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JAN2026
JANEIRO DE 2026 - VERÃO
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7/06. atualização do tablón
1/08. estamos de volta
13/08. atualização dos ranks gerais do fórum
00mes
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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Aisha Evangelista
CASTELOBRUXO » Diretora
Aisha Evangelista
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CB: Diretora, Docente de Elementais
Sex 12 Jun 2020 - 15:47


castigo nos moinhos
Trata-se de uma RP aberta com o castigo de Matteo Ornellas Bedoya, Julio Torres e Emília Martinez. Em uma cesta de palha com algumas algas guelrichos e três espátulas de aço, havia um bilhetinho dizendo: "Os Corais Vivos têm se fixado no píer e moinhos, limpem seus detritos que diminuem a eficiência da nossa casa de máquinas, eles são pequenos fragmentos de corais rubros, vocês irão reconhecê-los. Voltem quando terminarem a tarefa e devolverei as varinhas. Olimatã certificará de que nenhum bicho mate vocês, ou vocês se matem, sem brigas! Aproveitem o tempinho para se conectarem um com o outro e com a natureza. Namastê."
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Matteo Bedoya Agüero
COMASUL » Funcionário da seção 1
Matteo Bedoya Agüero
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Qua 24 Jun 2020 - 16:31
Castigo no Moinhos

« IN-FER-NO »
Olimatã vinha logo atrás de nós e durante o caminho até os Moinhos ninguém teve a coragem de falar um a. Bem, eu havia beijado Julio e sequer entendi muito bem o motivo, mas, agora, nem ao menos conseguia olhar para a face dele. Fora que eu estava mega bolado pelo fato de estar sem varinha para limpar aquele local. Eu jamais limpei algo em minha vida e muito menos sem auxílio de magia! Eu já estava ficando estressado e entediado antes mesmo de começar aquela tarefa e o pior é que só passava pela minha cabeça a minha imagem descansando no dormitório após tomar um banho relaxante. O maldito do Torres ainda vai me pagar bem caro por isso. Ele pode ser bonito e beijar bem, mas isso não vai fazer com que eu esqueça que ele me fez catar sujeira!

Chegamos ao local e havia uma cesta de palha ali. Olhamos o conteúdo dela e demos de cara com algumas algas guelricho e espátulas de aço que eu sequer sabia como utilizar. Franzi o cenho e Julio pegou as três espátulas distribuindo-as e dizendo animadamente para que fôssemos logo ao trabalho porque quanto antes terminássemos a tarefa, era melhor. Fechei minha cara e o encarei pela primeira vez desde a cena da enfermaria, tomando a espátula de sua mão com raiva. A vontade que eu tinha era de enfiar aquele objeto de não bruxos goela a baixo dele. Antes que pudêssemos começar a trabalhar, puxei Emília para um canto do moinho um pouco distante do loiro que nos observava intrigado, agachei-me rapidamente para que Olimatã não enchesse nosso saco achando que não estávamos trabalhando. Chamei a Martinez para baixo e ela revirou os olhos. Emília parecia bem irritada, mas eu não estava nem aí para isso, eu só queria deixar algumas coisas bem explicadas para que a Carcará cabeça dura não me odiasse a vida inteira.

— Olha Emília, eu sei que eu tenho um histórico não muito confiável, mas dessa vez a culpa realmente não foi minha, ok? — Não era nem sobre aquilo que eu queria falar, no entanto, a desconfiança de Emília sobre eu ser o pivô de todo esse duelo realmente me deixa um pouco irritado. — Mas enfim, não era sobre isso que eu queria falar. Eu só queria que você soubesse que a atitude que eu tomei em relação aquele outro assunto foi pensando em todos nós. Nós estávamos completamente fodidos, se um adulto não intervisse seria mil vezes pior! — Nós éramos um bando de adolescentes mexendo em cena de crime. Óbvio que coisa boa não iria sair disso, e mesmo que eu não tenha consultado a todos para tomar a atitude que eu tomei, foi de longe a melhor de todas. Por mais que sejamos intrometidos, nós, infelizmente não somos detetives e não tínhamos todas as ferramentes disponíveis para fazer nossa própria investigação, então por que não chamar um adulto? Nós só estávamos no lugar errado e na hora errada, eu canso de dizer isso para mim mesmo, mas mexer em cena de crime, aí já fode com todos nós. E era isso que Martinez não conseguia entender. — Eres realmente cabezota, ¿verdad? — Ela continuava sem entender o meu ponto de vista, para ela eu queria, de fato, dedurar a todos sem mais nem menos. Mas se meu intuito fosse realmente ser x9, então eu teria feito isso de forma anônima e não ter dado as caras como dei. — Si realmente quisiera joder con todos, ¡no habría estado atrapado en esa habitación contigo! — Eles podiam me chamar de barraqueiro, surtado, encrenqueiro ou qualquer outra coisa, mas de desleal? Jamais!

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that's life
Each time I find myself layin' flat on my face, I just pick myself up and get back in the race. That's life!
Emília Martinez
COMASUL » Funcionário da seção 1
Emília Martinez
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COMASUL: Pesquisadora Responsável por Tierra Viva (Estagiária)
Dom 28 Jun 2020 - 2:56
Pagando os pecados Um revés súbito castigo nos moinhos
Concha de la lora
CasteloBruxo
Moinhos
Emília só queria ir para o seu alojamento e descansar, mas ao invés disso estava indo para à casa dos moinhos e passaria umas boas horas limpando cocô de coral por um crime que não cometeu. E para piorar não conseguia odiar Aisha Evangelista nem naquele momento. A coordenadora de CasteloBruxo era uma espécie de deusa, uma entidade… Sei lá. Contudo, Emília estava com raiva (talvez, inclusive, estivesse com mais raiva de si própria que alguém em específico), então durante a eterna caminhada até os moinhos permaneceu calada e evitando olhar para os meninos que estavam ao seu lado. Com Olimatã por perto e autorizado a chicotear as canelas de geral tudo que a Martinez não queria era dar motivos para tal.

Embora a menina não estivesse encarando-os diretamente adicionava mil notas mentais, estas por sua vez, acompanhavam seus passos. Dentre tantas notas e questionamentos dois pensamentos destacavam-se: Será que ser bonito e ser idiota é um combo que acompanha os meninos? E por que demônios havia entrado no meio da discussão deles? No fim das contas parece que a sanidade mental não está em dia, não é mesmo?

Porém, agora era tarde para chorar por qualquer coisa, cabia aos três aceitar e pagar pelos seus pecados. Aos olhos da goleira alguns entenderam isso melhor que outros.

Assim que os três chegaram ao local do castigo Julio tentou, sem sucesso, organizar a bagunça ao entregar a cada um uma espátula e sinalizar para ambos os guelrichos. Todavia, Matteo não estava afim de colaborar (tinha que ser, né?). Ao invés disso  ele puxou a menina para um canto qualquer mais distante dos olhos de Olimatã e Julio.
― ¿Qué crees que estás haciendo? tenemos un castigo que cumplir, ¿lo entiendes? ― Disse, contudo o menino insuportável (porém, bonito) fez questão de ignorá-la, de novo. Será que isso se tornaria um hábito? Primeiro na enfermaria, agora ali. Aff. Se tem uma coisa que Emília não gosta é exatamente isso. Além de ignorá-la  o ser humano ainda queria que ficassem escondidos. Por Tupã! Ele só podia estar louco, pensou enquanto revirava os olhos. Como não queria que aquele castigo se estendesse mais que o necessário concordou em escutá-lo.
― humhum, sei… ― Disse a menina totalmente descrente e com os braços cruzados. Era difícil acreditar que tudo aquilo não era culpa de Matteo. Entretanto antes que a Carcará pudesse complementar qualquer nível de descrença ele a interrompe dizendo que aquele não era o assunto principal.
E, de novo, a caixa veio à tona. Aquele maldito dia e aquele maldito objeto faria parte da vida deles por mais tempo que Emília gostaria de admitir. E sim, Matteo tinha razão a raiva que sentia do Bedoya nasceu naquele dia.
― O problema… Não se por que estamos tocando nesse assunto de novo, você vai simplesmente ignorar tudo que eu disser…  Pero, el problema no era que pusieras a un adulto en el medio, sino que no consultaras a nadie, ¿sabes? eso no era un problema solo tuyo... 12 personas participaron de eso y tú simplemente ignoraste ― Disse em sua língua materna para que apenas o argentino entendesse. ― Só que isso você nunca vai entender, não é? Você só faz o que te dá vontade e foda-se… ― Disse revirando os olhos. Aquele não era um bom dia para provocar uma carcará.

Matteo por outro lado parecia que não estava entendendo o mau-humor de Emília. Pois continuava tentando enfiar na cabeça da menina algo sem sentido e quando não conseguiu convencê-la sou restou chamá-la de cabeça dura ou senhorita super-teimosa.
― Cabezota? ― Disse em tom desaforado, descruzando os braços pela primeira vez durante toda aquela conversa ― Cabezota es tu madre. ― Disse, sem desviar o olhar ou tremer. ― Oimé, cariño… Você podia até estar certo, mas perdeu toda a razão quando simplesmente estragou o plano todo… Nós tínhamos um plano, Bedoya. Agora a Bianca sabe de tudo e sabe-se lá o que ela vai fazer. Isso pra mim foi ser desleal, sim. ― Aproximou-se, falando mais baixo que o normal, sua voz era quase um sussurro. ―  Mas chega desse assunto, nossas vidas andam complicadas demais e não quero mais complicações. ― Pediu por fim. Ainda queria sentar e conversar sobre isso de forma decente e não sob efeito da raiva, mas, parece que quando se trata do Bedoya é só esse o sentimento que existe. Seu coração chega a palpitar de um jeito estranho, um jeito que ela não sabe exatamente como ler.

― Realmente… Se quisesse foder com todo mundo você não perderia tempo se explicando… Talvez aí você tenha um ponto, Bedoya. ― Admitiu, de forma custosa.  ― De Hecho, de hecho… ¿por qué parece tan importante que entienda tu versión de la historia? ― com a sobrancelha arqueada, perguntou subitamente. Ele tinha pelo menos dez outras pessoas para explicar suas atitudes, mas parecia ter invocado com a quintanista argentina. Primeiro a tentativa de DR no campo, agora toda aquela explicação….

Julio Torres
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Medibruxo
Julio Torres
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HMC: Medibruxo Estagiário
Dom 28 Jun 2020 - 14:37
JulinhoAs gatas borralheiras
O caminho até os moinhos foi mais calmo do que pensei. Silenciosamente suspeito para qualquer um que nos conhecesse e, principalmente, para Emília que chegou a participar da briga. O motivo disso foi o beijo que aconteceu entre o Bedoya e eu quando ficamos sozinhos durante o tratamento da carcará. Pra ser bem sincero, nem eu entendi muito bem o que rolou ou qual foi o motivo da investida de Matteo, mas não tinha o que reclamar. Isso era um sinal de que ele já tinha me perdoado pela surra, né?

Não demorou muito e chegamos até os moinhos acompanhados pela caipora emburrada que se sentou próxima a uma cesta de palha onde encontramos espátulas metálicas e guelricho, sinal que teríamos que mergulhar, pelo menos uma boa notícia. — Quanto antes a gente começar, melhor. — Distribuí as espátulas, voltando a encarar Matteo pela primeira vez depois do ocorrido. O Bedoya não parecia nada satisfeito com a tarefa que lhes fora dada, muito menos Emília que nem deveria estar ali. Sinceramente, eu não entendi muito bem o motivo de tanta revolta por parte do Bedoya, mas enfim.

Os dois que eram — definitivamente — mais íntimos do que eu imaginava se afastaram para o lado oposto dos moinhos para começar a limpeza. Deviam achar que eu sou muito burro pra pensar que iriam fazer algo além de conversar. Da cesta, peguei um guelricho e engoli inteiro para adiantar o trabalho das duas princesas faladeiras. Senti, então, uma coceira irritante bem próxima as orelhas e notei as mãos e pés se tornando mais pesados devido ao crescimento de membranas interdigitais para auxiliar no nado, não que eu precisasse ir muito fundo para limpar os detritos de Coral Vivo.

Com o ar queimando as guelras que nasceram em meu pescoço, me despi por completo e mergulhei na água com a espátula na mão. Ah, a liberdade. Não me julguem, mas a primeira coisa que fiz não foi limpar os cristais vermelhos presos na parte submersa dos moinhos. Ao invés disso, nadei sem ser notado até próximo o suficiente dos outros dois para ouvir sua conversa. Foi errado, mas, em minha defesa, não adiantou de muita coisa. Os dois insistiam em falar em sua língua materna que, ao contrário do que muitos dizem, não é nada simples de entender. Meu vocabulário espanhol se resumia a "que cojones", mas, levando em consideração o tom de voz que usavam, não era necessário conhecer a língua para saber que se tratava de uma briga. Mas qual o motivo? Fiquei ali submerso, fingindo estar cumprindo a tarefa da detenção enquanto me esforçava para tentar entender do que se tratava toda a conversa.

Detenção | Moinhos | Manhã


Matteo Bedoya Agüero
COMASUL » Funcionário da seção 1
Matteo Bedoya Agüero
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COMASUL: Assistente do Gabinete Presidencial
Seg 29 Jun 2020 - 1:51
Castigo no Moinhos

« IN-FER-NO »
Quando é que ela iria entender que não havia como eu consultar onze pessoas antes de tomar alguma decisão? Era complicado, a situação pedia medidas drásticas e urgentes e até onde eu sei, ela fora a inconsequente que decidiu por conta própria tomar o conteúdo do frasco de poção sem pedir a opinião de ninguém também. Até onde sabíamos aquilo poderia ser facilmente veneno. No entanto, ao menos ela admitiu que eu tinha razão em uma coisa: eu não queria dedurar ninguém. Olhei abobado para Martinez e já ia dizer o quanto eu estava admirado com sua reação quando fui pego de surpresa pelo indagamento dela. A pergunta que não queria calar. Por que eu estava tão fissurado em ter o perdão de Emília? Eu ainda não sabia ao certo, mas sabia que ela despertava em mim certas... coisas. Mas eu morreria sem admitir absolutamente nada para ela, eu não daria esse gostinho à Carcará. — Não é por nada, é só para que não pensem que eu sou um completo dedo duro, só isso. — Tentei inventar uma desculpa nada convincente até que vi, debaixo d´água o Torres nadando próximo de nós. Eu estava tão absorto na discussão com Emília que sequer vi ele entrando na água. Júlio até que estava bem escondido, mas minha habilidade conseguia captar suas emoções, não adiantava sequer tentar esconder. Como podia ser tão fofoqueiro? Revirei os olhos e pensei que lidaria com ele depois. — Melhor mudarmos de assunto, pois há um curioso entre nós. — Era impressão minha ou o Júlio estava totalmente sem roupa? Espero que não, pois não estou com o psicológico preparado para vê-lo completamente nu. — Vamos al trabajo, mas sabe... — Tirei minha camisa na frente da Emília e minha calça também, ficando apenas de cueca. Comi o guelricho sem pensar muito, pois acharia nojento se parasse para refletir sobre o que eu estava fazendo. — Fiquei feliz em saber que pelo menos uma coisa eu consegui mudar dessa sua cabecinha dura. — Pisquei para a Martinez, depositei um beijo no canto da boca dela e mergulhei antes mesmo que a transformação em meu corpo estivesse completa. Estava fugindo de uma possível agressão física da Carcará.

Assim que mergulhei, assustei-me com o fato de dar de cara com o Torres completamente nu. Arregalei os olhos e tentei focar em outra coisa que não fosse determinada parte de seu corpo, se é que me entendem! Querendo acabar com a graça dele, eu foquei onde ele estava e tentei fazê-lo sentir medo. Queria que Júlio, do nada, sentisse medo de nadar. Seria cômico vê-lo saindo da água nu e assustado, isso seria ótimo para ele deixar de ser um bisbilhoteiro e exibido, por querer mostrar toda essa gostosura assim, do nada. Concentrei-me no garoto e tentei fazer algo que nunca havia feito com minha habilidade, implantar sentimentos em outras pessoas. As chances disso dar certo eram muito baixas, porém as chances de dar merda eram altíssimas, mas como eu gosto é do estrago eu sequer hesitei em tentar.

info:


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Narradora
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Narradora
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Contar Histórias
Seg 29 Jun 2020 - 1:51
O membro 'Matteo Ornellas Bedoya' realizou a seguinte ação: Lançamento de Dados


'IM-1' : 10
Iemanjá
TLC » Administradores
Iemanjá
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Qua 1 Jul 2020 - 15:20
AVALIAÇÃO - CAUSA E CONSEQUÊNCIA
The Last Castle RPG



A tentativa de Matteo em impor a Julio o sentimento de medo foi muito mais eficiente do que ele podeira imaginar. O Torres que se esforçava para ouvir a conversa dos dois amigos por dentro da água sentiu o peito pesado e o medo tomar conta de todo o seu ser. Medo do que, exatamente? Da água. E estava rodeado por ela. O sentimento negativo se tornou desespero e o Julio sentiu-se afogar, apesar de suas guelras ainda serem presentes no pescoço. Em desespero, o garoto impulsionou-se para fora d'água e caiu, nu, sobre o cascalho à margem das águas.

As pedras acabaram ferindo seus joelhos e canelas, mas isso não teve tanta importância para o garoto que, agora, hiperventilava com ambas as mãos sobre as têmporas, sentindo pavor de voltar para a água e dificuldade de respirar fora dela devido as guelras recém adquiridas.

Consequência: Julio perde 5 pontos em sua barra de vida (já debitados em seu perfil), em função dos ferimentos em suas pernas e manterá o estado de desespero completo por três rodadas completas, ou até o fim da RP caso esta acabe antes.

TLC.RPG
XIII
Emília Martinez
COMASUL » Funcionário da seção 1
Emília Martinez
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Ocupação :
COMASUL: Pesquisadora Responsável por Tierra Viva (Estagiária)
Qui 16 Jul 2020 - 0:59
Pagando os pecados Um revés súbito castigo nos moinhos
Concha de la lora
CasteloBruxo
Moinhos
Meus velhos, Matteo era, literalmente, uma caixinha de surpresas e ao que parece sua filosofia de vida é algo muito semelhante ao “vocês que lutem” porque não é possível, só Iemanjá sabia quantas respiradas fundas Emília estava fazendo para tentar entender um pontinho na imensa confusão que é o Bedoya.

A menina, com sua boa fé, lutava para não matá-lo afogado, porém, ele não fazia o tipo de pessoa que ajudava, isso era enlouquecedor. Todos os sentidos de Emília gritavam que se a menina passasse mais tempo tentando entendê-lo iria enlouquecer.

O menino era muito volátil, teimoso e um tanto dissimulado para que ela conseguisse processar a tempo. Há poucas horas atrás estava disposto a brigar e agora queria que ela ao menos visualizasse seu ponto de vista, embora este fosse altamente questionável. Será que ele simplesmente passaria de um babaca irresponsável à alguém passível de redenção?

Definitivamente muitos pensamentos ocupavam a mente da goleira, alguns ela ainda não entendia ainda (fazer o que, né, mores… Emília pode ser meio lerda, às vezes). Principalmente, quando tinha alguém se despindo em sua frente. Emília pigarreou desviando o olhar.
― Foi apenas uma gotinha no oceano, não se gabe. AInda não gosto de você. ― Disse ela, em resposta ao comentário dele, sobre ter conseguido mudar alguma coisa na cabecinha da carcará argentina.
Enquanto o menino mergulhava Emília permaneceu com o seu delay na superfície. Ainda não tinha acreditado em tudo que acontecera desde a aula de voo. A mesma tinha ocorrido essa manhã, contudo, na percepção da Martinez fazia oitenta e quatro anos.

Quando viu que os meninos pareciam realmente com vontade de terminar aquela detenção o mais rápido possível (uma coisa que os três concordavam), tirou a blusa e a calça com a intenção de mergulhar, faltava apenas comer sua porção de guelricho. Coisa que ela faria se não tivesse ouvido um grito agoniado. Invés de mergulhar a menina correu em direção aos cascalhos, local onde Julio estava caído e agonizando (e diga-se de passagem nu, mas, vamos fingir que na emoção do momento ela não percebeu nadinha).

Sério, quando a menina percebe que algo estranho havia ocorrido com Julio ela só vai ao seu encontro, tentando socorrê-lo. Talvez, soubesse algum feitiço capaz de ajudá-lo ou algo do genêro. O plano seria válido se os três seres humanos ali não estivessem com as varinhas confiscadas até o término daquela detenção, que ia demorar mais do que ela esperava.
―  Julio?! ― Não queria gritar, mas sua voz saiu um pouco mais alta do que o esperado ao ver o loiro naquele estado. Na mente apaixonada de Emília o Torres era alguém bonito demais, popular demais, descolado demais. Nunca imaginou vê-lo em uma posição de vulnerabilidade ou medo. Porém, lá estava ele, vulnerável… Para Emília não foi uma cena agradável de ver.
― O que aconteceu? ―  Perguntou quando se aproximou, mas o menino não parecia em condições de falar, apenas balbuciava coisas que Emília não compreendia.  
― Ei, ei… Calma. ―  Disse baixinho quando finalmente encontrou os seus olhos intensos e perdidos. Emília se ajoelhou ficando de frente para ele, pela primeira vez o rosto dele estava acomodado em suas mãos e dos seus olhos saiam lágrimas copiosas, naquele momento, ela não se importava que Julio estava nu, nem com a Caipora que observava-os bem de longe, a coitada achava que o trio realmente estava fazendo o trabalho ou não queria se meter ali e eles que se virassem (se minha vida dependesse de uma dessas opções, sem piscar, escolheria a segunda). Naquele momento, Emília não pensou nem em Matteo que estava esquentando seu juízo desde a hora que acordara.

A goleira simplesmente envolveu o Torres em um abraço. Um abraço apertado e sussurrou em seu ouvido: ― ei, você está seguro. Você está seguro, seja o que for vai passar logo. ― Disse apertando ainda mais o abraço e levantando-se tentando movê-lo dos cascalhos que arranhavam suas pernas e braços para a parte mais arenosa.    

Enquanto movia o menino com dificuldade olhou a cara assustada de Matteo e ficou ainda mais sem entender nada. A fama de Julio por toda Castelobruxo consistia em ser um naturalista que amava banhar-se nos lagos da escola. O que rolou lá embaixo, meu pai?

Podia ser uma acusação muito injusta, talvez, ela estivesse baseada em ranço e ressentimento, mas quando Emília olhou para Matteo imaginou que ele tinha algo a ver com o ocorrido, só conseguia fuzilá-lo com o olhar.
― Que hiciste, basura? ― Disse sem emoção. Emília não gritou, não queria bater em ninguém... Pela primeira vez não havia um furor histérico que tinha vontade de avançar nele; havia apenas desapontamento. ― Acho que a Aisha quer que a gente se conecte e não que se mate… ― Disse, livrando-se dos cascalhos e encontrando e sentando-se com Julio em uma parte lisa, muito própria de o de o menino caiu.
Emília permaneceu ali, envolvendo-o.

Julio Torres
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Medibruxo
Julio Torres
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HMC: Medibruxo Estagiário
Dom 19 Jul 2020 - 12:36
JulinhoAs gatas borralheiras
Meu plano de ouvir a conversa dos dois acabou dando errado. Muito errado, diga-se de passagem. Pra ser sincero eu não sei muito bem o que aconteceu, não sei de onde veio ou por que, tudo estava confuso demais para responder qualquer uma dessas perguntas. Não estão entendendo nada, né? Vou explicar. Lá estava eu, submerso nas proximidades dos dois gostosos que conversavam à margem, tentando ouvir do que se tratava aquela conversa inflamada mas deu tudo errado, literalmente.

Primeiro porque os dois discutiam em espanhol. Quem faz isso dentro de Castelobruxo? Só podia ser brincadeira. Segundo porque eu surtei. Eu já me afastava dali para começar o trabalho de limpeza nos moinhos quando comecei a ter dificuldade para respirar. O que estava acontecendo? Levei minhas mãos ao pescoço e as aberturas que teoricamente me permitiam respirar debaixo d'água ainda estavam ali, meus pés ainda estavam chatos como nadadeiras e os movimentos de meus dedos restritos por membranas que os grudavam uns nos outros. O guelricho ainda funcionava e pelos meus cálculos eu ainda tinha mais cinquenta minutos antes de seu efeito passar, então por que?

Não sei o motivo e nem como, mas fui tomado por uma inexplicável onda de medo. O sentimento cresceu em meu peito e fez meu coração querer saltar pela boca, chocando-se forte contra minha caixa torácica. Dor. Medo. Pavor. Com um grito abafado pela água, nadei para a superfície o mais rápido que pude e saltei para fora da água, em direção à margem. Sem muito calcular, caí sobre os cascalhos que circundavam toda a área e me arrastei sobre as pedras para tomar distância da água que — por algum motivo que não sabia dizer — era meu pior pesadelo.

Se submerso estava difícil manter a respiração ritmada, fora estava um pouco pior, mas eu não voltaria para a água. De jeito nenhum. O ar queimava as guelras e eu seguia tentando me manter calmo, respirando ruidosamente pela boca. Em movimentos bruscos eu tentava secar meu corpo, esfregando as mãos nas pernas e braços, tinha que me livrar daquela água. O rosto molhado devido ao mergulho? Lágrimas. O que diabos estava acontecendo? — Ah- Nã- Vo- — Expliquei a Emília que nem eu sabia o que havia acontecido, mas não podiam mais entrar na água e pela expressão facial da garota eu percebi que não passou de uma tentativa. As palavras não se formavam e, pra falar a verdade, nem meus pensamentos pareciam seguir uma ordem lógica.

Hiperventilava com dificuldade de respirar, sentia-me tonto como se fosse desmaiar a qualquer momento. Morreria asfixiado, nu, dentro da escola e em uma detenção; que fim horrível. Foi quando senti os braços de Emília em envolverem em um abraço e por um momento me senti seguro. O medo ainda se fazia presente, meu corpo inteiro ainda tremia, o ar ainda queimava as guelras em meu pescoço e olhar para a água ainda fazia meu coração disparar, mas ao menos eu não estava mais sozinho. Estava encolhido, com ambas as mãos um pouco abaixo das orelhas para diminuir a dor, e o rosto colado nos joelhos enquanto a Martinez me abraçava. A garota parecia culpar Matteo de ter feito algo comigo, mas isso não devia ser possível, ele nem sabia que eu estava tentando espionar os dois e se fosse assim tão poderoso teria ganhado o duelo, né?

Detenção | Moinhos | Manhã


Matteo Bedoya Agüero
COMASUL » Funcionário da seção 1
Matteo Bedoya Agüero
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583
Ocupação :
COMASUL: Assistente do Gabinete Presidencial
Dom 19 Jul 2020 - 13:59
Castigo no Moinhos

« IN-FER-NO »
O sorriso que brotara em meus lábios ao ver o desespero de Júlio logo se desfez ao perceber que aquilo estava muito além do que eu imaginei que fosse. Meu intuito era apenas assustá-lo levemente e rápido, só para que ele pudesse sair correndo pelado por aí e passasse um pouco de vergonha. Mas o sofrimento de Júlio era agonizante até mesmo de ver. Com certeza o uso da meu dom havia dado completamente errado e eu fiz algo que não tinha a mínima intenção de fazer com o Torres que era traumatizá-lo de alguma forma, pois a maneira como ele tentou escapar da água não era a de alguém que estava apenas com medo, e sim apavorado. Nadei atrás dele assim que o vi saltar como um  peixe para fora d'água e já imaginei em como eu faria para tentar reverter a situação a qual eu o havia colocado. Merda.

Saí da água correndo e sentindo o desconforto nas guelras por conta do ar. Se para mim estava sendo difícil, imagina para o Torres que tentava buscar o ar como se por um segundo estivesse esquecido como se respira. Quando eu o alcancei, Emília já estava o abraçando e acolhendo-o com o intuito de acalmá-lo. Ela estava apenas de calcinha e sutiã e antes que eu pudesse abrir a boca para dizer qualquer coisa, a goleira dos Carcará já viera com sete pedras na mão acusando-me sem nem ao menos saber o que havia acontecido. Infelizmente, dessa vez ela estava correta. — Nem tudo que acontece é culpa minha, Martinez, para sua infelicidade. — Juro que eu não queria ser dissimulado a tal ponto, mas eu não poderia contar a verdade para ela, não agora. Isso apenas geraria um desconforto ainda maior para uma situação que já estava demasiadamente fora de controle. Eu tinha dificuldade em respirar, mas ajoelhei-me diante dos dois e agarrei o rosto de Júlio com ambas as mãos tentando fazer com que ele focasse em meus olhos. — Júlio, olha pra mim. Vai ficar tudo bem, ok? Vai ficar tudo bem, nós estamos aqui com você. — Apertei o rosto dele com força e depositei um beijo em sua testa, sentindo meu coração partir em mil pedaços ao vê-lo naquele estado. Ele sequer parecia o garoto que havia acabado de me derrotar num duelo há minutos atrás, o que eu havia feito com ele? A vontade que eu tinha era de utilizar meu dom novamente para tentar desfazer o que havia feito, mas o medo de que a situação acabasse piorando era mil vezes maior, então eu apenas segurei a vontade que eu tinha de desabar num choro tão sofrido quanto o do Torres e de confessar para ambos que aquilo era culpa minha e decidi agir. — Emília, eu vou distrair a Olimatã e vou fazer a detenção sem vocês antes que ela chame a Aisha de volta. Toma conta dele. — A caipora ainda não havia dado falta de nós, mas a partir do momento em que ela percebesse que nós três não estávamos cumprindo a detenção e estávamos aqui, agarrados a um Júlio completamente nu, nós veríamos novamente a figura de Aisha e aí sim as coisas poderiam ficar feias. Ergui-me rapidamente, passei a mão pelo cabelo molhado, peguei os objetos para limpar o píer e voltei para água. Mergulhei sentindo um aperto no peito muito grande e pensei em tudo que aconteceu no início do ano. Em como eu afastei minha família, Arón e até o Timothée por causa do meu dom e como, novamente correria o risco disso acontecer novamente. A partir do momento em que ambos descobrirem que tudo isso foi culpa minha, nenhum dos dois irá querer olhar na minha cara nunca mais, principalmente Júlio. Encostei na parede do píer cheia de detritos dos corais vivos e comecei a chorar, sozinho, dentro d'água. Assim como o Júlio, eu me encolhi, agarrei fortemente a espátula com uma das mãos para não perdê-la e abracei forte minha perna contra meu peito. Fiquei ali, chorando silenciosamente. Não era o meu intuito fazer aquilo. Eu vi o Torres praticamente tornar-se alguém que eu jamais imaginei ser, assustado, indefeso e frágil. E por minha culpa. Fiquei chorando ali, longe de todos até que eu pudesse finalmente ter forças para continuar a tarefa. Eu precisava me recuperar, pois no momento, essa é a melhor forma que tenho de ajudá-los, pois lá em cima, eu sei que eles estão bem melhor sem mim.

And it's the thousandth time and it's even bolder, don't be surprised when you get bent over, they told you, but you were dying for it


that's life
Each time I find myself layin' flat on my face, I just pick myself up and get back in the race. That's life!
Emília Martinez
COMASUL » Funcionário da seção 1
Emília Martinez
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458
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COMASUL: Pesquisadora Responsável por Tierra Viva (Estagiária)
Qua 29 Jul 2020 - 23:01
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Pagando os pecados Um revés súbito castigo nos moinhos
Concha de la lora
CasteloBruxo
Moinhos
Julio estava desnorteado, encolhido e com medo.

Matteo tinha uma cara de culpado; não um culpado qualquer, que logo admitiria a própria culpa, a cara dele estava mais para aquele tipo de pessoa que nunca admite a própria culpa. Matteo quando saiu da água parecia um daqueles suspeitos criminais que carrega um segredo para o túmulo, deixando o caso sem solução. Infelizmente, o Bedoya é esse tipo de pessoa. O tipo de pessoa que a Martinez não gostava nenhum pouco, ou talvez… Bem, isso não vem ao caso.

O que vem realmente ao caso, minha gente, é Julio Torres. O menino agia como se tivesse presenciado o inferno. E foi algo assim que Emilia treplicara diante da resposta explosiva do Ornellas. A menina odiava a forma debochada dele de ser, oh, Tupã! Esses três ainda vão se meter em grandes e inexplicáveis confusões.
― Minha infelicidade? Aham, aham.. Sem tempo pra isso Matteo. ― E, acho, que pela primeira vez na vida eles concordaram em algo.

Enquanto o Bedoya tentava acalmar Julio, Emms buscou nas proximidades de onde estavam por roupas abandonadas, afinal, Julio não poderia ficar para sempre sem roupas, Olimatã ou, pior, Aisha faria questão de massacrá-los caso entendesse aquela cena de maneira muito errada.

Além das roupas Emília encontrou algumas folhas de bananeira que volta e meia os alunos, de forma geral, enfeitiçam para apostar algum tipo de corrida, dessa vez, entretanto, essa não era a vez daquele trio, sem varinha, estavam ali para limpar, somente isso! Eles três conseguem transformar uma detenção simples e corriqueira em um evento digno de um Emmy (minha gente, e como conseguem, viu…)

Quando se aproximou novamente de Julio, Matteo parecia ter pensado em tudo, o que pegou Emília totalmente desprevenida. Ela estava preparada para qualquer situação infantil ou graçinha vinda do menino, porém isso não aconteceu.
― M-mas… ― tentou começar ainda surpresa, contudo não era o momento de ser uma cabeça-dura. ― Ok… Você tem menos de uma hora, por causa do guelricho... ― Disse quase como um sussurro. ― Ei, Matteo… ― Falou antes do menino mergulhar. ― Toma cuidado lá embaixo.. ― Disse mordendo o lábio. Ok, agora, na mente de Emília estava passando que, talvez, ela estivesse exagerando e se apressando em culpar o Bedoya, mas a real mesmo é que ela não tinha provas sobre suas acusações, nem mesmo sabia o que havia acontecido lá.

Quando o menino desapareceu de vista Emília voltou para perto de Julio. Ele ainda estava na mesma posição anterior, encolhido. Uma mistura de incredulidade e medo podia ser sentida ao olhar em seus olhos. A menina ajoelhou-se frente a ele, meio sem saber o que fazer, afinal, em todos seus quinze anos de vida nunca presenciou alguém naquele estado. Ao notar que Julio focava o olhar no lado, a goleira dos Carcará pegou o seu rosto, quase como se fosse uma porcelana capaz de quebrar a qualquer momento.
― Ei… Ei.. Olha aqui… Você não vai precisar voltar lá, tá? Não hoje… ― Disse depositando um beijo no alto da sua cabeça. ― Nós... vamos cuidar de você. Não vamos deixar você sozinho. ― Disse numa tentativa de tranquilizá-lo. ― Eu encontrei suas roupas ali. ― Disse, só então, dando-se conta do quão aquela situação atípica podia ser constrangedora.

― Já sei! Enquanto buscava suas roupas ali, vi umas folhas de bananeira, vou pegar. Vai ajudar você a aguentar o efeito do guelricho e, de certa forma, proteger um pouco do sol, porque… porque deve está incomodando horrores isso aí. ― Começou a tagarelar. Nem sabia se o menino estava entendendo as coisas que ela dizia. ― Pera aí, é um minuto, talvez um pouquinho mais, mas não sai daqui. ― Disse. Primeiro porque não queria que nada mais estranho acontecesse e segundo porque Olimatã parecia deixá-los em paz ali. A menina correu até o ponto que ela viu umas folhas de bananeira que para sua sorte estavam úmidas. Pegou algumas, enquanto as catava só conseguia pensar o quão a vida com uma varinha era mais fácil.

A menina mantinha um olho nas bananeiras e outro em Julio. Daria tudo para saber o que aconteceu ou o que se passava na cabeça dele nesse momento.. Mas, que grande merda tudo isso!

Assim que pegou as folhas de bananeira que aguentou carregar vou para o Torres. Ele ainda estava muito assustado, mas um pouco mais calmo e talvez meio preocupado… Nesse momento Emília não soube interpretar o que estava expresso em seu rosto.
Ela tentou sorrir para amenizar a situação e disse:
― Peguei o que consegui alí. Elas estão um pouco úmidas, vai ajudar. ― Disse antes de começar envolvê-lo com as folhas. Julio ainda tremia, mas ajudou Emília na tarefa e quando ela terminou voltou a sentar perto dele.
― Está um pouco melhor? ― Perguntou com uma sobrancelha levemente arqueada de preocupação.

O menino apoiou a cabeça em seu ombro e Emília não sabia mais o que fazer. Agora que estava sentada e o medo inicial que permeava sua mente passou, percebeu que seu seu coração permanecia acelerado. Mas ela sabia que agora não era por medo de ver alguém morrer ou medo de encontrar um corpo por aí, na verdade, era a simples presença do menino que a deixava assim.

Pegou a mão dele que ainda estava transformada devido a ação do guelricho e colocou um pedaço da folha em cima.
― Logo esse efeito ruim vai passar, Ju.. Julio. ― Pelo menos era com isso que Emília contava, afinal, como explicaria isso no futuro?

Os minutos foram passando, as coisas foram ficando mais serenas e quando Emília percebeu que o efeito do guelricho estava quase no fim e o Torres mais calmo, a menina arriscou perguntar:
― O que há entre você e Matteo? ― esperou que qualquer resposta viesse.

Quase ao mesmo tempo Matteo retorna das profundezas do lago, já sem efeito nenhum da alga em seu organismo.
Ele fala algo sobre fazer o que pôde, mas ainda ter sujeira lá para limpar. Honestamente, algo assim era mais que esperável, afinal, o menino nunca limpou nada na vida.
― Eu vou lá terminar… Ainda não comi meu guelricho e acho que consigo terminar rápido, a gente precisa das nossas varinhas de volta, hoje, de preferência. ― Disse determinada. (Uma determinação que eu não sei de onde sai, namoral.)

Apenas uma coisa naquela dinâmica toda preocupava a Martinez… Será que deixar Julio e Matteo sozinhos era uma boa ideia?
― Eu só tenho um pedido, bem pequeno... Não se matem, sério. Eu quero ir para meu alojamento e não outra detenção. ― Disse séria, olhando especificamente para o menino mais esquentado de toda Castelobruxo, Matteo Ornellas Bedoya. Assim que se levantou depositou um beijo na bochecha de Julio. Andou até a beira da água e tomando coragem engoliu a alga de horrível e mergulhou.

Rodeou a casa de máquinas analisando toda a situação que teria que limpar e para a surpresa, mais uma vez, Matteo havia feito um trabalho melhor que o esperado. Talvez, Emília tivesse muita pouca fé no menino, afinal de contas, ou ela está muito certa sobre o temperamento questionável do menino e só quer uma desculpa para não acreditar na própria intuição. Pois, minha gente, um segredo a parte é que a Martinez tem um complexo de achar que todas as pessoas são boas ou podem mudar.

Mas, vamos deixar de papo e trabalhar, né? Afinal, sem trabalho, sem varinha.Segundo a explicação da dona Aisha os corais vivos tem se fixado no pier e nos moinhos; seus detritos (cocô) diminuem a eficiência da casa de máquinas, ou seja, entopem tudo. É fácil identificá-los pois diferente do que se espera eles são fragmentos dos próprios corais de cor avermelhada, dessa forma, com alguma ferramenta conseguimos tirá-los dali. Era isso que Emília tinha que fazer para recuperar sua varinha.

E foi isso que ela fez. Ficou durante uma longa hora cuidado do cocô de corais vivos. O guelricho ajudou muito a sua habilidade de nada e o tempo que passara com sua avó Justina também, haja vista que a mulher é magizoologista e volta e meia a carregava para algumas viagens loucas. Pelo menos, tudo isso teve um lado muito positivo. Os corais vivos são ótimos em curar queimaduras e para sua surpresa, sua mão outrora queimada, se recuperou quase instantaneamente.

Ipupiara
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Ipupiara
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Dom 9 Ago 2020 - 9:59
AVALIAÇÃO - CAUSA E CONSEQUÊNCIA
The Last Castle RPG


Detenção finalizada. Varinhas recuperadas. Tentem para de se meter em encrencas (ou não!).

Peçam a finalização da RP.
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Jaci
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Jaci
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Dom 16 Ago 2020 - 19:58
ENCERRADO
seu desejo é uma ordem!

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