nem tanto — de seu irmão mais novo. — Ele me paga... — Sussurrou para si. — Ah, nada, só estou cantando. — Respondeu, quando ouviu um "o que disse?". As palmas preencheram o ambiente quando Lia entoou a última nota da música e agradeceu, claramente emocionada. Bianca e todos os outros com quem conversava provavelmente estariam também, se não estivesse tão entretidos em seus diálogos.

Assim que a garota desceu do palco foi a vez de Aurora, que cantou mais uma de suas músicas autorais. A garota entrou em contato com as organizadoras quando soube que o evento aconteceria em Monte Nevado e, sem demoras, foi convidada para fazer parte da lista de atrações. Todas as três fundadoras da FVA conheciam seu trabalho e ainda que não fosse muito famosa merecia mais reconhecimento, talvez este baile fosse sua chace de, finalmente, florescer. O canto da loirinha parecia hipnotizante, enquanto ela cantava o silêncio reinou no pequeno grupo de pessoas que conversavam. Na verdade, o silêncio parecia pairar por todo o salão, estranho. Impressão ou toda vez que Bianca ouve a garota cantar ao vivo, sente-se presa da mesma forma?

A terceira atração da noite foi ninguém menos que o zelador de Castelobruxo, que tentava a carreira de cantor, outro que também era perfeito no que fazia. A voz não parecia hipnotizante como a de Aurora — claro, é uma meio-sereiana —, mas era tão bela quanto. E as coreografias? — Gente!? — Exclamou confusa, chamando a atenção dos próximos para o palco onde o homem ostentava passos de dança aos quais a Torres não fazia a nem ideia que existiam.

Assim o fim da última música de Kachen, Miguel pediu licença ao grupo pra se retirar e caminhou em direção a uma mulher desconhecida por Bianca pouco antes de ir ao palco. "O que? Ele vai cantar?" O coração da loira soltou do peito quando ele lhe dedicou a música e buscou um violão para começar a performance. Os lábios da Torres encontravam-se curvados em um largo sorriso e os olhos começavam a marejar ainda no primeiro acorde da música que conhecia muito bem. Merecia mesmo aquilo? Se perguntava enquanto secava os olhos com as falanges dos dedos indicadores para não estragar sua maquiagem, ela era a próxima a subir no palco, tinha que manter a pose.

Quando a música acabou, Miguel e Kacey se juntaram ao grupo novamente. Como a pessoa faz uma cena daquela e a primeira coisa que diz é "voltei"? Sorrindo com a aleatoriedade do namorado, Bianca o abraçou forte. O cheiro do namorado normalmente era um calmante para ela e tudo o que precisava, mas dessa vez teve o efeito contrário. — Eu te amo. — Disse, ao seu ouvido. Cedo demais? Não para ela. Aprendeu da pior forma a fazer e dizer tudo o que quer enquanto pode e não perderia uma oportunidade tão perfeita como aquela. Sem pressão.

Não demorou muito para que a loira se recuperasse do baque que foi a apresentação de Miguel e subisse no palco para dar início às doações. — Boa noite a todos e obrigada por terem vindo! — Começou, animada com a quantidade de pessoas presentes ali. — Pra quem não me conhece, sou Bianca, uma das fundadoras da FVA e organizadoras do evento junto a minhas amigas, Roberta e Aalyah. — Deu uma breve pausa ao dizer o nome das outras duas e, em seguida, explicou um pouco sobre os objetivos da fundação, mas não estabeleceu uma meta de arrecadação para a noite, qualquer valor era bem vindo e todo ele seria voltado para o benefício dos times escolares.

Info:
Pedra Rúnica:
Doação:
Julio Torres
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Medibruxo
Julio Torres
Mensagens :
337
Ocupação :
HMC: Medibruxo Estagiário
Qui 9 Jul 2020 - 17:22
Julinho
Foi positiva a reação de todos quando nosso grupo se afastou. Quem escolheria ficar sendo vigiado durante a festa inteira? Estávamos ali pra aproveitar, pelo menos eu. Bianca, no entanto, não demonstrou muita satisfação com o que eu disse e foi ali que percebi que teria que recompensa-la de alguma forma, ou aquilo poderia me render alguns cortes até que ela esquecesse. Assim que nos afastamos dos vigias, pegamos algumas taças com os garçons que passavam por ali para beber água, pelo menos é assim que aquele encantamento funciona né, se você não tiver dezoito anos só consegue conjurar água em suas taças. — Encha-se com vinho. — Ordenei, ainda assim, não custava tentar. Não pude esconder a surpresa quando o líquido vermelho preencheu a taça até a metade.

— Um brinde a nós. — Repeti as palavras ditas por Matteo com um sorriso se formando em meu rosto. Ainda não havia falado diretamente com o garoto, apenas um aceno com a cabeça quando a família se juntou aos Torres na entrada, essa foi minha tentativa de tira-lo do sério, mas aparentemente falhei. Ele não havia se importado em ser ignorado, ou pelo menos estava atuando muito bem porque estávamos em um ambiente cheio. É... Provavelmente essa segunda opção mesmo.

Os aplausos foram ouvidos assim que a voz de choro de Liandra se calou. Senti vontade de até ela e levar algum conforto, talvez um abraço, mas não tinha intimidade pra isso. Mal nos falávamos na escola, mal nos víamos por causa dos horários diferentes e o momento em que mais nos aproximamos no ano foi durante o festival das caiporas porque caímos na mesma equipe. Era melhor que eu deixasse que os amigos dela a consolassem, eu jamais teria cara de pau pra chegar na garota fingindo que somos amigos.

A atração seguinte foi Kachen apenas para provar a minha teoria de que Castelobruxo só aceita gente bonita e talentosa, dos docentes aos discentes. Diferente da música cantada pela loira de voz hipnotizante, a música e coreografias do coreano eram elétricas e dançantes. Nunca fui um bom dançarino; um pouco desengonçado, eu admito, mas isso não me impede de me divertir. Ainda mais quando todos ali estavam tentando acompanhar as coreografias mirabolantes do Yabak no palco. Cantou três músicas autorais, pelo menos eu acho, não conhecia nenhuma, e enquanto dançávamos eu tomava todo o cuidado do mundo pra não derrubar o vinho em minha própria roupa, ou na de um dos outros.

Quando Miguel subiu ao palco com outra garota que eu não fazia ideia de quem fosse, virei-me para trás e pude encontrar o olhar de Bianca no meio de todos, é claro que estaria emocionada, e quem não estaria? Aproveitando a distração das garotas com o show do professor, Matteo se aproximou de mim e me arrastou pelo colarinho até a parede como de praste, e fique claro que isso não é uma reclamação. — Por que você sempre tá com tanta raiva, Bedoya? — Revirei os olhos antes de marcar o rosto com um sorriso malicioso e aproximei nossos corpos. A chance de tomar um soco não era mais assim tão grande como antes das férias, eu diria 50/50. — Relaxa um pouco. — Deslizei meus braços ao redor de seu corpo, segurando-o firme para mantê-lo ainda mais perto e por fim o beijei. Fazia apenas uma semana desde o último, e odeio admitir, mas que saudade eu senti daquela boca.

Baile Beneficente | Interagindo com Lorena e metade da festa | Vestindo


Lua Bedoya Villa-Lobos
Lua Bedoya Villa-Lobos
Mensagens :
257
Ocupação :
CB - Aprendiz de Pesquisadora (COMASUL)
Qui 9 Jul 2020 - 19:13
BAILE BENEFICENTE
"Hello world, I'm your wild girl. I'm your ch ch ch ch ch cherry bomb"
Um sorriso atrevido se formou no rosto da morena ao ver que o homem não havia resistido a tentação de ir atrás dela. Para quem estava assim tão incomodado com a presença dela, não era razoável ter seguido seu comando e ido de encontro a ela em uma sala afastada. O primeiro ato de Frans ao adentrar o ambiente e fechar a porta fora encostar a face na madeira, o que fez o alarme apitar alto dentro da cabeça de Bárbara, que mordeu o lábio inferior ansiosa para rever o verdadeiro ex. A versão sonsa não a atraía de forma alguma, era do homem autêntico, embora mentalmente instável, que ela gostava. Fora por essa versão que ela se apaixonara, a que ressurgia em sua frente depois de anos. Mesmo depois de o desfecho terrível que o relacionamento teve, ainda mais depois de ter virado psiquiatra. Ela agora entendia o que ele era, e mais do que nunca, sabia como deixá-lo exatamente como ela queria: em suas mãos. Ela gostava de ter o controle da situação, se excitava com a sensação de poder, e ele era perfeito por ter as duas personalidades que ela almejava em um parceiro: sonso e gado em um momento, completamente insano no outro.

Ela estava esperando algum ataque. Chico jamais a machucaria, mas com Frans ela havia ido longe demais. Questionada pelo motivo de seu retorno, Barbie apenas riu. — Olá, bonitão. — Seu tom de voz era tão malicioso quanto a careta que fazia, deixando o homem ainda mais furioso e sedento por sangue, o dela. Um vaso de flores foi arremessado em sua direção, a fazendo saltar do sofá em um impulso para desviar do pedaço de porcelana que se estraçalhou no sofá. Segundos depois a mão do homem estava em seu maxilar, pressionando de forma que ela sabia que iria deixar marcas em sua maquiagem, enquanto a varinha lhe pressionava a têmpora. Ela o encarou como quem finalmente reencontra alguém que procurou por muito tempo, mesmo que em outras pessoas e não no próprio. Pensou em quanto tempo esteve longe e na possibilidade de ele ter virado mais perigoso do que era na época da escola. A ideia da jornalista passou por sua mente, a ideia de que talvez aquele homem lindo em sua frente tivesse ido longe demais, mas sem ela. Bárbara sorriu. Sorriu exatamente por ele ser tão lindo, desses que deixam as pessoas distraídas, que faz você acreditar nas mentiras idiotas que deslizam por aqueles lábios carnudos e atrativos. Sorriu por Laura e por como ele ainda não havia aceitado o que de fato havia acontecido.

Frans a encarava com tanta fúria que era possível sentir seu corpo tremendo enquanto pressionava a varinha e a face dela, que somente ergueu os braços livres e tocou o rosto dele, fazendo um carinho em ambas as bochechas e sorrindo de forma amigável. Ela podia sentir ele querendo ceder, o que deixava tudo ainda mais divertido. — Eu voltei porque você pediu, querido. — Disse como se fosse óbvio, deixando as mãos deslizarem da pele macia do rosto para o pescoço, onde exerceu uma pressão média com ambas as mãos. Só para brincar, não para o deixar com marcas de dedos pelo resto da noite. — E você não vai me matar, sabe por quê? — Questionou ela, voltando a deslizar as mãos, agora em direção as dele, pressionando para que ele parasse de exercer tanta pressão e relaxasse. Quando o sentiu mais vulnerável e curioso, como se ele jamais tivesse dito a ela para voltar, como se não a quisesse ali de forma alguma, ela inverteu as posições, o empurrando de encontro com o sofá e deixando que suas pernas ficassem nas laterais das dele enquanto se sentava em seu colo. — Você não quer me matar aqui, Frans, porque eu tirei fotos no red carpet, dei oi para pessoas estranhas, e acima de qualquer coisa, você foi visto todo nervosinho no meio das pessoas e em seguida falando comigo. Você sabe que se somar isso aos relatos de Juliana e Catarina, você vai apodrecer naquela prisão meia boca, não sabe, amor? — A morena espalmou as mãos sobre o peito do homem, se movimentando em seu colo somente para provocar. — Além do mais, vamos precisar de uma trégua. Eu visitei seus pais, você vai precisar de mim. E bom, eu também preciso da sua ajuda. — Ela falava com tanta calma que não parecia que eles estavam em pé de guerra, que sua face estava dolorida ou que estavam ao lado de fragmentos de um pote que deveria ter lhe atingido.


VESTINDO!


Lira Pisinoe Cotta
COMASUL » Vice-Presidente
Lira Pisinoe Cotta
Mensagens :
207
Ocupação :
COMASUL: Vice-Presidente da Confederação
Qui 9 Jul 2020 - 22:58
Baile Beneficente
Interagindo com Ares S. Rayleigh | Vestindo
Ele tinha razão, as fundadoras da FVA não terem qualquer ligação com a política era algo a ser notado, dava pra saber que a vontade de ajudar era legítima e não apenas uma jogada pra conseguir maior visibilidade, muito pelo contrário: as três já tinham grande reconhecimento dentro da sociedade bruxa, não precisavam pedir por holofotes. Lira suspirou ao provar o champanhe. Estava perfeitamente doce, como ela gosta. Poderia beber litros daquilo sem parar, só não garantia sair dali de pé no fim da noite, então não o faria. — Concordo, me parece um evento bem... Legítimo. — Pausou a frase para observar a decoração do ambiente, talvez as três tivessem exagerado um pouco ao gastar tanto com a estrutura do evento em si, podiam ter investido nas doações ao invés de organizar algo tão grande, mas ela não podia as julgar. Duvidava, mas talvez tudo aquilo fosse doado por patrocinadores.

— Ah, claro, podemos cumprimenta-las. Só conheço a Bianca! — Respondeu quando voltou-se para a entrada onde o grupo de mulheres se encontrava, exceto pela conhecida de Lira. Já não era sem tempo, a editora estava no palco explicando como funcionariam as doações. — Acho que vamos ter que esperar um pouquinho. — Sorriu ao ver que a maioria dos bruxos ali estavam prestando atenção no anúncio da organização. Não demorou muito e a loira desceu do palco para voltar a sua família que parecia plantada no mesmo lugar.

Antes de sair, Lira tocou a ponta de sua varinha sobre uma folha de cheque para preenche-lo e entregou ao garçom que os servia. Como explicado por Bianca as doações poderiam ser entregues a eles, caso o doador não quisesse um momento de fala no palco. Para a sirena, toda oportunidade de expor sua forma de pensar é válida, mas aquela em especial ela deixaria de lado. Ainda estava sendo alvo das ameaças e depois de seu depoimento para a revista ha poucos dias tudo havia se intensificado. O melhor a se fazer era não chamar muita atenção por algum tempo, tentar tornar-se invisível. — Agora podemos ir. — Sorriu para Ares e ambos seguiram até o grupo onde as organizadoras se encontravam.

Doação:
Diego Guimarães Reitz
COMÉRCIO » Proprietário de loja
Diego Guimarães Reitz
Mensagens :
291
Ocupação :
Proprietário Empório das Varinhas
Sex 10 Jul 2020 - 1:52



O Guimarães detestava perder o controle. Contido em seus gestos, sabia exatamente para onde direcionar sua atenção, tinha seus gostos e preferências quase idênticos aos que descobrira no final da adolescência, mas, com Aurora todo foco parecia ir para o espaço e ele não podia se importar menos. Conseguia esquecer onde estava, o que vestia, com quem andava apenas para focalizar seus olhos, ouvidos e sentimentos na música cantada pela Belenus. O talento pertencente àquela mulher não era normal, extrapolava as fronteiras mágicas do mundo.

Com um sobressalto, saiu do transe, reconhecendo nas mãos o copo ainda intacto de caipirinha de limão. Tomou um gole, sentindo o frescor do limão e o calor da cachaça misturando-se à típica maneira brasileira em sua garganta. Aurora descia do palco, dando lugar a outro desconhecido para o varinhologista. Por um instante quis cruzar o salão e ir cumprimentá-la, arranjar qualquer assunto à toa, mas não estavam muito próximos desde o acontecido na inauguração da loja desta.

Assim sendo, tornou a prender os olhos no palco e tomar outro gole da bebida em suas mãos. Não era estranho a Diego ser aquele que acompanhava a vida dos outros acontecendo diante de seus olhos enquanto mantinha-se apenas como um telespectador. Participava quando algo lhe interessante, mas no demais, sentia-se muito confortável envolto em um manto de discrição. Quando a nova música começou, no entanto, o Reitz não pode deixar de desejar que seus antigos amigos estivessem por ali.

Kachen cantava uma música enérgica, cuja complexidade de movimentos cobrava a atenção de si e de todos os dançarinos. A performance beirava o sobrenatural, tendo o Yabak um domínio de seu corpo que Diego não teria nem em seus melhores sonhos. Se os amigos ali estivessem, o Reitz poderia ensaiar alguns passos de dança, fazer um “dois pra lá, dois pra cá” com o copo na altura do peito, mas estando sozinho, não se prestaria aquele papel.



Matteo Bedoya Agüero
COMASUL » Funcionário da seção 1
Matteo Bedoya Agüero
Mensagens :
583
Ocupação :
COMASUL: Assistente do Gabinete Presidencial
Sex 10 Jul 2020 - 16:37
Baile Beneficente

« Bora ajudar o esporte »
Júlio conseguia me tirar do sério com poucas palavras. Minhas mãos fecharam e eu já estava disposto a afundar meu punho na boca dele, mas lembrei-me que estava num baile beneficente para arrecadar dinheiro que seria repassado para as equipes de quadribol. Dois capitães de times se engalfinhando no meio do baile não seria uma imagem muito atrativa de se mostrar para os doadores, além do mais, eu sequer tive tempo de responde ao afronte do Torres, pois o mesmo tratou de segurar-me firmemente em seus braços e me beijar, ali, no meio do baile. Tá que estávamos escondidos e tudo mais, contudo admirei a coragem do capitão dos Anacondas.  Pensei em afastá-lo a princípio, porém conforme o beijo foi intensificando-se eu optei por largar minha taça e deixá-la estilhaçar em mil pedaços só para agarrar a nuca de Júlio com uma mão, enquanto que com a outra eu o puxava pela cintura para mais próximo de mim também quase fazendo com que nossas almas quase trocassem de corpo, tamanha era a vontade com a qual puxávamos um ao outro para perto, sendo que sequer havia mais espaço.

Sentir os lábios de Júlio novamente após tempo tempo era simplesmente incrível. Eu não conseguia decidir qual beijo era melhor, o dele ou de Emília, mas havia química entre os dois e isso confundia demais minha cabeça. Quando eu beijo o Torres, consigo sentir uma eletricidade muito boa percorrendo por todo o meu corpo e, por mais que eu odeie algumas atitudes dele, eu simplesmente não consigo resistir quando ele faz isso. Já com Martinez, quando a beijo, sinto borboletas voando no meu estômago e nem se eu tivesse um veneno ultra forte eu conseguiria matá-las. Era como tocar o céu, mas eu não poderia ter os dois simultaneamente. Aquilo não era uma opção, quero dizer, eu já consigo imaginar o surto que Emília teria só com a suposição, mas seria perfeito. Afastei meus lábios para encarar os olhos azuis de Júlio e afundei meu rosto em seu pescoço, dando-lhe um chupão. Queria deixá-lo marcado de propósito para ele largar de ser tão marrentinho da próxima vez e me cumprimentar da forma correta, e não com um simples aceno de cabeça como se eu fosse qualquer um. — Da próxima vez vê se me cumprimenta direito. — Sussurrei em seu ouvido, dando uma mordidinha na ponta de sua orelha e afastando-me um pouco dele. Estávamos colados demais e, além disso, Bianca já havia subido ao palco para dar início ao seu discurso. Empurrei Júlio para trás de leve e dei um meio sorriso que desfez-se ao olhá-lo melhor e lembrar do episódio do lago. Franzi a boca e cruzei os braços encostando na parede ao lado dele. — Você me perdoa? — Murmurei encostando minha cabeça em seu ombro, olhando em sua direção e suspirando baixinho. Não sei se estava completamente pronto para confessar aquilo a ele, mas eu sentia que eu devia contar a verdade. — Fui eu que fiz aquilo com você no lago. — Confessei de uma única vez olhando para a taça quebrada no chão. — Eu não queria fazer aquilo, sabe? Era pra ser só um susto pra você deixar de ser intrometido, eu não queria te deixar naquele estado. Eu sinto muito. — Controlei-me ao máximo para não cair aos prantos ali. Depois que terminei com Timothée eu jurei que usaria meu dom apenas para ajudar as pessoas, no entanto, a primeira coisa que faço é acabar com o psicológico de alguém na primeira oportunidade que tenho. Se Júlio não quisesse me desculpar eu o entenderia perfeitamente.

And it's the thousandth time and it's even bolder, don't be surprised when you get bent over, they told you, but you were dying for it
Emília Martinez
COMASUL » Funcionário da seção 1
Emília Martinez
Mensagens :
458
Ocupação :
COMASUL: Pesquisadora Responsável por Tierra Viva (Estagiária)
Sex 10 Jul 2020 - 17:54
Baile beneficente Carcarás tentando conseguir patrocínios
e Emília endoidando com os boys
Fazenda Abundance
Monte Nevado
Emília Martinez é uma adolescente argentina de quinze anos, louca, às vezes brava e fã alucinada de quadribol. Tão fã que, ainda, quando tinha quatorze anos (parece que foi a muito tempo, mas se colocarmos as coisas em perspectiva foi quase como ontem) entrou para aquele que ela considera o melhor time de quadribol do Brasil, o time dos uniformes cor de telha: Carcará. (Olha, particularmente, penso que essa foi a decisão mais assertiva de toda vida dela).

Porém, quando decidiu fazer os testes nunca imaginou que precisaria lidar com bailes, festas ou seja lá o que for que tipo de coisa era aquela. Vejam bem, a Martinez não foi criada para essas coisas.Tanto que diante dos questionamentos dos amigos e companheiros de time só afirmava com uma certeza quase absoluta que iria furar essa. As mensagens empolgadas só respondia: “Quem sabe da próxima?”

Para sua sorte ― ou azar ―, os carcarás eram pessoinhas insistentes e  para aquela ocasião, estavam o ápice da empolgação, sobretudo, Paulla. A mascotinha do time respirou fundo a cada negativa de Emília, guardou as reviradas de olhos e ao invés de reclamar até a última geração dos carcarás, simplesmente agiu. Cedo naquele mesmo dia a menina pegou um trem na estação florestal e partiu para a casa de Emília. Pasmem, na Argentina. Paulla Fernandes Brandão juntou dois dos seus talentos, sua incrível habilidade de escapulir entre os dedos de qualquer pessoa e seu poder persuasivo.

Bem, talvez, fosse um pouco mais que persuasão, pois a menina apareceu em uma porta como um furacão não restando outra alternativa para a goleira senão aceitar.

A apanhadora havia preparado tudo. Conseguiu, inclusive, que sua tia a atual dona da loja Túnicas Esmeralda arrumasse um vestido de alta costura para a morena. Minha gente, quando Emília viu aquele vestido azul cor-do-céu todo brilhoso seu queixo caiu momentaneamente. A argentina ficou realmente sem reação!
― Mas, como… Como você conseguiu isso? ― Foi a única coisa que a menina conseguiu indagar.

Paulla riu, provavelmente achando Emms um tantinho tola, mas era gentil demais para expressar isso verbalmente. (convenhamos que para a dona do Túnicas Esmeraldas não deve ser difícil ter as medidas de cada aluno).

As meninas tinham cerca de quatro horas até o horário da festa e ainda tinham que desembarcar na estação florestal da Galerias da 25 e dali iriam para a tal fazenda.

(...)

Para encurtar um pouco todo processo de arrumação e excitação da Martinez o que aconteceu foi o seguinte: vencida pelo cansaço Emms topou ir com Paulla até a casa dela. (posso dizer que essa foi a parte mais divertida do rolê, pois a goleira teve um gostinho bem semelhante ao que os personagens das histórias de sua vó sentem) e depois para deixar as coisas mais interessantes quando as meninas estavam prontas, um carro grande, preto e brilhoso estava a espera delas. WTF? O que estava acontecendo? Esse evento era tão grande assim? Isso nunca aconteceu na história dos times de CasteloBruxo.
― Isso foi você também? ― Perguntou olhando para Paulla com uma cara linda, porém, abobalhada. Prontamente Paulla negou, dessa parte nem ela sabia, mas estava disposta a aproveitar cada momento. Entrou acelerada no carro e só restou a Emília ir atrás dela. Por que demônios ela estava sempre correndo atrás de Paulla?, perguntou-se em pensamento, por um instante.

As meninas aproveitaram tudo que havia na limosine, como verdadeiros pintos no lixo e o melhor é que o carro fez duas grandes paradas e embarcaram na aventura Helena e Vicente Ventura. O único menino aceito no meio das carcarás estava deslumbrante (como se isso fosse um esforço para o menino).  

Meia hora mais tarde a galerinha do time cor de telha estava de cara com um tapete vermelho e os flashs das máquinas fotográficas.
― No creo… ― E realmente Emília estava descrente sobre tudo aquilo. Sabia que a professora Bianca era influente só não imaginava o quanto. Mas, olhando tudo aquilo que estava acontecendo na Fazenda Abundance. Após a revista, pelo os aurores, os meninos pousaram para as fotos. Naquele momento, Emms não pode deixar de pensar que pareciam adolescentes americanos saídos diretamente de uma série teen. Entre sorrisos e poses os carcarás foram liberados para entrar.

A argentina engoliu em seco, um tanto nervosa. Haviam muitas pessoas ali e todas elas estavam dispostas a doar seu dinheiro para os times de quadribol… Era isso? Alguém precisava beliscar a  menina, pois ela não parava de pensar que tudo aquilo era muito semelhante a um sonho.
― Paullinha, sua tia… A dona do Túnicas está aqui? ― Perguntou. Queria conhecer a mulher.
Então, a menina disse que a mulher estava por ali e mais cedo ou mais tarde a conheceria, mas agora, tinham que aproveitar, pois estávamos todos atrasados e Bianca já havia  começado seu discurso e as doações iam começar a acontecer.

Ok. A galerinha do time cor de telha tinha combinado que ia socializar com os demais e administrar o terreno, afinal, queriam que os times tivessem doações, né?! Cada um foi para um lado. A Emília restou o lado esquerdo perto ao palco. Não haviam muitos adultos ali, mas era um bom lugar para começar. Na cabeça de Emília seria uma passagem rápida. Só passar, pegar algo para beber e depois continuar circulando, pelo menos esse era o plano.

O plano que deu errado assim que ela viu uma taça quebrada e dois garotos em um canto. Olhando aquela cena não sabia se eles estavam brigando ou se agarrando. Mas, os pensamentos de Emília não pararam nessa coisa simples. Ver os dois juntos ali fez a menina se lembrar dos recentes acontecimentos no festival, acontecimentos estes que ela passara uma semana tentando não lembrar. Ela estava afim dos dois, era isso? Santa Madre de Dios…

A Martinez jurara para si que da próxima vez que visse esses dois em uma situação considerada suspeita não se meteria. Todavia, olha aí, a boneca  quebrando as próprias promessas… Um caso perdido, realmente. Mas, em defesa de Emília essas duas criaturas extremamente irritantes e bonitas pareciam atrair a Martinez como um imã.

Pela primeira vez no dia teve a confirmação que não estava sonhando, pois a simples presença de Julio e Matteo moviam emoções que deixavam tudo real demais.

― Espero… ― Disse ela pigarreando ― Que essa coisa de brigas e detenção já tenha sido superadas, chicos. ― Disse com um sorriso, olhando-os de cima abaixo.

Vestindo
Diego Guimarães Reitz
COMÉRCIO » Proprietário de loja
Diego Guimarães Reitz
Mensagens :
291
Ocupação :
Proprietário Empório das Varinhas
Sex 10 Jul 2020 - 19:26



As atrações se sucediam sem pausas, ainda que com um palco aberto, tudo parecia muito bem articulado. Com a saída de Kachen Yabak e seus dançarinos do palco, não tardou a apresentar-se diante de Diego uma face mais madura de um rosto conhecido. Um dia haviam convivido em Castelobruxo, ainda que jamais tenham sido muito próximos. Miguel Barni, no entanto, ele lembrava. Por quais razões alguns rostos mantinham-se na memória enquanto outros desapareciam tão rápido? O varinhologista não conseguia definir.

Enquanto preparava-se diante do olhar curioso do Reitz, Miguel apresentou-se e com uma delicada declaração, iniciou seu show. Era óbvio que ali havia mais do que a busca pela fama, havia sentimento e sinceridade, além de uma sincronia entre o casal de amigos que o bruxo teve de parar de alternar o olhar entre os cantores e procurar quem era o alvo de tamanho gesto. Não teve como saciar sua curiosidade, eram tantas as pessoas e o mais novo sequer delimitara um gênero!

Sorriu para si mesmo, acenando negativamente com a cabeça enquanto acompanhava o copo encher-se novamente da mistura de cachaça, limão e açúcar. Tinha de ser menos interessado nesses fatos aleatórios. Nem conhecia essas pessoas, para que saber quem estava se declarando para quem? Fofoqueiro, recriminou-se bem humorado enquanto recomeçou a tarefa de esvaziar aquele copo que mantinha em mãos. A cada minuto sentia-se mais e mais confortável no evento.



Mia Bedoya Villa-Lobos
TLC » Fantasma
Mia Bedoya Villa-Lobos
Mensagens :
199
Ocupação :
CB - Goleira Carcará
Sáb 11 Jul 2020 - 0:15


Dando com alegria


| Monte Nevado | Abundance | Fim de tarde |Vestindo


Para a sorte de Úrsula, o cara próximo a si sentado ao bar também fazia parte da confederação. Bartolomeu Fialho, marido de uma das organizadoras que havia acabado de ser contratado e, aparentemente tão ruim como pai quanto como marido, pelo menos era isso que Margarida sussurrava em seu ouvido cara vez que a morena trocava olhares com o homem. — De fato, uma bela noite. — Sorriu à boca do copo e deu mais um gole. Provocar e se fazer de difícil era sempre a melhor forma de dobrar os homens sob sua vontade e o Fialho ali parecia implorar por isso.

Como um bom peixe, ele mordeu a isca. Continuou a puxar assunto com a moira, entregando informações sobre sua personalidade sem que ela ao menos perguntasse. Bom, talvez não fosse assim tão difícil tirar dele o que quisesse, certo? Aparentemente sim. Ursula apenas assentiu em resposta ao comentário do homem, mas não teceu qualquer resposta, não havia necessidade. Não gostava de quadribol — apesar da maioria dos espíritos com que convive amarem —, muito menos de festas como aquelas. Se fosse um evento organizado por ela, os vestidos longos e as jóias seriam substituídos por lingeries e chicotes.

— Ursula. — Respondeu, sucinta, retribuindo o gesto com a taça. Neste momento duas mulheres claramente mais novas que ele se aproximaram para cumprimenta-lo. "Maninho, certo..." Outra nota mental foi feita por Ursula, agora ela já tinha a quem recorrer — além dos filhos — caso algum dia de sua vida precisasse ameaçar aquele homem. "Bárbara." Repetiu o nome em sua mente para não esquecer. Aparentemente o irmão mais velho esqueceu a beleza no útero e as mais novas reivindicaram a posse. — Ursula, é um prazer conhecê-las. — Sorriu, atuando. A presença das duas ali incomodava mais que canto de unha encravada, estavam atrapalhando a investida da moira sobre o Fialho.

Não demorou e as duas se retiraram, deixando os dois "sozinhos" novamente. Neste momento, Bianca anunciou a abertura das doações e como elas funcionariam, essa era sua chance de brilhar. Aproveitando a proximidade de repórteres, Ursula acenou para uma das garçonetes de caminhavam pelo salão e a loirinha caminhou até ela com passos curtos. — Querida, gostaria de fazer uma doação. — Disse em seu tom de voz normal e sacou um cartão de dentro da manga do vestido, entregando para a mulher a sua frente. — Sessenta. — Respondeu à garota quando perguntada sobre o valor de doação. Algumas cabeças — incluindo imprensa — se viraram e Ursula controlou sua satisfação com isso ao sorrir, mostrando o quão satisfeita ela estava apenas por estar fazendo uma boa ação e doando para uma causa tão nobre, dissimulada. — Onde eu estava? — Como se sua ação anterior não tivesse chamado atenção de ninguém, cruzou a perna direita sobre a esquerda, deixando as coxas mais a mostra. — Ah, o que você faz pra viver? — Perguntou a Bartolomeu e bebericou um pouco mais de whisky.

Doação:

NC
Julio Torres
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Medibruxo
Julio Torres
Mensagens :
337
Ocupação :
HMC: Medibruxo Estagiário
Sáb 11 Jul 2020 - 1:38
Julinho
Me enganei. Disse que as chances de tomar um soco eram meio a meio, certo? Então, depois de ter Matteo completamente entregue ao beijo eu tive que recalcular tudo outra vez, meio a meio? Jamais. Setenta, trinta? É... Talvez um pouco menos, eu precisava de mais tempo com ele pra ter certeza desse cálculo. A taça do Bedoya se estilhaçou quando ele a largou no chão para pressionar seu corpo contra o meu, mesmo que já não houvesse qualquer espaço ali. O beijo foi mais intenso do que imaginei que seria, graças a Matteo, mas isso não é uma reclamação. Por mim poderíamos ficar ali pelo resto da noite.

Impossível não lembrar da última vez, a noite perfeita — há uma semana — eu, Matteo e Emília na barraca durante o festival das caiporas. Foi a bebida, claro. Tenho plena certeza de que é isso que ambos diriam a respeito e talvez até tivessem alguma razão. Estando todos sóbrios aquilo nunca aconteceria, né? Quer dizer, por mim sim. Digo, achei que eu já não sentia mais atração por garotas, mas a Martinez, meus queridos... Não sei nem explicar o efeito que ela tem sobre mim. Junta com o Bedoya então, ta aí outra coisa que eu n- Peraí, calma. É impressão minha ou essa calça já foi mais folgada?

O chupão de Matteo em meu pescoço desencadeou um arrepio leve que só serviu pra marcar minha calça ainda mais. — Se toda vez que eu não te cumprimentar isso for acontecer, esquece os cumprimentos. — Respondi a provocação mordiscando seu lábio inferior. Com o fim do beijo, o Bedoya escorou-se na parede ao meu lado enquanto ouvíamos a voz de Bianca no palco, sem tê-la sob o campo de visão. A pergunta do garoto foi confusa. Perdoar pelo quê? Por ter me beijado? — Você não tem pelo que pedir perdão. — Respondi, curvando minha cabeça um pouco para o lado para tocar a bochecha no topo de sua cabeça escorada em meu ombro, e passei o braço ao seu redor em um meio abraço.

O que veio a seguir parou minha respiração por um segundo. O que? Ele foi o responsável por aquilo? Como? Aquela detenção no lago ainda era algo que eu não conseguia explicar. Sempre amei a água, passava a maior parte de minhas horas livres no riacho dos botos em Castelobruxo, mas depois daquele dia imaginar estar rodeado por água me apavorava. A princípio achei que estava ficando louco, que seria coisa momentânea, sei lá, mas isso acabou permanecendo comigo por mais tempo do que imaginei. Veja bem, morando em frente a praia, não fui ao mar — minha parte preferida de morar ali — uma vez durante todo o período de ferias. O culpado? Agora eu sabia, Matteo.

Se eu dissesse que perdoo fácil estaria mentindo feio, isso não faz parte de mim, mas fazer alguém se sentir mal depois de se desculpar também não. Suspirei sem dizer nada, apenas assenti respirando fundo. Ele estava altinho, mais pra lá do que pra cá, seria esse o motivo de estar se desculpando? Fiquei alguns segundos calado, processando o que havia acabado de ouvir, tentando entender o verdadeiro motivo dele ter feito aquilo e tive que engolir seco algumas vezes pra desfazer o nó que se formava em minha garganta. — Não acha que seria melhor a gente conversar sobre isso outra hora? — Disse tentando manter a voz o mais estável possível e não demonstrar qualquer emoção — o que era praticamente impossível conversando com um empata — enquanto fazia carinho em seu ombro onde minha mão repousava.

Estávamos ali, no canto, aparentemente sem ser vistos até que alguém se aproximou. Emília. Pigarreei e pisquei os olhos algumas vezes quando vi a garota chegando perto, não queria que ela percebesse qualquer sinal de choro ali, o que seria difícil, meu rosto devia estar todo vermelho. — Acho que já superamos aquilo. — Respondi com um sorriso sincero e estiquei o braço livre para abraça-la meio desengonçado. Ta aí um dos efeitos causados por Emília que eu ainda não consegui explicar: a presença dela me acalma, me fez bem; e naquele momento isso era tudo o que eu precisava.

Baile Beneficente | Interagindo com Matteo e Emília | Vestindo


Olívia Maia Dalavia
TLC » Artista
Olívia Maia Dalavia
Mensagens :
303
Ocupação :
ARTISTA: Apresentador suporte e Ator Coadjuvante
Sáb 11 Jul 2020 - 2:33


Baile beneficente da FVA
com a família. x noite
É claro que eu estava animadíssima com a presença de tantas pessoas em nosso evento, mas estava tão envolvida dando as boas vindas e dizendo "que bom que você veio", "esse vestido é perfeito!" e até mesmo "que adorável ver que vocês estão juntos!". Eram pessoas do hospital, do colégio, da COMASUL, pessoas que eu jamais havia notado em nenhum dos meus shows ou sequer na minha vida. As carinhas mais conhecidas eram das minhas crianças, não só das gêmeas, que agora se afastavam do grupo ao qual eu ia e vinha entre minhas conversas com os convidados. Percebi o incômodo de Bianca e toquei em seu braço como quem diz "querida, se eles estragarem isso, eu mesma castigo, fique tranquila". A juventude está aí para ser vivida, aproveitada como se fosse a última gota d'água no deserto, mas não ali, no meio de um evento onde eles deveriam parecer os anjos que todas nós sabíamos que não eram. Bartolomeu estava certo quando fez aquele sermão ridículo no carro. Ali eles precisavam ter modos. Cecília estava com eles, então com o que deveria me preocupar?

Foi quando vi a figura que eu lembrava bem. Um fã que conheci muito bem, obrigada, no início do ano. O luto pelo meu irmão foi completa e totalmente preenchido pela presença daquele homem tão atraente e sonso, que agora parecia ainda mais perdido do que naquela noite. Nessa, no entanto, eu não teria tempo para lhe dar alguma atenção. Os elfos haviam chegado também, desfilando por entre as pessoas como se fossem astros da música. E eram, oras. Se meu marido os visse estilosos daquela forma, fazendo os garçons se abaixarem para que pudessem pegar taças e dando oi para os menos conservadores, certamente jogaria uma garrafa em minha cabeça. Ultimamente ele estava ainda mais difícil de aturar, como se a idade fosse comendo a parte do cérebro que possui empatia ou no mínimo bom senso. Onde ele estava, afinal? Escaneei o lugar até vê-lo na companhia das duas irmãs e de uma desconhecida, provavelmente alguma ficante das meninas. Juliana e Bárbara já eram mulheres feitas, lindas como dois cristais lapidados, mas sempre seriam garotinhas para mim, amadas e paparicadas como se fossem minhas filhas. Eu as tratava melhor do que meu marido, que além de irmão mais velho era o diabo na vida das duas.

Minha atenção se voltou a um dos elfos da minha banda que me chamava para encontrar o resto deles para uma rápida reunião antes de subirmos ao palco, que a essa altura já havia sido utilizado para exibir os grandes talentos da nossa sociedade. Era Miguel quem cantava quando um dos eufóricos apontou para uma cena no meio da pista. Enquanto o professor e a amiga emocionavam a todos com suas vozes incríveis, Francisco caminhavam a passos rápidos como se algo o estivesse perturbando. Logo atrás dele estava Bárbara, que parecia completamente equilibrada enquanto o homem perdia de vez a compostura. — Sinceramente, não faço ideia do que aconteceu ali, mas minha cunhada... — Estava dizendo ao elfo quando notei que não somente ela havia sumido, como o meu amante de uma noite também. Sorri maldosa pensando que o clã Bedoya-Fialho estava sendo alvo daquele que até então eu pensava ser sonso. Balancei os ombros e voltei minha atenção aos baixinhos enquanto ouvia Bianca no palco. — A música vai ser a combinada, certo? — Céus, como eu queria algo forte agora. Bebida ou droga, tanto faz. No entanto, holofotes demais, de forma que não me restava opção a não ser virar uma dose de whisky que pedi quando um garçom passou com as taças que se preenchiam sozinhas.

Subi ao palco logo que a loira desceu, mandando um beijo para ela quando nossos caminhos se cruzaram. Os eufóricos já estavam se posicionando nos instrumentos quando eu me aproximei do microfone. A batida da música começou a tocar, atraindo a atenção das pessoas, que ao me notarem deram gritinhos e bateram palmas. A música não era nova, diferente do que todos acharam. Por algum motivo eu queria cantar get free, que não era a mais famosa, a mais recente, sequer lembrava a letra até poucas horas antes de o evento começar. — Finally I'm crossing the threshold, from the ordinary world to the reveal of my heart... — Cantava como se cada palavra daquela letra saísse do fundo de minha alma, ouvindo o coro de algumas pessoas, especialmente meus fãs de longa data. — This is my commitment, my modern manifesto, I'm doin' it for all of us who never got the chance, for Amy and for Whitney... — Torci os dedos. Provalvemente muitos bruxos tradicionais não sabiam qual Amy e qual Whitney, mas as músicas sempre foram um presente meu para eu mesma, não carecia de entendimentos além dos meus. Continuei cantando, com coro em algumas partes e sozinha em outros, e foi vendo minhas filhas que eu finalmente entendi o motivo de ter escolhido aquela canção.

— Boa noite, meus caros. — Disse assim que a música acabou, sorrindo para as fotos e para os olhares atentos em minha direção. — Eu gostaria de aproveitar esse espaço e a ilustre presença de vocês para agradecer as minhas amigas, Aalyah e Bianca, por este projeto lindo que hoje compartilhamos com vocês. O esporte bruxo merece e precisa de visibilidade. Obrigada! — Mandei um beijo e acenei, deixando o palco para trás e sendo recebida por um abraço duplo, das duas almas gêmeas que eu tive o maior privilégio de ter ao meu lado - e dentro de mim, este é o meu compromisso. Lorena foi a primeira a me cobrar se já havia feito minha doação, coisa que eu sabia que ela diria, afinal, agora era uma atleta também. Peguei meu celular e fiz uma transferência de dinheiro para a conta da fundação. — Felizes?

VESTINDO

Música:
Doação:

Diego Guimarães Reitz
COMÉRCIO » Proprietário de loja
Diego Guimarães Reitz
Mensagens :
291
Ocupação :
Proprietário Empório das Varinhas
Sáb 11 Jul 2020 - 12:39



A sorte costumava estar ao lado de Diego ao longo da vida. Ele próprio fora um presente surpreendente para os pais, velhos demais para sequer iludirem-se na expectativa de ter um filho quando ele surgiu no ventre de sua mãe como que posto por um anjo. Eram tantas coincidências atribuídas ao acaso em sua vida que o bruxo tendia a deixar a vida correr e apenas aceitá-las. Não existia lugar e hora erradas, tudo acontecia quando era para ser.

Com licença. — Chamou, interrompendo um dos garçons, com um gesto de mão. No instante que demorou para que o bruxo juntasse-se a ele, Diego comandou novamente seu copo, pedindo que fosse, pela terceira vez, repleto de caipirinha. — Gostaria de comprar essa rifa, você tem um caneta? — Naturalmente os funcionários estavam mais do que preparados para aquela situação e em instantes o varinhologista assinava suas iniciais acrescidas do último sobrenome ao final de uma folha de cheque.

Dez mil reais foram gastos assim, num garrancho. Era surpreendentemente mais fácil gastar do que obter dinheiro naquela vida, numa balança eternamente desigual, mas tranquilo com a certeza que a quantia seria melhor empregada naquele momento com os jovens alunos de Castelobruxo do que envelhecendo dentro das paredes invioláveis do banco Eldorado.

Doação:



Conteúdo patrocinado
- Tópicos semelhantes
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos