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JAN2026
JANEIRO DE 2026 - VERÃO
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Introdução
Olá! É um prazer ter você aqui conosco, qualquer dúvida não hesite em nos contatar! The Last Castle RPG é um fórum baseado no universo de Harry Potter, ambientado em terras sul-americanas, dando ênfase ao Brasil. Aqui você perceberá que os três poderes se articulam na Confederação de Magia Sul-Americana (COMASUL), diferente do que acontece lá na Europa com os Ministérios de Magia. Contamos com um jornal bruxo O Globo de Cristal (OGDC), nome bem sugestivo hm?! E se precisar de cuidados médicos, nossos medibruxos do Hospital Maria da Conceição (HMC) estarão aptos ao atendimento. Quem sabe você não queira comprar seu material escolar em um bequinho secreto abaixo da 25 de Março, e assim estando pronto para mais um ano letivo na escola de magia e bruxaria Castelobruxo?! Vale lembrar que os tempos mudaram desde o fim da segunda guerra bruxa, nossa comunidade já não é mais a mesma! Bruxinhos com smartphone, a tecnologia ocupando espaço da magia, bruxos se identificando com os costumes e cultura dos não-maj... há quem diga que foi um avanço, outros estão certos que a identidade da comunidade bruxa está entrando em extinção.
Ϟ Uma Magia Ancestral começa a ser despertada. Poucos percebem esse fato, e dentre eles, até então, ninguém sabe dizer onde, como ou por que motivo. Será que vão descobrir?
Ϟ Agradecimentos ao Rafhael e sua mente mágica cheia de histórias, Vivs e sua perfeição ao editar codes, Roni e sua dedicação em manter o fórum ativo e atualizado e, claro, todos os jogadores. Beijoca da Jessie. Ϟ NOVO TAMANHO DO AVATAR 310x410.
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Caipora
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Caipora
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Qui 21 Jan 2021 - 19:47
Festa de início do ano letivo — 2021
Trote para Seniores do 5° ano


6 de fevereiro de 2021.

Naquele ano, as coisas estavam um pouco diferentes na Copa de Ybirá. Para a festa de início do ano letivo, naquele sábado a noite, os tronos de madeira que um dia existiram ali, o Grêmio Estudantil havia feito questão de tirar, agora apenas uma banquetinha comprida de madeira, capaz de suportar até 5 pessoas lado a lado em seu espaço, estava bem próximo a fogueira, curvando-se como uma lua ao seu redor, de frente para a parte de entrada da copa da árvore.

Falando nela, a grande fogueira permanecia no centro da Copa, o fogo mágico crepitando alegremente sem queimar nada em seu entorno, e consumindo as madeiras de seu interior tão lentamente que parecia que nunca acabariam. Ao seu lado, entretanto, havia um grande baú de couro marrom, fechado por uma amarração de fita e fivela, em cima do pequeno palco. Em seu interior, pergaminhos encantados e uma cumbuca com uma mistura de tinta feita de frutas mágicas seria encontrado assim que aberto, mas antes disso, apenas se podia ler "Trote dos Seniores do 5° ano" em tinta preta na lateral dianteira do baú.

Almofadas rechonchudas, tapetes fofinhos, banquinhos de tronco de madeira e redes era vistas por todo lado, como de costume, mas em combinação à isso, haviam também as mesas, tanto a de comes e bebes, com guloseimas e bebidas variadas — incluindo algumas surrupiadas dos armários da escola ou trazidas escondido por alunos, como aquelas mesas vazias, que sempre serviam para jogos animados entre os alunos de Castelobruxo. Os frutos luminescentes iluminavam a árvore de várias cores e a música tocava alta desde as 18h, e para novidade dos alunos: aquele ano o traje seria livre, sem mais fantasias ou roupas temáticas.

Considerações off:
TLC.RPG
XIII
Thiago P. Dunham
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Thiago P. Dunham
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Sex 22 Jan 2021 - 22:45
E o que acontece nesse trote?
Deitado na cama do meu dormitório eu olhava a timeline do Witchgram, nada de novo, quer dizer, até tinham algumas publicações ou outras, mas nada que me chamasse a atenção de verdade. Estava quase que no piloto automático deslizando o dedo pela tela, entediado ao máximo quando chegou o celular vibrou, o pop-up apareceu na barra superior, foi quase que automático, não cheguei a ver quem era, apenas abri a conversa. E veja só quem deu as caras, faziam alguns dias desde a última vez que falei com Alice, desde que voltei para Castelobruxo nenhum contato, sequer vi ela perambulando por aí. Mas ao que tudo indica isso vai mudar daqui a pouco, eu já havia me esquecido completamente do trote, e ele é logo mais?! Agora faz sentido eu não ter visto ninguém, de certo estavam aprontando as coisas para a festa.

Pulei da cama, precisava ao menos me arrumar para ir, segundo Alice não há necessidade ir vestido de um modo específico, logo eu não precisava me preocupar muito, agachei e puxei minha mala que estava debaixo da cama, não iria de jeito nenhum ir com uma roupa de estimação, não faço ideia do que eles pretendem fazer por lá, então é bem melhor prevenir. Uma camiseta preta e uma calça jeans, sem sujasse permanentemente eu não me importaria, então estava suave. Mas eu ainda precisava achar elas em meio a todo aquele monte de roupa, e parece que quando a gente mais quer achar, mais difícil é. Quando olhei, em cima da minha cama estava tudo uma bagunça, mas isso eu iria arrumar em outro momento pois a preguiça me nocauteou.

Assim que troquei de roupa sentei na poltrona da área de convivência do alojamento, tinha um tempo até precisar subir ao topo de Ybirá. Aproveitei para perguntar para Alice se ela sabia o que tanto ia rolar, gostaria de estar ao menos um pouquinho preparado, mas o tempo passou e ela nem visualizou, então eu teria de ir com a cara e a coragem. Peguei minha varinha que estava em meio aquela bagunça na minha cama e sai com destino ao topo da árvore, fui olhando para os cantos, estava mesmo cabreiro, não via mais ninguém indo para lá, estranho, muito estranho.

Conforme fui me aproximando comecei a ouvir a música que estava tocando, pelo visto eu estava chegando atrasado. Quando finalmente cheguei ao topo, não havia ninguém, tudo devidamente arrumado, mas vazio. A fogueira ao centro com um baú do seu lado, não tive coragem de chegar muito perto, vai saber se algo não irá pular em mim, então aproveitei que tinham redes dispostas pelo ambiente para me ajeitar em uma. “— Ei Alice, cadê todo mundo? Não era 18:00?” — minha frase foi terminada com o barulho do encerramento do áudio que eu enviava para a presidente do Grêmio Estudantil.

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Alice Bissoli Pegoretti
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Seg 25 Jan 2021 - 22:58
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♡  ♢  ♤  ♧

Sabe quando você consegue ler aquela mensagem nas notificações e faz questão de nem abrir mais o wpp que é para nem te verem online. Nossa, eu amo. Brincadeira... jamais faria isso com más intenções, mas naquele dia eu fiz. Até parece que eu ia dar spoiler pro Thithi sobre o que tava rolando nas preparações para a festa. Mal chegou no parquinho e já quer tomar conta da casinha, ai ai.

Segui ignorando o belezoco até que veio um áudio. Nossa, ele devia estar curioso mesmo, e a ansiedade era tanta que ele já estava lá em cima. Quase mandei um "não é só por que a música está tocando que tem festa, a festa só começa quando eu chego, bebê", mas segurei a brincadeira para fazer outra que me pareceu mais divertida. "Ué, você já subiu? Nem vi, estou no armário aqui atrás arrumando as coisas", mandei para ele, escrito, pois um áudio entregaria que eu não estava lá coisa nenhuma. Mas estava chegando.

Com alma de eterna criança que tenho, vigiei da entrada da copa de Ybirá, escondida, e quando ele ficou completamente de costas, caminhei o mais silenciosamente possível. — MAS você tá tão curioso assim que chegou super cedo? — iniciei a frase como quem estivesse gritando um "buuu" pra dar um susto nele, as mãos cutucando suas costelas assim que comecei a falar.

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CB, Ybirá  — 06/02/2021 — festa — @thiaguera

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Última edição por Alice Bissoli Pegoretti em Ter 26 Jan 2021 - 0:35, editado 2 vez(es)



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Seg 25 Jan 2021 - 23:20
E o que acontece nesse trote?
A música tocava e ninguém mais aparecia, bem, era de certa forma um alívio, quer dizer, pelo menos por hora não teria que me preocupar com nada que não fosse o fato de eu estar sozinho quando já deveriam estar quase todos por ali, pelo menos é o que eu acho. Mas o estranho é que Alice me disse que era 18:00, ela deve ter se enganado, quase certo de que foi isso. E para ajudar ela nem me respondia, estava me ignorando? Talvez, de certo está tramando algo para mais tarde. Mas sabe quando você aparentemente fala cedo demais? Então, ela me respondeu, o pop-up surgiu no canto da tela, cliquei para que a mensagem aparecesse na tela e pelo visto ela já estava aqui, num tal de armário nos fundos, pulei da rede para espionar, mas não vi ninguém. Pois tenham certeza que eu não irei lá no fundo para ter certeza que ela não está, já consigo ver muito bem daqui. Quando novamente voltei a atenção para o celular, um susto, de onde ela havia surgido? Não pude vê-la chegando.

Não estava esperando que ela aparecesse nas minhas costas, aquilo foi um plano muito sorrateiro. Não tive outra reação que não fosse pular para frente. — É sempre bom avisar quando chegar por detrás dos outros, viu?! — disse sem jeito em meio a uma risada, enquanto tentava recompor a postura que tinha perdido com o susto. — Como assim super cedo? Não era agora? — perguntei mostrando o horário na tela do celular. A mão ainda tremia um pouquinho, mas era só um resquício da adrenalina no corpo, nem dava para notar tanto assim. Mentira, dava para ver sim, era como se eu tivesse pilhado em xícaras de café, então para disfarçar guardei o celular no bolso da calça. — Mas afinal o que vai rolar aqui? Um churrasco, bebida e música?! E o trote é ver que aguenta comer mais? — perguntei esperançoso olhando para a fogueira que queimava ao centro da copa de Ybirá.

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Alice Bissoli Pegoretti
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Seg 25 Jan 2021 - 23:59
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♡  ♢  ♤  ♧

A minha ideia era para assustar ele? Sim. Eu esperava que ele se assustasse de verdade? Não muito, logo, aquele pulo espevitado já valeu pela noite toda quando a risada automaticamente me escapou. — Anotado, amore. — respondi o comentário sobre avisar quando estiver chegando. "Vai sonhando", minha mente pensou, já tramando um novo jeito de assustar o Jaguar. — Tô brincando, é agora sim. Quer dizer.. à partir das seis, né, quem chegar, chegou, e festa que segue. — enquanto comentava, acabei olhando ao redor, lembrando de toda a trabalheira para organizar tudo, e imaginando se ia chegar mais gente ali. Pela glória de Jaci, iria sim! 'Né possível que iam perder a festa com comida gostosa liberada e perder de ver o ritual dos quintanistas.

Sua pergunta seguinte me fez sorrir ainda mais, mordendo meu lábio inferior de curiosidade, estava louca para ver Thiago pagando o trote dele — isso se não fosse uma daqueles secretos que a gente nunca sabe o que rolou de verdade. E que não fosse nada cruel também, como alguns do ano passado que não quero nem me recordar. — Olha... churrasco infelizmente não, embora saudades de um churras, comi poucas vezes na vida, mas a música e a bebida estão aí, algumas comidas também. — só de falar meu olhar se voltou para a mesa  farta de guloseimas, estava com fome e nem tinha percebido. — Inclusive, vamos. — enganchei meu braço esquerdo no braço direito de Thithi e saí puxando ele. — Eu preciso comer alguma coisa, que se vier tequila no estômago vazio como da última vez, acho que dessa vez eu tenho um troço. — comentei enquanto caçava algo que me chamasse atenção. — Quanto ao trote... espero que o seu seja tão fácil quanto aguentar uma festa. E que não seja vergonhoso. Mentira, pode ser um pouquinho constrangedor, né? — a implicância estava clara na minha fala e no sorriso de lado. Por fim, puxei um pedacinho de bolo de chocolate com brigadeiro bem molhinho e comi enquanto ouvia uma música muito boa de uma banda trouxa internacional tocando no fundo.

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CB, Ybirá  — 06/02/2021 — festa — @thiaguera
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Ter 26 Jan 2021 - 0:37
E o que acontece nesse trote?
Sabe quando você sente que aquilo foi só da boca para fora? Pois então, esse anotado que Alice disse não me passou muita confiança, sabe? É quase certo que vou sofrer mais sustos esses ano. Quase não, ignora essa parte, é certeza mesmo. — Aham, vou fingir que você anotou mesmo. — sacudi a cabeça, pois eu realmente sabia que ela iria aprontar para cima de mim.

Sei que minha memória não é nem de perto a coisa mais louvável que existe, mas não tinha como eu me esquecer o horário da festa, Alice havia me dito ele pouco tempo antes, eu tinha de estar avoado demais para que isso acontecesse. Mas de qualquer forma, quando ela confirmou que eu não estava adiantado, fiquei mais aliviado.  — Ah bom. Achei que estava ficando louco. — afirmei mais convicto, já que cheguei a duvidar do que eu tinha certeza. — Daqui a pouco começa a chegar gente, quando reparar aqui vai estar lotado. Pontualidade não é o ponto mais forte dos alunos da nossa escola. — E não era mesmo, quer dizer,  pelo menos eu me encaixo muito bem nessa descrição, sempre me adianto para ter o menor atraso possível, mas o fato de atrasar é inevitável.

Tá, não teria churrasco, mas como Alice mesmo fez questão de enfatizar, comida não faltava e isso é um super ponto positivo, até me fazia esquecer um pouco a apreensão de saber que logo mais algo aconteceria e eu teria de pagar um trote, que sabe se lá o que vai ser. — É, um churrasco não seria nada ruim. Mas quem sabe numa próxima, a gente pode combinar de nas férias irmos em algum lugar comer. Uma costela quem sabe… — e me perdi em minha própria fala, viajei demais nos pensamentos de ir em algum lugar com churrasco que esqueci de terminar a frase. — Vamos! — concordei como se tivesse outra opção, afinal já estava indo para a mesa de comida junto de Alice. — Que se vier não. Não vai ter isso, né? Não tem alguma coisa mais aceitável?! — perguntei enquanto franzia o cenho e encarava ela. Não que eu não quisesse que tivesse bebidas alcoólicas, mas é que especificamente a tequila não casou com meu gosto. — Como assim, seja? Nem você sabe qual é o trote? — E se ela espera que meu trote seja fácil, significa que existe a possibilidade de não ser. Admito que o nervosismo deu uma batida. — Se não for constrangedor melhor. — afirmei enquanto estendia o braço para pegar um copo. Logo ele se encheu de chá gelado de pêssego. — Quer? — ofereci para Alice antes que eu pudesse bebê-lo. — Mas afinal, o que acontece nesses trotes? Eu não faço ideia, talvez se eu tivesse vindo nos outros anos, mas não lembro o que fiz nas outras oportunidades. — falei enquanto buscava na memória qualquer deixa que fosse para ter a mínima noção do que poderia vir a acontecer.


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Augusta Nunes Callai
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Augusta Nunes Callai
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Ter 26 Jan 2021 - 1:39


Augusta mirou o reflexo no espelho do banheiro. O batom, finalmente, lhe dava uma carinha mais adulta no raiar de seus quinze anos. Era apenas ilusão sua, óbvio, continuava com a mesma face dos meses anteriores, mas aquele novo ano prometia-lhe tantas coisas boas que a Callai esperava que apenas um pouquinho sua beleza tivesse subido de categoria naquele novo início. Menos criança, mais Augusta!

Abriu a porta, sendo prontamente envolvida pela conversa das novas companheiras de quarto. Augusta sorriu, dando um rodopio para liberar o caminho. Ainda era cedo demais para estar pronta, mas a loira definitivamente não queria chegar atrasada ao trote. Sabia que os veteranos podiam ter um senso de humor bem… peculiar, não queria chamar mais atenção do que o comum. Era um trote, afinal de contas. Bixete raramente tinha sorte.

Se tu botar esse preto nós vamos praticamente iguais. — Brincou para Michelle, que ocupava a cama imediatamente ao seu lado enquanto sentava-se sobre seu colchão e puxava o lençol para cobrir as pernas. Apoiou a cabeça no travesseiro, com cuidado para não pressionar a bochecha contra a fronha branca e ficou a mirar a escolha de roupas da amiga que sequer tinha entrado no banho ainda. — Que isso, bota. Vai ficar bonito. — Estimulou, mas a menor já tinha guardado novamente o vestido preto e sacudia um cropped branco e uma calça vermelha na sua frente. — Uhum, experimenta. — Comentou, tendo que fechar os olhos para não ser cega pela profusão de raios que surgiu de uma varinha no outro lado do quarto.

Desculpa! — O grito soou acompanhado de um súbito escurecimento do quarto. Augusta gemeu, murmurando um feitiço básico para que as cortinas ao redor da cama a preservassem daquela bagunça. E, contra todas as possibilidades e razões possíveis: Augusta dormiu.

Quase duas horas depois, despertada pelo absoluto silêncio do quarto, Augusta despertou talvez com a pior sensação que pode existir no mundo: Que perdera a hora de algo muito aguardado. Tropeçou para fora da cama, pisando sobre as sandálias de salto e encontrando um par de havaianas pretas no caminhado que prontamente ajustaram-se ao seu pé. Abriu a porta e correu até o início da escada, apenas então lhe ocorreu a ideia de ver as horas, mas, fazendo jus ao ditado, já estava a meio caminho andado, que mal havia em terminar e verificar com seus próprios olhos?

Subiu até a copa, sendo envolvida pela música. Início da festa ou fim da festa? Sentia que se afastava das vozes, das pessoas em massa localizadas nos galhos mais baixos da Ybirá. Surgiu na Copa, ainda vazia e teve um misto de pânico e alívio. Alívio por ver que a festa mal começara e, bem, pânico por saber que estava de chinelos e com a cara meio amassada pela soneca fora de hora!


noite de trote





Carolina M. Figueroa
JAGUAR » Apanhadora
Carolina M. Figueroa
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Ter 26 Jan 2021 - 1:54


O que elas tanto estão falando? — Marina cochichou para a irmã que, mesmo naqueles poucos dias, parecia muito mais informada sobre o funcionamento de Castelobruxo que ela própria. Alguma coisa iria acontecer naquela noite, algo grande, muito cochichado pelos corredos e que ela, uma primeiranista um tanto alheia ainda às relações interpessoais, não tomara conhecimento ainda. — Uma festa? — Ecoou, a boca fazendo a forma oval à perfeição. Bem, ela que não ficaria de fora. Uma vida inteira pulando de uma praia para a outra, agora tudo que queria ver era como funcionava uma festa de adolescentes. Afinal, ela era uma agora!

Ainda com a bermuda do uniforme e uma camisa confortável acinzentada, a Galhardo fez seu trajeto até o topo da árvore. Era a primeira vez que o fazia e tudo ainda estava banhado sob a ótica da magia. Castelo bruxo! Mal conseguia acreditar que estava ali. Subiu os últimos galhos, tentando se manter o mais anônima possível enquanto observava tudo. As conversas, a música, aquela mesa de banquete sensacional que a primeiranista não conseguiu se aguentar a roubar um docinho... só um!
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Alice Bissoli Pegoretti
CASTELOBRUXO » Coordenadora
Alice Bissoli Pegoretti
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Sáb 30 Jan 2021 - 21:50
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♡  ♢  ♤  ♧

Um riso frouxo me escapou pelas narinas devido à reação de Thiago para com a bendita tequila — que de bendita não tem nada, é o próprio demônio! — Tá bem, a gente pode ir de corote, é mais gostoso. O único problema é que eu fiquei claramente louca de corote ano passado, ao ponto de me declarar para um menino e pedir para beijar outro, que por acaso era nosso melhor amigo em comum, e por acaso ambos estavam perto o tempo todo. — dei de ombros, ainda sorrindo, apesar de saber que Thi provavelmente ficaria chocado com a história. Imagina se ele soubesse do restante da história...  — Será que você aguenta uma Alice levemente alterada? — meu arquear de sobrancelha insinuava um claro desafio e aviso de que vinha coisa por ali.

— Fica tranquilo, acredito que os trotes esse ano serão mais leves que os do ano passado. Bem, eu acho né... e não, não sei. Os trotes são feitos pela energia mágica de Ybirá com as caiporas, Thi. — e enquanto explicava isso me veio um pensamento à mente: eu nunca havia esbarrado com Thiago em nenhum das festas, nem as da comunal. Aliás, eu sequer o havia visto por ali acho que... desde sempre? Onde estava escondida essa belezoca de pessoa?! Pena que com zero bom gosto para bebida. — Isso tem cara de água suja com essência de morte, menino. Que isso? — franzi o cenho para a água de batata no copo em sua mão, logo indo atrás de um copo para mim mesma que se encheu com suco de maracujá de imediato. Amarelo vivo, bonito. Dei uma boa golada no suco, implicando com a bebida estranha do quintanista, e foi então que quase engasguei.

— UKE? Você não veio em NENHUMA das festas de início do ano? Garoto?? — o encarei em completo choque, mas agora tudo fazia sentido, ele realmente nunca esteve por ali nas festinhas. Nossa, se seu soubesse disso antes, nem teria entregado a situação da festa anterior logo de cara. — Eu não estou acreditando, você preferiu dormir do que vir pagar de doido com a gente? Não se mistura com a ralé, é? — ri em brincadeira, mas claramente queria demais descobrir o motivo daquilo — e meus olhos não mentiam, brilhando em verde claro de pura curiosidade, os cabelos acompanhando com mexas do mesmo tom, com aquele calor típico do meu dom no couro cabeludo enviando uma inquietação aos dedos que batucavam em volta do copo suco no ritmo da música atual.

Vestindo!
CB, Ybirá  — 06/02/2021 — festa — @thiaguera
Habilidade Especial - Poderes usados:
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Thiago P. Dunham
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Thiago P. Dunham
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Dom 31 Jan 2021 - 0:37
E o que acontece nesse trote?
Eu sentia meu corpo se contorcer inteiro por dentro apenas pelo fato de pensar na tal da tequila, dessa vez eu seria obrigado a deixar a oportunidade passar, nem se eu quisesse muito eu conseguiria enfrentá-la novamente. — Eu só experimentei uma vez, não posso opinar. Mas posso dizer que melhor que tequila não é difícil. — fiz uma careta ao lembrar da tosse que aquela coisa havia me dado. Nossa, pelo visto ela realmente se deixou levar pelo corote, abri um pouco os olhos, não esperava essa história, mas é super plausível uma coisa dessas. — Imagino que foi uma festa daquelas. — brinquei instantes antes de cair na risada. Imagina que confusão. Deve ter sido no mínimo engraçado para quem pode acompanhar de perto e não estava envolvido nesse rolê todo. — Me pareceu algo complicado mas acho que dou conta sim. — Não iria ser eu a fugir desse desafio, além do que, quantos problemas uma pessoa alterada de corote pode causar? Não muitos, né?!

— Agora eu estou bem mais tranquilo, quer dizer que pode ser qualquer coisa, realmente qualquer coisa. Mas se tu acha que vai ser mais tranquilo, já dá uma amenizada, se bem que não faço ideia de quais foram ano passado. — Certo, então eu posso deixar de me preocupar com os alunos, eles não tem nada haver com meu trote, menos mal assim posso curtir mais a festa, sem ter que ficar olhando desconfiado por cada um que passasse por mim.

Oras, como assim? Água suja com essência de morte?! Nem se deu o trabalho de experimentar, mas tudo bem, eu admito que a aparência não é das melhores. Se bem que esse tom bronze brilhante é sim bem bonito. Até ergui o copo e dei uma boa olhada. — Ah. Não é tão bonito, mas é bem gostoso. Quando se sentir à vontade, pode ir, não vai se arrepender. — comentei tomando um gole bem generoso do chá. — Podia estar mais gelado, mas está bom assim. — afirmei quase sussurrando.

— Desculpa. Não sabia que era pecado. Mas é, não vim em nenhum. Não lembro o que fiquei fazendo, porém se me conheço bem eu fiquei dormindo. — a chance de acertar era alta, já que são três opções, dormindo, na aula ou treinando. — Não tinham muitos motivos para vir se for parar para pensar bem. Pois até um tempo atrás eu conhecia, Liandra e Helena, ai depois de um tempão eu conheci o povo do meu time. — dei uma pausa para confirmar se a ordem cronológica era essa mesmo, uma grande perda de tempo, pois é certeza que eu conheci meu time depois de conhecer minha irmã e minha prima. — Que?! — não aguentei e comecei a rir, até ela não se aguentou. Donde já se viu. — Eu devia ter conhecido você mais cedo, de certo já teria vivido mais coisas aqui em Castelobruxo, pois até agora só me enfiei naquele buraco das caiporas. — Eca. Só a lembrança daquela sujeira e do cheiro de bolor já me revirava o estômago, então terminei logo meu chá para espantar a sensação ruim. — Mas você fez seu trote ano passado, né? Qual foi o seu? Você pode falar ou é tipo aqueles segredos? — perguntei curioso, enquanto encarava os olhos agora verdes de Alice, essa habilidade dela é sensacional.


Música:


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CASTELOBRUXO » Coordenadora
Alice Bissoli Pegoretti
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Sáb 6 Fev 2021 - 17:29
just having a
good time?


♡  ♢  ♤  ♧

Minha mente se rebelava contra minha língua solta que contou, talvez, detalhes demais da festa do ano anterior para Thiago. Bem, devido as fofocas que rolaram soltas no ano passado, provavelmente mais da metade da escola já havia ouvido aquela história né, mas... sei lá. É normal a gente não ligar muito para o que os outros pensam, mas de repente não querer ser julgada erroneamente por uma pessoa específica? Mas te acalma que é só medo de perder mais um amigo, viu? Ainda mais agora depois de ele contar que sequer participava das festas da escola, essa info me deixou muito chocada, como podíamos ser tão diferentes e termos virado quase melhores amigos em tão pouco tempo? Socorro.

— Realmente... se tivesse me conhecido antes, com certeza sua vida teria sido mais animada até agora. — brinquei, inicialmente pensando nas festas e bagunças que eu teria colocado ele no meio, mas um outro sentido passou correndo feito o papa-léguas na minha mente, deixando para trás apenas um rastro de bochechas cor de rosa, principalmente quando ele lançou a pergunta sobre meu trote e me encarou tão curioso. "Nem ferrando que eu vou contar tudo." — Ah, eu tive que ficar vestida de vaca por uns dias, que bom que você não se lembra, isso significa que não me viu nesse estado. Devo ser gado tão oficialmente que até as caiporas perceberam, mas enfim, acredito que não venha nada muito pesado para você. Chegamos a uma conclusão sobre o trote no ano passado, mas isso acho que só posso revelar e confirmar depois que você receber o seu, sorry. — fiz uma falsa cara de quem sente muito, mas minha intuição dizia que se eu contasse, só pioraria as coisas para ele, então eu juro que estava mesmo tentando ajudar.

Tomei um bom gole do suco de maracujá antes que minha boca soltasse mais palavras que eu não devia dizer, e foi aí que me veio a ideia. — Veja só... pelo que entendi é a segunda festa que você vem, certo? E já começou bem virando tequila né, então, hoje você vai tomar outras coisas sim. Inclusive corote de maracujá, que não dos meus favoritos. E você que lute. — ri em desafio, e por um segundo até esqueci que o ritual do escoteiro precisava começar. Por sorte, olhei ao redor e vi outros quintanistas chegando, então logo me aproximei da fogueira, subindo no novo palco ao seu redor.

— Boa noite, galera! Como estão vendo, nossa festa esse ano está diferente, a Copa de Ybirá em si está diferente... Bem, devo lembrar que o Centro Acadêmico está diferente, né? Agora somos o Grêmio Estudantil Ybirá, e embora pareça que apenas o nome mudou, e jeito de fazer festa, a mudança vai além disso. À partir de agora TODO aluno terá seu lugar no Grêmio, todos podem organizar grupos de estudos, eventos, dar sugestão de passeios e ajudar em monitorias. E sabem o que mais? Teremos nosso próprio canal de comunicação, como um jornal do corpo discente dessa escola. E, de bônus, qualquer participação nos renderá pontos extras no currículo e... remuneração oficializada. — o sorriso brotava sem esforço em meu rosto ao trazer o assunto à tona pela primeira vez desde que recebi a notícia no fim do ano passado. — Sobre o trote de nossos queridíssimos quintanistas... e sobre o ritual em si, claro, chega daquelas roupas péssimas, né? Só espero que vocês, novos escoteiros, tenham vindo com roupas que podem manchar. — certeza que meu olhar brilhou em diversão quando encarei o olhar surpreso de Thiago e também de Augusta, a loirinha pomposa que havia chegado há alguns minutos na festa. — Dentro desse baú temos os pergaminhos encantados junto com nossa linda tinta mágica. Estão prontos para virar uma obra de arte? Vou chamar os nomes e, se alguém quiser pintar a pessoa, vem aqui para frente. E boa sorte! — e então abri o baú, começando a chamar os nomes dos quintanistas matriculados naquele ano.

Observações do ritual do trote:

CB, Ybirá  — 06/02/2021 — festa — @thiaguera — Vestindo!

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Thiago P. Dunham
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Sáb 6 Fev 2021 - 22:32
E o que acontece nesse trote?
O tempo ia passando e cada vez mais eu me esquecia do trote que me aguardava, estava tão entretido na conversa com Alice que não me sobrava tempo para ficar preocupado, e isso é excelente, afinal não existem motivos para temer tanto assim, ninguém nunca morreu no trote, né? Bem eu não faço a menor ideia, mas acho que não, de certo eu saberia, ninguém esconderia essa informação, e claro, Verônica não ia deixar acontecer. — É. Mas ainda dá tempo né?! Pelo menos mais dois anos. — sorri, seria no mínimo divertido e curioso ver em quantas confusões e detenções que iríamos nos enfiar até lá.

Juro que segurei o riso quanto deu, mas imaginar Alice vestida de vaquinha por aí não tem preço. Eu definitivamente tenho de começar a sair mais para ver o que acontece nessa escola, aí as coisas que perco. — Não posso acreditar que eu perdi isso. — sacudia a cabeça em sinal de auto-reprovação, mas logo a risada voltava à tona. — Poxa. Talvez devessem replicar os trotes esse ano para o pessoal do sexto, tipo um replay ou versão 2.0. — A ideia não me pareceu tão ruim, na verdade seria muito engraçado ver os outros pagando trotes também. — Entendi. Tudo bem, além do mais, não falta muito para eu descobrir o meu né? — E foi só então que eu notei que realmente o tempo havia passado e que a hora se aproximava.

—Em Castelobruxo é sim. — E de novo minha cara fechou ao ouvir da tequila, e com toda certeza eu não beberia aquilo mais uma vez. — Maracujá? Não tem algo menos ácido? Um pêssego, que tal? — Já que eu não teria escapatória, era bom já preparar o terreno, deixar as coisas mais fáceis para quando chegar a hora eu não ficar fazendo tanta careta.

E lá estavam todos os outros, num piscar de olhos a copa de Ybirá estava cheia, eu conseguia identificar com facilidade alguns colegas de sala, mas quando voltei o olhar, cadê Alice? Ela já estava indo para perto da fogueira, pelo visto tinha chegado a hora de descobrir o que eu teria de fazer. Fiquei feliz em ver Alice toda animada naquele palco contando mais sobre o Grêmio Estudantil, aquilo me pareceu ser uma proposta muito interessante, quer dizer, já não é mais só uma proposta, é uma realidade, e a julgar pelo brilho em seu olhar, um orgulho. Ela aproveitou o embalo e falou sobre o trote, então eu teria que ser pintado e pegar um pergaminho. Já que estou na chuva o negócio é se molhar. Ansioso eu esperei até que Alice chamasse meu nome, e sabe aquele frio na barriga? Pois então, aquilo percorreu meu corpo todo quando ouvi ela me chamando. Passei a mão em vários pergaminhos, não sabia qual pegar, mas como eu não fazia ideia do que teria em cada um deles, qualquer um me servia. Agora eu precisava de algum veterano para me pintar, nem pensei duas vezes, sorrateiramente me aproximei de Alice com a famosa cara de cão pidão. —  Você por acaso pode pintar alguém ou é apenas a apresentadora da noite? — perguntei baixinho, já que é para ser pintado, que seja por alguém que eu gosto e confio.

Fiquei um pouco sem jeito, nunca havia sido pintado antes, é algo no mínimo diferente. A tinta era gelada e conforme ia secando dava a sensação de estar sujo com barro. — Agora é só jogar aqui? — questionei Alice enquanto apontava para a fogueira que crepitava ao meu lado. Ela apenas assentiu com a cabeça, então joguei no fogo, o papel do pergaminho não durou nada, simplesmente se desfez em meio às chamas. — E agora? — e naquela mistura de curiosidade com ansiedade eu ficava buscando em meu braço o que teria de fazer.

Vestindo
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Never felt so close
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Alice Bissoli Pegoretti
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Alice Bissoli Pegoretti
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Sáb 13 Fev 2021 - 22:05
just having a
good time?


♡  ♢  ♤  ♧

Por alguns instantes observei os alunos na copa de Ybirá. Alunos novos e alunos antigos. Olhares curiosos, ansiosos e, por vezes, amedrontados — e eu não os julgaria, afinal, basta lembrar tudo que aconteceu após o trote do ano passado, mas enfim… chega de lembrar dessas coisas e vamos focar no ritual dos quintanistas deste ano.

Conforme eu chamava os nomes dos alunos, conseguia ver mais risos, às vezes alegres, às vezes nervosismo, um ou outro de conforto ou de zoação, havia realmente todo tipo de reação, e eu não estava por fora dessas emoções. Lembrar do trote anterior por si só já era bizarro, primeiro que não parecia que já havia passado um ano inteiro, e segundo que… Guaraci amado, aquelas coisas todas haviam mesmo acontecido? Será que esse ano as caiporas pegariam mais leve? Torcia para que sim, pois meu olhar estava preso analisando as reações de Thiago, o serzinho que havia surgido do nada como quem nunca esteve por CB nos últimos anos, e eu não queria que nada pesado acontecesse com ele, ele merecia curtir esse ano e os próximos aproveitando o máximo sem traumas, de forma alguma queria que ele se enfiasse no buraco de toupeira-unicórnio em que se escondeu nos últimos anos, entende?

Estava tão perdida em pensamentos que tomei um pequeno susto quando ele veio na minha reta, será que havia percebido que eu o observava não tão discretamente? — Hm… Posso sim. — respondi automaticamente, mas logo caiu a ficha de que ele estava me pedindo para pintar ele. Helena não estava por ali? Não importava, com aquela carinha de pufoso carente não tinha como negar algo para ele.

Em seu rosto, fiz questão de caprichar em figuras geométricas, era o mais perto que eu chegaria de alguma imagem tribal, mas eram todas significativas. Em sua testa, um círculo quase perfeito, com sua circunferência marcada em traços, representando o caminho traçado para ele; por cima, um flecha que saía de ambos os lados, e com isso eu lhe desejava sorte, desejava que conseguisse se sair bem independente do caminho escolhido por ele. Em ambas as bochechas fiz um triângulo, um completamente fechado, representando os três pilares: pensar, falar e refletir sobre o que se disse, para sempre se achar as palavras corretas. O outro triângulo, entretanto, continha uma pequena abertura em uma de suas pontas, indicando uma vida aberta a mudanças. Se eu queria que ele mudasse? Não, não… é o completo oposto. Queria mesmo é que ele se tornasse apto a se adaptar facilmente a possíveis mudanças, assim não mudaria de repente o garoto maravilhoso que era.

Com o fim dos desenhos, me afastei, um tanto sem jeito. No ano anterior eu estava no lugar de Thiago, e quem havia me pintado era justamente o ser que eu torcia para que sequer voltasse mais àquela escola. ”Espero que eu nunca me torne esse tipo de pessoa para o Thi.”, não consegui desviar o pensamento que veio de repente e me fez engolir em seco. Apenas balancei a cabeça que sim quando ele perguntou sobre o pergaminho. — E agora você espera que já aparece. — comentei com um sorriso, mas logo tive que voltar e chamar mais alunos. Foi quando finalmente terminei a lista que consegui voltar para perto do Dunham, observando à mancha vermelha em seu braço. — E aí? Complicado? Quero saber se agora posso definitivamente confirmar minha suspeita de que a magia desse trote pega nossos maiores medos e o tornam num desafio concreto de alguma forma bizarramente cômica, mas por vezes cruel. Acertei? — disse, e enquanto ele respondia, o puxei pela mão rumo à mesa onde havia algumas bebidas. — Hora do seu corote de maracujá!
CB, Ybirá  — 06/02/2021 — festa — @thiaguera — Vestindo!

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Paulla Fernanda Brandão
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Sáb 20 Fev 2021 - 0:49

Crônicas de Um Trote

Afim de estar ali eu não estava!— Mas se eu estivesse ali seria bem pior. Pelo menos a comida era boa e a bebida, melhor ainda! O trote só me lembrava de uma coisa: O beijo entre eu e Mafê em uma jogo de VxD. Nosso namoro não foi para frente, mas, vida que segue, né?

Objetivo: Chegar muda, comer e beber sem ser percebida, jogar o pergaminho na fogueira e sair calada. Falhei miseravelmente. Não sei quem foram os infelizes que chegaram alvoroçados me pintando meu rosto , braços e pernas. Ainda bem que meu vestido era branco, verdade? BRANCO! No fundo era bem divertido, eu é que não estava na vive mesmo...TPM, já ouviram falar?

Peguei o meu pergaminho e me aproximei da fogueira e atirei nas chamas. Voltei para um cantinho onde estavam os doces e o vinho e voltei a descontar as minhas angústias femininas em todo aquele açúcar e álcool.

Faniahh/Lala/Cyalana




PAULLA FERNANDA BRANDÃOSe é pra morrer de batida...
Que seja de maracujá!
EMME
Augusta Nunes Callai
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Augusta Nunes Callai
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Sáb 20 Fev 2021 - 2:11

trote


a partir de hoje, veteranja.

Augusta cobriu os lábios com as mãos para evitar cuspir integralmente o líquido que acabara de deslizar por sua garganta, queimando como álcool barato. Bem, cumpria sua função pois era exatamente aquilo que fora posto em suas mãos. A adolescente sequer se atrevera a questionar o que tinha no copo quando Bianca entregou-lhe a bebida insistindo para que bebesse. Por que o faria? Eram amigas desde o primeiro ano! ― Bianca! ― Conseguiu formular, piscando os olhos para evitar as lágrimas que surgiram com a surpresa do primeiro gole de bebida alcóolica de sua vida. ― Eu não quero nem saber o que tem aqui. ― Acrescentou, após meia dúzia de segundos. O efeito abrasivo foi passando e o gosto doce permaneceu. Antes que Augusta sequer notasse, já estava pondo a pontinha da língua dentro do copo novamente para experimentar de novo aquela… experiência.

No verão anterior, Augusta tinha deixado Castelo Bruxo envolta de tristeza. A maior parte dos colegas prosseguiriam para o novo ano e ela, na época, tinha a certeza que a mãe não lhe deixaria retornar. Ainda era uma surpresa estar ali, mesmo depois de tanta insistência, ser bruxa era mais do que um dom de nascença, era seu destino. Não conseguia compreender o que motivara a mãe a abdicar de seus feitiços. Agora, toda aquela situação, se resolvia em risos e conversas com os amigos. E, para os não tão amigos, mas que agitavam o coração da Callai, ela reservava olhares longos e demorados com o rosto semi-coberto pelo copo de bebida.

O não-tão-amigo tinha um nome, sobrenome e quase um metro e setenta de altura. Thiago. Ele e Augusta tinham quase todas as aulas juntos desde que entraram em Castelo Bruxo, mas a loira, ainda que bastante sociável em seu próprio círculo de amigos, não era lá muito conhecida pela extroversão com estranhos. Trocavam meia dúzia de cumprimentos na semana quando se encaravam, entretanto era mais seguro permanecer assim. Observando-o a distância, grudado a nova líder do movimento acadêmico. Guta não conhecia a relação entre ambos, mas vê-lo ali apertou seu coração juvenil em ciúmes e saudades do que jamais existira. Thiago orbitava ao redor de Alice como se a militante fosse seu sol. Nunca tivera qualquer implicância com a Pegoretti, mas naquele instante viu-se odiando-a com todas as suas forças, ainda que tudo não passasse de frutos da sua imaginação… será?

Ei, caloura? ― Perguntou um rapaz parando a sua frente e Augusta foi forçada a retornar a realidade ao deparar-se com dois vibrantes olhos verdes e um escancarado sorriso que expunha dois caninos pontudinhos. A jovem afastou o copo do rosto e acenou afirmativamente. ― Sim, Augusta! ― Se fosse possível, o sorriso do desconhecido expandiu-se ainda mais, e Guta teve o punho envolto pelas mãos bronzeadas do mais velho enquanto era arrastada para pouco distante do seu grupo para diante do baú onde recolheu um pergaminho. ― Vai ser a minha bixete. ― Ele disse e ainda que houvesse algo de assustador em ver um rapaz tão exagerado em suas reações puxando-a para perto, Augusta não sentiu medo. Não o conhecia nem de vista, mas o jeito que falava mais lembrava a caloura de um labrador chocolate que de repente se transformara num humano vinte centímetros mais alto que ela própria.

O veterano mergulhou as duas mãos em tinta vermelha e traçou uma faixa contínua que cobriu seus olhos de vermelho, quase de orelha a orelha. Em seguida, Augusta fechou os olhos e sentiu sua testa ser coberta pela mesma tinta até ter certeza que acima da ponta do nariz estava inteiramente vermelha. O ritual relembrou-a de uma memória que julgava ter esquecido: Ela com pouco mais de seis anos, nos ombros do avô, com a pintura dividindo sua face em faixas verticais, vermelho e branco. As ruas de fogo de uma cidade apaixonada por futebol. Abriu os olhos, tentando entender o padrão que o veterano agora traçava em suas bochechas. Três triângulos, um dentro do outro e três linhas retas. ― Vai, vai que agora é tua hora. ― ele incentivou, botando a menina a caminhar na direção das chamas. Naquela altura, nem mesmo corria mais pela mente da mais nova perguntar-lhe o nome.

A Callai apertou com força o pergaminho nas mãos e quando estava a centímetros das chamas ardentes, sentindo-as dançarem diante da face colorida, deixou o item cair e ser consumido pelo fogo. Pela visão periférica, identificou de forma quase imediata as palavras que se formaram em seu braço. Seu trote lhe fora designado.

Informações Importantes:


Os dias perdidos





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