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Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
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Utilizando uma blusa social de coloração rosa claro de manga longa que até então se encontrava dobrada até o antebraço e desabotoada até um terço do seu peitoral. Sua calça que sempre usava para as aulas, pois era a única que não o permitia escorregar ao voar no cabo da vassoura.
Damon encontrava-se no meio do campo aguardando a chegada dos alunos, cada um que fosse chegando, o professor mandava buscar os seus pertences da aula de voo, caso não tivessem, poderiam pegar emprestado da escola, mas teriam que arcar com os custos caso quebrasse. Ele com um sorriso bondoso nos lábios e um olhar gentil, disse. – Boa tarde. Como todos sabem, eu sou Damon Torres... Sim, eu sou primo da professora Bianca que proporcionou uma aula incrível para vocês na semana passada. Iniciou quando todos estavam ali presentes. – Pois bem, fiquei sabendo que o professor antigo de vocês não lhes dava permissão o suficiente para voar e que isso é realmente bem chato... Cabisbaixo, ele abriu levemente a boca e cerrou os olhos. – Então decidi que está na hora de demonstrar como é ser agressivo no quadribol, e se estão realmente preparados para sofrer as consequências de um jogo do qual eu chamo de derruba e caça. Disse ele com um sorriso um tanto maligno nos lábios, mas que disfarçou sem sombra de dúvidas, perfeitamente. – Vou dividir vocês em dois grupos, o primeiro grupo vai enfrentar o segundo em uma partida, mas relaxem... Tentou tranquilizar a todos. – Vou tentar ser o mais justo possível e não vou deixar um grupo inteiro com alunos experientes em voo.
Respirou profundamente e o olhar parecia mais sério. – Já informo que será uma caça ao pomo de ouro com algumas alterações... E quem não quiser jogar, bem, já pode desistir agora. Andou de um lado para o outro, falando um pouco de como será a aula. – Todos vão atrás do pomo. Você terá permissão para tentar derrubar um colega do time adversário... Entretanto caso tente derrubar um aliado da vassoura, um balaço encantado por mim irá te perseguir até o inferno e já adianto que será bem difícil de se livrar dele. Mas acho que... Ninguém tem rixa com algum coleguinha aqui ou tem? Pois seria uma pena se eu colocasse a pessoa no próprio time... Só que é claro que ninguém é idiota de tentar fazer isso, num é mesmo? Soltou um riso e ergueu a mão numa tentativa de acalmar. – Mas calma, eu não sou tão mal assim, caso esteja em uma situação arriscada é só gritar o meu nome, ele é curto, fácil de dizer e provavelmente vou conseguir interferir em casos graves... Arqueou a sobrancelha, confiante no que estava a fazer. - Não teremos golem nesse joguinho até porquê o foco, como eu já disse, é o pomo de ouro. Vocês podem pegar o bastão para se defender dos balaços, mas para aqueles que usarem ele para mirar no amiguinho (aliado)... Eu garanto que será uma péssima ideia. Olhou de modo rápido todos os alunos e disse. – Ergam-se, vamos! Damon sentou-se na vassoura e ficou a alguns metros, aguardando os alunos a ficarem na sua linha de frente. E assim ele teria uma visão ampla de quem é realmente ruim ou não, se está fingindo voar bem ou se é tão experiente quanto o professor. E começou a separar os alunos.
- Considerações:
- Já peço perdão pela troca de aula (Não me matem) Percebi que será mais fácil, de fato, ser guiada.
Por sorte ninguém ainda começou, de fato, a lançar os dados da aula anterior, então é só transferir o post (E editar se possível) para cá e esperar a segunda rodada.
Nessa primeira rodada vocês só precisam narrar a chegada, escutar, voar e ficar a poucos metros a frente do professor e aguardar a formação dos times.
Dia 30, as 18H, eu começo a outra rodada com os times montados e ai o jogo de derruba e caça começa.
Colocarei as regras de uma forma melhor na segunda rodada para que vocês não fiquem confusos. <3
A dinamica vai ser bem parecida da aula que havia feito, além das consequências de derrubar um aliado, terá também a de derrubar um inimigo, mas esta será bem mais branda. Os balaços normais também estarão no jogo, passando de vez em quando para tentar derrubar algum de vocês.
Como o post inicial é só de chegada, não tem o porque de ficar com preguiça de postar, né? Não estou pedindo algo gigante, mas tenha o bom senso kakaka
Última edição por Damon Carvalho Torres em Qui 28 maio 2020 - 16:28, editado 1 vez(es)
♛
- Ai, quer me mandar pra enfermaria de graça, trancoso? - Reclamou para o rapaz que quase o atropelara no ar.
Diferentemente da maioria, Álvaro focou em tentar localizar o pontinho dourado que consistia no Pomo de Ouro. Voava e pesquisava onde seus olhos poderiam captar o reluzir do objeto. Enquanto alguns já pareciam querer se derrubar da vassoura, ele afastou-se, passando a circular pelas margens do campo de quadribol. Como dizia o velho ditado de Dona Aninha, o melhor era comer pela beiradas. A refeição pareceria bem melhor depois. Seguindo sua estratégia simplória, Álvaro não percebeu o balaço de primeira. Estava sendo perseguido por um daqueles infortúnios. O menino, ao notar a perseguição, fez um movimento para a esquerda e tentou desviar, não sabia se conseguiria ou por quanto tempo seria capaz de enganar o balaço. Colocou um pouco a mais de velocidade em seu vôo, teve a impressão de avistar um brilho reluzente mais acima do campo.
- Me ajuda, meu Senhor do Bonfim. Aí! - Outra pessoa passará e quase o atropelara. De novo. - Alguns palavrões ocuparam a mente do baiano, sua falta de paciência estava gritante naquele dia.
Continuou sua investida para subir mais, a vassoura deslizou pelo ar e chegou um pouco mais alto do que antes. O menino parecia ter tudo sob controle, enquanto as pessoas se batiam mais agressivamente. Aquilo seria melhor para que ele conseguisse a façanha de apanhar o pomo de Ouro. Tudo corria devidamente bem,¥ no entanto, ao atingir o local no qual havia avistado o pontinho dourado, uma figura se equiparou a ele. Era um outro rapaz de sua idade, Álvaro o conhecia apenas de vista, sabendo que seu nome era Rômulo. A propósito, aquele nome não era dos seus favoritos. O jovem bruxo deu um sorriso para ele, podendo-se dizer que foi um sorriso meio debochado e amigável, uma boa mescla das duas coisas.
A "paz" não durou muito tempo no local, Rômulo parecia bem mais competitivo do que o menino achara previamente. Quando o outro avançou para atacar Álvaro, o baiano resolveu tentar escapar do movimento hostil e, caso conseguisse, Rômulo podia se preparar para a revanche.
- Ações:
- *Desviar de um balaço
*Possível defesa ao ataque de Rômulo
Voou em formação com os demais alunos por algum tempo, sem o mínimo sinal do pomo. Apenas seguia o fluxo de vassouras, olhando para todos os lados na esperança de encontrar a bolinha dourada e, se encontrasse, que a vassoura que mais tremia do que voava conseguisse aceleração o suficiente para faze-lo vencer aquela prova. Não tinha bem o perfil de um apanhador, né? Mas, no momento, seu desejo msis profundo era conseguir entrar para um dos times da escola e vencer aquele desafio era a forma perfeita de se provar capaz.
Notando a total falta de noção de todos voando numa mesma direção o Torres voltou sua vassoura para o alto e subiu alguns metros. De cima, teria um campo de visão mais amplo e ficaria mais fácil encontrar o objeto dourado que voava ligeiro — a frente da horda de vassouras, imaginada — pelo céu. Notou, então, um balaço louco indo em sua direção, na diagonal. Não havia tempo para desviar com aquela bosta de vassoura. "Merda!" O garoto levantou sua mão direita, que empunhava o bastão e o girou de encontro ao balaço com toda sua força.
Imediatamente os olhos do Torres se focaram em outro branquelo voando abaixo de si. Foi aquele vadio quem mirou o balaço no momento anterior e agora provava do próprio veneno uma bola encantada pelo professor indo em sua direção. Claro que Emília, a única aluna que podia ser considerada boa de voo, foi ao auxílio do filhote de caipora. "Você me paga. Ah, se me paga." Marcou o rosto do garoto próximo a Emília. Desgraçado.
- OBS:
- Dado 1: Defesa contra Balaço.
Dado 2: Defesa contra qualquer outro ataque.
Dado 3: Tentativa de pegar o pomo.
Estava morrendo de medo em cima daquela vassoura. Altura e eu não combinávamos e eu não sei onde eu estava com a cabeça quando decidi acompanhar Matteo até essa droga de aula. Para piorar, ficamos em times opostos, o professor havia feito a divisão de times e ele acabou no time adversário ao meu. O olhei com reprovação e ele logo notou. Eu contava que meu primo fosse me proteger, mas se ele estava no time oposto, então sem chances, principalmente com o professor enfeitiçando o balaço para que ele persiga quem atacar algum aliado. Matteo não poderia fazer nada para me proteger, e aquilo me irritou profundamente, afinal, eu estava naquela aula por conta dele e ele jurou me proteger. Eu estava assustado e com um bastão na mão. Inutilmente, pois sequer sei utilizá-lo da forma correta. Torci os lábios e pensei em desistir, mas acho que o tempo de desisti já passou, o professor não admitiria uma desistência agora que o game estava prestes a começar. Estava tão amedrontado que sequer prestei a atenção nas instruções que o professor deu. O Matteo Luis me paga, oh se paga!
O professor liberou as bolas, eu estava completamente perdido e não sabia muito bem para onde ir e nem como voar corretamente e segurar o bastão simultaneamente. Tentei ao máximo me manter equilibrado e segurei o cabo da vassoura com ambas as mãos, até com a mão que segurava o bastão. Eu ficaria desprotegido assim? Sim, mas o que eu poderia fazer? Eu ainda não tinha confiança suficiente para voar sem as duas mãos. Notei que Matteo havia feito um caminho diferente dos demais, mas uma garota que era sua aliada estava próxima dele. Foquei então em tentar procurar o pomo dourado para dar fim logo àquela tortura. Olhei atentamente para as bolas que voavam e as pessoas que circulavam no ar, fiquei um pouco confuso, mas consegui encontrar o pomo dourado. Antes que eu pudesse voar na direção dele, vi um balaço vindo em minha direção, jogado por uma garota que até então eu não conhecia. — Não, não, não, por favor... — Era rápido demais e eu tentei rebater completamente com medo. Fechei os olhos e sem medir muito bem a força do golpe, eu acabei batendo no balaço tentando devolvê-lo em direção a garota que o jogou em minha direção, mas meu bastão acabou escapando de minha mão e indo junto. Abri os olhos completamente assustado e imaginando qual desfecho teria toda aquela situação. Tomara que eu não machuque ninguém e nem saía machucado dessa.
- ações:
- IM0 para possível defesa. IM1 para tentar derrubar Pietra. IM0 para defesa do balaço arremessado em minha direção
Hello - Como vai? |
O sol da tarde já estava beirando as montanhas a oeste quando o garoto tirou seus pés da cama para dar uma volta. A pausa no período do dia das aulas tinha que ser usada um pouco para relaxar e sair para tomar um ar tinha se tornado um ambiente comum para o garoto. As roupas aconchegantes acompanhavam um típico chinelo que se arrastava com a preguiça de tirar os pés do chão.
Dessa vez decidira ir pra um lugar onde esteve pouco desde que chegou, há um ano, na instituição. Há poucos iria descobrindo cada cantinho do lugar, sempre que tomava o rumo de procurar um ambiente pra poder se distrair ou até mesmo conhecer mais pessoas e aumentar seu ciclo de amizades, que até então era minúsculo, isso desconsiderando seus amigos de dormitório já que não passava de oito alunos num mesmo dormitório e uns quatro não parecia querer muito contato com o garoto por ter vindo de fora.
Seu caminho diário agora o levou para o píer, na região lateral norte do castelo. Os moinhos giravam carregando suas águas e tendo a força necessária para gerar energia, ao lado, uma casa de barcos, também no próprio píer. Um barco não tão grande, mas não pequeno, estava ancorado próximo ao píer, dando a ótima oportunidade de dar uma olhada em seu anterior. O casco lembrava bastante antigos barcos piratas que circulavam pelas águas de Nassau há uns 300 anos atrás. As velas, guardadas e enroladas bem ao alto e alguns caixotes próximos a beirada. Nahuel subiu uma pequena escada, acima de uma cabine e sentou-se num banco de madeira que havia por ali.
Última edição por Nahuel Carnelli Kamien em Sáb 6 Jun 2020 - 19:14, editado 1 vez(es)
Un professeur ennuyeux
Foco em apanhar o pomo e desviar dos possíveis balaços sobrevoando mais alto que os demais. Admito que não é fácil enxergar um pequeno ponto dourado em uma imensidão e é admirável a habilidade dos apanhadores de quadribol mas ainda insisto em dizer que é um esporte muito violento. -Que porcaria é essa?- Definitivamente o professor não estava brincando. Um balaço havia acabado de passar frente aos meus olhos e se eu não tivesse rebatido, provavelmente estava na enfermaria e se o objetivo era atiçar a nossa ira, eu estava muita raiva de toda aquela patifaria e adoraria que tudo aquilo acabasse rapidamente.
Sorrateiramente, um ponto dourado aparece ao longe. Começo a persegui-lo com toda rapidez e agilidade que sou capaz. Por sorte, nenhum aluno do outro time encarnou em mim, me dando liberdade para voar para todos os lados atrás do bendito pomo. Com os olhos fixados nele e bem mais perto, estendo meu braço direito. O taco estava embaixo do ombro esquerdo. Estiro o corpo o quanto posso e BINGO! O safadinho estava comigo.
- Ações:
Dado 1 (IM-0): Defesa contra Balaço.
Dado 2 (IM 1): Tentativa de pegar o pomo.
Por ter alunos maravilhosos, Damon nem precisou salvar o garoto, afinal, dois alunos tentaram e depositou a sua fé no salvamento dele. Ele até que tentou voar em direção ao rapaz, mas foi tarde demais para isto, Lorena e Nahuel salvaram ele com exito, em uma dupla dinâmica.
Quando isto foi feito, ele foi até Julio, verificou se ele estava ferido gravemente, por sorte, apenas dois dedos da mão direita que haviam sido quebrados com o impacto do balaço, apesar de ser um de seus parentes, o professor sorriu e pediu para levarem ele para a enfermaria e então prosseguiu o jogo que agora se voltara a captura totalmente do pomo de ouro. Poderia ser o tipo de professor que termina a atividade para cuidar de um aluno, mas foi somente dois dedos quebrados, ele não iria morrer.
- Considerações:
- Primeiramente, como explicação, Emilia não foi alvo de ataque e disponibilizou a sua defesa para defender Matteo, considerando o seu dado de defesa maior do que do ataque de Paola, ela o defendeu.
Aos dois que estão agindo como salvamento do Julio; Vocês podem usar um feitiço ou habilidade especial, não é necessário o uso de dados para o salvamento, apenas ajam da melhor forma e salvem o colega ( que já esta salvo tecnicamente falando )
Agora, quem ainda ficou no jogo vai tentar capturar o pomo. E quem esta fora, irá se juntar com os outros alunos e aguardar o termino da atividade, os que salvaram Julio vão levar ele para a enfermaria, pois acredito que mesmo sendo somente os dedos, ele está nitidamente um tanto chocado por quebrar dois deles. Damon ainda esta voando, então qualquer treta que estiver rolando no campo ele não irá interferir, somente quando o jogo acabar.
Vocês terão até o dia 10 para postar. <3
Eu pensei muito na parada de captura do pomo de ouro, mas não consegui, de fato, fazer algo super bem bolado para vocês. Então vai ser o seguinte;
Vocês vão lançar dois dados M1 tentando capturar o pomo. Quem obtiver a MENOR soma dos dados, irá capturar. Vamos considerar que esse numero final seja os segundos que a pessoa levaria para capturar o pomo e assim, quem tiver o menor numero, ou seja, o quão rápido é para capturar o bendito pomo de ouro.
Novamente vai ser por sorte, mas acredito que o sistema real de captura seja algo totalmente diferente.
Exemplo:
Fulano lança os dados e dá 4 e 5 (Esse aqui capturou o pomo)
Ciclano lança os dados e dá 10 e 11 (Esse passou super longe de capturar)
- Consequência :
- Aurora Martins: Ela sendo uma menina nitidamente doce, sabia o que estava fazendo quando decidiu jogar o corpo/ombro direito na direção de Paola. Sua ação foi Bem-sucedido, mas ao se distrair com a queda da sua adversária um balaço voou na sua direção, na primeira vez quase passou perto de sua cabeça, conseguindo rebater ele com uma força não muito forte, e esse foi o seu erro. Aquele maldito balaço foi mais esperto e não retornou pelos lados e sim por cima. O mesmo bateu fortemente no cabo da vassoura. Isso a fez perder o controle e a forçou a descer até escorregar pelo cabo da vassoura e ralar como um escorregador o bumbum no gramado.
Pietra Carvalho: A menina não encontrou muitos problemas ao decorrer do tempo, somente voou mais rápido quando viu que um possível inimigo se aproximava e quando o balaço tentou bater contra o seu estomago, apenas girou em 360 graus, jogando lindamente o seu cabelo numa performance de dar inveja. Mas a sua escolha de inimigo foi um tanto precipitada, Polo estava com mais sorte e ao chegar bem perto para dar uma porrada na parte traseira da sua vassoura, o garoto simplesmente escorregou a vassoura para o lado, desviando perfeitamente, até brincou ficando de pé encima da vassoura e sentando novamente, sua audácia estava acima do limite e a sua habilidade naquele dia em questão estava a flor da pele. Mas com o ataque dele a menina conseguiu com o braço impedir o bastão, mas com o balaço, ela tomou um golpe de raspão no braço que fora suficiente para desestabilizar, isso a fez voar contra a arquibancada e literalmente caiu sentada em um dos bancos.
Matteo Bedoya: Ele estava um tanto preocupado com o seu amigo Polo que por sua vez conseguiu desviar lindamente de qualquer ataque, afinal, a sorte estava ao lado dele. O rapaz simplesmente aproveitou que um balaço estava na direção de Julio e bateu no mesmo para pressionar a sua velocidade, ficando assim bem mais forte do que o normal. Se havia funcionado ou não, ele não chegou a ver, pois estava se recuperando do susto que tomara, mas por ter uma colega de time tão boa, ele permaneceu na vassoura, salvo pela Emilia.
Paola Vargas: Ela voava tranquilamente quando viu um ponto marrom ao longe, um balaço voou na sua direção, mas não a surpreendeu já que estava atenta. Ela segurou firmemente o taco e o rebateu para longe; tirou um elogio qualquer do professor que voou perto dela. O balaço quase chegou a acertar Matteo, que foi defendido por Emília. Talvez por um azar ou uma questão de rivalidade, neste instante Aurora bateu o ombro contra o dela. Ela parecia um pouco decepcionada com o ataque já que havia conseguido desviar de um dos balaços e agora estava enfrentando o problema de uma garota atacando-a. Sonoridade não pareceu ser uma coisa muito praticada nesta escola. Ambos os ombros se chocaram e numa força quase que semelhante Aurora saiu vencendo e desestabilizou Paola a jogando contra a parede (de lado) isso a deixou cansada fisicamente e com um mero descontrole desceu o seu peso, forçando a sua vassoura voar direto para o chão, numa velocidade moderada. Mas com um esforço conseguiu retornar o controle, só não foi no tempo certo já que os seus pés pousaram no chão e isso a fez dar uma pequena girada no gramado do campo, quando percebeu Aurora estava também fora do jogo praticamente a alguns metros dali, derrubada.
Lorena Bedoya: Quando chegou ao campo não entendeu muito bem o que estava ocorrendo, Pilar que já estava no campo explicou o jogo que estava a ocorrer e quando a menina entendeu tudo, sacou a varinha e aguardou uma oportunidade de ajudar, caminhando calmamente em direção as duas meninas que agora, de longe, pareciam querer adentrar a um conflito. Quando notou que Julio estava em perigo, a menina correu rapidamente para socorre-lo.
Emilia Martinez: Ela foi um incrível ser humano e de gentil coração com a situação, não ousou atacar um dos seus adversários, talvez por falta de oportunidade ou por não estar tão afim. Ela permaneceu plena em relação ao jogo, não havia sido selecionada como alvo de ataque dos demais adversários e quando o balaço mirou na sua vassoura, ela magnificamente rebateu para longe para a sua proteção. Voou para perto de Matteo para protege-lo e conseguiu de primeira instancia. Ela continuou no jogo a procura do pomo que insistia em voar cada vez mais alto.
Álvaro Brandão: A vassoura do menino deslizou no ar numa dança fenomenal, quase havia sido acertado pelo balaço que por sua vez desistiu de tentar acerta-lo e voou para longe. Mas a sua paz não estava presente e Romulo, um garoto um tanto maldoso tentou derruba-lo, chutando a parte traseira da sua vassoura. Ele bem que tentou se equilibrar com a sequencia de chutes, mas a força do outro menino parecia cada vez aumentar e quando notou estava encurralado pela parede, não teve escolha em pesar o seu corpo e descer para o chão, quase conseguiu retornar, mas Romulo o perseguiu batendo uma última vez na parte traseira, o fazendo arrastar a vassoura no gramado e assim estava fora do jogo. Apenas com as calças sujas, de grama e terra.
Julio Torres: Ele bem que tentou rebater o balaço, mas o mesmo parecia mais pesado e nitidamente sua velocidade estava fora de controle, pois Matteo havia dado uma bela porrada no balaço. Tentou bater com o bastão e isso lhe fez deslizar pelo balaço, conseguiu, de fato, não bater o bastão na sua própria cara quando o efeito rebote aconteceu, mas com o balaço não teve a mesma sorte. O objeto atingiu sua mão lhe fazendo sentir uma dor tremenda, neste instante ele retirou a mão do cabo da vassoura e se esqueceu que se fizesse isso, iria se desequilibrar, o corpo dele automaticamente girou, cruzou as pernas para tentar não cair da vassoura. Elas deslizaram-se sobre o cabo da vassoura e por sorte conseguiu agarrar com uma das mãos o cabo, mas agora estava voando direto para o chão com o corpo pendurado e somente com a mão no cabo. Ele tentou falar o nome do professor quando viu que estava em apuros, mas a sua masculinidade o impedia disso, afinal, poderia resolver sozinho ele pensou. Para a sua sorte Lorena estava atenta e prestou o devido socorro. E para o seu auxilio, Nahuel também foi ajudar.
Polo Bedoya: A sorte parecia estar beijando o rosto do rapaz, ele conseguiu desviar perfeitamente do balaço e revidou o mesmo para a garota que havia lhe jogado, mas infelizmente o bastão voou junto. Ele continuou a voar normalmente atrás do Pomo de ouro, não importava quem tentasse, não conseguiram, de fato, derruba-lo.
Nahuel Carnelli: Como os outros atrasados, ficou a polir as vassouras e quando viu que Lorena estava tentando ajudar, fez o mesmo. Seus olhos prestavam mais atenção na morena no que nas outras pessoas, mas isso não o impediu de ajudar a garota com o auxílio de ajuda quando viu que um dos colegas corria perigo.
Lorenzo Baroni: Ele bem que tentou, sagaz, ficou a espreita em um canto mais escondido do que todos, tanto que ninguém prestou atenção no rapaz, ninguém vivo. Um dos balaços o pegou desprevenido quando ocupou o olhar para o pomo de ouro que passou rapidamente como um deslumbre de luz na sua frente, a velocidade da sua mão foi tão lenta que nem chegara perto de pega-lo. O balaço bateu fortemente contra a lateral do seu corpo, acima da cintura, isso o fez ser derrubado na hora, mas por sorte estava logo abaixo da arquibancada e também caiu sentado, perto de Pietra.
- Alunos que podem capturar o pomo:
- Matteo, Emilia e Polo
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EU TO VOANDO ALTO
Pilar havia aproveitado a brecha para contar que a aula, em resumo, se tratava de um jogo de quem dura mais tempo no ar. Damon não estava preocupado em proibir ataques entre colegas, e sim que ninguém do mesmo grupo fosse atingido. E quem estava em cada grupo, isso a garota não sabia dizer por ter ido buscar as vassouras no momento da divisão ou algo do tipo. Lorena estava tão ocupada andando de um lado para o outro na arquibancada para tentar acompanhar o ritmo do jogo que nem percebeu que Nahuel se juntara a elas. Evitou olhar para ele, primeiro por precisar de todo o seu foco em quem estava voando, pois pelas explicações obtidas, tratava-se de quem iria se quebrar primeiro, e em segundo lugar porque havia algo naquele garoto insolente que atraía sua atenção de um jeito demasiado diferente. Não gostava de admitir sequer para si mesma, e nem poderia, pois Arón se tornara ciumento desde que eles começaram a usar lápis de cor e lápis 6b na amizade. De qualquer forma, o uruguaio a incomodava por algum motivo que ela ainda não sabia qual era, e por isso permaneceu o ignorando, mesmo quando fora chamada de "amor da minha vida" por ele. Os olhares estavam atentos no céu, mesmo que o sol não fosse grande aliado. A preocupação com o estado de saúde de Polo era tão grande que ela até esquecera que haviam várias vassouras esperando para serem polidas ou arrumadas, mas ela sequer fora designada para tal tarefa. Ela o faria para evitar uma possível detenção pelo atraso, mas agora não importava mais. Desde que o primo perdera ambos os pais e havia se mudado para a casa dela, não havia uma só situação que não fazia a família inteira se mobilizar pelo bem estar dele. Por algum motivo, Polo tinha esse efeito de fazer as pessoas ao seu redor sentirem que precisavam cuidar dele como se fosse um cristalzinho lapidado e fácil de se quebrar. — Dios mío, ¿estas personas están tratando de suicidarse? — Estava tão preocupada que nem percebera que estava falando na língua nativa, e não na oficial do país em que estava.
A primeira a cair fora Paola. Ela viu o choque entra a amiga contra a ruiva que não conseguia se lembrar o nome. A loira se chocou contra a parede, batendo a lateral do corpo antes de começar a perder altura em uma velocidade que poderia render um roxo, mas não uma fratura. Ela ficaria bem, assim como a ruiva, que depois de derrubar Paola, a fez perder o controle da vassoura e ia escorregando por ela. De onde estava, Lorena não conseguiria usar de seu dom para impedir, então sequer tentou. Aliás, não gostaria de usar o dom em frente a todas aquelas pessoas, mas o faria se precisasse, e pelo andar da carruagem, algo lhe dizia que sim, teria de usar. A primeira bruxa a receber tal ajuda fora Pietra, uma conhecida com quem não tinha contato algum, mas que simplesmente caiu da vassoura e vinha na direção do trio nas arquibancadas. Daquela altura e naquela velocidade, ela não teria muitos ossos para contar história, então Lora a acompanhou com os olhos e se concentrou conforme a garota vinha caindo, apontando ambas as mãos com as palmas bem abertas e os dedos levemente inclinados para frente e usou da telecinese para criar um campo de força de valor médio ao redor da garota, impedindo-a de se chocar diretamente com os degraus e causando nada além de cair sentada. Embora não tivesse usado muita força, já aparentava um início de cansaço. Deu uma rápida encarada em Pilar e Nahuel, mas a garota permanecia ocupada com as vassouras e talvez não tivesse visto a ajudinha extra que Pietra teve. Nahuel, por outro lado, ela teve quase certeza que havia visto. Até cogitou falar com ele e pedir que mantivesse a língua bem quieta dentro da boca, mas não tinham tempo, haviam mais alunos caindo. — Você pode conferir se ela está bem, por favor? — Pediu ao garoto com certa impaciência na voz. Qual era o problema dos Torres, afinal? Alguém conseguiria, algum dia, sair da aula de algum deles sem estar ferido?
Álvaro parecia muito bem, apenas sujo. Do que conhecia dele, o simples fato de ter sujeira nas vestes já o deixaria levemente irritado, mas estava bem, e isso era o que importava naquele momento. Acontece que um menino de cabelos cacheados que ela não sabia dizer quem era também estava caindo, mas ele estava tão perto das arquibancadas que o máximo que poderia acontecer era machucar a bunda, tarefa que o enfermeiro curaria facilmente. Seu maior problema era Julinho, que estava pendurado em uma mão naquela vassoura que parecia ter vida própria. Ela estava cansada, mas quem disse que teria sorte com aquele ali? Não tinha força o suficiente para levitar um corpo pesado como o dele, mas poderia criar outro campo de força quando ele estivesse caindo, dessa vez com força máxima, mesmo que isso a levasse a exaustão. Ela correu até um pouco mais à frente de onde a varinha estava guiando o garoto. Percebeu Nahuel ao seu lado, e pela primeira vez em muito tempo, agradeceu por isso. Virou-se para ele, dando ordens como uma general. — Preciso que mande ele se soltar quando estiver próximo a mim, ok? — Disse, voltando o olhar a Julio e tentando se manter o mais concentrada possível. Nahuel usara o feitiço que eleva o volume da voz e dera o recado ao garoto. Lorena não sabia se ele iria de fato confiar nela, mas não custava tentar. E quando a vassoura estava passando exatamente sobre a região onde estavam os dois não amigos, Julio soltou-se e começou a cair em linha reta, indo direto pro chão. Antes de alcançá-lo, no entanto, lá estavam as mãos preparadas de Lorena que se concentrou em criar um campo forte o suficiente ao redor do garoto para impedir que ele se quebrasse todo. Fora o suficiente, pois ele conseguira colidir com o chão com o atrito infinitamente menor, como se só tivesse pulado de uma cadeira em direção ao chão. Ela dera dois passos antes de cair de joelhos ao lado do garoto. Não por preocupação com ele, mas pela forma como seu corpo e mente pareciam exaustos, incapazes de fazer muito mais. — Você está bem, Julinho? — Perguntou antes de ser informada sobre os dedos quebrados. Ela bem poderia tentar algum feitiço, mas estava cansada demais para conseguir realizar o mais simples dele que fosse sem acabar piorando a situação do amigo. Nahuel, por outro lado, estava inteiro e pronto para guiar o outro até a enfermaria. Ele perguntou se Lorena estava bem, e ela somente fez que sim com a cabeça, mas ficou mais alguns bom minutos sentada no chão, sentindo-se cansada demais para agir. Quem caísse agora contaria somente com Pilar, pois ela estava demasiada exausta para qualquer situação.
she remembered who she was and the game changed.
Não sei se foi a dor que vinha da lateral do corpo que havia se chocado com a parede ou se era do estresse causado pela ruiva, mas eu acabei perdendo o controle da vassoura e ela fora simplesmente descendo. A velocidade era moderada, e eu quase consegui recuperar o controle, não fosse pelos meus pés terem atingido o solo e me feito dar uma giro no ar feito um beyblade antes de cair na grama e me sentar, confusa com a bagunça que havia virado aquele jogo. Quando achei que estava entendendo alguma coisa, lá veio o karma me lembrar que eu não era boa em esportes no terrestres, muito menos nos que careciam de desafiar a gravidade em cima de um pedaço de madeira voador. Além de testar minha burrice sobre a aula, ainda me fez testar quão feminista eu era depois de tudo. E aí lembrei de um tweet de uma garota que dizia que ela era feminista, não burra, e que a gente não precisa passar pano pra quem tenta machucar a gente LITERALMENTE.
O professor seguia voando, mas a minha querida amiga Aurora estava tão tombada quanto eu, que ainda tive o privilégio de vê-la arrastando a bunda pelo gramado. Não tive vontade de rir e nem desejei que ficasse toda assada, mas também estava de saco cheio. Só tinha uma menina ainda competindo, e era bom ela ser esperta ou seria jantada viva por Matteo e por Polo. Se havia uma coisa que eu tinha aprendido dividindo alojamento com essa família é que eles se protegem mesmo que isso custe outra pessoa. Tudo bem, eu faria o mesmo se tivesse primos ou irmãos no castelo, só esperava que Emília também soubesse e que conseguisse deixar os dois no chinelo. Então mandei minhas energias mais positivas para ela antes de avançar pelo campo em direção a ruiva, sentindo fisgadas nas costelas enquanto o fazia. Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, quem falou fui eu. No tom de voz de quem tinha um capeta por dentro. — Olha só, eu não sei qual é o seu problema comigo, mas você me jogou um balaço e depois me atacou com o seu cotovelo. Então agora quem vai tomar uma atitude sou eu, tá me entendendo? — Disse, cruzando os braços para disfarçar as mãos fechadas prontinhas para dar um soco na outra. — So-ro-ri-da-de, ok? É uma palavra bem bonitinha que quer dizer mulheres se apoiando mutuamente, sabe como é? Eu não quero dizer que você julgou minha aparência, e por eu ser magrela resolveu me fazer seu alvo. Isso seria usar o cérebro. Estou dizendo que quando você vê um time composto por uma mulher e vários caras, você poderia ter cogitado, sei lá, ATACAR A PORRA DE UM DELES! E eu sei que talvez eu vir te dizer isso me torne uma hipócrita, mas eu penso que juntas somos mais fortes e que você podia ter escolhido qualquer garoto antes de vir pra cima de mim. Eu podia, inclusive, TER JOGADO AQUELE BALAÇO EM VOCÊ, SABIA? MAS EU FUI BURRA E PENSEI "UAU, VOU PENSAR EM IRMANDADE, VOU DERRUBAR OS MENINOS PRIMEIRO! — Respirei fundo, tentando recuperar a minha calma, tentando retomar meus princípios, estabilizar a ideia. Não se grita com mulheres, se escuta e se tenta ensinar de forma paciente. Eu não havia aprendido na base do grito, por que ela iria? Então respirei fundo novamente e a olhei com mais calma. — E mesmo não tendo revidado, você veio de novo pra cima de mim. Eu não sei se me vê como uma rival, se eu te fiz algo, sei lá, mas tentar me derrubar daquela altura não ia te fazer ganhar nada, porque se eu estive tentando te prejudicar, você teria percebido. Se quiser falar comigo sobre qual é a porra do problema entre nós, me procura em um dia que eu não esteja com vontade de dar uma segurada nas minhas crenças e soltar a mão em você. — Disse, dando meu riso forçado de sempre e saindo de perto dela.
Foi aí que eu percebi Lorena parecendo mais pálida do que o normal. Caminhei até ela com os passos mais rápidos que podia, mas minhas costelas estavam realmente doloridas ao caminhar. Me ajoelhei em sua frente, deixando um gemido de dor se fazer audível entre nós antes de me sentar em sua frente. — Tá tudo bem? Eu nem sabia que você estava jogando! — Ela me disse que não estava jogando, estava de enfermeira do time por ter chegado atrasada e que provavelmente o sol quente havia dado um belo tombo em sua pressão arterial, de forma que ela estava se sentindo cansada. — Pois então somos duas, Lora. Tô exausta, com fome e com dor uma costela em específico, mas não sei, acho que foi só da batida mesmo. Você viu? — Comentei, iniciando uma conversa que estava mais para monólogo porque a pressão baixa de Lorena realmente a havia deixado mirrada. Ela pouco falava e demorou bons minutos até conseguir parecer normal de novo. Ficamos juntas esperando pelo desfecho do jogo. Ela com uma aparência cansada, mas visivelmente melhor, e eu com o corpo dolorido, mas animada com a ideia de Emília vencer. Polo podia ser gato e bom de beijos, e Matteo poderia estar na minha lista de futuros flertes, mas a minha torcida sempre seria feminina.
Estávamos todos preocupados em capturar o pomo e não mais em derrubar uns aos outros, até porque havia sobrado apenas meu primo no outro time e ele mal sabia voar, não era um alvo para nenhum de nós. Por isso nos concentramos em desviar dos balaços que ainda voavam pelo campo e tentar pegar logo esse pomo para encerrar essa aula. Voei acompanhando atentamente com o olhar a bolinha dourada que voava aleatoriamente para todos os cantos, batendo suas asinhas com a mesma velocidade com a qual um beija flor bate suas asas. Inclinei meu corpo sobre a vassoura para tomar impulso assim que a bola passou ziguezagueando em frente ao meu rosto. Persegui a pequenina com os outros jogadores ao meu encalço, com exceção de Emília que estava lado a lado comigo. O pomo estava muito próximo de nós. Haviam três mãos prontas para pegar o pomo. Achei estranho o fato de haver uma terceira mão esticada, e me surpreendi ainda mais ao notar que era Polo. Estávamos lado a lado e eu não conseguia fazer nada para impedi-lo ou prejudicá-lo, apenas deixei que ele permanecesse ao meu lado direito, enquanto do esquerdo havia Emília que era minha aliada. O pomo parecia estar tão cansado quanto nós e só voava reto, sem ficar passeando pra lá e pra cá como de costume fazia. Aquela era nossa chance, era agora ou nunca. Um dos três capturaria o pomo, mas quem? Estiquei o corpo para frente, estirei meu braço em direção ao pomo e tentei agarrá-lo com força, nem que fosse pela asa. Talvez aquele fosse o fim do tal game que fez chover alunos no campo de quadribol.
And it's the thousandth time and it's even bolder, don't be surprised when you get bent over, they told you, but you were dying for it |
Em reflexo, o Torres cruzou as pernas e conseguiu se manter no ar — de ponta cabeça — com uma vassoura que tremia mais do que um pincher quando chega visita. O professor, seu primo, Damon? Estava cem porcento nem aí com sua situação. Com arrepios de dor que começavam em sua mão direita e percorria todo seu braço até alcançar a nuca, era difícil para Julio voltar para cima da vassoura. Ia cair. I lado bom é que já estava perdendo altitude aos poucos, de conseguisse se manter ali por mais algum tempo antes da queda não se machucaria tanto — pelo menos esperava isso.
Foi quando ouviu Nahuel pedir para que ele soltasse. — É o que? — Gritou de volta para o garoto abaixo de si. Das duas, uma: ou ele estava louco ou queria que Julio morresse tanto quanto o vadio do Matteo. Com a insistência do garoto, Lorena se aproximou e parecia querer que o Torres pulasse também. O garoto se perguntava o que de tão ruim ele fez com aquela turma do sexto ano para que todos quisessem sua morte. Eram, provavelmente, projeções da aula prática que sua irmã havia ministrado alguns dias antes. Queriam vingança, só podia ser. Mas na situação em que se encontrava, o que ele podia fazer senão confiar que talvez os dois quisessem o ajudar? Nada.
Alcançou o cabo de sua varinha de Garapa com a mão esquerda e preparou-se para soltar-se. O máximo que planejava fazer ali era amenizar a queda com um feitiço qualquer, mas não precisou disso. Antes de se chocar contra o solo Julio sentiu seu corpo ser abraçado por alvo invisível. Seria o ar? Não fazia ideia do que se tratava aquilo, mas estava salvo. Bem, con exceção a dois dedos de sua mão direita que projetavam-se em um ângulo estranho e anormal. — Estou ótimo. Excelente. — Mentiu, respirando fundo e apertando os dentes por diversas vezes para esconder os sinais de dor que hora ou outra escapuliam por suas feições. — Mas o que aconteceu? Você ta bem? — Perguntou para a garota anormalmente cansada.
No minuto seguinte, Julio apontou sua varinha para os dedos tortos na mão direita e conjurou um feitiço na tentativa de recupera-la. — Episkey. — Um fraco lampejo branco emergiu da ponta de sua varinha e seus dedos estalaram. O garoto deixou escapar um gemido de dor, não houve como disfarçar, mas pelo menos seus dedos estavam de volta no lugar. — Seu primo, né? — Perguntou, retórico, enquanto esticava e dobrava os dedos recém curados para ter certeza de que tudo estava bem. — Ele me paga. — Sorriu enquanto a ponta de sua varinha mirou no Bedoya que havia lhe lançado um balaço no momento anterior. "Confundus." Conjurou de forma não verbal. Sua intenção era fazer o outro cair sem muitos ferimentos, assim seria mais fácil começar uma discussão saudável — com um murro ou outro pelo meio do caminho.
- OBS:
- Dado 1: Episkey. >> +1PEM FS
Dado 2: Confundus.
Última edição por Julio Torres em Dom 7 Jun 2020 - 16:22, editado 1 vez(es)
Se aquele dia já não tivesse começado completamente maluco, ele certamente estava prestes a se tornar. Apesar de todo o empurra-empurra e lança balaço, o jogo estava correndo bem para mim por um tempo. Quando finalmente consegui achar o pomo de ouro, eu tentei focar em pegá-lo. Infelizmente a menina loira do outro time quase entrou na minha frente e tive que pensar numa forma de afastá-la do mesmo caminho. Afinal, ela era do time adversário, não que eu tenha gravado especificamente quem era de qual, mas acredito que foi a jogada certa porque Damon não mandou nenhum balaço extra atrás de mim.
Mirei em um ponto que imaginei que provavelmente iria desestabilizá-la e joguei meu corpo de forma eficaz, mas não agressiva, na direção do dela. Ela não parecia ser muito mais forte que eu, mas não tive tempo de me virar para saber onde ela tinha ido parar. Sabia que ia conversar com ela depois da aula, porque esse tipo de atividade apesar de agressiva não a tornava desrespeitosa.
Quando achei que finalmente estava livre para tentar voltar à caça, senti algo se aproximando. Essa desatenção momentânea foi o que me atrapalhou, fui atingida por um balaço na falha tentativa de acertá-lo quando já estava bem em cima de mim. Por sorte eu não fui diretamente atingida, mas a minha vassoura. Ela girou comigo pendurada por seu cabo, até que não consegui mais segurar e cai. Escorreguei e me ralei toda na grama. Agora se você acha que isso me fez algum mal? Pelo contrário, não consegui me segurar e caí na gargalhada. Voar era uma sensação tão avassaladora quanto comer seu bolo favorito na manhã de aniversário ou se apaixonar. Amava jogar no ar, porque me trazia uma onda de adrenalina incrível, mesmo que eu acabasse no chão toda suja e ralada. Felizmente nada mais sério aconteceu.
Inclusive que ficaria lá rindo que nem idiota se não tivesse visto a menina loira vindo na minha direção. Estava ansiosa para perguntar se ela tinha se machucado e oferecer ajuda, mas o momento que abriu sua boca foi como se o sol tivesse sido engolido por um dementador gigante. Era ameaça, atrás de prepotência, atrás de presunção. Minha garganta foi se enchendo e eu sabia que em segundos eu ia ficar sem ar. Talvez tenha sido a minha criação ou talvez eu vivesse numa bolha, mas nunca tive que lidar com valentões na escola. Então uma das raras vezes em que alguém já havia levantado a voz para mim.
Suas palavras não faziam muito sentido para mim. Se falar aquelas coisas iria tornar a vida dela melhor e o rumo do jogo mais aturável, quem era eu para contrariá-la? Mas eu não sou nem nunca fui uma pessoa agressiva em si, não ia ser agora nem ela que ia mudar isso. Se qualquer pensamento de respeito ou compaixão por ela já passaram pela minha cabeça eles foram substituídos por pena.
- Sinto muito que essa seja a forma que você achou para ver as coisas. – Disse assim que ela se virou para sair andando. Fiz o mesmo e saí pelo outro lado do campo, pessoas como ela são para se ter distante. Se eu já não estivesse sozinha o suficiente certamente eu estava agora e se eu já não tivesse tido razões para chorar antes, essa era a hora. As gotas mornas escorriam dos meus olhos a cada passo corrido que eu dava para fora daquele lugar.
- Alvinho, meu Jesus, você está bem? - Ela tocava seu rosto e avaliava o corpo do sextanista.
- Eu tô bem, só relei os cotovelos. Ai miga, me empresta esse teu espelho. - O baiano indicou o espelho circular que Monique tinha em mãos. Era um daqueles que se comprava em lojas baratas.
- Claro, pega aqui.
Quando Álvaro olhou sua imagem no espelho, cobriu a boca com a mão livre. Seu corpo se revirou em mais ódio pelo outro garoto. Sua sombra estava manchada tanto quanto seu batom, e pior, havia quebrado uma unha no choque contra o gramado. Ele já sabia o que iria fazer, sabia muito bem. Álvaro devolveu o espelho para Monique, guardou sua vassoura num canto do campo e pegou sua bolsa lateral. Monique passou a acompanhá-lo, a menina estava bastante nervosa, pois o temperamental de Álvaro não era um segredo para ninguém. Monique sabia que o colega ia tirar tudo a limpo. Entre seu caminho até a outra parte do campo, Lorenzo caiu perto da arquibancada. O baiano assustou-se:
-Socorro!
Aproximou-se do rapaz de belos cachos, uma mão repousando em seu ombro direito. Estava mordido de raiva, no entanto, havia algo que o fazia se preocupar com o novato. Ele não sabia explicar o que era, apenas existia algo ali:
- Tu tá bem, bichinho? Isso é pior do que eu fazendo barraco com com a Joana, a velha sebosa da minha rua. - Álvaro analisou a expressão dele mais um pouco. - Eu posso ir contigo até a escola, tu só me espera. Tenho contas a acertar.
Álvaro mandou um beijo para Lorenzo, a boca extremamente borrada pela queda. Ficando num ponto que o permitisse observar bem os céus, ele vasculhou atrás do tal Rômulo. Avistou o menino sobrevoando em busca do pomo de ouro. Monique se aproximou do colega de classe:
- O que você vai fazer, Alvinho? Pelo amor da deusa!
- Ele vai descer, eu vou pegar ele. Essa peste! Olha ali, uma disgraça dessas. - Álvaro botou ambas as mãos na cintura, sua pose era de afronta. Aliás, ele iria realmente afrontar.
- Alvinho, não briga, por favor! - Monique ficou de frente para o baiano de maquiagem borrada.
- Monique, uma vitória não compra a gente, isso aqui a gente tá fazendo para o aprendizado. Eu não tava atacando ele, ele veio me atacar. Sabe aquela menina? - Álvaro procurou pela figura de Lorena Bedoya. - Essa menina aqui, ela é um doce. Ela me trata com maior amor. Agora ele vem querer me dar uma pisa? Eu vou dar na cara dele. Eu sou uma cidadã civil, tá pensando que travesti é bagunça?
O baiano amarrou a camisa do uniforme, deixou a barriga de fora, seu olhar predatório estava bem focado em Rômulo. Se ele não conhecia a fúria de um filho de Oyá, ele ia conhecer.
- Uma hora tu desce, miserávi. - Praguejou sozinho.
- Música da Cena:
Un professeur ennuyeux
Ainda me recuperava do tombo e da pancada, quando fui indagado por alguém, alguém não, ele. Mister Nucci trazia seu rosto completamente borrado no que dizia respeito à maquiagem. Eu ainda não aprovava aquele tipo de comportamento, mas devia admitir que o garoto tinha encanto e estilo em sua forma de ser. Eu esperava que ele nunca soubesse disso, ou melhor, quem sabe eu quisesse. Ele caira antes de mim, ou seja, podia estar machucado. Meu senso de preocupação foi alarmado, principalmente quando sua mão tocou meu ombro: - Eu estou bem, Mister Nucci. Agradeço sua preocupação. - Meu tom foi breve, contudo, eu queria perguntá-lo como ela estava, assim o fazendo: - Você está bem? Digo, realmente bem? Esse docente é um carrasco, tudo isso é um grande circo. - Álvaro assentiu positivamente. Aquele beijo fez algo em mim se revirar. Uma raiva crescente subiu em meu coração. Gostaria de entender tudo que estava acontecendo, principalmente com relação aquele rapaz que contradizia tudo que me havia sido ensinado.
Eu teria dado mais algumas palavras com Nucci, descobri em segredo que gostava de sua companhia. Teria, um termo mais do que bem empregado, pois ele saiu andando. Dava para perceber que ele ele estava enfurecido e, pelo que eu já sabia de seu gênio, haveria uma briga pior do que a partida de quadribol. Me obriguei a levantar do chão, comecei a caminhar na mesma direção que Álvaro. Não anunciei minha chegada, apenas fui sorrateiro. Além do fato de ter que ter uma séria conversa com o Professor Torres, agora eu tinha que tentar proteger aquele que já havia sido a razão da minha raiva.
Á altura que estava, a pequena Martinez não conseguia ouvir ou ver o que se passava lá embaixo, a preocupação com os amigos do outro time ocupou seus pensamentos, por um momento. Porém, a menina não teve tanto tempo para tentar vê-los antes de voltar à perseguição da bolinha dourada. Pois, como disse, muita coisa ocorria ao mesmo tempo.
Os outros alunos caíram, o rebate-falso deu certo, pegando a menina totalmente de surpresa, pois nunca havia tentado a jogada em uma situação estressora de verdade, afinal, contrariando toda a sua vontade Matteo estava bem. Mas, acontece que Emília Martinez nunca conseguiria fazer diferente, sua avó, Justina a criou para fazer o que é certo e aquilo, naquele momento, parecia o certo. A situação também ajudou-a entender um pouco mais Vicente, seu melhor amigo e capitão dos Carcará, sobretudo entender sua empolgação quando ele consegue executar bem uma tacada. É uma sensação de êxtase pura.
Talvez, por isso não conseguiu acreditar em sua própria pergunta para Matteo. Apesar de ajudá-lo alguns instantes atrás ainda estava revoltada com as ações individualistas e impensadas do Bedoya.
― Não precisa agradecer. ― Informou ao mesmo tempo que estava concentrada olhando para outro lado, na verdade, seus olhos avaliavam todo o campo tentando achar uma bolinha travessa e rápida ― Faria isso por qualquer um. Mas, não se acostume, você não estará no meu time da próxima vez ―Disse em resposta ao agradecimento. Aquilo só aconteceria novamente se o universo estivesse realmente muito empenhado a pirraçar à goleira.
O menino disse alguma outra coisa, Emms ficou com a ligeira impressão de ser uma pergunta, mas a mesma nem foi ouvida direito. Àquela altura o único som que ouvia era do vento e barulho conhecido do Pomo de Ouro passando na velocidade de um flash. Se ele esperava uma discussão com vários surtos, teria que esperar.
A brincadeira iria realmente começar.
Emília tomou impulso ao inclinar levemente o corpo sob a vassoura, seus olhos perseguiam a bola minúscula ávidos. Seus cabelos ricocheteiam em rosto, mas a menina não se importa (a menina, na verdade, gosta da sensação. Se pudesse não faria outra coisa da vida). A medida que a ganhava impulso Emms desviava dos balaços com uma agilidade digna de nota até para ela.Emília sempre pensou em ser goleira, mas aquela aula estava demonstrando que ela poderia se dar bem em outras posições.
Ainda estava no páreo para agarrar o pomo, afinal. O pomo seguia reto e havia três mãos querendo agarrá-lo e alguns balaços querendo atingir aos sobreviventes. Matteo, para surpresa de Emília estava ao seu lado tão dedicado a pegar o Pomo como ela. Ao lado dele havia outro aluno, Polo. Quando a menina analisou o campo pela primeira vez viu que o menino sentava lidar com a vassoura ― notou na mesma hora a falta de experiência do garoto ― mas, estava feliz por ver que o menino conseguiu aguentar.
Quando parecia que um dos três estava prestes a apanhar o pomo e por fim ao jogo. A bolinha dourada mostra o porquê não é fácil de apanhar. O objeto que parecia correr em linha reta até ali, começou a ziguezaguear, obrigando todos a aumentar à velocidade. Emília impulsionou a vassoura voando no limite, a goleira se recusa a perder aquele negócio de vista. Contudo, o universo não parecia ir com a sua cara, nem dava um minuto de paz, pois quando estava com o pomo a um centímetro das mãos um balaço passou raspando na cauda de sua vassoura, fazendo, portanto, a menina se desequilibrar. Foi preciso uma manobra daquelas, na qual, a menina definitivamente girou no ar. Enquanto o fazia viu o pomo se mover para baixo se esticasse a mão na vertical, talvez, conseguiria pegá-lo, por fim.
Fez então uma defesa típica de goleiros, parou e segurando a vassoura horizontalmente com uma das mãos, prendeu o pé no cabo e esticou braços e pernas, num verdadeiro Starfish and Stick. O pomo, talvez, não escaparia da mão que estava livre, mas se escapasse pelo menos a garota poderia voltar a sua posição inicial na vassoura e tentar novamente.
Eu não conseguia acreditar que eu ainda estava no ar. Meu balaço fora rebatido de volta na menina que tentara me derrubar e, por mais que meu bastão tenha ido junto, ele não acertou e nem feriu ninguém. Menos mal, fiquei super preocupado em machucar alguém com aquela coisa. Os alunos estavam caindo um a um e eu continuei voando desajeitadamente e preocupado em ser o próximo. De relance eu vi que meu primo quase foi atingido, porém uma menina do seu time o defendeu. Pude voar um pouco mais tranquilo depois disso e foquei em tentar achar a droga do pomo já que eu estava tendo um pouco mais de sorte do que o comum naquela aula. Voei tranquilamente desviando de forma afobada dos balaços quando vi ele. A bolinha dourada estava voando inquieta de um lado para o outro, tentando confundir nossos sentidos. Não tirei os olhos dela nem por um momento, no entanto eu preferi voar um pouco mais abaixo do meus adversários para evitar confrontos diretos e empurra, empurra. Afinal, eu já havia dado uma sorte muito grande de ter chegado até aqui.
Voei um pouco mais baixo, mas não deixei de acompanhar o pomo e muito menos de acompanhar os jogadores do outro time. Eram pessoas experientes e que, talvez tivessem mais chances do que eu de capturar o pomo, mas do que isso importava? Eu só queria encerrar a aula logo e ir embora para o chão firme e meus livros. Eu estava quase em pânico e agarrando aquela vassoura com a minha vida quando vi o pomo novamente próximo a mim. Tentei agarrá-lo, mas foi em vão, ele desviou e subiu, obrigando-me a voar mais alto do que eu jamais imaginei voar em toda a minha vida. Eu estava próximo do meu primo agora. Matteo até ficou surpreso ao me ver ao seu lado, até porque EU NÃO SEI VOAR. O QUE EU TÕ FAZENDO AQUI? Domado por uma coragem incrível, eu fiquei lado a lado com os finalistas daquela brincadeira para tentar capturar a maldita bolinha dourada como se fosse um apanhador altamente treinado. Ou ao menos eu fingia ser. Voei desejando não me estatelar no chão e inclinei meu corpo para frente. A menina e meu primo haviam esticado a mão juntos, no mesmo momento, e eu fui logo após tentando pegar o pomo e fechando os olhos bem no momento em que minhas mão foi lançada para frente em direção a bolinha dourada. Será que eu tiraria a sorte grande bem na minha primeiríssima aula de voo?
Hello - Vôo |
Acima de sua cabeça, gritos e mais gritos de desesperadas num treino de quadribol. O uruguaio apenas seguia fazendo seu papel de não parecer tão deslocado ou atrasado, polindo as vassouras, mas sempre deixando seu olhar percorrer o jogo e estar de olho em possíveis perigos eminentes pra ajudar Lorena caso alguma coisa mais fora do comum acontece ali no céu.
Sua mão já estava cansada do movimento de vai e vem com flanela em suas mãos, certamente tinha se tornado um especialista em polir madeiras de Nimbus quando vi alguns reflexos da luz do dia desviar sua atenção para o céu, com um grito não comum. O quadril levantou e o olhar apenas acompanhou a garota caindo, esperando que alguém fizesse algo, já que ele estava longe o suficiente para não poder ajudar a garota que tomava cada vez mais velocidade em direção ao chão. Mas o corpo da garota foi sendo amortecido por uma força incomum, como se o ar criasse uma resistência superior ao peso criado pela queda da garota — Mas que por....
O olhar curioso de Nahuel, já quase boquiaberto e apenas com uma das sobrancelhas arqueadas, apenas foi para o lado, Lorena o olhava desconfiada, abaixando as mãos que estavam apontadas para a queda. O garoto juntou a flanela em suas mãos, olhando Lorena a sua frente, esperando uma resposta ou qualquer coisa que fosse, ele desviou o olhar para Pilar, que ainda estava polindo as vassouras e parecia não ter percebido que as coisas não tinham sido normais ali para um bruxo qualquer. — Ok. Certamente, não é? Quem sou eu pra tentar negar um pedido depois disso.
Disse andando em direção a garota, passando por ela com um riso sarcástico e sussurrando em seu ouvido — Uma explicação numa outra hora, talvez? – Continuou andando olhando para trás com certa ironia até que batesse o bico do seu tênis numa madeira fazendo-o dos três pulinhos para frente e voltando sua atenção para a garota que continuava a mandar, mas dessa vez de forma mais desesperada(?), talvez. Ele apenas seguiu o que ela pediu, mantendo seu olhar na direção que ela olhava. Um outro garoto, Julio, estava prestes a despencar e Lorena parecia não tão forte o suficiente para segura-lo. Nahu deu alguns passos pra frente e acenou para Julio com os dois braços cruzando o ar — Se joga! Pode se jogar! Pula!
E parou de repetir quando viu as mãos do garoto largar a vassoura e ser sustentado pela mesma força que acabara de salvar a outra garota, Nahuel alterou seu olhar para para Lorena que começava a fraquejar. Suas pernas começavam a perder as forças e tomou os joelhos no chão. O uruguaio estava entre os dois e Julio estava ok, então Nahu focou sua atenção em Lorena, que parecia muito pior do que alguns dedos pro lado. Os passos calmos o guiaram até a garota, ele se abaixou, e tentou acalma-la. A destra ousou em tentar tirar alguns cabelos do rosto, mas o garoto pensou rapidamente e recuou sua mão antes que a tocasse.
— Ei, realmente tá tudo ok? Que diabos foi isso? Como cabe essa força toda aí dentro de um corpo tão pequeno?
voa, voa, voa, voa brabuleta |
Por um momento me perguntei se não receberia ajuda. Porque claramente dava para ver que eu não tinha controle nenhum sobre onde estava indo e nem conseguia recuperá-lo. E não, não recebi ajuda nenhuma. E minha vassoura tomou o rumo que achou melhor: as arquibancadas. Como o cenário terminou? Uma Pietra com a bunda dolorida e a vassoura caída sabe-se lá onde. Aproveitei que tinha caído sentada e fiquei por ali mesmo. E quando o professor apareceu para perguntar se estava tudo bem, fiz questão de cerrar os dentes e ignorá-lo. Cínico do inferno, agora que já tinha caído ele queria saber? Fiz um sinal com a mão e voltei minha atenção para aqueles que ainda estavam no ar. A aula ainda não tinha acabado, então só restava assistir ao resto. No meio tempo em que os outros alunos caíam igual banana podre, um por um, pegou a vassoura que estava caída entre um dos bancos e voltou a se sentar para assistir a reta final daquela história. Para pegar o pomo, só tinham ficado Polo, Matteo e Emília. E é claro que minha torcida foi para a Carcará. Mesmo que não tivesse intimidade, tendia a torcer pelas garotas. E ela era a única que tinha conseguido ficar. — Vai, Emília. — Sussurrei baixinho, alheia aos demais acontecimentos. Só percebi pouco tempo depois que outros alunos pareciam ter se machucado seriamente. Com um suspiro e sem me importar muito com o que tinha acontecido, continuei sentada assistindo. Porque eu não tinha sofrido nada muito sério.
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