The Last Castle - RPG :: Tópicos de Personagem e RPs Arquivadas :: Arquivo de RPs Finalizadas :: RPs do Mundo Mágico
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JAN2026
JANEIRO DE 2026 - VERÃO
>Quests Interativas<
ADMAGO
ATUALIZAÇÕES - ADM - OFF
28/05. Lançamento: Sistema de Atributos
7/06. atualização do tablón
1/08. estamos de volta
13/08. atualização dos ranks gerais do fórum
00mes
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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Ipupiara
TLC » Administradores
Ipupiara
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ADM
Sáb 11 Jan 2020 - 16:34
Compras de materiais
The Last Castle RPG

Esta é um RP FIXA para compra dos materiais escolares usados em Castelobruxo, para poupar os alunos de precisarem abrir várias RPs diferentes, e também para tornar mais fácil a contagem e distribuição dos pontos para os participantes. Pais e responsáveis também poderão participar, e as mesmas regras de postagem para ganhar PPHs valem para estes.

Antes do início de cada ano letivo, uma nova narração de abertura será postada neste tópico, dando início às interações do ano vigente. Não é obrigatório efetuar as postagens de compra, mas aqueles que o fizerem ganharão PPHs que poderão ser trocados em benefícios ON-Game para sua personagem. Entenda melhor como funcionam as compras lendo o Tutorial de Compras.

lista de materiais escolares:
TLC.RPG
XIII
Narradora
TLC » Administradores
Narradora
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Contar Histórias
Dom 12 Jan 2020 - 21:09
Temporada de compras de 2020
The Last Castle RPG

Dois mil e dezenove havia sido um ano com um segundo semestre bastante agitado, por assim dizer, e enquanto o governo bruxo buscava apaziguar o alvoroço causado pela morte da Diretora Dourado com festas de integralização bruxa — e então ocupar manchetes com uma festa demasiadamente badalada e baderneira —, a população bruxa latino americana ainda estranhava o óbito repentino da renomada e poderosa bruxa que comandava Castelobruxo.

"Benedita Dourado: o estopim de uma nova era" era a manchete do Globo de Cristal copiada em panfletos que podiam ser vistos por toda a extensão das Galerias da 25, espalhados por mãos desconhecidas, mas abaixo de tal citação podia-se ainda ler os dizeres "Morte ou assassinato? Tragam-nos a verdade para protegermos nosso futuro", como uma crítica ao governo, ou talvez ao jornal. Talvez a ambos. E foi assim, em clima de dúvida e suspense, que pais e alunos visitavam o centro de compras atrás dos materiais escolares em janeiro de dois mil e vinte.

Considerações:
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XIII
João Carlos G. Peixoto
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246
Seg 13 Jan 2020 - 19:27

When I go shopping (ooh, jetski), Murda on the beat so it’s not nice. When I go shopping I buy everything I see (ohh, brr), What you want? I want that Patek Philippe (yeah), I want a bitch double D’s (D’s)

Arrastando os pés, o crossfiteiro suspirou irritado com a lerdeza de deslocamento a qual tinham que se sujeitar. — Eu falei, seu panaca, que deveríamos vir antes fazer as compras. — A reclamação foi direcionada ao melhor amigo do seu lado, que também lutava com o excesso de pessoas nas ruas. Faltava apenas duas semanas para o início de mais um ano letivo em Castelobruxo, e as ruas do comércio mágico estavam apinhadas de famílias comprando livros e roupas. Coisas que os dois sextanistas deveriam ter vindo fazer muito tempo antes visto que já sabiam do estado que a Galeria ficava naquela época do ano, mas não, o senhor eu-sou-muito-importante-Ventura estava ocupado demais para arranjar tempo na agenda para o amigo. Claro, o Peixoto poderia ter ido sozinho, mas ele estava acostumado ao ritual de sempre ir acompanhado do batedor e teria ficado pra baixo de não ter ido com seu amigo. Tal apego por aqueles que ele gosta, sendo a razão de sua momentânea birra com o Vicente por tê-lo praticamente ignorado durante as férias todas.

Esbarrando em mais algumas pessoas enquanto andava, o Joca olhou ao redor em busca de uma forma de sair — nem que seja temporariamente — daquela lata de sardinha, e à esquerda ele avistou uma loja conhecida. Se perguntassem, o foco do marombeiro era a livraria, porém ao ver a fachada da Vassouras e CIA, ele rapidamente agarrou o braço do Ventura e o arrastou em direção ao estabelecimento. Os usuais grupos de bruxos, de todas as idades, grudados nas grandes vitrines da loja quase os impossibilitaram de entrar, contudo, assim que atravessaram pela soleira da porta foi como escapar um pesadelo. A transição do quente, lotado e abafado ambiente dos corredores subterrâneos da Galeria, para o refrigerado e mais vazio cômodo da loja, desenhou um sorrisinho no rosto do crossfiteiro com direito a uma covinha tímida na bochecha direita. — Não é nenhuma Imperdoável dar uma olhadinha, né? — Ele direcionou o sorriso para o amigo antes de começarem a andarilhar pelo espaço, e como esperado de duas crianças soltas numa loja, eles agiram como bocós.

Passando pela área de acessórios, o Carlos pegou um dos capacetes fechados, muitas vezes usados pelos goleiros iniciantes, e o enterrou ao contrário na cabeça do amigo, de forma que ele não visse nada. Depois eles pegaram cada um uma cotoveleira e "brincaram" de se bater com os equipamentos, isso, entretanto, terminou com os dois se no chão tentando imobilizar o outro. Após quase derrubarem os conteúdos de uma estante de mini-vassouras colecionáveis, Jão se desvencilhou do outro e rindo ajudou o amigo a levantar. No entanto, ao caminhar para a próxima seção, as brincadeiras estúpidas não ressurgiram visto que os objetos eram interessante o suficiente para prender completamente a atenção dos rapazes. Vassouras de vários modelos e tamanhos se espalhavam por uma parte do cômodo.

As esferas castanhas do marombeiro dançavam sobre os exemplares presos na parede, alternando com aquelas em stands ao nível do solo e as ainda outras penduradas no teto como se em pleno vôo. — Quelali é a nova Firebolt? — Dirigiu a pergunta ao amigo, os olhos brilharam um pouco sobre o sorriso bobo ladeado pelas covinhas, afinal a linha era lendária desde seu primeiro produto em ‘93 e ainda hoje ela só perdia em velocidade para a Firebolt Supreme, que era da própria empresa. — Eu ouvi dizer que tem uns bruxos do Centro-Oeste que estão tentando fazer uma vassoura nacional mais rápida que a Firebolt, mas só tá batendo na Moontrimmer ainda. — O Peixoto seguia várias dessas contas de esportes e musculação no Witchgram e, destarte, ficava cheio de informação inútil.

O Joca não sabe ao certo quanto tempo passou ali maravilhado com as vassouras, mas logo ele se sentiu deslocar em acompanho do melhor amigo, circunvagando mais um pouco até se depararem com uma seção referente aos times de Castelobruxo. Para provocar o outro, o crossfiteiro se vestiu com a camisa dos Jaguares, e com bandeira e chapelão ficou gritando “Vai Jaguar!” enquanto circundava o Vicente. Isso rendeu um soco brincalhão do outro rapaz e um olhar mal-encarado do dono da loja. Enquanto se despia dos apetrechos laranjas, João se deparou com alguns poster enrolados na prateleira, e com um sorriso traquina na face, cavucou o amontoado de papéis até achar aquele qual procurava. Retirando e desenrolando o poster a sua frente, o sextanista virou a imagem voejante do Ventura para o próprio. — Bah galante jogador, porfavorzinho me dá um autógrafo, eu faço tudo por um autógrafo, ahrãa. — Com uma das mãos lhe abanando o rosto, o crossfiteiro forjou sarcasticamente uma expressão de sedução, com direito a biquinho e tudo.
 
shopping
spree Vicente Ventura + Galerias da 25 + Vassouras e CIA
Vicente Ventura
COMASUL » Auror
Vicente Ventura
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COMASUL: Auror (estagiário)
Seg 13 Jan 2020 - 22:03
Dia de pechinchar
Embora o clima não fosse nada agradável e João Carlos não parasse de resmungar feito uma velha ranzinza, Vicente estava empolgado como em todos os outros anos. É certo que não gostava tanto assim de estudar a ponto de se interessar pelo retorno das aulas em si, mas amava a ideia de rever todos os seus amigos, de voltar a treinar com o time e, claro, de ir às festas organizadas pelo Centro Acadêmico.
As lamúrias do marombeiro não o afetavam em nada, já estava mais do que acostumado com a personalidade dramática de João.
João Carlos ia à frente, abrindo o caminho com seus ombros largos de músculos definidos enquanto o Ventura, aproveitando o acesso conquistado pelo outro, caminhava em seu encalço. Os olhos escuros eram atraídos pelas vitrines e pelos bruxos e bruxas que passavam ao seu redor, circundando-os feito água desviando de pedras.
Sentiu seu corpo se chocar com algo sólido e, crendo ser João Carlos, virou o rosto para frente pronto para reclamar. Deparou-se, no entanto, com uma garota poucos centímetros mais baixa e de olhos azuis ferozes que pareciam querer trucida-lo. Abriu um sorriso galanteador, que se curvava mais para a direita que para a esquerda. Murmurou um pedido de desculpas para a menina, que não pareceu se render aos encantos do batedor, marchando para longe e quase levando seu ombro.
Seu rosto a seguiu e o sorriso cresceu em seus lábios, até ser surpreendido por um puxão.
_Você viu? Viu aquela garota? - questionou o amigo, enquanto era levado por João, que estava bem mais interessado em se livrar de toda aquela gente do que dar atenção para as possíveis paqueras de Vicente. – Você acha que ela é de Castelobruxo? Não me lembro de ter visto ela por lá...
Finalmente entraram em uma loja e a sensação do ar fresco tocando a pele quente fez os pelos de seu braço se eriçarem.
Olhou ao redor, reconhecendo a loja que já visitara tantas e tantas vezes. Deu de ombros, concordando com a olhadela proposta pelo amigo e sorriu em resposta, embrenhando-se entre os corredores.
Parou diante da prateleira onde ficavam os bastões e, os dedos puseram-se a trilhar um caminho irregular na madeira enquanto os olhos escuros tentavam obter o maior número de informações sobre os novos modelos, as melhorias ergonômicas e, bem, os preços.
Sabia que os melhores bastões ainda não cabiam no baixo orçamento da família Ventura. Aurélia fazia das tripas coração com o pouco dinheiro que ganhava em suas pesquisas e explorações. Vicente tinha plena consciência de que aquela era a menor de suas prioridades no momento, mas sonhar era de graça. E, um dia, teria um belo bastão personalizado, feito de madeira nobre e com seu nome gravado.
De repente, tudo ficou escuro e a única coisa que fez Vicente entender que não estavam sob ataque foi o riso solto de João. Aquela gargalhada tão conhecida, que conquistava o riso de quem quer que estivesse por perto.
A sessão de brincadeiras iniciada pelo crossfiteiro pode não ter sido tão divertida para o dono da loja, tampouco para os clientes um pouco mais conservadores, mas Vicente ainda ria de seu próprio desempenho na mini-luta que travaram no chão. Nem mesmo com muito esforço ele era capaz de imobilizar João Carlos, resultando em uma frustração fajuta.
Vicente tinha um meio irmão, Angelus, mas durante muito tempo se recusou a aceitá-lo em sua vida. Angelus era a única conexão do menino com o pai e ele estava disposto a romper qualquer laço que pudesse vir a ter com o progenitor. Ainda tentava manter as relações polidas, porém nada íntimas com o enfermeiro.
Com João Carlos era outra história. Cresceram juntos e, para Vicente, o Peixoto era o melhor irmão que ele podia ter.
Apoiou-se nos ombros de João enquanto olhavam atônitos para as vassouras. Os olhos brilhavam de uma forma diferente, inocente e infantil. Pareciam diante de um parque e, sinceramente, estavam. Vicente seguiu o olhar do amigo e encarou a vassoura em questão.
_Eu duvido muito alguém conseguir superar essa vassoura. – negou com a cabeça sem tirar o olhar da vassoura que parecia cintilar. Era bonita e lustrosa, sua madeira polida não se parecia em nada com a madeira das vassouras disponibilizadas para as aulas e treinos na escola. Até mesmo os galhos da Firebolt pareciam macios. – Não é só questão de velocidade, também tem o equilíbrio e a segurança.- aponta para a vassoura, exibindo os arabescos em ferro fundido- Tá vendo aquilo? Nenhuma outra marca até hoje conseguiu reproduzir essas peças e proporcionar metade da estabilidade da Firebolt.
Estabilidade, para Vicente, era a palavra do ano. Estava disposto a trabalhar seu equilíbrio na vassoura, ainda mais que seus golpes. Não pretendia se estrebuchar no chão novamente tão cedo em uma partida. A última queda lhe rendera pelo menos uma cicatriz e uma bela dor de cabeça.
O riso frouxo ainda saia pelos lábios de Vicente, achando graça da encenação de uma das maiores traições possíveis.
_Vira-casaca. - balbuciou, enquanto socava o amigo de maneira amistosa e entre uma e outra gargalhada.
O abdome de Vicente doía de tanto rir, e ele tinha cada vez mais a certeza de que seriam explulsos. Não que fosse a primeira vez, já haviam sido expulsos de muitos lugares, inclusive aquele próprio em verões passados. E, se não bastasse toda a algazarra, João Carlos achou um pôster do Ventura.
Era só o que faltava.
O garoto não estava nada mal na imagem, diga-se de passagem. Agitava o bastão enquanto dava um giro limpo e elegante com sua vassoura. Terminava, por fim, com um sorris ( o mesmo que oferecera à garota mais cedo).
Ele sentiu o rosto esquentar e, tentou roubar o pôster do outro garoto.
_Abaixa isso, João Carlos. - pediu, a voz falhando devido ao riso. – Você já tem todas as versões desse pôster na parede do quarto que eu sei. – empurrou o colega com o ombro, tentando tomar o pôster de sua mão. João imitava o som de beijos estalados com a boca, o que passou a atrair a atenção dos outros clientes.
Desequilibraram-se esbarrando numa prateleira que, por pouco, não veio abaixo.
_Opa...- murmurou, antes de caírem na gargalhada novamente. Pelo menos ele não havia quebrado nada como da última vez que foram à loja de utensílios de poções. Puxou o pôster da mão do Peixoto e deu de ombros.-  Pensando bem, eu fiquei incrível nessa foto. Onde você quer que eu assine?

Alice Bissoli Pegoretti
CASTELOBRUXO » Coordenadora
Alice Bissoli Pegoretti
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CASTELOBRUXO: Coordenadora da escola
Ter 14 Jan 2020 - 20:35
Os tênis all-star pretos da Bissoli batiam com leveza pelo beco das Galerias durante sua caminhada, acompanhando o ritmo da música que estava fixa em sua mente desde o dia anterior, quando dançava em seu quarto no abrigo número sete. ”Su-biu a temperatura, mil-grau e ninguém me segura..", cantava em sua mente, enquanto sua voz expressava apenas um “humm humm humm” no ritmo certo. Irônico era aquela música estar presa em seu consciente enquanto ela andava debaixo da 25 de Março, nas galeiras que absorviam todo o calor paulistano, sem saber se agradecia por ter feito duas tranças em seu cabelo para não derreter de calor ou se ficava triste por ter sua nuca torrando naquele típico dia de verão brasileiro, pois mesmo o simples mormaço do lugar era algo insuportável.

Infelizmente, parecia que Alice havia escolhido um péssimo dia para as compras. Tudo bem que era sempre cheio na temporada de volta às aulas, mas naquele dia estava demais, e por isso também estava calor demais; pelo menos seu cropped laranja de manga curta era de um pano fino que não a sufocava, mas triste seria para suas pernas dentro daquela legging preta se ela ficasse muito mais tempo andando envolta de tanto calor humano. "Esse povo não tem mais o que fazer não? Certeza que não todo mundo de Castelobruxo!, pensou a menina, sentindo-se comum ratinho no esgoto – se é que eles passavam tanto calor assim.

Sendo levada pelo fluxo de prováveis clientes atrás das lojas desejadas, abanou o rosto em um ato desesperado à procura de vento e, assim que viu uma brecha, pulou para a calçada em busca de um mínimo de sombra. “Tragam-nos a verdade para protegermos nosso futuro” foi a frase que chamou atenção da Pegoretti para um panfleto colado na parede ao seu lado. A garota arqueou uma das sobrancelhas em uma careta de dúvida e confusão, era bem esquisita a sensação de que poderia haver outra verdade por trás da morte da Diretora Dourado. Felizmente, antes que a metamorfomaga se perdesse em pensamentos mórbidos demais, uma cena do lado de dentro da vitrine da loja atraiu sua atenção ainda mais, só então fazendo-a reparar em que calçada estava.

Com um sorriso brotando no canto esquerdo dos lábios alaranjados, não tardou em adentrar a loja e ir em direção aos dois que havia visto lá dentro. Quem diria que a primeira loja a ser visitada por ela aquele dia seria logo a de artigos de quadribol... era óbvio que aquela passagem pela loja tinha motivo com nome e sobrenome, mas também era óbvio que ela não assumiria aquilo em voz alta nem se lhe pagassem.

Aproximou-se sorrateiramente dos dois sextanistas, por rás de Peixoto, cutucando suas costelas ao mesmo tempo em que ficava na ponta dos pés para apoiar o queixo no ombro do menino. – Entrei pois achei que meu crossfiteiro favorito estava entrando para algum time! Aparentemente esse meu sonho não está sendo realizado, ‘né? – falou com um ar brincalhão por cima do ombro do outro. Seus olhos repousaram sobre o jogador, Vicente, e logo lhe cumprimentou com um sorriso amistoso, e então pôs-se ao lado do marombinha, bisbilhotando o pôster que ele segurava. – Ah, tudo bem, eu me contento em ver você morrendo de amores pelo Dora. Quer dizer, ahn, Ventura! – tentou corrigir sua frase com urgência, na esperança de não entregar que ela mesma havia criado aquele apelido e deixado escapulir para João, que agora chamava o batedor do Carcará de tal forma. "Aff, sempre tagarela demais!", martirizou-se por ter soltado o tal nome na frente do garoto, e não foi nenhuma surpresa ver no reflexo prateado de um troféu na prateleira mais próxima mechas lilás espalharem-se por suas tranças.

I was born
withouth a zip
on my mouth

COM
Peixe boi e Dora
ONDE
Vassouras e CIA
OBS
não sei o que estou fazendo aqui
››MONTY‹‹



Goretti
I always say what I'm feeling, I was born without a zip on my mouth! Sometimes I don't even mean it... It takes a little while to figure me out.
Yeah
Helena M. Alcaide
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Medibruxa
Helena M. Alcaide
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Estudante/Artilheira
Qua 15 Jan 2020 - 0:37
A Galeria 25 estava apinhada de pessoas, mais do que o normal. Helena tentava não ser levada pela profusão de pessoas indo e vindo em distintas direções, sem qualquer organização ou ordem. Pessoas atravessavam a galeria de um lado para o outro, indo de vitrine em vitrine, sem realmente entrar para comprar — e atrapalhando o fluxo de transeuntes no processo. Um bruxo particularmente lento empacava o caminho da adolescente, caminhando como se tivesse todo o maldito tempo e paciência do mundo, mal dando espaço para que ela o ultrapassasse ao ziguezaguear pelo pouco espaço de que dispunham.

Como a boa paulistana que era, Helena resmungou em frustração conforme tentava achar uma passagem, sem sucesso.

Claro, ela deveria ter se adiantado nas compras, sempre se adiantava e comprava o necessário antes mesmo da metade do mês, mas o ano começara atípico em diversos aspectos; e lá estava ela, em data próxima à partida para Castelobruxo, quando todo mundo lembrava que tinha compras escolares a fazer. Estava calor ali, e ela já sentia certa ansiedade em estar tão rodeada assim de pessoas. Mordeu o interior das bochechas, segurando firme a mochila posta em frente ao corpo, por “segurança”. Lena observou, ainda tinha chão até chegar à livraria, e constatou que era a loja mais cheia, até então. Com um suspiro, desistiu. Olhou ao redor, para se situar.

Estava a poucos metros de uma loja bem conhecida, e uma das favoritas da Alcaide: Vassouras e CIA. O suspiro que lhe escapou por entre os lábios era rendido, não avançaria muito e resolveu “matar o tempo”, antes de comprar o que precisava para o ano letivo que logo teria início. Por tal, abriu caminho para dentro da loja de artigos para quadribol, sentindo alívio ao constatar que ali estava fresco e agradável — e relativamente vazio. Sem delongas, caminhou até a seção de camiseta dos times famosos, procurando pela de seu time preferido, o Harpias.

Considerava se precisava de mais uma camiseta do time estrangeiro, ou melhor, se aguentaria o irmão lhe torrando a paciência, decidiu que deixaria para outra hora. Caminhou pela loja, observando os itens voltados para colecionadores, de vassouras em miniatura a réplicas de bolas autografadas dos jogos. Avistou a seção voltada aos times e caminhou para lá, os all star mostarda fazendo um leve ruído no piso da loja. Viu camisetas, e considerou mandar uma foto para Cali e Mag — uma provocação comum às amigas jogadoras. Olhou em volta, procurando um espelho ou algo do tipo, quando percebeu três figuras familiares.

Arqueou as sobrancelhas e andou a pouca distância que a separava dos colegas da escola. Cutucou Alice no ombro, sorrindo para a amiga quando esta se virou — Hey, Lice — deu um aceno rápido para os rapazes — E ai, pessoal. — cumprimentou, um pouco sem jeito.
#01. post in Galeria 25, fazendo compras!
WITH: #Alice, Vicente e João
made by mihr for public use, please do not use as your own | @mirh


Sitting and watching the world going by, Is it true when we die we go up to the sky? So many things that I don't understand Put my feet in the sand when I'm walking in the sun...Walking in the sun
Andes Baiocchi Santiago
O GLOBO DE CRISTAL » Designer fotográfico
Andes Baiocchi Santiago
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121
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OGDC: Designer Fotográfico
Qui 16 Jan 2020 - 19:57
Comprando as coisas que perderei na primeira semana de aula
Batucava em meus pensamentos mais recentes o bloco Olodum e todo o ritmo que envolvia a tal Deusa do Amor enquanto lanchava com o homem tempestuoso que era meu pai. "Tudo fica mais bonito quando você esta por perto", quantas verdades explícitas num versinho singelo de Veloso, por isso, os dedico à minha mãe, que deixou meu dia mais alegre mesmo com a distância continental entre nossos abraços. Giulia dizia pelo skype, "não se estresse com seu pai, Andes, sabe que ele sente sua falta quando começa o ano letivo e se fecha por não saber expressar a saudade"; era a sua maneira de talvez expressar o que ainda sentisse por meu pai, mesmo depois de tantos anos divorciados.

Enfim, pelas insistências e aquele sotaque afrancesado, cedi às compras na companhia de Enrico, embora este não estivesse o mais solicito em conversar. Meu pai era um homem complicado, intransigente e amargurado, passava seus melhores momentos a resmungar de tudo que pudesse, por vezes na infância acreditei que o mesmo tivesse algum rancor sobre minha existência, mas minhas dúvidas foram esmigalhadas com a separação repentina e a sua manifestação de desejo em se manter como responsável legal. — Meu filho, te cuida, esperarei até o fim da tarde aqui em frente a esta loja, faça suas compras em paz. — Manoel imperou com o falar rouco costumeiro. Parecia mais sentido, confesso. Sentia, assim como eu, que nos distanciávamos a cada ano no Castelobruxo.

O abracei sem pestanejar e lhe tomei a mochila que trazia em mãos. — Vejo você antes que perceba minha ausência. — Sincero foi meu sorriso ao lhe pronunciar tais palavras e, assim, trilhei meu caminho à jornada cansativa que seria perambular entre o turbilhão de pessoas que adiavam suas compras até o último momento. Coloquei minha mochila nas costas a a carteira no bolso da bermuda, na parte da frente onde poderia fechar com o zíper. Segurava a lista de materiais na mão enquanto procurava pela loja mais próxima que pudesse me enfiar. Sim, São Paulo era agitadíssima, mas parecia haver uma concentração maior do que a habitual e, sendo um baixinho raquítico, me sentia perto de um colapso. Fui empurrado de tantas direções possíveis que me encontrei próximo a Vassouras e cia., loja que estava alguns metros a frente antes daquele carnaval de gente me levar. Dei de ombros; pelo menos, naquela calçadinha pude perceber meu próximo destino e não faria mal esperar naquela loja.

Entrei vasculhando por algo que me fosse familiar, o corredor com as camisas dos times escolares e posters de jogadores parecia a melhor das opções. Tateava distraído os itens dispostos nas prateleiras quando vozes próximas ecoam familiares, coloquei a cabeça mais a dentro do corredor de onde pareciam nascer e reconheci quatro figuras amistosas. Duas delas pouco mais íntimas que as outras. — Ventura e João! —Exclamei entusiasmado ao encontro de amigos queridos. Agregadas aos sextanistas, estavam as colegas de turma futuras quintanistas também. — Alcezinha, meu amor! — Abracei Bissoli assim que cumprimentei os rapazes cheios de adereços de quadribol e, por fim, me direcionei à Helena, que infelizmente não possuía tanta intimidade quanto com os outros, mas a adimirava muito por transparecer ser inteligente e simpática. — Helena de Troia, que prazer em vê-la. — Proferi ao lhe reverenciar de maneira cortês.

04 posts • Alce + Helena + Ventura + Joca • Raupas leves • Vassouras e cia.


andes

I'm just a poor, wayfaring stranger
Giovanna Ehrlich Gonzalez
TLC » Adulta
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Qui 16 Jan 2020 - 23:24
Apesar de ser uma pessoa que adorava fazer compras, Giovanna não era lá tão chegada à época de volta às aulas.

A Galeria encontrava-se completamente cheia. Crianças fedidas, adolescentes problemáticos e adultos exaustos caçavam os preços mais baixos dos produtos mais vagabundos, as respirações úmidas e dedos engordurados manchando as vitrines das lojas. Essa confusão de cores, rostos, produtos e lojas fazia com que Giovanna se arrependesse de ter retornado a Castelobruxo. Esteve habituada ao clima ameno do mundo bruxo francês, onde viveu durante 2019, uma vez que frequentou aulas em Beauxbatons. Estar de volta à própria casa não parecia tão bom.

De confiança inabalável, ela não permitiu que as multidões lhe apartassem de sua missão. Se não tivesse marcado todos os itens da lista de materiais até o fim daquele dia, sentiria-se uma perdedora. Nem sabia qual seria a outra oportunidade na qual se prestaria ao papel de voltar àquelas Galerias!

Algumas horas depois, estava quase tudo pronto! Nem mesmo o calor das ruelas apertadas a desmotivavam. Vestida como uma estudante europeia — saia colorida, blusa de veludo, sapatilhas nos pés e uma boina sobre a cabeça — Giovanna marchava com uma expressão séria, inabalável, enquanto abraçava sua mochilinha cor de rosa, na esperança de não ser assaltada.

Escolheu a Vassouras & Cia como uma de suas últimas paradas. "Escolher" talvez não seja a palavra certa — uma vez que já havia deixado de escolher seus destinos haviam muitas horas, apenas seguia em direção às lojas que as outras pessoas permitiam-lhe passagem — porém, querendo ou não, Giovanna apreciava a oportunidade de renovar seu estoque de artigos de torcida. Ah, sentiu tantas saudades do Carcará!

Acometida por uma nostalgia inexplicável, adentrou na loja e rumou em direção aos produtos de quadribol. Apesar de não ter o costume de memorizar rostos ou nomes, prontamente reconheceu algumas presenças conhecidas. Que estranho! Havia mais de um ano que não encarava rostinhos um pouco mais parecidos com o seu, que não os estudantes extremamente pálidos de Beauxbatons.

Segundos se passaram até que Giovanna reconhecesse duas figuras ainda mais conhecidas naquele grupinho. Tomada por uma excitação inexplicável, emergiu em suas direções e, ainda que completamente desconectada do aparente assunto em que os outros se envolviam, jogou-se em direção ao amigo. — JOÃO, meu mel! — Exclamou. Não se deu tempo para descansar e, com os braços esticados, puxou um outro jovem para o abraço apertado. — VICENTE, meu astro!

Logo, Giovanna conteve os próprios sentimentos. Desvencilhou-se do abraço desconfortável, colocou-se entre os dois e cumprimentou os outros presentes como se nada tivesse acontecido. — Olá! — Um sorriso malicioso complementou seu sotaque mineiro. — Bem, não lembro os nomes de ninguém. Passei um ano fora e quase desaprendi a falar português. Seu comentário foi tolo, porém, de acordo com os próprios julgamentos, engraçado e apropriado.
.01
— ONDE? Galeria da 25; Vassouras & Cia
— QUANDO? Janeiro de 2020
— COM QUEM? João, Vicente, Alice, Helena & Andes
@mingicodes
Sakura T. Miyamoto
CASTELOBRUXO » Aluna
Sakura T. Miyamoto
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31
Ocupação :
Aluna de Castelobruxo
Qui 16 Jan 2020 - 23:29


桜宮本

PERGAMINHO.  - Eu estava deitada na cama lendo meu livro favorito. Mas nem aquilo conseguia aplacar a violência do tufão que estremecia meu corpo, mas minha face era calmaria. Na verdade, eu não saia do primeiro parágrafo. "Ela e Ele se conheciam por anos, ela hoje era estranha para ele". Eu geralmente era bem rápida lendo livros. Mas aquele início me pegou tão forte que eu tentava deixar meu mundinho no marasmo de sempre. Eu acordava, ajudava minha irmã e minha mãe. Tinha aulas extras com meu pai sobre nossa cultura, voltava para o quarto lia e escrevia um pouco. Mas apesar das palavras que riscavam no papel, apesar da tinta que manchava o pergaminho com os meus pensamentos; eu me sentia um pergaminho vazio. Aquela noite e depois apenas uma carta fria. Talvez a maior lembrança da minha vidam tenha sido um dos meus maiores erros. Rasguei o pedaço de pergaminho e o amassei. Lágrimas mancharam minha face, escrevendo em meu rosto a verdade que não se escrevia em folha. Abracei o travesseiro e tentei mais uma vez aprisionar a tinta que escorria e não poderia ser dita.

VITRINE - Tomava um chá de pêssego quando minha irmã lembrara que eu tinha que comprar o material para a escola. Eu já ia fazer dezesseis anos. Eu não queria ir com minha mãe. Geralmente, pelo menos, nos últimos 4 anos, minha mãe me levava e eu fazia as compras com Jota e alguns amigos. Sempre nos observando. Esse ano, não faríamos isso. Será que tudo acabara? Todos aqueles anos de amizade simplesmente terminara. Sakura afatou os pensamentos. - Eu vou sozinha, preciso crescer né? - disse levando chá a boca. Enquanto era olhada pelos olhos inquisidores de sua irmã, pelos olhos surpresos da mãe, e os olhos aliviados do meu pai. Eu era o produto de exposição ali na mesa de chá. O Senhor Miyamoto de fato, nunca tinha aprovado minha amizade com o João. E claro, o fato de eu não esconder como eu me sentia ao seu lado. Coloquei a xícara na mesa, fiz uma reverência a papai, dei um beijo na mamãe e peguei a minha bolsa saindo do local. Não queria que ficassem olhando para ela daquele jeito. Eu não queria mais me sentir presa e nem observada.

GALERIA 25  - No dia seguinte, ela chegou a Galeria 25 já conhecia o local das compras anuais. Sempre pulsante, era como um organismo vivo dentro da cidade. As ruas eram veias pulsando, e as lojas eram os órgãos funcionais do local. Bruxos mais novos corriam impressionados com os artigos esportivos e os pôsteres dos maiores astros do Quadribol e do Trancabola. Olhei distraída a lista de materiais e verificou o que faria primeiro. Recebi alguns encontrões e esbarrões. Eu respirei fundo e sorri para o a nova eu que tinha brotado. Eu não seria levada pela correnteza de pessoas. Nadaria entre as pessoas e lutaria mesmo contrafluxo. Lojas e aromas, sons e falações a Galeria 25 estava um fervo por causa das compras de início de ano. Vi uma menininha com seus onze anos feliz por conseguir sua varinha, vi dois meninos conversando alegremente sobre o jogo do dia anterior entre os Págaso Paulista contra o Serpentário. Duas torcidas rivais.  Apesar de paulistana, eu torcia pelo Serpentário Carioca. Não que eu fosse aficionada em esportes, mas sempre que andava com Vicente ou Jota, eles falavam dos times e ela acostumou-se. Aquele leve pensamento fez parar no meio dos transeuntes. Aquele ano seria todo diferente.

SOZINHA  - Eu não era a mesma desde o ano novo. Esse ano eu queria me reinventar. Amarrei os cabelos num rabo de cavalo e coloquei o boné esfarrapado que ganhara de presente. O cheio dele ainda estava no boné, mas eu não poderia fazer muito. Ele estaria na escola, as poucas pessoas que Sakura conheciam o tinham como amigo. E Sakura não deixara de amar ele da noite para o dia. Era impossível. Ele escolhera aqui e resumira tudo em poucas palavras. Mas ela sabia que algum dia aquilo ia acontecer. Eles não tinham muito em comum. A camisa branca, um shortinho jeans, um converse preto com desenhos estilo mangá chibi em giz de cera. Me concentrei e adentrei na primeira loja decidida que antes de qualquer coisa eu tinha que vencer as multidões e sair com o material de lá. Uma batalha que eu tinha que aprender a lutar. Estava sozinha agora.

A LISTA  - Eu já tinha comprado algumas penas, e todos os rolos de pergaminho. Sentia até falta dos meus cadernos com adesivinhos de HelloKitty. Em Castelobruxo, eu não poderia ter isso. Mas comprei um set novo de penas coloridas e umas tinham até gliter. Outras soltavam perfume e outras tinham autocorreção. A moça da loja disse que eles estavam para receber algumas penas que até te batiam se você escrevesse uma informação idiota. Sai da loja feliz por ter comprado nada além de supérfluos. Fui até uma cafeteria que vendia o melhor Frapuccino do lugar, e eu não poderia sair dali sem tomar meu Matcha com morangos. Sai da loja feliz tomando a minha bebida favorita e levantei o rosto e dei uma olhada ao escutar vozes familiares. Eram alunos de Castelobruxo, por mais que eu os não tivéssemos a relação de amizade. Eu os conhecia de observá-los ou conversar aleatoriamente. Eram boas pessoas, e eu estava decidida a fazer parte daquele mundo. Estava na minha lista de prioridades conhecer mais algumas próximas, conhecer de verdade.

AMEIXA  - Helena, Umechan, estava lá. Eu adorava aquela menina. Sempre que a via meu coração se enchia de alguma felicidade gostosa. Inteligente, fofa, sensível. Helena tinha aquele jeitinho de princesa de contos de fada. Era uma das alunas que eu mais amava e mais me espelhava. Heleninha parecia uma bonequinha de porcelana.

VERDE  - Heleninha, me fez lembrar, lembrar de "PeChan!"; Durante as férias PeChan tinha sido o único da escola que eu mantive algum contato mínimo. Sempre via PeChan na escola como aquele menino quieto no canto que fala algo inteligente e continua quieto. As vezes, me dava medo como aquele garoto era calmo e tão equilibrado. Ele não era nem fogo e nem gelo, ele era o encontro de duas cores distintas. Ele era iluminado como sol amarelo, mas pleno numa tranquilidade azul.

AMEIXA NO CARVALHO  - Eu adorava conversar com PeChan.Não eramos tão amigos quanto eu era com Jota. Mas já tinha feito alguns trabalhos com ele na biblioteca. E eu sabia de uma coisa que tirava PeChan do sério, algo que levava muito desequilíbrio naquele mundinho perfeito. E o motivo era a Ameixinha. Quem diria que uma fruta doce faria o grande Carvalho tremer todas suas folhas verdes pacíficas.

PÊSSEGO  - Mais ali adiante, Alice iluminava tanto como os feixes solares que caiam na rua ladeada por prédios e pavimentada por blocos de paralelepípedo. Alice era exatamente isso doce e resistente. Ela era o perfeito contraste do urbano com a magia. Ela tinha aquela aparência frágil, mas quem fosse dar uma dentada descuidada encontraria o duro caroço feito de atitude e poder feminino. Ela ria e isso foi o que me fez olhar a primeira vista, aquele sorriso radiava nas vitrines. Momochan também conversar com dois rapazes escondidos pelas luzes e sombras. Momochan era uma das minhas pessoas preferidas em Castelobruxo, sempre educada, alegre e tão pra cima. Eu tinha que aprender com ela. Talvez pudéssemos continuar amigas.

SMILESQUAD! - Vi um rapaz se aproximando delas. Era também da minha sala, o moreno era Andy-kun, ele me fazia rir mesmo quando ele não sabia que eu estava olhando. Ele era gentil e alegre, e sempre que alguém estivesse triste ele dava um jeito de melhorar o humor dessa pessoa; e ele nem precisava conhecer. Ele espalhava alegria sem saber que fazia. Era como um esquadrão de sorrisos estar perto dele. Sempre que me sentia triste eu sentava perto dele na aula.

AKATSUKI - Dei alguns passos em direção a eles, mas vi quem estava junto a Momochan. Vicochan e João a acompanhavam. Vicente, era o melhor amigo de João, e sempre estava por perto. Éramos conhecidos por causa dele. Mas sabe aquele amigo do seu amigo, que acaba se tornando um ótimo amigo quando o seu amigo não pode te ajudar? Meio confuso, sim. Mas assim era minha relação com Vicente. Ele e eu também não tínhamos tanto em comum, era um atleta da escola. A popularidade o cercava por onde ia. Bonito e alto, ele sempre que passava por mim dizia algo gentil ou apenas piscava quando passava. As vezes ele só olhava e fazia um comentário sarcástico sobre alguém. Muita das vezes eu torcia pelo time dele da escola, o uniforme avermelhado e a rapidez que ele voava me lembravam aquelas nuvens vermelhas que aparecem no céu no crepúsculos. Rápidas, belas e especiais.

JOTA/JOCA - Meu coração disparou. Se Vicochan estava ali, João estaria por perto. E alguns passos foram suficientes para eu vê-lo. Ele estava bonito como sempre. E eu odiava aquilo nele. Principalmente aquelas odiosas covinhas de seu sorriso que não me deixavam sentir raiva. Era raiva! SIM! A cada passo, as palavras daquela noite ressoavam na minha mente. E eu tinha deixado de ser a Cerejinha. Me aproximei do grupo sorrindo e cumprimentei a todos. - Olá, boa tarde, que bom ver a todos. Helena, Alice, Vico, Andy e Joca... Espero que tenham curtido as férias. Bem, eu tenho que ir. Nos vemos na escola, né? Até a vista. Bom ver vocês todos.  - disse sorrindo amigavelmente. E me afastando para continuar as compras. Lancei um olhar de conformidade a João. -  Você está muito bem, Joca.  - disse passando por eles. Voltei a fazer minhas compras sumindo na multidão.

[RP Aberta] Compras de materiais escolares para Castelobruxo F9e5a2c867e76a0603b5be87062a6f7a

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甘い花
夢!
Te wo tsunaide, Kitto kawarazu aishiteru
Emília Martinez
COMASUL » Funcionário da seção 1
Emília Martinez
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COMASUL: Pesquisadora Responsável por Tierra Viva (Estagiária)
Sex 17 Jan 2020 - 11:23
Aquele momento que você se apaixona pelas coisas que não terá durante o ano
Galerias da 25 - compras – Vassouras e Cia
—Abuela! abuela!  — Exclamou Emília enquanto apressadamente descia as escadas em busca da única responsável que tinha. Parou na cozinha, onde finalmente deparou-se com a senhora que tanto buscava naquela manhã. Respirou fundo tentando recuperar a fala diante da empolgação na qual se encontrava. —Abuela, — Começou ela limpando a garganta. — Mis amigos...  van de compras hoy. ¿Puedo ir? — Interrogou a mais velha enquanto mantinha a cara de cachorro que caiu da mudança e esperando em Deus que isso convencesse a sua avó, Anastácia.

Ansiosamente Emília esperou. Fora uma fração de segundos entre a pergunta e a resposta, mas, para a mente agitada da menina pareceram anos e seus pés ritmados batendo no chão enquanto aguardava denunciavam isso. Por fim, a resposta foi positiva, o que encheu a goleira de alegria. Já não era sem tempo! A enérgica menina logo mais faria quinze anos, decerto conseguiria lidar com essa coisa de ir às compras com os amigos.

Mais tarde naquele mesmo dia, depois de tomar café e ouvir as inúmeras recomendações de sua avó Emi, com o auxílio de uma chave de portal “aterrizou” em um lugar apinhado de gente e cheio de lojas. Respirou aquele ar, estava feliz por ter ido ao local certo. A Martinez era uma pessoa com uma facilidade absurda de se perder nos lugares, o único lugar que demostrava saber o que havia era no campo de quadribol.
A menina estava mais ansiosa para às aulas esse ano do que qualquer outro, pois havia conquistado uma vaga no time e mal podia esperar pelos treinos, pelas partidas, pela adrenalina de jogar contra os Jaguar.
Naquele beco lotado de pessoas que transitavam de uma loja a outra, não sem antes deixar uns esbarrões aqui e acolá nas pessoas que não estão necessariamente atrapalhando o caminho, estava desesperadamente buscando a loja. Era tradição. Ano após ano desde que mudara-se para o país afim de poder estudar em CasteloBruxo essa era a primeira loja visitada quando o assunto era Galerias da Vinte e Cinco.

Portanto, em meio a multidão não demorou para encontrar sua favorita. Demorou-se alguns minutos babando os artigos na vitrine. Emília estava apaixonada! Seus olhos brilhando ao olhar para aquelas vassouras denunciavam isso. Por todos os deuses do universo o que eram aquelas vassouras? Para a Martinez era sinônimo de P-E-R-F-E-I-Ç-Ã-O!
Ao adentrar a loja sorriu mais ainda, o ar fresco que bateu em seus cabelos era um convite tentador para ficar na loja o dia inteiro. A morena tinha certeza que um dia não seria suficiente para olhar com a minucia necessária tudo que ela queria ver.
As vassouras era um espetáculo a parte, a menina desde que entende-se por gente sonha em ter uma Firebolt, afinal, são duzentos e quarenta km/h. Qualquer pessoa apaixonada pelo esporte sonha em experimentar essa sensação.

Depois, a moça passou pelas camisas de times famosos e não resistiu. Tirou uma foto do uniforme dos Caerphilly Catapults e enviou para as irmãs que ficaram em casa dormindo. Magda e Calliope tinham esse marasmo quando o assunto eram compras. Deixavam tudo para o último dia, realmente, elas se acostumaram rápido demais aos hábitos brasileiros e pensar isso fazia Emília sorrir.

Após dar uma boa olhada na loja digeriu-se ao caixa, por incrível que pareça havia encontrado coisas em promoção em uma temporada de alta dos preços dos artigos esportivos. Um verdadeiro milagre!
Logo, com suas sacolas em mãos encontra um grupinho conhecido na loja e seu sorriso alarga-se, enquanto caminha em direção aos veteranos de CasteloBruxo. Uma figura em particular chamou sua atenção e o sorriso na face da goleira se largou. Helena Alcaide tinha esse poder e além de tudo era sua melhor amiga! O que mais Emília podia pedir?
Com as sacolas nas mãos, do jeito que estava pulou em Lena e deu-lhe um abraço apertado. Desde os últimos acontecimentos em CasteloBruxo não vira a amiga, pois sua avó ficara muito preocupada com as interações sociais de Emília... Coisas de avós.
—Hey! — Diz em cumprimento à amiga.
— Nem acredito que encontrei vocês! Achei que isso seria quase impossível, está um pandemônio lá fora. —Disse não contendo a empolgação por ver rostos familiares como o deles.
— Então, qual será a próxima loja? — Pergunta ansiosa e empolgada por ter se juntado ao grupo.
Joca + Vicen + Lice + Lena  + Andes  + Gio  + Sak  + um comboio  
by emme

compras:


Última edição por Emília Martinez em Sex 24 Jan 2020 - 9:59, editado 1 vez(es)
João Carlos G. Peixoto
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Ter 21 Jan 2020 - 1:18

When I go shopping (ooh, jetski), Murda on the beat so it’s not nice. When I go shopping I buy everything I see (ohh, brr), What you want? I want that Patek Philippe (yeah), I want a bitch double D’s (D’s)

As risadas do Ventura eram, literalmente, música para os ouvidos do marombeiro, e aumentava a sensação de calor em seu peito. Qualquer um que conhecia o Gonzalez sabia que ele vivia para os amigos, para deixar-los feliz, e a conexão com o batedor do Carcará era algo primordial na vida dele, tão forte quanto a ligação com seus irmãos, quiçá até mais, visto que ambos os rapazes tinham a mesma idade e o Dan e o Gus eram mais velhos. As provocações rebatidas entre eles era a forma principal qual usavam para demonstrar seu carinho e amor entre si, reiterando o arquétipo de garotos estúpidos que muitos os intitulavam, contudo eles pouco se importavam com isso. Entre empurrões leves, o som das gargalhadas do outro quase sobrepunha os estalos dos beijos fingidos do Carlos, de forma qual, o orquestramento de tais sons em seus tímpanos era mais que o suficiente para que ele ignorasse os olhares tortos dos clientes mais conservadores. — Pode ser acá embaixo mesmo, e assina: “com amor, pra minha cara metade”. — A resposta ao jogador foi feita no tom malicioso tão bem conhecido pelos meninos, e possivelmente terminaria por arrancar outra gargalhada ou um rubor na face do famoso interlocutor.

Enquanto ria da concentração com qual Vicente assinava o poster, Jão se assustou ao sentir uma pontada no lado direito do corpo, e ainda mais ao sentir um calor às costas e um peso, antes inexistente, no seu ombro. Ao som da voz feminina, o sorriso do crossfiteiro alargou, e ele sentiu seu corpo ribombar com a gargalhada leve que lhe escapou. — Nah guria, um homem sabe as guerras que deve lutar, e essa é do nosso batedor aqui. Ele é o futuro jogador internacional. — A brincadeira foi feita para esconder a pontada de inveja que sempre esteve presente no Joca, ainda que tivesse um fundo de verdade. Desde que o amigo entrara no time, o rapaz aplicara para várias posições, mas sempre era dispensado com palavras que diziam que ele tinha força e velocidade, porém não habilidade. “O importante é que meu Dorinha conseguiu e está feliz.” As novas palavras da Alice — não fora necessário olhar para ele saber que era ela — o fizeram piscar e divergir sua cabeça para o lado, o brilho do sorriso voltando a alcançar os olhos.

— Bah, como se eu fosse o único que morre de amores pelo Dora Ventureira aqui, né? — A pergunta era retórica, apenas para reforçar o apelido que a amiga havia deixado escapar meses antes. Deixando o sorriso deslizar para a direita de forma a desenhar a famosa covinha, o sextanista passou um dos braços pelos ombros da menor e a puxou para um meio-abraço, logo se abaixando um pouco para dar um daqueles beijos estalados de antes na bochecha da Pegoretti. — E tu, Bisãozinha, é uma das fãs babonas do grande jogador aqui, ou tem um outro amor em vista? — A continuidade no papo, que prometia ser constrangedor em vários níveis e para várias pessoas, foi interrompida — fosse por bem ou por mal — pela chegada de mais uma pessoa. Se virando para a nova voz feminina, Peixoto sorriu para a recém chegada, logo a reconhecendo como sendo Helena, uma quintanista. Soltando a Bissoli, o rapaz esperou as amigas se cumprimentarem antes de avançar na direção da Helena, a puxando para um beijo na bochecha, mesmo que ele não tivesse certeza se estava ultrapassando alguma linha ou não, eles não tinham tanta intimidade assim, afinal. Assim que se afastou da garota, ele se sentiu um pouco envergonhado por ser — como o Dan adorava provocá-lo — “dado demais”, e retornou para o lado do melhor amigo, passando o braço ao redor dos ombros do menino da mesma forma que fazia com a Alice, tomando da mão do jogador o pôster assinado e o enfiando no bolso de trás. — Pois então, gurias, como cês tão?

O papo leve entre os quatro amigos não perdurou por muito tempo e, entre uma frase e outra, um novo som de passos atraiu sua atenção. O sorriso foi a primeira coisa que o Gonzalez viu, um sorriso que fez seu coração bater mais forte. O garoto que vinha em sua direção, Andes, era uma de suas pessoas favoritas no mundo, e assim como o Vicente, era um dos pilares de sua vida na escola. Soltando o outro melhor amigo, Jão alargou o sorriso e encontrou o recém chegado no meio do caminho. — Cordinha meu amorzinho, que bom te ver! — Um selinho seguido de um abraço apertado foi a recepção para o Baiocchi. Amigos de longa data, a interação mais íntima para muitos não chegava a incomodá-los, e o principal motivo era o Andes em si. Ao saber que o amigo era assexual, o crossfiteiro sentou para conversar e entender, afinal eles eram amigos e precisavam respeitar todos seus detalhes e diferenças.

Sendo lento, ele ainda tinha certas falhas de compreensão com a situação, não que isso influenciasse na relação com o outro. Bem, ao menos não negativamente. João Carlos sempre foi um rapaz que gostou de fazer carícias e cafunés nos outros, intimidade afinal sempre foi um dos pilares de suas relações interpessoais, e às vezes ele se frustrava quando os amigos rejeitavam seu carinho pois — como eles chamvam — era algo “gay”. Com o Santiago não tinha esse problema. “Não que ser gay tenha algum problema. É só que… carinho não é coisa de gay, não é?” O pensamento o fez se sentir levemente fora de contato com os outros e aquilo não era a primeira vez que se sentia assim, porém ele imaginava que os outros já tivessem passado por essa dúvida, afinal ele sempre foi o mais lento para lidar com as coisas,  e sabia que ainda estava longe de compreender de verdade essas coisas. O tempo para refletir sobre isso não era agora, entretanto, pois mal o Cordilheira — apelido que dera para o Andes —, havia terminado de cumprimentar os outros, quando mais uma pessoa se juntou ao bonde.

A garota loira que veio em sua direção não lhe era estranha, mas a pública máscara de animação dela lhe era um pouco incomum. — Prima, minha diva! — O sorriso aberto visível na face da parente sempre lhe encheu o coração, e ele estava mais que feliz de vê-lo fora dos confinamentos da familiaridade das mansões dos Gonzalez. Veja bem, ele adorava a prima, contudo a menina havia sido criada com muita pompa e a forma rígida dos ensinamentos a havia lhe ensinado a ser polida e contida quando em público… algo que o Peixoto não seguia com muito esmero. — Ils disent que le français est la langue des anges, donc je suppose que cela vous convient, chérie. — Após seu costumeiro oi — composto de um abraço apertado e um beijo na bochecha — o marombeiro, se virou para todos com um sorriso largo na face, a alegria de ver tantos amigos reunidos ali clara em suas esferas castanhas. — Santa Cuca fogosa, se virem essa gangue aqui na rua vão dizer que vai ter arrastão. — Rindo de sua própria estupidez ele coçou a nuca enquanto retornava para perto dos dois melhores amigos, logo se colocando no meio dos dois e os envolvendo novamente em seus braços. — E como foi as férias de vocês? Viajaram? Beijaram? Beberam? Treinaram? — A amplitude de opções dadas pelo Carlos era em referência a diversidade dos ali presentes, diversidade essa qual ele adorava. “Padrão e normalidade são apenas sinônimos para chatisse.” Ouvindo atentamente as desventuras dos amigos, o marombeiro nem percebeu quando os relatos acabaram e todos o encararam dando-lhe a vez.

— Bãh, minhas férias foram excruciantemente chatas. — Ele fez biquinho. — De festa só teve a de Natal com os Gonzalez e o resto da trupe, e a de Réveillon lá no bar, na companhia das princesinhas. — Peixoto encarou provocante a Lena e a Lice, ainda que faltasse um terço das princesas em questão. — E depois bem, eu treinei com o Dan e o Gus, e painho me arrastou pra Roma pra ele tirar umas fotos de algum monumento chato. — O rapaz deu de ombros, a única coisa legal que havia ocorrido depois do ano novo foi quando ele pôs pó de raiz de malagueta-fantasma no chimas do Dan e o mesmo ficou cuspindo fogo o resto do dia. Sorrindo com a lembrança o rapaz voltou a tomar a dianteira na conversa. — Mas espero que as aulas voltem animadas, ouviu bem, Gorettezinha? Se não tiver uma festa do CA na primeira semana eu nem volto pra CB, e bem… todos sabem que tu vai chorar minha ausência. — Ele mandou um beijinho na direção da menina para reforçar a resenha. E então ele se lembrou de algo. — E nem achem que o trote dos quintanistas foi esquecido ein, e espero que estejam preparados pois tus irão sofrer ahrãn. — As palavras foram direcionados a todos, e acompanhadas de uma piscadela para o Dora e a Gio, enquanto ele repuxava as bochechas do Andes como o ataque básico de tias.

Tentando fazer sua gargalhada leve soar como um riso de vilão de filme cliché, o crossfiteiro deu às costas ao grupo e foi até o caixa — que o olhava com um dos olhares cheios de julgo de sempre —, desembolsando uma nota de dez reais pelo poster do amigo. Após agradecer ao adulto, afinal ele era respeitoso não importando às más línguas, o menino voltou para perto do bonde, gastando mais um tempo de conversa com eles. Passado um tempo, o Joca se viu sendo abusado e sendo motivo de piadas para os outros — não que ele se importasse, principalmente pois sempre podia fazer um draminha para aumentar o tom das risadas. — Guri, eu tô falando, eu vi um Nundu quando fui com painho na África. Pelos córneos da Caipora, cês nunca creditam em mim, só me maltratam. — Ele dizia usando sua expressão preferida de birra, composta por um bico tristonho e os braços musculosos cruzados à frente do peito. A risada que borbulhava no fundo de sua garganta, entretanto, morreu assim que as esferas cor de chocolate repousaram em uma nova figura. Não que ele não gostasse da pessoa, a bem da verdade ele a adorava, era só que desde o último encontro a situação entre eles estava um pouco estranha.

Mordendo o interior da bochecha, o Carlos encarou, tímido, a princesinha que faltava do trio da Revéillon. Sakura estava linda, não, ela era linda, e por mais que não estivesse com a mesma pompa da festa, era um encanto de se ver. Encolhendo os ombros, o rapaz evitou encará-la, afinal desde que se beijaram ele esteve meio que fugindo da garota, e ele sabia que era um imenso babaca por isso, contudo ele não sabia como lidar com o que quer que fosse essa nova relação. Segurando um suspiro, ele encarou o chão, se detestando por ter deixado as coisas chegarem nesse ponto, e por mais que ele não se arrependesse do beijo na virada — ele gostara do beijo, e tinha uma adoração pela garota muito forte — a noção que talvez não devesse ter ocorrido começava a penetrar em sua cabeça dura. O Jão percebeu (lhe contaram) recentemente que a nipônica sentia algo muito profundo por ele, e por mais que também a adorasse, talvez isso não representasse um objetivo  comum, e o beijo que deveria servir para compartilhar a alegria e amor que ele sentia no momento — algo que ele quisera compartilhar com a Miyamoto, e acabara ignorando as outras duas alunas durante a virada — terminara por ter péssimas repercussões na relação com a melhor amiga. Limpando de leve a garganta, ele levantou o olhar e dirigiu-o para a menina. — Oi Cere-Sakura, tudo bem? — A correção no meio da frase quase o fez se engasgar, ele estava tão acostumado ao apelido que demoraria um pouco para chamá-la pelo nome.

Ele sabia ser o errado da situação, e apenas desejou sumir quando a Miyamoto deu-lhes às costas e foi embora da loja. Mordendo o lábio inferior e apertando as mãos, o crossfiteiro se absteve do papo seguinte, ainda conturbado sobre como salvar — se tivesse como — a situação com a japonesa. Tal qual Sakura foi embora, uma outra garota que significava muito na vida do Joca apareceu. Com largos sorrisos e cheia de sacolas, Lia surgiu, vinda do balcão, e pulou na Lena, e sem pensar, o sextanista se pôs ao lado das garotas de prontidão para segura-las se necessário. — Oi bonequinha, como vai? E tuas irmãs? — Ainda um pouco mexido pela presença da nipônica poucos minutos atrás, as palavras não saíram no tom ruidoso e com o ribombar ao fundo que prometia gargalhadas logo menos. Mesmo que a voz não fosse mais a mesma, os modos eram, por isso o moreno se abaixou e a envolveu em seus braços, plantando um beijo leve na bochecha da menor. Infelizmente, adicionado à situação, uma outra sensação de estranheza abriu espaço em seu âmago, afinal ele e a Martinez haviam namorado alguns meses no ano passado. Claro, todos sabiam que relacionamentos começam e terminam, e entre adolescentes é ainda mais curto os intervalos, porém João Carlos sempre foi diferente.

Fosse por se envolver de mais, ou ter uma intensidade maior em seus sentimentos, sempre que o rapaz entrava em um relacionamento ele conclui que vai durar para sempre, e termina ou assustando a menina ou se machucando. “Eu já assusto meus migos com a intensidade do meu carinho, quanto mais.” O pensamento era colorido com vergonha e uma dor sarcástica pelas rejeições. Com a Emília não foi muito diferente, eles namoraram alguns meses no ano passado e ela terminou com ele. Entretanto, nesse caso isso não os afastou tanto, principalmente não depois que ela conseguiu vaga no time, substituindo a antiga capitã e goleira dos Carcará. Hoje em dia eles mantinham uma relação amigável, principalmente pois tinham círculos de amizade em comum, ainda que o marombeiro sempre se sentisse estranho e receoso, seja por medo de acender novamente a chama que aquecia seu peito perto dela seja com medo de se machucar novamente. — Se é sorte ou destino eu não sei… — Ele esboçou um sorriso tímido.Eu não esperava encontrar essa trupe toda, mas, já que tamos aqui, vamos por o bloco na rua né? — Ele se virou para os outros e abriu os braços. Apenas quando já havia conseguido a atenção de todos que ele lembrou de ajustar o sorriso fraco para algo mais “Joca”. — Atenção queridos passageiros, aqui quem fala é o comandante Peixoto, e gostaria de informar que temos permissão para decolar, próximo destino: Feirica. — Mordendo a ponta da língua o musculoso deixou a cabeça pender para o lado como um cachorrinho, ele sorriu para a criançada toda, se sentindo por alguns segundos uma attention whore. “Eu deveria me sentir mal com isso né?!”.

Se virando de forma dramática — se ele usasse capa, a teria feito dançar com o floreio — o rapaz tomou a dianteira, saindo do Vassouras e abrindo caminho pela multidão para o próximo corredor onde se encontrava as tendas da Feirica. Mesmo estando à frente do bonde, o Gonzalez tentava se manter inteirado das conversas que os outros se engajavam, ainda que sua posição e a zuada inerente da Galeria complicasse um pouco as coisas. Como todo bom estudante, muitos dos quintanistas começaram a circular um papo das matérias, com vários cochichos — muitos providos pela Vice do Centro Acadêmico — sobre novos professores que pareciam estar entrando esse ano, e aproveitando o tema, Carlos se virou para a prima, tentando mantê-la entretida, pois ele sabia que a mesma não gastaria nem a ponta da unha do dedinho do pé com os “pirralhos”. — Mein Liebste, kennen Sie bereits die Themen, die Sie in diesem Jahr wählen werden? — Limpando um pouco a garganta, o crossfiteiro esperou pela resposta, sabia que a prima não era uma fã da escola, mas esperava que o idioma atraísse a atenção da loira, idioma esse aprendido pelo Jão com a tia antes mesmo de suas viagens com o pai para a Alemanha. — Ich weiß es noch nicht, welche ich wählen werde, aber Charms und Verteidigung sind definitiv auf dem Tisch und wahrscheinlich Botanik und Magizo. — Ele replicou assim que a menina engajou na conversa.

No movimento de desviar de uma banca de revistas, o sulista percebeu que um de seus melhores amigos estava próximo a si, olhando ao redor com aquela cara de bobão que ele adorava. Sorrindo, ele pescou o Ventura com a destra e o puxou para mais perto, repousando seu bíceps nos ombros definidos do jogador. — Was ist mit dir, du dork? Weiß schon, welche Themen du wählen wirst? — Após a resposta do bff o papo sobre matérias rolou ainda um pouco mais, porém logo pareceu acabar as implicações no assunto. Se virando novamente para a parente, o Joca puxou mais um tópico relacionado à escolas, algo que ele queria perguntar a algum tempo. — Also, kann ich fragen, warum du um Bauxbatons ausgetauscht hast und nicht Durmstrang? Tante war there, richtig? Wäre es nicht die offensichtliche Wahl? — Ele havia estranhando a escolha de Beauxbatons como a escola para mandar a garota, afinal nem mesmo a língua ela tinha prática, e por mais que fosse verdade que o esteriótipo de garota mimada que a prima se encaixava tão bem a fizesse mais apta a navegar pelas lamúrias de BB, ele tinha quase certeza que a loira preferiria ir para Durms e continuar o legado da mãe. Foi o que o crossfiteiro fez.

O papo de escola logo mudou para outros tópicos mais pessoais, e se sentindo perdido com tanta conversa paralela, Jão apenas seguiu em silêncio por mais um tempo, apenas respondendo algo se diretamente vhamado a atenção. Mesmo assim, sua — de certa forma — carência não o permitiu ficar na sua por muito tempo, ele crescera rodeado de vida e conversa (e confusões), de forma que introspecção nunca foi-lhe uma habilidade muito dominada. Enquanto avistava as tendas coloridas da próxima loja, os atentos ouvidos perceberam que o Vicente e a Emília estavam engajados em uma conversa sobre quadribol, e sem pensar muito — principalmente pois ele estava inquieto — o moreno se juntou aos outros dois. — Sim, e nossos passarinhos como estão? Prontos para a nova temporada pegando, matando e comendo? — Ele brincou, mudando um pouco o rumo da conversa. — E tu, bonequinha, pronta pra ser a muralha que sei que tu consegue ser? — Tendo entrado no lugar da capitã do time que terminava seu sétimo ano em CB, a Martinez ainda não tinha enfrentado os Jaguares, apenas em amistosos, e voava normalmente com o próprio time nos treinos usuais. Mas ainda assim, Joca sabia que a garota ia ser um arraso. — E falando sobre novos membros, será que meu amorzinho aqui vai ser o novo capitão? — João cutucou as costelas do rapaz em questão. — Eu não duvido de tu, Dorinha, mas acho por bem um beijo de boa sorte. — Sorrindo sapeca, o maior finalizou a frase com um beijo molhado na maçã do rosto do Vicente.

Pulando para longe para não levar nenhuma bordoada do amigo, o crossfiteiro deixou escapar uma risada profunda. Pouco tempo demorou até que ele percebesse que a lona multi cor da Feirica estava a menos de um palmo de sua cara. — Certo cambada, chegamos. Bem, acho que todos vão gastar uns mirrés aqui né?! Então se forem se separar da nave mãe... — Dentro de uma tosse fingida, o menino murmurou um “Eu” antes de retomar. — ...não saiam sozinhos, aqui é aberto e o trânsito de pessoas é constante… ah-e a magia anti-furto serve apenas para os objetos vendidos aqui, não para tus ou nenhum dos seus órgãos. — Nesse momento ele lançou um sorriso brincalhão para o Alice. Limpando a garganta o rapaz olhou ao redor como se para se situar, e logo avistou seu principal objetivo: a seção de equipamentos para poções. Mesmo sem ter certeza se iria escolher a matéria esse ano — na verdade ele não sabia se seria permitida sua entrada, afinal a nota das provas no ano anterior havia sido bem baixinha —, o moleque achou por bom comprar um Kit Avançado. Dando de ombros para o resto do grupo e ele começou a abrir caminho até a barraca das poções. — Gotta catch 'em all, amorecos. E aos aqueles que se perderem ou se separarem, nos encontramos na saída!

@Desculpa a demora galerinha, tive que resolver coisas em off e atrasei o post, ah e com o intento de deixar curtinho eu acho que pulei algumas coisas e acelerei a narração, mil perdões.


Comprado:
shopping
spree Vicente, Alice, Helena, Andes, Giovanna, Sakura e Emília + Galerias da 25 + Vassouras e CIA + Feirica
Caipora
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Caipora
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Ter 21 Jan 2020 - 2:37
SORTE OU REVÉS
The Last Castle RPG


SORTE

"A oitava postagem, após as ambientações, será agraciada com o desconto de 100% nas compras descritas em seu conteúdo. Caso não tenha comprado nada, a bonificação irá passar para o post de número nove."


Instruções: Para que o desconto se torne válido é necessária uma segunda postagem de, no mínimo, cinco linhas reagindo à sorte proposta.

considerações off:
Divirtam-se!
XIII
Vicente Ventura
COMASUL » Auror
Vicente Ventura
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COMASUL: Auror (estagiário)
Ter 21 Jan 2020 - 19:10
Dia de feira

Se os planos de Vicente Ventura não dessem nada certo, ele sabia que teria o apoio de João Carlos. Embora tudo não passasse de mais uma zombação, não precisava ser muito espero (afinal de contas, esse não era mesmo o forte de Vicente) para notar a forma carinhosa com que era tratado pelo amigo.
_Tá bem, mas não sai espalhando por aí que faço autógrafos personalizados. – pediu em meio a um sorriso, caçando nos bolsos da calça jeans surrada por uma caneta tinteiro que ele bem sabia estar ali. Apoiou o pôster numa prateleira e rindo de si mesmo e da situação, passou a desenhar as letras no papel.
Quando olhou para João novamente, ele não estava mais sozinho. Alice estava prostrada ao seu lado, com o costumeiro tom debochado e os lábios tingidos de laranja.
_Quem é que está morrendo de amores por mim? – questionou ao endireitar o corpo e se dando conta do apelido com que fora chamado– Isso foi coisa sua então, Gorete? -A última palavra saiu como um sibilo pelos lábios de Ventura, que cruzou os braços em frente ao corpo sorrindo de maneira descontraída.
Arqueou as sobrancelhas espessas esperando pela resposta de Alice. Resposta essa que nunca veio, mas que Vicente ansiava por saber. Desta vez, não se tratava de massagear seu ego, mas sim do de João Carlos. O batedor dos Carcarás podia não ser o mais esperto dos rapazes, mas gostava de acreditar que sua intuição era imune de falhas e ela lhe dizia muitas coisas sobre os dois amigos abraçados a sua frente.
A recém chegada ao grupo era Helena, certamente a garota mais inteligente do quinto ano. Não eram muito próximos, mas Vicente a reconhecia das arquibancadas do campo de quadribol, sempre vestida com sua jaqueta laranja fluorescente bordada com os dizeres do time que ele mesmo representava.
Passou um braço sobre seus ombros, de maneira despojada e espontânea.
_Nunca pensei que te veria por aqui, Lena. – admitiu, sorrindo  para a menina que não parecia muito confortável sob o abraço desajeitado do batedor.- O que pretende comprar hoje? Por favor, me diga que serão os pompons de cheerleader. Eu vi você dançando no witch e acho que você leva jeito.
Os olhos escuros desviaram-se para a porta de entrada, e seu sorriso se expandiu como o de uma criança que vê os presentes na manhã de natal.  Andes passava pela soleira com seu estilo e trejeitos únicos. Vicente desvencilhou-se de Helena e cumprimentou Andes com um abraço lateral.
_Andinho! Você andou malhando? - questionou, afastando-se para observar o amigo e seu porte físico pós férias. Tinha as maçãs coradas de sol e o cabelo escuro parecia ter crescido bons centímetros, mas o rosto conhecido e familiar continuava o mesmo.
Vicente bagunçou o cabelo escuro do garoto, libertando-o de seu abraço. Adorava o clima de volta às aulas, exceto pelas aulas, é claro. Ainda havia uma boa parte do verão para aproveitar e a presença de seus amigos fazia com que milhares de ideias viessem a sua cabeça.
O sorriso de seus lábios esmaeceu quando ouviu o bradar de João Carlos. Girou a cabeça para acompanhar o garoto e pode ver nitidamente as madeixas loiras balançando pelo ar. Um estranho desconforto o acometeu, fazendo-o guardar as mãos nos bolsos do jeans e sorrir sem jeito.
A última vez que vira a Gonzales fora no final do quarto ano, quando com muita pompa e empolgação, ela declarou que estava indo estudar na França. Eles já não estavam mais juntos, mas ter a certeza de que passaria um ano inteiro sem ver a patricinha o incomodou. Ainda eram amigos, afinal.
Foi o que pareceu, ao menos, quando ela abraçou-o ao mesmo tempo que abraçava seu primo. Vicente tirou as mãos do bolso e passou um dos braços ao redor da cintura da garota.
_Hey, Gio! cumprimentou, tocando-lhe a ponta do nariz quando a loira se afastou. – Você demorou! Até que enfim deu o ar da graça! O que os franceses têm que nós não temos?
Vicente ocupou o espaço deixado por seu constrangimento com palavras e, honestamente, agradeceria Sakura mais tarde por aparecer e desviar a atenção. Olhou de soslaio para João, que parecia ainda mais incomodado com a presença da garota asiática do que Vicente havia ficado há pouco. Ele soube das aventuras românticas do amigo através das cartas que trocaram durante as férias, já que não havia podido participar.
A conversa fluía entre os amigos e, embora os outros clientes não parecessem muito satisfeitos com o aglomerado de adolescentes em um mesmo corredor, o clima agradável que se fazia dentro da loja os incentivava a continuar.
A última a se juntar ao grupo foi Emília Martinez, companheira de time de Vicente. O garoto cumprimentou-a com um abraço rápido e um beijo no topo da cabeça- Emília era pequena, mas o trabalho que fazia diante dos gols durante as partidas a tornava gigante.
_Espero que esteja pronta pra temporada, Em.- comentou, arqueando as sobrancelhas como num convite. – Ouvi dizer que teremos um novo professor de vôo, espero que ele não seja um péssimo árbitro também. Lembra da última partida do ano passado? Tava na cara que a professora era a favor dos Jaguar.
Vicente parou de resmungar quando viu o melhor amigo tomar as rédeas da situação e guiar a todos pelas intrincadas barracas da Feirica.
Sair do ambiente aclimatado da loja de vassouras e deixar pra trás todos aqueles utensílios que tanto apreciava o fizeram desgostar do pandemônio que se instaurava na rua.
Caminhou ao lado de Andes por um breve tempo, aproveitando para trocar uma ou outra palavra com o amigo.
_Como foram suas férias? Veio pra Capital no réveillon também?- perguntou interessado e com uma pontinha de pesar nas palavras, pois não pode estar junto de seus amigos durante a festa. – Você recebeu meu cartão postal? Achei que você ia gostar de conhecer a Ilha de Trindade. Dizem que muitos alienígenas apareceram por lá. Eu não vi nenhum,  mas... – foi interrompido por um puxão de João, que tagarelava em alemão.
_Oh, du Kobold. Fast hätte ich das Zelt und alle Zeitschriften mitgebracht. Ist das Zé Ramalho in der Zeitschrift?- reclamou enquanto caminhava ao lado dos Gonzales. - Ich bin mir noch nicht sicher. Botanik auf jeden Fall. Magizoologie auch. Ich weiß es nicht, ich denke Defense and Combat Arts. Tränke, wer weiß.
Deu de ombros. Não havia pensado muito nas matérias que puxaria. Por incrível que pareça, havia se saído bem nas avaliações do último ano. Atingira uma boa nota nos NOM’s e não queria desperdiça-las.
_Und du, Gio? Sagen Sie ihm, wir werden gemeinsam Unterricht geben. Ich kann Ihren Cousin nicht alleine ausstehen.
Sentia-se engraçado falando em outras línguas. Embora estivesse entre amigos, eram amigos ricos, que aprenderam outras línguas viajando o mundo e estudando com ótimos tutores. Ele não. Herdara o dom de seu tataravô indígena, que conversava com as criaturas da floresta e seres das águas. Mas, ainda que fosse estranho possuir a natureza de falar tantas línguas, Vicente via seu dom como um presente.
Ouviu a resposta da loira e, depois de mais algumas brincadeiras com os primos, deixou-se ficar para trás para observar uma barraca de ervas. Encontrou-se com Emília, que inalava a fragrância de um maço de sálvia e alecrim.
_Se benzendo pro começo do campeonato, Martinez?- debochou, pegando um raminho de alecrim e colocando detrás da orelha da menina. – Acompanhou o torneio de inverno do País de Gales? Viu a partida dos Canhões contra as Harpias?! Eu ju-ra-va que elas iam perder! Estavam jogando feito tolas.
Gostava de Emília e gostava ainda mais do fato de que desde o final do ano anterior eram companheiros de time. Estava ansioso pelos treinos que viriam e tinha quase certeza de que ela também estava.
Surpreendeu-se com um peso nos ombros e, de imediato, alcançou a varinha no bolso da calça. Mas, para seu alívio, era João Carlos e suas covinhas sempre à mostra.
Vicente apenas gargalhou com o comentário adaptado do lema oficial dos Carcarás. Meneou a cabeça negativamente diante da animação do marombeiro e deu de ombros diante do comentário sobre sua tentativa de se tornar capitão.
_Quem sabe, vou tentar. Mas tem muitos fatores envolvidos...- Vicente não queria criar expectativas, nem em si mesmo nem nos amigos. Se ele falhasse, seria humilhante. – Quem sabe.
Os amigos começaram a migrar entre as barracas para, finalmente, darem cabo às listas de materiais.
Vicente precisava de um kit avançado de preparo de poções, então correu na direção de João, que se encaminhava até a barraca em questão.
_Espera aí, vou com você. – alcançou o crossfiteiro num segundo e caminharam rumo à barraca, que estava tão cheia como todas as outras.
Vicente espremeu-se entre um velho senhor de barba, assustadoramente, azul e uma mulher alta e de aparência sovina. Era engraçado como a Feirica unia pessoas de todos os mais variados tipos, especialmente nessa época. É claro, era sempre bom estar atento, pois, como dissera o Peixoto, ninguém queria virar objeto de venda.
Os kits de preparo de poções estavam expostos sobre um tecido púrpura, evidenciando a transparência do vidro e as marcações nítidas em sua superfície. Vicente franziu o cenho vedo o preço. Sabia que tinha o dinheiro necessário- Aurélia não deixaria faltar o básico para que o garoto completasse os estudos- mas o fato de gastar R$ 80 com frascos que ele provavelmente destruiria o incomodava.
_Vai levar o que, filho?- o questionamento da vendedora o despertou. Ele apontou para o kit e olhou de relance para João Carlos.
_Vai levar um também? – perguntou a Peixoto, enquanto revirava os bolsos para tirar de lá o dinheiro para pagar pelo material. Entregou as moedas e notas amassadas para a mulher de nariz aquilino e recebeu a sacola com o novo kit.
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Alice Bissoli Pegoretti
CASTELOBRUXO » Coordenadora
Alice Bissoli Pegoretti
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CASTELOBRUXO: Coordenadora da escola
Qua 22 Jan 2020 - 6:14
Alice nunca aprendia, não conseguia se controlar! Movida pelos instintos, sua parte racional só resolvia mandar os avisos de “não faça isso” quando tudo já havia desandando. Sim, como quase sempre, fora ela quem chegou na brincadeira, mas quando Joca entrou na onda e a puxou para aquele meio abraço lançando aquela pergunta, o coração da Pegoretti faltou pular da boca e cavar um buraco para se esconder. O sorriso irônico da morena – que tentava disfarçar seus cabelos agora levemente rosados por causa daquela bendita covinha – voltou-se para Vicente, quando este a chamou pelo apelido derivado de seu sobrenome, o que dava a entender que que seu nome não era o único que rodava por aí. Aliás, com aquele olhar observador sobre o abraço da dupla, dava a entender que muitas coisas extras se passavam na cabeça do jogador de quadribol, e naquele momento, nem mesmo seu sorriso mais sarcástico seria capaz de disfarçar a coloração de suas bochechas, cabelo, olhos..

A Bissoli mal tinha noção dos efeitos que aqueles sentimentos tinham em seu dom, mas pela glória de Ipupiara e seus lagos purificados, suas preces foram atendidas quando levou uma cutucado no ombro e uma voz conhecida chamou seu nome assim que encarou os olhos de Helena. De prontidão, desvencilhou-se do braço do mais velho para envolver Lena em um abraço, não que fosse a amiga mais intima da menina, nem que fosse assim tão carinhosa com todo mundo, mas era quase um abraço de agradecimento por interromper o papo anterior. Para sua sorte, Joca era conhecido por ser lerdo e jamais perceberia algo, mas para seu azar, aquele não era nem o começo dos sofrimentos do dia.

Andes foi o próximo a surgir de surpresa, e até aí tudo bem, tudo mais do que bem até, ele era uma de suas pessoas favoritas da escola, e seu abraço seguido do apelido pelo qual chamava Helena arrancaram sorrisos da paulistana, que teve que segurar o sorriso na face para esconder o desconforto de ver a cena ente Andarilho e Jão. Não era nada contra os meninos, ela simplesmente... mal sabia explicar aquilo que sentia, era tão mais fácil negar. Lançou um meio sorriso enquanto erguia uma sobrancelha para a Alcaide, fingindo achar graça na situação, mas foi no momento seguinte que o ar ao seu redor pareceu ficar mais denso e o sorriso sumiu de rosto enquanto seus cabelos assumiam um tom de azul royal sem que ela nem percebesse, assim como suas íris outrora arroxeadas.

”Então a loira chata metida a Barbie tá de volta..”, pensou, segurando-se para não revirar os olhos para aquela Suzi que se achava a dona do mundo todo. Não lembrava os nomes? Aham, tá. Até parece que Alice cairia nesse papinho, mas ao invés de exaltar-se, partiu pelo ramo que mais gostava: a arte da alfinetação. – Lembrar nossos nomes? Mas acho que a gente nem se conhece. Prazer, Alice. Espero que você seja mais legal que a prima do Joca que foi embora. – disse com um sorriso largo ostentando seus dentes brancos e então virou-se mais uma vez para Helena, ignorando por completo a enguia loira atrás de si e qualquer chiado que ela emitisse.

– Lena, sabe do Luca? Todo mundo aparecendo por aqui, milagre que ele não está para noticiar tudo no witchgram. – sorriu brincalhona com o próprio comentário, implicar com o Coelho era bom até quando ele não estava por perto. – Vamos tirar um selfie e mandar pra ele! – a ideia veio de repente, e na mesma rapidez lá estava Alice tirando seu Zen Phone 5z do cós de sua legging e abrindo no WG. A foto não era lá das melhores, sempre zoada como a Bissoli tinha mania de fazer sua caretas e gestos, mas mesmo que quisesse refazer a foto antes de mandar para Luca, não conseguiria, pois o Peixoto estava a tentar puxar conversa para enturmar a todos. Não chegou a responder sobre como foram suas férias, a parte mais animada havia sido aquela festa mesmo, mas quando ouviu sobre o CA e a festa deixou um riso escapar de sua boca, fingindo capturar no ar o beijinho mandado por JC e depositá-lo em seus lábios, encarando o mais velho com aquele ar de deboche e provocação rotineiro dos dois. – Melhor chorar um pouquinho com sua falta do que te aguentar todo dia, meu bem. Mas vamos ter festa sim, podem se preparar! – disse animada, mentindo descaradamente na primeira parte, mas apenas omitindo informações da segunda rase, sobre a festa. Seu sorriso diminuiu, porém, quando outra pessoa chegou de repente, lhe cumprimentando com certa pressa.

– Hey! Oi, Sakura .. – tentou falar algo mais elaborado, mas o simples fato de lembrar de certas cenas que a envolviam já mexiam com o âmago da metamorfomaga. Enganchou seu braço no de Lena, como última solução para se manter sã dentro daquela loja, principalmente ao ver a cena constrangedora entre Joca e a japonesa. Tá, na verdade, em certo momento da tentativa de diálogo de João, Lice teve que fingir um espirro por conta da risada que lhe escapou como ar pelas narinas, como podia ser tão tapado? Mas foi quando a menina lhe direcionou uma frase curta e única e pisou forte para ir embora que a quintanista percebeu que realmente algo sério havia acontecido. – O que eu perdi? – sussurrou para que apenas Lena escutasse.

Foi enquanto observava Joca, perdida em seus pensamentos e próprias teorias, que escutou a nova voz que fez a Alcaide se soltar do toque da Pegoretti, e então a futura vice do CA virou-se para a dona da voz, apenas para observar Joca se aproximar de Emília, uma das meninas mais lindas do quinto ano e agora jogadora de quadribol, para abraça-la e espalhar mais um pouco de seus carinhos excessivos. Encarando a cena, porém, a perceptiva moradora de abrigos trouxas conseguia ver o desconforto ainda presente em no Carlos, fosse pela recente presença de Sakura ou fosse por algo mais. E ela achava que era algo mais, só não sabia dizer se era bom ou ruim, nem bom ou ruim para quem, mas sabia que tinha algo a mais entre o casal de ex, principalmente por parte do garoto – o que só piorava aquela inquietação dentro de Gorete. Com um sorriso fraco, mas não fajuto, cumprimentou a recém-chegada enquanto enrolava a ponta de sua trança esquerda nos dedos da mão também esquerda.

Com a pergunta de Lia, Lice rodou os olhinhos arroxeados pelo estabelecimento, e apesar de muito fã do time de quadribol da escola, teve certeza de que não estava ali para comprar nada, havia entrado por outro motivo mesmo, mas agora com tanta gente ao seu redor, o que menos iria fazer era ficar perto do motivo.

Seguindo o bonde – que devia estar preocupando os proprietários das lojas –, Lice rumou para a Feirica, mais atrás da galera, observando os grupinhos que começavam a se formar. Lena e Emi, as melhores amigas; Joca, Dora e Giovanna Forninho, o trio parada dura; ela e Andes. Ué, Andes não estava no meio dos sextanistas? – Hey, não vai se juntar ao faladores de alemão ali? – perguntou ao se aproximar, mas já enroscando seu braço direito no braço esquerdo do amigo, e antes mesmo que obtivesse uma resposta satisfatória, ouviu as instruções do guia turístico Gonzalez. E que ironia ele falar sobre furto para Alice daquela forma.. logo ele, que havia roubado dela algo que valia muito mais que algo material. Ou pelo menos que deveria valer. Espantando qualquer pensamento, a menina de tranças apenas sorriu de volta para o bobalhão, ignorando todo o resto.

Puxou Andes consigo para a única parte da feirinha que lhe importava de verdade: a dos artigos para preparo de poções. Era sua matéria favorita! Dando a volta em outras barraquinhas, meio que fugindo do grupo, chegou na tenda dos kits para poção, e meio sorriso no canto esquerdo de sua boca foi inevitável quando viu Joca ali também. – Me seguindo, é, peixe boi? – lançou a provocação enquanto lhe dava um leve empurrão ombro a ombro. Ou ombro a braço. É, ela realmente não conseguia parar.

Focando nas compras, já decidida do que precisava, pegou o necessário antes que caísse em tentação e montasse um mega kit pessoal. Esperava que Andes fizesse sua compra naquela tenda para que pudesse, mais uma vez, colar no menino e andar com ele ao seu lado, mas percebeu os demais a se aproximarem também, o bonde ainda estava junto, afinal, e as panelinhas continuariam. Alice, entretanto, sobraria, ela sabia disso. Ficava olhando de um para o outro e não fazia a mais vaga ideia de como entrar nos grupinhos sem parecer uma enxerida ou atrapalhar conversas. Ela também não queria encher o saco do Santiago, não naquele dia, não daquele jeito chato, suas implicâncias eram bem melhores. E ainda tinha Jão, e aquela situação eu a menina havia se metido, situação que só existia em sua cabeça e que pesava sua consciência. Santa Iara da cauda torta, a menina precisava sumir dali antes que começasse com alguma crise de humor mais pesada que as de dentro da loja de quadribol. Sua claustrofobia também não estava ajudando-a a ficar em meio a tantas tendas e pessoas.. precisava respirar antes que seu cabelo roxo escuro entregasse muita coisa. – Ahn.. já fiz minhas compras aqui, então vou indo para o Borrão de Tinta, ‘tá? – lançou como uma pergunta para Andes, mas sem esperar por resposta ou companhia, saiu do meio da multidão.

compras:
What's
wrong
with me??

COM
Solitária entre mil pessoas
ONDE
Feirica
OBS
não sei o que estou fazendo aqui²
››MONTY‹‹



Goretti
I always say what I'm feeling, I was born without a zip on my mouth! Sometimes I don't even mean it... It takes a little while to figure me out.
Yeah
João Miguel Portugal
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João Miguel Portugal
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Qui 23 Jan 2020 - 0:48
As Compras

A manhã tinha nascido cálida. A neve, gelada e branca, caía em minha janela, contrariando o verão do Brasil e a proximidade do país com a linha do Equador. Ela alcançava meus tornozelos, a essa altura, e eu estava em meu quarto, já de pé, sentindo o piso morno do meu quarto. Calcei minhas pantufas de coelhinho, para não pisar no chão frio, coloquei um moletom que sóbria todo o pijama e saí do quarto, em direção à sala de Estar.


Cheguei no ambiente com alguns sofás estofados e me deparei com um ser humano encolhido no sofá, coberto até o queixo com um cobertor mais grosso que eu havia lhe dado. Pedira a Becca que colocasse um feitiço que o mantivesse quente durante a noite, para não passa frio, e a minha irmã — que, ao contrário de seu irmão gêmeo, amava o meu namorado — fizera isso de bom grado, já que o outro implicaria até o inferno (olha, que irônico), se Lúcifer dormisse no meu quarto — ou que eu dormisse com ele na sala.


Aproximei-me sorrateiramente do garoto encolhido em seu cobertor e sorri perante sua expressão tão tranquila, relaxada e, até, vulnerável.


Essa atmosfera não durou muito, no entanto, precisava acorda-lo para irmos às compras — afinal fora para isso que ele dormira ali, para irmos às compras juntos — e, para aproveitarmos o dia, precisava que o jogador acordasse mais cedo.


Uma ideia surgiu lentamente em meu cérebro enquanto eu me aproximava de seu corpo estendido, ligeiramente torto — e talvez isso seja um eufemismo — no sofá.


Esse pequeno espaço de tempo durou, ao menos, um ou dois segundos, antes de eu executar a ideia que surgiu em minha cabeça. Dando um pequeno impulso com os joelhos em um plié em sexta posição, pulei em cima de Lúcifer, deixando meu corpo cair sobre o maior dele, em uma tentativa de acorda-lo e esmaga-lo com o meu peso.


Um riso sapeca forçou caminho por entre meus lábios, enquanto ele reclamava e resmungava que não queria acordar tão cedo. Fiz um bico e cutuquei suas bochechas.


— Vamos, Lu! — falei, em um tom manhoso, dando alguns beijos suaves onde havia cutucado. — Nós temos que comprar o material para a escola, amor. — resmunguei, apertando ambas as suas bochechas com as palmas das mãos.


[...]

No final, nós ficamos um... Tempo... Mais do que o esperado... Naquele sofá que já tinha vivido as mais diversas situações. Tempo o suficiente para Rafael aparecer e gritar com a gente, porque eu estava, praticamente, usando o adolescente como um colchão — já que não cabíamos os dois lado a lado — e estávamos quase atrasados para sairmos, todos para as Galerias da 25, em São Paulo, onde todos os adolescentes da família iríamos comprar nossos materiais. Bom, todos os adolescentes da família, e Lúcifer.


Arrumei o que eu podia, prendendo meu cabelo ruivo em um rabo de cavalo, colocando uma saia preta rodada por cima da regata cor de rosa, com a estampa da banda Scorpions na frente e fomos, um por um, pela rede flu, para as Galerias da 25, em São Paulo, onde todos podíamos comprar nossos materiais sem grandes problemas.


Lá, os adolescentes se dispersaram, no entanto, depois de muita — mas muita mesmo — insistência de minha parte, arrastei Lúcifer e Rebecca para a livraria e papelaria Borrão de Tinta.


Imagino que tenha ficado horas ali, olhando os inúmeros livros e itens de papelaria que havia dentro daquela loja, criando um mantra na minha cabeça: Só vim comprar o material, só vim comprar o material. E, mesmo assim, consegui sair de lá com um tinteiro médio místico e uma Agenda de Bolsa, além dos livros e outros itens que seriam necessários para as aulas.


— Juro que você pode escolher a loja agora. — disse, olhando para Lúcifer, sorrindo culpada por tê-lo arrastado, e, então, depois que paguei pelas compras junto com Becca, saímos da loja, para onde quer que ele quisesse ir.


compras:
Família Compras Escola | Galerias da 25 Borrão de Tinta


Mia Bedoya Villa-Lobos
TLC » Fantasma
Mia Bedoya Villa-Lobos
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CB - Goleira Carcará
Qui 23 Jan 2020 - 22:46
psyco
Shut up, just die
— Sim, ao fim da tarde o trabalho estará pronto. — Disse, com um sorriso malicioso em seu rosto magro. — Metade do pagamento é adiantado, claro. — Levantou a voz para se fazer ouvida e endireitou suas costas na cadeira acolchoada de seu pequeno escritório dentro do clube de suas irmãs. Dançarina por profissão e assassina de aluguel nas horas vagas — ou seria o contrário? —, Ursula conseguia se impor em qualquer situação. O homem voltou-se para a moira com uma pesada expressão de incredulidade, e ela se levantou, apoiando ambas as mãos sobre a mesa de madeira de separava seus corpos. — Sabe, Ferraz, eu trabalho nesse ramo a mais tempo do que você poderia imaginar. — Sua mão esquerda tremia, ligeira, para alcançar sua varinha e mata-lo ali mesmo. A cada palavra dita seu corpo debruçava-se um pouco mais sobre a mesa, aproximando-se de seu contratante. — E se eu te digo que vou receber metade do pagamento antes do serviço, é porque eu vou. — Em um movimento fluido e rápido, Ursula puxou a gola da camisa do homem com a mão esquerda e sacou uma lâmina de prata presa a sua coxa, parando o movimento um centímetro antes de acertar com o fio da lâmina na garganta do outro.

Com o olhar sádico penetrando os olhos do homem a sua frente, a freelancer tocou a faca no pescoço alheio, sem fazer pressão para não machuca-lo de verdade, ainda precisava receber seu dinheiro. Ele, imediatamente deslizou sua mão para dentro do volume no bolso frontal e jogou sua carteira em cima da mesa. Só então a moira o soltou. — Você aprende rápido Ferraz, bom negociar com você. — Disse, com um sorriso brincalhão no rosto. — Definitivamente, devia voltar mais vezes, querido. — Debochada, jogou a carteira vazia do homem em seu peito e saiu da sala o arrastando para fora. — Fique atento a'O Globo, talvez seu amigo apareça lá na edição noturna. — Sorriu e estapeou a bunda do homem, antes de fechar a porta do clube às suas costas.

(***)

Vestida para matar — literalmente —, Ursula batia seus saltos negros pelas ruas de pedra nas Galerias da 25, quando parou em frente a um grande letreiro que dizia "Artefatos e Bugigangas Mágicas" em uma fonte de cor berrante que mudava a cada cinco segundos, quanto mal gosto, mais um motivo para matar o dono da loja, não que precisasse de muitos quando já estava com o dinheiro da recompensa no bolso.

— Ei! Garota! — Chamou atenção de uma jovenzinha morena de aparentemente dezesseis anos, devia ser estudante de Castelobruxo fazendo compra de materiais como muitos os outros vistos pela ruas. — Vaza daqui. — Disse, rude. Não estava nervosa com o fato de matar, já tinha costume; sua aflição foi ter prometido executar o trabalho naquela tarde, justamente quando as ruas estavam apinhadas de crianças. Definitivamente, não estava pensando direito. Sem reação aparente da estudante a sua frente, a assassina entrou na loja e um pequeno sininho badalou no alto da porta.

— Com licença, senhor, gostaria de saber quais são os objetos que tem aqui em sua loja. — Gentil, sorriu para sua próxima presa, um homem mais ou menos da idade de seu contratante, rival no comércio, que motivo mais fútil para matar alguém. O dono da loja se aproximou da moira e começou sua tour pelos produtos, nada muito interessante até que chegou a ala das lâminas. Reta, curva, pontiaguda, serrilhada, grande, pequena, havia todos os tipos de facas ali, mas o que chamou atenção da morena foi uma Katana cujo punho era rodeado de caveiras. — Aquilo ali, o que é? — Perguntou, curiosa. O homem explicou, sem demoras, que a lâmina podia ser considerada tão amaldiçoada quanto abençoada pois tirava o efeito de qualquer fator exógeno sobre o corpo de quem a toca. Os olhos de Ursula brilharam, algo assim ela não tinha em sua coleção. — Eu vou levar. — Afirmou, sem pensar duas vezes. O vendedor tentou dissuadi-la de sua ideia, dizendo que era algo perigoso e muito caro, não valeria a pena comprar. Não foram necessárias muitas palavras da mulher para que o dono da loja lhe entregasse a katana.

Maldição ou bênção, era verdade. Assim que Ursula tocou o cabo adornado da lâmina, ouviu a voz alta de Joaquim, seu ex-marido — merecidamente morto por suas mãos — ecoar em sua cabeça e o fantasma do homem apareceu entre ela e o dono da loja. A katana cortou o efeito dos medicamentos que a moira usava para suprimir seu "dom" de ver os mortos. — Ah, caralho, me deixa em paz! — Gritou, desequilibrada com as outras vozes que já começava ouvir após a aparição de seu ex. No momento de sua explosão, ela desferiu um golpe de espada contra o fantasma que, estranhamente, estava sólido demais. Quando o braço passou por dentro de Joaquim e ele desapareceu, o corpo do vendedor encontrava-se caído no chão. Somente o corpo. A cabeça do homem jazia em algum lugar no fim do corredor, seguida por uma trilha vermelha. Ursula gargalhou, incontrolável; pensando que, por engano, infelizmente havia matado sua presa sem antes brincar com ela. — Merda. — Deu de ombros e virou-se para sair da loja, não esquecendo-se de atear fogo em uma das estantes; a natureza faria o resto do trabalho por ela e incendiaria toda a loja.

O sininho batalhou novamente e a moira saiu, com algumas gotas do sangue do homem em seu rosto e vestido, a espada em sua mão esquerda e a varinha na direita. Sua cabeça girava com a voz de seu ex marido e de algumas de suas outras vítimas, o que diabos aconteceu que todos resolveram aparecer de uma só vez? Talvez esse fosse o efeito colateral quando se para de tomar o medicamento, todas as almas que tentaram contato durante a medicação aparecem ao mesmo tempo.

Com a cabeça a ponto de explodir, ela respirou fundo algumas vezes, com os olhos fechados. Concentrando-se apenas em não surtar, uma gota de sangue do homem escorreu pela lâmina da espada e pingou em seu sapato. Foi como se o tempo parasse, por um segundo todas as vozes se calaram, provavelmente satisfeitas com o que viria a seguir. A garota morena que ainda estava por perto, a encarava na entrada da loja e seu olhar imprimia dezenas de emoções. — Bu! — Ursula abriu um largo sorriso e levantou sua varinha em direção a garota. "Bombarda." Um projétil de luz branca passou sobre o ombro da morena e acertou uma das barraquinhas atrás da mesma. — Eu falei pra sair daqui, porra! — Exclamou com a mesma, a plenos pulmões, observando o olhar de pavor nas pessoas ao redor.

Nunca feriu uma criança em sua vida e não planejava o fazer agora, mas os homens adultos ali? Como diria a cantora não-maj, man down. Cantarolando Bibidi-Bobidi-Bu, Ursula continuou atacar algumas barracas e o caos foi instaurado com correria e gritos agudos ouvidos por todos os lados. A cada barraca explodida ou incêndio iniciado a moira se sentia mais calma e controlada, até que, após o quinto feitiço lançado, desaparatou dali com uma gargalhada insana que ecoou pelas galerias.

OFF: Tive permissão pra postar aqui, pra desenvolver minha própria trama e dar uma movimentada nas coisas. PORÉM não posso ferir ninguém e nem tive a intenção, então, crianças, favor não narrarem que foram atingidos pois ferir crianças vai contra meus princípios (sim, os de uma assassina de aluguel), titia ama vocês.
「R」


MIA
Helena M. Alcaide
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Medibruxa
Helena M. Alcaide
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Sex 24 Jan 2020 - 0:28
Temia estar interrompendo o passeio dos três, e sentiu o rubor subir pelo rosto conforme três pares de olhos voltaram-se para ela, que sorriu um tanto sem graça pela falta de tato. Helena era tímida, e por mais que conhecesse muita gente na escola — majoritariamente pelas festas —, tinha laços mais estreitos apenas com as irmãs Martinez, Emília em específico. Um frio cresceu em seu estômago, e estava a ponto de apenas acenar e se despedir com uma desculpa sem graça, mas... João Carlos, sextanista, se adiantou e lhe deu um beijo estalado no rosto, Lena sorriu um tanto sem graça, e cumprimentou o rapaz com um aceno. Surpreendeu-se com o abraço de Alice, se falavam com tanta frequência, mas Lena gostava bastante da também quintanista. Retribuiu, sorrindo para a garota conforme se desvencilhava, e não andou muito antes de sentir o braço do batedor dos Carcará — time pelo qual torcia na escola —, sobre seus ombros, retribuiu o abraço desajeitado.

Riu com a frase do rapaz, e não pôde impedir a vergonha ao ouvir à menção do vídeo que postara no witchgram, era grande fã de quadribol, mas raramente ia à Galeria somente para sair e passear. Era objetiva, principalmente se tratando de compras, ainda mais considerando que Carlos Henrique, seu irmão, sempre a acompanhava — Se isso ajudar a ganhar dos Jaguar, acho que posso fazer o esforço e dar uma de líder de torcida haha — brincou, colocando as mãos nos bolsos do colete jeans que usava.

Outro estudante se uniu ao grupo, e Lena sorriu para Andes, principalmente após a pequena referência em seu nome — Prazer em vê-lo também, Andy — respondeu ao cumprimento cortês, e retribuiu o olhar de Alice, dando de ombros ante a recepção de João ao rapaz novo. O sorriso se desfez ante a mudança na expressão e na cor dos cabelos da Pegoretti com a chegada da sexta adolescente na loja. Lena olhou para a garota loira, e por mais que tentasse, não conseguia lembrar da garota, nem de vista em Castelobruxo. Lena guardou para si qualquer comentário e apenas cumprimentou a recém-chegada com um aceno breve.

Sua atenção voltou-se para Alice, que perguntou do primo, sorriu com o comentário acerca da rede social bruxa, Luca realmente movimentava aquele lugar — A última vez que nos falamos, foi quando estava em Porto Belo, na casa da minha tia... se bem o conheço, já deve ter feito as compras só pra poder aproveitar o fim das férias — riu e fez pose para a foto que a Pegoretti propôs tirar e mandar para o Coelho no witchgram. Aproveitou e fez uma careta, mostrando a língua. O ambiente estava... bom. Os rapazes faziam graça e tentavam engajar a todos na conversa, Helena estava quase vendo um dos funcionários da loja indo até eles para pedir que saíssem dali. Outra conhecida passou pela Vassouras e CIA. Sorriu para Sakura, garota meiga que conhecera no ano novo, — Hey, Sakura — Lena a cumprimentou e, tão rápido quanto veio, a menina saiu da loja após cumprimentar a todos.

E o clima pareceu ficar um tanto... pesado após isso. Pelo menos para um dos integrantes da estranha odisseia que se formara ali. Trocou um olhar com Alice, dando de ombros ante a pergunta — Estou tão perdida quanto você, acredite. — Estava tentando assimilar o que estava acontecendo quando ouviu o som de passos e o ruído de sacolas se mexendo com certa rapidez. Virou-se, e a visão da recém-chegada a fez sorrir.

Sentiu o impacto do furacão de sacolas que era Emília. Lena a segurou e quase não manteve o equilíbrio ao amparar a melhor amiga, riu conforme a puxava para um abraço — Eu nem acredito que você veio hoje! Se soubesse, tinha combinado de te encontrar aqui! — Exclamou, com o ânimo dobrado — Se atrasou para fazer as compras também? Cali e Mags vieram com você? — Perguntou, procurando pelas gêmeas da amiga, quando não as viu, compreendeu que deveriam ter ficado em casa dormindo — tão característico das duas. Soltou um risinho levemente debochado — Imagino que vão deixar pro dia antes do embarque?

Riu com a resposta, percebendo que o restante do grupo seguia para o caixa — e que os funcionários da loja pareciam levemente aliviados pelo grupo estar saindo. Saiu, esperando os outros do lado de fora — o movimento parecia ter diminuído um pouco, provavelmente passara de um dos horários de pico na cidade. Assim que todos se reuniram, Lena enlaçou seu braço ao de Emília, e sacou a lista para conferir o que precisava comprar, por sorte, a lista neste ano era muito menor do que a dos anos anteriores.

A Feirica estava tranquila, e Lena logo conseguiu comprar o Kit avançado para o preparo de poções, esperou que Emms comprasse o dela também. O grupo agora estava mais separado entre grupinhos mais chegados, soltou um suspiro, puxando a melhor amiga assim que esta seguiu com as novas sacolas — Vamos na frente para comprar os livros, nos esbarramos por aí — informou a todos, deixando a loja junto da melhor amiga e rapidamente seguindo para a livraria, graças à Caipora, mais vazia naquele momento.

COMPRAS:

OBS: Desculpem se ignorei algo, e o post apressado.
#02. post in Galeria 25, an it's the pure caos
WITH: Jão, Vince, Lice, Andy, Gio, e Emms <3
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Sitting and watching the world going by, Is it true when we die we go up to the sky? So many things that I don't understand Put my feet in the sand when I'm walking in the sun...Walking in the sun
Andes Baiocchi Santiago
O GLOBO DE CRISTAL » Designer fotográfico
Andes Baiocchi Santiago
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Sex 24 Jan 2020 - 21:03
Comprando as coisas que perderei na primeira semana de aula
João tinha o dom de fazer-me ruborizar com tamanha delicadeza ao seu toque, seu abraço aconchegante se tornou melhor depois do estalinho singelo que trocamos. Sei que para muitos possa soar estranho dois amigos se beijando ao se encontrarem, mas não havia mal em demonstrações de afeto, assim como não havia mal em minhas demonstrações de afeto com Ventura, que eram as mais calorosas possíveis. Abracei Vicente com o mesmo entusiasmo que o batedor dos Carcarás demonstrou e sorri alegremente ao comentário. – Venturinha, se malhei foi apenas para tentar ganhar uma partidinha de Quadribol, mas você é o melhor. – Confessei ao fingir certa amargura, cabisbaixo; mudando logo meu ânimo ao sorrir e lhe dar um tapinha nas costas. Depois de todos os abraços, surge a... prima do Joca? Mas calma, qual era o nome da sextanista mesmo? A loira não era a moça que mexia com o coraçãozinho de Vicente? Direcionei meu olhar à Alice, que parecia ter sentimentos bem definidos em relação a loira, ainda mais, depois de seu comentário fútil sobre a estadia no exterior. – Bebi, malhei e viajei. – Respondi à Joca quando este grudou-se aos jogadores novamente, no caso, Ventura e eu.

Logo após a loira, chegou Sakura, com seu jeitinho meigo, mas admito que aquela não era a melhor hora de se aparecer, principalmente com a aglomeração de jovens do “grupo de Joca”. Soube da história quase toda entre Peixoto e a sextanista com quem passei dois anos na mesma turma, lembro-me ainda de sentar-se ao seu lado e de admirar sua maneira de pensar e, se pudesse, teria estado mais ao lado dos dois durante o término; pois estava quase impregnado em meu ser verdadeiro, o sentimento de responsabilidade que tinha por meus amigos e as pessoas que pareciam precisar de alguém que lhes ouvisse, não conseguia me livrar da sensação culposa que era saber que não estive ao lado de meu irmãozinho do peito durante uma decisão conflituosa e nem estive ao lado da nipônica durante a mesma decisão, esta que certamente, lhe afetaria de outra maneira. Mas o que pensei, não parou em mim, foi de concordância mútua que a tensão entre os dois ex amantes parecia pesar sobre o ar. Ela foi embora sem muito interagir. Aliviado com a situação, quase não percebi a chegada de Emília, outra ex de Joca (?) e goleira dos Carcarás.

João ainda parecia abalado, mas Ventura logo voltou ao seu estado inicial e passou a falar de Quadribol com a garota, insinuando até, que em jogos anteriores meu time ganhara por favoritismo arbitrário. – Ano passado o Jaguar ganhou por mérito próprio, nós precisamos de nossos dias de glória também. – Lhe dei um soquinho no ombro ao aproximar-me da dupla; agora que o crossfiteiro tinha vislumbrado uma momentânea liderança, instigava o grupo a sair da loja. – Certo! Teve uma festa de réveillon, mas não fui. Tive minhas desconformidades com meu pai e acabei passando as férias pelas boates parisienses. – Ao apoiar a mão na cintura, e jogar os cabelos para os lados, fiz minha demonstração de esnobismo exacerbado. – Por sinal, recebi seu cartão, e fico extremante feliz que não tenha encontrado com os alienígenas, eles tentariam te sequestrar, então eu seria obrigado a socar extraterrestres por roubarem meu Dorinha.

Ao sairmos à feira, senti-me novamente a menor formiguinha em um formigueiro gigantesco. Formou-se o grupo dos poliglotas fluentes em alemão e, mesmo que conhecesse a língua, não quis me juntar ao trio, assim como não me senti à vontade para prosseguir um diálogo com Emília, que estava próxima à Helena. Puxei meu celular plugado aos fones e me pus a distração de escolher alguma playlist em meu spotify. Caminhando ligeiramente mais rápido do que o habitual, não percebi minha aproximação ao trio sextanista, sendo puxado quase que violentamente por Alice, que aparentava se sentir mais deslocada ainda. Entreguei um lado de meus fones para ela, deixando-a me guiar para longe do bonde. “Mas que ideia terrível a minha”. Sempre esqueço que Pegoretti gosta de poções. – Alcezinha, por que insisto em te deixar conduzir? Sabe que não gosto dessa matéria. – Fiz beiço ao reclamar de suas decisões, mas a verdade é que estava mais incomodado era com a presença de João na mesma tendinha. Ou melhor, incomodado com as investidas de Alice sobre João Carlos. Não que gostasse de algum deles romanticamente, mas o incômodo nascia por saber que Alice não revelaria seus sentimentos pelo mesmo e, sendo lerdo como sempre foi, Joca a machucaria sem perceber. Era incrível a capacidade jovial de problematizar relações amorosas simples que teriam tudo a dar certo.

Seguindo minha lista de prioridades, comprei meu kit logo após Alice. – Ei! Me espere! – Bradei ao entrever que a mesma saía apressada em direção a outra loja. “Borrão de tintas” foi o que disse? Peguei minha sacola afoito e deixei o dinheiro no balcão, saindo a passos largos na direção que Bissoli parecia tomar. Segurei em seu pulso sem que lhe apertasse. – Garota! Vou com você, okay? – Passei o braço entre seus ombros, e lhe agreguei a mim, dando-lhe um beijinho na testa. Arrumei em minha mão a sacola que carregava e peguei a que Alice levava consigo também. Antes que pudesse reclamar como seu jeito durão de se mostrar independente, lhe lancei um olhar cansado junto ao suspiro que veio em sequência. – Vamos só concordar que você leva as outras coisas. – Empurrei meus ombros aos seus, sabendo que esta concordaria com a decisão, mesmo que talvez possuísse certa relutância. A arrastei para a livraria/papelaria onde continuamos a compra longe do restante do grupo.

Já no caixa, pendurado ao lado da amiga a quesito de preocupação com seus surtos de ansiedade em meio a multidões, pude, enfim, organizar alguns de meus pensamentos, tais como: “Puts, esqueci de perguntar para Helena sobre como Luca estava”. Mas deste, talvez seja mais fácil me comunicar pelo witchgram. – Alcezinha, você perguntou a Helena sobre o Luca? Espero encontrar com ele no embarque. – Imagino que Alice gosta de implicar com o Coelho, mas não lembrei deste fato ao perguntar sobre ele. O que pode ter parecido uma alfinetada, foi de fato apenas desatenção.

Compras:

obs. Foi mal, galera, confesso que não sei direito nem o que escrevi. Peço desculpas se alguém levou vácuo e pelo post meio mixuruca.

05 posts • Alce + Helena + Ventura + Joca • Roupas leves • Galerias da 25.


andes

I'm just a poor, wayfaring stranger
Lúcifer B. Farias
Lúcifer B. Farias
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Sáb 25 Jan 2020 - 10:38
Compras com ela
The truest wisdom is a resolute determination


Posar na casa de Ayla estava se tornando um costume diário, basicamente eu não tinha motivos para posar na minha residência, minha irmã estava possessa de ciúmes, meu pai era um chato que queria controlar o mundo todo em suas mãos. Naquele momento senti o peso de Ayla sobre meu corpo e ela chamando minha atenção animada - Ah, a gente tem que ir comprar? Ok... - respondi em tom desanimado - Por que não ficamos um pouquinho aqui?

(...)

Ficamos um longo tempo ali, quietos e também atrasados, até que Rafael surgiu como um inquisidor na porta, mandando que ambos fossem se arrumar e ir logo para a 25. Ayla correu para o quarto e eu para o banheiro, vesti uma roupa simples e fui para onde todos estavam, esperando para partirmos, e partimos.

Na chegada eu e Becca fomos arrastados para uma loja, nela aproveitei para comprar os livros da lista, e também para carregar as coisas de Ayla, não tinha muito o que fazer lá, não gostava muito de compras. Mas ela gostava então eu fazia tudo de bom grado sem me preocupar.

- Vamos lá na outra loja para comprar o kit de poções então. - sorri para ela e segurando sua mão enquanto caminhávamos - passamos mais algum tempo em compras e finalmente terminamos, eu carregava uma tonelada de coisas e agora a gente precisava arrumar as malas para ir, o ano ia começar.





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Emília Martinez
COMASUL » Funcionário da seção 1
Emília Martinez
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COMASUL: Pesquisadora Responsável por Tierra Viva (Estagiária)
Sáb 25 Jan 2020 - 12:03
Aquele momento que você se apaixona pelas coisas que não terá durante o ano
Galerias da 25 - compras – Vassouras + Feirica
Quando acordou aquela manhã a goleira estava ansiosa, empolgada e radiante. Emília não gosta muito de fazer compras, mas, naquela manhã era diferente. Finalmente chegara o momento tão esperado das compras escolares. Àquelas compras anunciavam, decerto, que o retorno ao castelo escondido  no centro da floresta amazônica estava perto. Isso enchia o coração da morena do mais puro entusiasmo e ao pensar sobre o retorno à escola sentia algumas palpitações agradáveis no peito, resultado do seu estado de euforia.
Por isso, essas eram compras diferentes!
Quando trata-se de compras, nas outras ocasiões sempre está com sua avó. A mais velha gosta desses programas de sair para olhar as vitrines, caminhar, caminhar mais um pouco e conversar. Muito embora, durante essas caminhadas as Martinez não comprem nada, Emília sempre aproveita a companhia de sua avó.
Justina Martinez é uma mulher sabia, esperta e não tem aquele aspecto mórbido e amargurado que a maioria dos adultos carregam consigo. A vovó Tina sempre tinha notícias engraçadas para compartilhar e a pequena Martinez arriscava-se a dizer que a mais velha era uma máquina de produção de memes. As tardes com Tina eram sempre divertidas. Além disso, durante seus primeiros anos de vida foi com a avó que compartilhou seus anseios e preocupações infantis.
Quando chegou ao caixa da sua loja favorita — Vassouras e CIA — foi que a Martinez se deu conta do quão era grata a mulher que cuidou dela por esses longos quatorze, quase quinze anos.
 Esses breves pensamentos quase fizeram a Martinez perder o anuncio vindo do caixa. O mesmo anunciava que a jovem jogadora de quadribol tinha ganhado a promoção da loja, aquele dia. O capacete e o card animado que a goleira escolhera a pouco saíram pela incrível bagatela de zero reais.
— Amo esse lugar. Se soubesse disso antes com certeza teria comprado mais coisas... — Disse para si mesma, mas deixou que a vendedora de artigos esportivos ouvisse seus pensamentos, em um cumprimento educado sorriu para a mulher e se despediu.

Seu sorriso alargou quando avistou a sua trupe. Foi nesse momento que não pensou duas vezes e pulou em Helena. Às vezes, Emília empolgava-se demasiado, mas para sua sorte, seus amigos sempre estavam apostos para salvar-lhe de maiores constrangimentos.  Helena a abraçou com a sua costumeira e tão maravilhosa empolgação.
Jota, por sua vez, estava atrás das meninas e as impediu de ir ao chão junto com as sacolas. Esse menino era um amor! Logo, o crossfiteiro puxou a nova goleira do Carcará para seu familiar abraço, era uma espécie de abraço de urso, ao modo de João Carlos Peixoto.
A Martinez e Peixoto têm uma história. Ela é longa em alguns aspectos e muito curta em outros.
Quando a morena ainda estava no primeiro ano fez duas grandes amizades: Lena e Joca. A primeira era da mesma sala e foi natural a aproximação das duas, tinham muitas coisas em comum, a surpresa maior foi o crossfiteiro que verdade seja dita, na época não era tão assim da turma dos músculos, como é hoje, mas sempre teve essa personalidade encantadora e amável.
Emília conhecia uma parte da história do garoto e ele conhecia uma parte de sua história. Na verdade, ele ajudou-a a montar grande parte do quebra-cabeça familiar de Emília, pois a moça sempre acreditou não ter irmãs, mas, Jão foi o primeiro a notar a semelhança entre Callie e Magda com ela e aí, pah! Eram trigêmeas e aparentemente foram separadas ao nascer. Cada uma cresceu em um lugar diferente da America do Sul. Daí, uma amizade improvável surgiu.
As coisas ficaram estranhas de verdade ano passo, em meio as confusões de CasteloBruxo o casal de amigos envolveu-se nas próprias confusões adolescentes  e começaram a namorar. Namoraram por quase um ano, mas, viram que não era bem isso. Eles funcionam melhor de outra forma, apenas como amigos. Assim, Emi reuniu toda a sua coragem — uma característica admirável e forte na goleira —, e tomou a iniciativa de terminar com Jão.
O engraçado daquela situação toda era que a Martinez realmente amava o Peixoto, se pudesse o colocaria em uma caixinha e o protegeria a vida toda, porém, não é um amor romântico, se ela pudesse definir, certamente, diria que era algo fraternal.
Os braços largos de Emília envolveram os pescoços dos amigos e ela seguiu tentando responder as perguntas deles:
— Pois é! Não estava nos planos vim hoje. — Respondeu com sinceridade, caso fosse teria combinado com Lena previamente, mas, por outro lado Emm gostava de surpresas como aquelas. — Maaaaas, você sabe como sou. Não sou fã de seguir planos. E, sim... Aquelas duas ficaram em casa. As preguiçosas vão deixar tudo para o último dia, como sempre. —Emília no momento estava mais pensativa que de costume. — Pra falar a verdade nem sei se elas conseguiram se matricular. Talvez, virem escoteiras mundo a fora. — Disse e foi impossível um bico não formar-se em seus lábios. Não queria se afastar das irmãs durante as aulas, mas pelo pouco tempo que estiveram juntas sabia que quando colocavam algo na cabeça era impossível tirar.
Desde que ficaram sabendo que a CasteloBruxo é obrigatória, apenas, até o quarto ano as irmãs cogitam não retornar para o quinto, sobretudo, depois dos acontecimentos do ano passado.  Tinham suas próprias cruzadas individuais para cumprir. As irmãs de Emília tinham planos para descobrir quem eram seus pais, seus verdadeiros pais.
Durante as férias as irmãs reuniram provas sobre o possível paradeiro deles e estavam animadas para seguir a pista, mas, a goleira declinou. Não estava querendo saber, pelo menos não naquele momento, mas com certeza um dia iria querer saber.
Depois de responder as perguntas dos amigos foi a vez de abraçar Vicente. Emília e ele ficaram bem próximos após os vários treinos para conseguir a vaga no time Carcará. Ventura era incrível em campo e fora dele. Era um excelente batedor e Emília tinha certeza que o amigo seria capitão dos Carcará. A goleira torcia por isso, mas evitava comentar. O assunto deixava Vicente ansioso e estressado.
— Eu nasci pra isso, Ventura. Estou mais que pronta! — Comentou dando o melhor sorriso. Era uma verdade, acho que dentre os amigos ninguém aguardava mais esses jogos que a Martinez, só de pensar nela o frio percorria a barriga. — Bah, aquela mulher era medonha. Roubou para os jaguar na cara dura e ainda quis tirar mais pontos da gente no final. Foi revoltante. — revirou os olhos ao lembrar da temporada passada. Nesse momento, Andes retrucou e deixou os meninos resolverem. Não queria ser expulsa da sua loja preferida.
Muita coisa estranha aconteceu em CasteloBruxo ano passado, Emmy esperava que esse ano fosse menos esquisito.
Antes de continuar com a empolgação sobre os jogos cumprimentou os demais, abraçando-os também. Andes parecia perdido, tentava se encontrar no meio daquele tanto de aluno que chegava, se juntava ao grupo e provocava certo tumulto na loja de artigos esportivos.
Gigi, prima do Joca, tinha voltado da França para alegria de uns e desespero de outros e pelo pouco que Emí entendeu das conversas paralelas o idioma de Giovanna agora era o Francês.
— Pensei que não fosse voltar mais, guria. Afinal, como foi lá? — Giovanna precisaria ser atualizada dos últimos acontecimentos, mas, Emília julgou que ali não era o melhor momento para as atualizações que vinham em sua mente.
Por fim, cumprimentou Alice. Emília admirava a vice-presidente do CA, ela sempre tinha as melhores ideias em CB, mas, não pôde deixar de notar que a metamorfomaga ficou um tanto desconfortável com a sua chegada. Honestamente, esperava ser apenas uma impressão.
— Como vai Alice no País das Maravilhas? — Era inevitável não lembrar da referência quando o assunto era Alice.
Após os devidos cumprimentos, voltou-se para Ventura e Helena: — Ei, olha por falar em jogos. Vocês não vão acreditar na surpresa que tive, sério. Eu amo isso aqui— Disse ela apontando para a loja enquanto continuava a contar o acontecido —mas, agora amo mais que tudo. Acabei de ganhar esse capacete e esse card numa promoção. Já estava imaginando pagar por eles quando a moça passou os produtos e disse que era grátis, fiquei chocada. — Disse levantando a sacola para o grupo ver.
Assim, todos foram ao caixa pagar por suas compras, mas, ao que parece nem todos tiveram a mesma sorte de Emília.
Quando Lena retornou a morena entrelaçou o braço ao dela e aguardaram pacientemente o restante da trupe.
—Ei, Len... Como foram suas férias, hein? A gente não pôde conversar muito dessa vez... — Falou pensando nas férias chatas que teve esse ano, o que salvou a goleira aventureira foram os treinos no jardim de casa com as irmãs. — Como as meninas estão em outra “vibe” estive pensando em ficar na sua casa até a data do embarque... Será que tem problema? — Perguntou mordendo o lábio inferior. Esperava que tivesse uma resposta positiva, mas, estava insegura, pois foi uma ideia muito repentina, talvez, Helena não pudesse ou pior não quisesse.

Logo, todos estão fora da primeira loja e secretamente a Martinez dá graças a Caipora por João ir na frente liberando o caminho e organizando o comboio.A Galeria dos vinte e cinco estava ainda apinhada de pessoas.
Esse é o efeito que às compras escolares provocam em todo mundo sejam eles trouxas ou bruxos. E, óbvio, estamos faltando adolescentes e organização e “padrãozinho” não é bem uma coisa que bruxos adolescentes costumam fazer. Um minuto depois, todos estavam conversando entre si e tentando chegar sem pisões no pé a Feirica.
Martinez, Ventura e Alcaide mantinham um papo animado sobre quadribol, os jogadores tentavam convencer dona Margot a inscrever-se para teste de líder de torcida, porém a moça desviou o assunto e foi em busca do kit avançado de poções. Aquele não era o lugar preferido de Helena Alcaide. Provavelmente, queria adentrar uma boa livraria.

Emília, por outro lado, soltou-se da amiga um instante e acabou ficando sozinha no meio da Feirica, sua atenção foi completamente tomada pela infinidade de ervas existentes ali. Se a menina não sonhasse em profissionalizar-se em quadribol bem que poderia se tornar uma herbologista. Tinha muita afinidade com as plantas, afinal. Em meio ao devaneio com as plantinhas é, então, surpreendida com a aproximação de Vicente algum tempo depois.
— Ei, sempre bom se benzer, né? Afasta o mau-olhado dos Jaguares. —Disse, depois de uma risada sincera, entrando na brincadeira do batedor.
Ainda ria divertindo-se da gozação contra o outro time de CasteloBruxo quando sentiu as bochechas ruborizarem levemente com o raminho de alecrim que o outro gentilmente colocou atrás de sua orelha. Emília adorava alecrim, despertava as boas memórias da sua infância em território argentino.
A jovem sempre lembrava-se do teatro de fantoches ao ar livre que sua avó fazia transportando totalmente a menina a outro mundo, um mundo que nem precisava de uma varinha mágica para ser encantado, só precisávamos de um pouco de imaginação.
Os comentários quadribolisticos chamaram a atenção da garota de volta para a realidade. A temporada foi alta para os times de quadribol e Emília conseguira a imensa proeza de não perder um jogo sequer.
— Cara, foi demais. Adoro os torneios que ocorrem no País de Gales, a organização sempre arrasa quando os torneios são lá, as manobras ficam até mais interessantes do que já são, aff. Aquelas manobras com a vassoura... Ai, meu coração, tudo pra mim. — disse. A menina sabe que as Harpias é o único time de quadribol predominantemente feminino, mas, não podia negar também que fica muito empolgada com os Canhões de Chudley, afinal, o time ainda era uma lenda, mesmo depois de alguns anos sem vencer os campeonatos. — Também achei que elas estranhas nessa partida... Pareciam azaradas... Ei, você viu a jogada nova que o batedor do Canhões? Lembrei de você na hora... Foi uma mistura Rebate Falso com Giro da Preguiça. Tinha tudo para dar errado, mas deu certo e eu fiquei boquiaberta! — Concluiu recuperando o ar, tamanha a empolgação. As palavras simplesmente saiam de sua boca mais rápido que ela conseguia controlar e sentiu que podia fazer isso horas a fio com Vicente.
A menina gargalhou com a aproximação do amigo crossfiteiro que aproveitou-se do lema dos Carcará para brincar.
— Claro, afinal, como é que fala aquela música. — Fez uma pose pensativa levando as mãos ao queixo. — Carcará é malvado, é valentão. — Riu. Emília sabia que não chegava a tanto, mas, esse ano eles estavam determinados a ganhar e iriam se esforçar demais nos treinos para isso.
— Pra saber isso vai ter que assistir os jogos, Peixoto. — Respondeu a pergunta dando uma piscadela para o amigo. Na verdade, Emília passou boa parte das férias praticando e ela esperava estar à altura dos Carcará.
Depois Jão entrou no tópico delicado para Ventura, o estresse era visível em seus olhos, mas, Joca era um cara sensível e tornou tudo uma brincadeira quando deu um beijo estalado nas bochechas do batedor.
Os adolescentes avançaram nas barracas da Feirica e pouco a pouco iam comprando o material. Em um stand se encontrou de novo com Helena e despediu-se dos meninos entrelaçando-se ao braço direito da menina.
Depois que ela comprou o Kit de poções avançados era a vez da Martinez. Assim que a goleira pagou pelos materiais as amigas rumaram para a loja que Emília tanto queria. A livraria.
Joca + Vicen + Lice + Lena  + Andes  + Gio  + Sak  + um comboio  
by emme

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Rebecca Torres Dias
TLC » Artista
Rebecca Torres Dias
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ARTISTA: Música Profissional
Dom 26 Jan 2020 - 0:34


Compras

Abrir os olhos ao sentir os raios do sol em meu rosto. Tentei lutar para mantê-los fechados por mais algum tempo, mas, foi em vão. Então, abri os olhos e instantaneamente sorri ao ver Gabriel adormecido ao meu lado. Aquele homem provocava coisas diferentes por meu corpo, coisas essas que nunca havia sentido.
Fiquei alguns instantes admirando o seu sono tranquilo que me arrancava sorrisos e vontade de beijá-lo, contudo assim que minha mente foi despertando alertou-me sobre meus afazeres do dia.
— Ah, pela Caipora. — Resmunguei, levando as mãos ao rosto, revelando também minha preguiça em levantar ali. Procurei pelo relógio na cômoda ao lado da cama e sobressaltada pulei da cama, olhando um minuto para trás para ver se tinha acordado o homem. Pelo visto não, Gabriel tinha um sono pesado, para minha sorte.
"Merda, estou atrasada. Prometi às crianças que faríamos as compras hoje."
Apressada, calcei os chinelos e envolvi meu corpo nu em um roupão dirigindo-me até meu banheiro para cuidar da minha higiene pessoal.
Utilizei um feitiço para abafar os sons, afim de não acordar o moço que estava a poucos metros de distância adormecido em um sono profundo, certamente cansado pela noite anterior. Foi engraçado como tudo aconteceu e certamente não foi planejado.  
Em poucos minutos estava pronta e antes de sair do quarto escrevi um bilhete.
"Fui levar às crianças para fazer às compras. Cuide-se. Amei nossos momentos ontem."

*******

Após tomar um gole de café preto e consegui reunir todas as crianças Ferreira Dias com a ajuda do mais lindo irmão do mundo — vulgo, Rafael — utilizamos a Rede de Flú para chegarmos a Galerias da 25.
— Seguinte galerinha, prestem atenção aqui um minuto. — Disse chamando a atenção das crianças para mim. — Sei que vocês não estão aqui pela primeira vez, mas daqui a pouco esse local estará um pandemônio, dessa forma, busquem andar em duplas e não sozinhos. Hoje, vamos tentar dar conta dessa lista de materiais. Vamos tentar comprar todos juntos, mas caso vocês se distraiam por algum motivo a Vassouras e Cia é nosso ponto de encontro. — Nós, Ferreira Dias, tínhamos inventado essa referência porque a Vassouras era uma loja vistosa e que agradava de uma forma ou outra a maioria dos familiares. — Agora, quem quer escolher a primeira loja?

A ruivinha foi a primeira a indicar por onde começaríamos a  maratona de compras e ao olhar os olhos dos meus irmãos e primos, pela compra dos livros. Graças aos pelos ruivos da Caipora havia colocado uma roupa confortável. Prendi os cabelos em um grande rabo de cavalo e segui Ayla até a loja indicada.
Passamos um quarenta minutos ali dentro, aproveitei a empolgação de Ayla e comprei um livro novo sobre medibruxaria para mim.
Enquanto Ayla olhava todos os livros de maneira entusiasmada não podia deixar de notar o modo atencioso e cheio de amor que Lúcifer olhava para a minha irmã.  
Ao olhá-lo percebi que Ayla estava crescendo, crescendo rápido. Isso me deixava feliz, mas também muito preocupada.
Aliás, Lúcifer é o próximo da trupe a escolher uma loja para ir e todos concordamos que se livrar da Feirica faria bem para o comboio dos Ferreira Dias.
— Então, vamos a Feirica! Lembrem-se alunos do quinto ano em diante devem comprar um kit de poções avançado. Cuidado para não se confundirem com os materiais do ano passado. — Disse enquanto supervisionava atentamente todos eles solicitando os devidos kits escolares.
Dei uma olhada na lista e voltei a olhá-los
— Temos os livros, os kits... Onde querem ir agora? — Perguntei e aguardei a resposta deles.
 

Compras na Galerias da 25 com os Ferreiras Dias




Alice Bissoli Pegoretti
CASTELOBRUXO » Coordenadora
Alice Bissoli Pegoretti
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CASTELOBRUXO: Coordenadora da escola
Seg 27 Jan 2020 - 23:27
Caminhar para o lado oposto daquele aglomerado de gente era como nadar para fora da correnteza do mar, e o que para a maioria simbolizaria manter-se seguro, para Alice parecia tão… errado. Estava fazendo aquilo por que era o mais seguro para si ou simplesmente por que tinha medo de se deixar levar por tudo que estava sentindo? Não foi surpresa para a garota a nova mistura de sentimento que lhe invadiu as sensações quando Andes lhe tocou o pulso, insistindo em acompanha-la, e mais ainda quando o amigo lhe puxou pelo ombro, sincronizando seus passos para que caminhassem lado a lado sem que a Pegoretti pudesse escapulir daquela situação. Não que ela fosse fazer isso, afinal, independente de qualquer coisa, o Santiago era um de seus meninos favoritos do mundo todo. Um sorriso escapou dos lábios alaranjados da metamorfomaga quando encarou, desacreditada, o quintanista que lhe tomara a sacola com seu kit recém comprado e recebeu tal comentário engraçadinho dele. – Chato! – limitou-se a dizer ao mostrar a língua em uma careta para o amigo, mas o braço da menina rodeando a cintura do outro em um meio abraço enquanto caminhavam indicavam o extremo oposto.

Não muitos passos foram necessários para que se vissem dentro da livraria Borrão de Tinta, e por mais que fosse a loja que a morena mais gostasse, não se soltou do Baiocchi para zanzar por entre as tantas prateleiras da loja, o arrastando consigo por onde passou. Felizmente, ambos do mesmo ano, tinham os mesmos livros para comprar, de forma que com a mesma rapidez que entraram e andaram pela loja, pagaram suas compras no caixa e dali se retiraram. Mas.. é, talvez comprar os último matérias do quinto ano tão rápido não tivesse sido uma decisão dão ‘feliz’ assim.

Assim que voltaram à ruela, caminharam mais um pouco até que o letreiro colorido da loja de bugingangas atraiu a atenção da menina. – Aquilo ali é um kit de lembrol peludo? Ou é um pomo de ouro de pelúcia vermelha? – perguntou para Andes, rindo e desvencilhando-se de seu abraço para chegar mais perto da vitrine e entender o que era aquilo. Foi quando ouviu um “Ei! Garota!” e virou-se para o lado que Alice viu-se cara-a-cara com uma mulher de cabelos curtos, levemente alterada e nervosa – para não dizer surtada – a mandando “vazar”. Naquele momento, a menina simplesmente encarou a mulher com uma perfeita expressão imitada de uma personagem de desenho animado que gostava, a Lisa Simpson, mas aparentemente sendo ignorada pela esquisitona, simplesmente voltou para perto de Andes, em choque.

– Sou eu ou o povo tá bem mal educadinho hoje? – perguntou apenas por perguntar, sabia que a resposta mais provável seria ambos. Caminhou um pouco para o lado, de frente para a Feirica, e lá viu a galera ainda reunida e conversando, o que a fez se perguntar por que o Santiago não estaria com eles. – Olha.. tu pode ir pra lá de novo tá? Sou cobra criada de Sampa e das Galerias, já, sei sobreviver sem um Andarilho pra me guiar por aí. – brincou com o apelido que dera ao menino anos atrás, mas embora um sorriso estivesse estampado em sua face, o olhar recentemente formado de íris azul-céu era de pura ansiedade. ”Droga! Que idiota!”, martirizava-se em segredo. Por que mesmo sentindo-se tão fora do grupo Alice continuava colocando-se a prova? Que necessidade era aquela de querer saber ser parte das prioridades de alguém? Antes que pudesse concluir qualquer pensamento ou mesmo prestar atenção na resposta do menino, ouviu o sininho da porta da loja de artefatos badalar e virou-se naquela direção em um gesto automático, apenas para encarar de novo aquele rosto feminino que agora beirava a insanidade.

Um conjunto de duas palavrinhas com “B” nunca assustaram tanto a Bissoli como naquele dia. Um “Bu” seguido de um “Bombarda” que certamente lhe chamuscaria os cachos caso estivessem soltos foram suficientes para paralisar a metamorfomaga que agora tinhas seus cabelos e íris esbranquiçados, em uma ausência de cor, revelando não exatamente a falta de sentimentos, mas a elevação de um dele em particular: o medo. Medo daquela insana, medo do que ela poderia fazer consigo, medo do que ela poderia fazer com seus amigos ou qualquer um naquela viela. ”Caramba, o que será que ela fez dentro da loja?” A mente da menina queria perguntar ao perceber um clarão pela vitrine do estabelecimento, mas de sua boca não saía um único som. — Eu falei pra sair daqui, porra! – berrou a bruxa aloprada, fazendo com que Alice desse um pulo e então agarrasse o braço de Andes, o puxando para o outro lado das lojas.

Com os olhos assustados, Lice acabou acompanhando o restante do percurso da mulher incendiadora de barraquinhas, e foi quando as memórias lhe vieram como um choque elétrico, a fazendo prender a respiração. Lembrou de Rick, ou melhor, Henrique, o idiota que havia enganado e tentado se aproveitar da menina um ano atrás, na noite de ano novo. Bêbado, naquela noite, Henrique tinha o mesmo olhar daquela louca, e o sorriso do mal dela lembrava Gorete de como os outros garotos riam de sua cara assim que ela percebeu o que acontecia naquele jogo idiota. ”Merda, merda, merda!” Foi só quando viu a bruxa descontrolada desaparatar dali que conseguiu respirar direito permitir-se focar em outras emoções.

Suas tranças, aos poucos, eram tingidas de preto, como uma mistura de muitos sentimentos, e a menina teve que enxugar uma lágrima que fugiu de seus olhos e então encarou Andes, que assim como ela estava boquiaberto sem entender nada. – Vamos ver se os outros estão bem! – falou com urgência e esperou que o menino se mexesse, para que assim ela tivesse coragem de fazer algo também.

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Off: XEEENTE sos quem mais for postar e interagir aí só diz que Alice procurou a galera de novo para ver se estava tudo bem e depois foram embora, pelamorrr chega.
What's
wrong
with me??

COM
Adarilho e uma LOUCA
ONDE
Borrão de Tinta - Galerias
OBS
SOCORRO
››MONTY‹‹



Goretti
I always say what I'm feeling, I was born without a zip on my mouth! Sometimes I don't even mean it... It takes a little while to figure me out.
Yeah
Helena M. Alcaide
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Medibruxa
Helena M. Alcaide
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Estudante/Artilheira
Qua 29 Jan 2020 - 21:32
Oh, I should be runnin'
Oh, you keep me coming for ya
Caos ao quadrado.
Helena contou tudo o que lhe ocorreu nas férias, desde os passeios feitos com a família, a festa de ano novo — e o porre de depois, que lhe rendera algumas horas de cefaleia —, às desventuras na praia — Você acredita que eu entrei na água? E que passou da minha cintura? E eu estava apavorada, MAS, tudo correu bem — completou, empurrando a porta da Borrão de Tinta, a livraria e papelaria da Galeria. E Lena estava no paraíso. A adolescente inspirou profundamente, sorrindo ao praticamente correr para dentro da loja, arrastando a amiga junto.

— É claro que você pode ficar lá em casa, quanto tempo quiser, quando quiser — respondeu à pergunta da amiga, encaminhando-se para o local onde os itens de papelaria estavam dispostos. Os olhos da Alcaide praticamente brilhavam ante as opções de capa apresentadas, e ela seria capaz de dar pulinhos e gritinhos muito infantis só com aquilo, Lena, no entanto, conteve-se. — Sabe que encher o saco do Lito é mais divertido ainda quando somos duas de nós, né?

Brincou, lançando à melhor amiga um olhar cúmplice. O irmão mais velho de Lena tratava a Martinez como uma segunda irmã mais nova, e as duas eram uma dupla caótica maligna no que dizia respeito a encher o saco do mais velho. Por mais que Carlito reclamasse, sempre entrava na onda e os três acabavam por rir. — Além disso, meus pais te adoram, se pudessem, te registravam para você fazer parte da família oficialmente. — Lena partiu para a seção dos livros, e pegou todos os que precisaria para o ano letivo que iria começar logo mais. Se perguntava como ficaria sua coluna ao ir para casa com aquela quantidade de livros na mochila, mais o kit já comprado.

E as compras ainda não estavam no fim. Ainda tinha um novo uniforme, visto que o seu estava curto demais. Entraram na fila do caixa, ambas segurando a pilha de materiais que iriam comprar, comentando vez ou outra sobre algum dos itens disponibilizados naquele ano, e sobre o assunto que as unira no início: o quadribol, e o time das Harpias, do qual as adolescentes eram fãs de carteirinha. Passaram as compras e saíram da loja com as mochilas cheias de livros. — Bem dizem que conhecimento pesa. — Reclamou a alcaide, ajeitando as alças da mochila pesada — da próxima vez vou fazer questão de trazer meu pai ou Lito só pra carregar o peso.

Foram rápido à próxima loja, Túnicas Esmeralda, e lá as adolescentes voltaram a se entreter entre olhar as opções de roupas disponíveis na loja. Lena vestia um chapéu particularmente engraçado, com penas artificiais coloridos, fazendo caretas para Emília. As duas riam, recebendo olhares tortos das funcionárias da loja. Helena colocou o chapéu de volta no suporte, murmurando um “desculpe” antes de se adiantar para o setor onde estavam os uniformes escolares.

Foi quando o caos, ao menos do lado de fora da loja, aconteceu. Explosões foram ouvidas e muitas pessoas entraram correndo para dentro do estabelecimento, assustadas. Lena segurou Emília e se abaixou junto com a amiga atrás de uma das araras de roupas, os olhos arregalados observando a vitrine da loja. Pessoas corriam enquanto outros estouros aconteciam, era possível ver alguns destroços indo em direção das lojas próximas do epicentro... A Feirica.

Helena arregalou os olhos ainda mais, pensando nos amigos que ficaram para trás, conforme as duas se adiantaram no trajeto — embora nada daquilo tenha sido exatamente planejado pelos adolescentes. Esperaram que as coisas do lado de fora se acalmassem, antes de sair à procura dos amigos.

Por sorte, nenhum deles parecia ter se ferido. — Vocês estão bem? — perguntou ao chegar onde estavam, olhando de um para o outro, preocupada, por mais que Emília fosse a única ali de quem a Alcaide fosse realmente próxima. Nenhum deles parecia confortável em continuar as compras no momento, e Lena respirou fundo antes de prosseguir: — Acho... acho melhor a gente ir embora... Vai que a lunática que fez isso volta, ou algo assim.

O restante do grupo concordando, encaminharam-se para a saída das galerias — Lena enlaçou um braço ao de Emília e o outro ao de Alice, percebendo a amiga muito mais abalada do que os outros —, o humor muito pior do que quando chegaram.
COMPRAS:

Obs: Saída válida pra todo mundo participando da interação que quiser encerrar a postagem aqui.
VULPVELOX ⛛


Sitting and watching the world going by, Is it true when we die we go up to the sky? So many things that I don't understand Put my feet in the sand when I'm walking in the sun...Walking in the sun
Corujita
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Corujita
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Ama bisbilhotar e fuxicar
Ter 26 maio 2020 - 18:55
encerrada
seu desejo é uma ordem!

pru pru
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