The Last Castle - RPG :: Tópicos de Personagem e RPs Arquivadas :: Arquivo de RPs Finalizadas :: RPs do Castelobruxo
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JAN2026
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ADMAGO
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7/06. atualização do tablón
1/08. estamos de volta
13/08. atualização dos ranks gerais do fórum
00mes
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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Emília Martinez

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Verônica Dourado
TLC » Adulta
Verônica Dourado
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Diretora de Castelobruxo
Seg 23 Nov 2020 - 11:03
Banquete de fim de ano - 2020
Castelobruxo - The Last Castle RPG

4 de dezembro de 2020, sexta-feira, noite.

2020 foi um ano complicado em todo o mundo bruxo latino americano, mas principalmente para quem esteve presente na Escola de Magia Brasileira, Castelobruxo. Tantos foram os acontecimentos trágicos e chocantes acontecidos nos terrenos do castelo, que muitos alunos e até funcionários haviam decidido de vez abandonar as aulas e suas funções. Ainda assim, em meio à inusitadas situações, ao fim do ano, com o mundo bruxo aparentemente sendo posto aos eixos de boa segurança novamente, mais uma vez a esperança era presente na convivência de funcionários e alunos do Castelo, e assim sendo, não poderiam deixar de celebrar em conjunto o fim de mais um ano naquela escola, predominando a ansiedade de mais um ano que estava por vir.

O caminho de Ybirá até o enorme refeitório estava iluminado pelos frutos florescentes, como sempre, e ao chegar ao térreo do castelo, encontravam-se acesos mais frutos que o normal, brilhando em diversas cores, dando um ar divertido à área de refeições. Músicas tocavam ao fundo, não muito altas, mas bastava que o aluno falasse o nome da música perto da caixa de som enfeitiçada para que ela entrasse na fila, sendo censuradas palavras de baixo calão em qualquer língua assim que a música começasse a tocar.

Por volta de 20h00, após palavras discursadas pelos superiores da escola, o banquete começaria a ser servido, mas o refeitório já estava ali, preparado e esperando todos desde o anoitecer. Já dispensados de todas as aulas e atividades escolares, alunos e funcionários estavam livres para curtir uma noite agradável juntos, com comidas deliciosas variando de acordo com o gosto de cada um.
TLC.RPG
XIII


EVENTO FISCALIZADO POR IPUPIARA, SORTE X REVÉS ATIVO. POSTAGENS LIBERADAS ATÉ DIA 3 DE DEZEMBRO  (OFF).
Miguel Barni de Assis
COMASUL » Funcionário da seção 4
Miguel Barni de Assis
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COMASUL: Supervisor das Reservas Naturais
Ter 24 Nov 2020 - 0:02
we don't talk about it
gimme some more
O banquete da noite especial ainda não havia iniciado, mas Miguel já havia surrupiado um copo de bebida quente na cozinha — e por bebida quente, lei-ase bebida alcoólica forte, nem sabia qual, apenas havia se servido da primeira que achou. Sentado em uma das mesas espaçosas do refeitório, o Assis bebericava a bebida ardente enquanto refletia sobre a vida. Que ótimo momento para se fazer isso, não? É uma pena que o momento da bad não escolhe hora nem lugar.

Ao seu lado, no chão do refeitório, estava Betina, sua fiel escudeira, conselheira e, é claro, irritante número um, mas tudo bem, a coitada da cabra também sofria na mão do linguista, e mesmo assim continuavam inseparáveis. Em cima da mesa, Doti, seu amigo mico-leão-dourado tentava participar da conversa, mas que estava perdido por não entender a língua das cabras. Já Bianca... bem, esse era o motivo de Guel estar bem cabisbaixo naquela noite. Haviam finalizado um ano inteiro em seus novos empregos, haviam visto e descoberto coisas inimagináveis em Castelobruxo, superado tanta coisa, ele só queria comemorar, tal qual o evento sugeria, mas a namorada talvez não estivesse na mesma vibe do magizoologista. Aliás, o Barni esperava que ainda a pudesse chamar de namorada, 'né.

– Não, Betina. Eu não fiz nada, não que eu saiba! Ela também não fala, faz tempo que não tenho mais conseguido entender o que se passa, na verdade. – aproveitando que ainda estava sozinho, o linguista respondeu aos ataques da cabra, que já queria jogar a culpa nele. Mas, pensando bem, a culpa era dele sim em certa forma. Como era possível que não conseguissem se comunicar direito? Logo ele? Estavam parecendo um casalzinho de adolescentes que mal sabem interagir. Estarem de volta a CB juntos havia trazido de volta a forma de relacionamento que tinham enquanto alunos? Era só o que faltava.

– Não sei mais, Doti. Sinceramente, se ela continuar falando asneiras, vou ter que deixá-la em casa no próximo ano. – respondeu ao mico curioso para saber o que o outro animal tanto berrava, concentrando-se para falar língua de macaco e não de cabras, já que a frase podia estar perfeitamente montada em sua mente, mas sua língua automaticamente traduzia para qualquer outro idioma, por vezes sem ele ao menos perceber. Logo lançou um olhar semicerrado para a cabra que não havia compreendido aquela parte do papo, mas não estava de todo nervoso, provavelmente não teria coragem de fazer aquilo com sua companheira de horas vagas. Talvez, apenas talvez, se o docente parasse de se meter em tanta furada, Bê não enchesse mais tanto o saco.

Mais um gole. (In)Felizmente, aquela bebida não o deixaria bêbado — a magia do banquete não permitia tal acontecimento, mas ao menos podia sentir o queimar da garganta que afugentava o desconforto da situação. Observou os frutos brilhando coloridos e escutou a música que tocava ao fundo, chaaaain.. keep us together! Cantarolando junto, tentou ignorar o animal que insistia em reafirmar o quão tapado Guel estava sendo, e esperou que alguém, humano, chegasse logo para quem sabe uma conversa mais agradável.

Habilidade Especial - Poderes usados:

OFF: livre para interações.

Quest com a qual interagi:
do you know who you are?
Talita Castro Bedoya
TLC » Adulto
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Qua 25 Nov 2020 - 23:25
Sextou
Se há alguma sensação mais libertadora do que sair de uma sala de aula pela última vez no ano eu ainda desconhecia, e isso permaneceu em meus pensamentos até a hora em que de fato aconteceu, talvez a maior comemoração em meses. Como quartanista ainda era vista como 'ralé' de Castelobruxo assim como os demais anos inferiores, mas aquele era o último em que carregaria o fardo de ser uma escoteira e passaria a ser uma sênior, dado o meu desejo de continuar os estudos mesmo sem ainda ter ideia sobre o que faria depois da formatura. É claro que caprichei na produção antes de sair do alojamento, não demorando a ir onde Mikael se encontrava, ainda se arrumando com uma pressa de tartaruga - Bora, bora, bora! Tá enrolando porque? Tu vai de um jeito ou de outro mesmo. - É claro que meu melhor amigo e fiel escudeiro faria companhia naquela noite, embora sua animação não se comparasse a minha - Temos que aproveitar, sim! Nada de ficar aí isolado, rabiscando pelos cantos. Tá proibido até de pensar em se isolar hoje, viu?! - Ás vezes pensava em como pessoas tão diferentes podiam manter uma amizade tão tranquila como a nossa mesmo estando em polos diferentes. Enquanto Mika era mais introvertido, tinha que me segurar em certos momentos para não transbordar toda a energia que carregava em mim, e de certa forma essa relação funcionava muito bem. No caminho até o banquete vimos diversos rostos já conhecidos de nossa turma, e como sempre nos sentamos lado a lado, não perdendo tempo em observar a movimentação do local, no que podia perceber certo olhar diferente vindo do meu melhor amigo - Que foi? Tá tudo bem? - Indago ao outro, tombando levemente a cabeça para um dos lados enquanto o encarava com uma expressão preocupada - Olha, se ainda estiver bravo por hoje cedo eu já pedi desculpas, tá? E afinal, nem foi tão grave assim... - Tá que eu poderia ter passado um pouquinho dos limites em pegar o jovem distraído e ter lançado um bamboé para que caísse á caminho dos dormitórios, mas já havia feito algumas vezes aquilo, nem devia ser mais surpresa para ele depois de meses com essa brincadeirinha, mas algo me dizia que havia algo mais em sua expressão.


Thiago P. Dunham
CASTELOBRUXO » Docente - Voo
Thiago P. Dunham
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CB: Professor de Voo (Estagiário)
Qui 26 Nov 2020 - 17:46
Então é Natal... Não, Não, pera.
Como assim, já acabou o ano? Me parece que foi ontem mesmo o primeiro dia de aula desse ano. Era essa a frase que perambulava em minha mente enquanto me arrumava para o banquete. Eu estava perdido, não sabia o que deveria usar, na maioria dessas ocasiões, nem era eu que escolhia minha própria roupa, tudo ficava sob responsabilidade da Liandra, mas dessa vez ela não poderia me ajudar, afinal nem sei por onde ela anda. Desde aquele episódio desnecessário no bueiro, não tive mais um contato decente com minha irmã.

Dividido entre ir engomadinho ou de qualquer jeito, optei por enrolar até chegar em uma resposta conclusiva, mas se me conheço bem, é certo que não irei todo produzido. Uma camiseta branca, que não estava perfeitamente passada, mas conforme eu fosse me mexendo ela desamarrotaria por completo. A bermuda jeans padrão e, um tênis preto, para que não sujasse muito no caminho até o refeitório. Não era bem um look desleixado, mas estava longe daqueles que Liandra provavelmente escolheria. Bastava uma última jogada de água no rosto para que eu estivesse 100% pronto, a única coisa que me deixava um pouco desajeitado era o tempo, para não fugir do costume, eu não me recordava o horário exato para estar lá. Seria as 19? 20? 21? Não faço a mínima, o que eu sei é que não gostaria de me atrasar. Calçei o par de tênis que estava debaixo da minha cama, passei no banheiro e joguei a água no rosto para tirar um pouco a feição de sono. Quando coloquei os pés para fora do dormitório, até pensei em voltar para buscar meu celular, que estava na gaveta da mesinha de cabeceira, apenas sacudi a cabeça, era bom passar um tempo desconectado da internet e curtir o povo que lá estaria.

— Eu sei que eu não sou teu dono, mas tu tá na minha mão…. — cantarolava animado em meio aos frutos fluorescentes que demarcavam o caminho até o refeitório. Não fazia ideia de que horas eram, mas provavelmente estaria adiantado já que não conseguia ver mais ninguém andando para lá, e nem marcas pelo caminho. Para meu espanto o térreo do castelo se encontrava totalmente iluminado, haviam ali muito mais frutos do que era costumeiro. Acho que nem precisava tanto, mas se assim quis a diretora, fazer o que, né?

O refeitório estava arrumado, tudo em seu devido lugar, só faltava mesmo os alunos chegarem. Talvez eu tivesse chego um tanto cedo demais, não havia mais do que um punhadinho de pessoas dispersas pelo salão, entre todas uma chamava a atenção, não por si própria, mas pelas companhias um tanto peculiares. Era a partir dessa peculiaridade que eu tinha quase certeza de quem se tratava, afinal, quem mais em Castelobruxo anda por ai com uma cabra, e com algum outro animalzinho que não podia identificar de tão longe. Normalmente Miguel é uma pessoa muito “para cima”, se assim posso dizer, isso se desconsiderarmos o dia do bueiro, aquele dia ele não estava para cima não. Mas foi somente quando me aproximava que recordei de ter dito para ele que precisava falar com o mesmo. Não saberia dizer o que tinha para perguntar ou falar na época, mas de qualquer forma seria legal conversar com alguém até o evento começar.

Fiz questão de dar a volta e passar um pouco distante da cabra do professor, por mais que eu saiba que a mesma é dócil, preferi não arriscar, não seria nenhum pouco legal levar uma porrada do bichinho — Boa noite, professor. Posso me sentar? — a última pergunta foi um tanto desnecessária, já que eu me sentei do outro lado da mesa antes da resposta do mesmo. — Faz tempo que não te via, como estão as coisas? — disse de certa forma curioso, porém meio perdido, já que tentava fazer um carinho no pequeno mico-leão-dourado, que se encontrava com ele na mesa.


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Thiago P. Dunham

Never felt so close
We've never felt so free
Mikael Batista Morais
CASTELOBRUXO » Aluno
Mikael Batista Morais
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Sáb 28 Nov 2020 - 11:58
Final do ano letivo - Parte I

Muitas coisas tinham acontecido naquele ano desde sua transferência de escola por causa do emprego de sua mãe, a melhor dela foi a amizade que foz com talita, uma garota despirocada da cabeça, porém era gente boa demais. (Leiam gente boa nos dois sentidos rs) Coisas desastrosas aconteceram ao longo daquele ano, coisas que nunca tinham acontecido em outras escola, mas isso tudo por causa de sua amizade com a jovem que sem dúvida alguma tinha o sobrenome confusão sem dúvida alguma. Como todo aluno ele estava animado como fim do ano letivo, po9rém estava com receio se tinha conseguido nota suficientes em todas as disciplinas para passar de ano, porém teve que deixar essa preocupação de lado por causa da garota que apareceu. “Só arrumar a gola e tudo certo.” Pensou e então desviou o olhar para a outra. — Mas eu queria levar meu caderno, creio que vai ter momentos legais para rabiscar.. — A ideia que teve de fazer algum desenho durante o evento tinha ido pro ralo graças a colega, então apenas respiro fundo, não dava para brigar com uma pessoa mega energética como Talita.

Em passos calmos acompanhou a mais baixa e quando passavam por rostos conhecidos um leve aceno de cabeça era dado pelo rapaz em forma de cumprimento, porém deixou de fazer isso com alguns colegas de turma quando seu olhar estava sobre a morena que estava bela, não que ela não fosse no dia-a-dia, mas é que em específico naquela noite ela estava mais. Ela vinha mexendo com ele de uma forma que fazia seu corpo esquentar e alguns lugares aumentarem seu tamanho de uma hora pra outra, mesmo que fossem tão diferentes em algumas coisas eles pareciam ter algo que os puxava uma para o outro como um imã. Como o de costume sentaram juntos e seus olhos permaneceram sobre a outra que acabou percebendo fazendo-o desviar o olhar rapidamente para a mesa. — Sim, bem, tudo bem sim. — Falou levando a mão para pegar a primeira coisa que estivesse em sua frente. “O que eu faço? Já sei melhor tentar fazer ela para com as perguntas.” Pegou então uma cozinha e voltou sua atenção para a mais baixa. — Não é nada disso, está tudo bem. Vê se tem azeitona nessa cozinha, sou alérgico! — Antes que ela falasse mais alguma coisa enfiou a coxinha na boca de Talita enquanto pensava no que fazer ou como agir.

Ela não era sua única amiga ele tinha outras amizades também e algumas falaram coisas sobre Talita que lhe deixaram meio estremecido, mas nada que o fizesse se afastar da mais baixa ou o que vinha sentido pela mesma a meses. Tudo que seu amigo Miguel falava era para deixar seu jeito quieto de lado e agir,. pois se estava mesmo afim da morena tinha que ir rápido porque segundo seu colega outros estavam afim dela. Nem com uma coxinha na boa ele ficava quieta, pois assim que mordeu um pedaço já começou a falar e meteu a outra metade na minha. “Essa menina é muito doida.” Pensou enquanto mastigava a coxinha e então decidiu tomar a frente do que realmente queria com ela, não via mais Talita como apenas sua amiga, queria que ela fosse mais que isso e deixaria bem claro. — Talita? — Chamou e assim que a outra virou o rosto em sua direção ele quebrou o afastamento que tinha entre eles e deixou que seus lábios tocassem os da companheira das aventuras que jamais pensou que viveria. O que tinha sonhado fazia uns meses estava finalmente acontecendo, seus lábios se tocaram, mas o melhor foi ter sido correspondido pela morena que vinha fazendo seu dia-a-dia virar e ponta cabeça. Mikael fechou os olhos e se deixou levar, seu boca parecia saber o que fazer conforme se movimentava em conjuntos com os lábios da mais baixa.




❄


Mikael Batista Morais
É contra o coven de sua família | 14 anos | Ariano || Esportista | Divertido
❄️
Ayla Yukimura
CASTELOBRUXO » Aluna
Ayla Yukimura
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Sáb 28 Nov 2020 - 21:03

Song of the sirens


I am running around not knowing where I am
The pieces of time pass by me
Step by step I am hiding my fear
Stumbling while walking in the strong wind


+ tags feast
O frio se espalhava por suas extremidades, particularmente seus pés, que pareciam ter mergulhado em água com cubos de gelo desde os tornozelos e contraditoriamente havia suor se acumulando nas palmas das mãos, por conta do calor. Tudo culpa do sofrimento de ser naturalmente suscetível a sentir frio, ainda que vivesse em um país tropical. O que fazia com que seu corpo parecesse enfrentar crises como aquela, onde não era capaz de determinar se estava sofrendo de frio ou calor. Mas Ayla convivia com si mesma a tempo o suficiente para enfiar os pés em meias e em um all-star — mesmo que trajasse um vestido e sua roupa parecesse desarmônica. Consciente que não iria sofrer mais da sensação de dormência pelo frio, só lhe restando sofrer por conta do calor. Mas já estava acostumava com os efeitos dele desde que tinha nascido, afinal. E o periferia em relação ao frio, se fosse ser honesta.

Parte dela estava inclinada a fingir-se de morta e não comparecer a nada, afinal se dependesse exclusivamente da própria vontade como estudante — que estava exausta por ter que lidar com toda a auto cobrança e calendário de provas — de ir para algum lugar ela não iria, mas a oportunidade de comer feito uma condenada e entrar em coma alimento era o único motivador final para Ayla, que já conseguia imaginar as empadas e coxinhas antes mesmo de estar realmente pronta.

Mas felizmente Yuki nunca foi o tipo de pessoa que se importava demais com a própria aparência ou como era vista pelos demais — ao menos naquela idade —, então estava simples e pronta para comer antes mesmo que percebesse. E o caminho que a separava do refeitório parecia mais longo do que o normal, mas nada que alguns minutos de caminhada não fosse o suficiente para resolver. Naturalmente poderia ter fingido que achava o ambiente agradável, com a música na altura que parecia certa — nem muito alta e nem baixa demais —, mas ela só conseguiu prestar atenção ao fato de que faltava pouquíssimo tempo para que o horário do banquete finalmente chegasse. Perambulando como uma alma penada de um canto para o outro.
post by: Ayla Y.
 

Helena M. Alcaide
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Medibruxa
Helena M. Alcaide
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Estudante/Artilheira
Sáb 28 Nov 2020 - 22:09
c'est la vie

Lena olhou seu reflexo uma última vez antes de sair do dormitório do time; jeans skinny, camisa estampada com diversos desenhos animados e a camisa xadrez de flanela cor de telha— bem semelhante à cor base do uniforme dos carcará — não era a combinação mais arrumada de roupas, mas, complementado com o par de all star preto, o look gritava conforto e “Lena”. Suas malas estavam arrumadas, todos os pertences tinham sido devidamente listados e guardados, e o quarto que dividia com as colegas Carcará estava mais organizado do que nunca. Era a primeira vez que as mesas não estavam cheias de livros e cadernos, que pares de tênis não despontavam de baixo das camas e que todos os travesseiros e almofadas estavam devidamente no lugar. Respirou fundo antes de fechar a porta atrás de si.

A maior parte do ano passou como um borrão. Se perguntassem a Helena se ela tinha alguma noção do que acontecera no ano letivo desde a breve aventura nos subterrâneos, ela diria que não muita. Não só pela série de eventos um tanto traumáticos (sempre tinha a impressão de que os olhos amarelados das caiporas estavam focados demais nela quando topava com alguma entre as trilhas ou ao redor de Ybirá), mais como se ela tivesse mergulhado num limbo um tanto estranho. É.

Agora, as coisas pareciam, internamente, voltar aos eixos. Lena sabia que ainda tinha muita coisa fora do lugar no mundo — e como sabia. Mas já não estava tão confusa quanto, bem, alguns meses atrás.

Seguiu sozinha pela trilha iluminada até o castelo, observando os terrenos e a floresta conforme avançava. Era, ao mesmo tempo, confortável; um misto estranho, sim, mas ao mesmo tempo que as árvores que ladeavam os terrenos traziam uma sensação de paz, a noção de que coisas perigosas se escondiam nas sombras era… Bem, não tanto um conforto assim.

Balançou a cabeça, espantando os pensamentos e soltando a respiração de forma audível. "Se anime, Lena, é uma festa, pelo amor da deusa". Quando alcançou o salão e passou pelas portas, se misturou aos estudantes e docentes, escolhendo uma mesa ao acaso para sentar — não achando alguém de seu grupo de amigos por perto. Balançou as pernas no ritmo da música que tocava, baixa, nos alto-falantes. — Yo creí que el amor nunca iba a tocarme, siempre bajo control, yo tenía mis planes.

If I don't get out Out of this town I just might be the one who finally burns it down


Sitting and watching the world going by, Is it true when we die we go up to the sky? So many things that I don't understand Put my feet in the sand when I'm walking in the sun...Walking in the sun
Talita Castro Bedoya
TLC » Adulto
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Dom 29 Nov 2020 - 18:33
Sextou
Já abria a boca para incomodar o outro até obter uma resposta decente, mas fui interrompida pois uma coxinha foi colocada sem cerimônia alguma em minha boca, e é claro que relevei o ato pois né... Era coxinha, e eu amava coxinhas. Breves mastigadas foram suficientes para constatar que não havia nenhuma azeitona em sua composição, o que faz com que a outra metade da coxinha seja entregue para o moreno - Relaxa, não tem... Mas já comi melhores. - A mente viaja para as festas do vilarejo que morei com minha avó, onde as mulheres se reunião a tarde para cozinhar e a noite todos se reunião com uma alegria que durava até de manhã. Tá que boa parte das vezes passei trancada em casa, mas em alguns anos dona Helena era boazinha o suficiente para me levar os quitutes que sobravam das barracas - Mas não está ruim, se bem que é cozinha de frango... E todo mundo que é decente sabe que a melhor coxinha é de carne. A menos que seja frango e catupiry. Já comeu coxinha de frango e catupiry? É bem bom. Desde que tenha recheio suficiente, é claro. Nem muito de um ou de outro é o equilíbrio perfeito. Em questão de salgados ainda fico em dúvida sobre coxinha ou pastel, pra mim estão empatados como os melhores. - Meus olhos de desviam para a mesa com várias opções a frente, e mesmo percebendo o quanto havia viajado no discurso resolvo continuar falando - Você prefere qual? Cuidado na resposta, isso pode mudar o rumo da nossa amizade se falar 'nenhum dos dois', por exemplo. - A leve ameaça sai em tom de brincadeira, mas assim que meu nome é dito pelo mais velho sinto que lá vinha bomba, era um tom de voz que Mika só usava para me advertir ou dizer que estava mais irritante do que o comum, o que acontecia com muita frequência.

Daquela vez porém foi diferente, apesar de algo acontecer que também poderia mudar o rumo de nossa amizade. Ao virar não me deparei com um olhar zangado ou cara fechada. Na verdade nem tive muito tempo para preparar minha defesa ou coisa do tipo, o moreno apenas se aproximou sem muita cerimônia do meu rosto, e em toda minha lerdeza no momento em que nossos lábios se tocaram meu cérebro meio que entrou em pane com um grande ponto de interrogação flutuando ao centro. Aos poucos tudo foi se encaixando, desde a maneira estranha que o Morais me olhava nas últimas semanas, sua quietude exagerada, e a forma como estava naquela noite agora fazia sentido, e o maior sinal era aquele beijo que acontecia. Pela situação inesperada poderia muito bem me afastar e tacar-lhe um bofetão na cara do bonitinho por provavelmente complicar nossa amizade nos dias/meses que se seguiriam, mas meu lado aventureiro lançou aquela questão que pra mim era irresistível: Por que não? O que pode dar de errado? Claro que o lado racional gritou mil frases diante desta segunda questão, mas silenciei todas e só segui o ritmo do garoto, fechando os olhos e seguindo os movimentos de sua boca ainda com certa insegurança. Ao notar isso meu coração se acelerou, como se gritasse de felicidade por enfim ter perdido meu 'bv' aos quinze anos, idade considerada tardia para os jovens da minha época. Nem tive tempo de ficar nervosa ou coisa do tipo, e aos poucos a estranheza deu lugar a tranquilidade, que permaneceu até o momento que nossos lábios se soltaram.

Era como se minha mente estivesse flutuando e voltando aos poucos, parando pra pensar que aquilo talvez fosse inapropriado para o ambiente em que nos encontrávamos por estar rodeado de pessoas, embora não fosse alguém que ligava muito para a opinião alheia. Meus olhos se fixam nos do moreno, e um sorriso breve escapa por minha boca - Isso foi bom. - O coração ainda estava levemente acelerado, uma confusão na minha cabeça e um jeito tímido que tomou conta de mim de uma forma nunca antes acontecida, e que me faz desviar o olhar para os lados antes de voltar minha atenção para meu melhor amigo - Na verdade, melhor do que eu gostaria de admitir, confesso. - Agora o garoto não era o único estranho ali, mas diferente do que pensei o clima entre nós nem estava tão ruim, na verdade, queria mais do que tinha acontecido - Fique a vontade para me dar um beijo surpresa de novo se quiser... - De uma forma inesperada lhe dou um breve selinho aproveitando que ainda estávamos próximos, e sinto a região de minhas bochechas esquentarem, com a vontade de beijá-lo ainda presente.


Alice Bissoli Pegoretti
CASTELOBRUXO » Coordenadora
Alice Bissoli Pegoretti
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CASTELOBRUXO: Coordenadora da escola
Seg 30 Nov 2020 - 0:05
Encarando os frutos brilhosos e coloridos, caminhei alegre até o castelo. O caminho não era dos mais curtos, mas a mensagem em meu celular esperando para ser enviada a lista de alunos de Castelobruxo no witchgram — claramente uma influência de Luca Coelho em minha vida — fazia o sorriso brotar em meu rosto só de pensar. Aquela noite seria agradável, a noite seguinte seria memorável. Nada melhor que uma boa festa em Ybirá para fechar o ano e alegrar os alunos.

Enroscava uma das tranças de meu cabelo no dedo indicador esquerdo quando entrei no refeitório, ainda distraída admirando as diferentes frutas de várias colorações. "O que rolou para a diretora arrumar tanto fruto dessa vez?, pensei, curiosa, mas antes que minha mente divagasse demais em caminhos tortuosos, concentrei-me nas cores. Maçãs vermelhinhas, peras verdinhas, bananas em amarelo neon que mais pareciam marcadores de texto diferenciados.

Conforme meu olhar ia passando de luz em luz, eu tentava comandar as cores de meu corpo a mudar. O leve incômodo em meus olhos e boca devia indicar as colorações verde e vermelha, respectivamente, visto que eram os lugares que eu menos transformava, mas também não era um incômodo dos grandes, apenas um "ei, minha filha, tem algo diferente aqui, tá certo isso?" sendo dito pelas partes em questão. A leve e ligeira vibração do coro cabeludo informava que meu cabelo também havia mudado, incorporando um tom amarelo forte que, ao encontrar com o cabelo artificial da trança, mais uma vez parecia um tererê muito bem colocado, e talvez acreditassem que meu cabelo estava mesmo assim se eu deixasse nessa cor por mais tempo, visto que recentemente havia tirado as tranças para refazê-las, mas... nah. Era hora de se concentrar ao redor e interagir com algo mais do que um fruto brilhante. Aliás, com alguém, e de preferência com vários alguéns, até por que eu não sou nenhum letreiro led para ficar piscando colorida por aí.

Respirei fundo quando meus olhos encontraram ma conhecida sentada sozinha, cantarolando distraída, e logo relaxei todo meu corpo, fazendo as sensações de formigamento cessarem e meu corpo voltar ao seu estado normal — se é que há um estado normal para mim. Quase saltitante, rumei ao banco em que Helena estava sentada, me acomodando por ali também. — Malucaide! Já curtindo a noite? Posso ficar por aqui? — perguntei e já senti um leve nervosismo subir pelo corpo devido ao apelido usando na primeira frase. Já estávamos há um tempinho não tão amigas assim, será que seria normal chamá-la daquele jeito?

Sem tempo suficiente para que minha mente processasse aquele pensamento ou ao menos ouvisse de fato a resposta alheia, meus olhos — agora castanhos novamente — foram atraídos pelo inquietante movimentar de outra aluna (Ayla). — Hey! Tá tudo certo? — acenei na direção da menina de olhos ansiosos, tentando chamar sua atenção — e matar minha curiosidade.

Habilidade Especial - Poderes usados:
será que
vem aí?

COM
Helena e Ayla ?
ONDE
Refeitório
OBS
se prepare
››MONTY‹‹



Goretti
I always say what I'm feeling, I was born without a zip on my mouth! Sometimes I don't even mean it... It takes a little while to figure me out.
Yeah
Helena M. Alcaide
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Medibruxa
Helena M. Alcaide
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506
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Estudante/Artilheira
Seg 30 Nov 2020 - 16:10
c'est la vie

Lena olhou em volta sobre a borda do copo, a mistura de laranja e limão descendo pela garganta e quando causando uma careta pelo sabor cítrico da combinação. Em casa, ela colocaria mais açúcar à mistura — ela era jovem e inconsequente, afinal de contas —, aumentaria o som dos autofalantes e sairia dançando pela casa. Mas ali era a escola, e apesar de ser conhecida graças à posição no time, parte dela ainda era a garotinha com medo das pessoas, no geral. Estar sozinha  lhe lembrava um pouco os velhos tempos, e Lena sentiu mais falta ainda de quando tinha um grupo grande ao redor; parecia que depois do episódio do escoador, cada um tinha ido pra um lado.

Ela não ficou sozinha por muito tempo, no entanto. Enquanto cantarolava a música distraidamente, o assento ao seu lado na mesa foi ocupado, e a Alcaide olhou para o lado com surpresa, o sorriso surgindo ao constatar a presença de Alice. Logo em seguida, Lena sentiu o peso característico, tinha um tempo que as duas já não estavam tão próximas, e a distância desde o interrogatório da COMASUL após a excursão não tão voluntária aos subterrâneos. "Todo final de ciclo indica um recomeço, não é?", por isso, manteve a expressão genuinamente animada para a garota — Hey, Bissolinda — se ajeitou, virando para a amiga e apoiou o rosto nas mãos, um dos cotovelos sobre a mesa — ah, você me conhece, nunca rejeito uma boa festa — riu, e assentiu em resposta à pergunta da Pegoretti — claro que pode!

Aproveitou para tomar o resto suco no copo, colocando o aparato vazio sobre a mesa — E como andam as coisas? — perguntou, contando que a falta de habilidades sociais não a deixasse na mão — Tá ansiosa pras férias?

If I don't get out Out of this town I just might be the one who finally burns it down


Sitting and watching the world going by, Is it true when we die we go up to the sky? So many things that I don't understand Put my feet in the sand when I'm walking in the sun...Walking in the sun
Bianca Torres
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Bianca Torres
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Seg 30 Nov 2020 - 19:25
Banquete de fim de ano
Finalmente aquele ano letivo cheio de turbulências estava chegando ao fim. A docente recém-contratada — se é que ainda podia levar esse rótulo — não poderia estar mais satisfeita em saber que logo estaria longe dali. Mas por que Bianca, que sempre sonhou em lecionar, queria se afastar da escola logo após seu primeiro ano de trabalho? Bem, é como disse: foi um ano turbulento para todos. Não me refiro a todas as brigas e discussões em momentos de bebedeira — que não foram poucos — na vida da Torres, mas ao mundo mágico latino-americano que virou de cabeça para baixo, tendo Castelobruxo como atração principal no grande show de horrores.

Não bastassem os ataques que toda a população bruxa sofreu, haviam problemas menores e mais íntimos à docente. Poucos dias antes da live onde o Círculo de Nemesis anunciou sua existência ao mundo, nuvens escuras, figuras disformes e vozes monstruosas começaram a aparecer para a clarividente em seus sonhos. Pesadelos. Com o passar dos dias, as figuras se tornavam menos embaçadas; a cada noite, as vozes mais claras e o temor já não mais podia ser mensurado. Sempre que tentava conversar sobre o assunto com qualquer pessoa, Bianca não conseguia. Era difícil colocar o desconhecido em palavras, e seus sonhos premonitórios não passavam disso. Desconhecido. Em um dado momento ela chegou a questionar se tratava-se mesmo da manifestação de suas habilidades sanguíneas ou tudo aquilo era invenção de sua cabeça como a grande escorpiana que é.

Nos últimos três meses acabou se distanciando de tudo e todos, Miguel incluso. Sim, depois de tanto tempo, quando finalmente podia assumir para ele e para si mesma o amor que existia ali, se fechou. Enclausurada em sua própria mente, sufocada por suas visões, incapaz de descrever o que via e sentia, ainda que doesse, essa foi a decisão mais óbvia para ela.

Agora, tanto tempo depois, finalmente começou a assimilar tudo e perceber o quanto foi idiota em pensar que se afastar era a melhor solução. A imagem de Miguel, Betina e um mico-leão-dourado no refeitório surgiu em sua mente quando pensou no namorado ao borrifar seu perfume favorito no colo, e um sorriso bobo tomou forma nos lábios de Bianca. Trajando o mesmo vestido florido de seu retorno a Castelobruxo e reencontro com os amigos ao ser contratada, ela fez seu percurso até o refeitório.

Tudo estava lindo e a música ambiente dava um toque especial à última festa do ano dentro da escola. Bianca sorria para alguns alunos e outros funcionários do castelo enquanto caminhava em busca de Miguel. Por que não usar aquilo que tanto lhe assombrou nos últimos dias para algo que preste? Com um pouco de concentração, não foi difícil encontrar sua exata localização. O Assis mantinha uma conversa com Thiago, um aluno, o tal mico-leão-dourado da visão e parecia discutir com Betina, sua cabra, e aliada de Bianca pelo que o linguista contava. Simpática a amiga peluda, sempre defendia a Torres, ainda que ela estivesse errada como dessa vez.

Teria que atuar. Não esperava encontrar Miguel sozinho em uma festa, né? Sem dizer uma palavra sequer, Bianca se aproximou e sentou-se no banco ao lado de Miguel. — Boa noite! O que fazem? — Sorriu para Thiago, simpática, e voltou-se para o Assis em seguida. Sua cabeça pendeu para o lado e repousou no ombro do namorado depois de uma breve troca de olhares. Do jeito que é, provável que o linguista não fizesse a mínima ideia do motivo daquilo. Seu afastamento foi algo "natural", nunca chegou a ser comunicado, afinal. Mas dada a discussão com Betina, era provável que ele estivesse consciente quanto a situação em que seu relacionamento se encontrava. Ainda assim ele a entenderia, a perdoaria, e a faria se sentir bem outra vez. Claro, teriam uma conversa mais profunda sobre o assunto, mas aquele era era o mesmo Miguel compassivo, gentil e amoroso, as coisas não podiam ter mudado tanto assim em tão pouco tempo, né? Pelo menos era essa a esperança de Bianca.

INFO:
Vicente Ventura
COMASUL » Auror
Vicente Ventura
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COMASUL: Auror (estagiário)
Seg 30 Nov 2020 - 21:37
Não há lugar como a nossa casa
Nunca fui dado aos livros, é verdade. Embora tivesse sido agraciado com o dom das línguas, o universo equilibrara suas bênçãos me tornando um exímio serelepe. Os livros, por mais curiosos e interessantes que fossem, não conseguiam cativar minha atenção por mais que poucos minutos. Eu preferia ver o mundo com os meus olhos, sentir as texturas e sensações por mim mesmo, o sangue pulsando com adrenalina e todos os meus instintos à flor da pele. Confesso que me espantei quando notei o rumo dos meus pensamentos enquanto caminhava pelo caminho iluminado que me levaria ao castelo. Talvez eu estivesse sob a influência do brilho das frutas e de todos os sentimentos que eles me remetiam. As palavras pareciam se expandir, como uma lembrança intrometida que espreitava o momento propício para vir à tona:
“Não há lugar como a nossa casa”.
Tinha para mim que haviam saltado de um livro infantil, talvez aquele com o homem de lata e a casa levada pelo furacão que minha mãe costumava ler, na intenção de me aquietar antes de dormir, mas não tinha certeza. Entretanto, eu estava mais do que certo de que aquele pensamento fazia jus ao que eu sentia.
Eu estava em casa. Aquele caminho iluminado era minha casa. O castelo de arquitetura imponente tinha abrigado os melhores- e piores- anos da minha vida e por isso era minha casa. Apesar de tudo, me sentia seguro, cercado das pessoas que havia escolhido como parte da minha família, que eu amava e que tanto havia sentido tanta falta.
Desde cedo, ouvi de dona Aurélia que toda a vida é uma pilha de coisas boas e coisas ruins. As coisas boas nem sempre compensam as coisas ruins, porém as coisas ruins nem sempre estragam as coisas boas ou as tornam menos importantes.
O ano de 2020 tinha sido cheio de coisas ruins, mas levando em conta a euforia que me tomava naquele início de noite, estava claro que as coisas boas ainda se sobressaiam.
A culpa por ter deixado tudo para trás ainda me assombrava, é verdade. Durante anos, lutei para chegar ao posto de capitão do time que era tão importante para mim e, às vésperas da nova temporada, tomei novos rumos. Não havia sido uma fuga, embora eu me julgasse um grande covarde. O quadribol sempre foi uma prioridade, mas antes dele, estava minha família- o único laço de sangue que me restava e, sem sombra de dúvidas, o grande amor da minha vida. A ideia de deixar minha mãe partir em expedições em outro continente e permanecer no Brasil sequer havia atravessado minha mente. Chame-me de filhinho da mamãe se quiser, você não estaria de todo errado. De todo modo, tinham sido experiências incríveis, que me expandiram os horizontes.
Deixar para trás o conforto da minha terra, o carinho dos meus amigos e, especialmente, o curto- mas intenso e inesquecível-  relacionamento com Luca destruiu uma parte de mim. Eu nunca fui bom com finais, mesmo sabendo que coisas acabam para que outras comecem.
Pensar em Coelho me fez titubear, a mão rapidamente pairando sobre o bolso onde estava o celular. Atualizar seu feed do witchgram vinha sendo meu martírio. Eu sabia que ele já não frequentava Castelobruxo- muitos haviam deixado a escola, diante das condições em que o cenário brasileiro estava imerso- mas a ideia de não encontrar os olhos esverdeados me encarando do outro lado do salão era melancólica.
Suspirei, tentando esvaziar a mente e focar nas... Bananas fluorescentes?
O riso que escapou dos meus lábios era digno dos velhos tempos e, a cada passo mais perto do salão onde a celebração de final de ano acontecia, mais rápidos eram meus batimentos. Era quase como a sensação de estar em campo de novo.
Ansioso, vasculhava pelos rostos conhecidos entre os alunos e professores. Era estranho notar que havia um número muito reduzido do que a última celebração. A visão me deixou desconfortável, até que meus olhos caíram sobre duas de minhas garotas preferidas.
Com as mãos guardadas no bolso da jaqueta Carcará, eliminei a distância que me separava da mesa ocupada por Alice e Helena. Havia uma outra garota também, mas os traços orientais não me eram familiares. Mas, cá entre nós, nunca fui muito observador.
Eu sabia que um ou outro olhar me seguia no trajeto- talvez a curiosidade pelo meu retorno? Os boatos certamente não tinham se espalhado, apenas a diretora estava ciente.
_Ah, qual é, vocês não comeram toda a comida não né? – Resmunguei, debruçando-me sobre as costas da cadeira que Helena ocupava, esperando que sua cabeça se voltasse em minha direção. Já não me continha e o sorriso que tomava meu rosto deixava isso explícito. -  É melhor que não, eu estou faminto. Ainda fazem aquele empadão, né?
Encontrei o olhar da Carcará e murmurei um “oi”, como se tivéssemos nos visto ainda hoje. Foi a vez de cumprimentar a metamorfomaga, com uma singela piscadinha do olho direito.
Era bom estar de volta.
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MONTY
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Ter 1 Dez 2020 - 9:07
SORTE OU REVÉS? Os dois!
The Last Castle RPG


SORTE

"A 5ª pessoa a postar vai achar um saquinho perdido com R$100."

Ayla Yukimura não parecia ser uma das almas mais calmas daquele recinto, na verdade, a ansiedade podia ser enxergada de longe. O andar de um lado para o outro chamava atenção de uns e outros, mas o que mais chamou atenção da própria Ayla foi a sacolinha branca de pano amarrada por um pequeno barbante que Ayla achou no chão do refeitório por onde passava.

REVÉS

"A 11ª pessoa a postar vai se desequilibrar em algum momento da festa e pagar um mico com isso."

Vicente Ventura parecia feliz e nostálgico por estar de volta, e com tantos sentimentos e pensamentos, talvez estivesse um pouco distraído demais naquela noite. Contente, caminhou até a mesa de duas amigas para cumprimentá-las, cheio de graça, mas para outros, a graça estaria no que veio a seguir. Com a mente no mundo da Lua, o famoso jogador imaginou uma cadeira e se debruçou. Suas amigas, sentadas no grande banco de pedra que acompanhava a mesa, não entenderam nada, e que pena sinto de Helena, que serviu de apoio para a quase queda desastrada do Ventura.


Considerações:

TLC.RPG
XIII
Verônica Dourado
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Verônica Dourado
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Ter 1 Dez 2020 - 10:29
Banquete de fim de ano
2020 chegou ao fim
O refeitório já estava um tanto movimentado quando Verônica adentrou, poucos minutos antes das oito da noite. Trajava seu conjunto de calça e terninho amarelo dourado, que poderia ser visto como combinando com a escola ou com seu nome — brega, talvez, mas a bruxa adorava. Os cabelos soltos estavam enfeitados com uma presilha ao lado esquerdo, onde um pequena flor branca se juntava ao acessório, e o salto verde escuro no pé também chamava um pouco a atenção, mesmo com seu barulho abafado no chão do refeitório.

Sentou-se em uma mesa ainda vazia, onde costumam sentar os funcionários — com exceção daquela noite —, e então observou os alunos e docentes já presentes no recinto, sorrindo e acenando em cumprimento aos que lhe dirigiam o olhar. Sorriu ao observar a mesa em que Miguel, professor de Magizoologia que assumiu sua cadeira de docente, estava, na companhia de um aluno, outra docente e, como sempre, dois animais bem curiosos. "Ele tem sorte." — pensava a diretora de Castelobruxo, ex-professora de magizoo, mas ainda pesquisadora da fauna e flora mágica. "Se eu tivesse o dom da linguística, certamente passaria a vida conversando com os bichos também".

Não demorou para que fosse agraciada com a companhia de Aisha, sua grande amiga e companheira de organização da escola, a quem Verônica devia eternos agradecimentos. — Acho que já podemos liberar a comida, não? Seria tortura fazê-los esperar mais... a não ser que prefiras assim. — brincou com a coordenadora de CB, cuja fama era de assustar os alunos com as conversas, tarefas e castigos que arrumava para os encrenqueiros de plantão.

E foi então que o enorme acúmulo de sentimentos como nostalgia, alegria, ansiedade e até certo medo pairou como uma tempestade sobre Dourado. Por dias, se questionava em como falar daquele ano, o que deveria discursar para os alunos e funcionários sobreviventes daquele dois mil e vinte turbulento, mas sinceramente, nada parecia suficiente, teria de contar com a ajuda de Aisha mais uma vez.





2021 nos aguarda


Última edição por Verônica Dourado em Qua 2 Dez 2020 - 8:55, editado 1 vez(es)
Aisha Evangelista
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Aisha Evangelista
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Ter 1 Dez 2020 - 11:13
This is me...
Castelobruxo - Noite - Refeitório - Banquete de fim de ano - Bora discursar?
E não é que o fim do ano chegou? Finalmente! Não, Aisha não estava feliz no sentido "finalmente acabou o ano, menos trabalho e menos estresse"... Bem, talvez também fosse um pouco por isso, mas o coração da mulata finalmente batia aliviado de que o ano estava chegando ao seu fim sem mais complicações, tragédias ou qualquer confusão mais complexa nos terrenos da escola.

Definitivamente, 2020 havia sido um ano de superações e acontecimentos que marcariam a vida de muitos para todo o sempre, a própria Evangelista jamais esqueceria da noite em que encontraram Beatriz e a acompanharam até o momento de seu óbito, em plena Clareira de Magizoologia em Castelobruxo. Depois da morte de Benedita Dourado dentro do castelo, jamais imaginou que outra situação daquela viria a acontecer na escola, muito menos bem diante de seus olhos sem que nada pudesse fazer. Era angustiante, mas também trazia para a mulher um ar de superação e renovação. Precisavam seguir em frente, melhorar as coisas o máximo possível.

— Ora, Verônica, até parece que eu gosto de torturar os bichinhos desse jeito. — sorriu sugestiva para a chefe, mas gostava mais de assustá-los e colocá-los em seu devido lugar quando aprontavam, naquela noite esperava mais é que todos se divertissem, distraíssem a mente e fossem embora do castelo com esperança, vontade de voltar no ano seguinte. E foi com esse pensamento que se levantou, caminhou até o centro do refeitório, onde havia uma pequena elevação de pedra, propícia para discursos, concentrou-se ao seu redor e bateu palma dua vezes, bem alto para chamar atenção, e quando grande parte já a olhava, balançou os dedos compridos na direção das caixas de som. Sentiu a energia mágica fluir por seu braço esquerdo, mão, finalmente, os dedos, em direção ao alvo quando conjurou o feitiço Silencio para acabar momentaneamente com a música.

— Boa noite, queridos alunos e funcionários de Castelobruxo. Finalmente chegamos ao fim desse ano desafiador, e eu quero, primeiramente, parabenizar a todos vocês que não desistiram de viver aqui e permaneceram em prol do estudo e aprendizagem de nossa magia. E mais do que isso, quero agradecê-los por terem escolhido permanecer e aceitado o que conseguimos lhes oferecer neste ano. — o sorriso de Aisha era gentil, suave, mas a felicidade que batia em seu peito era mais do que real e absurdamente forte. — Assumir o papel de coordenadora do Castelo foi inexplicavelmente importante e gratificante para mim, e trabalhar ao lado de Verônica Dourado tem sido uma experiência incrível. Apesar de todos os acontecimentos e caminhos tortuosos que passamos esse ano, temos lutado por melhorias e acredito que tenhamos conseguido trazer coisas boas para essa escola, e isso, claro, com a ajuda de todos os aqui presentes. Obrigada à todos pelas oportunidades e compreensão, e aproveito para lhes dar um pequeno spoiler.. é assim que se diz? Um spoiler de que, para o ano que vem, muita coisa boa nos aguarda nessa escola. Inclusive novas temporadas de quadribol organizadas por mim. — deu uma piscadela na direção de alguns jogadores e então desceu, dando espaço para Verônica tomar seu local de fala.


Habilidade Especial - Poderes usados:

@mm
Verônica Dourado
TLC » Adulta
Verônica Dourado
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Diretora de Castelobruxo
Qua 2 Dez 2020 - 10:42
Banquete de fim de ano
2020 chegou ao fim
O sorriso de Verônica abriu-se instantaneamente ao ouvir a amiga e companheira de trabalho usar a palavra que a própria diretora havia aprendido com seus alunos e passado o conhecimento para Aisha, ainda no ano anterior. É incrível que, mesmo depois de tantas situações bizarras, simples palavras e gestos podem nos fazer tão bem em uma facilidade inesperada. "E não é isso que nos deixa mais fortes? Se não dermos valor às coisas mais simples e alegres, qualquer tempestade pode alagar nossos corações de vez." E com esse pensamento, sabendo que sempre haverão cava-charcos por aí prontos para dar o bote na primeira inundação, foi a vez de Verônica, neta e defensora dos pensamentos de Benedita Dourado, assumir o local do discurso, inspirada pelas breves palavras de Aisha.

— Agradecer... eu acredito que é sobre isso que se trata. É em gratidão que temos que pensar neste fim de ano. Gratidão por termos chegado até aqui, gratidão por termos conseguido manter nossa escola, gratidão por termos superado tanta coisa desesperadora neste ano. Sei que não foi fácil, e sei também que para alguns foi além do que consideraríamos difícil, e por isso, repetindo as palavras da nossa Coordenadora, eu quero agradecer à todos vocês que permaneceram e voltaram para nossa escola, nossa incrível Castelobruxo. — o olhar sereno da bruxa ia pairando de um a um, alunos, funcionários, e até os animaizinhos presentes no refeitório naquele dia. A gratidão estava quase estampada em sua face por estarem todos ali.

— Assumir o lugar de minha avó, a tão amada Benedita Dourado, foi desafiador, mas gratificante. Poder continuar seu legado é algo que eu sequer conseguiria explicar em palavras. Passar meu posto de professora adiante também foi difícil, mas eu sei que as aulas apenas melhoram com os novos professores que temos aqui. — e nesse momento procurou o olhar do Assis, sorrindo-lhe em agradecimento. — Eu sei que 2020 esteve longe do perfeito, foi muita novidade, muitos "testes", desafios e momentos que nos deixaram assustados, mas eu só quero lhes pedir que não desistam de nossa Escola Brasileira de Magia. Ainda há tanto a se aprender, e nós estamos aqui com tanto para lhes ensinar! Sei que não podemos contar para sempre com essa paz que nos cerca agora, mas eu peço um voto de confiança para que possamos fazer melhor no que virá. — o olhar gentil e esperançoso ainda rodava o recinto, passando de pessoa em pessoa, tentando contagia-los com tais sentimentos.

— E por falar em fazer melhor, renovar as coisas, é com muita alegria que agora vamos poder chamar nossa atual presidente do Centro Acadêmico, Alice Pegoretti, de presidente e fundadora do novo Grêmio Estudantil Ybirá! — sorriu contente e satisfeita para a menina de cabelos trançados e coloridos que havia permitido que tal notícia fosse dada naquela noite. —São muitas as novidades que virão com o novo Grêmio, mas deixarei para Alice contar à vocês em outro momento. Agora, tenham um bom jantar e uma boa noite. — e com um simples gesto com ambas as mãos, viu a comida surgir sobre as mesas de pedra espalhadas pelo refeitório, cada mesa se preenchendo com as preferência dos alunos ali acomodados, preferências observadas e aprendidas pelos seres responsáveis pela cozinha ao longo dos anos de convivência com os discentes. Terminado o discurso e aparição do banquete, fez a música voltar a tocar em volume médio e voltou a sentar-se com Aisha para enfim jantar, afinal, diretoras também sentem fome.





2021 nos aguarda
Vicente Ventura
COMASUL » Auror
Vicente Ventura
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COMASUL: Auror (estagiário)
Qua 2 Dez 2020 - 19:45
Quanto maior o sonho, maior a queda
Era de se esperar que o retorno do carcará fosse marcado não por abraços contidos, sorrisos delicados, cumprimentos gentis, mas por uma completa algazarra e situações vexatórias. Era ainda mais previsível que, diante de sua tentativa de gracejo, as coisas saíssem de seu controle. Sempre havia sido assim e não havia motivos para ser diferente agora- aonde ia Ventura, logo atrás vinha sua carga de azar e estrondosos eventos.
Talvez tenha sentido em seu íntimo que não seria boa ideia se apoiar na numa borda de cadeira inexistente, mas não era dado a acreditar no azar (embora seu histórico dissesse que, talvez, devesse se preocupar) e o fez mesmo assim. Estava tão empolgado com o próprio retorno- que egocêntrico! - e ainda mais animado pelo reencontro com as amigas, que sequer notou que estava se apoiando em falso.
Veja bem, Vicente estava mais que acostumado a cair- as quedas da vassoura tendiam a ser dolorosas, especialmente quando não tinha Emília ou Helena para atenuarem suas quedas com um feitiço ou ele próprio estava incapaz de alcançar a varinha. Acontece que cair daquela forma, diante de toda a escola, seria vergonhoso, principalmente levando-se em conta sua expressão convencida de minutos antes
A surpresa por não encontrar nenhum material sólido capaz de sustentar seu corpo durou ínfimos segundos e ainda assim fez o sorriso morrer, dando lugar a lábios entreabertos e surpresos, olhos arregalados de susto e aquela iminente sensação de queda.
Trombou o corpo com o corpo de Helena, que se sobressaltou e resmungou algo que Vicente não foi capaz de entender. A garota se desequilibrou, esbarrou na mesa e, por sorte, havia entornado todo o líquido do copo pouco antes, ou o desastre tomaria proporções maiores.
Não que ele realmente se importasse -não por ele, ao menos. Mas não pretendia machucar Lena ou sujá-la graças às suas inabilidades.
_Che cazzo! Scusa, Lena!¹- Foi sua vez de resmungar, apoiando as mãos sobre a mesa (desta vez, certificou-se de existir uma mesa e de não se apoiar nas bordas- estava vacinado) e a língua sendo alterada por seu subconsciente. Mais tarde, notaria o fato de que sua versão irritada era, claramente, italiana. Heranças do avô, certamente. - Là! È entrata una scheggia!²
Tirou a mão rapidamente do tampo da mesa, desequilibrando-se uma vez mais e, desta vez, caindo sentado sobre o banco em que as amigas estavam, se apertando entre seus corpos chocados.
_Que merda...- O palavrão saiu, desta vez em alto e claro português, arrastando com ele uma gargalhada que reverberou por seu peito, fazendo-o chacoalhar.  Ergueu os olhos da própria mão e nem os olhares curiosos que lhe eram destinados foram o bastante para calar seu riso. – Tá tudo sob controle, pessoal! Foi apenas um pequeno desequilíbrio, uma vertigem, nada demais. – Anunciou, o tom de voz trêmulo, alterado pela risada. Não admitiria jamais que havia se apoiado em falso, era muito orgulhoso pra isso. Culparia uma doença, um mal estar súbito- ainda estava sob os efeitos do jet lag, afinal. – Podem voltar ao jantar, parece ótimo!
Deu de ombros sob os olhares aturdidos das garotas, como quem nada podia fazer para apagar o patético evento.


Traduções
1- Que droga! Desculpa, Lena!
2- Ai! Entrou uma farpa!

Ob. Interagindo com o revés.

Habilidade especial- poderes utilizados:

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MONTY
Mikael Batista Morais
CASTELOBRUXO » Aluno
Mikael Batista Morais
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Qua 2 Dez 2020 - 23:47
Final do ano letivo - Parte II

Conhecendo a amiga que tinha ele jurava que levaria um tapa ou empurrão da mesma a qualquer momento, mas o que estava com receio não ocorreu e isso foi muito bom. Nunca passou por sua mente antes beijar a menina que sempre lhe colocou em confusões, não antes depois de uma guerra com de bolinhos que fizeram nos jardins. Quando os olhos se conectaram de novo várias perguntas surgiram em sua mente, teve coragem para beijar, mas em momento algum passou por sua cabeça antes em como seriam suas vidas depois do beijo, afinal Talita tinha todo o direito de não querer mais vê-lo em sua frente ou achar que estava querendo tirar uma casquinha da amiga gata que tinha. — Foi né? Não esperava que eu te beijaria né? Espera, não foi isso que quis dizer, melhor eu ficar quieto. — O garoto determinado de minutos atrás estava começando a se esconder  e dando espaço ao menino mais tímido que era parecia até que ele estava com duas personalidades dentro de si.

“Se eu continuar agindo dessa maneira ela vai me colocar pra rodar.” Enquanto sua mente gritava e graças aos Deuses a jovem não conseguia lhe escutar. Quando  Castro desviou o olhar foi que o nervosismo tomou conta de si, afinal o que esperar depois de beijar a melhor amiga? “Será que foi bom mesmo? Será que está com vergonha de ter sido beijada pelo garoto que desenha pelos cantos?” Teve que se conter para não soltar um suspiro quando o olhar da morena voltou para si, talvez ela só estivesse em  conflito como ele mesmo estava. — Bom, acho que não beijo tão mal então. — Deu um sorriso tímido em concordância com o que ela tinha lhe dito. “Valeu a pena ter escutado os meninos.” Por causa do pensamento seu sorriso aumento mais ficando bem largo. “O que eu falo? O que falar.. Será que devo continuar me segurando porque ela é minha melhor amiga e sempre me deu conselhos ou tenho que ser só eu quando não estou desenhando por aí?”

O selinho dado por ela tardou sua resposta e quando a diretora Verônica se pronunciou de depois Aisha sua atenção foi lançada para elas, não que estivesse prestando atenção no que elas falavam por completo já seu interior e certas partes de seu corpo só pensavam na morena ao seu lado com perfume adocicado. Os discursos acabaram e sua atenção foi voltada de novo para a menina sendo que ele até abriu a boca para tentar falar algo, mas o que ele queria mesmo fazer e tomar seus lábios de novo como alguém que estava morrendo de sede. Mikael aproximou da menina e deixou que seu braço direito envolve-se sua cintura puxando-a para mais perto de si. Pra que responder a pergunta se podia mostrar? De novo cortou a distância entre eles e tomou seus lábios com prazer e mais intensidade sem se importa onde estavam. Seus dedos apertavam sua cintura mas não de maneira que lhe deixasse desconfortável ou a machucasse, pelo menos esperava que ela não ficasse incomodada. Seu coração estava mais acelerado do que quando recebia alguma carta de sua mãe ou nota de alguma atividade que tinha realizado, mas não estava com medo dos passos que estava dando para com a jovem que vinha tendo alguns sonhos e desejos. O beijo durou até que ficasse sem ar e antes que Talita pudesse falar qualquer coisa ele lhe puxou entre os demais alunos e indivíduos presentes no local, era hora de irem para um lugar mais reservado.





❄


Mikael Batista Morais
É contra o coven de sua família | 14 anos | Ariano || Esportista | Divertido
❄️
Ayla Yukimura
CASTELOBRUXO » Aluna
Ayla Yukimura
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Qui 3 Dez 2020 - 9:15

Song of the sirens


I am running around not knowing where I am
The pieces of time pass by me
Step by step I am hiding my fear
Stumbling while walking in the strong wind


+ tags feast
A sua constante movimentação — que era provocada principalmente pelo desejo de comer alguma coisa salgada, de preferência algumas empadas — a fez chutar acidentalmente uma pequena bolsinha branca de pano, demorando pouco mais de quarenta segundos para que Ayla percebesse que não era lixo jogado no chão e sim algo que provavelmente alguém havia derrubado. Não demorando até que ela alcançasse o objeto, passando a olhar em volta assim que se ergueu novamente, mas não havia ninguém em volta ou que parecesse ter derrubado algo. De todo modo, ela acabou enfiando a sacolinha no bolso do vestido — algo avançado e de última geração, abençoado fosse o indivíduo que tinha decidido incluir bolsos invisíveis em roupas como aquela. Continuando a se movimentar pelo refeitório sem realmente pensar muito no que estava fazendo. O suficiente para que chamasse atenção de uma moça enquanto passava, obviamente muito inquieta para passar totalmente despercebida.

Por um momento Yuki tinha achado que a garota estava falando com outra pessoa e não com ela, mas virando a cabeça para os lados a constatação de que só poderia ser ela se confirmou. Acenando com a cabeça algumas vezes em resposta ao questionamento e também erguendo o polegar em uma afirmação, realmente estava bem. Mas poderia estar melhor, naturalmente. De preferência com o estômago cheio. E, por um milagre parecia que aquele foi o momento escolhido para que começassem a falar — o que significava que logo estariam livres para comer como condenados —, sem pensar muito Ayla se moveu para se sentar, o rosto virando em direção a quem falava, sua atenção focada em absorver as palavras pronunciadas, balançando a cabeça silenciosamente. Às vezes não entendia o motivo de demorarem tanto para falar, mas também não julgava já que estava com fome. Mas felizmente o discurso não durou tempo o suficiente e a comida que apareceu em seguida pareceu apagar qualquer questionamento que estivesse flutuando pela mente de Yuki, que se concentrou em encher o próprio prato. Passando a comer com uma expressão vazia, literalmente olhando para o nada.

Por estar virada naquela direção ela acabou presenciando quando um rapaz literalmente tentou se apoiar no nada, trombando com uma moça, foi o suficiente para que Ayla precisasse sufocar o riso — quase se engasgando com comida no processo — que emergia sempre que via uma cena como aquelas. Rir da desgraça alheia era seu pior pecado e ela precisou beber uma quantidade alta de água para se livrar da comida em sua garganta.
post by: Ayla Y.
 



Ordinary
Débora Abbott Medeiros
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Débora Abbott Medeiros
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CB: Professora de História da Magia.
Qui 3 Dez 2020 - 22:01
de volta ao ninho
Somos pássaro novo

Um piscar de olhos pode transformar todo um cenário. Se isso era verdade para os trouxas, quem dirá para uma bruxa vivendo em uma das maiores escolas de magia do mundo, a maior da América Latina. Débora tinha nos olhos ainda o encanto primo que a levara a, quase sete anos antes, optar por trilhar a docência. Responsável por incutir ainda que um parco senso crítico nas mentes dispersas de adolescentes em seus ápices hormonais, tão distintos entre si, mas idênticos em magia. O destino interferiu com o desaparecimento completo do professor anterior, um dos nomes mais eminentes da História Oral, Rodrigo Kaefer Dutra. Salvo os pesares pela vida, possivelmente em risco do colega, Débora não tardou a ocupar a vaga disponível oferecida a ela. Segunda opção ou a última, a única disponível àquela altura do campeonato para a escolha da diretora empossada ainda naquele ano? Não tinha como responder aquilo sem acabar em um vórtice de síndrome do Impostor. Ela estava ali, forçou-se a lembrar. Era o que importava, finalizando um ano letivo – ainda que só tivesse dado um par de aulas. – mas já com o contrato renovado para o próximo.

Escorregou a mão para a lateral do vestido de verão, sem ter uma taça para prender os dedos nervosos e com os olhos atentos à peripécias de alunos travessos, ainda que em uma festividade, estava trabalhando. Constante vigia. Apertou o tecido fino entre os dedos, alheia à comparação maldosa que um par de crianças fazia à metros seus de distância: Parecia uma árvore de natal, com os cabelos flamejantes caindo em cascata pelas costas e o verde do vestido evidente contra a pele branca. Sabia não ser a professora preferida dos alunos, o início não fora dos melhores. Tensa com a perspectiva de inquisições sobre o destino do docente anterior, sem saber até onde poderia revelar, preferira manter uma imagem distante e inacessível dos menores. Agora, mais acostumada, sentia falta da camaradagem que tinha compartilhado com outras turmas em escolas menores, privadas, pelo país. Depois do verão, tudo iria melhorar, entrar nos eixos. Débora tinha fé.

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Helena M. Alcaide
HOSPITAL MARIA DA CONCEIÇÃO » Medibruxa
Helena M. Alcaide
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Estudante/Artilheira
Qui 3 Dez 2020 - 23:07
c'est la vie

Primeiro Helena achou que estivesse ouvindo coisas, olhou para o copo vazio, se perguntando se seria possível que algo alcoólico fosse servido aos adolescentes — obviamente não, e também, fora apenas um mísero copo —, afinal, não seria possível a voz de Vicente Ventura tão próxima e límpida, o rapaz provavelmente estava se aventurando em algum canto de Uogadou naquele momento, provavelmente reencontrando tantos outros colegas de escola que haviam partido em intercâmbio para a escola africana. O rapaz, obviamente, não voltaria sem entrar em contato antes, tinha certeza.

Até sentir o impacto repentino contra suas costas. Seu corpo foi empurrado em direção à mesa do refeitório, de forma repentina e rápida demais para que Helena tivesse uma reação que pudesse evitar o impacto contra o móvel. Um breve “ugh” foi proferido — graças a surpresa; pela visão periférica, identificou o rapaz que tentou se segurar para evitar uma queda maior, a fala rápida em italiano  cuja única palavra reconhecível para a artilheira era seu apelido, somada à jaqueta na tão característica cor de telha deram a certeza. — Ai, caraca, Vince, você está bem? Não entendo italiano, vou ficar te devendo essa — riu e levantou, voltando-se para o sextanista, agora sentado no banco de pedras, preocupada com o amigo que não via a algum tempo, e que se ocupava em — com um bom humor surpreendente —, dispensar os olhares de curiosidade dos outros alunos e funcionários. Lena sorriu, voltando a ocupar o assento. — Tu não sabe o quanto senti sua falta, Ventura... Tu nunca mais faça um intercâmbio assim do nada, me ouviu?

Ela, então, não conseguiu segurar a crise de riso que, junto com o sentimento de nostalgia, aflorou como uma enxurrada “claro que não poderia ser diferente com um carcará”; tentou, ao menos, rir baixo, uma vez que a diretora e a coordenadora discursavam. Lena tentou prestar atenção à maior parte do discurso, respirando fundo diversas vezes para se recompor; mentiria se dissesse que uma das partes que realmente lhe chamou a atenção foi o anuncio da temporada de jogos para o ano seguinte, trocou um olhar cúmplice com Vicente, claro que ele retornaria para o time. E, também, o anuncio da reforma no CA e na transformação deste no grêmio estudantil, sorriu para Alice e a empurrou de leve com o ombro, murmurando um “Ei, parabéns!”, se tinha alguém naquela escola que merecia todo o reconhecimento e orgulho, era a metamorfomaga sentada a seu lado.

Terminado o discurso, Lena pôde se voltar para os amigos, primeiro, felicitando devidamente Alice — e até se permitindo dar um abraço na amiga, um bem apertado. Em seguida, foi a vez do Ventura receber um abraço e mil perguntas sobre. Era engraçado como, voltando ao início daquele ano, a Alcaide não tinha muitos amigos além de Emília — que fazia falta ali, ainda —, mas agora.... Ela conhecera tantas pessoas diferentes, e vivera tanta coisa em tão pouco tempo e, apesar de todos os problemas, de todas as confusões em que (não tão) deliberadamente se metera. Valera a pena, cada minuto.

O sorriso se fez presente novamente, enquanto a adolescente alcançava uma coxinha de aparência muito, muito boa em um dos pratos que foram magicamente preenchidos na mesa.

If I don't get out Out of this town I just might be the one who finally burns it down


Sitting and watching the world going by, Is it true when we die we go up to the sky? So many things that I don't understand Put my feet in the sand when I'm walking in the sun...Walking in the sun
Thiago P. Dunham
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Thiago P. Dunham
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Qui 3 Dez 2020 - 23:40
Então é Natal... Não, Não, pera.
Miguel não estava muito para conversa, estava bem “para baixo”, talvez esteja passando por algum problema pessoal, infelizmente eu não sentia que podia ajudá-lo, já estava prestes a me despedir, não sabia bem como faria isso, precisava ter um bom jogo de cintura para não soar mal-educado ou algo assim. Não queria deixá-lo ali sozinho, e para minha alegria, ele não ficaria. Como se fosse um anjo realizando meus desejos, a professora Bianca chegava até a mesa. Era exatamente a deixa que eu precisava.

— Boa noite, professora! — o sorriso largo se abria em meu rosto, eu realmente estava feliz em vê-la — Estou muito bem e a senhora? Faz muito tempo que não lhe vejo, a última vez foi no Clube de Duelos?! —  A feição confusa que se apossou do meu rosto sinalizava mais uma vez a minha péssima capacidade de memória, não que ela seja de toda ruim, mas, digamos que ela tem um jeito bem peculiar de organizar as coisas.

Não pretendia me estender demais ali naquela conversa, aparentemente eu estava empatando a conversa dos dois, essa sensação só aumentou quando Bianca encostou a cabeça no ombro do Miguel, agora era certeza, eu tinha minha deixa, bastava apenas sair de mansinho — Bem, eu vou ter que deixar vocês dois por agora, mas se der, eu passo aqui mais tarde. — Levantei até que rápido e me despedi de ambos  com um sorriso. Não dei-me o luxo de olhar para trás, poderia soar como se eu estivesse curioso, mas foi somente quando foquei no que estava a minha frente que notei, tudo estava cheio, mas quando foi que tanta gente havia chego?

A música que tocava ao fundo parou, todos voltaram o olhar para o centro do refeitório, lá estava Aisha, eu não havia tido tanto contato com ela, mas pelo que dizem pelos corredores, isso era uma sorte minha, e que seria muito bom me manter afastado dela. Mesmo com todo esse background levemente assustador sobre ela, pude sentir que as palavras que ela dizia eram de coração, ao menos carregavam um tom muito gentil. Foi somente quando ela fez o comentário sobre o quadribol, que senti um arrepio, aquilo não havia me parecido muito amistoso. Que Oyá nos proteja ano que vem.

Verônica só apareceu quando Aisha desceu do pequeno elevado, assumindo o lugar da coordenadora, a diretora iniciou seu discurso, também muito carregado de emoção, certamente elas não haviam preparado esses discursos anteriormente, eram muito originais, além de que casavam perfeitamente com a ocasião. Senti o silêncio ficar ainda mais profundo quando Verônica tocou no nome da avó dela, aquela certamente ainda era uma ferida aberta para todos de Castelobruxo. E quem diria que as mudanças para 2021 começariam ali, não mais Centro Acadêmico, agora Grêmio Estudantil, embora eu não fizesse ideia do que mudaria de fato com isso, me senti feliz, parecia muito bom, ao menos pela felicidade com que foi apresentada a mudança, indicava isso.

Embora fosse uma cena que acontecesse quase todos os dias, ver as mesas se enchendo de comidas e guloseimas era algo surreal, não havia uma vez sequer que eu não ficasse totalmente animado ao me deparar com a situação. Esperei que a Dourado terminasse seu discurso e virei-me em busca de uma mesa com um lugar vazio para me sentar e comer. Para minha alegria, não foi tão difícil assim, haviam alguns lugares vagos, e claro, corri para o mais próximo, não queria perder muito tempo, afinal logo mais o sono bateria.



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Thiago P. Dunham

Never felt so close
We've never felt so free
Débora Abbott Medeiros
TLC » Adulta
Débora Abbott Medeiros
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CB: Professora de História da Magia.
Qui 3 Dez 2020 - 23:50
de volta ao ninho
Somos pássaro novo

Desenrolando um mínimo camafeu do suporte de folha de bananeira onde estava resguardado, Débora observava o movimentar das crianças. As troças pelo salão, os abraços de olhos úmidos. Havia um quê de belo e poético naquelas tantas aulas puras, ainda que travessas e maliciosas, mas pura em essência. A Medeiros não sabia o que esperar de muitos deles. Como se comportavam fora dos terrenos de Castelobruxo? Mantinham contato ou passavam verões inteiros sem se cruzar, retornando com a amizade inabalável da juventude antes do carnaval. A curiosidade que a motivava era apenas passageira, sairia de sua mente assim que deixasse o salão, mas enquanto isso caminhava e distraía-se inventando vidas imaginárias para cada um ali, aluno ou colega de profissão.

Levou o doce aos lábios, quebrando a camada de açúcar e sentindo as nozes se esparramarem dentro da boca. Era seu doce preferido, mas raramente se dava o luxo de deleitar-se com a sobremesa. Ela própria tinha uma aversão à cozinhar além do vital para sua sobrevivência e, fora dos confortos daquela escola, fazia o possível para afastar-se de tentação. Obviamente, não era o caso do presente momento, onde a jovem professora de história da magia seguia com a firme decisão de ir até uma bandeja de coxinhas brilhava, exibindo a crosta dourada do salgado tipicamente brasileiro. A diretora já tinha feito seu discurso e Débora muito que não queria bisbilhotar as fofocas dos alunos que transcorriam àquela altura do ano. Tão perto do fim, seria horrível ter que distribuir detenções, pior ainda ter que acompanhá-las, estavam praticamente de férias! Mas, tal como era, não poderia se deixar ludibriar pelos carismáticos arruaceiros. Toda conversa que ela ouvisse próxima das coxinhas, certamente seria usada contra quem quer que fosse o desprevenido adolescente. O tempo de Débora brincar na escola tinha terminado anos atrás e, a não ser pela extraordinária força de um professor tentador nos próximos meses, a situação continuaria assim.

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Alice Bissoli Pegoretti
CASTELOBRUXO » Coordenadora
Alice Bissoli Pegoretti
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CASTELOBRUXO: Coordenadora da escola
Sex 4 Dez 2020 - 0:00
Sabe... pelo menos não fui ignorada cem por cento, mas aparentemente a menina serelepe estava mais a fim de continuar suas andanças sozinhas, parecendo até empolgada com algo de repente. "Quem sou eu para julgar? Resolver ficar sozinha do nada era uma grande especialidade minha — e refúgio necessário muitas vezes —, logo, só me restava aceitar.

Helena, por sua vez, não parecia de toda estranha comigo, embora nossos olhares incertos de como agir parecessem se espelhar em certos momentos, mas, por fim, o sorriso venceu a estranheza. Não imaginou que a Carcará poderia, de alguma forma, rejeitar sua companhia ali, mas ouvir a confirmação de que poderia ficar foi de um alívio imenso. — Hmm... com o pé direito, devo dizer. Tenho a sensação de que agora as coisas vão melhorar, sabe? — o sorriso permaneceu no rosto, esperançosa, embora o comichão no estômago fosse sinal de seu receio, mas não iria comentar sobre aquilo. — É.. pode se dizer que sim. — deu de ombros para o assunto, não era a parte do ano que mais lhe agradava, afinal. "Ir para mais algum abrigo vai ser ótimo. E-b-a."

Mas falando em coisas melhorando, eu não imaginei que um sentimento premonitório poderia realmente existir, não até aquele momento. "Ventura em carne e osso?" O choque devia estar estampado na minha cara por ver o ex-capitão do time de Helena parado ali atrás de nós, mas melhor foi a careta que tive que fazer para esconder a risada alta que queria escapar pela chegada surpreendentemente desastrosa do sextanista — embora meu cabelo colorido já entregasse o que eu tentava disfarçar. — Dora voltou de suas aventuras já querendo causar? — brinquei, e no fim minha risada ganhou a luta, ecoando o riso do próprio Vicente.

Quando consegui respirar fundo e segurar o riso, começou-se o discurso de Aisha, atual coordenadora da escola. Em seguida, Verônica, nossa diretora, ambas ganhando nossas palmas ao fim. Por último, mas com certeza não menos importante — humildade passou longe nesse momento — era minha vez de agir. Mal terminei de sorrir para a Diretora e já estava com os dedinhos mágicos no meu Zenfone, enviando a mensagem para toda a lista que eu havia preparado desde dias atrás — agora também incluindo Vicente com um breve clique.
O Grêmio Estudantil Ybirá adverte: faltar a festa de amanhã pode
lhe causar sérios problemas de arrependimento.
À partir das 18h no topo de Ybirá. Traje livre.
Ouvi um bocado de bip e outros barulhos de mensagens chegando nos celulares ao meu redor, e foi o suficiente para o sorriso brotar mais uma vez em meu rosto, agora ainda mais aberto.

Pega de surpresa pelo abraço de Helena, correspondi, claro, e apenas no meio do ato percebi o quão precisando daquilo eu estava. — Obrigada! — respondi, mas não saberia dizer se agradecia os parabéns ou o abraço em si. Sentamos enfim, os três juntos, dois jogadores do carcará e eu, uma fã de quadribol destrambelhada nas vassouras e com medo de voar nas alturas. Um trio inovador, mas no qual era bom demais estar inclusa.
será que
vem aí?

COM
Helena e Vicente
ONDE
Refeitório
OBS
se prepare
››MONTY‹‹



Goretti
I always say what I'm feeling, I was born without a zip on my mouth! Sometimes I don't even mean it... It takes a little while to figure me out.
Yeah
Cambito
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Cambito
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146
Sex 18 Dez 2020 - 22:38
ENCERRADO
RP finalizada!

Vish

SORTE: R$100 computados para Ayla pela interação com o S&R!
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