Este tópico está sendo usado pelo aluno Leonard Brachmann para fins de seus post's na aula de transfiguração.

Mes que as aulas ocorreram: A partir de Junho.

Icegirl

Transfiguração, aula 2

Eu admito, faltei a primeira aula de transfiguração por puro desleixo, eu havia dormido tarde demais e nenhum outro aluno se importou em me chamar, até por que não são os meus pais para fazer isso. Me atrasei naquele dia, mas neste em especifico, cheguei na hora.

“Mas eu já te conheço, mulher” Pensei comigo mesmo ao ouvir as palavras de Isis quando se apresentava para a minha turma, meu olhar de um garoto decepcionado com as escolhas de docente da escola, entretanto não era de todo algo ruim. Até então não tinha percebido a presença de outros alunos mais novos que eu, pelo menos não havia prestado tanta atenção nos rostos até perceber que minha prima mais nova estava ali também, bem na minha frente. – Ora, ora... A sala está bem frequentada hoje. Disse quase como um sussurro, implicando com ela, a mesma reagiu com aquele jeitinho dela de ser, mas a aula começou seriamente neste momento e não deu tempo para continuar uma conversa, ambos retornaram a sua atenção para a aula.

Até então eu estava ali sentado, extremamente comportado enquanto observava e ouvia a aula da professora, beleza, evitei fazer caras e bocas, apenas peguei a pena e anotei alguns detalhes importantes. – Então vamos relembrar de algumas coisas, temos a transfiguração, desaparecimento, conjuração e a destransfiguração... Todas essas categorias tem a sua explicação que não vou me lembrar agora, tenho que estudar mais sobre isso, mas a preguiça, ah... Depois eu tento descobrir mais sobre isso, todavia como o foco hoje é, como ela disse, voltar ‘a coisa’ ao normal, não devo me preocupar muito com outros tópicos, afinal boa parte deles eu aprendi nos anos anteriores.

Não enrolei muito para anotar o que eu deveria anotar; vi alguns objetos espalhados de diversas formas e tamanhos, outros já me pareciam normais como as cadeiras, as mesas, o abajur e o próprio quadro negro que a professora insistia em escrever coisas nele. Fixei meu olhar neste ponto fixo e os segundos passavam-se lentamente na medida em que eu prestava mais atenção no assunto abordado, nunca fui o melhor aluno em relação a ter uma nota boa em transfiguração, muito menos, em toda a minha vida surgiu algum interesse em saber mais sobre transfiguração, mas devido ao fato de que é alguém que conheço tão bem, na primeira oportunidade ela vai tornar a minha vida um inferninho, pois isto, me mantive quieto na minha, praticando a minha falsidade de sorrir e ser o mais receptivo possível.

– Se o objeto for normal, não transfigurado, ele vai esquentar, mas caso seja transfigurado irá voltar ao normal... Anotado. Disse eu em um tom baixo enquanto permanecia com a perna esquerda encima da direita, batendo o calcanhar do sapato na ponta do pé contrário. – Reverter a transfiguração não é algo fácil, até porquê é necessário uma concentração e um pouco de experiencia nessa área, acredito que a oportunidade de passar vergonha está chegando, Leonard, já pegue o seu primeiro lugar como derrotado da aula.

Pouco tempo de falações, explicações e fomos para a parte pratica; algo extremamente importante no meio de tantas dúvidas dos alunos dos anos anteriores. Isis demonstrou como era o jeito certo de utilizar o feitiço; a proposito a conjuração de seu nome era Revertus Totallus, usado para reverter o processo de transfiguração. Isto foi devidamente anotado no meu pergaminho. – Beleza, é bem simples. Uma áurea de convencimento surgiu em meio ao meu ser e  tentei me concentrar  ao máximo para não falhar, a parte de transfigurar algo não é tão complicada, pelo menos para alguém que aprendeu isso a dois anos atrás, mas relembrar foi um pouco difícil e tive que ir até Isis, pedir alguma ajuda, uma verdadeira sabotagem familiar que até então achei que seria completamente ignorada, o único pedido dela foi de passar na biblioteca depois para aprender mais sobre este assunto. Eu e ela geralmente não nos damos muito bem em casa, mas na escola temos que nos dar um certo respeito e seria desagradável trazer os problemas familiares para a escola. – Certo. Respondi, voltando a minha mesa. Apontei para a estatua na mesa de um aluno que não havia conseguido e simplesmente disse. – Lapifors! Sem muito esforço, o feitiço foi feito e o mesmo se transformou num lindo coelho branco, os créditos obviamente ficariam para o outro aluno, as vezes tenho essa alma bondosa. Retornei a mira para a estatua encima de minha mesa e disse novamente. – Lapifors! Mas dessa vez o feitiço não funcionou, minha cabeça tombou levemente para o lado e meus olhos se cerraram pouco a pouco até eu respirar profundamente numa nova tentativa. – Lapifors! Por azar, a primeira tentativa havia dado certo, a segunda completamente errado e a terceira, bem, ficou pela metade, era como se fosse algo totalmente esquisito e anormal, metade coelho e metade estatua.  " Puta merda isso deveria ser bem mais fácil do que pensei, realmente transfiguração é algo complicado, acho que devo admitir, minha prima é realmente talentosa, mas ainda não entendo porque acertei de primeira, mas agora não. " não havia muito tempo sobrando e minha paciência já estava explodindo dentro de mim, querendo me surrar de tanta angustia que sentia em ficar tentando executar esse negocio. Aproveitei que havia errado, porque são nessas situações que as coisas funcionam comigo. E simplesmente apontei para um dos outros objetos ali na sala, lancei de qualquer forma o seguinte feitiço. - Revertus Totallus!  Mas eu havia errado e não pensei na forma original e nada ocorreu, mas ao encostar o objeto estava quente e Isis já havia falado que isto se dava ao fato de que aquilo não era algo transfigurado. – Show, seu idiota... Tá apontando pro negocio errado, continua forçando as coisas e vai acabar com uma mão de pato. Disse eu em um tom mais alto, julgando-me de uma forma mais brusca, soltei um ar mais pesado pela boca e apenas me mantive quieto, quase no fim de tudo, me atrevi a tentar novamente, mas dessa vez me certifiquei de apontar para o objeto certo. - Revertus Totallus!! E falei baixinho. – Isto é uma pena, mas era um rato??? Duvidei de mim mesmo ao me questionar, mas acabou funcionando, de fato, retornou a ser o que era antes e saiu correndo pela sala como se estivesse aliviado em poder correr, pouco me importei e não sai correndo atrás até porque odeio ratos.

Claramente eu levei esporro por deixar o primeiro objeto mal transfigurado e fui nitidamente castigado por ter transformado a estatua do colega, se antes a professora havia aconselhado a ir na biblioteca, agora fui obrigado a passar na biblioteca para saber lidar com seres vivos e não ser tão maldoso ao ponto de deixa-los daquela forma, no fim da aula, tive que ir até lá. - Passar o resto da tarde na biblioteca, eu amo essa vida. Eu disse de uma forma irônica ao passar pela porta de saída da sala.

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