The Last Castle - RPG :: Transfiguração
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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Caipora
TLC » Administradores
Caipora
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Ter 11 Jun 2013 - 18:14
2ª Aula de Transfiguração Usarcapaaulas
Transfiguração

Aula II
Allan Holmes Lancaster
Allan Holmes Lancaster
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Obliviador
Qui 4 Jul 2013 - 1:42

2ª Aula de Transfiguração
2ª Aula de  Transfiguração


   

O sétimo andar estava vazio assim que Allan entrou nele, a chuva que caia do lado de fora do castelo batia contra as paredes do castelo com violência, o bruxo se conduziu por um corredor com sua capa sendo arrastada atrás de si até uma parede. Allan abriu um certo livro de capa preta gasta e passou a examina-lo enquanto a turma não chegava.

Depois de alguns minutos de leitura ele ouviu ruídos e sussurros “alunos são alunos em qualquer lugar (riso)” logo em seguida um grupo de alunos entra no corredor se dirigindo imediatamente ao docente – Boa noite turma! – Allan olhou para eles “nem todos estão aqui”, mas o bruxo já esperava por isso, quando se dá aula em uma grande instituição se acostuma como relaxamento de alguns – Então vamos a nossa aula? – alguns alunos olharam com olhos questionadores  Allan achava isso um pouco engraçado Hogwarts era um lugar de tantos mistérios que aqueles garotos se quer imaginavam na abertura entre duas pedras nasceu uma porta de carvalho ouve suspiros de espantos por parte de alguns – Sejam bem vindos a sala precisa o professor abriu a porta e todos entraram.

O que tornava a sala precisa tão extraordinária e que ela muda conforme a necessidade de quem a usa, a decoração da sala de hoje incluía muito espaço livre, o piso era feito de mármore no seu centro tinha um mosaico que  mostrava uma varinha transformando uma coruja ora em cálice de água ora em um globo neve, sobre o piso mosaico estava algumas mesas que pareciam de cabeceira sobre cada mesa se encontrava um pequeno óculos e uma chave , pouco atrás das mesmas em outras mesas tinha um pequeno baú um para cada aluno.

Allan caminhou ao centro da sala seguido de perto por seus alunos, ele se voltou para a turma – A nossa aula de hoje vai ser bem prática alguém poderia me dizer o que é uma transfiguração objetiva? – um(a) garoto(a) respondeu a pergunta – Correto 10 pontos para (Grifinória, Corvinal, Lufa-lufa e Sonserina) na maioria das transformações gerais que estudaremos a partir de agora usaremos as fórmulas cabalistas. E a formula para transfiguração objetiva é a seguinte:

Objeto (reagente) em italiano + ADO + Objeto (produto) em italiano


Estão vendo essas chaves e óculos em cima de cada mesa, elas abrem o baú atrás de cada mesa? eu quero que vocês transformem esses óculos em copias exatas dessas chaves e abram o baú com suas transfigurações, vocês podem ir até o baú e testa as suas copias como quiserem, quando ele abrir quer dizer que sua copia esta igual a original – O docente foi até um dos baús –  Mas tenho certeza que o que vocês querem realmente saber e o que cada baú contém, isso eu não posso dizer, mas tenho certeza que agradara a maioria, outro detalhe não ajudarei ninguém vocês estão por sua própria conta – o bruxo deu uma piscada para a turma – Então mãos a obra.

Allan observou o progresso de cada um de perto.

(...)

Passado algum tempo o primeiro conseguiu abrir o seu baú do interior saiu alguns fogos de artifício (da cor que vocês quiserem) correndo pela sala e formando o número 1 – Quem será o próximo a conseguir!! – após o susto dos estalos eles voltaram ao trabalho não demorou muito que os fogos de artifícios das mais variadas cores e formas tomaram a sala.

Eles pareciam está se divertindo com a brincadeira, mas havia chegado a hora de ir na sala precisa seria impossível de ouvir o toque de recolher – Bom queridos chegou a hora de por fim a nossa aula. – o bruxo acompanhou seus alunos para fora da sala precisa.






Observações:

Metodo de avaliação:

Pontuação:






2ª Aula de Transfiguração Braso6
Evelyn M. V. Hotchner
Evelyn M. V. Hotchner
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178
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Estudante.
Qui 4 Jul 2013 - 14:55


Transfigurando, finalmente!

Eu cantarolava de boca fechada enquanto observava minhas anotações de transfiguração. Hoje, recebera a informação de que nossa aula seria num lugar diferente. Tudo o que eu sabia era que os alunos supostamente deveriam ir até o sétimo andar e lá procurar o nosso professor de Transfiguração, Allan. Eu presumi comigo mesma que não deveria ser tão difícil, afinal nosso professor não era nem extremamente baixo e nem se misturaria com o papel de parede dos corredores. Quer dizer, com a parede de pedra. Ouvi ruídos e então olhei meu relógio de pulso. Era quase hora da aula. Realmente, comer mais bolinhos de sobremesa não tinha sido uma ótima ideia. Agora eu estava junto com os meus outros colegas, que riam e conversavam entre si como uma só família extremamente feliz.

Segui com meus colegas, tentando me misturar ao meio do grupo, porém sem falar, somente olhando ao meu redor para encontrar o professor. Não foi muito difícil. Depois de um minuto, eu avistei o mesmo e então cutuquei Megan para que a mesma visse o professor e avisasse os outros. "Por que será que ele não está perto de uma porta de verdade?" pensei "Será que teremos uma aula aqui mesmo, sentados no chão? Por favor, não, quero uma superfície regular para apoiar meu pergaminho.". O professor nos cumprimentou parecendo animado e meio misterioso. Eu procurei sinais de comportamento para tentar descobrir o que ele nos estava escondendo. Com certeza, o que eu imaginei não chegava perto.

Após o professor nos perguntar se estávamos prontos, numa abertura entre duas pedras que estavam atrás de onde o professor estava parado em pé nasceu uma porta de carvalho, que foi aumentando de tamanho gradualmente. Quanto mais a porta abria, mais meu queixo caía. O professor então nos disse o nome do lugar: Sala Precisa. "Ela existe!" pensei chocada "Ah, Merlin, você só pode estar brincando.". Claro, eu vivia em Hogwarts e muitas das coisas que aconteciam aqui eram cientificamente impossíveis, mas, uma porta que nascia de duas pedras e que mudava de acordo com a necessidade de quem iria usá-la? Eu já tinha ouvido as lendas sobre a mesma, mas ver e poder entrar na sala precisa era... Indescritível.

"Incrível" eu não parava de pensar cada vez que me virava para olhar uma nova parte do lugar. A sala era muito espaçosa. Eu tinha certeza que dava para reunir toda a família Villeneuve ali. O piso era feito de mármore, o que já seria legal, mas parecendo que não bastava, no seu centro tinha um mosaico que  mostrava uma varinha transformando uma coruja ora em cálice de água ora em um globo neve. Eu fiquei bons segundos observando as figuras mudarem no chão como uma criança boba. Resolvi então me concentrar nas coisas que pareciam que iam ser usadas para a nossa aula: algumas mesas pequenas, que tinham em cada uma delas um pequeno óculos e uma chave e por fim, pouco atrás das mesas, em outras mesas tinha um pequeno baú. Fiz as contas rapidamente, imaginando. Provavelmente seria um para cada aluno. Parecia que hoje íamos, finalmente, transfigurar alguma coisa para outra forma.

O professor estava falando, então me obriguei a voltar para a Terra e lhe escutar. Ele nos fazia uma pergunta e eu, imediatamente, ergui minha mão. O professor me permitiu falar e eu dei um pigarro antes de começar, querendo me certificar que nada do estilo "Esse lugar é incrível" saísse da minha boca.

 - Transfiguração objetiva é um tipo de transfiguração que altera os objetos, porém com algumas limitações, entre elas inclusa: só se pode transformar um objeto em outro de massa igual ou semelhante. - parei um pouco para respirar - A sua forma cabalística se compõe por: "objeto ou animal que se quer transformar em italiano mais o sufixo 'ado' mais o nome do objeto ou animal em que quer transformar em italiano", compondo assim o feitiço.

Eu sorri, satisfeita comigo mesma. Claro que eu havia revisado Transfiguração, mas mesmo assim, achei minha resposta bem formulada. Esperei que isso tivesse a ver com minha habilidade, mas pensando bem, não fazia sentido que tivesse. O professor então nos deu a fórmula para o feitiço de uma forma mais elaborada. Ele nos deu também algumas instruções e explicou como seria a aula e deixou claro que estávamos sozinhos com nossas cabeças nessa. "É isso aí, professor!" pensei animada "Não aguento mais trabalhos em grupos com o real objetivo de nos obrigar a socializar com nossos colegas.". Puxei minha varinha das minhas vestes e então coloquei minha mochila no chão, perto de uma mesa.

Eu olhei para o óculos de aro de tartaruga preto que estava ali junto com uma chave média rabuscada de um material que parecia bronze, ou talvez fosse só pintada, mesmo. "Tudo bem, tudo bem. Vamos lá, Evelyn, você consegue" pensei comigo mesma "Você já estudou tudo sobre o assunto, praticou nas horas livres e também tem uma habilidade que lhe dá uma vantagem sobre os outros alunos comuns." e então respirei fundo. "Como é que se fala óculos em Italiano mesmo? Mas que coisa, tinha que ser italiano, não podia ser francês ou inglês, que são os idiomas que eu mais conheço?". Então eu me pus a rodar de um lado para o outro da sala, tentando lembrar, se é que eu sabia. "Ah, Merlin, eu li isso num dos dicionários de línguas uma vez, era algo com o..." pensei.

Por mais que eu forçasse a memória, não conseguia lembrar do nome. Então me pus a pensar em todos os nomes italianos de coisas com o que eu conhecia, porém meu vocabulário italiano não era um dos mais expandidos. Acabei uns bons minutos pensando nos nomes, quando me veio a ideia de então ir colocando as letras do alfabeto depois do o, para ver se conseguia algo. "Oa, não, eu acho. Ob, não, também. Oc... Espera aí." pensei "Oc... Occ... Occhiali!" eu então dei um pequeno pulo no mesmo lugar, ansiosa para poder logo formular o feitiço. "Então é Occhiali com ado com o nome... Ah, não, como eu falo chave em italiano?" pensei com toda minha animação indo por água a baixo.

"Ah, você só pode estar zoando com a minha cara!" pensei aborrecida enquanto tinha vontade de incinerar alguém "Por que italiano, cara? Por quê?". Eu então fiquei ali, respirando fundo para me acalmar e tentar lembrar como se falava chave em italiano. Estava tão irritada que passei alguns minutos para me acalmar. "Eu precisava tanto de um dicionário de italiano agora..." pensei. E então, como por milagre, ao me virar, vi um dicionário de italiano em cima da minha mesa. Eu sorri e estava prestes a pegá-lo quando alguém pôs a mão em cima dele. Eu ergui os olhos e meu sorriso se foi.

 - Trapaceando, pequena Evelyn? - perguntou o professor.

 - Tecnicamente, o senhor não proibiu nenhuma ajuda vinda da sala, só deixou claro que não iria ajudar, então, aceitar ajuda da sala para conseguir uma informação não seria, ao pé da letra, uma trapaça. - eu disse.

 - Muito esperta, mas... - disse o professor pegando o dicionário e colocando debaixo do braço - Vai ter que se virar sem a ajuda de ninguém.

 - Tecnicamente, a sala não é uma pessoa viva. - insisti.

 - Tudo bem. - ele disse - De nada e nem ninguém. Satisfeita?

Eu suspirei, derrotada. Se tinha uma coisa que eu detestava era quando meus argumentos para escapar de uma encrenca ou conseguir ajuda falhavam. O professor então me desejou boa sorte e saiu andando pela sala. "Eu deveria ter previsto isso, esse professor é muito rigoroso" pensei "É melhor eu andar logo, sono me deixa irritada". Suspirei mais uma vez, infeliz. Resolvi voltar à velha técnica de tentar as letras. "Chave... Chave... Acho que é com 'c'... Chavie? Não, parece errado. Chavei? Não, que tosco, tenho quase certeza que isso não existe... Tinha certeza que tinha um 'i' em algum lugar..." pensei enquanto andava de um lugar para o outro "Será que poderia ser... Chiave? É isso, eu acho. Ah, mas que coisa, não tenho certeza. Não custa tentar". Então, fazendo a junção de tudo no meu cérebro, eu ergui minha varinha, mirando-a para o óculos, e me concentrei em imaginá-la virando uma chave.

 - Occhialiadochiave!

Eu então observei os óculos por um tempo, mas nada aconteceu. Não me parecia que a fórmula estava sendo aplicada corretamente. Um feitiço não deveria ser uma palavra tão grande, do meu ponto de vista. "Que tal... Tentar separar as partes do feitiço? Espero que dê certo." pensei, então ergui minha varinha que eu tinha abaixado num momento de tristeza, apontei a mesma para o óculos e então me concentrei novamente em imaginar o óculos se transformando em chave.

 - Occhialiado Chiave!

Então, bem devagar, como que preguiçosamente, o óculos começou a se transformar diante dos meus olhos. Primeiro, perdendo as hastes e as charneiras, cujo metal parecia ter fugido dali para engrossarar os aros, e então, se encolhendo como se estivessem num forno. Devagar, bastante devagar, a ponte do óculos foi se encolhendo e então o que parecia ser o metal que estava ali partiu para o aro, o engrossando. Por fim, um aro começou a se juntar ao outro, devagar, e formar uma só bola de estilo casco de tartaruga. Vagarosamente, a bola de um metal preto foi se encolhendo e tomando o formato de uma chave. Eu soltei o ar da minha respiração, como se tivessem me socado o estômago. Eu conseguira.

Ansiosa, peguei a chave da mesa e então a coloquei na fechadura do baú. Para o meu desapontamento e espanto, a chave não quis entrar. Voltei para a minha mesa, deixando minha varinha sobre a mesma e então puxando a outra chave, igualando as duas. "Mas como sou burra!" pensei. A chave que eu acabara de transfigurar era uma das modernas, mais grossas e de estilo moderno. Porém, a chave do baú era uma típica chave estilo medieval, portanto não adiantaria que eu enfiasse a chave que eu transfigurara por horas no baú, ele simplesmente não iria abrir. Suspirei mais uma vez, começando a ficar cansada.

Coloquei as duas chaves sobre a mesa, então, e peguei minha varinha novamente. "Okay, então. Não basta ser só uma chave, tem que ser uma cópia perfeita da chave que abre o baú para que eu possa abrir o mesmo" pensei "Eita coisinha complicada". Respirei fundo, então, me concentrando em transformar a chave em uma cópia perfeita da outra.

 - Querida chave minha, me dê uma ajudinha, fique igual a sua irmãzinha. - falei, apontando para a chave, mas nada aconteceu à ela.

Resmunguei algo sobre como era péssimo ser uma pessoa sem criatividade para rimar e então me concentrei novamente, pensando numa nova rima. Após descartar várias, achei uma que parecia boa, então me preparei para usá-la.

 - Chave, não me critique. Não quero que vire um tabique. Só peço que igual à outra fique.

E então, desta vez mais rápido, a chave começou a mudar aos poucos. Por fim, ela parecia uma chave de estilo medieval. Corri para tentar abrir o baú, mas a mesma entrou, porém não obteve resultado. "Mas que..." eu então completei meu pensamento com palavras que nem me atrevo a citar aqui, ou acabaria tendo a boca escovada com sabão de côco e escova de pé. Tentanto ignorar a vontade de atirar a chave longe e abrir o baú com um bom chute, eu me concentrei em me acalmar e achar uma boa rima. Após muito pensar, eu ergui minha varinha, decidida, concentrada e irritada.

 - Me obedeça agora ou eu lhe expeço, que vire uma cópia da outra é tudo o que eu peço.

Então, uma pequena mudança houve na chave. Irritada, peguei a mesma e então fui para o baú. Ao virar a chave, ela não quis acabar a volta, então, irritada, acabei forçando a chave na tranca do baú, o que fez o baú se abrir com tudo e algo sair de lá. Com o susto de algo se movendo, recuei, mas acabei tropeçando nos meus próprios pés, ou seria nas vestes? De qualquer modo, acabei caindo sentada no chão. Minha raiva era tanta que nem procurei saber em qual lugar havia ficado. Simplesmente catei minhas coisas e então, quando o professor nos liberou, saí da sala Precisa sabendo que do que eu precisava mais agora era um bom e relaxante banho quente.


Evelyn Marie Villeneuve Hotchner

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Sonserina | Filha da Jennifer | Amante de livros e gatos | Artilheira


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Christine L. Villeneuve
Christine L. Villeneuve
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Estudante e monitora da Lufa-Lufa :3
Sex 5 Jul 2013 - 11:21


2ª Aula de Transfiguração

Até ao momento, eu revelava-me uma aluna média-baixa. Isso era particularmente alarmante para mim, pois como monitora tinha o dever de dar o exemplo. Eu, de facto, não percebia o porquê das minhas dificuldades. Eu era pontual, assídua, bem comportada e muito esforçada. Estudava sempre a matéria aprendida depois das aulas. E, ainda assim, ficava na sombra dos grandes alunos. Era de supor que estava destinado a eu nunca sobressair. Beauxbatons, Hogwarts, fosse onde fosse… Por muito que me esforçasse, eu pertenceria sempre a uma nuvem vasta e igual de alunos frustrados.

Uma informação de que a aula seria num local diferente chegara-me aos ouvidos. Fiz questão de informar o resto da comunidade lufana do segundo ano. Indiquei para eles me seguirem, rumo ao sétimo andar. Apenas pela localização, foi fácil chegar à conclusão que a aula seria prática… Para minha grande infelicidade!

Depois de um caminho consideravelmente longo desde a comunal da Lufa-Lufa até ao mais alto dos andares de Hogwarts, dei liberdade ao lufanos para se dispersarem pelo perímetro. O professor já estava lá, lendo um livro de capa negra, e aguardando próximo de uma parede antiga e, pelo que me pareceu inicialmente, perfeitamente sólida. Quando todos os alunos marcaram presença, uma porta surgiu na parede, fazendo com que me escapasse uma interjeição espantada da boca. E eu que pensava que conhecia bem todos os recantos de Hogwarts!... Depois de piscar e coçar os olhos e chegar à conclusão de que aquela fenomenal magia era real, segui o professor e respetivos alunos até ao interior daquela ampla divisão secreta.

Em termos descritivos, pode-se dizer que era uma sala incomum. Possuía um chão de mármore, com um mosaico central, e que por sua vez tinha algumas mesas por cima. Estas últimas continham óculos e chaves nos seus tampos, e umas espécies de baús atrás delas. Contemplei o espaço que me era desconhecido, enquanto me dirigia ao centro da sala, juntamente com o professor e o resto da turma. O diálogo começou com uma pergunta da qual eu ignorava a resposta. Uma menina sonserina que eu idolatrava e sabia se chamar Evelyn respondeu. Mais do que uma resposta em si, parecia que tinha citado um livro. A sua resposta, tão perspicaz e perfeitamente imaculada, apenas me deu mais um motivo para a admirar. Olhei para o meu distintivo reluzente e límpido de monitora. Num impulso louco, mas ainda assim justo, eu colocá-lo-ia nas suas vestes. De certeza que faria mais jus às suas responsabilidades do que eu. Embora eu tentasse e fizesse tudo o que podia, faltava-me o fator inteligência…

Copiei do quadro para o pergaminho uma fórmula que não entendi. Coloquei a ponta da pena na boca enquanto refletia sobre o significado daquele enigma. ADO… O quê? E porque tinham de ser os outros componentes em italiano? Era demais para o meu pequeno cérebro. Limitei-me a copiar e escrever excertos da matéria que conseguia ouvir, para mais tarde tentar compreender, enquanto estudava. Naquele momento era melhor prestar atenção às indicações da atividade prática.

O suposto seria transformar os óculos nas chaves e usar esse transformado para abrir o baú, que possuía um conteúdo desconhecido. Fosse ele o que fosse, eu e o meu “talento para transfigurar” jamais descobriríamos. Pior foi saber que o professor não auxiliaria. Sem ajuda, com necessidade de rimar e lançar um feitiço. O que poderia correr bem?...

Os problemas começaram logo com a minha nula sabedoria de italiano. Dar-me-ia jeito um intérprete ou um dicionário, pois se havia algo que eu sabia menos do que transfigurar, era esse idioma. Eu não queria de forma alguma fazer batota, mas não via outra maneira. Ouvi as tentativas das outras pessoas e pude distinguir “occhiali” e “chiave”. Anotei no meu pergaminho, pois o mais certo seria esquecer-me. Peguei na varinha, esmagada entre os livros da mochila, e apontei a mesma para os óculos. Congelei. Certo, eu recolhera palavras italianas, mas para que é que elas me haviam servido? Fiquei a olhar fixamente para o pergaminho, com a atenção nalgum outro lado e a pensar em como faria isto, quando vejo a resposta mesmo à frente dos meus olhos. “Objeto (reagente) em italiano + ADO + Objeto (produto) em italiano”. Era essa a resposta. Sorri e expirei de forma curta. Mirei a varinha aos óculos, novamente, e tentei.

-Occhiali ado chiave!- Disse. Os óculos tremeram um pouco e a lente rachou, mas nada mais. A chave permanecia perto dos últimos, para eu ter um modelo e soubesse o que queria transfigurar. Naquela altura parecia-me impossível igualar dois objetos tão diferentes, contudo tentar não faria mal. Talvez o meu erro tivesse sido separar as palavras. Tentei novamente.

- Occhialiadochiave!-  Verbalizei, sem qualquer pausa entre as palavras. A racha prolongou-se um pouco,  mas nada que me fizesse gritar “Isto é uma chave!”. Com uma frustração assustadora e um impulso qualquer estranho, virei-me para um colega lufano que estava atrás de mim, com os óculos na mão.

- Isto parece-te uma chave?- Perguntei, sem qualquer sentido e desmotivada. Ele franziu o sobrolho, duvidoso.

- Nem por isso… Mas continua a tentar, talvez consigas.

- Ah certo! Obrigada!- No momento em que me virei para a minha mesa, apercebi-me do que tinha feito. Onde é que eu tinha a cabeça? Ignorando o que acabara de acontecer, senti-me motivada pelo pequeno acesso de desespero e tentei a última das hipóteses de pronunciação.

- Occhialiado Chiave!- Os óculos sofreram uma extrema mudança. As lentes desapareceram de vez, os aros foram-se encolhendo até ficarem planos, mais sólidos e de outra cor, o suporte dos ouvidos também se distorceu e pouco a pouco e com mudanças inesperadas, uma chave aparentemente igual à outra formou-se. Ainda ninguém abrira o baú. Entusiasmada, peguei no mesmo, e coloquei a chave lá dentro. Tudo estava a correr às mil maravilhas, até descobrir que a chave não rodava… Revirei os olhos e coloquei-a muito junta à outra. Eram praticamente iguais, mas a zona que distingue as chaves e que roda no interior da fechadura era ligeiramente diferente entre elas. Haviam mais algumas pessoas com o mesmo problema, e pelo que vi, encontravam soluções que iam de acordo ao aprendido na última aula. Achei sensato, e usei o mesmo método.

-Chave parecida, mas não congruente, torna-te uma réplica, da tua parente!- Nada aconteceu, como era previsível. “Parente, a sério?”, pensei, "Como se as chaves tivessem uma árvore genealógica...". Respirei fundo e tentei mais uma vez. Quando me concentrava para repetir uma tentativa que já previa ser falhada, vejo alguns números consecutivos a sair dos baús dos meus colegas, das mais diversas cores. Fiquei fascinada a olhar para aquele colorido espetáculo, mas eu sabia que tinha era de me concentrar no meu próprio trabalho. Todavia, era difícil, pois naquele momento abria-se um baú a cada instante. Tentei conectar-me ao meu mundinho próprio.

-Chave bela, aparente gêmea da companheira, torna-te completamente igual à mesma…. Sem choradeira?- Mais uma vez as mudanças foram inexistentes. Uma nova rima cruzou-me os pensamentos.

-Chave diferente, ai que teimosa és tu, torna-te igual à que está a teu lado, para abrir aquele baú!- Umas pequenas mudanças (as necessárias para os objetos ficarem iguais) aconteceram. Entusiasmada, peguei logo no baú, coloquei a chave na fechadura, rodei-a com facilidade, e assisti ao número nove cor-de-rosa a sair alegre da caixa. Dei um pulinho muito discreto. “Yes!”, Cogitei alegre.  

Os poucos alunos que não haviam conseguido abrir o baú foram bem-sucedidos, passado pouco. Ainda se observavam alguns foguetes na sala quando o professor nos deu a ordem de saída. Arrecadei a varinha, a pena, a tinta e o pergaminho na mochila. Para não parecer mal, arrumei a cadeira e coloquei as duas chaves idênticas e o baú em cima da mesa, para que tudo ficasse arrumadinho. Com um sorriso fofo e duas palminhas rápidas e suaves na secretária, corri até ao aglomerado de alunos que saíam, antes que a imensa porta de carvalho se fechasse. O professor afastou-se e todos se foram dispersando. Como sempre, apanhei uma multidão lufana e dissolvi-me nos diálogos e passeios.
     




Friends are born, not made.
Breeh
Stefan C. Cavendish
TLC » Adulto
Stefan C. Cavendish
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Estudante || Ler
Sáb 20 Jul 2013 - 12:40
2ª Aula de Transfiguração


- Andem logo vocês ai. Parecem umas lesmas! – Falei com os alunos do 1º ano que estavam parados em frente á porta do salão principal. Eles me olharam com medo e logo correram para as suas respectivas mesas. Eu caminhei rapidamente até a mesa e olhei meu relógio, faltavam vinte minutos para a aula. “Graças á Merlin! Um descanso.” – pensei me sentando e enchendo um prato com costelas de porco. Quando aproximei a primeira costela á minha boca, Lara me cutucou e falou: - Você vai ter aula de Transfiguração no 7º andar. Não dá tempo de comer. – Olhei para ela depois para a costela e trinquei os dentes com raiva. Levantei-me morrendo de raiva e de fome, e caminhei rapidamente até sair do salão principal. – Me espera! – Gritou Lara correndo atrás de mim.

As escadarias estavam cheias de alunos. Alguns do segundo, mas a maioria era dos 3º e 4º anos. Reparei que Lara estava nas pontas dos pés, tentando encontrar o tal ‘Lucas’, dei-lhe um olhar de reprovação e ela corou e sussurrou dizendo que estava á procura de Jhessy. “Ah! A outra traidora!” – pensei quando as escadas chegaram ao 6º andar. As escadas sempre se mexiam quando alguém iria subir um andar á cima ou abaixo, mas do 6º para o 7º andar as escadas não se mexiam, então teríamos que subir sem aquela facilidade. Os alunos do segundo ano seguiram para um corredor do sétimo andar, era o mesmo corredor que daria na sala do diretor, mas o professor, pelo o que a maioria percebeu, estava parado diante de uma parede nos aguardando. O Sr. Lancaster logo desejou boa noite à turma e já queria começar a aula. “Espera um momentinho ai, a aula vai ser no corredor?” – perguntei-me mentalmente enquanto a maioria dos alunos olhava uns para os outros com olhares questionadores. O professor se virou para a parede e dali surgiu uma porta. Suspiros de espanto eram escutados naquele momento e o professor parecia estar gostando daquilo. Prestei bastante atenção no lugar, era exatamente entre duas pedras. “Será que o professor lançou algum tipo de feitiço transfiguratório na parede?” – pensei enquanto o professor falava o nome da sala: ‘Sala Precisa’.

O Sr. Lancaster entrou na sala seguido pelos alunos, eu fui o ultimo á entrar, pois estava observando onde ficava exatamente a sala. Ao fechar a porta quando passei, observei a sala que era incrível. Lara estava á minha frente e estava com cara de quem havia descoberto a Inglaterra. Dei uma risadinha e continuei á observar que mais á frente havia varias mesinhas com dois objetos em cima e pelo o que pude perceber é que eram uma chave e o outro era um pequeno óculos, um pouco mais á frente destas havia outras mesinhas com um baú em cima das mesmas e no meio da sala havia um grande mosaico que mostrava uma varinha que transformava uma coruja branca em um cálice de água e logo depois em um globo de neve. Tudo aquilo parecia algo inacreditável, mas eu precisava prestar atenção na aula, então me virei para o professor e reparei que ele havia feito uma pergunta, que foi respondida por ninguém mais ninguém menos do que Evelyn. O professor Allan acrescentou mais algumas coisas ao que Evelyn falou e logo nos ensinou á como fazer uma transfiguração objetiva com a fórmula cabalística. “Espera ai, Italiano? Eu não sei italiano!” – pensei olhando ao redor. Muitos ali estavam olhando uns para os outros como se eles pudessem dar a  resposta. Mas somente alguns estavam com ar de alegria. O professor começou á explicar como teríamos que fazer transformar os óculos em chave e transfigurá-lo para ficar idêntico ao original e abrir o baú, isso sem a ajuda de ninguém. “Nossa, é hoje que eu tomo um zero bem gigante!” – pensei me aproximando da mesa com os objetos. Eu tirei minha varinha de dentro das vestes e coloquei a mochila no chão e fiquei olhando para o óculo. “O que eu vou fazer? Eu não sei italiano!” – pensei começando á ficar mal. Alguns alunos começavam á falar em italiano, tentei escutar o que eles estavam falando: ‘Occhialiado Chiave!’, falava Evelyn e Christine, uma Lufana com quem nunca falei. Olhei para os lados e tentei falar antes de usar a varinha: - Occhialiado Chiave! – Não havia saído da mesma forma, mas parecia um pouco igual. Apontei minha varinha para o óculos e falei rezando para que o óculos virasse uma chave: - Occhialiado Chiave! – Fechei os olhos, fazendo um esforço mental completamente inútil e quando abri os olhos reparei que o óculos avia desaparecido e no lugar dela estava uma chave bem diferente da outra que estava ao lado. Abri um sorriso gigante e disse: - Isso! – Todos á minha volta me olharam e eu coloquei a mão na boca e baixei a cabeça para a mesinha. “Pela primeira vez na minha vida eu consegui fazer uma coisa rápido e de primeira!”- pensei me recuperando do meu ataque de felicidade. Clareei minha mente por alguns instantes e tentei me lembrar da primeira aula de transfiguração e das rimas. Olhei para a chave esquisita que antes era o óculos, apontei a varinha para ela e tente: – Ãm... Sua chave danadinha, deixe de ser galinha, seja igual a sua amiguinha. – A chave continuou do mesmo jeito, estranha e um pouco envergada. “Por Merlin, será que transfiguração vai ficar fácil algum dia?”- perguntei-me mentalmente enquanto pensava rapidamente em mais palavras que rimassem. Quando consegui algumas, eu apontei a varinha para a chave amassada e falei: - Chave desigual, você está mal e como a outra, fique igual. – A chave começou á ficar um pouco mais diferente, o amassado que havia nela desapareceu e sua coloração começou á ficar igual á outra, mas os 'dentes' da chave ainda não estavam idênticos. – Sua chave malvada, fique igual a outra ou te lanço um Avada! – A transformação foi feita diante dos meus olhos, os dentes da chave começaram á mudar e ficaram iguais ao da outra, só a coloração que ficou um pouco mais forte do que a chave original. Olhei ao redor e percebi que a maioria já havia conseguido, e Lara ainda tentava arduamente deixar a chave igual á outra.

Peguei minha cópia da chave e fui até uma das caixas, eu não tinha percebido o que havia acontecido quando os outros alunos foram até os seus baús, então eu estava bastante ansioso. Ao chegar em frente ao baú, eu coloquei a chave dentro da fechadura e girei-a. Um clique anunciou que o baú estava aberto e quando eu o abri, fogos de artifícios da cor verde se ativaram e voaram em todas as direções, alguns faziam movimentos serpenteais, outros formavam um grande ‘S’ no meio da sala em cima do mosaico. Eu olhava aquilo tudo embasbacado, parecia algo de extraordinário. Eu fechei o baú e voltei para a mesa. O restante dos alunos terminaram de transfigurar suas chaves e foram abrir seus baús e de lá saiam vários fogos coloridos. O professor anunciou o fim da aula e eu rapidamente peguei minha mochila no chão e corri porta á fora. “Por Merlin, eu estou morrendo de fome!” – pensei descendo as escadas para o salão principal.


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Rufo Villeneuve Lancaster
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Sáb 20 Jul 2013 - 18:44
Óculos e Chaves?

Senti-me completamente desgastado quando soube que deveríamos ir ao sétimo andar. É sabido que as masmorras ficam no extremo oposto, o que me roubaria a energia. Subir todos os degraus quando já não se está disposto. Minhas passadas ecoavam por entre os corredores das masmorras. Pelo menos é frio, pensava enquanto deparava-me com o térreo. Juntei-me em um grupo de segundanistas, preparando-me para subir. Minhas pernas estavam fracas, porém não fui retardado.

O cálido ar era notado com demasia força, o que pode ser explicado com a altitude. Sétimo andar é demasiado alto, não? Caminhei até o encontro do professor, esperando futuras orientações. Estava eu com uma luva de dragão negra, uniforme negro e gravata esverdeada. O distintivo era encontrado em meu peito, reluzente. É sabido, entretanto, que não teríamos aulas em um corredor, então esperei ser guiado para uma sala qualquer ou para um local maior. Os segundanistas chegavam em grupos, tagarelando e, no caso das meninas, liberando gritinhos com suas vozes finas.

Acontecimentos estranhos são habituais em Hogwarts, além das criaturas que não são comuns. Não imaginei que uma grandiosa porta fosse aparecer à frente, liberando a passagem para um local perfeito para aulas. Levei minha mão direita à boca, reprimindo o meu semblante de surpresa. "Devo saber como achar este lugar, oh, devo!", pensei. Movi minhas íris azuladas por todo o perímetro do local, absolvendo o máximo dos detalhes.

Você sabe onde estamos? — questionei um sonserino ao lado. Lembro-me vagamente do mesmo em suas leituras à frente da lareira nos aposentos comunais. Sonserinos são previsíveis, então esperei algo rude ou parecido.

Bom, eu não sei... Mas, isso aqui é grande — foi o que ele me respondeu. Assenti, movendo-me até um grupo, também de sonserinos, mantendo-me, então, atento às falas do professor.

Retirei minha mochila de minhas costas, deixando-a pendendo em minha mão direta. Esperei algum sinal para retirar um pergaminho e minha pena obediente (também conhecida por de repetição rápida). Procurei descrever o que via, porém as palavras não eram formadas e, quando o faziam, não possuíam nexo. Marchei para um assento e acomodei-me no mesmo, observando os dois objetos à frente: um óculos e uma chave. O óculos, por sua vez, aparentava ser antigo e rústico, completamente diferente do meu. O professor caminhou até o centro do aposento, dirigindo para nós algumas falas. Perguntando, também, o que é uma transfiguração objetiva. Eu não fazia a mínima ideia do que seja, porém alguém sabia como responder. Evelyn, minha prima esperta e escorregadia, respondeu. Senti a firmeza em sua voz. Ganhamos, portanto, dez pontos, o que causou um sorriso largo em meu rosto.

"Transformar os óculos em uma chave idêntica para com a do lado?", repeti por três vezes, procurando assimilar. Aprumei-me ereto, procurando evitar dores insanas nas costas. Ergui minha cabeça. É, pouco sei de italiano, muito pouco, porém chave é uma palavra simples, não? Retirei minha varinha do interior das vestes, deixando-a pronta para uso.

Chavie? Chavei? Chieva? Que idiotice! Occhiali e Chiave? — sussurrei, conversando comigo mesmo. É estranho falar sozinho, porém necessário em muitas das vezes. Um bloqueio em minha cabeça não me deixou descobrir qual das palavras era a correta, então decidi tentar com todas. — Occhiali... ado chavie — proferi. Nenhum resultado. Nada. Senti-me desgostoso, mas continuei com as outras opções.

Após não obter resultado com "chavei", parei para observar os alunos ao lado. Eles estavam conseguindo, afinal. Retornei meus olhares para os dois objetos à frente, procurando "luz". — Occhiali ado chieva! Occhialiadochieva! — murmurei, esperançoso. Acontece que surgiu em mim a ideia de juntar as duas palavras e conectá-las com "ado". Esperei, incansavelmente, que funcionasse. Mas não.  

Eu oficialmente odeio italiano — ouço o comentário de alguém atrás de mim. Seguirei uma risada, levando minha mão direita à boca, reprimindo-a. É, acho que eu também estou começando a odiar italiano. Tantas opções, tantos erros... Decidi tentar a próxima palavra: chiave. — Occhiali ado chiave! Occhialiadochiave! — sorri enquanto pronunciei. Leves mudanças ocorreram, causando um mais largo sorriso. As lentes foram achatadas, fazendo-me pensar o que aconteceria caso estivesse ao rosto de alguém. Os óculos ficaram de coloração exatamente igual para com a rústica chave ao lado.

Não soube como continuar. Todas as minhas tentativas foram ditas, nenhum resultado além de rachaduras; achatamento. Apurei meus ouvidos, procurando algum vestígio ou dica para como prosseguir. Comentários irritados foram notados. Muitos estavam começando a odiar italiano, também. E foi aí que notei rimas. Odeio rimas, porém, como vejo, são necessárias. Senti o bloqueio tomar-me por mais uma vez, percebendo que seria complicado encontrar uma rima razoável. — Óculinhos, não sejas malvado! Sejas gentil e deixe sua atual aparência de lado — proferi. É, não sou bom com rimas. Elas simplesmente fogem de mim, isto não é legal. E eu cheguei até a esperar algum resultado, quanta ilusão! Senti que não conseguiria abrir o baú e seria uma vergonha para os sonserinos, então tenho que fazer o máximo para não acontecer.

Minhas mãos estavam trêmulas. O tempo passava... Desgovernado.

Óculinhos, não me desaponte! Seja gentil e igualmente à chave se apronte! — minha voz soou com convicção e veemência. Senti que dera certo, afinal eram duas chaves à frente. Elas pareciam ser iguais, ambas possuíam o mesmo ar rústico.

Corri ao baú, posicionando a chave no mesmo. Girei-a, lentamente, na fechadura, esperando algum click. O som chegou momentos após e o baú fora aberto. O que eu estava esperando? Doces? Não sei. Somente sei que quando o abri, o número dez fora formado com cores verdes e leves tons pretos. Sonserina. — É isso aí. Yeah! — movimentei minha cabeça como se houvesse algum ritmo.

Fomos acompanhados pelo professor até o lado de fora e, a partir daí, rumei para as masmorras.

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