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hora de cozinhar |
Quando deu o horário da aula, ou melhor, do Clube de Poções, o clube que juntava vários alunos, desafiando-os a ocupar lugares de destaque, a loira entrou na sala. O barulho abafado de seus tênis contra o chão da sala mal chamou atenção dos alunos que lá estavam, mas a rajada de sentimento talvez chamasse. — Boa tarde, seniores! Espero que cozinhar uma poção não tire o apetite de vocês, pois hoje iremos colocar a mão na massa, e não estou falando de pizza! — sorriu enquanto passava por entre as bancadas, olhando de um em um, concentrando-se mais naqueles que não pareciam muito suscetíveis à brincadeirinhas, e concentrando-se em bons pensamentos e boas energias da esperança de que daria tudo certo na aula, induzia bons sentimentos nesses passarinhos mal-humorados. Manipuladora? Talvez, mas era por uma boa causa, e o latejar leve de suas têmporas tornava-se cada vez mais familiar e controlado, estava mesmo pegando o jeito de novo, finalmente.
— Cada um de vocês deverá abrir o livro de poções de seu ano e olhar a primeira poção. Vocês vão tentar prepará-la como manda a receita. Temos aqui todos s ingredientes e utensílios. Eu iria fazer uma brincadeira, um desafio maior com vocês, mas primeiro preciso saber o nível de conhecimento e prática de cada um, então, por hoje, vocês irão tentar preparar as poções citadas. De acordo com os resultados de hoje, incrementarei um pouco nosso próximo encontro... Boa sorte. Estou aqui para esclarecer qualquer dúvida, podem chamar se precisarem. — e assim, com um sorriso de lado, interessada nas ações dos alunos, a docente encostou-se em sua mesa e observou os alunos, por vezes indo à uma mesa e outra para tirar dúvidas.
- Habilidade Especial - Poderes usados:
Habilidade Especial: Empatia 5
Poderes usados e intenção: "Controle Empático II": Neste nível o empata consegue atingir quem/o que estiver ao redor com uma grande carga empática causada pelo o bruxo. O sentimento a ser induzido deve ser narrado em post e atingirá até 4 alvos simultaneamente (uso possível 1 vez a cada 4 turnos, descrevendo o sentimento e os alvos; seus efeitos duram 2 turnos). >> usado em alguns alunos, MERAMENTE NARRATIVO, induzindo alegria boba, pode ser em NPCs ou nos alunos que quiserem interagir com isso.
- Considerações da aula:
- Para nos familiarizarmos com o Sistema de Poções recentemente inaugurado, iremos tentar preparar as poções do capítulo 1 do livro de cada ano escolar.
5° ano: CAPÍTULO 1: POÇÃO PARA CURAR FURÚNCULOS
Livro: https://tlcrpg.forumeiros.com/t4729-livro-livro-padrao-de-pocoes-vol-2-por-alessandro-ventura
6° ano: CAPÍTULO 1: POÇÃO VOLUBILIS
Livro: https://tlcrpg.forumeiros.com/t4730-livro-bebidas-e-pocoes-magicas-por-arsenio-jigger
7°ano: CAPÍTULO 1: POÇÃO DO OLHÃO
Livro: https://tlcrpg.forumeiros.com/t4731-livro-livro-padrao-de-pocoes-vol-3-por-alessandro-ventura
SISTEMA DE POÇÕES ATIVO, LEIA: https://tlcrpg.forumeiros.com/t4823-tlc-sistema-de-preparo-e-validacao-de-pocoes#62036
Qualquer dúvida, me procurem por MP.
OBS: se precisarem pedir alguma avaliação de urgência, mandem-me por MP, as avaliações aqui feitas serão realizadas por mim.
Aula aberta até dia 02/03/2021, às 23h59m. Podem tentar quantas vezes quiserem até lá, até acertarem claro.
Beijinhos e boa sorte!
BY SUEIKO |
Sala de AulaPoções18/0324ºC
Fomos um dos primeiros a chegar na sala de aula naquela quinta feira, as aulas teóricas com a nova professora, Jhessy, eram mais interessantes do que qualquer outra (me perdoe, maninha). Não sei dizer se o motivo disso era a didática excelente ou a beleza estonteante da Cavendish, mas até o fim da primeira aula prática eu decido isso, vai depender do resultado final da aula prática.
A sala de aula não demorou a encher e começar a fofocalhada — aqui me incluo —, todos procurando lugares próximos a seus amigos nas bancadas. Emília e Vicente estavam na mesma que eu, mas eu não conversava muito. Estava relendo as anotações que fiz sobre algumas poções nas páginas do livro quando a professora entrou e começou a explicar a aula do dia. Resumindo: cada aluno faria a poção descrita nos primeiros capítulos de seus livros, que eram diferentes, visto que a aula era conjunta de três anos diferentes.
— Certo... Poção do olhão. — quando o título do capítulo, um sorriso de satisfação se formou em meu rosto. Jhessy iria nos ensinar uma poção que foi banida de Castelobruxo quando Verônica assumiu a direção, existe melhor forma de começar as práticas do que fazendo o proibido? Desconheço! Era, definitivamente, uma poção que eu nunca tentei fazer na vida, mas não devia ser assim tão difícil, né? — Só quatro ingredientes, não tem como errar isso aqui não. — comentei com Vicente enquanto buscava procurava os potes etiquetados no armário de madeira na parede do fundo. "— Ferrões de Araña Dormida, tentáculos de Ondinas, manjericão? Hortelã?" Carreguei tudo de volta à bancada e deixei próximos ao caldeirão. — Psiu! Que erva você vai usar? — perguntei baixo, ao Ventura que não parecia tão perdido quanto eu.
"— Primeiro vou torrar isso pra ganhar tempo." Repetia os passos em minha mente, de acordo com as anotações que havia feito antes da aula. — Mais alguém vai usar o forno? — perguntei, enquanto jogava os ferrões de Araña Dormida na bandeja de ferro para levar ao forno como uma bela cozinheira. Enquanto os ferrões torravam — o que não demoraria muito — tratei de ir buscar a água filtrada que eu iria usar para deixar sobre minha bancada.
NC
da profission
O ano letivo estava passando rápido. Rápido demais. Cada dia mais perto de se formar, Vicente começava a sentir uma estranha sensação criando raízes na boca do seu estômago. O que era? O garoto não saberia dizer com certeza, muitos pensamentos se misturavam, tornando tudo mais confuso— era ansiedade, medo, insegurança? Tudo isso junto e mais alguns outros sentimentos. Durante todos aqueles anos teve a certeza de que seria jogador de quadribol. Estava bem com isso, até não estar mais. E se não fosse bom o bastante para seguir carreira no esporte, ou se simplesmente não quisesse seguir carreira no esporte? Ficara tanto tempo com a ideia de ser um jogador profissional que agora tinha a sensação de que havia perdido muitas oportunidades. Ele tinha se esforçado, é verdade, mas não o suficiente. Por sorte, tinha todo aquele ano pra correr atrás do que achava ser um prejuízo.
A começar por poções, uma das maiores defasagens do batedor. Seria o primeiro clube de poções com a nova professora e Vicente não queria explodir os caldeirões, como costumava acontecer. Não assim, logo no primeiro encontro. Queria causar uma boa impressão e, principalmente, ter tempo para trabalhar. Então chegou cedo, junto de Emília e Julio Torres. Sim, Julio Torres. A princípio, Ventura achou que seria necessário um pouco mais de esforço para gostar do Anaconda, mas estava errado. O ciúme que sentia do garoto havia acabado junto com seu relacionamento com Luca, e Julio parecia fazer bem a Emília, o que para Vicente era motivo bastante para estreitarem os laços. Gostar da parte Jaguar daquele trisal, no entanto, ainda não era assim tão fácil.
Estava apoiado na bancada, a cabeça inclinada na direção da argentina, ouvindo o que Emília dizia sobre o conteúdo da aula de botânica quando a professora chegou. Mais um pouco e a Cavendish se passaria por aula, faltava-lhe apenas o uniforme característico. Suas instruções foram simples e certeiras, capazes de sincronizar o movimento dos alunos. O som dos livros sendo abertos durou pouco, logo dando lugar ao som da movimentação e dos comentários.
Vicente arqueou as sobrancelhas diante da poção que teria que fazer. Se havia algo que ele gostava nos docentes de Castelobruxo, certamente era a afronta. Um sorrisinho brincou nos lábios, e logo que ouviu o comentário de Júlio, o sorriso se estendeu.
—Quer apostar quanto que tem? — Respondeu ao garoto, caminhando na mesma direção.
A receita da poção era, de fato, simples. Mas a arte da poçologia, por si só, envolvia muito mais técnica do que aquelas linhas simplistas revelavam. Vicente sabia disso, só não sabia quais técnicas eram essas.
No armário de ingredientes, pegou os frascos de ferrões de araña dormida, tentáculos de ondina e encarou os frascos de ervas. A poção tinha a função de não permitir quem a tomasse de pegar no sono, e as ervas só amenizavam o gosto ruim. Decerto que o uso de uma erva calmante não anularia os efeitos da poção, mas também não tinha qualquer chance de potencializá-la.
—Acho que hortelã. Será que tem? Se é pra dar um gosto bom, acho que essa é a melhor. Tem alecrim também...— Respondeu baixinho à pergunta do Torres, ainda procurando pelo frasco da erva que queria. — Será que ervas com propriedade calmante atrapalham a eficácia da poção? — Perguntou, por fim, quando encontrou a hortelã e passou a ajeitar os frascos de vidro nos braços.
Deixou os ingredientes na bancada e concentrou sua atenção no livro, memorizando os passos que devia seguir. O que tomaria mais tempo? A água não precisava atingir a fervura, então se a colocasse para aquecer agora, talvez ficasse quente demais. Mas os ferrões de araña dormida precisavam torrar, então separou-os e levou-os rapidamente até o forno, quando Julio perguntou se mais alguém o usaria.
—Eu! Não fecha ainda! — Pediu, o tom de voz sobressaindo no silêncio da sala. Jogou os ferrões num cantinho da bandeja, observou o anaconda fechar o forno e olhou o relógio no alto da parede oposta. Ficaria de olho no tempo, para que os ferrões não passassem do ponto. Mas, enquanto o calor fazia sua própria magia, foi procurar por um recipiente adequado para mensurar o volume da água.
O dia todo foi basicamente nessa pegada, eu só tinha um compromisso a cumprir no dia, admito que fiquei muito tendencioso em não ir, afinal não sou um grande adepto das poções, ainda mais hoje em que especificamente o clube vai ser pouco antes do jantar, mas como prometi para mim mesmo que esse ano eu vou me esforçar ao máximo, não faltarei de nenhum clube, e isso inclui o de poções.
—Ei, você vai no clube de poções, né?! Talvez eu precise de uma ajuda por lá. — Perguntei no áudio enviado para Alice, pois, diferente de mim, ela tem uma certa afinidade para essa disciplina. Eu até acho um pouco de loucura, mas entendo. Quem sabe eu também não descubra algum motivo para passar a gostar de mexer em caldeirões. Joguei o celular na cama para poder procurar meu livro, um a um eu fui retirando da bolsa, curiosamente o de poções era o último.
Quando cheguei, a sala de aula já estava toda pronta, alguns alunos em pé atrás das bancadas esperando a professora começar. E por falar na professora, Jhessy parecia ser muito mais legal do que a antiga, que para vocês terem uma ideia, eu nem me lembro direito de quem era. Mas agora tudo parecia muito menos teoria e enrolação, direto ao ponto, tínhamos de preparar as poções, é nesse ponto que eu me complico. Certo, é a primeira poção do livro, não deve ser difícil né? Errado. Guardem para vocês, não existem poções fáceis. Peguei uma bancada no fundo da sala, se minha poção viesse a explodir, só eu seria atingido. Abri o livro, olhei cada ingrediente daquela lista, era hora de pegá-los, deixar tudo pronto para que eu não me perdesse.
Ainda bem que os ingredientes são todos etiquetados com seus nomes, ajuda e muito a não se perder. Pois como eu vou saber diferenciar o que é uma urtiga do que é um anis?! Não sei. Juntei todos os ingredientes, presas de cobra, lesmas, escolhi folhas de urtigas, no livro dizia quatro médias, então revirei o pote para pegar nem as maiores, nem as muito pequenas. Num jarrinho coloquei um litro de água. Quase me esqueci das cerdas de porco-espinho, mas corri pegar e pronto, tudo ali, era só começar. Levantei a cabeça para ver se Alice já estava chegando, mas não, então eu teria que começar sem a ajuda dela.
Peguei o pilão e coloquei as presas de cobra, eu tinha de macerar até ficar em um pó, que não podia ser muito fino e também não muito grosso, um meio termo. Tomei como base para o muito fino um talco, tinha que ser mais pedaçudo, e mais moído do que apenas uns fragmentos grandes. Então fui pilando e olhando, não queria errar. Quando senti que estava pronto, joguei para dentro do caldeirão juntamente com as folhas de urtiga seca. Eu precisava colocar água, e que por favor aquilo não explodisse na minha cara.
Alguns bons minutos passaram até que aquela mistura levantasse fervura, bom, eu tinha de esperar mais de dez minutos, então marquei o tempo no celular. Não tirei o olho um segundo do celular, quando deu o tempo suficiente, me aproximei e peguei um colherão para mexê-la. Lembrando que devo mexer em sentido anti-horário até ela ficar transparente. Mexi, mexi e mexi. Nossa, como eu mexi, já estava quase desistindo de continuar mexendo quando ela finalmente ficou transparente. Então desliguei o fogareiro para que ela pudesse esfriar até ficar morna.
Enquanto aquela coisa esfriava, limpei o pilão para não contaminar meu próximo processo, que era fazer a pastinha com as lesmas, credo, que coisa nojenta. sequer olhei quando comecei a fazê-la, apenas a sensação de esfacelação era suficiente para me enjoar. Quando senti que não havia mais gruminhos eu olhei, era uma pasta levemente amarelada, nojenta. Não era algo convidativo. Então raspei o conteúdo para dentro do caldeirão, totalmente receoso, embora por fora eu estivesse contido, até parecia que eu sabia o que estava fazendo. Era hora de mexer de novo, mas dessa vez no sentido horário, isso é importante, se eu errar esse negócio vai desandar, e para meu bem e o do resto do povo era bom que isso não acontecesse.
Após mexer muito bem no sentido horário, era hora de deixar essa poção esfriar, em hipótese alguma eu iria adicionar as cerdas caso eu não tivesse certeza de que a temperatura estivesse baixa o suficiente. Então para ocupar o tempo eu comecei a organizar minha bancada, lavar as coisas que eu tinha utilizado, menos a colherona, pois essa eu ainda teria de usar mais uma vez.
Eu nunca gostei de arrumar ou lavar as coisas, mas o que nervosismo não faz, não é mesmo? Eu precisava gastar o tempo, aquilo tinha que esfriar. Quando terminei de arrumar tudo, me aproximei do caldeirão, ainda era possível ver algumas bolhas subindo e estourando na superfície, logo estava um pouco quente. Peguei meu celular, escondido é claro, e comecei a fuçar no Witchgram, me surpreendi que Alice ainda não havia visualizado minha mensagem, então fui olhar as publicações, mas não enrolei muito, não queria ser pego mexendo no celular. Guardei ele no bolso e comecei a revisar a receita da poção, aparentemente eu tinha feito tudo certinho, nenhum passo errado, o que explica ela não ter soltado nenhuma fumaça estranha ou voado na minha cara.
Eu ia enrolando, de vez ou outra eu dava uma espiada nas demais bancadas para ver como estavam indo, pelo visto ninguém havia feito cagada ainda. Torcia então para que não fosse eu o primeiro. Olhei para o líquido no meu caldeirão, tudo perfeito, nenhuma bolha ou vapor subindo. Seria essa hora? Talvez. Se Alice tivesse chego eu perguntaria para ela, mas como não estava ali, era preciso me arriscar. — Vamos lá. Não me decepciona agora, por favor. — Recitei ao jogar as duas cerdas de porco-espinho dentro daquele caldeirão.
Lavei a colher e coloquei no lugar correto, se da última vez eu fiz por conta do nervosismo, dessa vez fui movido pela euforia de ter teoricamente acertado o preparo da poção. Sem ter causado nenhum efeito colateral, e o melhor, sem um furúnculo sequer no corpo, eu havia encerrado. Faltava apenas que a professora avaliasse, mas antes que eu chamasse ela, tirei uma foto e enviei para Alice. “— Acho que deu certo. Pelo menos estou sem furúnculos.” — a mensagem acompanhava a imagem. Então fui até a mesa na frente da sala onde a professora estava. — Oi professora. Eu acho que terminei, mas eu só acho, não tenho certeza. Posso apenas afirmar que consegui não explodir nada e que terminei de seguir as instruções. — disse em tom brincalhão, mas ainda tinha um pé atrás de não ter acertado o passo-a-passo.
Acompanhei então a professora até minha bancada, torcia para que ela falasse que estava tudo certo e que eu podia ir jantar. Jhessy analisou o conteúdo daquele caldeirão, eu apenas observava o olhar atento dela. — E então? Deu certo? — questionei enquanto estendia o pescoço para frente para olhar junto com ela, embora eu não fizesse a mínima noção de quais eram os parâmetros para a avaliação de uma poção.
Sala de AulaPoções18/0324ºC
Enquanto os ferrões torravam dentro do forno, procurei um recipiente para medir a quantidade exata de água necessária para a produção correta da poção, duzentos mililitros, segundo o livro, e coloquei todo o líquido dentro do caldeirão vazio e a temperatura ambiente. Só aqueceria a água quando os ferrões já estivessem torrados pra não correr o risco de aquecer demais a água e acabar falhando naquela primeira tentativa de produção.
Não demorou mais que cinco minutos e o timer do forno apitou. Abri a tampa com auxílio de luva de proteção para retirar a bandeja coberta for ferrões que, agora, se misturavam uns aos outros, de nada adiantou ter deixado em montes separados. Não havia mal cheiro, mas o conteúdo ali parecia queimado. Estava escuro demais... Mas devia ser o ponto certo, né? Se tivesse queimado devia ter algum mal cheiro tomando conta da sala de aula, mas esse não era o caso.
NC
Sala de AulaPoções18/0324ºC
Quando o ponteiro do grande relógio de parede andou exatos cinco minutos desde que comecei a contar, eu me apressei para adicionar os tentáculos de ondinas. "— Será que vem aí?" — e veio. No primeiro tentáculo nada aconteceu, mas nos segundo a coloração da água começou a mudar. Se eu mexia a poção? Não. Sinceramente, nunca vi uma poção assim, onde não é necessário movimento, mas se tá no livro então é verdade. Talvez o motivo para isso é que os ingredientes se dissolvem com muita facilidade? Ou por seu tempo de maturação? Acho que só testando pra saber.
Ao adicionar o sexto tentáculo a poção tomou uma coloração de rosa escuro. Curioso, como sempre, estiquei o pescoço para alguns caldeirões dos setimanistas mais próximos e, puts, acho que deu hein? Todos os caldeirões tinham a cor rosa, mas nenhum era no mesmo tom. A minha era escura demais, quase vermelho, tinha dado errado... Ou talvez aquele fosse o tom correto de rosa, hum... — Acho que isso vai ser péssimo... — comentei assim que despejei os quatro ferrões torrados ao caldeirão de uma só vez. O livro não especificava "lentamente" como os tentáculos de ondinas, então foi tudo de uma vez. Restava a mim apenas orar para que a poção não explodisse em meu rosto.
Fim da poção, agora faltava maturar. Espera, ainda faltava a erva, quase esqueci. Alessandro não especificou muito bem quando adicionar as ervas, mas já ouvi de Bianca que ingredientes não obrigatórios em poções devem sempre ser adicionados ao final, como as folhinhas de manjericão sobre os venenos que mamãe produzia para as pragas no quintal. Por falar em manjericão, acabei usando ela e o hortelã para finalização, ambas secas, como descrito. Foi quanto exatamente? Acho que duas folhas de cada planta.
NC
Sala de AulaPoções18/0324ºC
Com o caldeirão ainda emanando calor, mas o fogo desligado há algum tempo, voltei para um armário no fundo da sala para pegar um frasco vazio onde eu guardaria o que produzi. Como eu disse, a poção do olhão tinha um tempo de maturação, só ficaria pronta no dia seguinte e até o momento me parecia perfeita, sem querer me gabar. antes de sua finalização eu precisava coloca-la em um frasco e expor à luz da lua para que possa absorver sua energia. Pelo descrito, a poção tomaria um tom prateado quando estivesse pronta. Por que? Não faço ideia, mas se o Alessandro Ventura falou, então tá falado. — Professora! — chamei quando já estava de volta à minha bancada. — Acho que terminei. — com auxílio de luvas protetoras, segurei o caldeirão e despejei seu conteúdo no funil que levava ao frasco.
Enquanto a professora auxiliava os outros alunos deixei meu frasco de poção aberto para que todo o vapor se desprendesse antes de fecha-lo. Seria uma pena perder a formulação por causa de água em excesso... Assim que fechei o frasco, me voltei pro caderno onde fiz algumas anotações dos pontos mais importantes de minha experiência. — Ta acabando? — perguntei ao Ventura próximo. Emília parecia bem — ela sempre arrasa em tudo o que faz —, Lora nem se fala, já eu e Vicente? Um pior que o outro, por isso a curiosidade em saber, calma lá, não começa a palhaçada de achar coisa não, eu namoro.
NC
De forma geral, sou uma boa aluna e consigo me destacar, mas não com poções. Os seis primeiros anos como aluna naquela escola tinham servido para me provar que jamais deveria ingerir qualquer mistura feita por mim, pois certamente não teria um bom resultado. De fato, já estava acostumada com a ideia de que não era pra mim e tudo bem, não dá pra ser boa em tudo. Aquela teria sido mais uma aula onde eu me esforçava muito para conseguir a média, se não tivesse tido a experiência com os primeiranistas logo na primeira semana de aula. Não custava tentar melhorar, certo? Ou ao menos acreditar que conseguiria me sobressair nessa área como costumava fazer nas outras. Para ajudar, a professora Jhessy parecia tão alegre que eu confesso ter sido intoxicada pelo sentimento. Ok, vou arrasar! Com o livro em mãos e muito otimismo em mente, folheei até encontrar a poção do olhão, uma alternativa ao café em versão barra pesada para espantar o sono. Maravilha, está aí algo que vai ser muito útil para quando eu estiver no fim de semestre da faculdade. Encontrei um lugar vazio na bancada mais distante da mesa da professora e reli o passo a passo pelo menos três vezes antes de sentir que conseguiria. — Óculos! — Falei baixinho quase que para me lembrar de que sim, equipamentos de proteção individual são essenciais. Calcei as luvas e coloquei os óculos, confirmei estar com a roupa correta, os calçados devidamente fechados e o cabelo preso em um rabo de cavalo firme, e então comecei o procedimento.
— Vejamos… — A maldita mania de pensar em voz alta me acompanhou até o recipiente de onde eu pegaria exatos duzentos mililitros de água filtrada. Essas poções requerem medidas exatas, então usei uma vidraria coerente com tal necessidade para medir e armazenar o líquido antes de voltar para a bancada. Ah, qual é, com tanto feitiço pra decorar, saber o nome de cada coisa ali seria difícil. Até ali, tudo ia bem. Em seguida separei os quatro ferrões de araña dormida em um recipiente que pudesse ir ao forno na próxima etapa. Amém as luvas, pois aqueles tentáculos de ondinas estavam tão adoráveis quanto a minha cara ao acordar. Ainda que feios, os separei de forma correta. Ainda precisava das tais ervas, e Nahuel parecia a pessoa certa para me aconselhar a respeito. — Isso aí é erva doce, Nahu? — Perguntei de longe, apontando para o pote de porcelana onde ele estava pondo a erva escolhida. Não servia para ele, mas eu iria de erva doce sim. A última parte era simples: organizar a bancada para otimizar o tempo. O fiz do jeito de sempre, rezando pra dar tudo certo, e aí só restou ligar o fogo para começar a aquecer a água e iniciar a poção.
- Informações:
PEMs: IM-2, FB-1, FS-1, AN-1.
Maestrias: elemental sol.
Telecinese nível 4.
Usando IM-0 até atingir o valor.
she remembered who she was and the game changed.
O que eu julgava ser o ideal era ter começado torrando os ferrões, mas o barato sai caro em questão de tempo também. A fila para usar os fornos já era suficiente para que eu ganhasse tempo indo pelo caminho da lentidão. O processo de pegar a vidraria correta, ir buscar a água e então arrumar a bancada havia custado alguns minutos, de forma que dei sorte em pegar um forno vazio quando terminei. Eu ainda tinha quatro minutos para a água estar pronta quando coloquei os ferrões no forno para ficarem torrados igual a minha conta bancária depois de passear pelo comércio bruxo. — Dia, me avisa quando terminar? — Pedi para a colega e parti em disparada para minha bancada. Não se corre na sala de poções, mas da pra andar bem rapidamente se tiver a sorte de a professora estar ocupada dando assistência a algum colega. Peguei o bastão para depositar os tentáculos e depois mexi aquela gororoba com a maior paciência já vista. Existem vários tons de rosa e a natureza está aí pra provar isso, então quando a minha poção ficou quase fúcsia confesso que me preocupei. Talvez com a adição dos ferrões torrados talvez aquilo chegasse a um rosa bebê, não é? Só que para adicionar o último ingrediente obrigatório eu precisaria buscar os ferrões no forno e voltar com tamanha agilidade que o conteúdo do caldeirão não “percebesse” que eu tinha ido ali dar um rolê e engrossasse. — Diana, isso que ouvi foi o barulho do chester pronto? — Sabendo da procedência trouxa da colega, soube que entenderia a brincadeira.
- Informações:
PEMs: IM-2, FB-1, FS-1, AN-1.
Maestrias: elemental sol.
Telecinese nível 4.
Usando IM-0 até atingir o valor.
she remembered who she was and the game changed.
da profission
Enquanto os ferrões estavam no forno, tratou de pegar a água filtrada descrita na receita da poção. Havia encontrado uma pipeta volumétrica para mensurar o volume corretamente e com precisão. Ainda aferia o menisco, exatamente em duzentos mililitros, quando o som agudo do forno apitou. Bem, se ele tivesse prestado um pouco mais de atenção, saberia que não havia a menor necessidade de ficar checando o relógio. Teria até aferido aquele volume mais rápido. De toda forma, quando voltou para a bancada, Julio já tinha tirado os ferrões do forno e a bandeja repousava sobre a superfície em que trabalhavam, sobre uma manta. Ao contrário do que o carcará tinha pensado, os ferrões tostados não emanavam um grande cheiro. Mas pareciam um pouco tostados demais.
Lançou a Julio um olhar carregado de dúvidas. Será que estava certo? Ele não fazia a menor ideia, e a julgar pela cara do Torres, ele tampouco sabia. Descobririam no final da poção.
Então, uma vez que um terço dos ingredientes já estava pronto para uso, Vicente despejou a água filtrada dentro do caldeirão, acendeu o fogo e o ajustou. No instante seguinte, encarou o relógio na parede oposta e anotou a hora no canto do livro. A receita da poção dizia que deveria, especificamente, aquecer a água filtrada em fogo baixo por cinco minutos e, só então, adicionar os tentáculos de ondina. Enquanto a água aquecia no fogo baixo e os ponteiros do relógio se moviam, contando os cinco minutos, Vicente separou seis tentáculos do frasco e quatro ferrões.
Queria estar com tudo preparado para não perder a hora exata de adicioná-los. Assim como não era um bom cozinheiro (tudo que sabia fazer era uma boa macarronada), era um poçologista... Em treinamento, para não dizer coisa pior.
Clube de poções
POÇÃO PARA CURAR FURÚNCULOS
— Merd- — Interrompeu-se ao ver que proferia o xingamento por entre os dentes apertados. Não era de sair xingando a toa, na realidade, não xingava nada. Jamais. De maneira alguma. Largou os livros de volta para dentro da bolsa, estava ali o de história da magia e o de feitiços. O de poções que era bom… Opa, peraí. O livro de poções estivera ali o tempo inteiro, apenas pressionado contra seu corpo, na divisória oposta aquela onde Augusta costumava deixar seus livros. A façanha, ao invés de irritá-la ainda mais como tudo indicava naquele dia tão desventuroso, veio acompanhada de um riso bobo. Envergonhada de sua própria reação exagerada ao cansaço, Augusta sequer cogitou que a influência não era um sopro de autoconsciência, mas sim os dons de sua professora envolvendo-a em um manto de boas vibrações.
Finalmente distraída de suas irritações, pode ouvir o que a professora instruiu. O comentário sobre a pizza tinha passado em branco pelos ouvidos fechados da quintanista, mas agora estava disposta a participar e ir em busca de seu bom resultado. Talvez a arte mais tradicional dos bruxos, poções fora a maior pedra em seu caminho durante os anos iniciais pondo em dúvida sua identidade feiticeira tão frágil, influenciada pelas opiniões maternas. Naquele quinto ano estava disposta a mudar isso. Abriu a página indicada pela professora, apenas para entortar o nariz ao ver-se diante de uma poção para furúnculos.
Ok. Não tinha nada contra, mas não era exatamente sua ideia de poção divertida para começar o clube. Ergueu-se da mesa, organizando seu kit de poções e caldeirão sobre a mesa e encaminhou-se até os armários da sala de aula para conseguir aqueles itens tão saborosos para a sua receita, enumerando-os mentalmente para não esquecer item algum. Felizmente o universo tinha lhe privado de uma crise de acne ao longo da puberdade. Seria horrível ter que aplicar uma mistura de urtiga, lesmas, presa de cobra e espinhos em sua própria cara. Entrar no padrão não valia a pena tanto assim e, importante ressaltar, Augusta não era lá muito fresca para situações assim.
- Preparando uma poção:
- Nome da poção: POÇÃO PARA CURAR FURÚNCULOS
Livro/receita de referência: https://tlcrpg.forumeiros.com/t4729-livro-livro-padrao-de-pocoes-vol-2-por-alessandro-ventura
Meus PEM e Maestrias que influenciam nesse preparo: IM-1
Ingrediente usados: - 1 litro de Água;
- 6 Presas de Cobra;
- 4 Lesmas;
- 2 Cerdas de Porco-espinho;
- 4 Folhas médias de Urtiga Seca.
Passo a passo: Mise en place dos ingredientes e início da poção. Dado inicial IM-0.
» [CLUBE DE TRANSFIGURAÇÃO] Caindo como felinos
» [Clube de Magizoologia e Feitiços] Você sabia?
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