The Last Castle - RPG :: Tópicos de Personagem e RPs Arquivadas :: Arquivo de RPs Finalizadas :: RPs do Mundo Mágico
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JAN2026
JANEIRO DE 2026 - VERÃO
>Quests Interativas<
ADMAGO
ATUALIZAÇÕES - ADM - OFF
28/05. Lançamento: Sistema de Atributos
7/06. atualização do tablón
1/08. estamos de volta
13/08. atualização dos ranks gerais do fórum
00mes
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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Corujita
TLC » Administradores
Corujita
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Ama bisbilhotar e fuxicar
Ter 29 Dez 2020 - 0:17
Vem 2021, mas vem com carinho!
The Last Castle RPG

2020 foi um ano de muitas surpresas, reviravoltas, dificuldades e superação. Sabendo das festas de fim de ano de 2019, e como as mais badalada acabaram — com grandes confusões e rendendo várias fofocas para O Globo de Cristal, inclusive algumas envolvendo alguns dos funcionários importantes da COMASUL — dessa vez a Festa de Ano Novo seria organizada pela própria Confederação de Magia Sul-Americana. Aproveitando o embalo de mais uma restauração finalizada, a Seção Cultural da COMASUL foi responsável pela noite de virada de ano que aconteceria no Estádio Aimé Paine, Centro Cultural Bruxo da America do Sul, na Argentina.

Com o teto fechado, o interior do Estádio recebia os convidados em seu salão de festa bem ornamentado com luzes brancas e grandes lírios crescendo e florescendo em espiral nas pilastras ao redor. Em um dos cantos havia uma enorme mesa de comes e bebes, com bandejas, copos e taças enfeitiçados para se completarem sozinhos ao desejo do consumidor. No extremo oposto, um palco de porte médio guardava todos os tipos de instrumentos e apetrechos musicais para que os músicos presentes pudessem participar do pequeno show para alegrar a noite de todos.

Bilhete chave de portal enviado à todas as famílias registradas pela COMASUL:


Convidado ,

Dia 31 de dezembro de 2020 a COMASUL te espera para uma merecida festa de fim de ano no Estádio Aimé Paine.

Com bufê e atrações organizados em conjunto com Gabriela Callai, do Sorte Líquida, essa será, com certeza, uma festa memorável, com espaço para nossos queridos artistas demonstrarem um pouco mais de seus grandiosos talentos e conquistarem ainda mais essa população linda e, claro, começar 2021 com o pé direito!

Dia 31, à partir das 22h, a chave de portal será ativada de 20 em 20 minutos até as 23h40 para chegada no Estádio. Esperamos por vocês.

Cassandra Martins Pantoja,
Ministra da Cultura.

— Departamento do Esporte e Cultura.


TLC.RPG
XIII
Filippo di Risio
COMASUL » Auror
Filippo di Risio
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COMASUL: Auror
Qua 30 Dez 2020 - 16:17
a little party nerver hurt no one
Eu não era muito fã desses eventos, quer dizer, eu não sou fã de eventos em geral. Eu sou um cara mais caseiro, sabe? De ficar em casa assistindo filmes, séries ou comendo algo, no entanto eu me senti na obrigação de comparecer por ser um evento da Confederação. Eu era antissocial, mas não ao ponto de não prestigiar um evento de final de ano promovido pela seção cultural. Eu era um auror novato, acho bom eu comparecer nesse tipo de coisa para me enturmar e tudo mais, não seria nenhum grande sacrifício... Pelo menos eu suponho que não.  

Dei uma mexida no cabelo e olhei ao redor. Aparentemente eu era um dos primeiros a chegar no local e não sabia se isso era bom ou ruim. Fiquei andando um pouco constrangido pelo fato de ter chegado no evento com certa antecedência e peguei uma taça de suco de abóbora. Eu estava me sentindo um pouco estranho naquele traje formal, mas felizmente era alugado e eu não iria precisar usá-lo nunca mais. Eu gosto de coisas mais confortáveis, mas creio que o evento pedia um traje mais apropriado e tudo mais. Fiquei parado em um cantinho observando o local. Ainda não sabia quais artistas iriam se apresentar, mas eu estava animado para essa parte, afinal eu sou um grande amante de música, seja qual gênero for.




E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.
Lira Pisinoe Cotta
COMASUL » Vice-Presidente
Lira Pisinoe Cotta
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COMASUL: Vice-Presidente da Confederação
Qua 30 Dez 2020 - 18:48
Happy New Year
O ano foi turbulento para todos, mas principalmente para os membros da COMASUL que virou de cabeça para baixo. Desde seu início, 2020 marcou a vida de Lira com a possibilidade, apresentada por Ares, de tirar o presidente do poder. Dividir e conquistar, a ideia era mostrar ao povo toda a podridão causada pelo ainda atual presidente para que a população bruxa sul americana conseguisse ver tamanha incompetência de seu presidente eleito R. R. Farias, o inútil. No começo tudo caminhou bem, mas, como a grande barata que é, Ricardo deu um jeito de sobreviver. Criticado a respeito da divisão das seções e falta de departamentos focados em tratar de assuntos específicos ele — no mesmo mês — resolveu mudar toda a estrutura da confederação para implementar coisas como: departamento de regulamentação dos seres, esporte e cultura, segurança pública, acidentes e catástrofes mágicas, assim como criar novos cargos, possibilitando mais vagas de empregos para a população.

A princípio Lira achou que ele havia mudado sua conduta, que aquele homem ainda tinha salvação, isso que dá acreditar na humanidade, mas não muito tempo depois acabou percebendo que aquela mudança tinha um objetivo maior: terceirizar sua culpa. Sendo esse seu objetivo, não fica difícil deduzir quem o inestimável presidente indicou para o cargo de chefe da seção seis — execução das leis mágicas —, uma das mais importantes dentro da confederação, responsável por dois departamentos, segurança e manutenção das leis. Lira, é claro. A sirena ativista dos seres que ganhou os holofotes neste ano por ter idealizado a lei de integralização dos seres, que ainda vigora apesar de todas as intercorrência; agora recebe a culpa de absolutamente tudo o que o presidente não consegue responder sozinho. Não seria melhor contratar alguém pra lhe escrever alguns cards e seguir o roteiro? Não, ele prefere jogar a culpa pra cima de alguém que só está tentando fazer seu trabalho, julgando ser o elo mais fraco.

Com as eleições se aproximando, o Estádio Aimé Paine, Centro Cultural Bruxo da America do Sul, foi reinaugurado após restauração e sediaria uma grande festa de fim de ano. Todos os funcionários da COMASUL foram convidados, junto a maioria dos outros bruxos, ali seria fácil de evitar possíveis ataques, visto que é um local extremamente protegido e reforçado por seguranças, sem contar os aurores a paisana e todos os funcionários do alto escalão da confederação que ali estariam. Às exatas dez horas da noite a chave de portal se ativou nas mãos da Cotta e ela foi teletransportada para Tierra Viva, onde entrou numa carruagem puxada por Guanancos e foi levada direto para o estádio. Não havia muita gente ainda, chegou cedo demais.


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OFF: Vestindo
Aberta a interações.


LIRA
Ian Ruzzo
COMASUL » Chefe de Sessão 7
Ian Ruzzo
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Ocupação :
Chefe da Suprema Corte - COMASUL
Qua 30 Dez 2020 - 20:51
we hope then ahappy new year
O ano finalmente chegou ao fim, e que ano, não?! Aconteceram tantas coisas, que eu cheguei a me perder no tempo, aparentemente ele foi muito mais longo do que o convencional, mas não de um modo ruim. Pessoalmente, posso dizer que este foi um ano excelente, ao menos para minha vida particular, arrumei um emprego excelente, consegui me estabilizar financeiramente, comprei minha casa, e se não bastasse tudo isso, consegui algo, que talvez valha mais do que todas essas outras coisas juntas, Cassie. Enfim, 2020 foi um ano excelente, embora os percalços que tivemos que enfrentar.

Esse vai ser o primeiro evento que vou desde o Festival das Caiporas, não costumo dar as caras, ainda mais em uma ocasião que normalmente, eu ficaria com minha família, mas desta vez, tinha um bom motivo para ir, isso sem contar que fiquei muito curioso para ver o resultado da restauração do estádio, não tive nenhum acesso às imagens, então vai ser tudo inédito.

A chave de portal para o evento só abre após as 22hrs, então tenho tempo suficiente para me arrumar e ir até a Capital me encontrar com Cassie. É nesse primeiro ponto que sempre acabo me enrolando, por mais que não tenha uma variedade tão grande de roupas, isso para não dizer que minhas roupas são todas iguais. Nunca sei o que escolher, mesmo sabendo que na maior parte dos casos vai ficar igual. Cheguei a cogitar em ir de terno, mas é desnecessário, além de que, acho que não combina tanto assim com a ocasião. Então uma camisa branca, calça social preta e o sapato de couro escuro, não tem erro, né? Quando me olhei no espelho, até pensei que estava indo trabalhar, mas não. Fica então como a primeira promessa para o ano que vem: Renovar o guarda-roupa.

A ida de Monte Nevado para a Capital é sempre meio confusa, por não ser um primoroso apreciador da aparatação, prefiro usar a rede de fluxo, leva quase o mesmo tempo, mas não me deixa com o estômago revirado. Felizmente o tempo que passei hospedado no Hotel ao lado da COMASUL, me rendeu um certo passe livre pelo armário de lá. Seria complicado achar outro lugar para utilizar.

Faltavam pouco mais de quinze minutos para às 22:00, era tempo suficiente para ir até o apartamento de Cassie. Não lembrava ao certo o número, nem o andar, mas era questão de tentativa e erro, para minha sorte consegui de primeira, não tive de perambular pelos andares até achar. Parado em frente a porta, dei duas batidas para avisar que havia chegado.—  Boa noite. Como está? —  disse sorrindo quando ela abriu a porta — Acho que cheguei no limite do tempo, não foi? — questionei enquanto olhava para o relógio de pulso, faltava menos de um minuto para o horário marcado no convite. Retirei o convite do bolso estendo para mais próximo dela, quando o ponteiro do relógio terminou sua volta, tanto eu como ela nos encontrávamos em Tierra Viva. Acho que fomos um dos primeiros a chegar, já que estava meio vazio, e com diversas carruagens livres. — Primeiro a senhorita. — apontei para a carruagem mais próxima de nós, esperando que Cassie entrasse para que pudéssemos ir.

A construção era monumental, estava impecável nos mínimos detalhes, com o ambiente todo preparado para o evento. De fato os responsáveis tinham tido muito sucesso na produção do local. Aproveitei para pegar duas taças que se encontravam sobre uma mesa logo na entrada, entregando-a a minha acompanhante. — Saúde. — falei enquanto minha taça se enchia com espumante, estava bem gelado, o que era bom, dado ao calor do ambiente.

Vestindo
Mia Bedoya Villa-Lobos
TLC » Fantasma
Mia Bedoya Villa-Lobos
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CB - Goleira Carcará
Qua 30 Dez 2020 - 21:35


Festinha


Argentina | Festa | Vestindo


Tanta, mas tanta coisa aconteceu no mundo bruxo e nas vidas alheias que eu não conseguiria terminar de contar tudo o que vejo daqui de onde estou. Humpt... Vocês não sabem, da missa, o terço. Como sei tanto sobre a vida dos outros? Posso te dizer que em 2020, a coisa mais interessante que aconteceu na minha foi o dia em que Ursula entrou em minha estalagem se fingindo de bêbada, ela é tão boa atriz! Alguma pista sobre quem sou eu? Vou dar uma dica: começa com Conrado e termina com Torres. Ding, ding, ding, e o prêmio vai para Convidado! Sim, eu morri, e agora sou passageiro na vida de minha assassina, a moira Gonçalves. Os outros espíritos e espectros dizem que sofro de estocolmo, mas não é algo que eu tome como verdade suprema. A minha verdade é que nunca me senti tão vivo como depois de morto. É um ano de perdão, eu diria. Eu te perdoo, Ursula.

É estranho viver aqui, rodeado de tantos homens, mas começo entender a causa de minha amada. Humanitária. Bondosa. Sua missão é livrar a terra de qualquer criminoso, mesmo que acabe se sujando pelo caminho, como quando sequestrou Aurora e explodiu o auror grandalhão (o que achei totalmente desnecessário). — Conrado! — A morena uivou, me repreendendo com o olhar direto em meu reflexo atrás de si, pelo espelho.

Como eu ia dizendo, ela é um amor. Apenas incompreendida por ser brusca demais, mas isso é pra quando precisa ser. Como eu disse, ela é uma ótima atriz e hoje o personagem de seu roteiro era um já conhecido: a empresária, milionária e filantropa que doou aquela bolada de dinheiro para a Fundação Voando Alto outro dia — acrescento, aqui, que parte desse dinheiro foi doação minha. Ela recebeu pela minha morte.

Antes de prosseguir quero fazer um adendo correndo o risco de ser mandado embora: que mulher gostosa. Eu sei que grande parte da motivação dela pra tirar minha vida foi eu não ter dito isso em voz alta noutro dia, mas daqui tudo fica mais claro. Perfeito. Enquanto me distraí aqui ela desapareceu com o convite na mão.

(...)

Já em Tierra Viva, depois de entrar na carruagem, a moira buscou a minúscula varinha de Conrado dentro da bolsa. Era seu acompanhante da noite para não se sentir tão só, e o coitado não fazia ideia de para onde ela estava indo. Não tinha como segui-la a menos que ela o invocasse. Concentrando-se na energia do espírito amante, com a varinha em mãos chamou por ele, que respondeu surgindo em cima do cara sentado de frente.

(...)

Finalmente! Senti um forte puxão em meu umbigo e quando vi já estava dentro de uma carruagem chique. Onde estávamos indo, não sabia, mas posso dizer que ficar sentado dentro do corpo daquele cara era extremamente incômodo. Como se pudesse ler meus pensamentos, Ursula balançou a varinha em minha direção e fagulhas douradas foram emitidas. Livre estou! Agora éramos eu, minha moira e uma minúscula pomba branca sobre o banco acolchoado. — Por nada. — Ela sorriu para mim com aqueles lábios perfeitamente desenhados com vermelho.

Quando a carruagem parou, descemos. Era o estádio Aimé Paine, o Centro Cultural Bruxo da America do Sul, e pela música teríamos festa. Uma pena eu não poder mais beber. — Eu bebo por nós dois. — Disse ela, descendo da carruagem com ajuda do cocheiro que expôs a confusão de seu semblante ao perguntar o que aconteceu com o homem que a acompanhava. — Era só eu em minha carruagem, senhor. Melhor tirar uns minutos pra descansar, não acha? — A atriz perguntou, preocupada com a saúde do senhor trabalhando àquela hora. Confuso, ele se afastou com a carruagem e nós entramos.

Havia pouca gente, chegamos cedo. Ao ver o primeiro garçom com uma bandeja na não, Ursula pego uma taça e agradeceu com um sorriso simpático. — Tin-tin.



NC

INFORMAÇÕES:
Habilidade Especial - Poderes usados:


MIA
Élodie Le Vasseur
TLC » Adulta
Élodie Le Vasseur
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Adulto
Qua 30 Dez 2020 - 23:39
The right thing is to be with who you should be with. Even if it’s messy, you make it work because you know you belong together.  
And I know we belong together.

Minha cabeça pendia para o lado, enquanto meus olhos fitavam, languidamente, meu próprio reflexo no espelho trincado. Um dedo alisava a linha áspera e afiada da rachadura que conferia à minha aparência certa distorção, resultando num aspecto desproporcional do meu corpo. Mas, salvo a deformidade, estava aceitável o bastante para me misturar aos demais bruxos que celebrariam a noite no evento promovido pela COMASUL. Embora não fosse dado aos caprichos da moda como uns e outros, sabia que naquela noite ela me favorecia. Traços de um sorriso pairaram sobre meus lábios com a percepção.
Consciente do breve traço de amabilidade, aperfeiçoo o sorriso, contraindo os lábios e analisando os movimentos que minha face fazia— o surgimento de linhas de expressão, a forma como os olhos se comprimiam e compunham uma face harmoniosa.  Meneei a cabeça uma, duas vezes, como se cumprimentasse a algum indivíduo que, por acaso, cruzasse meu caminho durante a noite. Eu não costumava ser notado, mas vez ou outra atraía a atenção, nem sempre pelos motivos que desejava. Contemplei meu próprio olhar até me dar por satisfeito com o que via, então deixei meu sorriso morrer. Estava na hora de ir.
Tirei o convite do bolso. Estava ligeiramente amassado graças ao descuido, mas decerto que ainda funcionava. Encarei os ponteiros do relógio de parede— um objeto puído, cuja função de peça decorativa havia há muito se esvaído— como quem tenta controlar o tempo, adiantá-lo de alguma forma.
Chegadas as vinte e duas horas, a chave de portal foi ativada em minhas mãos e me vi ser engolido pelo vórtice mágico, surrupiado do quarto monótono e sendo cuspido de volta em Tierra Viva. A câmera fotográfica que pendia em meu pescoço balançava contra o corpo quando se estabeleceu em terra. Instantes depois era levado ao estádio numa charrete guiada por criaturas cujo nome não me arriscaria supor— não era o melhor aluno de magizoologia de minha turma. Era, tampouco, grande fã de esportes, de modo que o estádio me pareceu muito bem estruturado para um evento como aquele, ao invés de partidas estapafúrdias de quadribol.
Escrutinei o ambiente decorado e avaliei as figuras que começavam a chegar. Encontrei alguns rostos desinteressantes, outros que pareciam mais apáticos que eu mesmo e ainda alguns que pareciam carregar a glória de seus feitos nos olhares altivos. Lembrei-me em poucos minutos que, de fato, antipatizava-me daquele ambiente.
Pairei a câmera diante dos olhos. Fotografei a decoração, as taças de bebida, alguns sorrisos vazios e um ou outro traje elegante demais para a ocasião.  Foi num ajuste de foco que senti meu rosto se transfigurar e as perspectivas se expandirem. O tédio pareceu se esvair e dar lugar à curiosidade, ao fascínio. Detrás da lente da câmera, ele ganhou meu olhar. Seu cabelo em tons únicos de castanho claro estava desalinhado— propositalmente, suponho eu, para que não parecesse arrumado demais—, vestido com cuidado para não ser tomado como um jovem descuidado. Bebia um líquido alaranjado — uma escolha curiosa, devo dizer. Que gosto teria? — e seus lábios beijavam a taça com sutileza.
Umedeci meus próprios lábios sedentos.
Que gosto deixaria aquela estranha bebida depois de ingerida?
Ele parecia alheio ao redor e, de certa forma, areado. Assim como eu, não parecia confortável sob tão supérflua atmosfera. Ora, tínhamos tanto em comum. Foi inevitável apertar o botão da câmera, fotografando-o, eternizando sua beleza e aquele momento na tela fria e morta da máquina.  Mas, em meu íntimo, sabia que aquela seria o primeiro de muitos momentos que teria com... Com quem, mesmo? Ainda não sabia quem era, mas aquilo era um mero detalhe. Ele me diria seu nome assim que estivesse pronto para mim.



E.
Filippo di Risio
COMASUL » Auror
Filippo di Risio
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COMASUL: Auror
Qui 31 Dez 2020 - 10:48
a little party nerver hurt no one
Afastei a taça dos meus lábios após dar uma bela golada naquele suco. Aquilo estava magnífico, eu poderia passar a noite toda bebendo aquele suco de abóbora (e provavelmente seria exatamente isso que eu faria, já que não sou muito fã de bebidas alcóolicas). Caminhei um pouco mais pelo local procurando alguns petiscos e felizmente encontrei alguns. Eu tinha essa necessidade de comer de cinco em cinco minutos, nada demais, só pra manter o buraco negro que havia em meu estômago vivo. Fiquei parado perto da mesa de petisco e continuei bebendo minha taça de suco de abóbora que parecia não esvaziar nunca. Parecia estar magicamente enfeitiçada para que isso ocorresse, ainda bem, pois dava preguiça só de pensar em sair do lugar para ir buscar qualquer coisa. Não que eu seja preguiçoso, de fato, mas é só que eu queria passar despercebido, compreende? E a melhor maneira de fazer isso era ficar quieto em um canto qualquer, sem ficar perambulando demais. Daqui há pouco o local provavelmente estará cheio de figuras importantes em seus trajes fabulosos e isso irá ofuscar ainda mais a presença de qualquer um que não pertença a este meio, e isso inclui a mim.

Beberiquei mais um pouco do meu suco enquanto percorria os olhos pelo ambiente por sobre a taça. Confesso que quase engasguei ao ver uma lente de câmera apontada em minha direção. Oh não! Afastei a taça dos lábios e virei-me de costas para o fotógrafo. Nossa, não imaginei que teria que lidar com esse tipo de situação, mas assim que notei a carruagem vazia demais e o local com poucas pessoas me arrependi de ter chegado cedo demais, bem, isso poderia ocorrer, não é mesmo? Limpei minha boca com um guardanapo e olhei em direção ao fotógrafo novamente. Ele tinha o olhar caído, meio que de peixe morto, sabe? E aqueles olhos azuis, emoldurados por um par de sobrancelhas grossas pareciam esconder uma insatisfação de estar presente no evento. Senti empatia. Ele estava na mesma energia que a minha, estava arrumado para a ocasião, contudo parecia que não estava sentindo-se confortável naquela "pele". Mas o que me levou caminhar até ele não foi nenhum desses fatores, e sim a foto. Eu não sou muito fotogênico, creio eu. Minhas fotos das minhas redes sociais são todas tiradas por um acaso por alguém, somente duas fotos eu verdadeiramente posei para que fossem tiradas, e ainda assim não ficaram boas, mas postei porque não tinha nada mais para postar. Acontece é que eu não era muito fã de fotografias e eu espero que o fotógrafo de olhar profundo entenda meu lado.

Ele pareceu não notar minha aproximação, ou se o fez, disfarçou muito bem, pois seu rosto até então inexpressivo esboçou uma reação ao me ver tão de perto. — Hum... com licença. — Minhas bochechas deviam estar queimando a esta altura do campeonato e meu rosto poderia estar claramente tomando um tom avermelhado. Eu sequer parecia um auror combatente tratando-se de interações sociais. Digamos que eu não tinha muita habilidade e ficava tímido com qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, principalmente perto de alguém tão... intimidador, talvez? Ele não tinha cara de quem acataria o meu pedido, porém não custava nada tentar. — Essas fotos que você tirou vão aparecer em algum lugar depois do evento? Porque se não for pedir demais, peço que apague a minha, eu não sou muito fotogênico posando, que dirá distraído. — Meu medo era ele postar aquela foto em algum lugar e eu aparecer olhando para alguém com cara de julgamento ou cara de paisagem, que são duas expressões faciais que eu sempre faço involuntariamente. — Aliás, desculpa, meu nome é Francisco Sulzbach, só que prefiro que me chamem de Frans... — Meu tom de voz foi diminuindo gradativamente ao perceber o olhar do rapaz sobre mim. Ele parecia meio que surpreso pela aproximação, ou não gostou de ter sido pego no flagra. Eu sei lá o que estava acontecendo, só sei que me arrependi de ter me aproximado dessa forma, fazendo exigências acerca do trabalho dele. Meu Deus, eu não tenho habilidade social nenhuma de fato! Fora que eu posso ter soado meio arrogante, como essas celebridades que pedem para não serem fotografadas. Nossa, eu não parei para pensar nisso, mas não tinha muito o que eu pudesse fazer, até porque já havia dito o que queria dizer, eu só rezava para que ele não acabasse me interpretando mal.




E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.
Cassandra Abbott Medeiros
COMASUL » Comandante Auror
Cassandra Abbott Medeiros
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COMASUL: Comandante Auror
Qui 31 Dez 2020 - 11:36
"Anda, anda, anda!" Corria de um lado para o outro dentro do apartamento, tentando encontrar onde estava o vestido que comprei pro ano novo. Eu sei que jurei que não compraria nada esse ano, assim como jurei ficar passar a virada em casa, mas se quem sou eu pra recusar um convite do Ian, né? Pois é gente, parece que aquela história do damo e a vagabunda está dando mais certo do que eu imaginava, mais alguém está em choque? Pois bem, é uma das únicas coisas boas que esse ano de merda me trouxe. Já vai tarde. Então pessoal, eu sei que eu deveria estar aqui agradecendo e relembrando o ano de 2020, o que ele me trouxe e o que levou, todas as mudanças que aconteceram — principalmente agora que trabalho na instituição mais corrupta da américa do sul —, mas puts... Deixa pra outro, vou ficar de fora dessa. Vai com deus, meu chapa, próximo! Ah, só uma observação: espero que o Xavier não apareça nessa festa do mesmo jeito que não aparece no trabalho, não quero ser lembrada como a barraqueira. Agora, voltando ao foco, estava animada para conhecer o estádio depois da reforma.

Já pronta, o relógio no visor de meu celular marcava nove e cinquenta, bem a tempo de pegar a chave de portal no primeiro horário, caso Ian chegasse a tempo. Aliás, pelo horário da mensagem ele já devia ter chegado. Por que não simplesmente aparatar em minha porta? Não faço ideia. Com a varinha dentro da bolsa de mão, sentei no braço do sofá para fuçar o witchgram alheio enquanto esperava. Já estava certa que perderíamos o primeiro horário, quando ouvi duas batidas à porta. Finalmente.

Levantei em um salto e me apressei para atender, menos de um minuto para as dez. — Ansiosa. — respondi com um sorriso largo no rosto. Quando foi que fiquei assim, hein? Dei espaço para ele entrar e toquei a fechadura da porta com a ponta de minha varinha para tranca-la e, no momento seguinte agarrei o braço de Ian para aguardar a ativação da chave de portal. — Está bonito hoje. Quer dizer, não que nos outros dias não est' — fomos sugados pelo vórtice antes que eu pudesse terminar de falar. — Você me entendeu. — disse quando chegamos em Tierra Viva. Menina, não sei quem conjurou o feitiço naquela chave em específico, mas foi a primeira que peguei e não bagunçou meus cabelos durante a viagem. Se foi você o responsável por por esse feitiço, muito obrigada. Vê só, comecei dizendo que não iria agradecer pelo ano porque não valia a pena e agora olha pra mim. Sem beber já estou assim, imagine no fim da noite. Uma completa palhaça.

Não muito tempo depois, a carruagem puxada pelos guanancos encantados parou em frente a uma grande construção. "Uau..." Foi meu primeiro pensamento ao descer dali. Foi mesmo uma restauração, ou demoliram pra construir outra estrutura no lugar? Por fora era tudo lindo e por dentro tudo perfeito. O piso de mármore claro, em combinação com os jardins centrais espalhados por todo o ambiente levavam o ar de leveza ao local. Aquele palco ao fundo devia ser onde as bandas se apresentariam e, mais tarde — como gosta de aparecer — o presidente discursaria. — Obrigada. — agradeci, recebendo a taça das mãos de Ian e logo ela se encheu com espumante. — Vamos brindar a... — a nós? Que surto é esse mulher, para. — ...o ano novo. — sorri ao tocar a taça na de meu acompanhante. Agora o foco é se segurar pra não passar vergonha.

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Vestindo | Inspiração de ano novo 1 | Inspiração de ano novo 2

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— Falas
"Pensamentos"
— Falas de outros
"—Pensamentos de outros"
「R」


lovesick
Ian Ruzzo
COMASUL » Chefe de Sessão 7
Ian Ruzzo
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Ocupação :
Chefe da Suprema Corte - COMASUL
Sex 1 Jan 2021 - 15:35
we hope then ahappy new year
Nunca foi do meu costume chegar tão em cima do horário marcado, mas como já comentei, tive um pequeno contratempo na hora de me arrumar, sem contar que demorei um pouco mais do que deveria no trajeto até o apartamento de Cassie, mas felizmente cheguei a tempo de irmos no primeiro horário. — Eu também estou bem ansioso. — sorrindo, dei apenas alguns passamos para dentro, o suficiente para que ela pudesse fechar a porta. Talvez fosse melhor se ficássemos por ali mesmo, mas pensei nisso tarde demais, o vórtex da chave de portal já estava nos levando para Tierra Viva. — Claro que entendi. — Meu riso sem jeito e as bochechas coradas, talvez refletissem melhor o que eu gostaria de dizer, do que as próprias palavras ditas por mim. — Você está ainda mais encantadora, Cassie. — meus dedos esboçaram envolver a mão dela, mas escorreram pela lateral, sendo apenas um toque de relance.

Não sei dizer se o trajeto de Tierra Viva até o estádio é tão curto quanto me pareceu, afinal, fiquei distraído em boa parte do percurso, pensando em como as coisas haviam mudado drasticamente em tão pouco tempo. Não faz sequer um mês desde que conheci Cassie, e de lá para cá, ela mudou completamente, é até difícil para que eu me recorde dela toda fria e contida me entrevistando. Quem diria, né? Acho que agora ela é minha companhia favorita, quer dizer, acho não, tenho certeza. É estranho eu ter me apegado tanto a uma pessoa, ainda mais tão rápido assim. Claro que desenvolvi relações desde que voltei ao Brasil, mas com ela é algo diferente. Sei que parece um discurso clichê e batido, porém, estou falando sério, não tenho outras palavras para descrever, Cassie é fantástica.

No salão, não tinham muitas pessoas, algumas ainda estavam chegando, dava para ouvi-las descendo de suas carruagens. Assim que entrei, busquei algum rosto conhecido, mas a princípio não reconheci ninguém, apenas uma mulher ao fundo que aparentava ser Lira, mas não tinha certeza, então preferi aproveitar o momento a sós com Cassie, quem sabe em um outro momento eu vá até. — Ao ano novo! —  entoei junto a ela,  enquanto as taças se tocavam. E que tal se fosse, a nós?! Acho melhor deixar isso para um momento mais oportuno, olhei para o relógio, e faltavam mais alguns bons minutos até a virada, dava para esperar. — Obrigado por ter vindo comigo. Espero não ter atrapalhado seus planos para essa virada. — terminei minha fala, aproveitando para beber um pouco do espumante.

Sempre achei essa história de que um certo tipo de roupa, um certo acessório, pode ressaltar algumas características do seu corpo, uma grande baboseira. Mas hoje cheguei a conclusão que na verdade é bem plausível, é isso, ou os olhos dela ganharam luz própria. Tão azuis que se eu não tivesse certeza que eram mesmo dela, diria que eram lentes de contato. — O que você pretende fazer quando acabarmos aqui? Já possui algum plano? — só depois que fiz a pergunta, que pude notar a dubiedade que ela carregava, mas não faz mal, qualquer uma das interpretações é mais do que válida.

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Cassandra Abbott Medeiros
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Cassandra Abbott Medeiros
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COMASUL: Comandante Auror
Sex 1 Jan 2021 - 22:48
Ian era realmente uma boa companhia. Sei que minhas primeiras impressões durante aquela coletiva não foram as melhores, mas isso são águas passadas. Comecei a mudar opinião a seu respeito no mesmo dia, quando me foi cedido tempo de sua agenda para uma breve entrevista que todos sabemos como terminou né? Não? Depois de uma interessante conversa, acabamos saindo para jantar em um dos restaurantes da Capital. Depois disso os jantares se tornaram cada vez mais frequentes e veja bem onde estamos agora, né? Acompanhantes em um evento da confederação, sem sombra de dúvida isso vai parar em alguma página de fofoca e os boatos pelos corredores da COMASUL só vão se tornar mais intensos. — Meu plano era ficar sozinha em casa e provavelmente dormir. — sorri para ele. Parte de minha família estaria ali, a outra parte eu ainda não havia visto desde que voltei, sem muitas amizades, o que mais eu podia fazer além de assistir algo na televisão até passar da meia noite? Absolutamente nada. — Mas isso aqui, com certeza é melhor. — meus olhos corriam de suas iris para a boca e a boca para o pescoço, mais próxima, com a desculpa de ajeitar a cola de sua camisa que já estava perfeitamente bem arrumada.

Só tomei um gole daquela taça, então não podia culpar a bebida. E, chocando um total de zero pessoas, não éramos um casal público. Na verdade não éramos nem um casal, eu que sou emocionada demais de vez em sempre e troco os pés pelas mãos — como vocês sabem — mas vamos fazer de conta só pra eu não perder minha linha de raciocínio. Mesmo se fossemos um casal, não era pra ser público, eu acho. Não me pergunte o motivo de eu ter enlouquecido de repente, acho que foi a energia do ano novo me transformando em uma nova mulher, sabe, gente... Até o momento poderíamos ser vistos como apenas amigos ou conhecidos que foram para a festa juntos e passar despercebidos, maaas eu sendo eu, taquei o famoso foda-se. Vejam bem, calma, eu posso me defender: ele também não parecia estar se importando muito com plateia não. Viram a pergunta que ele fez? — Nós vamos pro meu apartamento, não te avisei? — perguntei, fingindo estar mesmo confusa. A taça vazia pendendo da mão direita começou a se encher com espumante novamente e dei outro gole. — Vamos terminar a festa lá. — acho que a piscadela falou por si só, pois percebi que a frequência cardíaca de Ian aumentou. Como? Seus pensamentos se tornaram mais audíveis, juro que não tentei ouvir nada, mas é assim que funciona. O nervosismo costuma deixar as mentes das pessoas mais vulneráveis. — Dança comigo? — disse, com cara de pidona. É difícil ver o bonito dançar até dentro de casa, quem dirá em público; ou melhor, em uma festa da confederação. Estava certa de qual seria sua resposta ao convite.

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Ian Ruzzo
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Ian Ruzzo
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Dom 3 Jan 2021 - 16:58
we hope then ahappy new year
— É bom saber que estou valendo mais do que um filme seguido de um cochilo. — brinquei enquanto abria um pequeno sorriso no canto da boca. — As vezes é melhor ficar acordado, não é mes’... — Fui pego de surpresa pela mão de Cassie arrumando minha camisa, teria eu, sido tão distraído ao ponto de não ver que minha gola estava desarrumada? Se bem que me lembro de ter conferido pouco tempo antes de bater na porta dela, mas provavelmente deve ter bagunçado quando chegamos em Tierra Viva. — Muito obrigado. — agradeci enquanto passava a mão ao lado do rosto dela, contornando sua orelha, como se estivesse colocando alguns cabelos em seu devido lugar, quem dera tivesse mesmo, no máximo eu estragaria o penteado perfeito dela.

É estranho estar tão próximo assim em público, eu quase ignorei o fato de estarmos em meio a todo um pelotão de pessoas, não que eu de fato me importasse com isso, não fazia muita questão das demais presenças, mas é melhor ir com calma, não se deixar levar pelas emoções já é um ótimo começo, presumo. — Vamos?! — indaguei tão confuso quanto Cassie aparentava estar. Realmente não me lembro dela ter comentado algo sobre, pode ter passado batido, embora eu tenha quase absoluta certeza que não deixaria isso passar em branco.  — Agora estou mais do que avisado. — Aproveitei para esconder o riso terminando o espumante da minha taça. — Perfeito. — Tá, eu não esperava por essa, mas que grata surpresa. Aparentemente, assim como eu, ela também não estava se importando muito com as pessoas em nossa volta, o que é bom não é mesmo? Acho que ela sequer precisava falar que íamos terminar essa festa em seu apartamento, a piscadela falou por si só, juro que poderia ouví-la apenas com aquele gesto.

Cassie certamente estava tramando algo, sua feição deixava nítido isso, estava quase gritando sem dizer um “a”. Com o cenho franzido encarei-a, o que estaria vindo por aí? Haviam tantas coisas para pedir, mas dançar?! Eu não sei dançar e talvez eu tenha esquecido de falar isso para ela. — Dançar?! — Era claro o meu espanto, acho que não consegui me conter como havia imaginado. — Eu posso tentar, mas não prometo nada. —  Porque não disse não? Não faço ideia, acho que não consigo resistir a esse jeito de pidona. Me aproximando ainda mais de Cassie, coloquei a cabeça sobre o ombro dela, deixando minha boca próxima ao seu ouvido. — O que eu tenho que fazer? Até para andar eu tenho dificuldade, quem dirá dançar. — o cochicho encerrado por uma risada foi minha deixa para voltar a tomar uma distância, que embora muito curta, era maior do que quando eu estava praticamente abraçado com ela. Estiquei minha mão para que pudesse pegar a dela. — Você me paga, não aqui, mas me paga, ouviu? — não passava de uma brincadeira, talvez a melhor maneira de me descontrair antes de dançar, ou seja lá o que eu iria fazer.

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Isadora R. Toledo
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Isadora R. Toledo
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ARTISTA: Apresentador suporte e Ator Coadjuvante
Ter 5 Jan 2021 - 2:32



No more champagne, and the fireworks are through. Here we are, me and you, feeling lost and feeling blue. It's the end of the party, and the morning seems so grey, so unlike yesterday, now's the time for us to say:
Happy new year.

Diariamente Isadora já era alguém que prezava muito pela aparência, o que se intensificou com sua mudança de profissão, e estar impecável a qualquer hora do dia era sua meta. No ano novo isso não seria diferente, os preparativos começaram cedo para a Toledo mesmo com o turbilhão de emoções que sentia devido a uma discussão com o atual noivo a respeito de suas escolhas futuras, e as incertezas advindas disso. Sempre foi uma mulher decidida, e se tem uma coisa que não abria mão era a de estar certa, o orgulho por vezes falando bem mais alto que o sentimentalismo, e naquela noite decidiu vestir uma máscara social em forma de sorriso para esconder o ódio momentâneo que sentia por Pedro e sua mentalidade retrógada, no que o mais velho resolveu fazer o mesmo em nome das aparências — Querido, se falar mais uma vez sobre o tamanho do meu decote eu vou voltar para casa e trocar por um maior, nem comece. — Disse enquanto caminhavam de braços dados pelo estádio bem decorado, a guerra interna disfarçada com um sorriso delicado irônico acompanhada por um beijo da bochecha do outro. O noivo nunca ligara tanto para suas roupas curtas, mas de um tempo para cá seu ciúme havia crescido mais junto com a desconfiança de que havia segredos entre eles, ou melhor, outras pessoas envolvidas em algo que devia ser um namoro tradicional a dois. Ás vezes Isa desconfiava que a sede de conquista do homem era a única coisa que mantinha o relacionamento vivo, já que ao buscar motivos que faziam seu coração bater mais forte pelo outro não conseguia encontrar quase nada.

Tudo no local era elegante, desde a decoração até a maneira de se portar dos convidados, mas eram meros detalhes que passavam quase despercebidos pelo olhar da morena e seu companheiro. Em sua mente só conseguia pensar em como poucas frases podiam acabar com uma noite que tinha tudo para ser perfeita, e se obrigava a não se abalar tanto com isso e viver de fato a expressão carpe diem. Tudo ia bem, cumprimentos discretos eram dadas vez ou outra, abraços e felicitações de alguns mais próximos, até que seus olhos se cruzaram com outros olhos castanhos, que naquela noite pareciam mais escuros do que a própria noite, pertencentes ao seu ex-namorado e atual amante. As coisas entre eles pareciam mais fáceis entre os dois do que jamais foram com Pedro, mas o mesmo motivo que a impedia de largar tudo para ficar com o moreno agora caminhava de mãos dadas com ele, carregando nos braços uma criança pequena que não chagava a ter anos completos de vida. Seu sorriso vacilou ao ver aquela cena por ser a primeira vez que via a esposa do rapaz, mas entrando em sua personagem e se escondendo novamente atrás de máscaras, Isadora manteve a postura e acenou amigavelmente de volta, consciente de que o noivo sabia da história apenas pela metade, até a parte em que os dois adolescentes haviam terminado o namoro tão logo ocorreu a formatura de Castelobruxo, e agora só mantinham um contato distante. De alguma forma a visão da família perfeita incomodou a morena a ponto de deixá-la mais calada do que já estava, fato que mal foi notado por Pedro, que mantinha sua atenção em velhos conhecidos enquanto carregava consigo a talvez futura mulher, mais uma forma de exibir seu troféu de vinte e dois anos e boa forma.

Look da noite (click)

fiscalização de outubro | @weird
Cassandra Abbott Medeiros
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Qua 6 Jan 2021 - 13:39
O espanto de Ian ao ouvir minha pergunta me arrancou uma risada abafada. Ele certamente não esperava que eu o convidasse para dançar, sabendo do ótimo dançarino que ele é. Puff, quem eu estou querendo enganar? Vocês parecem as velhas fofoqueiras de cidade pequena, tiram informação até de onde não tem, com certeza já sabiam que o bonito não sabe dançar, né? Ei! Que lugar sombrio é esse? Não foi pra diminuir ninguém, foi apenas um comentário, te acalma. Agora, como eu ia dizendo, eu particularmente sustento a teoria de que por trás de todo engomadinho existe uma grande dançarina do Faustão esperando implorando por uma pista de dança. Vai me dizer que você nunca imaginou o Farias fazendo um fitdance nas horas livres? Ou a Lira balançando o rabo de peixe no funkão? Não? Pois vocês não sabem o que estão perdendo. Costumo fazer isso quando me sinto mal. É perfeito, começo rir instantaneamente. Onde é que eu estava mesmo? Ah! — Dançar! — afirmei mais animada do que deveria.

Deixamos nossas taças sobre a bandeja de uma garçonete que passou do nosso lado no momento perfeito enquanto caminhamos mais para o centro, onde a música era menos ambiente e mais audível. Música lenta. Prometi tanto e não vou cumprir, puts. Me tornei quem eu mais temia, Roberto. Me sinto como um presidente falido, gente, me perdoa. Eu sei que todo mundo já estava esperando ver o Ian requebrando até o chão, mostrando como ele dança quando está dentro de casa — não que eu já tenha visto —, mas o universo jamais me presentearia com tal cena. Por enquanto. — Só respira. — suspirei para que ele me imitasse e sorri. — Tenta se acalmar. — disse, calma. Eu sei, não uma boa professora de dança, mas tudo fluiria melhor se ele se soltasse. Sorri com seu comentário e assenti de olhos fechados, prendendo o riso. Apesar de sua frase ter sido dita em tom de brincadeira; o coração acelerado, a minúscula gotícula de suor se formando em sua têmpora esquerda e sua mente me diziam que havia certa verdade naquela afirmativa. — Espero que sim. — finalmente sorri, tentando espantar os pensamentos alheios de minha cabeça que, aberta demais, se enchia com os zumbidos dos bruxos mais próximos ao redor.

— Sua mão vai aqui. — puxei sua mão esquerda a e posicionei em minha cintura, enquanto a minha direita pousou em seu ombro. Olha aí o momento perfeito para uma foto. Começamos com movimentos simples, tentando imitar o ritmo das outras pessoas que dançavam ao redor — excluindo a adolescente maluca que se acabava no twerk, ainda que no ritmo da música — e, depois de um pisão ou dois, ele pegou o jeito da coisa. — Viu? Você tá dançando. — disse, sorrindo. — Nunca pensei que, de todas as pessoas, você teria vergonha de dançar. — continuamos nos movendo desajeitadamente pelo salão, arriscando até um giro ou outro. — Você só precisa agir como se ninguém estivesse olhando. — sorri. É o grande segredo para quem tem vergonha de dançar, mas uma barreira difícil de quebrar. — E talvez beber mais um pouco pra se soltar, que tal? — perguntei com um sorriso arteiro no rosto, logo depois do fim da música. Será que nessa festa vocês vão conseguir ver o senhor Ruzzo se transformar no Ian solto como conheço? Provavelmente não, é um evento da confederação e ele deve manter o "respeito" para um possível discurso mais tarde. É, gente, acho que não vai ser dessa vez.
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Ian Ruzzo
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Ian Ruzzo
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Qua 6 Jan 2021 - 21:05
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Dançar não deve ser tão complexo assim, os movimentos são padrões, além de que se repetem inúmeras vezes, até formar uma sequência, e assim como os movimentos, essa sequência vai se repetir formando uma dança?! Correto? Talvez, mas não consigo me convencer de que eu realmente possa fazer isso. Embora eu nunca tenha tentado de fato, posso admitir que pelas poucas experiências com a dança, que não sou o homem mais apto para esse tipo de arte, digamos que me falta um pouco de coordenação motora. E foi somente nesse segundo, enquanto a encarava nos olhos, tão carregados de alegria e entusiasmo, que pude raciocinar isso, entretanto, cheguei a conclusão que não seria nenhum fim do mundo, além do mais, eu só preciso seguir os passos dela. — Claro, é só dançar, o que pode dar errado, não é mesmo? — É tão fofo ver Cassie tentando me acalmar, mas estaria eu transparecendo estar tão nervoso assim? Costumo conseguir me manter tão neutro nessas situações, estranho. Certamente seja ela conseguindo ver para além das aparências. — É só respirar então. — disse pouco antes de suspirar.

Todos ficaram quietos?! Aparentemente eu não ouvia mais nada, a não ser o ritmo da música que tocava ao fundo e a voz de Cassie. Uma sensação estranha, mas de certa forma, me sentia muito mais confortável assim, nessa espécie de transe, onde pareciamos estar sozinhos ali. Eu pelo visto estava tão perdido por fora, quanto estava confuso por dentro. Ainda bem que Cassie se apresentava como uma professora, e me conhecendo, ela vai ter um bom tanto de trabalho. Não saberia nem por onde começar se não fosse por ela ter posicionado meus braços, muito provavelmente ainda estaríamos parados um de frente para o outro.  — Viu que não vai ser fácil, né? — brinquei, se bem que não era bem brincadeira, pois se tratava apenas da realidade.

E não é que começamos bem, mesmo com uns tropeços aqui, uns pisões ali, a coisa estava fluindo, não era como se estivesse sendo aquele primor, mas não era aquele bicho de sete cabeças que eu havia previsto. — Me desculpa. — disse me ressentido, não queria ter pisado no pé dela, mas aparentemente ela não tinha se importado tanto assim, mas de qualquer forma, me incomodava um pouco. — Quase isso, talvez se eu praticar mais, possa chamar de dança. — o sorriso bobo tomou conta da minha feição que outrora era de apreensão. — Não é bem vergonha, digamos que eu nunca fui de dançar, não tinha e não tenho coordenação para isso. — disse enquanto tentava não embolar um pé no outro, missão essa que é bem complexa. Desviei o olhar de um lado ao outro, olhando para além dos ombros de Cassie. — Só fui notar eles agora que você comentou, por alguns instantes não tinha ninguém além de nós. — indaguei meio perdido, pouco antes de voltar a focar em Cassie e seus movimentos. — Se me acompanhar. — me afastei um pouco após o fim da música, apenas para pegar outras duas taças com o garçom que passava logo ao nosso lado. — Aqui. — disse entregando uma das taças a ela. — Não posso beber muito, não sei o que vai acontecer até o fim desse evento, a organização pode querer aprontar alguma coisa. — esperei minha taça se encher novamente com espumante. — Mas no seu apartamento, acho que podemos treinar mais. — disse piscando para ela, enquanto estendia a taça para um outro brinde.


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Alex D. Hernández
PRISÃO » Prisioneiro
Alex D. Hernández
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Qui 7 Jan 2021 - 11:30

One For The Road, 2020!


É a primeira vez depois de muito tempo que eu vou passar a virada do ano novo longe de casa, é uma sensação estranha, pois achava que estaria sentindo uma falta muito maior de lá, mas no máximo sinto a falta dos meus pais. Acho que aos poucos a Capital conquistou meu apreço, mesmo eu tendo a certeza, que essa cidade é muito mais um asilo do que qualquer outra coisa. Isso sem contar que ser auror não é tão ruim quanto parecia no começo, não sei se eu que aprendi a gostar, ou se essa última missão com o tal Rondolo que me deu um ânimo diferente, mas de qualquer forma, as coisas se acertaram, estou mais contente com tudo. Mas como sabem, nem tudo são flores, não é mesmo? Ainda tenho alguns assuntos mal resolvidos, quer dizer, que eu sequer resolvi, Sissy, por exemplo, não a vi mais desde aquela sua saída um tanto estranha do Sorte Líquida há alguns meses atrás.

Como já era de suspeitar, não haverá nada na Capital, nem uma comemoração sequer, no máximo algumas festas particulares, a maior parte delas apenas para as famílias que não quiseram ir para outro lugar comemorar. E é nesta imensidão de marasmo que eu fiquei atolado. Meus pais aproveitaram que eu não iria para casa nesse fim de ano, para viajar, muito legal da parte deles nem me convidar, mas tudo bem, é aceitável, os velhos merecem um tempo a sós, se bem que…. Ah, melhor deixar quieto vai, não compensa pensar nisso agora. Bem, ao menos eu deixei um plano B preparado, pensando exatamente em uma situação como essa, onde não haveria nada para que fizesse. Ele se resume a enfrentar a provável horda de engomadinhos que irá se encontrar no estádio, lá em Tierra Viva. Por mais que eu saiba que foram enviados convites para todas as famílias bruxas, qual a chance de ser algo animado de verdade? Baixa. Vai ser algo cheio daquelas ladainhas, politicagem e muita cara de pau. Mas fazer o que, é melhor do que ficar mofando deitado nessa cama, olhando para o ventilador de teto girar, girar e girar.

Eu já estava arrumado para alguma coisa, não daquele jeito todo pomposo, terno e gravata, eu estava arrumado para uma festa ou algo do tipo, afinal, só se usa terno em duas ocasiões, velório de parente próximo, ou casamento, fora isso, é um exagero sem precedentes. Tá, é um pequeno exagero da minha parte, mas deu para entender, né? Mas quem dera fosse esse o problema maior, onde eu havia enfiado o bendito convite? A aventura foi boa, procurando em meio as roupas no pequeno guarda-roupas, se assim posso chamá-lo, olhando debaixo da cama, até encontrá-lo amassado, jogado no canto da escrivaninha. Desamassei como pude, dando algumas esticadas na folha para diminuir o amarrotado, mas é aquilo, com um leve cagaço de rasgar. Resumo da história, ele ficou idêntico a uma nota de carteira de bêbado, sabe? Se não souber, pegue um papel, amasse e tente fazê-lo voltar ao normal, tenho certeza que você vai entender o que estou falando.

E não é que quase perdi o último horário? Eu estava terminando de ler as informações quando fui levado de supetão para Tierra Viva. Um certo alívio, quando cheguei ao vilarejo, não vi a multidão de engomadinhos que eu esperava, ponto positivo. E para melhorar, eu não era o único chegando no último horário. Agora eu precisava saber se chegaria a tempo até o Estádio, essas carruagens não parecem o meio de transporte mais veloz que existe, mas devo admitir que tem seu estilo, ainda mais com esse animaizinhos puxando-as, ele realmente são mais fortes do que realmente aparentam, se bem que a magia deve ajudar muito nesse quesito.

Se antes eu não tinha como fazer um elogio ao governo do Farias, bem, talvez, eu tenha agora. O Estádio está incrível, nem parece mais aquele monte de entulho que se encontrava aqui nesse lugar. Ao menos isso em Roberto. Tudo tão luxuoso e bem decorado, que parece aquelas cenas de filme de princesa, sabe? Aqueles castelos todo encantado, cheio de brilho e pompa. Pois é, talvez eu devesse ter vindo de terno, mas zero arrependimento. E quanta gente, não achei que eles iriam conseguir atrair tantas pessoas desse jeito. Chega a parecer estranho. Conforme fui adentrando, a sensação de estranho no ninho aumentava, até tinham alguns rostos familiares, afinal, a chefinha estava presente, tinham também alguns colegas de seção seis. Muito mais para uma confraternização da empresa do que uma virada de ano, chega até dar um arrepio estranho na coluna. É preciso distrair, aproveitei que um garçom passou ao meu lado para pegar uma taça, tão fininha, parecia até que ia quebrar na minha mão. Não demorou para que ela se enchesse de whisky, eu sei que não era o apropriado para aquela taça, mas quem liga? — Saúde?! — disse para mim mesmo antes de dar um gole em minha bebida.

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• suck it and see •
Jhessy Pierce Cavendish
PRISÃO » Prisioneira
Jhessy Pierce Cavendish
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CB: Professora de Poções
Qui 7 Jan 2021 - 11:59



"Acho que sou muito sentimental"
– As vantagens de ser invisível

• • •

O coração acelerou forte quando Jhessy subiu no palco montado e organizado por Gabi, sua melhor amiga, no Estádio Aimée Paine. Um evento de ano novo, com espaço para karaokê e apresentação dos artistas bruxos, organizado por Gabrela, e a Cavendish não iria participar? Jamais! Lá de baixo, sua amiga dava pulinhos de alegria em ver a cantora se preparando para jogar para o mundo bruxo uma música nova, de sua autoria. Lá em cima, Jhessy quase infartava.

Sentou-se no banquinho acolchoado e dedilhou o piano, checando se estava tudo em ordem — como se não tivesse feito questão de ajudar sua amiga a testar todos os aparelhos horas antes. Sorrindo, respirou fundo para controlar suas emoções, afinal, não queria lançar nenhuma onda de nervosismo e ansiedade em cima daqueles que estavam próximos. É, ser empata não é fácil, meus amigos. Literalmente,  é preciso muita empatia para com os outros, muita responsabilidade emocional, por assim dizer. Irônico, não?

Quando controlada, começou a tocar o instrumento, os dedos dançando sobre as teclas em branco e preto, e com aquele som que lhe trazia calma, foi fácil deixar a melodia fluir e sua voz se fez ouvir por todo o Centro Cultural de Tierra Viva. Apresentações? Nah, não foi necessário de sua parte, a Callai havia se encarregado disso, então simplesmente se pôs a cantar sua música original.

— There's glitter on the floor after the party... Girls carrying their shoes down in the lobby. — os olhos, por vezes, percorriam o salão, sem necessidade de encarar o piano, já havia decorado o caminho que suas mão precisavam traçar. E foi no exato momento em que avistou Alex com sua taça de bebida suspeita que cantou a frase — You and me from the night before but, don't read the last page. — a fazendo sorrir em meio ao canto, sem nem perceber. — Hold on to the memories, they will hold on to you. — a música prosseguia, e em sua mente, Jhessy só conseguia se perguntar por que não havia procurado o auror antes. Vocês acham que ela estava naquela festa só para se apresentar ou se divertir? Até aprece. Alex era auror, aquele evento era da COMASUL... basta ligar os pontos — apesar de as intenções dela talvez se encaixarem na parte da diversão.

— I want your midnights, but I'll be cleaning up bottles with you on New Year's Day. — seguiu cantando, e quando chegou na frase final, encarou o auror como naquela noite no bar da Gabi. — Please don't ever become a stranger whose laugh I could recognize anywhere. — esperava, de verdade, que ele estivesse entendendo todas as indiretas não tão discretas assim.

Quando a música terminou, sorriu e agradeceu àqueles que a assistiam e aplaudiam, descendo do palco para dar um abraço apertado em Gabriela, dividindo aquela euforia do "eu consegui!" com a bff. Não ficou por ali muito tempo, entretanto, logo despistou-se da amiga que já apresentava a próxima pessoa a subir no palco para ir direto onde havia visto o auror da voz e olhar contagiante, não podia deixar a chance escapar. — Se importa se uma louca te acompanhar na bebida? Essa noite nem tem muito para onde fugir mesmo. — brincou, apesar de um tanto sem graça, o sorriso acanhado desenhado no canto dos lábios enquanto encarava Alex.


Estádio Aimée Paine
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sigam: @badblood
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JHESSY

PIERCE

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Corujita
TLC » Administradores
Corujita
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Ama bisbilhotar e fuxicar
Qui 7 Jan 2021 - 14:27
Vem 2021, mas vem com carinho!
The Last Castle RPG

Apesar de grande parte dos participantes do eventos serem da própria COMASUL, podia-se dizer que a festa estava movimentada. Por ser algo de última hora e em meio às tantas aflições do ano que estava se encerrando, não se sabia se apareceriam muitos convidados, apesar de assim desejarem bastante. Para felicidade do Departamento de Cultura, e para a Confederação num todo, haviam ali os aurores que se revesavam em curtir a festa e fazer seu horário de vigilância, havia outros funcionários da instituição, comerciantes, gente do jornal e, para animar o evento, alguns artistas mostrando para quê vieram ao mundo.

Entre encontros, reencontros, bebidas e descobertas, às 23h40 as últimas pessoas chegaram, na última ativação das chaves de portal, e dali começou-se a contagem regressiva aparecendo vez ou outra no telão, ficando direto quando faltava apenas 1 minuto para a meia-noite. Quando o cronometro chegou ao 00:00, fogos de artifício coloridos, mágicos e silenciosos subiram aos céus, iluminando o céu para anunciar a chegada de um novo ano, sem causar dano aos animais próximos ou à natureza, como bem prezava a Ministra da Cultura, Cassandra Pantoja.

Após o espetáculo nos ares, o momento de discurso era chegado, como em todo evento realizado por alguma instituição importante, bastava agora descobrir quem estaria por ali discursando daquela vez. Logo após, seguiria-se a festa, com as chaves de portal ativadas para levar acada um de volta ao seu lar de 20 em 20 minutos, sendo a última ativação feita às exatas 2h00 da madrugada.

Considerações:

TLC.RPG
XIII
Daisy Pereira Lima
O GLOBO DE CRISTAL » Editora-Chefe
Daisy Pereira Lima
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Ocupação :
Editora-Chefe do OGDC
Qui 7 Jan 2021 - 20:00


Happy New Year to you
w/no one and everybody. Estadio Aimée Paine Evento de Ano Novo 2020/2021
Em um passe de mágica — literalmente — o vórtex se fechou, deixando a colunista na área de chegada do Estádio Aimé Paine, completamente zonza. "Novamente inserida na civilização bruxa, preciso me acostumar com essas viagens de curto período.", pensou a camponesa, quase arrependendo-se de ter sido mochileira por tanto tempo para explorar as riquezas herbológicas do Brasil.

Note que eu disse quase, afinal, jamais se arrependeria de ter passado com calma em cada pedacinho de terra, conhecendo florestas escondidas e plantas tão curiosas. Aquela era sua segunda maior paixão, ficando atrás apenas de seu sonho de ser uma escritora renomada. Queria escrever histórias fantásticas, queria escrever sobre as plantas mágicas, queria até, se conseguisse traçar o caminho certo, ajudar no crescimento de conhecimento da medicina natural — fosse no mundo bruxo ou trouxa, mas como todo mundo tem que começar a ser reconhecida em algum lugar, por que não juntar sua paixão de escrever com o anseio de desbravar o mundo mágico com afinco e ainda com sua sede por novidades? É, para isso que Daisy estava ali... fazer aquela famosa fofoca, digo, matéria para o jornal, sabe? Esperava que fosse uma noite produtiva.

Passou as mãos pelo conjunto de renda que vestia, imaginariamente desamassando a roupa que nem havia bagunçado no ato da aparatação por chave-de-portal. Deu uma boa olhada ao redor, observando não tão discretamente todos aqueles em seu campo de visão e passou a caminhar pelo espaço do evento — que para seu azar, não era nada pequeno. No caminho conseguiu uma taça, e o sorriso brotou em seus lábios avermelhados quando ela se encheu com um belo espumante Demi-Sec, e bebericando do líquido não muito doce, seguiu observando os belos rostos que se divertiam pela festa, esperando por algum ponto alto que lhe rendesse anotações em seu bloquinho.

Vestindo isso! (clica)

— Off: depois eu interajo com a virada de ano, deixa eu ver quem vai discursar aqui.



Gossip Girl
Roberto Ricardo Farias
TLC » Fantasma
Roberto Ricardo Farias
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Fantasma
Qui 7 Jan 2021 - 22:31
Existe aquela velha conversa que todo réveillon é o início de um novo ciclo, como se de fato mudassem as coisas pelo simples fato da conclusão de uma volta em torno do sol. Talvez as coisas só mudem, se nós optarmos por isso, do contrário, é mais do que óbvio que nada irá se alterar. Entretanto, isso não quer dizer que não possamos comemorar, é até de boa escolha fazê-lo, ainda mais se for considerar o tenebroso passado recente e o sombrio futuro que provavelmente nos aguarda. Uma festividade pode ser uma injeção de ânimo para afastar a sensação ruim que vaga na mente de cada um dos bruxos da América do Sul. Decerto seja isso que falta para que seja adotado de vez o tal período de paz após-decreto.

Os olhos atentos circulando por todo o ambiente, conferindo cada rosto, cada gesto, Farias era mais um assíduo observador do que de fato um participante daquele evento, estático como uma estátua, não se moveu desde o instante que chegou. Parado, encostado em um dos pilares, com uma taça em sua mão, intocada, provavelmente havia se esquecido dela enquanto observava toda a movimentação. Sua feição pacata, tão icônica, dessa vez tinha um certo ar de indiferença, algo o incomodava, seria o fato de ao menos uma vez não ser o centro de todas as atenções?  Afinal, não está acostumado a passar batido.

“— Senhor, estão pedindo para que fique atento, pois irá discursar assim que o ano virar, tudo bem?!” — Farias virou a cabeça abruptamente, assustado de certo. Encarou em silêncio o rapaz que se dirigia a ele, meneou a cabeça de modo acelerado. — Muito obrigado. Pode deixar, estarei a postos. — acenou com a cabeça, instantes antes de terminar sua bebida em um único gole, provavelmente, aquilo que deveria ser champagne, já estava completamente sem gás, dado o tempo que se passou desde que ele havia servido.

O cronômetro estava encarregado de mostrar a todos o tempo que faltava até a virada de ano, os olhares volta e meia iam de encontro aos números que caíam um a um. Roberto sequer precisou olhar para o relógio para saber que havia chego o horário, a euforia que tomou conta do ambiente falava por si só, alguns gritos, taças elevadas, era definitivamente um clima agradável, clima esse que conseguiu colocar um pequeno sorriso, mesmo que de forma momentânea, no rosto de Farias. No caminho até o palco, cumprimentou algumas pessoas com quem encontrou, mas não passou de rápidos apertos de mão, ou um simples movimento de cabeça. O palco já estava preparado para o curto discurso do presidente, bastava apenas a presença do mesmo. Alguns minutos haviam passado até Farias realmente subir até lá, os ânimos nessa hora se encontravam mais contidos, então tomou o microfone em sua mão, dando pequenas batidas para confirmar se podia começar.

— Primeiramente, gostaria de desejar um ótimo ano de 2021 a todos. Que possamos, juntos, continuar rumando para um futuro melhor, assim alcançando nossos objetivos. — um leve suspirar interrompeu a sequência da sua fala. — Acho que todos sabemos dos episódios tristes, nada agradáveis, que enfrentamos nesse ano que se foi. Mas não podemos abaixar nossas cabeças, devemos continuar seguindo em frente, não serão episódios como estes que nos farão desistir, pelo contrário, devemos tomá-los como medidas para nos tornarmos cada vez mais fortes. — pausando sua fala enquanto encarava os olhos atentos, Farias trocou o microfone de mãos. — Fico feliz em ver esse ambiente cheio, ainda mais após um período onde festas como essa não eram sequer plausíveis de serem cogitadas. Espero que tenham gostado das novas condições do Estádio Aimée Paine. Dedicamos muito tempo e esforços para que ele pudesse se encontrar nessas condições. Então é com muito orgulho que recebo todos vocês aqui hoje. Se não me falha a memória, para o evento desta noite, tivemos a ajuda inestimável da Srta. Gabriela dos Santos Callai, e claro, Cassandra Pantoja, ministra da cultura. Gostaria de uma calorosa salva de palmas, não só para elas, mas para cada um daqueles que fizeram com que esse evento fosse possível. — parou sua fala para fazer coro a salva de palmas. — Ademais, desejo novamente um ótimo ano a todos e um excelente final de festa. Muito obrigado. — entregou o microfone para o rapaz que o havia chamado anteriormente, voltando então para sua posição de outrora.
Joshua Calabares
COMASUL » Presidente
Joshua Calabares
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Presidente da COMASUL
Sex 8 Jan 2021 - 14:42
It was just the beginning.
Ano novo, época de agradecer por todas as coisas boas que aconteceram no decorrer do ano, e deixar para trás tudo aquilo que foi ruim. E para o Brasil de uma forma geral, 2020 deixou muito a desejar. Há quem diga que a culpa de tudo o que aconteceu com a América do Sul neste ano foi graças má administração do presidente Farias, mas Joshua não acredita nisso. Roberto não seria reeleito se não tivesse a capacidade de liderar a confederação, afinal. Em seu primeiro mandado ele foi glorioso, recebia um crítica aqui e outra ali, mas foi um presidente bom o suficiente para ser reeleito. Agora o coitado deve estar ficando afetado com tanta coisa acontecendo. Críticas aos montes, só recebendo elogios de sua família, filho sequestrado, filha sem dar as caras... Isso pode balançar um homem. Pode o levar a loucura e esse parece ser o grande temor de todos os que param para analisar os últimos quatro anos que se passaram. O governo Farias chegou ao fim muito antes de ter, de fato, acabado.

A carta convite para a reinauguração do Estádio Aimée Paine era iluminada pela débil chama da lareira trepidante enquanto Joshua bebericava uma taça de vinho sentado na sala de sua casa. Sempre foi convidado para as festas organizadas pela confederação, mas nunca sentiu interesse em participar de nenhuma delas até então. Essa, no entanto, era diferente. Precisava avaliar com seus próprios olhos se havia verdade em tudo o que era noticiado a respeito do governo e já que o mandato do Farias chegou ao fim junto com o ano de 2020, fazer uma análise de possíveis candidatos à presidência lhe pareceu uma boa ideia. Esperou pela terceira ativação da chave de portal no convite desapareceu, deixando a taça meio vazia sobre a mesa lateral.

Não muito tempo depois de caminhar pelo salão de festas, conseguiu notar a presença de alguns membros da confederação mais famosos dentro da política brasileira. A atual chefe da seção seis, Lira Cotta; o chefe do supremo, Ian Ruzzo; e é claro, o atual presidente discursando. Ele não perderia a oportunidade de se tornar notícia mais uma vez. Os olhos azuis e atentos corriam por todo o salão em busca de mais pessoas, avaliação da segurança do local. Além dos seguranças na entrada, aparentemente havia muitos aurores participando da festa, mas que estariam prontos para proteger a população se isso fosse necessário. A segurança realmente melhorou muito, Joshua sorria dentro do copo cheio com uísque, lembrava das notícias da última festa de ano novo realizada pela COMASUL, onde os próprios aurores foram os responsáveis pela confusão.

Após o discurso, o Calabares abriu seu caminho em direção ao presidente para cumprimenta-lo de desejar-lhe felicitações. — Há quanto tempo, velho amigo. — disse o loiro com um sorriso falso no rosto. Roberto ainda parecia cheio pela atenção que recebeu durante o discurso retribuiu o abraço amigável com dois tapas nas costas. — Foi um belo discurso. — molhou o lábio inferior com a língua, os olhos estreitos avaliando todas as reações do presidente e companhia.
Thiago P. Dunham
CASTELOBRUXO » Docente - Voo
Thiago P. Dunham
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CB: Professor de Voo (Estagiário)
Sex 8 Jan 2021 - 21:00
Rolêzin para fechar o ano. 2.0
Dessa Vez Sem Tequila
Josh e Lili foram visitar a vovó, saíram semana passada, não faço ideia se voltam tão cedo, eles pareciam muito determinados em ficar por lá um bom tempo. Então provavelmente seremos apenas eu e Nas até eles voltarem de lá. Isso significa que nenhum deles irá comigo para a festa de virada de ano lá em Tierra Viva, na verdade, não sei se Nas vai, mas acredito que sim, afinal lá vão estar muitos amigos de trabalho dela. De qualquer forma, deixei combinado com Alice para irmos juntos, já que ela quer ir e eu também, e bem, Alice é uma boa companhia no geral, mas posso dizer que ela em festas é algo no mínimo diferente, um diferente bom é claro.

Estou começando a ter uma noção maior sobre que roupa usar em algumas ocasiões, acredito que seja pelo fato de eu estar tendo de me virar sem Liandra e, posso dizer que estou ficando bom nisso, ao menos ninguém tem me julgado. Para essa festa tive uma certa ajudinha, pois lembro bem de todo mundo dizendo que é sempre bom passar a virada de ano com a roupa branca, isso teoricamente vai fazer com que você tenha um ano tranquilo, acho que é próspero o que eles dizem. Então vamos lá, camiseta branca, calça de um tecido que não sei especificar, mas é de cor preta. O tênis também é branco, o que me deixa um pouco preocupado pois tenho certeza que vou sujar ele. Eu iria assim, mas sabe quando você consegue ouvir uma pessoa falando em sua cabeça, pois então, ouvi nitidamente a voz de Liandra dizendo, — Pois falta aquele tchan ainda — a questão é, o que seria isso? Revirei o guarda-roupa, nada me saltou aos olhos, o que Jesus faria nessa situação? Ops. O que Liandra faria nessa situação? E parece até que alguma força superior agiu, pois na mesma hora a camisa listrada do Josh pareceu ser destacada, era aquilo. E com isso finalizei minha roupa para o evento.

Olhei o celular e vi algumas mensagens da Alice, talvez fosse o meu atraso, nem as abri, sabia que de certo era uma chamada de atenção, então eu só precisava chegar logo. No balcão da cozinha estava o convite, para minha sorte pude pegá-lo em seu último horário. E cá estava em um lugar que eu não conhecia, mas tem seu charme, embora esteja noite e não dê para ver as coisas com muita exatidão. A carruagem até era legal, mas o que realmente chamava a atenção eram aqueles animaizinhos que as puxavam, uns pareciam uns cavalos versão mais fofa, os outros uns cervos mais parrudos. O tal estádio era imenso, todo iluminado e bem movimentado e, para meu desespero, eu não conseguia ver nenhuma pessoa da minha idade, nem Alice. Desci da carruagem indo ao hall de entrada, tentando agir de acordo com todos, eu sentia que não devia estar ali. — Ei Alice, onde está você? Estou logo aqui na entrada, eu acho. — disse enviando um áudio para ela através do WG. Aproveitei que não havia ninguém tão próximo de uma das mesas cheia de taças, me aproximei e peguei uma.  Mas o que eu iria beber? Definitivamente não seria tequila, eu vou evitar essa bebida por um — bom — tempo. E já que não me vinha nada na cabeça, enchi-a com um pouco de suco de laranja.

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Thiago P. Dunham

Never felt so close
We've never felt so free
Alex D. Hernández
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Alex D. Hernández
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Sex 8 Jan 2021 - 22:26

One For The Road, 2020!


Um gole e uma surpresa, foi difícil não engasgar e nem é por conta da bebida ser forte, é que eu realmente não esperava encontrar Jhessy esta noite, mas eu bem que deveria ter desconfiado, afinal foi a Callai que praticamente organizou todo esse evento, logo Sissy estaria aqui, não deixaria de vir prestigiar a festa, e claro, vir encantar a todos um pouquinho. Fiquei parado como uma estátua olhando para ela, e aparentemente ela estava me olhando, ou isso era apenas uma ilusão? Ela poderia estar olhando para qualquer canto daquele salão, ele é imenso e está repleto de pessoas. Sei que pode parecer estranho, mas tenho a sensação de que ela realmente está olhando para mim, e aquela letra, bem, deve ser mesmo algo da minha cabeça.

Aproveitei que saí daquele estado catatônico para me aproximar um pouco mais do palco. Lá estava eu todo bobo, acho que posso admitir que me tornei um grande fã dessa mulher, mas não tem como né? Olha bem para ela lá em cima. Não consegui esconder o sorriso, estava mesmo feliz em tê-la encontrado, digamos que já faz um tempo desde aquele episódio no Sorte Líquida, desde então não tinha a visto mais. Quando a música acabou, aproveitei para acompanhar a salva de palmas, ela merecia. Mas para onde ela foi? Não é possível sumir tão rápido assim, ela estava no palco a alguns instantes, e agora está por aí no meio do povo.

Matando o resto do whisky com um único gole, comecei a procurá-la, mesmo sem sair do lugar, apenas girando o corpo e movendo a cabeça de um lado para o outro. Até me assustei quando ouvi a voz dela, pelo visto quem foi achado fui eu. — Seria uma honra. — e a taça se encheu novamente com a bebida de tom ambar. — Até tem, mas deve dar um trabalhão viu. — olhei para a porta sorrindo após o comentário brincalhão. Eu realmente não sei o que aconteceu aquele dia, mas faria o possível para que não acontecesse novamente, não queria que ela fosse embora tão repentinamente, para ser mais exato, não queria que ela fosse embora. — Se eu soubesse que você viria, teria vindo muito mais cedo. — parei para dar mais um gole daquela bebida, era de gosto forte, mas me agradava muito, proporcionava uma sensação quente na garganta. — Como você está? Não te encontrei mais no Sorte Líquida, achei até que estivesse fugindo de mim. — abri um sorriso encarando-a, não deixaria a situação acabar como foi da última vez.


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• suck it and see •
Alice Bissoli Pegoretti
CASTELOBRUXO » Coordenadora
Alice Bissoli Pegoretti
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CASTELOBRUXO: Coordenadora da escola
Sex 8 Jan 2021 - 22:52

”Nada acontece como a gente acha que vai acontecer.”
— Cidades de Papel

[...]

Ai ai, lá estava eu me aventurando em mais um evento de ano novo no mundo bruxo. Tá, era o segundo que eu ia, mas o primeiro não havia acabado das melhores formas no Sorte Líquida, né? Haviam muitos gatilhos naquela data, de certo. Entretanto, se tinha uma coisa que eu me recusava a fazer era, depois de finalmente conseguir estar mais inserida nos acontecimentos do mundo mágico, passar a virada de ano em São Paulo. Dentro de mais um abrigo? De jeeeito nenhum! Já estava há alguns dias enchendo o saco de Thiago para que ele fosse na festa também, assim eu não correria o risco de ir sozinha e ficar perdida por lá, e como ele garantiu que ia, não me preocupei com os acontecimentos de mais cedo naquele dia. Foi o meu primeiro erro.

Despreocupada e aliviada demais que não precisaria aturar os garotos insuportáveis do abrigo número… ah, sei lá, já me perdi nessa conta, depois pego minha listinha e te falo!  A questão é que o dia trinta e um passou, a noite chegou e eu fiquei tão distraída brincando com Matheus, o menininho de quatro anos que havia chegado junto comigo naquela casa, que esqueci da hora. Aliás, esqueci da hora, esqueci da roupa, esqueci da chave-de-portal. ”Misericredo!! Thithi vai me matar”, pensei, inocente, mas vocês acreditam que o jaguarzinho manco sequer ouviu os áudios que eu mandei? Pois que ficasse esperando também… mentira. Eu não queria ficar muito mais tempo naquele lugar não-maj, então me arrumei correndo para pegar a ativação da chave de transporte antes do último horário. E esse foi meu segundo erro, e o mais crucial deles.

Com minha roupa preta e branca, escolhida de última hora, como tradição de todo ano ensinado por Dona Sônia em nosso ritual particular das cores, segurei o convite que recebi — depois de muito procurá-lo em meio a minha pasta secreta — e, quando meu celular marcou 23h em ponto, fui sugada para mundo secreto que ninguém no abrigo podia nem fazer ideia — mais um motivo para eu ficar enfiada em um quarto com um menininho de quatro anos, ele achava o máximo meu cabelo mudando de cor!

Enfim, chegar naquele horário foi um grande erro. Primeiro, Thiago ainda não parecia estar em lugar nenhum, o que me fez ficar rodando e rodando feito uma barata tonta chapada de Baygon. Em segundo lugar, me arrumei tão correndo que esqueci que havia usado delineador à prova d'água para fazer desenhos no meu rosto, de forma que cheguei na festa com o rosto parecendo uma obra de arte daquelas bem aleatórias. Em terceiro, ficar andando, sozinha e entediada me deu fome, me fazendo atacar a parte de doces quando achei a mesa de comes e bebes, acabando com um baita enjoo. E por último, e com certeza o mais importante, eu já não sabia se era o tédio, os doces, a mente fértil ou tudo junto, mas… ”Aquela é a mulher das Galerias? A louca chinesa?” Minhas pernas travaram quando dei de cara com a mulher que bebia por ali. Eu te falei que nessa festa meu cabelo estava branco? Pois então… platinar o cabelo para que se o coração disparado de susto e medo fazia isso por si só? A maluca assassina que explodiu a Feirica estava na festa de ano novo?? Torcia muito para que eu estivesse apenas alucinando, mas ao mesmo tempo já começava a pensar como apagar um possível incêndio, como ajudar um ferido, ou até onde me esconder, afinal, quase certeza que ela me vira também.

Quando meu celular apitou, engoli em seco, assustada, mas um suspiro me escapou assim que dei play no áudio. Thiago havia chegado. Desprendendo meu olhar teimoso que era atraído pela moça de cabelos curtos, corri até o jaguar. Sim, literalmente corri, não queria nem saber o que qualquer um ali pensaria. — Finalmente!! Pro outro lado, por favor. — mal dei espaço para o menino falar quando o encontrei no meio da galera. ”Que não seja ela! Que ela não me siga!” Apesar da esperança de estar errada, minha mente se recusava a desver o rosto assassino que havia visto. — Promete que não vai desgrudar de mim nessa festa… depois te explico o que rolou. — praticamente implorei, logo justificando — ou quase — o pedido feito do nada. — Aliás, que camisa bonita. Azul é para o que mesmo?


— Look da vez!

Off: Interação com Úrsula (indiretamente) e Thiago.
adeus
ano velho

COM
Thiguera
ONDE
Estádio Aimée Paine
OBS
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Goretti
I always say what I'm feeling, I was born without a zip on my mouth! Sometimes I don't even mean it... It takes a little while to figure me out.
Yeah
Jhessy Pierce Cavendish
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Jhessy Pierce Cavendish
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Sex 8 Jan 2021 - 23:20



"Acho que sou muito sentimental"
– As vantagens de ser invisível

• • •

O sorriso alargou-se de prontidão quando o auror respondeu, devolvendo a piadinha de Jhessy sobre fugir. A sorte — ao menos acho que pode-se chamar de sorte — é que naquela noite ela não queria e nem pretendia sumir do nada. — Digamos que eu sou mestre em conseguir fugir dos lugares... mas nem precisa alertar à vigilância do local, viu? Não estou a fim de fugir hoje, pode deixar. — e com o sorriso ainda presente, puxou uma taça quando viu a oportunidade de finalmente poder beber algo, ficando feliz ao reconhecer a cor de um delicioso espumante doce.

— Podia ter olhado a lista para descobrir que e estava aqui desde cedo, então. Ajudei Gabi a arrumar as coisas que ela ficou responsável, deu um trabalhão, podia ter vindo ajudar já que está curtindo a noite. — a loira ironizou em tom de brincadeira, levantando a taça levemente em um brinde imaginário antes de dar seu primeiro gole. "Que delícia!", gritava seu paladar, mas de repente o gosto já não era uma coisa tão boa assim, e com a pergunta seguinte de Alex, a romena virou a taça toda no impulso. Começou bem.

— Olha, talvez eu estivesse mesmo? Mas, estou bem, e prometo não fugir mais. Aliás, acho que preciso te contar o que aconteceu, mas... — e foi interrompida pelo anúncio da contagem regressiva de alguns minutos. — Bem, deixa isso acabar. — riu, apesar de completamente desconcertada e incerta. Ainda precisava entender a veracidade daqueles sentimentos, entender na prática, e não apenas na teoria, o que ela sentia pelo outro e, o mais importante, como havia desenvolvido aquilo em tão pouco tempo — apesar de já ter a plena noção que seu dom da empatia estava por trás de tudo aquilo, só precisava saber se era invenção de sua cabeça ou se havia algo ali sendo aumentado por sua magia. E como fazer isso, se não se jogando de cabeça na piscininha de loucura?

Dando uma boa olhada em Alexa, só percebeu que estava colocando uma ideia louca em prática quando ouviu as palavras fugirem de sua boca. — Você não está vestindo branco, não temos mar por perto, não tem garrafa de bebida para estourar, então, qual vai ser sua tradição para essa virada de ano? — perguntou, curiosa. Parecendo pego de surpresa, o Hernández parecia procurar uma resposta, mas a Cavendish logo continuou. — Apesar de não acreditar fielmente em nenhuma dessas tradições, eu acredito que a gente precisa direcionar nosso foco e vontade em pelo menos uma, como uma indicação que estamos entrando no novo ano com determinação, sabe. Preparados e cheios de força de vontade. Acontece que hoje minha vontade é de algo bem específico, então,se você quiser, posso ser o seu beijo da meia noite. — proferiu como se fosse um convite super normal — o que realmente deveria ser, à propósito — encarando-o com os olhos brilhando em expectativa e receio, claro, não queria levar um fora bem na virada de ano.

Estádio Aimée Paine
Argentina
ano novo 2020/2021
sigam: @badblood
weird



JHESSY

PIERCE

CAVENDISH
Thiago P. Dunham
CASTELOBRUXO » Docente - Voo
Thiago P. Dunham
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Sex 8 Jan 2021 - 23:25
Rolêzin para fechar o ano. 2.0
Dessa Vez Sem Tequila
Até que o suco estava gostoso, bem geladinho. Isso é bom, já que até então não estou fazendo nada que Nas possa me comer vivo depois. E ali fiquei esperando que Alice aparecesse, e vou falar para vocês, não demorou nada, ela quase até mim quase junto com a verificação de que tinha escutado o áudio. Ela estava um pouco ofegante, havia corrido? Aparentemente sim, mas do que? Ou melhor, de quem? — Desculpa, é que eu tive um peque… — antes que eu pudesse falar já tinha me perdido. — Que lado?!  — Ela está acelerada, sim, mais do que o normal, e eu perdido para variar um pouco. Tentei parar com os pensamentos aleatórios que insistiam em brotar na minha cabeça, para focar no que Alice estava falando. — Prometo sim. Mas o que está pegando? Tem alguma coisa aqui? — A parte final da frase foi quase um cochicho, não sei nem se ela conseguiu ouvir com o barulho do local, mas não queria me dar ao luxo de chamar a atenção de sei lá o que. — Certo, certo, depois você me conta isso aí certinho. — o cenho franzido não me deixava negar, eu estava muito curioso com tudo aquilo, afinal ela parecia estar assombrada, e conhecendo essa loucura que é o mundo bruxo, pode até ser isso mesmo, não duvido nada.

Eu malemá sabia para que servia usar branco no ano novo, quem dirá saber o significado do azul. As outras cores também têm significados?! Porque nunca me contam as coisas por completo, agora eu preciso tirar do fundo da minha cabeça uma resposta plausível para:  “Azul é para o que mesmo?''. Tinha de pensar rápido, na cabeça passaram várias coisas, mas nenhuma que me parecesse no mínimo aceitável, até que. — Deve ser para ficar hidratado o resto do ano todo. — Disse sério, mesmo não vendo sentido nenhum, nem um pinguinho, mas foi a melhorzinha que passou pela minha cabeça na hora do desespero. Eu olhava atentamente para ela, até tentava segurar a risada, aquilo não iria colar nem com uma criancinha, quem dirá com Alice, então só ri da bobagem que eu havia dito. — Adorei seu cabelo, combinou muito com você. E a maqui.. a pintura ficou muito bonita também. — Alice deveria ter gasto muito tempo na sua produção, ela estava incrível.

Encarei minha taça, vendo o suco de laranja subir até o topo, parando pouco antes de derramar. — Falando em se manter hidratado. Aceita? — estendi o braço para mais próximo de Alice. O suco estava bem gelado, dava até para ver a taça transpirando, não é esse o termo correto, mas sabe, formando aquela camadinha de água em volta, bem característica das bebidas geladas. — Dessa vez é suco, sem tequila, por motivos óbvios. — sorri enquanto lembrava das caretas feitas no topo de Ybirá aquele dia, não só por mim, mas por ela, Emilia e Helena. E em meio ao sorriso e as brincadeiras, eu ficava ali, olhando de um lado para o outro vendo se encontrava o terror de Alice.


Vestindo


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